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Rev. adm. empres. vol.33 número2

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

'A Cultura da Qualidade é o resuliado de um processa de educação permanente onde se busca não a satístação comD um fim

em si mesma, mas a oportunidade de crescimento.·

Q

uando E. F. Schumacher, nos anos 50 e 60, desenvolveu todo um trabalho

de reflexão que acabou por culminar em sua obra mais conhecida-Small

is Beallliful-ele não estava apenas criticando a maneira pela qual os econo· mistas avaliam a produçllo e o progresso das nações, mas slnaUzando a neces·

sidade de se incorporar um novo atnbuto na avaliação

e

medida do desenvolvi·

menta econômico: a qualidade.

Além disso, ele procurou demonstrar que toda Teoria Econômica astá ba· seada num certo sistema de valores humanos, de tal sorte que, quando este

sistema muda, 、・カ・セウ・@ alterar a Teorla e, portanto, a forma de se avaliar o re·

suttado da produção econômica e as pollticas de seu desenvolvimento"

O que Schumacher havia descobeno é que a quesli/o qwlídade é lunç.lo

dos valores do sistema social em análise e, desta forma, deve ser trabalhada de

uma forma contingencia!

e

nao-presclitlwt

Curiosamente, Schumacher ficou conhecido-

e,

talvez, ele próprio tenha se

conf1.1ndido- pela apologia do •ser pequeno" e não pela sua principal 」ッョエイゥ「オゥセ@

ção ao pensamento contemporâneo que foi a da qua!ldafJe de vida. Numa

época em que desenvolvimento econômico foi sinônimo de propensão a con·

sumir, houve uma

voz-

a de Schumacher- que se levantou para questionar a

··qualidade" deste consumo

e.

Indiretamente.

o

próprio mrmerador de sua

eficiência: a efetiva satisfação no viver.

Esta mudança nos valores de análise ウ￳」■ッセ・」ッョ￵ュゥ」。@ levanta questões

que estão alé-m da esfera de gover>1o. Talvez esteja além dos valores que presi-dem as relações atuais entre o capital e o trabalho. Compreende uma mudança

da visão 'Malihusiana· aos Insumos de ーイo、オセッ@ em direção a um

questiona-mento do resultado do que fazemos com estes msumos em termos de アオ。ャャセ@

dada de vida, o que tem provocado uma redeflmçáo do próprio 'papel· dos

re-cursos humanos e das organizações na atividade econômica,

Sinais desta transmutaçlio ile valores aparecem na redefirilção das

frontei-ras e

das relações intarorganizacionais, no surglmento d;; organizações subs-tanti•as, na redesooberta dos custos e dos valores etetlvos da produção

econô-mica das ・ュセイ・ウ。ウ@ e das nações, na conscientização ambiental e nas mudan·

ças -do "formato' das relações empregatfcias.

Em Administração a questã-o da quaHdade se apresenta de maneira muito singular, uma vez que ela está envolvida tanto com a ''produção' da satisfação de clientes, como com a qualidade de vida do sistema social responsável por

esta 'produção'. Em outras palavras, a qaalidade á tanto uma exigência de

mercado quanto uma responsabilidade social- e, até por que não?- dire1a ou indiretamente relacionada com o progresso das nações.

Ao nlvel orga'llzacioriái, a qJal•dade deve estar Inserida rJas pautas das de-cisões sobre terceinzação e parcarias, na gestão de recurs-os humanos. no

pro-cesso poEtic--o 、セ@ renovação geraciona!, nas Questões ambientais e nas

estraté-gias de obtenção de vantagens competitrvas.

Infelizmente, a qualidade tem sido inserida nas on;;anizações por um outro caminho: o da necessidade de reduções de custos e da simples sobrevivência organizacionaL A falta de cultura da qualidade tem feito as organizações utilizá· la como cortina de fumaça para {l!sfarçar programas de reduçao de custos e de

oeslocanentos de poder.

Enquaf!to os admlnistraoores não entenderem Que programas de qualidade

Mo de\>em aissimular objetivos reais, podemos estar correndo o risco de se-pultar mals um movimento importante no desenvolv.mento da gestão empresa-riaL Enquanto os estudiosos não fizerem uma leitura da quaHdade enquanto

oportunidade do crescimento- pessoa!, corporativo ou social - serà ditrcil

ca-minharmos em direção a uma avaliação mais "fina" do real sentido do progres-so econômico.

***

Nesta edição, mais 1.1rra vez a RAE procura inovar, criando uma seção

orientada para as questões da gestão ambienta!: a RAE AMBIENTAL. Atende a

uma recomendação da Direção Gera! da Fundação Getúlio Vargas no sentido de

consolidar seu papel como instituição s:ensive! a causa ambientaL Tanto 。エイ。セ@

vês de publicações esporádicas, quanto de publicações sistamáticas, a fオョ、。セ@

ção Getúlio Vargas tem firmado uma tradição de contribuir com a Ecologia e com a Gestão AmbientaL

A part1r da edição 2192, Quando publicamos um número voltado para

questões ambientais, a Direção da RAE estabeleceu um firme propósito de

in-corporar definitivamente esta temática em suas publicações. Fomentou artigos e definiu posteriormente um formato gráfico e uma linha editorial de maneira que a RAE AMBIENTAL não se transforme numa publicação episódica.

Nada mais justo que o texto de autoria da Professor Benedicto Silva

-A Vez de um Pacto Planetário- tenha sido escolhido pelo Editor da R-AE como

a primeira pubhcação da RAE AMBIENTAL. Atina!. foi ele o autor da proposta

de inclusão de um ''encarte verde" nas publicaçõe-s da FG:V.

Prof. Marí!Son Alves Gonçalv ..

Dlrelor e e、セッイ@ da RAE

VOlUME33 NÚMER02 MARJABR. 19!

A EMPRESA EA ESTRATÉGIA DA TERCEIRJZAÇÃO

"

...

- .

... .

Uma díscussão sobre a estratégia da terceirização, seus セーイ￳ウ@ e contras" e os

cuidados necessários à implementaçãl:l.

6

POR QUE ADMINISTRAR ESTRA TECICAMENTE

RECURSOS HUMANOS'!

12

Martlnho l1nwnl

••••h-o

Al••kla, Maria Lul . . MenciN

le1xelra, Dante Pl•heiro M..tlnelll

A neoossidade de se dar セLZュ@ tratamento estratéoloo à a、ュャョャウエイ。セッ@ d& Recursos

Humanos da mesma foriTl(i como em outras áreas da AdministraÇão.

CULTURA DA QUALIDADE f MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Maria lor..a LeMe Fleury

26

Qual o impacto da adoção de prog:rarrias àe qualidade e produtividade sobre a gestão

das empretSas? Ocorrem mudanças nos padrões cu!turan;., nas relações de poder,

nas práticas de gestão de recursos humanos?

Malft'iclo Serva

O fEHÓMENO DAS ORCAHIZAÇÓES

SUBSTANTIVAS

36

A profusão -da organizações substantivas é um fenômeno de proporções

consideráveis, digno de estudo e aprofundamento teórico, exigindo a urge:nte:

Referências

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