ROBÔS MANIPULADORES
Nuno Ferreira
Robôs Manipuladores
1.
Modelização
2.Cinemática
3.
Região de Trabalho
4.
Planeamento das Trajectórias
5.Dinâmica
6.
Controlo de Posição
7.
Controlo de Posição/Força
A modelização de um manipulador robótico requer o estabelecimento da cinemática e da dinâmica.
A cinemática trata do estudo analítico da geometria
do movimento de um braço robótico.
A dinâmica relaciona as posições, velocidades e
acelerações que ocorrem numa trajectória com as forças/binários fornecidos pelos actuadores.
Cinemática
Um manipulador robótico
pode ser modelizado como uma cadeia articulada de elos rígidos interligados por
juntas (rotacionais ou
prismáticas) movidas por actuadores.
Robô
Cinemática
Uma das extremidades
da cadeia está ligada a uma base de suporte, enquanto que a outra é livre e possui um órgão terminal para a
Cinemática
Kuka KR125L90
O movimento combinado das
juntas resulta no movimento dos elos que posicionam o órgão
Cinemática
Relação geométrica que envolve as coordenadas
na região de trabalho {x, y} e as variáveis nas
articulações {q1, q2}.
O sentido da transformação de coordenadas:
{ cinemática directa {q1, q2} −> {x, y}
{ cinemática inversa {x, y} −> {q1, q2}
Em qualquer dos casos pode-se estabelecer uma
Cinemática
Duas propriedades importantes
:
{ Na cinemática directa existe
só uma solução;
{ Na cinemática inversa podem
existir várias soluções;
{ “cotovelo em cima” { “cotovelo em baixo” l2 l1 q1 q2 J2m J1m J2g J1g x y
Cotovelo para cima
Cinemática - Directa
Definindo Pi como sendo o vector que vai da base
do sistema de eixos Oxy até á extremidade do elo i,
Cinemática Diferencial de 1ª de 2ª
Ordem
Relação entre a velocidade das juntas e
a velocidade cartesiana do manipulador
= 2 1 q q y x & & & & J ( ) ( ) ( ) ( ) + + + + − + − − = 2 1 2 2 1 2 1 1 2 1 2 2 1 2 1 1 cos . cos . cos . . . . q q l q q l q l q q sen l q q sen l senq l J
Cinemática - Inversa
Se (x, y) estiver fora da área de trabalho do braço robô, não é possível encontrar uma solução
No caso do ponto (x, y) estar dentro do espaço de trabalho
podem existir uma ou mais soluções.
Cinemática – Diferencial Inversa de 1ª
Ordem
As velocidades dos ângulos das juntas, são obtidas
encontrando o Jacobiano inverso (J−1)
Cinemática – Inversa
No caso de x = y= 0 e considerando l1 = l2,
obtém-se uma solução indeterminada.
Se o manipulador estiver na origem e l1=l2, existem
infinitas soluções, pois qualquer ângulo q1 é
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Região de Trabalho
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Planeamento das Trajectórias
5.Dinâmica
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Controlo de Posição
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Controlo de Posição/Força
Região de Trabalho
A região de trabalho corresponde à zona
onde o robô pode manipular a sua “mão”
A região/área de trabalho do robô é
determinada pelas seguintes
características;
- estrutura cinemática do robô; - comprimento dos seus elos;
Região de Trabalho
Região de Trabalho
Região de Trabalho
Problemas geométricos relacionados com o espaço
de trabalho.
As trajectórias no espaço cartesiano apresentam alguns problemas nomeadamente:
os pontos intermédios que não são alcançáveis;
valores elevados das velocidades nas juntas,
Região de Trabalho
Região de Trabalho
Região de Trabalho
Começo e meta alcançável em soluções
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Planeamento das Trajectórias
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Dinâmica
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Controlo de Posição
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Controlo de Posição/Força
Planeamento de Trajectórias
O planeamento de trajectórias consiste na
especificação do caminho que o órgão terminal do robô deve percorrer quer no espaço quer no tempo.
Por outras palavras, não são somente os pontos
por onde o robô deve passar que devem ser
Planeamento das Trajectórias
A
B
Planeamento das Trajectórias
A definição da trajectória
pode ser feita quer no
Planeamento das Trajectórias
As trajectórias definidas no espaço cartesiano
encontram-se mais adaptadas para uma fácil
visualização mas, por outro lado, acarretam uma carga computacional mais elevada quando se faz apelo à cinemática inversa.
A definição das trajectórias no espaço das juntas
coloca uma carga computacional mais reduzida mas, em contrapartida, torna-se difícil antever qual a trajectória executada pelo robô no espaço
Planeamento das Trajectórias
Planeamento de Trajectórias no Espaço Cartesiano
Planeamento de Trajectórias no Espaço das Juntas
{
s
(
t
),
v
(
t
),
a
(
t
)
} {
→
x
(
t
),
y
(
t
)
}
Planeamento das Trajectórias
O planeamento de trajectórias pode ser abordado de
duas formas distintas
{ Especificação de um conjunto de pontos pelos
quais o órgão terminal do robô deve passar, em determinados instantes, complementadas com
restrições de posição, velocidade e aceleração que têm de ser cumpridas.
{ Especificação do tipo de movimento a ser efectuado
Planeamento das Trajectórias
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Controlo de Posição
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Controlo de Posição/Força
Dinâmica
O estudo da dinâmica do braço do robô é
importante para a simulação, testando-se
diferentes estratégias de controlo sem que isso implique custos e eventuais problemas mecânicos que podem ocorrer com robôs reais.
É ainda de salientar que o estudo da dinâmica é
Dinâmica
Relaciona as posições,
velocidades e acelerações, que ocorrem numa trajectória do robô, com as
correspondentes
Dinâmica
A dinâmica segue as leis da física clássica e pode ser
expressa através de uma relação diferencial:
{
qi(t),q&i(t),q&&i(t)}
DinâmicaInversa→{
T(t)}
Dinâmica − Inversa
A dinâmica inversa para um robô com n eixos pode
ser expressa por um conjunto de equações diferenciais não lineares da forma simbólica :
T representa o vector n × 1 dos binários dos
actuadores;
J é a matriz simétrica das inércias, de dimensão n ×
n;
C é o vector, n × 1 dimensional, dos binários/forças
coriolis/centrípetos;
( )
q
q
C
( ) ( )
q
q
G
q
J
Dinâmica − Directa
A dinâmica directa corresponde à integração da
expressão
Normalmente adopta-se um método numérico de
integração que seja computacionalmente eficiente. Neste sentido é de referir o algoritmo de
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Controlo de Posição
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Controlo de Posição/Força
Controlo de Posição
Uma vez desenvolvido um modelo do sistema
manipulador é necessário considerar o seu controlo nomeadamente, as variáveis de posição/velocidade e variáveis de força.
O controlo de posição tem o objectivo de assegurar
Controlo de Posição
As estratégias de controlo de posição são
adequadas para tarefas onde o manipulador
não interactua significativamente com os
objectos na região de trabalho, tais como, a
transferência de materiais, a pintura ou a
Controlo de Posição
Controlo de Posição
A formulação básica de um algoritmo de controlo
consiste na medição da posição do braço manipulador durante o movimento, na comparação com a posição desejada e, consequentemente, no desenvolvimento de uma actuação com vista a eliminar o eventual erro.
Desenvolvimento de algoritmos visa o controlo das
Controlo de Posição
Desta forma, são apresentadas várias alternativas
de controlo, nomeadamente:
{ controladores lineares versus não-lineares,
{ controladores baseados em modelos.
Algoritmos concebido no espaço das juntas do
manipulador
Algoritmos concebido no espaço das no espaço
Controlo de Posição
Controlo Baseado No Espaço Cartesiano:
{ A alteração do algoritmo de controlo acarreta cálculos
suplementares na malha de realimentação, devido às transformações cinemáticas.
{ Assim, a mudança da estratégia de controlo do espaço
das juntas para o espaço cartesiano pode ter vantagens e inconvenientes.
{ os algoritmos são implementados com uma frequência de
amostragem mais baixa do que os sistemas de controlo baseado nas juntas.
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Controlo de Posição/Força
Controlo de Posição/Força
O controlo de posição/força é
necessário em trabalhos que envolvam o controlo de posição segundo certas direcções no
Controlo de Posição/Força
As estratégias de controlo de posição/força são
adequadas para tarefas tais como a:
montagem;
polimento;
Rebarbagem;
Parâmetros do robô RR: i ri (m) mi (kg) Jig(kgm2) J im(kgm2) 1 0.5 1 1.0 4.0 2 6.25 0.8 1.0 4.0 {θ,M,B,K}≡{π/2,103,1.0,102} A superficie de restrição: PD/PI: {Kp,Kd}≡{104,103}, {K p,Ki}≡{103,102} Trajectória:
Os Controladores de Posição e Força:
{x,y}≡{1,1}
{δycd,δFcd} = {10−1,0} and {δy
cd,δFcd} = {0,10}
Perturbação:
RESPOSTA TEMPORAL DO CONTROLADOR CH PARA UMA FORÇA DE 10N APLICADA NA
RESPOSTA EM FREQUÊNCIA
CONTROLO HÍBRIDO vs CONTROLO EM CASCATA
Sem Erro de estimação na inclinação θc da
Superfície de Restrição. Exemplo: θc= 45º.
O erro quadrático da resposta temporal de ε versus a estimação do ângulo de orientação para CH e o
2 3 4 5 6 7x 10 -13 ε CH CC dxc (m) 2 3 4 5 6 7x 10 -5 ε CH CC dFxc (m) 43 43.5 44 44.5 45 45.5 46 46.5 47 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9x 10 -13 ε Orientation (graus) CH CC dy (m) 43 43.5 44 44.5 45 45.5 46 46.5 47 2 4 6 8 10 12 14 16x 10 -13 ε Orientação (graus) CH CC dx (m)
O erro quadrático da resposta temporal de ε versus a estimação do ângulo de orientação para CH e o
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Cooperação entre Manipuladores
Cooperação entre Robôs
Manipuladores
A cooperação entre os braços permite a realização
de tarefas de uma forma mais rápida e precisa;
O ser humano utiliza os dois braços muitas vezes
por auxilio diminuído os esforços aplicados;
No entanto a existência de uma cadeia fechada de
elos representa um desafio para o controlo de
Cooperação entre Robôs
Manipuladores
A utilização de dois
braços, permite
executar tarefas com objectos longos ou largos, que se forem apenas suportados por um dos lados são
Cooperação entre Robôs
Manipuladores
Vantagens e desvantagens de ter N
robôs cooperantes.
Arquitecturas de Controlo de
Posição/Força de Manipuladores cooperantes.
{ Diferentes Algoritmos de Controlo
{ Diferentes Modelos do Objecto
Índices de manipulabilidade
(Desempenho)
Índices de equilíbrio/desequilíbrio. Índices de esforço da distribuição de:
{ Binários
RESPOSTA TEMPORAL PARA DOIS ROBÔS
IDEAIS A SUPORTAREM UM OBJECTO
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Cooperação entre Manipuladores
Manipulabilidade
A manipulabilidade é um indicador do desempenho
das tarefas do robô na sua região de trabalho
Yoshikawa, propos para um robô o seguinte indice:
µ= [det(J JT)]½
O calculo de µ para um robô é relativamente fácil
A definição e o calculo de µ é mais complexo se
considerarmos mais do que um robô
Adoptou-se uma aproximação numérica para
Manipulabilidade
O método numérico consiste em:
i) gerar uma amostragem aleatória de n pontos dentro de uma
esfera de raio ρ no espaço das juntas com centro em (q1c,…,qkc)
ii) Mapeando os pontos através da cinemática directa para o espaço
operacional, (uma elipsoide com centro em (xc,yc).
iii) O tamanho e a forma de cada elipsoide determina a amplificação entre o espaço das juntas e o espaço operacional.
Manipulabilidade
Foram considerados alguns sub-indices para simplificar o estudo
da manipulabilidade de vários braços:
•O sub-indice µ1 representa o valor máximo de µ, em todas as possibilidades da região de trabalho W.
µ1 = Max [ µ(x,y),∀ (x,y) ∈ W ] (2)
• O sub-indice µ2 é o volume médio de µ considerando apenas a região de trabalho W onde µ ≠ 0 .
Manipulabilidade
A manipulação µ1, µ2 e µ3 na
Manipulabilidade
Exemplo: Robô 1 = Robô 2 {l1 = l2 = 1 m}
Manipulabilidade
Exemplo: Robô 1 = Robô 2 {l1 = l2 = 1 m}
µ2 = Av [ µ(x,y),∀ (x,y) ∈ W: µ (x,y)≠0 ] 0
Manipulabilidade
Exemplo: Robô 1 = Robô 2 {l1 = l2 = 1 m}
Manipulabilidade
Exemplo: Robô 1 = Robô 2 {l1 = l2 = 1 m}