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LIGAÇÕES METÁLICAS COM PERFIS TUBULARES –

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LIGAÇÕES METÁLICAS COM PERFIS TUBULARES

COMPORTAMENTO

E PRESCRICOES DE PROJETO

Arlene Maria Sarmanho Freitas

Universidade Federal de Ouro Preto

Afonso Henrique Mascarenhas de Araújo

Vallourec & Mannesmann do Brasil

Eduardo de Miranda Batista

Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro

João Alberto Venegas Requena

Universidade de Campinas

Ricardo Hallal Fakury

Universidade Federal de Minas Gerais

Roberval José Pimenta

Codeme Engenharia

Resumo

As ligações em perfis tubulares circulares ou retangulares podem ser de diversas tipologias, por exemplo: K, T, KT, X,etc. Quanto àposição dos membros que compõem as ligações estas podem ser: com afastamento ou sobreposição, uniplanares ou multiplanares. No caso de ligações em sistemas treliçados e associados às formas das seções transversais, circulares ou retangulares os modos de falha podem ser: plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes;plastificação, amassamento ou instabilidade da face lateral da seção transversal do banzo junto a diagonais ou montantes sob compressão; plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais ou montantes; ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes; ruptura por concentração de tensão de diagonais ou montantes na região da solda ou da própria solda; flambagem localizada de diagonais ou montantes comprimidos ou do banzo, na região da ligação. Assim análises e considerações de projeto com perfis tubulares devem considerar características especificas dos mesmos como os modos de falha das ligações.Neste trabalho são apresentadasas características gerais de comportamento e dimensionamentode ligações de sistemas treliçados com perfis tubulares circulares e retangulares. As ligações analisadas consideram as diversas tipologias de ligações, os modos de falha específicos a cada tipologia e os limites de resistência que devem ser considerados no dimensionamento. As ligações consideradas podem possuir banzos circulares ou retangulares com demais membros também circulares ou retangulares, tendo-se composições com diferentes seções transversais. Finalmente é apresentada as indicações de verificações de prescrições do texto-base da futura norma brasileira de projeto de estruturas de aço e mistas de aço e concreto com perfis tubulares (TB-NBT:2010) baseadas em normas internacionais consolidadas de ligações tubulares visando o projeto de estruturas de aço com estes perfis.

Palavras-chave: estruturas de aço, perfis tubulares, ligações, texto-base de norma brasileira.

(2)

1. INTRODUÇÃO

A utilização de perfil de seção transversal tubular na construção metálica encontra-se em crescimento no Brasil devido a vantagens, tais como, alta resistência a torção, a cargas axiais e aos efeitos combinados. Associados às vantagens, encontram-se os aspectos de arrojo e modernidade que propiciam diversidades de projetos (Gerken 2003).

Existem diversas possibilidades de ligações com elementos tubulares, como observado nas figuras a seguir, e podem estar associadas ou não a outras seções transversais. Existem ainda as ligações em sistemas treliçados com perfis tubulares considerando tipologias diferenciadas de seção transversal. A figura a seguir ilustra alguns tipos de ligações.

Figura 1 – Exemplos de ligações em Perfis Tubulares. (Fonte: Arquivo pessoal)

Quando consideramos sistemas treliçados, dependendo das necessidades construtivas, diferentes tipos de ligações podem ser utilizados nesse sistema estrutural, resultando no tipo de treliça a ser usada (Freitas, Requena 2009). A escolha do tipo da ligação depende de fatores como: arquitetônicos, facilidade de fabricação e vão livre a ser vencido.

A partir das especificidades de ligações utilizando perfis tubulares e destes com outros tipos de seção transversal, diversas normas de projeto internacionais (EN 1993 1-8:2007 e o ANSI/AISC 360-05) possuem prescrições especificas para estruturas que utilizem perfis tubulares. Nesse sentido o texto-base da futura norma brasileira de projeto de estruturas de aço e mistas de aço e concreto com perfis tubulares (que será, referenciado como TB-NBT:2010) apresenta formulações para o cálculo da resistência de ligações considerando diversos fatores. Um exemplo desses fatores é a tipologia da seção transversal dos perfis que compões as ligações, a tipologia da própria ligação, condições de carregamento e etc.

(3)

2. CARACTERISTICAS GERAIS DO COMPORTAMENTO DE LIGAÇÕES

Os estudos de ligações tubulares apresentados na TB-NBT:2010 têm com base nas prescrições previstas pelo CIDECT (1996) e as prescrições do Eurocode EN 1993 1-8:2007 os quais apresentam formulações e restrições para odimensionamento de ligações em treliças formadas por perfis tubulares com diferentes configurações, baseando a resistência última em vários possíveis modos de falha da ligação. Os modos de falha representam as indicações para avaliação da capacidade resistente das ligações segundo o mecanismo desenvolvido em função da configuração da ligação entre a solicitação que está submetida. Assim as capacidades resistentes de cálculo das ligações entre perfis tubulares e entre perfis tubulares e perfis de seção aberta, são baseadas nos seguintes modos de falha:

 Modo A – Plastificação da face ou de toda a seção transversal do banzo, junto a diagonais ou montantes;

 Modo B – Plastificação, amassamento ou instabilidade da face lateral da seção transversal do banzo junto a diagonais ou montantes sob compressão;

 Modo C – Plastificação ou instabilidade por cisalhamento do banzo, junto a diagonais ou montantes;

 Modo D – Ruptura por punção da parede do banzo na área de contato com diagonais ou montantes;

 Modo E – Ruptura por concentração de tensão de diagonais ou montantes na região da solda ou da própria solda;

 Modo F – Flambagem localizada de diagonais ou montantes comprimidos ou do banzo, na região da ligação.

A Figura 2 ilustra os modos de falha para ligações entre banzo e diagonais ou montantes de sistemas treliçados com perfis tubulares circulares, a Figura 3 para ligações entre banzo e diagonais ou montantes em perfis tubulares retangulares e a Figura 4 para ligações entre diagonais ou montantes em perfis tubulares circulares ou retangulares e banzos em perfil I ou H.

Modo Força Axial Momento Fletor

A

D

(4)

Modo Força Axial Momento Fletor

A

B

C

D

E

F

(5)

Modo Força Axial Momento Fletor

A Não aplicável Não aplicável

B

C

D Não aplicável Não aplicável

E

F

Figura 4 - Modos de falha em ligações entre diagonais de perfil tubular circular ou retangular e banzo de seção I ou H

3. CARACTERISTICAS GERAIS DO DIMENSIONAMENTO DE LIGAÇÕES SEGUNDO A TB-NBT:2010

(6)

cálculo de diagonais ou montantes. As ligações de sistemas treliçados podem ser com afastamento ou com sobreposição, conforme ilustra a Figura 5. A Figura 6 ilustra uma seção de treliça uniplanar identificando os tipos de ligações existentes na mesma. As ligações das diagonais e montantes com os banzos podem ser como representado na Figura 6

I

Figura 5 - Ligações com afastamento e com sobreposição

Figura 6 - Treliça apresentando as ligações do tipo ―K‖, ―KT‖ e ―T‖com afastamento (Freitas, Mendes,

Freitas 2008).

(7)

K KT

N

T X Y

DK

KK

X

TT

DY

XX

(8)

A tabela a seguir sintetiza a abordagem inserida no projeto de norma, TB-NBT:2010, considerando as diversas características que devem ser consideradas no dimensionamento.

Tabela 1 – Resumo das principais características das ligações consideradas no TB-NBT:2010

Tipologia das ligações

Quanto ao posicionamento das barras em relação aos banzos

Com afastamento Sem afastamento Quanto ao plano da ligação Uniplanar

Multiplanar

Quanto a forma da seção Uniplanar K, KT, N, T, X, Y, Quanto a forma da seção Multiplanar DK, KK, X, TT, DY, XX

Modos de Falha

Uniplanar

Ligações entre perfis tubulares

circulares

T A e D

S

oli

cit

ão

F

or

ça

Axia

l e Momen

to

F

letor

Y A e D

X A e D

K e N com afastamento A e D K e N com sobreposição A KT com afastamento D Ligações com chapas de nó soldadas em

perfil tubular circular A e D

S

oli

cit

ão

F

or

ça

Axia

l e

Mom

ento

F

letor

Ligações soldadas entre montantes de perfil I, H ou tubular retangular e banzo de perfil tubular circular

A e D

S

oli

cit

ão

F

or

ça

Axia

l

e Mom

ento

F

letor

Multiplanar Ligações

TT Correspondentes das ligações

uniplanares com fator de redução específico XX

KK

(9)

(a) Ligação com afastamento

(b) Ligação com sobreposição

Figura 8 – Parâmetros e convenções

As tensões 0,Sd ou p,Sd no banzo de uma ligação são dadas por:

0 , 0

0 , 0 , 0

W M A

N Sd Sd

Sd  

0 , 0

0 , 0 ,

0

W M A

N pSd Sd Sd

p  

onde: 0,Sd é a máxima tensão de compressão de cálculo do banzo na superfície de contato com as diagonais ou montantes;

0p,Sd é a máxima tensão de compressão de cálculo do banzo na superfície de contato com as diagonais ou montantes, no lado oposto da ligação;

N0,Sdé a máxima força axial solicitante de cálculo no banzo.

N0p,Sd é a força axial solicitante de cálculo no banzo, no lado oposto da ligação;

M0,Sd é o momento fletor solicitante de cálculo na ligação;

A0 é a área da seção transversal do banzo;

W0 é o módulo de resistência elástico da seção transversal do banzo.

Com relação aos requisitos necessários para a validade do dimensionamento segundo o TB-NBT:2010, devem ser obedecidos os seguintes requisitos:

a) os perfis devem ser compactos, conforme a ABNT NBR 8800;

N0p,Sd N0,Sd

(10)

b) os ângulos i entre o banzo e as diagonais e entre montantes e diagonais adjacentes não podem ser

inferiores a 30o;

c) as extremidades dos tubos que se encontram em uma ligação devem ser preparadas de modo que a forma da seção transversal não seja modificada. Ligações de tubos com extremidades amassadas não são previstas;

d) em ligações com afastamento (Figura 5-a), visando a permitir soldagem adequada, a dimensão g deve ser igual ou superior à soma das espessuras das diagonais ou montantes ligados;

e) em ligações com sobreposição (Figura 5-b), a ligação deve ter dimensão suficiente para garantir a adequada transferência dos esforços de uma barra para a outra. Para isso, a razão entre a sobreposição q e a dimensão p deve ser maior ou igual a 0,25 (q e p estão ilustrados na Figura 5)); f) quando as barras sobrepostas tiverem espessuras ou resistências ao escoamento diferentes, a barra

com menor produto entre essas duas grandezas deve se sobrepor à outra;

g) quando as barras sobrepostas tiverem larguras diferentes no plano da ligação, a barra com menor largura deve se sobrepor à mais larga.

3.1. Ligações soldadas entre perfis tubulares circulares

A força resistente de cálculo das ligações deve ser tomada como o menor valor encontrado entre os modos de falha A e D, conforme Figura 2, desde que sejam atendidas as seguintes condições:

a) 0,2 ≤ di / d0 ≤ 1,0, para todas as ligações;

b) 10,0 ≤ d0 / t0 ≤ 50,0, para todas as ligações, exceto tipo X;

c) 10,0 ≤d0 / t0≤ 40,0, para ligação tipo X; d) 10,0 ≤ di / ti≤ 50,0, para todas as ligações.

3.1.2. Ligações uniplanares

Nas ligações de diagonais ou montantes, a força axial resistente de cálculo, Ni,Rd, deve ser

obtida considerando especificidades como as apresentadas na Tabela 1 e deve-se ter Ni,Sd ≤ Ni,Rd. Nos

casos especiais como as ligações tipo DY, KT e DK devem ser obedecidos os critérios de cálculo específicos.

As ligações de diagonais ou montantes sujeitas a combinação de força axial e momento fletor, devem atender à seguinte condição:

2

, , , ,

,

, , , , ,

1, 0

ip i Sd op i Sd i Sd

i Rd ip i Rd op i Rd

M M

N

N M M

 

 

 

 

onde: Ni, Rd é a força axial resistente de cálculo da diagonal ou montante;

Ni, Sd é a força axial solicitante de cálculo da diagonal ou montante;

Mip,i, Rd é o momento fletor resistente de cálculo, da diagonal ou montante, no plano;

Mip,i, Sd é o momento fletor solicitante de cálculo, da diagonal ou montante, no plano;

Mop,i, Rd é o momento fletor resistente de cálculo, da diagonal ou montante, fora do plano;

Mop,i, Sd é o momento fletor solicitante de cálculo, da diagonal ou montante, fora do plano.

(11)

seguir. Na tabela a nomenclatura é a apresentada na Figura 8 e a1 é o coeficiente de ponderação da

resistência, fy0 é a resistência ao escoamento do banzo, e  é a relação entre d0 e t0.

Tabela 2 — Força axial resistente de cálculo de ligações soldadas entre perfis tubulares circulares Modo de falha A– Ligações T e Y

N1,Rd k f tp y0 0

2 a1 sen       0 2 1

3 08 15 62

,

, , /

Modo de falha A– Ligações X

N1,Rd k f tp y0 0

2

a1

sen

1  

5 72 1 0 81

,

, /

Modo de falha A– Ligações K e N com afastamento e com sobreposição

Se N1 e N2 tiverem sinais opostos e estiverem em equilíbrio na direção perpendicular ao banzo (conforme figura):

N k k f t d

d

N N

1,Rd

g p y0 0 2 a1 2,Rd 1,Rd sen sen sen              1 1 0 1 2

1 98 11 22, , /

Caso contrário a ligação será tratada como DK, Tabela 6.5

Modo de falha D– Ligações K, N e KT com afastamento e todas as T, Y e X [i = 1, 2 ou 3]

Quando did02t0: a1

i 2 i i 0 y0 Rd

i, /γ

θ 2sen senθ 1 66 , 0       

f t d

N

Fatores kg e kp

          33 , 1 / 5 , 0 exp 1 024 , 0 1 1 , 1 0 2 , 1 2 , 0 g t g

k   , para ligações com afastamento

           33 , 1 / 5 , 0 exp 1 024 , 0 1 1 , 1 0 2 , 1 2 , 0 g t q

k   , para ligações com sobreposição

Para np 0(banzo comprimido): kp 10,3np 0,3n2p

Para np 0 (banzo tracionado): kp 1,0

(12)

3.1.2. Ligações multiplanares

A resistência de cálculo para cada plano de ligação multiplanar deve ser determinadas aplicando-se o fator de redução µ apropriado, como por exemplo, observa-se na Tabela 3, às resistências correspondentes das ligações multiplanares com o respectivo fator de redução.

Tabela 3 — Fatores de redução para ligações multiplanares

Tipo de ligação Fator de redução µ

TT 60º  90º A diagonal 1 pode ser tracionada ou comprimida

1, 0

 

XX

As diagonais 1 e 2 podem ser comprimidas ou tracionadas. N2,Sd / N1,Sd é negativo se uma diagonal está tracionada e a outra comprimida Sd 1, Sd , 2 / 33 , 0 0 ,

1  N N

 

Levando em conta o sinal de N1,Sde N2,Sd

Onde N2,SdN1,Sd

KK 60º  90º A diagonal 1 é sempre comprimida e a diagonal 2 é sempre

tracionada.

0 9,

Desde que, em ligação com afastamento, na seção 1-1 (figura ao lado) a seguinte equação seja satisfeita:

0 , 1 2 Rd pl,0, Sd 0, 2 Rd pl,0, Sd 0,                  V V N N

Com 

      2 cos senθ

2 1 1

, 0

N

V Sd ou

       2 cos senθ

2 2 1

, 0

N

V Sd , o que for maior

(13)

3.3. Ligações soldadas entre perfis tubulares circulares ou retangulares com banzos de perfis tubulares retangulares

Para as ligações tubulares em sistemas treliçados há ainda a possibilidade de utilizar banzos em seções tubulares retangulares associados com diagonais e montantes com perfis retangulares ou circulares (Wardenier, 2000) (Figura 9a). O TB-NBT:2010 prevê as ligações com perfis retangulares desde que algumas limitações dimensionais sejam obedecidas. A força resistente de cálculo das ligações deve ser tomada como o menor valor encontrado entre os modos de falha “A” até “F”, conforme apresentado anteriormente. As ligações podem ser ainda uniplanar e multiplanar, e analogamente a ligação do item 3.2, tem-se que as multiplanares em cada um dos planos o critério de dimensionamento é o de uma ligação uniplanar, utilizando os esforços resistentes de cálculo reduzidos pelo fator de redução µ, cujo valor é função do tipo de ligação (TT, XX, KK).

A avaliação das ligações com banzos retangulares indica a possibilidade, quando devidamente necessário, o uso de reforços (Figura 9b) e o tipo apropriado de reforço depende do modo de falha que determina a força axial resistente de cálculo da ligação na ausência do reforço. Em linhas gerais tem-se: - para os modos de falha A, D e E, pode ser utilizada uma chapa de reforço na mesa do banzo que

recebe as diagonais e montantes;

- para o modo de falha B e C, podem ser utilizadas chapas de reforço laterais, nas duas almas do banzo. - no caso de sobreposição insuficiente de diagonais ou montantes, pode ser soldado entre esses

elementos um enrijecedor vertical.

- as chapas de reforço não podem ter resistência ao escoamento inferior à do aço do banzo. A Tabela 4 ilustra a avaliação de resistência para esta tipologia de ligação.

(a) (b)

Figura 10 – Ligação com banzo retangular: (a) sem reforço; (b) com reforço. (arquivo pessoal)

(14)

Modo de falha A –Ligações T, Y e X 0 1 b d   ou

0 1

b b

  0 85,

N1,Rd k f tn y0 0

2 a1 sen sen           1 2 2

4 4 1

1 1       , , /

Modo de falha A –LigaçõesK e N com afastamento

0 2 1 2b d d  

 ou

0 2 1 2 1 4b h h b

b   

  1 0,

a1 0 2 1 1 2 0 y0 n 5 , 0 Rd 1, / 2 sen 79 , 9            b b b t f k N Rd 1, 2 1 Rd 2, sen N sen N   

Modo de falha E– Ligações K e N com sobreposição (Ver notas 1 e 2)

0 2 1 2b d d  

 ou

0 2 1 2 1 4b h h b

b   

  1 0,

As diagonais 1 e 2 podem ser tracionadas ou comprimidas, mas uma deve ser tracionada e a outra comprimida

Para 25%ov50%

     

 (2 4 )

50 1

,

1 y11 eff e,ov ov 1 1 Rd

1, f t b b h t

N  /a1

Para 50%ov 80%

1 e,ov 1 1

1 y1 Rd

1, ,f t b b h t

N 11  2 4 /a1

Para ov80%

1 e,ov 1 1

a1

1 y1 Rd

1, ,f t b b h t /

N 11  2 4 

Parâmetros beff, be,ov e kn

1 0 0 0 10 b t f t f t / b b 1 y1 y0

eff  mas beff b1 Para n0 (compressão): β

4 , 0 3 , 1 n

kn   ≤1,0

Para n0 (tração): kn 1, 0

Onde n

σ0p,Sd/(fy0/a1)

, sendo 0,Sd determinado considerando sinal negativo para compressão.

1 2 10 b t f t f t / b b 2 y2 y2 2 2 ov

e,  mas be,ovb1

Para diagonais e montantes com perfil circular, multiplicar as resistências acima por ( / 4), substituindo b1 e h1 por d1 e substituindo b2 e h2 por d2.

1) Para ligações com sobreposição, 1 = diagonal ou montante subposto, 2 = diagonal ou montante sobreposto;

2) Apenas a diagonal ou montante subposto 1 precisa ser verificado. A eficiência da diagonal ou montante sobreposto 2 (isto é, a resistência de cálculo da ligação dividida pela resistência plástica de cálculo da diagonal ou montante) deve ser tomada como igual à do subposto .

(15)

Com relação às ligações há ainda a possibilidade de utilizar banzos em seções transversais “I”

ou ”H” associados com diagonais e montantes com perfis retangulares ou circulares (Figura 11). O TB-NBT:2010 prevê as ligações com perfis retangulares desde que algumas limitações dimensionais sejam obedecidas (Tabela 5).

T, Y, X K e N com afastamento

K e N com sobreposição

Figura 11 – Exemplos de ligação com banzo em perfil I ou H.

Tabela 5 — Condições de validade para ligações soldadas entre diagonais e montantes de perfis tubulares circulares ou retangulares e banzos com perfis I ou H

Tipo de ligação

Condições de validade

Compressão Tração Tração ou compressão

X f E 1,10 t b y i i       35 f E 1,10 t h y i i       35 f E 0,06 t d y i i       50 35  i i t b 35  i i t h 50 t d i i y w w f E , t h 10 1  mm hw 400

2,0 b h , i i  5 0 f E , t b y f 60 0 0 - T ou Y

y w w f E , t h 27 1  mm hw 400

, b h

i i 10

K e N com afastamento

K e N com

sobreposição b 2,0

h , i i  5

0 b 0,75

b

j i

(ver nota 1) 1) Nas ligações com sobreposição, i = diagonais ou montantes subpostas, j = diagonais ou montantes sobrepostas

(16)

No Brasil o perfil tubular começou, recentemente, a ser aplicado a estruturas na construção civil e, devido a seu bom comportamento estrutural e aparência moderna e arrojada, esse emprego apresenta-se em crescimento acelerado. A partir do uso recente e das peculiaridades de elementos estruturais em perfis tubulares as ligações são de grande importância no dimensionamento.

A norma geral de projeto de estruturas de aço, a NBR8800:2008 não prevê as ligações em perfis tubulares, neste sentido, este trabalho apresenta resumidamente a diversidade de possibilidades de ligações utilizado perfis tubulares circulares, retangulares ligados entre si e destes com perfis de seção

transversal “I” ou “H” existentes no TB-NBT:2010. As ligações são analisadas considerando os modos de falha para cada tipo de ligação, e em função destes tem-se os procedimentos para determinar a resistência de cálculo de ligações uniplanares e multiplanares em estruturas constituídas de perfis tubulares e de perfis de seção transversal aberta com perfis tubulares. A resistência das ligações é expressa em termos de força axial resistente de cálculo ou momento fletor resistente de cálculo de diagonais ou montantes.

5 - AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa) e a empresa Vallourrec Mannesmann do Brasil.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ABNT NBR 8800:2008. Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, Brasil.

 ANSI/AISC 360-05. Specification for structural steel buildings. American Institute of Steel Construction, Chicago, USA.

 Batista, E.M.; Fakury, R.H.; Freitas, A.S.; Requena, J.A.V.; Pimenta, R.J.; Araújo, A.H.M.(2010). Resistência de barras comprimidas de aço: curvas de flambagem para perfis laminados a quente e soldados, formados a frio e tubulares. Construmetal 2010, São Paulo.

 EN 1993-1-8: 2007. Design of steel structures-Part 1.8: Design of joints. EUROCODE 3, European Committee for Standardization, Brussels, Belgium.

 Fakury, R. Freitas, A. M. S., Requena, J. A. V., Pimenta, R. J., Batista, E. de M. e Araújo, A. H. M. A futura norma brasileira de projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e

concreto com perfis tubulares. Construmetal 2010, São Paulo.

 Freitas A. M. S., Mendes F. C., Freitas M.S.R. (2008), Finite Elements Analyses of welded T joints. Eurosteel 2008

 Freitas, A. M. S., Requena, J. A. V. (2009) Ligações em estruturas metálicas tubulares. In: Kripka, M., Chamberlain, Z.M (Org.). UPF Editora, 2009. 221p. cap. 1, p. 7-29. (Novos Estudos e pesquisas em construção metálica).

 Gerken, F. S. (2003). Perfis Tubulares: Aspectos arquitetônicos e estruturais. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais.

 TB-NBT:2010. Texto-base da futura norma brasileira de projeto de estruturas de aço e mistas de aço e concreto com perfis tubulares – em preparação.

(17)

 Pimenta, R.J.; Araújo, A.H.M.; Freitas, A.S.; Batista, E.M.; Requena, J.A.V.; Fakury, R.H. (2010). Ligações de apoio de pilares em perfil tubular. Construmetal 2010, São Paulo.

 Requena, J.A.V.; Freitas, A.S.; Fakury, R.H.; Pimenta, R.J.; Araújo, A.H.M.; Batista, E.M. (2010). Prescrições de soldas aplicadas em ligações com base na norma brasileira de projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto com perfis tubulares. Construmetal 2010, São Paulo.

Imagem

Figura 2  —  Modos de falha em ligações entre perfis tubulares circulares
Figura 3 — Modos de falha em ligações entre perfis tubulares retangulares
Figura 4 - Modos de falha em ligações entre diagonais de perfil tubular circular ou retangular e banzo de seção I ou  H
Figura 6 - Treliça apresentando as ligações do tipo ―K‖, ―KT‖ e ―T‖com afastamento (Freitas, Mendes,  Freitas 2008)
+7

Referências

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