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10. Sócio-Económicos

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10.

E s t u d o s S ó c i o - E c o n ó m i c o s

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A . I n t r o d u ç ã o

Aos municípios é hoje reconhecidamente atribuído um papel fundamental na promoção do desenvolvimento económico local.

As infraestruturas básicas e os equipamentos colectivos constituíram, durante longo tempo, o principal foco de atenção e de investimento municipal, dando corpo aos pressupostos tradicionais da política regional, segundo os quais, caberia ao sector público a criação de condições para o investimento económico e melhoria da qualidade de vida, direccionadas sobretudo, para o incremento e melhoria do capital social investido no ambiente construído.

A ideia de que, uma vez atingidos níveis mínimos de condições materiais ( infraestruturas básicas ) e de qualidade de vida, seriam ‘ per si ‘ suficientes para despoletar um processo de desenvolvimento sustentado, revelou-se no mínimo, questionável, pois como refere Raul Gonçalves Lopes, 1989, citando Baptista, M. et al, 1988, “(...) uma vez atingido um mínimo de condições materiais, o desenvolvimento económico passa a ser sobretudo uma questão de iniciativa e de acesso a um conjunto de

“infraestruturas imateriais” (formação profissional, informação investigação, tecnologia, etc.), cuja construção passa pela capacidade de organização e pela criação de instituições de animação económica bem inseridas na sociedade em que devem actuar (...)”.

A perspectiva de que, a meta e vocação principais dos municípios são predominantemente ‘ sociais ’, devendo centrar o seu interesse essencialmente na ‘ qualidade de vida ‘, na ‘ protecção civil ’, na

‘ habitação ‘, na ‘ saúde ‘, no ‘ ensino jovem e recorrente ‘, nas ‘ acessibilidades ‘, nos ‘ transportes ‘, enfim… nas pessoas, em contraponto ao ‘ económico ’, que mereceria melhor resposta das medidas da responsabilidade da Administração Regional / Central, tem subalternizado o papel das Autarquias na vertente ( estudos ) económica ao nível local.

Se ao nível da Administração Central se exige que esta garanta a existência de condições externas ao accionamento de medidas de mobilização e animação local, nomeadamente através do estabelecimento de enquadramentos legislativos, institucionais e financeiros apropriados, ao nível local ( municipal ) exige- se papel não menos importante como catalisador e mediador de pequenos projectos indutores do desenvolvimento, envolvendo sobretudo, agentes locais do sector privado ( indústria, serviços de apoio à actividade económica, banca, etc. ), do sector associativo e do sector público ( empresas municipais ).

Para este papel municipal de promoção e desenvolvimento de pequenas iniciativas empresariais, orientando-as para o aproveitamento de potencialidades e recursos locais, é necessário um conhecimento pormenorizado da dinâmica do tecido sócio-económico local. Nesta faceta de ‘ motor de arranque ‘ do desenvolvimento, a capacidade de intervenção das autarquias, poderá passar a) pelo fomento de programas e esquemas de formação profissional ( até em colaboração com outros municípios ), utilizando

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a possibilidade de acesso a fundos comunitários; b) pelo apoio e dinamização de iniciativas de difusão social de inovação ( principalmente de novas tecnologias ); c) pela promoção pública de solo industrial; d) pela criação de base legais para organizações de pequena escala de génese associativa sediadas na comunidade; e) pela descentralização dos serviços administrativos locais, entre outras.

O reforço do papel municipal no desenvolvimento local, encontra enquadramento legal no Decreto-Lei n.º 380 / 99 de 22 de Setembro, nomeadamente ao nível da elaboração de Planos Municipais de Ordenamento do Território ( PMOT’s ) em geral, e dos Planos Directores Municipais ( PDM’s ) em particular. Este diploma legal, que define o regime dos instrumento de gestão territorial, visa entre outros objectivos, o estabelecimento da “(...) expressão territorial da estratégia de desenvolvimento local (...)” ( Art.º 70.º ). O objecto da elaboração dos PDM, estabelecido no Art.º 84.º deste diploma, confere ainda, aos municípios, um protagonismo relevante na estruturação de uma estratégia de desenvolvimento económico e ordenamento local, no seu âmbito territorial.

Com o intuito de se conhecer a realidade local, com o maior detalhe possível, os ‘ Estudos Económicos ’ do Concelho de Monção, focalizar-se-ão na análise do mercado de trabalho municipal, contemplando, não apenas, as características da oferta de mão-de-obra ( população activa ), como também, a estrutura produtiva global e sectorial, procurando-se desenvolver a sua caracterização económica e social, contribuindo assim, para a definição de um modelo de organização municipal do território.

Esta análise estruturar-se-á em duas vertentes. Procurar-se-á inicialmente, obter uma visão global da estrutura económica do concelho, identificando seguidamente, as tendências evolutivas dominantes e os sectores e actividades que têm desempenhado um papel mais preponderante no desenvolvimento económico concelhio.

Um dos óbices principais à caracterização da estrutura produtiva reside na informação estatística, visto que, em certos casos os elementos não se apresentam disponíveis e noutros ( porventura na sua maior parte ), a desagregação geográfica ou sectorial ( maioritariamente por Concelho ), não permite a clarificação necessária, mas apenas algumas inferições, embora de certa credibilidade.

Longe de serem exaustivos, os indicadores não contemplam todas as unidades em análise, mas parecem traduzir, no entanto, a realidade sócio-económica do concelho.

A.1. Caracterização Geral da População Activa

Começando este estudo por um levantamento da situação económica da população, através da análise da distribuição da população activa, empregada e desempregada da área territorial em causa, pode obter-se um panorama das condições de vida em que essa população alvo se encontra.

Segundo os Censos 2001, dos 19 957 indivíduos residentes no Concelho de Monção, cerca de 7418 pessoas tinham actividade económica, o que significa que a taxa de actividade na área em análise

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era de 37,2%. Dos referidos 7418, 6853 pertenciam a faixa etária entre os 15 e os 60 anos, enquanto, 565 correspondiam à faixa com mais de 60 anos de idade.

Quadro 10.1. Distribuição da População com Actividade Económica - 2001.

Unidade Geográfica

População com Actividade Económica Taxa de Actividade

( % )

Taxa de Desemprego

( % )

Total Empregada Desempregada

Monção 7418 6 968 450 37,2 6,1

% 93,9 6,1 - -

Minho - Lima 104 010 96 673 7 037 41,6 6,8

% 92,9 6,8 - -

Fonte: Censos 2001 - Quadros 6.26.6.

Da consulta do quadro acima ressalta que:

ƒ Total de pessoas empregadas ascendia a cerca de 34,9% do quantitativo de residentes e a 93,9% dos indivíduos que possuíam actividade económica;

ƒ 7,1% da população activa da sub-região Minho-Lima se encontrava, em 2001, no Concelho de Monção;

ƒ A taxa de desemprego no concelho (6,1%) é inferior, à média verificada na Sub-Região do Minho-Lima (6,8%);

Se analisarmos o quadro seguinte, de uma forma mais minuciosa, verifica-se que 4301 homens se encontravam na situação de activos, contra apenas, 3117 mulheres, sendo também os homens ( 4128 ) que maioritariamente se encontravam empregados; inversamente, são as mulheres ( 277 ) que mais se encontravam na situação de desemprego. Esta tendência encontra-se em consonância com a realidade da Sub-região do Minho-Lima.

Quadro 10.2. Posicionamento da população face ao trabalho e sua

distribuição segundo a taxa de actividade e desemprego, por sexos - 2001.

Monção Minho - Lima

HM H M HM H M População Activa 7 418 4 301 3 117 104 010 58 479 45 531

População Empregada 6 968 4 128 2 840 96 973 55 631 14 342 População Desempregada 450 173 277 7 037 2 848 4 189

Taxa de Actividade (%) 37,2 47,4 28,6 41,6 50,1 34,1 Taxa de Desemprego (%) 6,1 4,0 8,9 6,8 4,9 9,2 Fonte: Censos 2001 - Quadros 1.04 e 1.05.

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Assim, justifica-se que a taxa de actividade seja de 37,2%, repartida por 47,4% para os homens e apenas, 28,6 % para as mulheres, no Concelho de Monção, como se pode constatar do Quadro 4.2. De facto, são as mulheres que mais se encontram na situação de desemprego com 8,9% contra 4,0% dos homens em Monção, bem como, em Minho-Lima (9,2% de taxa de desemprego feminino contra 4,9% de masculino ).

Do total de residentes no Concelho de Monção, sem actividade económica, o grupo da população

‘ reformada, aposentada ou na reserva ‘ era o que detinha um maior ‘ peso ‘, ascendendo a cerca de 53,4%, valor este, sensivelmente superior ao verificado em todo o agrupamento de concelhos do Minho- Lima, que atingia naquela data, os 52,8%.

Posicionamento da População Face ao Trabalho 2001

450 7418 7037

104010 96973

6968 0

20 000 40 000 60 000 80 000 100 000

Monção Minho-Lima

Pop. Activa Pop. Empregada Pop. Desempregada

Gráfico 10.1. Posicionamento da população face ao trabalho, em Monção e na Sub-região Minho-Lima, em 2001.

Quadro 10.3. População Residente, segundo a condição perante a Actividade Económica.

Unidade Geográfica

População com

Actividade Económica População sem Actividade Económica Total Empregada Desem-

pregada Total Estu-

dante Doméstica Refor- mada

Incapa-

citados Outros Monção 7 418 6 968 450 10 163 1 446 2 075 5 432 563 647 Minho-Lima 104 010 96 973 7 037 108 524 16 703 21 862 57 317 5 514 7 128 Fonte: Censos 2001 - Quadros 6.26.1.

Para o Concelho de Monção, o quantitativo percentual do grupo dos ‘ estudantes ‘, nesta classe, rondava os 14,2% ( 1446 indivíduos ), enquanto o das ‘ domésticas ‘ não ultrapassava os 20,4%. A restante fracção da população sem actividade económica no concelho subdividia-se entre os ‘ incapacitados para o trabalho ‘ ( 5,5% ) e ‘ outros casos ‘ ( 6,3% ), num total de 1210 pessoas.

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Desagregando os valores da população desempregada na área-plano ( 450 pessoas ), pensa-se ser da maior importância esclarecer que, 157 indivíduos desta classe correspondendo a 34,9%, andava à procura do primeiro emprego ( Quadro 6.29.1. Censos 2001 ), donde se pode inferir, que pertenciam provavelmente aos escalões etários mais jovens. As restantes 293 pessoas procuravam, nesta data, um novo emprego.

Quadro 10.4. Evolução da População Empregada por Sectores de Actividade no concelho (1991 a 2001).

Anos Total

Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário

Total % Total % Total %

1991 9 011 4 129 45,8 1 747 19,4 3 135 34,8

2001 6 968 1 342 19,25 2 157 30,95 3 469 49,78

Var. 91/01 -22,7 -2 787 -67,5 410 59,5 334 43,0

Fonte - INE - Recenseamento Geral da População 1991 e 2001.

A análise da evolução da população activa do Concelho de Monção ( Quadro 4.4. ), permite aferir que o concelho desenvolveu a sua estrutura sócio-económica, tendo por base o tradicional desenvolvimento do sector terciário, seguindo os modelos tipificados de crescimento económico em termos sectoriais.

De facto, se em 1991 constituía o sector primário, o sector dominante ( cerca de 46% ), seguido do terciário ( 34,8% ), situação que, em 2001, se inverteria passando os sectores Terciário ( cerca de 50% ) e Secundário ( 30,95% ) a serem os responsáveis pelos maiores quantitativos de população residente activa a exercer profissão.

População Activa no Concelho 2001

Primário 19,25 Secundário

30,95

Terciário 49,78

Gráfico 10.2. População Activa no Concelho de Monção, em 2001.

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A evolução recente ( de acordo com as bases estatísticas actuais ) da distribuição da população activa por sectores de actividade, revela no período 1991 a 2001, manifestações e tendências, cujo contexto não se diferencia significativamente, em relação a áreas geográficas com as quais Monção se relaciona e integra.

Observa-se, assim, que o Primário constitui o sector da actividade económica que, no decénio 1991 / 2001, que maior ‘ peso ‘ perdeu ( 58% ) no conjunto dos restantes sectores da actividade económica, tendência esta, em que foi acompanhado pelos ‘ ritmos ‘ verificados no agrupamento de Concelhos da Sub-região de Minho-Lima ( -66,8% ) e da Região Norte ( cerca de 50% ), diminuindo a sua expressão e importância relativa no conjunto das actividades económicas. ( Quadro 4.5 ).

Em termos de especialização da base produtiva, pode desde já, constatar-se a partir da observação do quadro da estrutura da população activa com uma profissão que, tanto no concelho, como na Sub-região e Região Norte, esta se encontra bipolarizada no Sector Secundário e no Terciário.

Em termos relativos, verifica-se um acréscimo de cerca de 43%, em relação a 1991, de activos afectos ao sector Terciário, evidenciando desde já, uma evolução significativa deste sector no Concelho, perseguindo a tendência de terciarização que se verifica na Sub-região do Minho-Lima e superiorizando-se inclusivamente, à registada na Região Norte.

Quadro 10.5. Evolução da População Activa a exercer profissão por Sector de Actividade (1991 a 2001).

Área Geográfica

Sector Primário Sector Secundário Sector Terciário

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Monção 45,8 19,25 19,4 30,95 34,8 49,78

Minho-Lima 28,7 -66,8 33,0 23,2 38,3 29,9 Região Norte 10,6 -50,4 49,4 2,2 40,0 36,3 Fonte: INE, Censos 1991 e 2001 - Recenseamento geral da população. (Q.6.23 de 1991 e Q.6.37 de 2001).

49,78 45,8

19,4

34,8 30,95

19,25

0 10 20 30 40 50

Primário Secundário Terciário

1991 2001

Evolução da População Activa Por Sector de Actividade

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Ainda de referir o decréscimo abrupto que sofreu o sector primário, com uma quebra na ordem dos 58%, e o crescimento, por outro lado, do sector secundário de 60%.

Assiste-se no período 1991 / 2001, a um ligeiro acréscimo do seu ‘ peso ‘ em relação ao conjunto da estrutura produtiva local ( empregando, em 2001, cerca de 2157 trabalhadores, 410 trabalhadores a mais do que em 1991 ), correspondendo a uma variação positiva de 59,5%.

A população activa com profissão, no Concelho de Monção registou, no período de 1991 / 2001, um decréscimo de 9011 para 6968 ( -2043 trabalhadores ), correspondendo a um decréscimo de cerca de 23%

do emprego total, relativamente ao ano de 1991. O sector Secundário foi responsável pelo maior salto quantitativo ao aumentar, neste intervalo temporal, em 410 as pessoas a trabalhar neste sector de actividade. Ainda de referir, que o sector Terciário, sofreu um crescimento considerável, na ordem dos 43%, contando com mais 334 efectivos, do que no ano de 1991. Muita desta população veio ‘ transferida ‘ do sector Primário, que sofreu uma diminuição bastante considerável, já que tinha, em 1991, 4129 pessoas a trabalhar no sector agrícola e passou a ter 1342, que faz com que no Concelho de Monção, menos 2787 pessoas deixassem de desempenhar a sua actividade no sector agrícola e afins.

O sector primário absorvia, em 2001, o montante respeitante a 19,25% do total da população empregada no município, valor este, equivalente a 18,1% do total da população activa. Estes valores não contemplam porém, a população assalariada, que de forma complementar, pratica a actividade agrícola em regime de pluriactividade ( agricultura de subsistência ), estando antes agregados a uma outra actividade principal, ora no Secundário, ora ainda, no Terciário.

A sucessiva diminuição do peso do sector primário, aparenta possuir como principais causas, a acentuada divisão da propriedade, que reduz a possibilidade de uma agricultura empresarial e produtiva ( extensiva e mecanizada ), praticando-se quase exclusivamente uma agricultura de subsistência ( predominantemente assente em explorações familiares ), e consequentemente o facto, de se procurar nas actividades industriais ou terciárias, o rendimento principal.

Relativamente à análise dos sectores de actividade económica, pelas diferentes freguesias ( Quadro 4.6 ) e sob o ponto de vista do contributo da ‘ mão-de-obra ’ de cada freguesia para o total de activos em cada sector, denota-se que o sector primário empregava, em 2001, fundamentalmente activos de Anhões ( 78,8% ), Luzio ( 62,8% ), Riba de Mouro ( 53,4% ), Trute ( 52,4% ), Tangil ( 49% ) e Barroças e Taias ( 43,3% ) por ordem decrescente de importância.

Para o total de activos no sector secundário, contribui significativamente a ‘ mão-de-obra ‘ de Cambeses ( 45,3% ), Abedim ( 45,1% ), Pias ( 42,2% ), Badim ( 40,4% ), Sá ( 39,4% ), Lara e Merufe, ambas com ( 38,2% ), que no seu conjunto, correspondem a cerca de 20,9% dos activos que laboram neste sector.

Também Monção, Mazedo, Cortes, Longos Vales, Troviscoso têm um peso considerável, que representam cerca de 36,4% do total da população empregada neste sector.

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Quadro 10.6. População Empregada por Sector de Actividade, por Freguesia (2001).

Unidade Geográfica

População Empregada Primário Secundário Terciário

N.º % N.º % N.º % N.º %

Abedim 71 100,0 15 21,1 32 45,1 24 33,8

Anhões 80 100,0 63 78,8 5 6,3 12 15,0

Badim 57 100,0 13 22,8 23 40,4 21 36,8

Barbeita 347 100,0 33 9,5 101 29,1 213 61,4

Barroças e Taias 150 100,0 65 43,3 56 37,3 29 19,3

Bela 216 100,0 20 9,3 78 36,1 118 54,6

Cambeses 159 100,0 19 11,9 72 45,3 68 42,8

Ceivães 173 100,0 22 12,7 43 24,9 108 62,4

Cortes 423 100,0 15 3,5 145 34,3 263 62,2

Lapela 76 100,0 2 2,6 22 28,9 52 68,4

Lara 81 100,0 15 18,5 31 38,3 35 43,2

Longos Vales 357 100,0 90 25,2 127 35,6 140 39,2

Lordelo 67 100,0 30 44,8 24 35,8 13 19,4

Luzio 43 100,0 27 62,8 11 25,6 5 11,6

Mazedo 560 100,0 30 5,4 179 32,0 351 62,7

Merufe 368 100,0 94 25,5 141 38,3 133 36,1

Messegães 105 100,0 25 23,8 24 22,9 56 53,3

Monção 1 020 100,0 15 1,5 208 20,4 797 78,1

Moreira 273 100,0 58 21,2 103 37,7 112 41,0

Parada 36 100,0 14 38,9 13 36,1 9 25,0

Pias 294 100,0 62 21,1 124 42,2 108 36,7

Pinheiros 130 100,0 11 8,5 49 37,7 70 53,8

Podame 111 100,0 25 22,5 33 29,7 53 47,7

Portela 67 100,0 20 29,9 24 35,8 23 34,3

Riba de Mouro 386 100,0 206 53,4 100 25,9 80 20,7

71 100,0 23 32,4 28 39,4 20 28,2

Sago 106 100,0 39 36,8 31 29,2 36 34,0

Segude 132 100,0 17 12,9 44 33,3 71 53,8

Tangil 353 100,0 173 49,0 81 22,9 99 28,0

Troporiz 97 100,0 3 3,1 32 33,0 62 63,9

Troviscoso 380 100,0 23 6,1 127 33,4 230 60,5

Trute 124 100,0 65 52,4 28 22,6 31 25,0

Valadares 55 100,0 10 18,2 18 32,7 27 49,1

CONCELHO 6 968 100,0 1 342 19,3 2 157 31,0 3 469 49,8 Fonte: INE – Censos 2001, Quadros 1.02 e 6.37.

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Evidenciando um comportamento similar à evolução ocorrida no sector secundário, também o ‘ terciário ‘, encontra nas freguesias de Lapela ( 68,4% ), Troporiz ( 63,9% ), Mazedo ( 62,7% ), Ceivães ( 62,4% ), Cortes ( 62,2% ) e Barbeita ( 61,4% ), as responsáveis pela tendência de terciarização verificada na década intercensitária 1991 / 2001, na medida em que representavam cerca de 80 % do total de activos empregados no sector.

Analisando-se, agora, o peso relativo de cada sector de actividade nas diferentes freguesias do Concelho, verifica-se que o sector primário é responsável pelo emprego mais significativo em Anhões ( 78,8% ), Luzio ( 62,8% ), Riba de Mouro ( 53,4% ), Trute ( 52,4% ), Tangil ( 49% ). Estas freguesias, onde o ‘ primário ‘, constituía o principal sector gerador de emprego, correspondem às freguesias mais interiores e periféricas do concelho e, como tal, de carácter marcadamente rural, onde as dinâmicas têm vindo a ser negativas e vêm conduzindo a um fenómeno de desertificação dos aglomerados.

Relativamente ao sector secundário, evidenciam-se as freguesias de Cambeses ( 45,3% ), Abedim ( 45,1% ), Pias ( 42,2% ), Badim ( 40,4% ), Sá ( 39,4% ), Lara e Merufe, as duas freguesias com ( 38,2% ), como aquelas onde este sector é fundamental para o emprego da maior parte de activos.

Pese embora, não constitua o principal sector de emprego nas freguesias de Monção ( 20,4% ), Mazedo ( 32,0% ), Cortes ( 34,3% ), Longos Vales ( 35,6% ), Troviscoso ( 33,4% ), o ‘ secundário ‘ apresenta no entanto, valores bastante significativos, na sua totalidade, inclusivamente superiores à média concelhia que é de cerca de 19%.

Por fim, salientam-se a sede de concelho ( 78,1% ), Lapela ( 68,4% ), Troporiz ( 63,9% ), Mazedo ( 62,7% ), Ceivães ( 62,4% ) como as freguesias onde o sector terciário é o mais expressivo e maioritário na geração de emprego, apresentando valores de emprego bastante superiores à média concelhia registada para este sector de actividade. O facto de haver um número elevado de freguesias que apresentam uma percentagem consideravelmente mais alta do que a registada no concelho, indicia a existência de grandes assimetrias entre as diversas freguesias de Monção.

Quanto à distribuição da população economicamente activa ( total de empregados e desempregados ) pelas freguesias do Concelho, constata-se ( Quadro 4.7. ), que aproximadamente 50% se concentrava na sede concelhia, Mazedo, Cortes, Troviscoso, Longos Vales, Tangil e Barbeita, áreas administrativas estas, que se caracterizavam, igualmente, por registarem os maiores índices de desemprego.

Incidindo a análise sobre a situação da população activa residente desempregada ( Quadro 1.7. ), pode-se afirmar que a grande maioria de activos desempregados, se encontrava à procura de novo emprego ( 65,33% ), conjuntura esta, que de um modo geral, vem afectando de uma forma muito aproximada Homens ( 48,5% ) e Mulheres ( 51,5% ). Da população economicamente activa desempregada, 157 indivíduos encontravam-se à procura do 1.º emprego, sendo os activos femininos responsáveis por 80,2% desta condição perante o trabalho.

As freguesias de Monção ( com 66 desempregados ), Mazedo ( 39 ), Troviscoso ( 36 ), Cortes ( 28 ), Longos Vales ( 27 ), Barbeita e Tangil ( ambas com 20 ) eram as que registavam os maiores índices de

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Quadro 10.7. Distribuição e situação da população residente economicamente activa, por freguesia.

Unidade Geográfica

População com Actividade Económica

Total Empregada

Desempregada Procura

1.º Emprego

Procura

Novo Emprego Total

Abedim 82 71 3 8 11

Anhões 81 80 1 - 1

Badim 59 57 - 2 2

Barbeita 367 347 7 13 20

Barroças e Taias 156 150 5 1 6

Bela 225 216 4 5 9

Cambeses 177 159 7 11 18

Ceivães 189 173 10 6 16

Cortes 451 423 11 17 28

Lapela 88 76 7 5 12

Lara 88 81 4 3 7

Longos Vales 384 357 5 22 27

Lordelo 69 67 - 2 2

Luzio 45 43 2 - 2

Mazedo 599 560 18 21 39

Merufe 378 368 4 6 10

Messegães 109 105 - 4 4

Monção 1 086 1 020 14 52 66

Moreira 296 273 6 17 23

Parada 36 36 - - -

Pias 307 294 3 10 13

Pinheiros 134 130 1 3 4

Podame 122 111 2 9 11

Portela 71 67 4 - 4

Riba de Mouro 397 386 5 6 11

73 71 2 - 2

Sago 108 106 1 1 2

Segude 146 132 6 8 14

Tangil 373 353 5 15 20

Troporiz 114 97 5 12 17

Troviscoso 416 380 10 26 36

Trute 130 124 2 4 6

Valadares 62 55 3 4 7

Concelho 7 418 6 968 157 294 450

Fonte: INE – Censos 2001, Quadro 1.05

(12)

Quadro 10.8. Taxas de Actividade e de Desemprego, por Freguesia e por Sexo.

Unidade Geográfica

Taxa de Actividade Taxa de Desemprego

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Abedim 31,5 45,3 20,3 13,4 3,8 8,9

Anhões 41,3 44,0 39,3 1,2 - 2,3

Badim 26,2 40,8 15,0 3,4 2,5 5,3

Barbeita 34,7 45,7 25,6 5,4 4,6 6,8

Barroças e Taias 43,8 51,1 36,8 3,8 3,4 4,5

Bela 32,8 49,5 18,3 4,0 3,8 4,5

Cambeses 36,6 48,6 27,0 10,2 1,9 21,9

Ceivães 32,9 45,8 22,3 8,5 6,7 11,4

Cortes 41,8 49,5 34,4 6,2 4,2 8,9

Lapela 35,5 50,4 22,1 13,6 10,2 20,7

Lara 24,8 36,5 14,1 8,0 4,8 15,4

Longos Vales 34,9 47,6 24,1 7,0 5,0 10,4

Lordelo 48,9 54,3 43,7 2,9 - 6,5

Luzio 29,8 31,7 28,6 4,4 - 7,7

Mazedo 41,9 51,8 33,7 6,5 3,6 10,3

Merufe 30,6 43,3 19,9 2,6 1,2 5,2

Messegães 33,1 42,2 24,4 3,7 4,4 2,4

Monção 42,4 50,9 35,2 6,1 4,7 7,8

Moreira 41,7 52,0 32,8 7,8 4,7 12,1

Parada 32,1 38,9 25,9 - - -

Pias 32,5 45,7 21,1 4,2 1,5 9,3

Pinheiros 36,0 47,2 27,3 3,0 1,3 5,3

Podame 38,0 48,9 29,7 9,0 4,4 14,8

Portela 33,3 40,4 27,7 5,6 - 12,1

Riba de Mouro 35,7 41,0 32,2 2,8 2,2 3,2

31,3 42,0 21,,5 2,7 2,1 3,8

Sago 40,6 48,4 33,8 1,9 1,7 2,1

Segude 37,5 53,4 24,4 9,6 7,4 13,5

Tangil 39,9 47,6 34,0 5,4 4,2 6,6

Troporiz 38,4 50,8 28,5 14,9 10,4 21,3

Troviscoso 38,2 48,1 29,1 8,7 6,4 12,1

Trute 46,8 48,7 45,5 4,6 1,8 6,7

Valadares 28,4 36,9 20,9 11,3 7,9 16,7

Concelho 37,2 47,4 28,6 6,1 4,0 8,9

Fonte: INE, Censo 2001 - Recenseamento geral da população, (Q.1.04 de 2001).

(13)

desemprego, constituindo em todas estas áreas geográficas, a situação de ‘ procura de novo emprego ‘, mais de metade ( 56,6% ) dos casos de carência laboral.

A análise das taxas de actividade e desemprego por sexo ( Quadro 1.8. ) demonstra que o sexo masculino detém o maior contributo para a ‘ actividade produtiva ‘, em todas as freguesias do concelho ( 58,0% ) assistindo-se, em contrapartida, a maiores taxas de desemprego nas mulheres ( 8,9% ). De facto, apenas na freguesia de Messegães se verifica uma taxa de desemprego inferior das mulheres relativamente à dos homens.

No concelho de Monção, em 1991, os activos do sexo feminino, associavam-se inequivocamente ao Sector Primário ( cerca de 2559 mulheres face aos 1570 indivíduos do sexo masculino ), enquanto o ‘ secundário ‘ não suscitava ao sexo feminino grande atracção de emprego ( apenas 178 ), enquanto era o sector mais empregador para o sexo masculino, com 1569. Relativamente ao Sector Terciário era o sector que, de uma forma mais equilibrada empregava ambos os sexos, com 1581 empregados do sexo masculino e 1554 para o feminino.

Em 2001, a população activa passa a ser maioritariamente masculina, no sector secundário, enquanto no sector terciário as percentagens estão equilibradas. Por sua vez, no sector primário as mulheres representavam cerca de 57%. Nesta data, torna-se desde logo, importante assinalar, o decréscimo da de mão-de-obra feminina no ‘ primário ‘, de 2559 para 766, aparentando constituir a principal causa da diminuição do número total de activos neste sector de actividade. Muito embora, se tenha registado um relativo incremento ( aumento de 178 para 355 empregos femininos ) da massa laboral feminina no ‘ Sector Secundário ‘, continua a ser pouco significativo, o seu peso relativo na totalidade de activos empregados no sector ( 30,9% ).

Quadro 10.9. Evolução da População activa, por sexos e sectores de actividade económica, no concelho de Monção.

Sector de Actividade

1991 2001 Variação

1991-2001 da Feminização Homens Mulheres Homens Mulheres

Primário 1570 2559 576 766 -1793

% 38,0 62,0 42,9 57,1 *

Secundário 1569 178 1802 355 177

% 89,9 10,1 83,5 16,5 *

Terciário 1581 1554 1750 1719 165

% 50,4 49,6 50,4 49,6 *

Fonte: INE, Vários – Censos 1991 (Quadro 6.23) e Censos 2001 (Quadros 6.37).

Analisando agora a distribuição da população empregada por tipo de profissão e, ainda, segundo a situação na profissão, no concelho ( Quadros 4.10. e 4.11. ) através da variação ocorrida entre 1991 e 2001 ( ano do último Censo ), surgem como relevantes os seguintes resultados:

(14)

Quadro 10.10. Evolução da População Activa Segundo o Tipo de Profissão (1991/2001) no Concelho.

Profissões ( CITP / 88 )

1991 2001 Variação

1991-2002

Total (%) Total (%) (%)

1. Membros de Corpos Legislativos, Quadros Dirigentes da Função Pública e Quadros Dirigentes de Empresas

319 3,5 431 6,2 35,1

2. Profissões Intelectuais e Científicas 224 2,5 392 5,6 75,0 3. Profissões Técnicas intermédias 343 3,8 444 6,4 29,5

4. Empregados Administrativos 324 3,6 485 7,0 50,0

5. Pessoal dos Serviços de Protecção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores Similares

882 9,8 950 13,6 7,7

6. Trabalhadores da Agricultura e Pescas 4 022 44,6 1 296 18,6 -67,7 7. Trabalhadores da Produção Industrial e Artesãos 1 537 17,1 1 811 26,0 17,8 8. Operadores de instalações industriais e

Máquinas Fixas e de Transporte, Condutores e Montadores

267 2,9 382 5,5 43,1

9. Trabalhadores Não Qualificados da Agricultura,

Indústria, Comércio e Serviços 1 051 11,7 708 10,1 -32,6

10. Forças Armadas 42 0,5 69 1,0 64,3

Total 9 011 100,0 6 968 100,0 -22,7

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População e Habitação de 1991 (Quadros 6.17 e 6.20) e 2001 (Q.6.34).

(1) Dados os desajustes na classificação de profissões para os diferentes anos em análise, não foi possível isolar o valor referente ao pessoal do comércio e vendedores, estando provavelmente agregado ao quantitativo das profissões mal definidas (censo de 1991, refere-se a trabalhadores não qualificados da agricultura, indústria, comércio e serviços).

4,44 4,85 9,5 12,96 8,7518,11 265,99

7,084,31 63,54 63,43

3,92 67,04 71,97 131,21 129,15

0 50 100 150 200 250 300

Monção Minho-Lima

Membros Corpos Legislativos, Quadros Dirigentes, Directores e Dirigentes de Empresas

Profissões Intelectuais e Científicas

Profissões Técnicas Intermédias

Empregados Administrativos

Pessoal Serv. Protecção e Segurança, Serv. Pessoais e Domésticos e Trabalhadores Similares

Trabalhadores da Agricultura e Pescas

Operadores das Instalações Industriais e Máquinas Fixas, Comércio e Serviços Trabalhadores Não Qualificados da Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços Evolução da População Activa Por Sector de Actividade

Gráfico 10.4. Evolução da População Activa por Sector de Actividade. 1991 e 2001.

(15)

ƒ Do total da população empregada, no Concelho de Monção, em 2001, salientam-se os

‘ trabalhadores da produção industrial e artesãos ‘ ( 1811 indivíduos ), bem como os ‘ trabalhadores da agricultura e pescas ‘ ( 1296 indivíduos, pese embora, tenha sofrido um decréscimo na ordem dos -67,7% ) e os trabalhadores dos ‘ serviços de protecção e segurança, serviços pessoais, domésticos e similares ‘ ( 950 );

ƒ Relativamente ao mais crescimento, este verifica-se nas ‘ Profissões Intelectuais e Científicas ‘, que, entre o ano de 1991 e 2001, sofreu um aumento de 75%, que corresponde a um incremento de 168 indivíduos;

ƒ Não pode deixar de se assinalar o acréscimo registado ( 50,0% ) pelos ‘ Empregados Administrativos ’, que se traduziu, em 2001, em mais 161 postos de trabalho do que em 1991;

ƒ As profissões que menos se destacam são as ‘ forças armadas ‘ ( 1% ), ‘ profissões intelectuais e científicas ‘ ( 5,6% ) e as dos ‘ operadores de instalações industriais e máquinas fixas de transporte, condutores e montadores ‘ ( 382 indivíduos correspondentes a 5,5% ).

ƒ Uma acentuada quebra dos activos residentes inseridos na categoria dos ‘ Trabalhadores da Agricultura e Pescas ‘, traduzida numa variação negativa, como seria de esperar, situada em cerca de ( -76,6% ). Esta categoria passou de cerca de 50%, em 1991, para os 18,6%, em 2001, que representa, efectivamente, na perda de 2726 pessoas que deixaram de desenvolver a sua actividade no sector primário;

ƒ O acréscimo verificado na categoria das ‘ forças armadas ‘, em que o número de postos de trabalho, aumentou de 42, para 69, que representa um aumento na ordem dos 64,3%.

Em comparação com o Minho-Lima, eram os ‘ Operadores das Instalações Industriais e Máquinas Fixas, Comércio e Serviços ‘ que mais se destacavam nesta Sub-Região em 2001, com cerca de 26599 indivíduos, a que se seguiam o ‘ Pessoal de Serviços de Protecção e Segurança, Serviços Pessoais e Domésticos e Trabalhadores Similares ‘ ( 13121 trabalhadores, correspondendo em parte ao cenário verificado no concelho.

Similarmente, as profissões que contavam em 2001, com um menor número de efectivos eram as

‘ Profissões Intelectuais e Científicas ‘ ( 6343 indivíduos na sub-região e apenas 392 em Monção ).

Torna-se importante relativizar estes dados, utilizando para tal, um ‘ índice de especialização ‘ do concelho de Monção, tendo em conta a distribuição da população empregada pelos vários grupos profissionais. Este procedimento permite avaliar, o peso do emprego numa dada profissão, na unidade territorial em análise, com o verificado a nível da Sub-região ou Região em que se insere.

Assim, calculando o índice de especialização, obtêm-se os resultados apresentados no Quadro 4.11. Do mesmo, ressalta de imediato que o índice de especialização no concelho recai sobre os ‘ Trabalhadores da Agricultura e Pescas ‘, com 2,02%, seguido dos ‘ Trabalhadores das Forças Armadas ‘ com um índice de

(16)

1,83% e, por fim, o ‘ Pessoal dos Serviços de Protecção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores Similares ‘, com 1,01%.

I E i j = Índice de Especialização da Região j na Profissão i

j região sub

na empregada população

j região sub

na i profissão na

empregada população

j concelho no

empregada população

j concelho no

i profissão na

empregada população

j i E

I =

Quadro 10.11. Índice de Especialização no Concelho – 2001.

Profissões ( CITP / 88 )

Índice de Especialização 1. Membros de Corpos Legislativos, Quadros Dirigentes da Função Pública e Quadros

Dirigentes de Empresas 0,94

2. Profissões Intelectuais e Científicas 0,86

3. Profissões Técnicas intermédias 0,92

4. Empregados Administrativos 0,94

5. Pessoal dos Serviços de Protecção e Segurança, dos Serviços Domésticos e

Trabalhadores Similares 1,01

6. Trabalhadores da Agricultura e Pescas 2,02

7. Trabalhadores da Produção Industrial e Artesãos 0,95 8. Operadores de instalações industriais e Máquinas Fixas e de Transporte, Condutores

e Montadores 0,63

9. Trabalhadores Não Qualificados da Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços 0,76

10. Forças Armadas 1,83

Fonte: INE, Censos 2001, Quadro 6.31 .

A menor propensão incide sobre os ‘ Operadores de instalações industriais e Máquinas Fixas e de Transporte, Condutores e Montadores ‘, com um índice de 0,63% apenas, e sobre os ‘ Trabalhadores Não Qualificados da Agricultura, Indústria, Comércio e Serviços ‘ com 0,76%.

A título conclusivo, pode-se afirmar, que existem três grupos profissionais no concelho que apresentam um valor superior a 1 para este indicador, o que é um facto revelador de alguma especialização em Monção, relativamente à Sub-região do Minho-Lima, nestas profissões.

(17)

Quadro 10.12. Evolução da População Residente Empregada, segundo a situação na profissão, no Concelho.

Situação na Profissão

1991 2001 Variação 91/01

Total % Total % %

Patrão 840 9,32 1 287 18,4 53,2 Trabalhador por conta própria 3 368 37,4 995 14,2 -70,5 Trabalhador familiar não remunerado 1 129 12,52 128 1,8 -88,7 Trabalhador por conta de outrem 3 554 39,43 4 423 63,5 24,5 Membro activo cooperativo 5 0,05 40 0,5 700,0 Outra situação 115 1,28 115 1,6 0,0

Total 9 011 100,0 6 968 100,0 -22,7

Fonte: INE, Censos de 91 - Q. 6.17 de 1991 e Censos 2001 – Q.6.37.

Quanto à situação na profissão, a categoria dos ‘ Trabalhadores por Conta de Outrem ‘ assume-se como a principal categoria de activos, atingindo em 2001, 63,0 % do total, registando uma variação de 1991 para 2001 de + 24,45 pontos percentuais.

A seguir posiciona-se a categoria dos ‘ Patrões ‘, com 18,4% do total de activos residentes, tendo-se verificado uma variação, entre 1991 e 2001, da ordem dos 53,2%. A seguir posiciona-se a categoria dos

‘ Trabalhadores por Conta Própria ‘, com 14,2% do total de activos residentes e cuja importância relativa se pensa estar maioritariamente relacionada com a actividade agrícola e a natureza da estrutura fundiária predominante no Concelho. Pese embora os valores apresentados, esta classe profissional registou um decréscimo bastante considerável ( -70,5% ), relativamente a 1991.

(18)

B . A n á l i s e d a s A c t i v i d a d e s E c o n ó m i c a s

B.1. Sector Primário

O sector primário, como já foi referido anteriormente, tem vindo a sofrer uma redução substancial do seu peso na economia do Concelho ( -67,5% ), passando de uma situação sectorialmente dominante ( 45,8%, equivalentes a 4129 activos agrícolas, em 1991 ), para uma representação minoritária ( 19,25%, correspondentes a apenas 1342 trabalhadores agrícolas ). Se for também, considerada, a forma incorrecta como tem sido contabilizada a mão-de-obra feminina ( que por razões económico-culturais, é frequentemente excluída do grupo de ‘ activos ‘ e remetida para o grupo das ‘ domésticas ‘ ), poder-se-á argumentar que a variação dos activos masculinos é aquela que melhor evidenciará as tendências evolutivas recentes. Tal procedimento virá consolidar o pressuposto acabado de avançar, face à constatação de que o número de activos agrícolas ( masculinos ) se reduziu de 1570 para aproximadamente 576, em 2001: uma regressão de 63,3%.

Quadro 10.13. Evolução da População activa empregada por ramos de actividade no sector Primário, no concelho (1991/2001).

Ramos de Actividade 1991 % 2001 % 91/01

Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça: 4 116 99,87 1 342 100,0 -67,4 Agricultura em geral, Criação de Animais e

Culturas agrícolas associadas à criação de animais 4 077 99,05 1 318 98,2 - 67,7 Actividade dos Serviços Relacionados com a

Agricultura e Criação de Animais, excepto Veterinária 1 0,03 - - - Caça, Repovoamento Cinegético e

Actividades dos Serviços Relacionados - - - - - Silvicultura, Exploração Florestal e

Actividades dos Serviços Associados 38 0,92 24 1,8 -36,8 Pesca, Explorações de Viveiros Piscícolas, Actividades dos

Serviços Relacionados com a Pesca 5 0,13 - - -

TOTAL 4 121 100,00 1 342 100,0 -67,4 Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População de 1991, (Q. 6.31.1) e de 2001 (Q. 6.32.).

A análise do Quadro 4.1. aponta, em 2001, para activos em número 1342, que encontravam no ramo de

‘ Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça ‘, a sua actividade principal, equivalendo quase integralmente à população concelhia empregada no sector primário. O quantitativo de trabalhadores da secção relativa à ‘ Pesca, Explorações de Viveiros Piscícolas e Actividades Afins ‘, era residual ( 0,13% ).

Dever-se-á, também, sublinhar, que é a actividade da ‘ Agricultura em Geral, Criação de Animais e Culturas Agrícolas Associadas à Criação de Animais ‘, que concentra mais activos ligados ao ( cerca de 98,2% ). Particularmente ilustrativa do decréscimo do peso da agricultura e produção animal, é a análise comparada entre os dados de 1991 e os referentes a 2001, que evidencia no decénio 1991 / 2001 uma diminuição de mais de metade dos activos ligados a essa actividade ( -67,4% ).

(19)

Por dificuldades inerentes aos conceitos e desagregações das diferentes classificações das actividades económicas ( CAE-VER 1 e CAE-VER 2 ), não foi possível proceder-se a uma análise evolutiva integral de todas as actividades ‘ inscritas ‘ no sector primário. Chama-se, no entanto, a atenção que, pese embora o decréscimo registado ( -36,8% ) no número de activos afectos às actividades de ‘ Silvicultura, Exploração Florestal e Actividades dos Serviços Associados ‘, no decénio 1991 / 2001, este apenas se traduziu num aumento de 24 activos.

Dentro deste cenário poder-se-á aventar / inferir que, paralelamente à diminuição da população activa no ramo da agricultura ( e pecuária ) poderá ter ocorrido uma correspondente redução no número de explorações e consequente reestruturação fundiária, favorecendo o aumento das explorações de média / grande dimensão. É o que se averiguará no sub-ponto seguinte, onde se analisará mais pormenorizadamente a realidade de Monção relativamente ao seu sector agrícola, através do estudo de um conjunto de indicadores básicos, que procurarão demonstrar sucintamente, a importância da exploração agrícola na complementaridade das actividades, ditas principais, das famílias residentes no concelho.

B.1.1. Agricultura

O sector agrícola, continua a deter uma posição relevante como actividade económica, entre os activos residentes do concelho e a representar uma componente importante na formação do rendimento de um elevado número de famílias.

Para a caracterização deste indicador sectorial, nas suas principais vertentes, recorreu-se essencialmente aos censos disponíveis: Recenseamento Geral da Agricultura ( RGA ) de 1989, Recenseamento Geral da Agricultura ( RGA ) de 1999 e aos Censos 2001 da População.

Uma análise à evolução das estruturas agrícolas permite definir um quadro de transformações, que vai de encontro à ideia atrás perspectivada, sobre a redução do número de explorações agrícolas. Na verdade e, segundo o RGA de 1989, das 3687 explorações contabilizadas, passou-se para 2207 explorações agrícolas em finais dos anos 90 ( RGA de 1999 ). Paralelamente constata-se também, que, durante a última década, se registou um decréscimo de cerca de ( -15,2% ) da ‘ Área de Exploração Total ‘ ( equivalente à variação de 15 249 ha, em 1989 para 12 935 ha, em 1999 ).

Deste modo, uma primeira análise das estruturas agrárias, sugere que a actividade agrícola na economia concelhia, continua a deter uma considerável importância, pese embora, os cenários de variação negativa dos indicadores em presença.

Finalmente, não deixa de ser pertinente acrescentar que, de acordo com o RGA de 1999 – ( População e Mão-de-obra Agrícola Familiar – UTA - Unidade de Trabalho Anual ), 70,0% dos membros das famílias agrícolas ( cônjuges e outros ) desenvolvem alguma actividade na respectiva exploração, o que poderá conduzir à conclusão, de um generalizado ( ainda que eventualmente esporádico ) envolvimento nas

(20)

tarefas agrícolas. Para melhor compreensão destas considerações, a mesma fonte de informação estatística, transmite que, 2183 produtores agrícolas em idade activa, ( [15-64] anos, portanto ) se encontram em condições de se manterem ocupados, a tempo inteiro ( mínimo 8 horas diárias ) com trabalhos agrícolas, durante um ano agrícola ( 240 dias ou mais ), em condições normais. Da população familiar total com tempo de actividade na exploração, 23,8% ( 1731 ) dos ‘ cônjuges ‘ encontrava-se também, atarefado na agricultura, enquanto que, apenas 46,3% ( 3371 ) ‘ outros membros ‘ da família desenvolviam actividades agrícolas nestas condições.

Quadro 10.14. Evolução da População e do Número e Área das Explorações Concelho (1989 - 1999).

Anos N.º Explorações Área Explorações ( ha )

Concelho de Monção

1989 3 687 15 249

1999 2 207 12 935

Variação 1989/1999 -40,1% -15,2%

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura (RGA) de 1989 e Recenseamento Geral da Agricultura (RGA) de 1999.

A estrutura agrária traduz o condicionalismo sócio-económico em que a actividade agrícola se desenvolve, daí que, se torne fundamental a análise de algumas características das explorações.

A informação disponível do RGA de 1999, relativa ao parcelamento e dimensão das explorações do concelho, indicia uma natureza marcadamente minifundiária da actividade agrícola ( com predominância das explorações de pequena e muito pequena dimensão ( [0–5] ha ), e onde o significativo parcelamento da propriedade continua a ser uma característica principal da estrutura fundiária local. Com efeito, o número de Blocos com “Superfície Agrícola Utilizada” (SAU), em que se encontram fragmentadas as propriedades/explorações do concelho, em 1999, é significativo (19171), o que corresponde a uma média de 8,7 Blocos com SAU/Exploração.

Algumas das razões, que se julga, estar na origem da intensa fragmentação, poderão prender-se com o fenómeno das divisões e partilhas por heranças. A divisão de propriedade assume-se como um constrangimento ao desenvolvimento da actividade agrícola, pois inviabiliza a introdução de uma agricultura extensiva e mecanizada, obstando à rentabilidade de certas culturas, onerando consequentemente, os custos de trabalho e aluguer. Tendo a consciência destes constrangimentos, iniciou-se um processo de emparcelamento que participam as freguesias de Moreira, Barroças e Taias, Pias e Pinheiros.

Pelo que atrás foi referido, importa pois, averiguar mais profundamente, as formas de exploração da terra, isto é, a relação existente entre os proprietários das superfícies de exploração e o responsável económico e jurídico da mesma ( o produtor ), que tem delas a fruição, dirigindo-as ele mesmo ( se for

(21)

simultaneamente o gestor da exploração ), ou confinando-a parcial ou totalmente a um outro dirigente, no sentido de se procurar compreender melhor o tipo e evolução das estruturas agrícolas.

Assim, no que diz respeito às formas de exploração da SAU, encontrámos no concelho, cerca de 90,44% de explorações por ‘ Conta Própria ‘ e apenas 8,08% de ‘ Outras Formas ‘ de exploração ( terras que são cedidas gratuitamente para cultivar e as superfícies que os produtores exploram mediante licença – contrato ). Uma percentagem residual de 1,48% do total, que correspondem a 36 explorações, em regime de ‘ Arrendamento ‘.

Embora se verifiquem algumas diferenças na distribuição daqueles valores percentuais, conclui-se que, tanto em Monção, como na Sub-Região de Minho-Lima, predomina o regime de ‘ Conta Própria ‘, seguindo-se todas as outras formas de exploração pela ordem considerada anteriormente.

Quadro 10.15. Forma de Exploração (1999).

Unidade Geográfica

Formas de Exploração da SAU

Conta Própria Arrendamento Outras Formas Total N.º Explor. SAU (ha) N.º Explor. SAU (ha) N.º Explor. SAU (ha) N.º Explor. SAU (ha) Monção 2 195 6 859 36 55 196 89 2 427 7 003

% 90,44 97,94 1,48 0,78 8,08 1,27 100,0 100,0 Minho-Lima 16 111 63 402 1 849 2 209 2 831 2 654 20 791 68 265

% 77,5 92,9 8,9 3,2 13,6 3,9 100,0 100,0

Fonte: INE, Recenseamento Geral da Agricultura (RGA) de 1999.

A análise da repartição sectorial da população activa no Concelho de Monção ( abordada no primeira parte destes estudos ), revelou a importância dos Sectores Secundário e Terciário no emprego em Monção, situação a que não é alheia a localização específica deste concelho num espaço fronteiriço, onde prevalecem relações comerciais, por um lado, por outro lado, e localmente, a crescente dependência do terciário que assume uma posição relevante, uma vez que as alternativas de emprego não são abundantes.

Na sequência destas considerações, torna-se pertinente a análise do tempo de actividade ( Quadro 4.16. ), que a população agrícola familiar e o produtor singular, despendem na exploração.

Assim, verifica-se que em 1999:

ƒ Cerca de 40,7% ( 2963 indivíduos ) da totalidade da população agrícola familiar ( 7285 ) dedicava menos de metade do seu tempo à actividade na exploração ( < 50% ), constituindo apenas 5%

( 364 pessoas ), aqueles que, por sua vez, se ocupavam a tempo inteiro da exploração;

Referências

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