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TESE: FORMAÇÃO E EMPREENDEDORISMO - A SOLUÇÃO PARA COMBATER O DESEMPREGO INTRODUÇÃO

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Academic year: 2021

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AGRUPAMENTO VERTICAL DE ALMANCIL

Escola E.B.2,3 Dr. António de Sousa Agostinho

E.B.1 de Almancil E.B.1 de Caliços E.B.1 de São João da Venda E.B.1 de São Lourenço E.B.1 de Escanxinas J.I. de São João da Venda J.I. de Almancil

TESE: FORMAÇÃO E EMPREENDEDORISMO - A SOLUÇÃO PARA COMBATER O DESEMPREGO

INTRODUÇÃO

O desemprego é um dos problemas mais graves com que se confronta actualmente o nosso País. Os dados divulgados pelo INE no passado dia 16 de Fevereiro revelam um aumento da taxa de desemprego para 11,1 por cento no quarto trimestre do ano de 2010, terminando este ano com uma taxa de 10,8 por cento de desempregados.

O Instituto Europeu de Estatística (Eurostat) divulgou no dia 1 de Março os seus valores do desemprego relativos a Janeiro, que na zona euro e na UE desceu para 9,9 e 9,5 por cento, respectivamente, mas reviu em alta os valores para Portugal relativos ao período de Setembro a Dezembro e anunciou 11,2 por cento para o passado mês de Janeiro. Este número constitui um novo recorde relativo a dados do desemprego em Portugal.

Os dados atrás referidos indicam que Portugal teve em Janeiro a sexta taxa de desemprego mais elevada da zona euro, onde os 20,4 por cento da Espanha continuam a ser o valor mais elevado, seguindo-se a Eslováquia (14,5%), a Estónia (14,3% em Dezembro), a Irlanda (13,5%) e a Grécia (12,9% em Setembro). O desemprego recuou uma décima de Dezembro para Janeiro no conjunto da zona euro, e quatro décimas na UE. Em Portugal aumentou.

No Orçamento do Estado para 2011 o Governo previa que a taxa de desemprego se situaria nos 10,6% em 2010 e em 10,8% este ano.

O relatório do INE dá conta da destruição de mais de 55 mil postos de trabalho em Portugal num ano, o que significa que por mês foram eliminados 4 641 lugares de trabalho. Do terceiro para o quarto trimestre a redução de empregos foi de 9,6 mil.

O desemprego de longa duração - pessoas inscritas nos centros de

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emprego há mais de um ano - subiu 33% em 2010, face a período idêntico no ano anterior. Por género, foram as mulheres que mais sofreram, com o desemprego a crescer 18% neste grupo, enquanto nos homens subiu 10% face há um ano atrás.

Do ponto de vista regional, o desemprego subiu em quase todas as regiões do país, principalmente no Algarve, com um acréscimo de 13,4%, e no Norte, com uma subida de 12,6%.

Os jovens são os mais afectados pelo drama do desemprego em Portugal. Segundo os dados do INE, a taxa de desemprego entre os jovens subiu em Portugal para 22,4% em 2010, o que se traduz em 95,4 mil cidadãos com menos de 25 anos sem trabalho.

O valor representa um agravamento de 2,1 pontos percentuais face aos 20% registados em 2009. Os mesmos dados mostram que o desemprego entre os licenciados cresceu 16% em 2010 e que há 64 mil portugueses que frequentaram o ensino universitário nessas condições.

Segundo o Eurostat, o desemprego dos jovens com menos de 25 anos atingiu no mês de Fevereiro, uma taxa de 21%, acima dos 20,6% da média dos 27 países da União Europeia. Este fenómeno, desencadeado pela crise económica, deverá continuar a agravar-se ao longo deste ano, ameaçando uma geração que se sente desencorajada e acaba por tornar-se excluída e dependente dos subsídios. Estes relatos são assustadores e preocupam muitos jovens estudantes com uma licenciatura quase terminada.

Mas os números são ainda mais preocupantes para aqueles que só completaram o ensino secundário (27%) e para quem ficou no ensino básico (10,6%). Nestes 'escalões' há 115 mil e 423 mil portugueses sem trabalho, respectivamente.

O Governo, nos últimos dois anos, tem vindo a tomar as mais diversificadas medidas para combater o desemprego, mas os resultados estão à vista.

A recente manifestação do movimento “Geração à Rasca”, do dia 12

de Março, mobilizou o descontentamento de cerca de 200.000

cidadãos, na sua maioria jovens, muitos deles com cursos

universitários que, após a sua licenciatura, não conseguiram mais

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do que alguns trabalhos precários a recibo verde ou estágios mal remunerados por curtos períodos de tempo.

A questão que se coloca é “O que fazer?”.

Os dados confirmam o agravamento da crise económica e financeira em que o país está mergulhado. O problema do desemprego não se resolve enquanto durar a crise económica e, segundo disse o senhor governador do Banco de Portugal, recentemente, já estamos numa situação de recessão, ora uma situação de recessão não cria emprego, gera desemprego. Com as empresas a falir e o desemprego a aumentar, não há poder de compra. O consumo diminui, as empresas não vendem e o sector da produção fica seriamente comprometido.

Entrámos num ciclo vicioso.

O que fazer? Não podemos ficar só à espera das medidas do Governo!

FORMAÇÃO E EMPREENDEDORISMO A SOLUÇÃO PARA COMBATER O DESEMPREGO

A nossa tese de combate ao desemprego assenta em dois pontos fundamentais: a formação e o empreendedorismo. É preciso ter formação e espírito empreendedor. Nesse sentido, apresentamos as seguintes propostas:

1. Os desempregados podem criar as suas oportunidades de emprego criando as suas próprias empresas. Mas têm que ser criativos e investir em áreas inovadoras. Para isso é muito importante a formação e a informação. É preciso adquirir competências na área em que se pretende desenvolver algum empreendimento e é preciso adquirir informação sobre tudo o que se relacione com essa área (oportunidades de negócio, apoios, parcerias, etc.).

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2. Os desempregados de longa duração têm que investir na sua formação em áreas técnicas onde o trabalho especializado é mais valorizado e necessário. Fazem falta canalizadores, electricistas, mecânicos, etc.

3. As empresas têm que apostar na exportação, pois só assim poderá

entrar dinheiro no País. Esta é uma forma de ajudar a ultrapassar

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a crise económica. Também neste aspecto é preciso o empreendedorismo. É preciso que os empresários procurem oportunidades de expandir o seu negócio para outros países,

4. É preciso investir nos sectores produtivos, agricultura e pescas, aproveitando os nossos recursos naturais. Este é outro campo onde se pode manifestar o espírito empreendedor.

Recentemente, o Prémio Nobel da Economia em 2010, Christopher Pissarides, defendeu, em Bruxelas, que os governos deveriam canalizar para a educação as verbas gastas em apoios sociais aos desempregados, para manter os jovens no sistema educativo. Segundo ele,"Os jovens deveriam ser encorajados a manter-se no sistema educativo quando o desemprego é alto, e o dinheiro que seria gasto em subsídios deveria, em vez disso, ser atribuído à educação", (citado numa nota de imprensa da Comissão Europeia - texto cedido pela agência LUSA ao JN de 10 de Março)

É na formação que tudo começa!

Não havendo outras oportunidades de emprego, a necessidade de ultrapassar as dificuldades será uma oportunidade para induzir o empreendedorismo, levando à criação de novas empresas.

A criação de novas empresas conduz a investimentos nas economias locais, que levam à criação de postos de trabalho, melhora a competitividade empresarial e promove métodos e técnicas de trabalho inovadores, promovendo o crescimento económico.

Cientes disso empresas e instituições organizam-se para apoiar tais iniciativas.

Presentemente existem já empresas privadas de apoio à criação de empresas, que orientam e acompanham os novos projectos, servindo de intermediários com instituições bancárias, dando o seu aval a esses mesmos projectos, o que serve de garantia para a concessão de empréstimos para o arranque dessas iniciativas.

É preciso estar atentos às oportunidades que vão surgindo com a

criação de projectos e fundos de apoio, de que são exemplo:

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a) o START – Prémio Nacional de Empreendedorismo, projecto lançado pelo BPI, Optimus e Universidade Nova de Lisboa e que tem como objectivos estimular o empreendedorismo e a inovação, envolver, de forma articulada, potenciais empreendedores, investigadores, comunidade empresarial e investidores e premiar, divulgar ideias inovadoras para a criação de empresas e fomentar a elaboração de sólidos planos de negócios.

b) O FAME – Fundo de Apoio às Micro Empresas criado para estimular o investimento em micro e pequenas empresas nos vários concelhos da região Alentejo, a fim de melhorar os seus produtos, serviços, infra-estruturas, equipamento, e outras modificações necessárias. O fundo destina-se também a incrementar o investimento em áreas de desenvolvimento estratégicas como a qualidade, as novas tecnologias, o ambiente, a segurança e a higiene. O fundo é constituído por uma parceria entre a Agência de Desenvolvimento Regional (ADRAL), a Câmara Municipal do concelho aderente e o Banco Espírito Santo. O fundo é garantido pelo município e pelo Banco Espírito Santo, financiando projectos em empresas existentes até 100%.

CONCLUSÃO

Para ultrapassar a actual crise económica e combater o desemprego, é preciso que cada um aposte na sua formação e utilize a sua capacidade criativa, associada ao espírito de empreendedorismo, vendo nas dificuldades oportunidades de inovar e de criar o seu próprio emprego ou abrir as suas empresas a novos rumos criando novas oportunidades de negócio.

As propostas apresentadas não esgotam tudo o que se pode fazer, nem resolvem todos os problemas, mas pensamos que são um contributo interessante para ajudar a vencer esta batalha da crise económica e do desemprego.

Almancil, 17 de Março de 2011

A Prof. Coordenadora,

Isabel Ataíde

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