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A importância da família no processo de aprendizagem na educação infantil

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Academic year: 2022

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A importância da família no processo de aprendizagem na educação infantil

Lourdes Tosta Alves

SMEC

Ligiane Oliveira dos Santos Souza

SMEC

Rosineia Luciana Souza

SMEC

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RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade oportunizar ao profissional de educação perceber o aluno de forma geral, visto que cada aluno aprende ao longo da vida em contextos sociais diferenciados e não somente no contexto educacional. Ressalta-se que a aprendi- zagem construída a partir da relação familiar e ampliada na escola torna-se significativa.

Diante disso, pode-se observar no dia-a-dia da sala de aula que o principal obstáculo que impede a criança de exercitar uma aprendizagem harmoniosa está relacionada às questões decorrentes do ambiente familiar, onde a má distribuição de renda e a falta de estabilidade são os principais agravantes. O distanciamento familiar em relação à escola faz com que a criança perca uma parte de sua potencialidade para aprender. A pesquisa bibliográfica aborda-se o que já se sabe e busca-se refletir sobre as indagações que per- sistem. Na medida que, se traz diferentes autores para a discussão do tema o trabalho é enriquecido, através desta discussão é possível ter diferentes pontos de vista de um mesmo assunto, desta forma, refletir sobre as práticas vivencias e ver o que melhor se enquadra no contexto. Visitar diferentes obra.

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INTRODUÇÃO

Sabe-se que é na família que a criança encontra, em primeiro lugar, os modelos a serem seguidos. Para tanto, é necessário seu comprometimento e responsabilidade frente à importância que tem. É fundamental para isso, a família ter consciência sobre o valor de estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Isso implica em envolvimento, comprometimento, colaboração, e ainda estar atentos a todas as dificuldades que se apre- sentam, tanto cognitivas como comportamentais, intervindo sempre que for necessário, nem que pra isso seja preciso impor limites.

A comunidade escolar, de forma geral, tem como objetivo levar em consideração o processo de aprendizagem dos alunos para o seu pleno desenvolvimento educacional e social. Isso significa que, a família e a escola precisam estar em sintonia, fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem tenha resultados satisfatórios a todos os envolvidos.

O presente trabalho tem por finalidade oportunizar ao profissional de educação per- ceber o aluno de forma geral, visto que cada aluno aprende ao longo da vida em contextos sociais diferenciados e não somente no contexto educacional. Ressalta-se que a aprendi- zagem construída a partir da relação familiar e ampliada na escola torna-se significativa.

Diante disso, pode-se observar no dia-a-dia da sala de aula que o principal obstáculo que impede a criança de exercitar uma aprendizagem harmoniosa está relacionada às questões decorrentes do ambiente familiar, onde a má distribuição de renda e a falta de estabilidade são os principais agravantes. O distanciamento familiar em relação à escola faz com que a criança perca uma parte de sua potencialidade para aprender.

MÉTODO

A pesquisa bibliográfica é de fundamental relevância no contexto educacional, através da mesma é possível refletir e buscar estratégias que venham responder as demandas das escolas. Através da pesquisa aborda-se o que já se sabe e busca-se refletir sobre as inda- gações que persistem. Na medida que, se traz diferentes autores para a discussão do tema o trabalho é enriquecido, através desta discussão é possível ter diferentes pontos de vista de um mesmo assunto, desta forma, refletir sobre as práticas vivencias e ver o que melhor se enquadra no contexto. Visitar diferentes obra. (MINAYO, 2012)

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A aprendizagem, é ainda, um elemento que provém de uma comunicação com o mundo e se acumula sob a forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos. É o processo de orga- nização de informações e integração do material pela estrutura cognitiva.

Barros (1998, p.45) propõem que “a aprendizagem é a modificação do comportamento e aquisição de hábitos.”

A aprendizagem casual é quase sempre espontânea, surge naturalmente da interação entre as pessoas e com o ambiente em que vivem. Ou seja, pela convivência social, pela observação de objetos e acontecimentos, pelo contato com os meios de comunicação, lei- turas, conversas etc., as pessoas vão acumulando experiências, adquirindo conhecimentos, formando atitudes e convicções.

A aprendizagem organizada é aquela que tem por finalidade específica apren- der determinados conhecimentos, habilidades, normas de convivência social.

Embora isso possa ocorrer em vários lugares, é na escola que são organizadas as condições específicas para a transmissão e assimilação de conhecimentos e habilidades. Esta organização intencional, planejada e sistemática das fina- lidades e condições da aprendizagem escolar é tarefa específica do ensino (BARROS, 1998, p.64).

A aprendizagem escolar é assim, um processo de assimilação de determinados co- nhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo de ensino. Os resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social (BARROS, 1998, 62).

A aprendizagem é de fora para dentro, existem fatores internos e externos que são determinados para desenvolver a aprendizagem. Os internos são motivação, maturidade, hereditariedade e a constituição atual. Os externos são entre outros a cultura. Aprendizagem se da a partir da organização do mundo dentro de cada um. Aprendizado ético é o processo de aquisição de hábitos que revelam virtudes e assim diferem valores, se quisermos que o aluno tenha hábitos é preciso que o professor tenha valores.

Fernandez 2004 diz que, para o ser humano aprender ele usa seu organismo individual herdado, seu corpo sua inteligência e o desejo, a aprendizagem inicia desde o ventre mater- no. Na aprendizagem sistemática a criança vai se estruturando sequencialmente a partir de

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é o primeiro ponto a quem aprendemos a nos referir. É nessa instituição, pois, que se dão os primeiros contatos com o mundo das regras dos valores vigentes na sociedade. Ao se constituírem nas primeiras referências e figuras da autoridade, os pais se tornam respon- sáveis pelas diversas formas com que seus filhos irão lidar posteriormente com os limites impostos pela vida em sociedade. Ao assumir esse papel formador, a família participa com a escola de um projeto comum, que é o da formação/educação da criança e do adolescente.

De modo geral, a participação dos pais deve se concretizar no auxílio a atuação pe- dagógica escolar. Isso implica propiciar a escola o suporte necessário para que educação escolar seja o fruto de coordenação e coerência entre as atuações dos professores e da família. Por parte da escola, essa participação dos pais deve ser considerada no próprio planejamento das tarefas que os professores realizam. Ao planejar o que fazer na impor- tância do papel dos pais.

A realização do acolhimento e da socialização dos alunos pressupõe o en- raizamento da escola na comunidade. A interação entre equipe e escolar, alunos, pais e outros agentes educativos possibilita a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação do aluno. A separação entre escola e comunidade fica demarcada pelas atribuições e responsabilidades e não pela realização de um projeto comum (MARQUES, 2000. p.18).

Faz-se necessário que professores e família estejam convencidos de que a participação, diferenciada conforme o papel que cabe a cada setor da comunidade educacional, constitui ao mesmo tempo uma manifestação de democracia social e uma garantia de qualidade. Por certo, não se pode confundir a participação com a qualidade em si da educação escolar, porque a qualidade se refere aos resultados educacionais alcançados pela escola, enquanto a participação é apenas um meio.

Segundo Kaloustian (1988, p.30), a família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo, materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.

Do mesmo modo Freddo considera que:

A experiência família permite ou não que a criança desenvolva um processo de aprendizagem e adquira consequentemente, um conjunto de experiências que vai utilizar no exterior, em situações que exigem que assuma um papel e

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Assim sendo, a família também desenvolve um importante papel, podendo ou não contribuir para a aprendizagem de seus filhos. Tanto o contexto familiar como o escolar tem o papel de desenvolver a sociabilidade, a afetividade e o bem estar físico dos indivíduos.

Por isso é interessante realizar um estudo de como se dá ou não a articulação entre família/

escola, já que para a formação integral do sujeito, para que este possa ter uma educação de qualidade a família também deve contribuir.

Libâneo define educação como:

Conjunto de ações, processos, influências, estruturas que intervêm no desen- volvimento humano de indivíduos e grupo na relação ativa com o ambiente natural e social, e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais. (LIBÂNEO, 2000, p.22)

Nesse sentido, o que muitas vezes acontece é a família atribuir responsabilidades que sobrecarregam a escola e os professores, dificultando assim o processo de aprendizagem das crianças. As responsabilidades ao invés de ser transferidas devem ser compartilhadas, pois ambas devem ser parceiras, e a escola por mais esforços que faça nunca dará conta de substituir a família.

Osório define os papéis de ambas na educação dos educandos/filhos como:

Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e à escola instruí-los, para que possam fazer frente às exigências competitivas do mundo na luta pela sobrevivência. Talvez essa seja uma concepção por demais simplista para equacionar as relações entre a família e a escola em nossos dias, mas qualquer avanço na discussão de até onde vai o papel da família e onde começa o da escola nos conduziria a outro patamar de con- siderações que extrapolam os limites da contestação à pergunta formulada.

(OSÓRIO, 1996, p.82)

Para que haja uma articulação entre a família e a escola, é preciso antes de mais saber sobre o que pensam os pais sobre seu papel no processo de escolarização dos seus filhos, e assim tentar sensibilizá-los da sua importância no processo de aprendizado. Pois essa participação poderá auxiliar na prática pedagógica dos professores, e juntos família-escola serão responsáveis pela inserção do sujeito na sociedade, fazendo com que o mesmo seja autônomo e crítico em relação ao contexto em que está inserido.

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o modo como se configuram as estruturas familiares possivelmente depende do estilo de apego existente entre pais e filhos e do modo como a criança e o adulto se relacionam. (FREDDO, 2004, p.56)

É fundamental refletir sobre as diferentes configurações e dinâmicas familiares, para desta forma compreender os discursos de participação dos pais na vida escolar dos fi- lhos. As famílias se constituem e existem de diferentes maneiras, portanto para pensar a relação família/escola, também é preciso aprofundar um pouco sobre as funções e etapas ou ciclos das famílias.

Assim sendo considera-se que a família na relação com a escola participa do sucesso escolar de diferentes maneiras, suas ações podem contribuir ou não para que seu filho dê continuidade aos estudos, goste disso, outros já apresentam comportamento de resistência à escola. Os responsáveis deveriam ter a compreensão de que para a formação tanto formal quanto não formal dos sujeitos os mesmos precisam estar presentes e incentivá-los nesse processo tão delicado na vida das pessoas, por que não visitar a instituição de ensino e saber como está o comportamento de seus filhos, seu rendimento escolar, ouvir sugestões para saber no que podem ajudar.

Segundo Freddo:

A escola precisa tornar-se sensível as histórias familiares de seus alunos, para de forma responsável, juntamente com os pais, buscar a resolução para as dificuldades cotidianas e, assim, propiciar a criança a conquista de sua autoconfiança, que lhe oportunizará, o sucesso social no futuro. (FREDDO, 2004, p.171)

Sem dúvida, as ações educativas sejam na família ou na escola, não acontecem iso- ladamente, e se essas agirem de forma desarticulada poderão levar ao fracasso escolar do aluno, independentemente de classe social. Cabe ressaltar também, a importante função do professor no que diz respeito a motivação do aluno frente aos desafios encontrados, o mesmo deve estar preparado para o confronto com sujeitos heterogêneos, por isso conhecer o contexto da criança, suas origens é fundamental nesse processo de ensino-aprendizagem.

Do mesmo modo, os pais continuam tendo fundamental importância nessa fase, dialo- gar com a criança sobre regras que são importantes para a vida em sociedade, bem como ensinar como devem controlar seus comportamentos, e estar dispostos a ouvir com atenção o que a criança vai argumentar sobre condutas inadequadas, e assim interferir para mudar tais comportamentos. O diálogo, muitas vezes resolve a punição, mas para isso é preciso que os pais e professores tomem conhecimento sobre o que é diálogo, não basta apenas uma pessoa conversar, o diálogo envolve mais pessoas e estas precisam estar dispostas a expor suas opiniões e aceitar a do outro.

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CONCLUSÃO

É na família que se constroem os primeiros modelos a serem seguidos pelas crian- ças, por isso que esta constitui um importante papel na formação do sujeito, assim também na educação do mesmo, na formação da moral, nos costumes e nas atitudes dos peque- nos. A escola é local de socialização de saberes, lugar onde as crianças apresentam a comunidade sua cultura própria e recebem o auxílio dos professores na busca incessante por conhecimentos.

Contudo a família e a escola devem caminhar de mãos dadas com o objetivo de qua- lificar a educação oferecida pela instituição, buscando estratégias que venham suprir as necessidades vivenciadas naquele contexto. Nesse sentido, o gestor deve ser um mediador nesse processo buscando trazer os sujeitos a pensarem e discutirem estratégias, o diálogo é fundamental para alcançar sucesso nessa empreitada. Todos unidos com um só objetivo, uma educação de qualidade que possibilite a transformação social.

REFERÊNCIAS

1. BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos da Psicologia Escolar. 5. ed. São Paulo: Ática, 1998.

2. FERNANDÉZ, Alicia. Inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.

3. FREDDO, Tânia Maria. O ingresso do filho na escola: o polimento dos espelhos dos pais.

Passo Fundo: UPF, 2004.

4. KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília-DF:

UNICEF, 1988.

5. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, Para quê?. 3ed. São Paulo: Cortez, 2000.

6. MARQUES, Ramiro. A Escola e os Pais: Como Colaborar? São Paulo: Texto Editora, 1997.

7. OSÓRIO, L. C. Família hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

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