Doença de Chagas Tripanossomíase ou
Americana
Prfª. Me. Yara Bandeira Azevedo
Trypanosoma cruzi
Doença de Chagas
-Agente etiológico: Trypanosoma cruzi
-Antropozoonose (doença primaria de animais, podendo ser transmitida para o homem)frequente nas Américas.
- Doença descoberta por Carlos Chagas.
- Distribuição geográfica: desde o sul dos EUA até o sul da Argentina, não ocorre fora do Continente Americano.
- Período de incubação: varia entre7 e 10 dias.
- Endemia que atinge cerca de 8 milhões de habitantes principalmente pessoas pobres.
Doença de Chagas
Mamíferos: gambá ou mucura, tatu, ratos, cães, gato, homem.
Obs.: As aves e os répteis são refratários ao Trypanosoma cruzi, isto é, não se infectam com esse protozoário e, por isso não funcionam como reservatório.
Hospedeiros Vertebrados
Doença de Chagas
Vetores de Trypanosoma cruzi : Ordem Hemíptera
– espécies hematófagas:
– Família: Reduviidae
– Subfamília: Triatominae (barbeiros)
– Gêneros: Rhodnius,
Panstrongylus, Triatoma
– Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são
hematófagos
Doença de Chagas
Vetores de Trypanosoma cruzi : Ordem Hemíptera
– espécies hematófagas:
– Família: Reduviidae
– Subfamília: Triatominae (barbeiros)
– Gêneros: Rhodnius,
Panstrongylus, Triatoma
– Diferente dos pernilongos: todos os estágios e ambos os sexos são
hematófagos
Triatomíneos mais importantes na transmissão da Doença de Chagas
Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata
Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis
Discriminação morfológica
hematófago
predador
fitófago
Probóscida curva com três segmentos
Probóscida reta com quatro segmentos Probóscida reta com
três segmentos
Formas morfológicas – Trypanosoma cruzi
Doença de Chagas
Intracelular- Forma amastigota
Extracelular- Forma tripomastigota
- Delgado- mais sensíveis a ação dos anticorpos, fase aguda, tropismo pelo sistema mononuclear fagocítico (macrofagotrópicas)
- Largos- menos sensíveis a ação dos anticorpos, fase crônica, tropismo por células musculares (miotrópicas)
Doença de Chagas
Hospedeiro Vertebrado
Doença de Chagas
Hospedeiro Invertebrado - Triatomíneo
Estômago/intestino: Formas Esferomastigotas (forma arredondada com flagelo circundando o corpo)
Intestino: Formas Epimastigota
Reto: Formas Tripomastigotas metacíclico (forma infectante)
Doença de Chagas
Transmissão
Transmissão pelo Vetor- Durante o hematofagismo
Rhodnius prolixus
Heteroxênico (Hospedeiro definitivo e intermediário) Hospedeiro vertebrado
Durante o Repasto sanguíneo do vetor “Barbeiro”> eliminação de formas tripomastigotas metacíclicos nas fezes > penetração das formas no local da picada > interação com células mononucleares >
Transformação da forma tripomastigota em amastigota > divisão binária > transformação de amastigota em tripomastigota >
rompimento celular > infecção e outras células Hospedeiro invertebrado
Repasto sanguíneo do vetor “Barbeiro”> transformação
em esferomastigotas (estômago/intestino) > transformação em
epimastigota (intestino médio) > transformação em tripomastigota metacíclico (reto) > fezes
Doença de Chagas
Ciclo Biológico
Doença de Chagas
Ciclo Biológico
Ciclo Biológico
Doença de Chagas
Ciclo Biológico
Doença de Chagas
Transmissão
- Transmissão vetorial (barbeiro) - Transfusão sanguínea
- Transmissão congênita - Acidentes de laboratório - Transmissão oral
- Transplante
Doença de Chagas
Transmissão
Doença de Chagas
Transmissão
Doença de Chagas
Doença de Chagas
Transmissão
Doença de Chagas
Transmissão
Doença de Chagas
• Infecção:
– ocorre geralmente à noite,
– durante a alimentação dos insetos,
– por meio de picadas em áreas expostas da pele, – usualmente membros superiores e face.
– engurgitamento causado pela ingestão de sangue provoca imediata defecação do triatomíneo, liberando as formas infectantes (tripomastigotas metacíclicos).
– penetração no hospedeiro humano ocorre:
• via mucosa ou por escarificações microscópicas da pele,
• conseqüência do prurido intenso no local da picada,
• facilitando o acesso dos tripomastigotas à corrente sangüínea.
Doença de Chagas
Fase Aguda
- Febre, mal-estar, anorexia, fraqueza e algumas manifestações cutâneas ou ocular:
- Chagoma de inoculação – Penetração na pele (inflamação aguda local no ponto de inoculação)
Doença de Chagas
Fase Aguda
- Sinal de Romaña - Penetração na conjuntiva(edema, congestão conjuntival, linfadenite satélite)
Doença de Chagas
Fase Crônica
• Assintomático
- (indeterminado) 10-30 anos - Positivo na sorologia
- ECG normal
• Sintomático
- Diminuição da massa muscular devido a fibrose e destruição do SNA
- Formação de trombos (morte súbita) - Dispneia
- Morte
Doença de Chagas
Fase Crônica
• Sintomático:
Forma digestiva
- Megaesôfago (mal do engasgo) – mais frequente em homens de 20 a 40 anos.
- Megacólon (mal da obstipação) – mais frequente em idosos do sexo masculino.
Forma cardíaca
- Acomete mais homens, após 30 ou 40 anos.
- Insuficiência cardíaca crônica: hipóxia de vários órgãos, dispneia, edema dos membros inferiores
Doença de Chagas
Patogenia
• No quadro crônico:
- Megacólon chagásico
Doença de Chagas
Patogenia
Cardiomegalia Aneurisma de ponta
Doença de Chagas
Diagnóstico Clínico
- Sinal de Romaña - Chagoma de inoculação
Doença de Chagas
Diagnóstico Laboratorial
- Gota espessa - Esfregaço
- Hemocultura
- Xenodiagnóstico
Parasiológico: pesquisa de parasito
Imunológico: pesquisa de anticorpos - RIFI
- ELISA
- Hemaglutinação indireta - PCR
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Diagnóstico Laboratorial Xenodiagnóstico Natural
Doença de Chagas
Diagnóstico – Xenodiagnóstico Artificial
Doença de Chagas
Diagnóstico – Xenodiagnóstico Artificial
Doença de Chagas
Diagnóstico – Xenodiagnóstico Artificial
Doença de Chagas
Tratamento
Tratamento ainda é insatisfatório: é indicado apenas na fase aguda, sendo controverso nas fases latente e crônica.
• Nifurtimox (Lampit)
• Benzonidazol (Rochagan)
Doença de Chagas
Prognóstico
– Infecções agudas na infância são frequentemente fatais, particularmente quando o SNC é envolvido.
Profilaxia
– Combate ao vetor (campanhas de eliminação)
– Melhoria da habitação e educação sanitária.
– Melhora da triagem de doadores de sangue