E A S O L U Ç Ã O D O S
CONFLITOS INDIVIDUAIS D E T R A B A L H O
N A R C I S O F I G U E I R Ô A J Ú N I O R ^
"Nunca se deve negociar por medo, mas nunca se deve ter medo de negociar." (J. E Kennedy)
1. Introdução; 2. Breve histórico; 3. Do conceito de conciliação; 4. Cria
ção, modalidades e composição das Comissões de Conciliação Prévia; 5. Competência e funcionamento; 6. Conciliação prévia e a ação trabalhista; 7. Dos conflitos que podem ser conciliados; 8. Do custeio da CCP; 9. Núcleos Intersindicais de Conciliação; 10. Con
ciliação celebrada por Comissão que não representa as partes em conflito. Consequências jurídicas; 11. Conclusão; 12. Bibliografia.
1. I N T R O D U Ç Ã O
É inegável q u e o Brasil possui u m excesso d e conflitos trabalhistas, sobretudo n o âmbito individual.
Muito e m b o r a os conflitos coietivos d e trabalho t e n h a m diminuído sensivelmente nos últimos anos, seja e m decorrência d o a u m e n t o dos acor
d o s e c onvenções coletivas celebradas o u pelos efeitos nefastos d a reces
s ã o e co n ô m i c a q u e afetou o poder de mobilização dos sindicatos, o fato é q u e o n ú m e r o d e conflitos individuais d e trabalho v e m a u m e n t a n d o e m pro
gressão geométrica, congestionando a Justiça do Trabalho.
S e g u n d o d a d o s estatísticos fornecidos pelo Tribunal Superior do Tra
balho0’, s o m e n t e n o a n o de 2001 foram distribuídos 1.742.571 processos n a Justiça d o Trabalho, tendo sido solucionados 1.800.015. N o m e s m o ano, s o m e n t e o TST, instância m á x i m a trabalhista, recebeu 114.615 recursos, tendo solucionado 102.788.
(■) Procurador d a Universidade d e S â o Paulo, especialista e m Direito d o Trabalho pela P U C - S P e ex-Juiz d o T R T d a 2» Região.
(1) P á g i n a n a internei: www.tst.gov.br