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DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS DO RS

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DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS DO RS

SUMÁRIO

1. TEORIA GERAL DO PROCESSO ... 03

2. DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO ... 07

3. SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL ... 10

4. MINISTÉRIO PÚBLICO ... 21

5. COMPETÊNCIA ... 23

6. O JUIZ... 29

7. AUXILIARES DA JUSTIÇA... 30

8. ATOS PROCESSUAIS ... 32

9. FORMAÇÃO DO PROCESSO ... 45

10. SUSPENSÃO DO PROCESSO ... 45

11. EXTINÇÃO DO PROCESSO ... 47

12. PROCEDIMENTO SUMÁRIO ... 47

13. PROCEDIMENTO ORDINÁRIO ... 49

14. RECURSOS (ARTS. 496 A 565, CPC) ... 58

15. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CPC ... 65

16. PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS ... 66

17. PROCESSO DE EXECUÇÃO ... 84

18. TUTELA DE URGÊNCIA ... 92

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TEORIA GERAL DO PROCESSO

Importante, a título de introdução, estabelecermos um conceito de Direito Processual e, para tal, imprescindível a diferenciação entre normas de natureza material e aquelas de natureza processual.

As normas jurídicas de Direito material são aquelas que, por sua essência, têm poder de criar, modificar ou extinguir relações jurídicas existentes no mundo empírico, no plano dos fatos. As normas jurídicas de Direito Processual, por sua vez, disciplinam os acontecimentos do ambiente jurisdicional, regulando a aplicação da justiça visando à solução dos conflitos de interesses (lides). É, pois, através das normas de Direito processual que se garante eficácia e efetividade às normas de Direito material.

O Direito Processual consiste, assim, em um sistema de princípios e regras que regulamentam a função Estatal de dirimir conflitos de interesses no âmbito do sistema jurídico, ou seja, no exercício da jurisdição.

A solução das lides de natureza civil se dá através do Direito Processual Civil, o qual visa regular a administração da justiça nas lides que envolvam interesses privados, excluídas aquelas que contam com ritos processuais específicos, como é o caso das lides trabalhistas, por exemplo.

O Direito Processual Civil pátrio prevê três espécies de processo: o de conhecimento, o de execução e o cautelar, os quais serão estudados adiante.

1.1 PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DO PROCESSO CIVIL

A Constituição Federal de 1988 tem por alicerce um conjunto de valores por ela erigidos como fundamentais, os quais assumiram o papel de princípios norteadores não apenas do Direito Constitucional, mas de todos os ramos do Direito bem como da sociedade como um todo. Assim, também o Processo Civil encontra-se permeado por princípios constitucionais que orientam e norteiam a interpretação e aplicação de suas normas, tais como:

1.1.1 PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO CONTROLE JURISDICIONAL (ART. 5º, XXXV, CF)

Cuida-se do direito de ação e de defesa; direito público, subjetivo e abstrato de exigir do Estado a prestação da tutela jurisdicional. É poder decorrente da proibição da autotutela do indivíduo, que cede ao estado a função jurisdicional, e encontra-se, portanto, legitimado a requerer a proteção deste sempre que se sentir violado ou ameaçado.

É conexo ao princípio do acesso à justiça que deve ser garantido a todos de forma efetiva e envolve tanto a defesa do direito violado, quanto do direito ameaçado.

1.1.2 PRINCÍPIO DA ISONOMIA PROCESSUAL (ART. 5º, CAPUT, CF E ART. 125, I DO CPC)

A Constituição Federal de 1988 garante, no caput do seu artigo 5º, a igualdade de todos perante a lei. Este direito fundamental traduz-se no Direito Processual através da garantia de

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tratamento igualitário às diferentes partes do processo, evitando as iniquidades e os privilégios que, por certo, não se coadunam com a aplicação da justiça.

A igualdade constitucionalmente defendida não é aquela meramente formal, mas uma isonomia de fato. Assim, não basta que se evitem os desequilíbrios, mas é imperioso corrigi-los quando existentes. Entretanto, alguns benefícios podem ser concedidos a uma das partes, almejando perfectibilizar a isonomia processual, como por exemplo, a concessão do beneplácito da Assistência Judiciária Gratuita.

1.1.3 PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL (ART. 5º, LIV, CF)

O princípio do devido processo legal é considerado por muitos como o princípio que dá origem a todos os outros, de forma direta ou indireta, informando tanto o processo quanto o procedimento.

Modernamente, inclusive, associa-se a noção de devido processo legal à de processo justo, ou seja, aquele que é regido pelo magistrado natural e competente, que possibilita o acesso à justiça, garante a ampla defesa, o contraditório, etc.

De fato, independentemente da concepção do devido processo legal que adotarmos (mais ampla ou mais restrita), resta evidente que se cuida de um dos princípios mais caros ao processo civil brasileiro. Através dele temos a garantia da existência de um processo justo, de acordo com os ditames legais previamente estabelecidos, garantindo às partes igualdade de tratamento. É direito fundamental do cidadão e pilar sustentador do Estado Democrático de Direito, sendo reconhecido como um superprincípio.

1.1.4 PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL (ART. 5º, INCISOS LIII E XXXVII, CF)

A Constituição determina que os processos apenas poderão ser administrados validamente pela autoridade competente, que é aquela investida de jurisdição pelo Estado e com competência para atuar na forma prevista em lei (Constituição Federal, Código de Processo Civil e Lei de Organização Judiciária). Assim, o magistrado que possui a função jurisdicional depende ainda da competência legal para poder conduzir o processo (competência de juízo e de foro). Juiz Natural é o órgão investido de jurisdição.

Além disso, a Constituição proíbe o julgamento através de juízo ou tribunal de exceção, ou seja, aquele criado em caráter especial ou excepcional para julgar litígios específicos ocorridos anteriormente à sua própria existência.

A aplicação deste princípio estende-se também sobre membros do Ministério Público, com a exigência, em muitos casos, especialmente na esfera penal, da figura do Promotor natural.

1.1.5 PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO (ART. 5º, LV, CF)

O devido processo legal exige, conforme se viu, a necessidade da igualdade entre as partes. A principal consequência dessa exigência é a obrigação de ouvir a pessoa perante a qual será proferida a decisão, garantindo-lhe o pleno direito de defesa e de pronunciamento sempre que contra ela for sustentado ou produzido algo. Ao princípio do contraditório se submetem tanto as partes como o próprio juiz, que haverá de respeitá-lo mesmo naquelas hipóteses em que procede a exame e deliberação de oficio acerca de certas questões que envolvem matéria de ordem pública1.

1 THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil, vol. 1. 40. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2003. pg. 24.

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É princípio absoluto, que deve ser sempre observado, sob pena de nulidade do processo. Pode ocorrer, contudo, que ele seja postergado para um segundo momento, de acordo com a necessidade do caso concreto, por uma composição de princípios como do acesso à justiça e da tutela eficaz (em síntese, do devido processo legal). As liminares, por exemplo, sejam cautelares ou antecipatórias, implicam no adiamento, na postergação do contraditório, mas nunca sua exclusão. Implica propriamente na bilateralidade dos atos e termos do processo.

1.1.6 PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA (ART. 5, LV, CF)

Não só se garante o direito de se manifestar sobre os fatos alegados pela parte contrária e sobre os provimentos relevantes no curso do processo, como também se garante que, para isso, o indivíduo possa se valer do direito amplo de demonstrar suas versões sobre os fatos. Ou seja, para demonstrar a veracidade de suas alegações o indivíduo tem a sua disposição todos os meios lícitos admitidos em Direito, não podendo receber restrições quanto ao tipo de prova que deverá produzir, salvo ressalva legal.

Salienta-se que a amplitude da defesa restringe-se, como referido, aos meios probatórios lícitos, havendo expressa proibição constitucional no que tange à utilização de provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, LVI, CF).

1.1.7 PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO

Também conhecido como princípio da recorribilidade, implica a necessária revisão das decisões, como forma de se evitar ou corrigir os erros e falhas que são inerentes aos julgamentos humanos. Em sua forma clássica e integral, não encontra previsão expressa na Constituição Federal, podendo, portanto, ter aplicabilidade limitada pela lei. Como exemplo temos a decisão liminar no rito do juizado especial cível que não poderia ser atacada pelo recurso de agravo, bem como a decisão que converte o agravo de instrumento em agravo retido.

1.1.8 PRINCÍPIO DO DEVER LEGAL DE FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS (ART. 93, IX, CF)

Cuida-se de corolário do princípio do pleno acesso à justiça. Deveras, não há como se falar em uma prestação jurisdicional plena e efetiva quando o jurisdicionado desconhece as razões que levaram o julgador a pender para um ou outro lado. Não há jurisdição em um provimento que decide questão sem externar os motivos de seu convencimento, mas sim arbitrariedade. É princípio de extrema relevância para se garantir a possibilidade do contraditório e da ampla defesa e essencial para a garantia de um Estado Democrático de Direito que assegura a seus cidadãos o conhecimento de suas ações.

1.1.9 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS (ART. 93, IX, CF)

Outra característica de um Estado Democrático de Direito é a publicidade dos atos de poder, especialmente com a finalidade de exercer controle sobre os atos arbitrários. Assim sendo, a Constituição garante a publicidade destes atos, ressalvadas as hipóteses de proteção da intimidade dos interessados.

1.1.10 PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO (ART. 5º, LXXVIII, CF)

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Erigido à condição de princípio constitucional pela Emenda Constitucional N° 45, promulgada em 08.12.2004, a razoável duração do processo busca assegurar maior celeridade à aplicação da justiça.

Tem por objetivo garantir maior eficácia à prestação jurisdicional, acelerando os trâmites processuais para que tenham uma duração razoável de forma a evitar decisões injustas por tardias, ferindo a efetividade do processo.

Entretanto, a celeridade processual não pode se impor de forma a sacrificar interesses de maior magnitude, como, por exemplo, a busca da verdade real, o contraditório e a ampla defesa.

Destaca-se que o princípio da razoável duração do processo não se restringe ao exercício da jurisdição por parte do Estado, estendendo-se, também, aos procedimentos administrativos e quaisquer outros formados em plano extrajudicial.

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DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO (Arts. 1º ao 6º, CPC)

2.1 A JURISDIÇÃO (ARTS. 1° E 2°, CPC) 2.1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Através da jurisdição o Estado busca de forma imparcial e justa a pacificação do conflito. Trata- se, pois, de poder-dever de aplicação do Direito ao caso concreto, de monopólio do Poder Estatal, através de seus órgãos jurisdicionais. É a função do Estado de fazer atuar a vontade concreta do direito objetivo.

Em que pese a absoluta preferência e secundariedade pela solução jurisdicional dos conflitos, o Direito pátrio não exclui por completo as hipóteses de autocomposição2 (como o exercício da arbitragem, a mediação, por exemplo) ou, em casos específicos, de autotutela (como no caso do desforço imediato, legítima defesa da posse), resguardado, entretanto, o direito constitucional de acesso ao judiciário e inafastabilidade da apreciação jurisdicional conforme anteriormente afirmado.

Cumpre salientar que o fato de o poder-dever jurisdicional ser de monopólio do Poder Estatal não significa que este seja seu protagonista, sendo os órgãos jurisdicionais essencialmente inertes, ou seja, o Poder Judiciário age, via de regra, tão somente mediante provocação3. A inércia do juiz é princípio processual, positivado no art. 2° do CPC, que tem por finalidade garantir sua imparcialidade e equidistância das partes, sendo excepcionais as hipóteses em que este pode agir sem que haja provocação (ex officio), usualmente por critérios de ordem pública4.

O processo, portanto, é formado por iniciativa da parte que o promove (dominus litis) e desenvolve-se por impulso do Poder Estatal, responsável pela solução dos conflitos, conforme dispõe o artigo 262 do CPC.

A jurisdição, por conseguinte, é secundária, imparcial, inerte, provocada, substitutiva, declaratória, indelegável, inevitável, entre outros.

2.1.2 ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO

Duas são as espécies de jurisdição: contenciosa e voluntária (Art. 1°, CPC).

A jurisdição contenciosa é justamente a concreção da função jurisdicional, qual seja, a resolução de conflitos. Na jurisdição voluntária – também denominada administração pública de interesses privados, de natureza integrativa, – não há lide (entendimento dominante), mas controvérsia; não há partes, mas interessados; não há processo, mas procedimento; não há pretensão, mas interesses comuns ou paralelos; não há pedido, mas requerimento. Em verdade, para a maioria da doutrina, não haveria propriamente jurisdição na chamada jurisdição voluntária.

Na jurisdição voluntária o Estado não acolhe nem rejeita pretensões, apenas atua com os interessados para a realização de negócios jurídicos, a fim de lhes dar maior segurança, possibilitar a fiscalização estatal ou dar a necessária homologação judicial de tais negócios, como ocorre no caso da ação de separação consensual, por exemplo. Trata-se, pois, de espécie mais próxima de procedimento administrativo que de processo propriamente dito.

2 Solução de conflito entre as partes através da eleição de um terceiro imparcial para o papel de árbitro.

3 Dois importantes brocardos latinos sobre a matéria são recorrentes na doutrina pátria: ne procedat iudex ex officio e nemo iudex sine actore.

4 São exemplos da atuação ex officio do magistrado: (a) a abertura do processo de inventário, nos termos do artigo 989 do CPC; (b) a arrecadação de bens do ausente, conforme dispõe o artigo 1.160 do CPC.

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2.1.3 LIMITES DA JURISDIÇÃO

No que tange aos limites da jurisdição temos que, segundo o princípio da aderência, os juízes e os tribunais exercem a atividade jurisdicional somente no território nacional, sendo esta atividade dividida com observância das regras de competência, que veremos adiante. Importante apontar que as regras reguladoras da “Competência Internacional”, previstas nos arts. 88 a 90 do CPC, disciplinam, na verdade, a jurisdição e não a competência, assim, estão ligadas ao território brasileiro (e, por conseguinte, à jurisdição pátria) as ações em que: a) o réu tiver domicílio no Brasil; b) a obrigação tiver de ser cumprida no Brasil; c) o fato gerador ocorreu no Brasil; d) o objeto da pretensão for um imóvel situado no Brasil, assim como os bens de inventário.

2.2 A AÇÃO (ARTS. 3° AO 6°, CPC) 2.2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Podemos definir a ação, em seu sentido lato (constitucional), como sendo o direito público subjetivo de exigir do Estado-juiz a prestação da tutela jurisdicional. Trata-se do direito incondicionado, garantido constitucionalmente, de obter-se do Poder Judiciário uma solução para determinado conflito de interesses. É através do exercício do direito de ação que temos a formação do processo.

Em seu sentido estrito (processual), o ordenamento processual civil brasileiro adota a teoria eclética da ação, atribuída a Enrico Tullio Liebman. Segundo esta teoria, o direito de ação não se vincula ao direito material, sendo garantido ao particular o direito de apreciação da ação por parte do Poder Judiciário independentemente de juízo prévio quanto à procedência ou improcedência desta. Assim, nesta teoria, haverá ação sempre que houver resposta de mérito proferida pelo julgador, seja esta pela procedência ou improcedência. Como consequência da adoção desta teoria temos que, no Direito Processual Civil brasileiro, as decisões que extinguem o processo sem o julgamento do mérito não fazem coisa julgada quanto ao cerne da lide, uma vez que não configurado o exercício do direito de agir, sendo possível, pois, o ingresso com nova ação, preenchidas as condições da ação. Julgando ou não o mérito, a moderna doutrina ressalta também a chamada teoria da asserção, analisando as condições da ação pela mera assertiva do autor.

Como características do direito de ação adota pelo CPC, temos:

- direito público subjetivo;

- direito autônomo;

- direito abstrato.

2.2.2 CONDIÇÕES DA AÇÃO

Para concreção do exercício do direito de ação há necessidade de preenchimento de três condições. A satisfação de tais requisitos é matéria de ordem pública, podendo ser examinada tanto por iniciativa das partes quanto do próprio julgador em qualquer grau de jurisdição.

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:

[...]

IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;

V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;

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VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;

§ 3o O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos ns. IV, V e Vl; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.

São condições da ação: possibilidade jurídica do pedido, legitimidade e interesse de agir.

2.2.2.1 LEGITIMIDADE AD CAUSAM

Só poderá atuar em uma ação judicial quem for parte legítima, ou seja, o titular do direito ofendido, capaz de exercer o direito de ação em nome próprio, ainda que representado ou assistido (legitimação ordinária – Art. 6°, CPC). Diz respeito à titularidade subjetiva da ação.

Há, entretanto, hipóteses em que a lei permite a defesa de direito alheio como se próprio fosse (legitimação extraordinária ou substituição processual).

2.2.2.2 INTERESSE DE AGIR

Haverá interesse de agir quando houver, concomitantemente, necessidade de ingressar-se com a ação para a satisfação de uma pretensão, bem como adequação da via eleita, ou seja, interposição de ação própria para provimento de determinado pedido.

Há na doutrina quem inclua neste rol a utilidade do provimento como um dos elementos do interesse de agir, além da necessidade e adequação. É a ideia de necessidade e utilidade.

Falta interesse processual “porque é inútil a provocação da tutela jurisdicional se ela, em tese, não for apta a produzir a correção arguida na inicial. Haverá, pois, falta de interesse processual se, descrita determinada situação jurídica, a providência pleiteada não for adequada a essa situação”5.

2.2.2.3 POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

É a ausência de vedação expressa em lei ao pedido formulado pelo autor em sua inicial, o qual deverá estar em consonância com o ordenamento jurídico.

Assim, é carecedor de ação aquele que pleiteia, por exemplo, a usucapião de bens públicos ou a execução de dívida de jogo.

A análise da possibilidade jurídica do pedido deve ser feita, pois, de forma superficial, analisando-se tão somente se este se encontra em conformidade com o Direito, sem, entretanto, adentrar-se no mérito da questão.

2.2.3 ELEMENTOS DA AÇÃO

Os elementos da ação são as partes, a causa de pedir e o pedido. É a chamada tríplice identidade da ação. Tais elementos não se confundem com as condições da ação, uma vez que essas consubstanciam pré-requisitos de admissibilidade do exame do mérito, enquanto aqueles têm a função de identificar a natureza, o procedimento e a competência da ação proposta, sendo, também, de suma importância para fixar os limites objetivos e subjetivos da coisa julgada, evitando que seja concedido bem da vida diverso daquele pleiteado pelo autor ou que a decisão venha a prejudicar pessoa externa à relação processual, a quem não tenha sido oportunizado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

5 Greco Filho, V icente. Direito Processual Civil Brasileiro, 11. ed., Saraiva.

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