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Rev. adm. empres. vol.23 número3

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Academic year: 2018

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Velho,

yカッョョセ@

·M . . A. Guerra de

ッイ■ク£Lセ@ um · estudo de ritual

e

conflito. · Rio de Janeiro, z。セ。イセ@

1975. 170

p.

'

Este trabalho retoma uma área de ·

estudo 。ューャ。ュセョエ・@ abordada ' em inú';;,

meros trabalhos ·anteriores no campo da antropologia . social: as religiões :afro-brasileiras. Mas o faz de uma

no-va perspectino-va, focalizando a realida/

de d.e .um terreiro de umbanda da

C'i-dade-do Rio de Janeiro,·· durante todo

o seu ciclo de カゥ、セZ@ da formação . à ex:

tinção '- realidáde ・セ@ constitu(da ·

· não pela estrutura ànto.lógicá dos

.ob-jetos de crença, mas sim ᄋ ー・ャ。ウ ᄋセ ・クー・ᄋ@

riências subjetivas dos integrantes da-qÚela organização social.

O estudo ganha força .na medida

· é:m

que abandona a alternativa

sim-pHsta .de analisar o terreiro como a

mera-。セLオ。ャゥコ。￧ ̄ッ@ de uni discurso reli·

gioso autônomo ou, numa per·specti-va reducionista, como o reflexo dire-to da estrutura social mai-s .ampla, na ·

qual SI;! encontra inserido. O trabalho

religioso,.· enqua'nto · elaboração de ..

prátrcas e discursos que respond_em a

uma série de necessidades espedficas, . prÓprias . de um· determinado .grupo · social, é o cerne da .anál'ise qu.e se faz de uma perspectiva· intersubjetiva, re-êuperando o elemento· humano espe-c(fico no seio da organização.

Este' trabalho religioso se localiza em . ·um .campo de forças. polarizado por duas maneiras distinta·s de organi-zar a .realida·de interna de um terrei-ro.

o

」ッセヲャゥエッ@ que se instaura entre

76

os atores que 。エオセャゥコ。ュ@ de maneira

mais. sistemática· e racial aqueles dqis c6digps expressa a ·luta pela gestão le-g(tima dos Q.ens de salvação, ·sendo que o que · se coloca ·em questão são

eritérios disti.ntos

na

definição 、ッ」。セ@

pital (religioso, cultural e ・」ッョ￴セゥ」ッI@

necessário para a legitima·ção de posi-ções cte poder dentro da organização. , Este ·COnflito se desenvolve em um

tempo e um ・ウー。￧セ@ m(sticos: tem·po ·

q'ue não. se alinha com o セ・ューッ@ dós

eventos "hist?>ricos" ·e espaço que

não pode ser 」ッッ ⦅セ、・ョ。、Lセ@ com

espa-ços definidos pela geografia. ·

O terreiro torna-se, assim, o ponto

de encontro de dois mundos: o ウ。ァイ。セ@

do-e o profano. Objetos, eventos e

fa-. tos da vida cotidiana _são assoc:;iadosfa-. セ@ ,

eventos que transcendem a vida dia-ria, elabor:ando-se um sistema

simbó-lico que é fruto não apenas de um.

trabalho religioso acumulado, como também de diversas reinterpretações

·feitas pelôs integrarytes do' grupo, em

consonância com suas posições

so-ciais. Estas reinterpretações セッ@ ヲッ セ@

mentadas pelo fato de que os rituais de umbanda não se encontram inseri-dos em uma "relação de· Igreja", com uma sistematização -explícita _ daque-les em uma doutrina r(gida. Pelo eo_n- ·

trá rio, os terreiros, .de

uma ·

maneira

geral, são relativamente 。オエ￴ョッGセッウL@

havÊmdo apenas uma ligação formal

com as éongregações セ@ federações

umbandistas. . .

O estudo como um todo fornece subsfdios para a análise da função ideológÍca e,: portánto, prática e poU-tica do sistema· simbólico que define

セ@ エセイイ・ゥイッL@

ao mesmo tempo ' que é

sua' ・クーイ・ウウ ̄ッL GN セ@ sociedade

abran-gente.· Atendendo a necessidades de

f '

compensação das classes mais desfa-vorecidas e a necessidades de legiti-mação .das classes mais favorecidas, este sistema' naturaliza, col9cando dentro -dequadros sagrados, uma .de-termin.ada ordenação social relativa e arbitrátia, .tornando-a absoluta e leg(- .

エゥセN@ Mesmo quando, em um dos

có--digos, os critérios 、セ@ hierarquização

da sociedade 1rhais ampla são

inverti-dos a ョ。エオイ。hコセ￧ ̄ッ@ da ordenação so·

cia·l' tal qual ela é ocorre na .medida...-em que, internamente, ·uma .ordena-ção· arbitrária, também definida em エ・イュッウ ᄋ ィゥ・イ£イアオゥセッウ@ e-cpnstituJda por ·, . . posições de poder diferenciadas, é

le-gitimada. Sendo assif!l, ambos os có·

digos, apesar de .atenderem às

dema_n-das de compensaÇão e legitimação de maneiras distintas,· assumem uma · · função . equivalente de sacralizar e, portanto, legitimar ordenações.sociais

históricas profanas. . · . .

O trabalho de Yvonne Velho, ·apre- . sentado originalmente como d_isserta--ção de mestrado ao Programa de Pós:

Graduação

em

Antropologia Social

do Museu Nacional da Universidade :

Federal do Rio de Janeiro, transcen-de a. análise· transcen-de um .terre.iro enquanto

u'nidade -organizacional em dois

QÍ-veís: recupera nãó apenas o indiv.(duo _ I

espec(fico dentro e1 frente àquela

ot-gani2·ação, como também elementos da sociedade mais ampla na qual ele se ·encontra. Fornece, assim, uma visão

」ッューイセ・ョウゥカ。@ da organização a partir da perspectiva de· seus _próprios inte-grantes, Lini!ldo o dado . objetivo ao

·que foi ウオ「ェセエゥカ。ュ・ョエ・@ pensado peloc

elementos envolvidos. · 1 (

Renato Guimàrães. Ferreira

'!

RenoVe

. · ..

sua ass1nat

·

ra

&tempo ,.

Nas liVrarias da FGV

Rio- Praia de Botafogo, 188

- Av. Pre:sidente wゥャセッョL@ 228-A

São Paulo M セ aカN@ Nove de Julho, 2.029

Bra:sllià -,-CLS 104, Bloco A, loja 37

.

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