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História. A segunda Revolução Industrial e o Imperialismo. Teoria. A expansão da Revolução Industrial

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A segunda Revolução Industrial e o Imperialismo

Objetivo

Discutir o imperialismo a segunda fase da Revolução Industrial como uma expansão do capitalismo internacional, assim como entender as formas de dominação e conquistas de territórios colocadas em prática pelas potências neocolonialistas e a inserção das indústrias na África e na Ásia.

Se liga

Para mandar bem nessa matéria, é muito importante que você tenha revisado o conteúdo sobre Primeira e Revolução Industrial. Além disso, é essencial dar uma olhada na matéria de unificações e nacionalismos na Europa no século XIX.

Curiosidade

Não foram apenas novas tecnologias que surgiram no século XIX, o racismo cientifico também surgiu nesse contexto e foi um dos maiores argumentos utilizados pelos europeus para invadir e dominar os territórios alheios. Mas você sabia que os zoológicos humanos eram uma prática comum durante o neocolonialismo?

Pode parecer distante, mas o último zoológico humano de que se tem notícia foi logo ali, em 1958, na Bélgica.

Meu povo, isso pra História é praticamente ontem. E não pensem que o Brasil ficou de fora. Se você quer entender um pouco mais sobre isso, clica nessa reportagem aqui.

Teoria

A expansão da Revolução Industrial

A revolução industrial não se disseminou pelo ocidente ao mesmo tempo, pois, em alguns países, como a Alemanha, Itália e Rússia, as máquinas chegaram depois da metade do século XIX. Esse “atraso” na circulação das novidades e ideias da revolução em muitos países pode ser compreendido principalmente por questões políticas, visto que Alemanha e Itália, por exemplo, estavam divididas em pequenos principados, e somente com a unificação os projetos de modernização econômica, que já estavam em vigor, se consolidaram.

Pega a visão: não se esqueça de contextualizar o rolê e lembre-se de que todo esse processo de industrialização estava ocorrendo ao mesmo tempo em que

as revoluções liberais e as unificações tardias também estavam rolando lá na Europa. E o desejo de se industrializar foi um dos grandes motivadores desses conflitos!

No caso do Brasil, um surto industrial ocorreu no país ainda no século XIX, por incentivo de D. Pedro II e do

Barão de Mauá, porém as indústrias cresceram e se estabilizaram definitivamente apenas no século XX,

principalmente nos períodos das grandes guerras, para substituir a falta de produtos vindos da Europa. Do

mesmo modo, o movimento operário brasileiro se solidificou mais no século XX, quando os imigrantes

trouxeram as ideias comunistas, socialistas e anarquistas. Esse movimento operário organizou a Greve Geral

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de 1917, após a morte de um sapateiro espanhol. A greve foi tão violenta que os bairros do Brás e Mooca (tradicionalmente operários) ficaram sob o controle dos grevistas, e o governo do estado se mudou provisoriamente para São José dos Campos.

A 2º fase da Revolução Industrial (+/-1850-1945)

Assim, tendo em vista essa diferença temporal na expansão da revolução pelo mundo, podemos caracterizar como uma primeira fase da revolução industrial o período que começa no final do século XVIII e concentra na Inglaterra (penetrando também na França em seguida) o desenvolvimento, a invenção da máquina a vapor (que trouxe o trem e o navio com motores a vapor para suprir as necessidades logísticas), o uso do carvão mineral e vegetal como forma de combustível para as caldeiras e o minério de ferro como matéria-prima.

A segunda fase, portanto, aconteceu em meados do século XIX, com a invenção dos motores a combustão, e terminou por volta da 2ª Guerra Mundial. Essa fase, diferente da primeira, teve uma expansão muito maior pelo mundo, alcançando não só a Europa, com a Itália, Alemanha, Bélgica e Rússia, mas também o Japão, após a Revolução Meiji, e os Estados Unidos, que já no fim do XIX consolidavam sua indústria.

Quanto a matriz energética utilizada, apesar da importância da descoberta do petróleo, possibilitando uma intensidade muito maior que o carvão nas operações industriais, outras matrizes foram essenciais para desencadear a revolução e para as mudanças culturais e sociais ao redor do mundo, sendo a eletricidade a de maior destaque. A eletricidade contribuiu, sobretudo, para um desenvolvimento dos meios de comunicações, com a invenção do rádio, do telégrafo e do cinema, e impactou na oferta de entretenimento para as pessoas.

Quanto aos materiais utilizados para fabricação de produtos, se a primeira fase utilizou muito o ferro, agora o processo Bressemer permitia, de forma barata, a transformação do ferro em aço. O aço, assim, foi um componente fundamental nessa fase, pois contribuiu para o avanço dos transportes, principalmente com a construção de navios e trens maiores e de pontes e ferrovias mais resistentes. Esse processo, inclusive, demonstra o desenvolvimento de outro setor importantíssimo para a 2ª fase, que é a indústria química, muito presente na produção de drogas, armas e componentes utilizados industrialmente.

Naturalmente, todo esse processo de modificação da vida urbana e dos centros europeus afetou também o campo. A modernização das técnicas agrícolas e a aplicação de novas ferramentas e tecnologias na agricultura tiveram como consequência um ciclo de êxodo rural. Com a falta de trabalho nos campos e o crescimento das indústrias, houve um deslocamento da população camponesa, que passou a compor as massas operárias nos centros industrializados. Sem que a burguesia industrial e o Estado pudessem dar conta desses novos inchaços urbanos, o crescimento de uma população pobre e marginalizada também acabou se tornando uma consequência desse processo.

Pode entrar, Atualidades: você sabe em que fase da Revolução Industrial nós estamos? Até pouco tempo

ainda se debatia sobre estarmos ou não na 4º fase; porém, indo mais além, alguns especialistas já discutem

se estamos nos encaminhando para a 5º fase da Revolução Industrial.

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As novas formas de produção e as relações sociais

Com o crescimento da malha industrial de muitos países, com a potencialização da produção, conquistada pelo motor à combustão e pelo impacto das novas matrizes energéticas e das novas tecnologias no dia a dia, naturalmente, as relações sociais e de produção também se modificaram.

Primeiro, para ampliar os lucros e abastecer um mercado consumidor que crescia anualmente, era necessário que novas formas de produção fossem aplicadas nas fábricas, assim, o empresário Henry Ford se tornou precursor na utilização de linhas de montagem. Nesse método, conhecido como Fordismo, em uma linha formada por operários, cada pessoa executa uma operação na montagem de um produto que circula pela esteira, até a obtenção do trabalho final. A racionalização do trabalho, enfim, foi a principal característica do Fordismo, mas ela também foi fundamental para outro método, também aplicado durante essa 2º fase, que foi o Taylorismo.

O engenheiro americano Frederick Winslow Taylor adaptou o Fordismo para uma mecânica nova, muito mais voltada para intensificar o ritmo da produção e controlar a quantidade e a qualidade dos produtos através do controle total das atividades da máquina e do operário. O Taylorismo permitiu um crescimento tão grande da produção industrial, que possibilitou muitas empresas a criarem conglomerados, a se expandirem

para outros continentes e a dominarem seus mercados. Esse crescimento, enfim, possibilitou inclusive o desenvolvimento do chamado capitalismo monopolista, marcado pelas disputas empresariais e pelas relações predatórias entre países e indústrias.

Nesse modelo capitalista, o capital, muitas vezes, concentrava-se em práticas de formação de monopólios e oligopólios, como as holdings, grandes empresas financeiras que controlam as ações majoritárias de empresas de diferentes setores, os cartéis, que são as associações de empresas diferentes, mas do mesmo ramo, para controlar o mercado e atacar concorrentes e, enfim, os trustes, que são a prática de aliança entre companhias, para absorver concorrentes e monopolizar um determinado setor.

Além disso, a nova etapa do capitalismo também está ligada ao surgimento da bolsa de valores e à ação dos bancos e de instituições financeiras na economia. A invenção de novas tecnologias de transporte e comunicação também facilitaram a aceleração do processo de globalização e de intercomunicação da economia mundial.

Evidentemente, essa concentração do capital em grandes complexos industriais e na mão de poucos empresários gerou impactos profundos no mundo do trabalho e nas relações sociais. Com o crescimento da burguesia, consequentemente, a classe operária se ampliava, mas também se estruturava.

A luta de classes, ao final do século XIX, entre o proletariado e a burguesia passou a se intensificar cada vez mais, visto que as novas formas de trabalho aprofundavam a exploração do trabalhador nas fábricas. Com técnicas como o Fordismo e o Taylorismo, o trabalhador convivia com uma especialização do trabalho que o encerrava na mesma função por horas e horas durante a semana, proporcionando, inclusive, a alienação desse funcionário, que não aprendia coisas novas e nem teria tempo para procurar outros trabalhos, estudar ou conviver com outras pessoas.

Esse impacto da nova fase da revolução industrial, no mundo do trabalho, foi fundamental

para o crescimento de novas ideologias, que se construíram no século XIX, com a classe

trabalhadora, como o socialismo e o anarquismo, muito movidos pela formação de sindicatos

operários e pela criação de partidos trabalhadores.

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Enfim, vale destacar que, apesar da 2º fase da Revolução Industrial representar um processo de crescimento da burguesia e do pensamento liberal na Europa, essa fase dependeu muito mais que a primeira da exploração de outros povos para garantir a produção e o consumo.

Assim, aliada ao imperialismo, a segunda fase da Revolução Industrial encontrou, sobretudo nas novas colônias europeias na África e na Ásia, as matérias-primas abundantes, a mão de obra barata e o mercado consumidor extenso necessários para a expansão das indústrias e a criação de grandes monopólios e oligopólios.

A Era dos Impérios

Ao longo do século XIX, o crescimento dos sentimentos nacionalistas pelo mundo serviu como ponte para construir uma ideia de união entre indivíduos de uma mesma nação. Esse sentimento de união, apesar de construído artificialmente e nem sempre ser forte o bastante para evitar as lutas entre as classes, foi fundamental, no entanto, para o fortalecimento dos grandes impérios europeus e para pavimentar a expansão de seus poderes pelo mundo.

Dessa forma, independente das diferenças sociais e dos interesses das classes, o sentimento em comum de pertencer a uma nação supostamente superior ou a uma raça que teria uma missão divina de civilizar os “povos bárbaros” foi o que, no século XIX, abriu as portas para que as potências que passavam pela Segunda Revolução Industrial dominassem regiões consideradas “menores” e “inferiores”, em uma prática que ficou conhecida como imperialismo.

Assim, utilizando teorias científicas da época, como a eugenia ou o darwinismo social, os países europeus manipulavam dados científicos e determinavam que certas raças seriam inferiores, e outras, superiores, assim como certos povos seriam civilizados e outros não; por isso, o homem branco, cristão e europeu, teria o “fardo” de levar o progresso e a modernidade para as regiões consideradas bárbaras. Essa noção de progresso e civilização, naturalmente, correspondia aos ideais iluministas e burgueses europeus que alcançaram a nova fase da revolução industrial e, agora, deveriam impor ao mundo suas verdades, seus bancos, suas indústrias, suas leis, suas mercadorias e culturas.

Com essa atitude, as grandes potências industrializadas dominavam politicamente, culturalmente e economicamente diversos outros países, principalmente na Ásia, na África e na Oceania. Dessa forma, uma nova dominação das potências europeias era realizada, semelhante ao colonialismo dos séculos XVI e XVII, mas, desta vez, com algumas diferenças, por isso denominada de neocolonialismo.

Nessa nova forma de dominação, as potências industrializadas dividiam os territórios do mundo como suas

“zonas de influência” ou “colônias” e, assim, para facilitar o controle da população local, interferiam nas

questões políticas, escolhiam líderes, criavam leis, proibiam práticas culturais ou línguas, reorganizavam

territórios e praticavam todo o tipo de violência, física, mental e simbólica, para que os povos dominados

servissem ao império dominador. Essa interferência garantia que os grandes monopólios e oligopólios

industriais penetrassem em regiões “subdesenvolvidas” e explorassem livremente as matérias-primas, a mão

de obra local e ainda enviassem para esses países o excedente de mercadorias. A importância desse período

para a construção da fase atual do capitalismo não pode ser deixada de lado, uma vez que, segundo Edward

Said:

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“Esse tipo de domínio ou possessão lançou as bases para o que, agora, é de fato um mundo inteiramente global. As comunicações eletrônicas, o alcance mundial do comércio, da disponibilidade dos recursos, das viagens, das informações sobre os padrões climáticos e as mudanças ecológicas unificaram até mesmo os locais mais remotos do mundo. Esse conjunto de padrões foi, a meu ver, possibilitado e inaugurado pelos impérios modernos. ”

(Cultura e Imperialismo, Edward Said, 2011)

Assim, essa prática sobreviveu por mais de um século e, segundo Eric Hobsbawm, cerca de 25% das terras do mundo passaram a ser dominadas por algum império. No caso africano, apenas dois países em todo o continente não foram dominados por alguma potência, sendo eles a Libéria, que foi formada por ex- escravizados americanos, e a Etiópia. E não foi por falta de tentativa não, os italianos tentaram dominar os etíopes, mas não tiveram sucesso, por exemplo.

No caso da Libéria, é importante compreender que a migração de escravizados libertos e de pessoas negras nascidas livres nos Estados Unidos foi um projeto de vários estados norte-americanos, que se uniram para contribuir financeiramente com a “volta” dessas pessoas para o continente africano.

Colonialismo Neocolonialismo

Séculos XV - XVIII Século XIX - XX

Economia mercantilista Capitalismo monopolista

Expansão do cristianismo Missão civilizadora e superioridade racial Busca por especiarias, gêneros tropicais e

metais preciosos

Busca por mercado consumidor, mão de obra barata, matérias-primas e investimento de capital excedente

América África, Ásia e Oceania

Burguesia comercial e Estados modernos Burguesia financeiro-industrial e Estados com industrialização desenvolvida.

Pega a visão: alguns autores trabalham com a ideia de que esse processo pode ser chamado de “colonização tardia”, enquanto a hegemonia financeira atual dos países centrais sobre os países periféricos seria chamada de neocolonialismo.

O imperialismo na África

O continente africano foi uma das regiões mais afetadas no planeta pelo imperialismo e, até hoje, sofre com as consequências dessa dominação. Enquanto as intervenções europeias ao longo dos séculos XVI e XVII, com a escravidão, causaram um forte impacto na demografia, no desenvolvimento dos povos e nas relações étnicas, no século XIX, a Conferência de Berlim (1884-1885) destruiu mais uma vez o continente, com a partilha dos territórios, a reorganização geográfica dos povos e o domínio imperialista, que teve como consequência o subdesenvolvimento e guerras civis, que continuam arrasando a região.

Nessa conferência, participaram 14 países europeus, mais os Estados Unidos e o Império Russo como

convidados. O objetivo da reunião era definir as fronteiras nos territórios dominados pelas potências,

estabelecer limites, acordos e normas que pudessem nortear as conquistas e evitar empecilhos ou

desentendimentos entre os países industrializados. Assim, ficou acordado que a França manteria seu domínio

sobre a Tunísia, o Marrocos, a Ilha de Madagascar, o Sudão, a Argélia e parte da Somália. A Inglaterra, por sua

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vez, teria domínio maior no lado oriental, desde o Mar Mediterrâneo, no norte da África, até o extremo sul, no Cabo da Boa Esperança. Antigas possessões espanholas e portuguesas foram mantidas, na região do Marrocos, Angola e Moçambique, e, por fim, o Congo, na conferência, foi presenteado ao rei da Bélgica Leopoldo II, como sua propriedade particular. Alemanha e Itália, unificadas tardiamente, conquistaram apenas territórios menores, como os atuais Ruanda, Camarões, Togo, Somália, Líbia, entre outros.

Pega a visão: percebam que Itália e Alemanha saíram “prejudicadas” na divisão territorial. Vai dar ruim? Vai!

Mas essas são as cenas da próxima aula, segura aí!

Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/370/quais-foram-os-colonizadores-da-africa

Apesar de a conferência ter como objetivo evitar novos conflitos na corrida imperialista, as disputas não cessaram, levando os interesses capitalistas inclusive à Grande Guerra, de 1914. Ainda no século XIX, a Guerra dos Bôeres (1899-1902) foi uma das mais expressivas, pois ingleses que viviam na Colônia do Cabo (África do Sul), interessados na exploração de minérios, entraram em guerra com os chamados bôeres, que eram descendentes de holandeses que viviam no sul da África há anos, tendo fundado as cidades de Orange e Transvaal. A riqueza de diamantes de Transvaal atraiu os interesses dos ingleses e de estrangeiros, que desejavam o monopólio das minas e, para isso, precisavam anexar a região às colônias inglesas. Assim, com a vitória britânica e a anexação de Orange e Transvaal, foi criado, em 1910, a União Sul-Africana que, anos depois, ficaria marcada pela segregação racial e pela política do Apartheid.

No caso do Congo, por exemplo, que era uma região de domínio particular do rei belga, Leopoldo II, estima-se que tenha ocorrido a morte de 10 milhões de pessoas entre os anos de 1885 e 1908, submetidas às mais diversas crueldades, como mutilações, decapitações, escravidão e assassinatos. Como vimos lá em cima, o rei ganhou o território de presente durante a Conferência de Berlim, e o seu discurso era o de combater a escravidão e promover o desenvolvimento na região, mas na prática, foi o responsável por um dos maiores genocídios da história.

A dominação do Egito também foi bem importante, porque permitiu que as potências europeias,

especialmente a Inglaterra e a França, tivessem um domínio maior sobre o Canal do Suez, que já era uma das

principais rotas marítimas do mundo, devido a sua localização estratégica na passagem do Mar Mediterrâneo

para o Mar Vermelho.

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É importante ressaltar que todo esse processo de dominação neocolonial subdesenvolveu boa parte do continente africano e utilizou o racismo cientifico como forma de vender um discurso, bem atual até, de que a África é muito pobre, passa fome, é selvagem e etc., porém pouco se fala sobre como o continente foi completamente espoliado, e ainda é, pelas grandes potências mundiais. Além disso, existe uma construção imagética em torno do continente africano, que é retratado ora como um local selvagem, ora como um local exótico. O filme do Rei Leão que o diga, né?!

Pode entrar, Atualidades: recentemente, a Alemanha reconheceu que cometeu um genocídio na Namíbia durante o período neocolonial e assumiu o compromisso de pagar uma indenização ao país. Tal ação tem criado uma serie de discussões, e é importante que você esteja por dentro disso!

O Imperialismo na Ásia

No continente asiático, apesar de haver um amplo domínio europeu sobre diversas ilhas e países, os casos mais emblemáticos foram os da dominação inglesa sobre a Índia, a partilha chinesa e a expansão japonesa.

Índia

No caso indiano, a dominação inglesa começou ainda no século XVIII, com o país se tornando um protetorado britânico em 1763. Nessa conjuntura, a Inglaterra ocupava militar e financeiramente a Índia e tinha controle sobre a política e a administração local; em troca, a Índia supostamente ganharia a proteção do Império Britânico. Com o crescimento do domínio da Companhia Britânica das Índias Orientais, que já no início do XIX monopolizava as relações comerciais com o país, a Índia se tornou cada vez mais dependente dos produtos ingleses, sobretudo dos tecidos. A partir de 1848, novas reformas foram realizadas pela Inglaterra, com missões religiosas e “civilizatórias” que impactaram profundamente a cultura indiana. Enfim, em 1876, o ministro britânico Benjamin Disraeli elevou o status da Índia à parte do Império Britânico, sendo a Rainha Vitória a Imperatriz da Índia.

Apesar do domínio britânico, a colonização da Índia não foi pacífica, visto que revoltas já no século XIX ajudaram a despertar a resistência e o nacionalismo indiano contra os abusos imperialistas. No caso da Revolta dos Sipaios (1735-1741), militares indianos entraram em confronto contra oficiais ingleses, por rejeitarem o uso de graxa animal nas armas, o que nas tradições indianas era considerado um absurdo.

China

No caso chinês, o país continha uma das maiores populações do mundo já no século XIX, sendo, portanto, um mercado consumidor desejável para todas as potências industriais, logo, não só a Europa, como os EUA e o Japão investiram no domínio da região.

O grande Império Britânico também obtinha um importante controle do comércio com a China no século XIX,

mas, antes de intensificar as intervenções no país, conflitos entre os dois ocorreram. Primeiro, graças a

exportação forçada do ópio britânico, produzido na Índia, para a China, uma crise diplomática foi iniciada e,

como consequência, levou à Guerra do Ópio (1841). A guerra teve início quando as autoridades chinesas

decidiram proibir a entrada do ópio inglês no porto de Cantão, destruindo assim várias caixas do produto e

ignorando os pedidos de indenização dos ingleses. Ao iniciar a guerra, os navios chineses não tiveram como

vencer a poderosa marinha britânica, que puniu o país asiático com a imposição do Tratado de Nanquim

(1842), que obrigava a China a abrir os portos de Cantão, Amoy, Foochow, Ningpo e Shanghai para o livre-

comércio, fixar as tarifas alfandegárias de acordo com os desejos ingleses e entregar a cidade de Hong-Kong

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para a posse da Rainha Vitória e de seus sucessores. Anos depois, a China ainda foi obrigada a assinar o Tratado de Pequim (1860), que abria mais sete portos, embaixadas europeias e declarava o direito de países europeus realizarem missões cristãs no país.

Insatisfeitos com a opressão sofrida pelos novos acordos e pela dominação imperialista, em 1900, parte da população chinesa ainda tentou se rebelar, na chamada Guerra dos Boxers. Nessa revolta, chineses incentivados pelo sentimento nacionalista e anti-imperialista assassinaram cerca de 200 estrangeiros que estavam na China, principalmente com golpes de artes marciais. A revolta, no entanto, não conquistou objetivos ou mudanças concretas, visto que foi massacrada por uma força expedicionária composta por diversos países.

Japão

Após os anos de contato com missionários e navegadores portugueses no século XVI, que levou inclusive à introdução do cristianismo no país, o Japão, em 1648, expulsou os estrangeiros e permaneceu com seus portos fechados para outras nações até o século XIX.

Assim, enquanto a Europa se industrializava e a burguesia ascendia no século XIX, no Japão, o regime dominado pelos daimios e pelos samurais ainda sobrevivia, em um sistema semelhante ao feudalismo, extremamente agrário e isolado. Essa estrutura mudou apenas em 1854, quando uma frota de navios americanos, interessada em expandir os comércios e o mercado consumidor do país, chegou na costa japonesa. Comandados pelo almirante Perry, a marinha americana forçou a abertura dos portos japoneses e, sob ameaças, impôs a assinatura de diversos tratados comerciais, que, de certa forma, contribuíram para o próprio desenvolvimento econômico japonês e para o fim do antigo regime e das tradições locais.

As mudanças ocasionadas nesse período e a centralização política promovida pelo imperador Mutsuhito

promoveu a industrialização do país, no que ficou conhecido como a Era Meiji. A nova face do Japão logo se

voltou para as conquistas no Oceano Pacífico, expandindo o império japonês e dominando diversas ilhas na

região. Guerras contra a China, em 1894, e contra a Rússia, em 1904, garantiram, inclusive, a hegemonia

japonesa e demonstraram ao mundo o poder da nova potência asiática.

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Exercícios de fixação

1. Quais regiões foram o foco do neocolonialismo durante o século XIX e XX?

a) Oceania e Ásia b) América e África c) América e Oceania d) África e Europa

2. Qual acontecimento foi essencial para a expansão do imperialismo?

a) Independência dos EUA b) Caudilhismo

c) Primeira Guerra Mundial d) Segunda Revolução Industrial

3. Um dos componentes essenciais do imperialismo foi o a) capitalismo consciente

b) capitalismo monopolista c) capitalismo comercial d) mercantilismo

4. Qual o nome da teoria científica que deu embasamento para a ocupação neocolonialista por parte das potências industrializadas?

a) evolução social b) evolução científica c) darwinismo social d) darwinismo científico

5. Qual era o principal objetivo da Conferência de Berlim (1884 – 1885)?

a) dividir o continente africano entre as potências industrializadas b) formalizar a independência dos países africanos pós neocolonialismo c) criar grupos de estudo para a colonização efetiva do território africano

d) firmar parceria com países africanos que seriam parceiros no fornecimento de matéria-prima

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Exercícios de vestibulares

1. (Enem PPL 2018) O parlamento britânico aprovou uma lei, em 1835, cujo objetivo era regular o tráfego crescente nas principais vias no interior da Inglaterra, uma espécie de “código rodoviário”. A lei de 1835 estabeleceu a velocidade máxima de 4 milhas por hora para veículos autopropulsionados. As regras foram revistas pelo parlamento em 1896, quando foi aumentada a velocidade máxima para 10 milhas.

Em 1903, novamente elevou-se o limite de velocidade para 20 milhas por hora. Em 1930, aboliu-se o limite de velocidade para carros e motos.

ELIAS, N. Tecnização e civilização. In: ELIAS, N. Escritos e ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2006 (adaptado).

O processo descrito alude à necessidade de atualização da legislação conforme a) as transformações tecnológicas.

b) a renovação do congresso.

c) os interesses políticos.

d) o modo de produção.

e) a opinião pública.

2. (Unit-SE 2019)

A charge caracteriza um tipo de política externa desenvolvida pelos países capitalistas do século XIX, que pode ser identificada

a) na Doutrina Monroe, formulada pelos Estados Unidos para impedir a ação do imperialismo britânico sobre as áreas de influência estadunidense na Ásia e América.

b) no combate ao narcotráfico na América Latina, como justificativa para a intervenção dos Estados Unidos na Bolívia e o controle estadunidense sobre o canal do Panamá.

c) no estabelecimento da Lei Seca, nos Estados Unidos, que contribuiu para o surgimento de grupos mafiosos que dominavam o tráfico de drogas, cujos lucros financiavam movimentos armados marxistas.

d) no processo de dominação inglesa sobre a Índia, baseado na imposição de costumes ocidentais, como o uso de opiláceos, e na aliança com a minoria muçulmana contra os hindus liderados por Mahatma Gandhi.

e) na política britânica na Ásia, que provocou a partilha da China entre as nações imperialistas

ocidentais e a abertura ao capital estrangeiro, através da Guerra do Ópio.

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3. (Enem 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nos, superiores, e assim por diante.

SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras. 1995 (adaptado).

O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma

a) cruzada religiosa.

b) catequese cristã.

c) missão civilizatória.

d) expansão comercial ultramarina.

e) política exterior multiculturalista.

4. (Enem PPL 2015) A conquista pelos ingleses de grandes áreas da Índia deu o impulso inicial à produção e venda organizada de ópio. A Companhia das Índias Orientais obteve o monopólio da compra do ópio indiano e depois vendeu licenças para mercadores selecionados, conhecidos como “mercadores nativos”. Depois de vender ópio na China, esses mercadores depositavam a prata que recebiam por ele com agentes da companhia em Cantão, em troca de cartas de crédito; a companhia, por sua vez, usava a prata para comprar chá, porcelana e outros artigos que seriam vendidos na Inglaterra.

SPENCE, J. Em busca da China moderna. São Paulo: Cia. das Letras, 1996 (adaptado).

A análise das trocas comerciais citadas permite interpretar as relações de poder que foram estabelecidas. A partir desse pressuposto, o processo sócio-histórico identificado no texto é

a) a expansão político-econômica de países do Oriente, iniciada nas últimas décadas do século XX.

b) a consolidação do cenário político entreguerras, na primeira metade do século XX.

c) o colonialismo europeu, que marcou a expansão europeia no século XV.

d) o imperialismo, cujo ápice ocorreu na segunda metade do século XIX.

e) as libertações nacionais, ocorridas na segunda metade do século XX.

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5. (Unesp 2015) A África só começou a ser ocupada pelas potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumidores. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do final do século XIX [...].

(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A partilha da África entre os países europeus, no final do século XIX,

a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a negociação política.

b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano.

c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano.

d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido colônias em outras partes do mundo.

e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano.

6. (Enem PPL 2012)

A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do século XX, nos Estados Unidos da América, que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve como resultado

a) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a desenvolver um trabalho repetitivo.

b) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional para cada homem em seu posto de trabalho.

c) a organização do trabalho que possibilitou ao trabalhador o controle sobre a mecanização do processo de produção.

d) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da produção conjugado com a diminuição das áreas de estoque.

e) as novas técnicas de produção que provocaram ganhos de produtividade, repassados aos

trabalhadores como forma de eliminar as greves.

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7. (UEFS 2016) I.

O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo. Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial ou cultural e econômico de uma nação sobre outra, e ocorreu na época da Segunda Revolução Industrial.

(IMPERIALISMO, 2016).

II.

Esta terceira fase do imperialismo moderno é marcada pela hegemonia do capital financeiro internacional, que é a força motriz por trás do fenômeno da globalização, e na prossecução das políticas neoliberais, no lugar das políticas keynesianas de gestão da procura nos países avançados e de “planejamento” ao estilo Nehru (ou aquilo que alguns economistas do desenvolvimento chamam de políticas dirigistas) no terceiro mundo.

(ESTA TERCEIRA fase... 2016).

A comparação entre os dois textos permite concluir que o que caracteriza o imperialismo no século XXI é a

a) hegemonia racial de uma nação industrial sobre outra de igual característica.

b) manutenção das características do mercantilismo, vigentes no antigo sistema colonial.

c) aplicação de políticas monopolistas de controle de mercado por parte das nações capitalistas.

d) exploração oficializada de fontes de energia de caráter vegetal, como a madeira e o carvão vegetal.

e) dominação do capital financeiro internacional no contexto da globalização.

8. (Enem PPL 2014) Em dezembro de 1945, começou uma greve de dois meses no principal porto da África Ocidental Francesa, Dacar. As autoridades só conseguiram levar os grevistas de volta ao trabalho com grandes aumentos de salário e, o que é ainda mais importante, pondo em prática todo o aparato de relações industriais usado na França – em resumo, agindo como se os grevistas fossem modernos operários industriais.

COOPER, F.; HOLT, T.; SCOTT. R. Além da escravidão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado).

Durante o neocolonialismo, o trabalho forçado – que não se confunde com a escravidão – foi uma constante em diversas regiões do continente africano até o século XX. De acordo com o texto, sua superação deriva da

a) crítica moral da intelectualidade metropolitana.

b) pressão articulada dos organismos multilaterais.

c) resistência organizada dos trabalhadores nativos.

d) concessão pessoal dos empresários imperialistas.

e) baixa lucratividade dos empreendimentos capitalistas.

(14)

9. (Puc SP 2014) O fato maior do século XIX é a criação de uma economia global única, que atinge progressivamente as mais remotas paragens do mundo, uma rede cada vez mais densa de transações econômicas, comunicações e movimentos de bens, dinheiro e pessoas, ligando os países desenvolvidos entre si e ao mundo não desenvolvido.

Eric Hobsbawm. A era dos Impérios. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008, p. 95.

O processo histórico descrito no texto corresponde ao

a) avanço da indústria chinesa, que superou a concorrência comercial dos países do Ocidente e passou a monopolizar os mercados consumidores da Europa e da América.

b) estabelecimento de clara hegemonia política e militar soviética, nos tempos da Guerra Fria, sobre o Leste europeu e o Sul e Sudeste do continente asiático.

c) imperialismo norte-americano, que impôs seu domínio econômico-financeiro sobre a América, a Europa Ocidental e parte do continente africano.

d) sucesso das políticas neoliberais de ampliação da produção industrial e dos mercados consumidores, que permitiram o rompimento das barreiras alfandegárias mesmo nos países socialistas da Ásia.

e) expansionismo europeu sobre o Pacífico, a Ásia e a África, que impôs o controle político e

comercial de potências ocidentais a diversas partes do mundo.

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10. (Puc 2010) Observe os gráficos abaixo sobre o movimento migratório para os Estados Unidos entre as décadas de 1820 e 1860.

É CORRETO afirmar que:

a) durante as décadas de 1840 e 1850, o fluxo de imigrantes cresceu substancialmente, sendo a maior parte deles originária da Inglaterra e Alemanha.

b) após a guerra contra o México (1846-1848), houve decréscimo da imigração, em função da limitação do acesso aos novos territórios anexados.

c) o surto de industrialização, ocorrido nas décadas de 1840 e 1850, aumentou a oferta de empregos na indústria, atraindo uma multidão de emigrantes europeus.

d) os atrativos oferecidos aos imigrantes ingleses entre as décadas de 1840-1860 justificam a sua maior porcentagem na composição da imigração.

e) as décadas de menor entrada de imigrantes nos Estados Unidos correspondem ao período de

apogeu da expansão para o Oeste.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. A

Com a expansão da Segunda Revolução Industrial e a necessidade de conquistar novos mercados consumidores e fornecedores de matéria-prima, as potências europeias se voltaram para dominar o continente africano, asiático e a Oceania.

2. D

O advento da segunda fase da revolução industrial e a demanda por novas fontes de matéria-prima foram fatores essenciais para o recrudescimento do imperialismo na segunda metade do século XIX. Além disso, a necessidade de expandir o mercado consumidor, uma vez que as novas tecnologias permitiam uma produção cada vez mais rápida, também influenciou dentro desse processo.

3. B

O capitalismo monopolista ou financeiro surgiu já no final do século XIX e foi um fator que impulsionou as novas formas de colonização no continente africano e asiático, por exemplo. A interferência das potências centrais garantia que os grandes monopólios e oligopólios industriais penetrassem em regiões

“subdesenvolvidas” e explorassem livremente as matérias-primas, a mão de obra local e ainda enviasse para esses países o excedente de mercadorias.

4. C

Não dá para falar de neocolonialismo sem falar dos argumentos científicos utilizados por esses países imperialistas para dominar e explorar os outros territórios. Segundo o darwinismo social, algumas raças eram superiores às outras e, por isso, as que eram superiores tinham a missão de levar o progresso para as regiões “inferiores”.

5. A

A Conferência de Berlim (1884-1885) contou com a participação de 14 países europeus, mais os Estados Unidos e o Império Russo como convidados, para fazer uma partilha dos territórios do continente africano entre si, e sem consultar os povos que já viviam na região.

Exercícios de vestibulares

1. A

O texto aponta que a lei acabou se adaptando ao surgimento e ao aprimoramento das tecnologias no decorrer da Revolução Industrial.

2. E

Para resolver a questão, é importante prestar atenção aos detalhes da charge, especialmente na carga atrás dos personagens centrais, em que está escrito “ópio”. A charge representa a vitória inglesa na Guerra do Ópio e a imposição a China de abrir seus portos para as potências estrangeiras.

3. C

O texto aponta um dos principais argumentos para a dominação inglesa no continente africano e asiático:

a ideia do fardo do homem branco. Baseados em teorias racistas, esses homens acreditavam que eram

(17)

superiores, racialmente e culturalmente, e, por isso, tinham a obrigação de levar a civilização e a cultura europeia para os países “bárbaros e selvagens”.

4. D

O texto retrata as novas formas de dominação e a ação imperialista dos países europeus no continente africano e asiático. É importante perceber que o neocolonialismo se adaptou às necessidades do capitalismo monopolista, ao encontrar novas formas de explorar a população local.

5. C

A ocupação das potências europeias não se preocupou com as relações e divisões, políticas e culturais, que já existiam dentro desses continentes; assim, vários grupos foram separados ou incluídos em um mesmo local, sem ter qualquer vínculo um com outro, podendo pertencer, inclusive, a grupos rivais.

6. A

A imagem retrata o modelo produtivo industrial Fordista-Taylorista, em que o trabalhador era especializado em apenas uma única função repetitiva e fixa; portanto, ele não dominava todo o processo produtivo, o que acaba levando à sua alienação.

7. E

Apesar do fim do neocolonialismo no século passado, o que se mantem até hoje é um processo de predominância econômica dos países centrais sobre os países periféricos, que é uma consequência da dominação anterior, o que para alguns autores pode ser classificado como uma nova forma de colonização.

8. C

O texto aponta que as conquistas dos trabalhadores dos continentes dominados foram fruto de uma luta intensa por parte da população local, que não aceitava a dominação imperialista ou a intensa exploração de sua mão de obra.

9. E

O processo descrito pelo autor é o imperialismo, e ele teria dado início a um processo mais acelerado de globalização e conexão entre as diversas economias mundiais. Vale ressaltar que esse movimento de

“integração” global só foi possível graças à dominação e a exploração de outros territórios, com o neocolonialismo, e ao surgimento do capitalismo monopolista.

10. C

O Estados Unidos foi um dos países atingidos pelo advento da segunda fase da Revolução Industrial, e

o boom no investimento desse projeto, feito especialmente pelos Estados do Norte, ocorreu durante a

década de 1850-1860, atraindo imigrantes para o país. Vale ressaltar que o desejo de se tornar uma

nação industrializada bateu de frente com o projeto agroexportador e escravista dos estados do Sul, o

que levou à guerra civil na década seguinte.

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