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XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ. Necessidades Energéticas e Conse quências Ambientais

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Academic year: 2021

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XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Necessidades Energéticas e Conse quências Ambientais

O Rastreamento Realizado Pelo Enfermeiro Para Prevenção da Depressão Pós-Parto.

Yasmim da Silva Ramos Discente do Curso de Enfermagem

UNAERP- Campus Guarujá yasmin.miga@hotmail.com

Profa. Dra. Mara Rúbia Ignácio de Freitas Docente do Curso de Enfermagem

UNAERP – Campus Guarujá mfreitas@unaerp.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Resumo:

Tratou-se de um estudo bibliográfico, apoiado na leitura exploratória do material de pesquisa que buscou identificar a produção científica acerca da Depressão Pós Parto. A estratégia de busca foi consulta às bases de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a coleta foi realizada de agosto de 2016 à setembro de 2017, e os artigos utilizados estão no idioma português, artigos estes produzidos entre os anos 2006 à 2011 totalizando 06 publicações.

A depressão é um transtorno recorrente de episódios que tem duração de meses ou anos, podendo vir a atingir pessoas de ambos os sexos em todas as faixas etárias.

Objetivou-se discorrer sobre o tratamento precoce das mulheres com DPP e descrever as ações da enfermagem para diminuir os impactos entre a mãe, o bebê e a família.

Palavras-chave: Assistência de enfermagem, depressão pós-parto, Rastreamento, tratamento precoce.

Summary:

This was a bibliographical study, based on the exploratory reading of the research material that sought to identify the scientific production about the Postpartum Depression. The search strategy was to consult the databases of the Virtual Health Library (VHL), the collection was carried out from August 2016 to September 2017, and the articles used are in the Portuguese language, articles produced between the

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years 2006 to 2011 totaling 06 publications.

Depression is a recurrent disorder of episodes that lasts for months or years, and may reach people of both sexes in all age groups. The aim of this study was to discuss the early treatment of women with PPD and to describe the actions of nursing in order to reduce the impacts between the mother, the baby and the family.

Key-words: Nursing care, postpartum depression, Screening, early treatment.

Seção 4 - Curso de Enfermagem - Meio Ambiente.

Apresentação: Oral – Apresentação em Slides.

1. Introdução.

Resolveu-se desenvolver esse estudo sobre a Depressão pós-parto(DPP) e a falta do rastreamento adequado, após a pesquisadora, acompanhar na família essa patologia.

Frente a esse fato, percebeu-se, então, a necessidade de pesquisar sobre o tema DPP e o quanto se faz necessário uma assistência adequada do enfermeiro.

Um parente da pesquisadora iniciou sinais e sintomas de DPP, antes de ganhar seus filhos, começou com mudança de humor, afastamento de toda família, por ter sido uma gravidez não planejada e pelos pais da gestante em questão, rejeitarem a gravidez.

Foi uma gravidez de gemelar, difícil e cansativa para a parturiente e a família.

Aos6meses de gestação, aumentaram as complicações e a gestante em questão, apresentava- se forte, tentando vencer as dificuldades da gravidez, com apoio da família da pesquisadora.

Aos sete meses de gestação, um tombo no banheiro fez com que a gestante, sentisse as primeiras contrações, ficou internada por dois dias. Foram dias difíceis por ser a primeira gestação e gemelar.

Após 48 horas, realizou-se um parto cesárea, os RNs nasceram dismaturos e prematuros, foram internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal.

Após alta hospitalar da gestante, continuou a luta diária, de casa para hospital, envolta com médicos e com os RNs.

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O primeiro que nasceu recebeu o nome de Arthur e o Segundo a nascer foi Miguel. Arthur respondia aos estímulos e o Miguel não respondia. A puérpera entrou em um processo de tristeza com choros, a família referia e acreditava que a tristeza ocorria porque os RNs estavam internados.

Após 20 dias, a médica falou que os RNs, estavam com uma bactéremia e tratou com antibióticos.

Com 23 dias, o RN Arthur teve 3 paradas respiratórias e faleceu. Quando a puérpera chegou ao hospital dentro da UTI neonatal, a equipe médica colocou o RN Arthur no colo da puérpera, e ela percebeu que o mesmo estava morto.

Desse momento em diante, a puérpera, não aceitou a morte do RN.

Percebeu-se, que a puérpera, rejeitava o RN Miguel, não queria visitá-lo na UTI, trancou-se dentro de casa, não saia e nem recebia visitas, emagreceu bruscamente.

Após 10 dias a puérpera retornou ao hospital, e com um mês de vida o Miguel teve alta.

Em casa, a família, observou que a mãe estava diferente, mudou hábitos, começou a evitar a família, deixou os seus afazeres domésticos e a casa continha lixo em todos os cômodos.

A família, frente a situação, procurou o medico e foi diagnosticado DPP.

Atualmente, a paciente continua com diagnóstico de DPP, apresenta mudança de humor, agressividade, solidão e rejeita o filho. O casal está divorciado, a criança fica com o pai e avós, permanece períodos curtos com a mãe. A criança, está acompanhada por psicólogos, em tratamento de rejeição pós-parto.

Segundo Silva et al; (2003) a DPP, ocorre em todo o mundo, pode acometer qualquer mulher. É uma patologia derivada de uma combinação de fatores biopsicossociais, dificilmente controláveis, que atuam de forma implacável no seu surgimento.

A gestação e o puerpério são períodos da vida da mulher que necessitam ser vistos com uma atenção especial, pois rodeiam infinitas alterações físicas, hormonais, psíquicas e de inserção social, que podem retratar diretamente na saúde mental dessas mulheres. (COSTA, 2013).

Existem diversos pontos desta multifatorialidade, incluindo: gravidez não desejada, baixo peso do bebê, alimentação do bebê direto na mamadeira, pouca idade da mãe, o fato da mãe não estar casada, parceiro desempregado, grande

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número de filhos, desemprego após a licença maternidade, morte de pessoas próximas, separação do casal durante a gravidez, antecedentes psiquiátricos anteriores ou durante a gravidez e Problemas da tireoide. (SILVA et al, 2003).

Frente a vivência, descrita acima e durante o curso de Graduação em enfermagem, uma questão surgiu: Como o enfermeiro identificar e presta assistência junto as puérperas com depressão pós-parto.

Uma vez que os dados evidenciam o aumento deste tipo de depressão entre as mulheres, quanto mais precocemente ocorrer à percepção dos sinais e sintomas da DPP e a procura de ajuda qualificada, mais rapidamente ocorrerá a remissão do quadro, evitando assim, o isolamento social da mulher e os impactos na interação com o bebê e seus familiares.(SANTOS JUNIOR, 2009).

Considerando a alta prevalência da DPP faz-se necessário um rastreamento adequado para um acompanhamento eficaz a essas puérperas.

2. Objetivos.

Objetivou- se nessa pesquisa, descrever sobre a assistência do enfermeiro junto à paciente com DPP e o rastreamento que é feito para encontrar essas pacientes.

3. Justificativa.

Entende-se, também, que é relevante citar que as síndromes psiquiátricas pós-parto ocorrem após o nascimento da criança, a melancolia na maternidade atinge de 50% a 80% das puérperas, já a psicose pós-parto que é rara ocorre 1 a 2 casos a cada 1000 e a DPP afeta de 10% a 59,4% das ( SILVA et al, 2003).

4. Materiais e métodos.

Trata-se de uma pesquisa descritiva realizada por meio de uma revisão bibliográfica, que se realizou entre agosto de 2016 à setembro de 2017, no idioma Português.

Teve como fonte de consulta a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). A BVS é

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coordenada pelo Centro Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME), uma rede de fontes de informação online de conhecimento científico em saúde, de acesso público.

4.1. Figuras, quadros tabelas:

QUADRO 1 Apresentação dos artigos, usados nesta pesquisa, segundo nome da obra, ano de publicação, nome dos autores, Guarujá, 2017.

Artigo Ano Nome dos autores

Rastreamento da depressão pós- parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família

2005 CRUZ et al.

Depressão pós parto : um problema latente

2009 SANTOS JUNIOR et al.

Transtornos psiquiátricos no pós- parto

2010 CANTILINO et al.

Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna

2010 FONSECA et al.

Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família

2010 SILVA et al.

Escala de Rastreamento para Depressão Pós-Parto

2011 SCHARDOSIM, J; HELDT, E.

Assistência de enfermagem na detecção da depressão pós-parto

2012 SOBREIRA, N; PESSÔA, C.

Depressão Pós-Parto 2013 COSTA, L.

Atuação do enfermeiro na detecção e prevenção da depressão pós-parto.

2014 OLIVEIRA, E.

Fonte: as autoras. Fim do quadro.

5. Resultados e discussão.

A depressão pós-parto é um importante problema de saúde pública, afeta de 10% a 59,4% das puérperas, o rastreamento deve ser feito pela enfermagem durante o pré-natal para a prevenção de DPP.

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O Ministério da Saúde no ano de 2000 instituiu uma política de humanização, conhecida como Política de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), Considerando que o acesso das gestantes e recém-nascidos a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e período neonatal são direitos inalienáveis da cidadania. O objetivo é garantir a toda gestante o direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto e puerpério.

Assim, foi instituído o Sistema de Acompanhamento do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (SIS Pré-Natal) como forma de acompanhar a situação de cada gestante. O SIS Pré- Natal disponibiliza a identificação individualizada de cada gestante atendida nas Unidades. Na política de humanização, o acolhimento é essencial, iniciando com a recepção da gestante na unidade de saúde, responsabilizando-se pela mesma e garantindo a atenção necessária, o que implica em ouvir suas queixas, angústias e preocupações, a fim de dar continuidade ao cuidado com qualidade. Depois de acolhidas, as gestantes passam por uma avaliação inicial, por meio de consultas de enfermagem e médica.

A consulta de enfermagem garante a cobertura e melhoria da qualidade do pré- natal, por meio de ações de prevenção e promoção de saúde às gestantes.

(COSTA, 2013).

As consultas de pré-natal programadas e realizadas pelas gestantes com os enfermeiros e médicos, tem a finalidade de monitorar a evolução da gravidez e preparar a gestante para o parto, o aleitamento materno e os cuidados com o bebê.

Essas consultas também objetivam a detecção de doenças maternas, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento das complicações da gravidez, além de exercer a vigilância do crescimento e da vitalidade fetal. (COSTA, 2013).

A consulta de pré-natal é um momento em que o enfermeiro e a gestante têm oportunidade de criar vínculo, sendo fundamental a relação de confiança entre o paciente e o profissional. (SOBREIRA; PESSÔA, 2012).

O Ministério da Saúde em março 2004 lançou o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal que teve, como uma de suas ações estratégicas, a saúde da mulher portadora de transtornos mentais, visando promover o diagnóstico oportuno e o tratamento às mulheres com quadro de DPP.

Silva e Botti, 2005 fala que a fase puerperal é de grande importância na vida de uma mulher, pois ocorrem grandes mudanças no seu ciclo de vida e

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transformações de ordem subjetiva aumentando os riscos para o agravamento das doenças mentais.

Os primeiros dias após o parto, a mulher passa por uma serie de sentimentos e de grandes expectativas que pode promover instabilidade emocional. A DPP ela é pouca reconhecida, tratada ou pesquisada. Em 1995 que começaram a observar o quadro de mudança de humor das mulheres, após sair da sala do parto.

Anteriormente, os sintomas da depressão puerperal não eram considerados uma grande depressão. (SILVA; BOTTI, 2005)

As síndromes psiquiátricas pós-parto são doenças mentais que ocorrem durante o primeiro ano após o nascimento. A mais frequente é a melancolia da maternidade, podendo atingir um numero grande de mulheres puérperas de 50% a 80%. O quadro clínico de cada mulher é variável, apresentando alterações físicas, cognitivas e comportamentais como: tristeza, choro fácil, abatimento, isolamento, transtorno de sono, anorexia, alterações gastrointestinal, o ato de querer ser suicida ou filicidas. (SILVA; BOTTI, 2005)

Considerando a alta prevalência na depressão pós-parto faz-se necessário um rastreamento adequado para um acompanhamento eficaz a essas mulheres.

Para SOBREIRA e PESSOA um diagnóstico precoce é extremamente importante, pois somente dessa forma é possível prevenir possíveis agravos e impactos na qualidade de vida da mãe e do bebê.

Considerando a dificuldade da puérpera de acessar os serviços de saúde mental, demonstra a necessidade de um instrumento para encaminhamento adequado para as consultas psiquiátricas. A utilização da Escala de Edimburgo, descrito em ANEXO 1, é uma estratégia interessante de rastreamento de DPP. Essa escala pode ser utilizada por enfermeiros, obstetra e demais profissional de saúde, no puerpério, possibilitando a identificação de casos de depressão pós-parto, com posterior encaminhamento para o médico da equipe ou especialista, que determinará o tratamento adequado, de acordo com a intensidade dos sintomas.

(CRUZ et al, 2005).

A DPP deve ser detectada cedo através do rastreamento, feito na consulta de enfermagem, e quando descoberta, é necessário apoio familiar, terapêutico e farmacológico, além de ajudar a promover um maior controle sobre a doença, prevenindo grandes complicações e repercussões negativas no vinculo da mãe com o bebê. Para realmente ser comprovada que é uma DPP, ela deve ocorrer nas

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primeiras quatro semanas após o nascimento do bebê ser realmente ocorrer os devidos sintomas é comprovado o diagnostico. (SCHARDOREM; HELDT 2011).

O enfermeiro deve estar capacitado para esse rastreamento, identificando fatores de risco e possíveis traços depressivos, favorecendo a puérpera posteriormente no seu tratamento. (SCHARDOSIM e HELDT, 2011).

Em razão de seus efeitos devastadores sobre as crianças, tendo esse processo diagnóstico se efetivado por meio de diferentes escalas, entre elas a Edimburgo. (SCHMIDT; PICCOLOTO; MULLER, 2005).

A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (ANEXO 1) é a mais utilizadas para realizar o rastreamento de sintomas depressivos que se manifestam no pós-parto. A Escala de Edimburgo foi traduzida para o português e validada para o Brasil por Santos et al no ano 2000. É uma escala autoaplicável, constando de 10 itens, divididos em quatro graduações (0 a 3). A EPDS afere a presença e a intensidade de sintomas depressivos sentidos nos últimos sete dias pelas puérperas de acordo com a presença ou a intensidade de sintomas psíquicos como humor depressivo, sentimentos de culpa, ideias de morte ou suicídio, perda do prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis, fadiga, diminuição da capacidade de pensar, de concentrar-se ou de tomar decisões, além de sintomas fisiológicos como insônia, alterações do comportamento, bem como crises de choro. A pontuação total na escala varia de zero a 30, sendo consideradas deprimidas as entrevistadas que tiverem pontuação igual ou superior a 12 na escala. Sua aplicação é rápida e simples e pode ser utilizada por Enfermeiros na Consulta de Enfermagem (COSTA, 2013).

Segundo Oliveira (2014), existe vários tipos de escalas disponíveis de rastreamento de diversos tamanhos e questões para serem abordadas, que vai desde o pré-natal até o pós-parto. Porém relata não ver o seu funcionamento no pré- natal, na admissão, período de internação, no trabalho de parto e nem no pós-parto das gestantes na ESF e no âmbito hospitalar.

São comumente utilizadas em pesquisas, mas podem ser uma ferramenta facilitadora para identificação na assistência às gestantes e às puérperas.

(SCHMIDT; PICCOLOTO; MULLER, 2005).

Quando se tratar de uma gestante já com problemas psiquiátricos, o pré-natal será de alto risco e não tem diferença no tratamento no decorrer do trabalho de parto, no parto e no pós-parto. O enfermeiro deverá observar as atitudes da

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puérpera com bebê e seus familiares e se necessário dar continuidade ao tratamento. (OLIVEIRA et al, 2014)

A experiência da gestação, do parir e do cuidar de alguém pode dar à mulher uma nova dimensão de vida e contribuir para seu crescimento emocional e pessoal.

Ao mesmo tempo, pode causar desorganização interna, quebra de vínculos e de papéis e até resultar em quadros de depressão puerperal. (SILVA et al, 2010).

As precárias condições socioeconômicas da puérpera e a não aceitação da gravidez são os fatores que mais influenciam o aparecimento de depressão no puerpério, traz inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê, o que afeta o desenvolvimento da criança. As sequelas podem se prolongar até a infância e a adolescência. A mulher deprimida também tende a amamentar pouco prejudicando seu bebê, mesmo que sem ter a intenção. Alguns casos poderiam ser evitados através do rastreamento precoce da doença tornando o relacionamento mãe e filho mais saudável. (SANTOS JUNIOR et al, 2009).

O enfermeiro na Estratégia Saúde da família tem em sua dinâmica de trabalho um planejamento de cuidado para assistir a mulher desde o planejamento familiar, pré- natal até o período puerperal, apropriando-se do reconhecimento das informações, crenças e valores familiares. (SANTOS JUNIOR, 2009).

Nesta situação, o enfermeiro deve começar no pré-natal com a avaliação da autoestima, do suporte social e da satisfação das gestantes. Além disso, o enfermeiro deve possuir habilidades, como perspicácia, observação e empatia ao direcionar seu cuidado na superação das dificuldades inerentes à depressão pós- parto. (SILVA et al, 2010).

A atuação das equipes durante a gestação pode proporcionar a mãe o apoio que ela precisa para enfrentar os grandes episódios de depressão, sendo importante, permitir que a gestante expresse seus temores, queixas e ansiedades, podendo o enfermeiro dar uma orientação e assistência durante o acompanhamento do pré-natal, pois o atendimento precoce representa prevenção. (SOBREIRA, PESSÔA, 2012).

Deve promover ações preventivas a gestante, puérperas e seus companheiros para ajudar na compreensão desta fase importante do puerpério.

(SOBREIRA e PESSÔA, 2012).

Uma das maneiras preventivas seria a formação de grupos de apoio ou

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discussão, visto que esses permitem a participação das mulheres com suas vivências comuns na maternidade e às modificações decorrentes da gravidez, com o objetivo principal de aliviar os sentimentos depressivos. (SANTOS JUNIOR,2009).

Os profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, médicos e psicólogos, devem estar aptos a cuidar de cada situação das puérperas a fim de evitar alguns traumas para a mãe, filhos e a família envolvidos, inclusive, prevenindo episódios de suicídio e infanticídio. Acreditamos que só a união de forças entre os profissionais de saúde e familiares pode transformar este momento em uma fase em que a paciente se sentirá mais firme e confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Só assim pode-se proporcionar uma melhor superação das dificuldades que a Depressão Pós-Parto, já que seus maiores aliados são o descaso e a subestimação do sofrimento da mulher, quer pela equipe de saúde, quer pela família. (SOBREIRA; PESSÔA, 2012).

As escalas de rastreamento de sintomas depressivos fazem parte da estratégia de busca ativa. São muito utilizadas em pesquisas, mas não na pratica propriamente. Essa conduta pode estar relacionada a não familiaridade como o uso de escalas, ao tamanho ou ao tempo necessário para preenchê-las.

(SCHARDOREM, HELDT 2011).

O rastreamento precoce da DPP é fundamental na rotina assistencial, porem isso não acontece e acaba impossibilitando o diagnostico e seu tratamento.

(SCHARDOSIM; HELDT, 2011).

6. Conclusões.

A depressão pós-parto pode ser considerada um problema de saúde pública.

É uma condição clínica séria que ocorre no puerpério e que exige um diagnóstico preciso e o mais precoce possível. Quando não diagnosticada, pode ter um impacto negativo para a mãe e para a criança e pode atingir toda a estrutura familiar, inclusive, a vida afetiva do casal.

Pode-se concluir que as precárias condições socioeconômicas da puérpera e a não aceitação da gravidez são os fatores que mais influenciam o aparecimento de depressão no puerpério.

A prevenção precoce da DPP pode ser realizada por meio de ações e

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intervenções conjuntas durante a gravidez, minimizando o risco de as mães desenvolverem depressão pós-parto e prevenindo os graves problemas pessoais e familiares que dela decorrem. O desenvolvimento de medidas efetivas para a prevenção dessa patologia é importante, a fim de reduzir a incidência de DPP.

Os enfermeiros são os que se encontram em melhores condições de prevenir o aparecimento da DPP, pois possuem o conhecimento necessário para propor a criação de programas preventivos, voltados não só para a saúde da grávida, mas também a puérpera.

É o enfermeiro que permanece em maior parte do tempo em contato direto com o paciente, e isso viabiliza o uso dos instrumentos específicos que podem facilitar a identificação dos sintomas de DPP.

Logo, é fundamental que se tenha em mente a importância do rastreamento precoce da DPP, tendo em vista a possibilidade de intervenções profissionais que proporcionem às puérperas o apoio de que necessitam para enfrentar os desafios de ser mãe, sem perder sua identidade, inserção social, relação parental, entre outros.

Desta forma, o enfermeiro deve munir-se de conhecimento sobre DPP, em especial, por constituir o serviço de saúde onde se encontra inserido uma porta de entrada para o acolhimento e direcionamento adequado da puérpera no que se relaciona à terapêutica e prevenção deste transtorno mental. Os enfermeiros têm sua importância e função de cuidar dessas clientes na atenção primária, porém há certa dificuldade em lidar com o problema e acabam delegando para outros profissionais todas as ações terapêuticas na reabilitação dessas mulheres.

No Brasil, não se observa uma rotina de inclusão de instrumentos de detecção da depressão devido à falta de conhecimento em sua utilização e ao tamanho das escalas que, em geral, são longas.

7. Referências.

CANTILINO, Amaury; ZAMBALDI, Carla Fonseca; SOUGEY, Everton Botelho. Transtornos psiquiátricos no pós-parto. 2010. 8 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Recife, 2016.

COSTA, Lucinéia Martins da. Depressão Pós - Parto. 2013. 29 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Piracicaba, 2017.

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CRUZ, Eliane Bezerra da Silva; SIMÕES, Gláucia Lucena; CURY, Alexandre Faisal. Rastreamento da depressão pós-parto em mulheres atendidas pelo Programa de Saúde da Família. 2005. 08 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, São Paulo, 2017.

FONSECA, Vera Regina J. R. M.; SILVA, Gabriela Andrade da; OTTA, Emma. Relação entre depressão pós-parto e disponibilidade emocional materna. 2010. 10 f.

TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Rio de Janeiro, 2016.

OLIVEIRA, Ediltes Ana de. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA DETECÇÃO E PREVENÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO. 2014. 31 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Florianópolis, 2017.

SANTOS JUNIOR, Hudson Pires de Oliveira; SILVEIRA, Maria de Fátima de Araújo;

GUALDA, Dulce Maria Rosa. DEPRESSÃO PÓS-PARTO: um problema latente. 2009. 09 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Porto Alegre, 2017.

SCHARDOSIM, Juliana Machado; HELDT, Elizeth. Escala de Rastreamento para Depressão Pós-Parto: uma visão sistemática. 2011. 8 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Porto Alegre, 2016.

SILVA, Francisca Claudia Souza da; ARAUJO, Thiago Moura de; ARAUJO, Marcio Flavio Souza de. Depressão pós-parto em puérperas: conhecendo interações entre mãe, filho e família. 2010. 6 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Fortaleza, 2016.

SOBREIRA, Nada Aparecida Soares; PESSÔA, Célia Geralda de Oliveira. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DETECÇÃO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO. 2012. 14 f. TCC (Graduação) - Curso de Enfermagem, UNAERP, Ipatinga, 2016.

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Anexos

ANEXO 1 - INSTRUMENTO PARA RASTREAMENTO

Considerando a alta prevalência na DPP faz-se necessário um rastreamento adequado para um acompanhamento eficaz a essas puérperas. Existem alguns modelos de escalas para realizar este rastreamento, a escala de depressão pós-parto de Edimburgo é de auto preenchimento e sua finalidade é mensurar os sintomas da DPP. A pontuação total na escala varia de 0 a 30, sendo consideradas deprimidas as entrevistadas que tiverem pontuação igual ou superior a 12 na escala.

Escala de Edimburgo

Como você esta se sentindo? Você teve um bebê recentemente e gostaríamos de saber como você esta se sentindo no momento. Por favor, marque com um X a resposta que mais assemelha ao que você esta sentindo nos últimos 7 dias, não apenas ao que você esta sentindo hoje. Nos últimos sete dias:

1-) Eu me sinto apta para rir e ver o lado engraçado das coisas:

a-) Da mesma maneira que sempre consegui.

b-) Menos que antes.

c-)Muito menos que antes.

d-) Nunca.

2-) Eu tenho procurado ver o lado divertido das coisas:

a-) como eu sempre fiz.

b-) menos do que eu costumava fazer.

c-) muito menos que o usual.

d-) dificilmente

3-) Eu tenho me ocupado desnecessariamente quando as coisas não dão certo:

a-) nunca.

b-) não muito freqüente.

c -) sim, as vezes.

d-) sim, a maioria do tempo.

4-) Eu tenho me sentido preocupada e ansiosa sem nenhuma razão justificável:

a-) nunca.

b-) dificilmente.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, com muita frequência

5-) Eu tenho sentido medo ou pânico sem nenhum motivo justificável:

a-) nunca.

b-) não muito.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, frequentemente.

6-) Tenho dificuldade em lidar com as coisas:

a-) não, eu costumo enfrentá-las como de costume.

b-) não, na maior parte do tempo eu consigo enfrentá-las.

c-) sim, as vezes eu não consigo enfrentá-las.

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d-) sim, na maior parte do tempo eu não consigo enfrentá-las.

7-) Eu me sinto tão infeliz que tenho dificuldades para dormir:

a-) nunca.

b-) raramente.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, na maior parte do tempo.

8-) Eu me sinto triste ou infeliz:

a-) nunca.

b-) raramente.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, na maior parte do tempo.

9-) Eu tenho me sentido tão infeliz que começo a chorar:

a-) nunca.

b-) apenas ocasionalmente.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, na maior parte do tempo.

10-) O pensamento de causar dano a mim mesma ocorreu:

a-) nunca.

b-) raramente.

c-) sim, as vezes.

d-) sim, na maior parte do tempo.

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Referências

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