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DIREITO DAS COISAS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total. Direito das Coisas

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DIREITO DAS COISAS

Curso de Técnico em Transações

Imobiliárias

(2)

Direito Pessoal ? Direito das Coisas

• Direito Pessoal (ou obrigacional) – relação

entre pessoas, abrangendo tanto o sujeito

ativo como o passivo e a prestação que o

segundo deve ao primeiro (Ex.: contrato)

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(4)

Direito das Coisas

(5)

Direito das Coisas

(6)

Direito das Coisas

CLASSIFICAÇÃO

• DIREITO DAS COISAS

– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)

– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)

• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE

• B) SOBRE COISA ALHEIA

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POSSE

(8)

POSSE

• DETENTOR ? POSSUIDOR (art. 1.198 do Código Civil): o detentor exerce sobre o bem, não uma posse própria, mas sim uma posse em nome de outrem. Também conhecido como fâmulo de posse.

– Ex. 1: É aquele que detém a posse em virtude de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação (CASEIRO).

– Ex. 2: A (proprietário do automóvel) empresta seu veículo a B (amigo de A e possuidor do automóvel), que indo almoçar entrega o veículo ao manobrista do restaurante (detentor/fâmulo de posse).

(9)

POSSE

CLASSIFICAÇÃO

DIRETA (ou imediata) – quando é exercida por

que detém materialmente a coisa; trata-se do

poder físico imediato. Ex.: posse exercida pelo

locatário.

INDIRETA (ou mediata) – quando a posse é

(10)

POSSE

CLASSIFICAÇÃO

JUSTA – é a posse que não é violenta, clandestina ou precária. É

adquirida de forma legítima, sem vício jurídico externo.

INJUSTA – é a posse adquirida com vícios, por meio de violência,

clandestinidade ou precariedade.

• VIOLENTA – é a obtida através de esbulho, por força física ou violência moral;

• CLANDESTINA – é obtida às escondidas, às ocultas, sem violência;

(11)

POSSE

CLASSIFICAÇÃO

DE BOA FÉ – quando o possuidor não conhece os vícios ou

obstáculos que impedem a aquisição da coisa ou do direito possuído. A pessoa tem convicção de estar agindo de acordo com a lei. Os vícios são a violência, a clandestinidade e a precariedade. Neste caso o possuidor tem a convicção de que a coisa lhe pertence, é um critério subjetivo. Ocorre, em geral, quando o possuidor possui justo título (documento referente à coisa possuída).

DE MÁ FÉ – quando a posse é viciada porque foi obtida através

(12)

POSSE

CLASSIFICAÇÃO

OBS: A posse de boa-fé pode tornar-se de má-fé caso seja identificado qualquer vício. OBS2: O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e

úteis, de levantar as voluptuárias e de retenção, pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis;

O possuidor de má-fé tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias. Além de não ter direito às úteis, não pode levantar as voluptuárias. Também não tem direito de retenção.

OBS3: O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa que não der causa, já o de má-fé responde pela perda e deterioração, mesmo a que não der causa.

– Benfeitorias necessárias: são aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem sua deterioração.Ex: Substituição do sistema

elétrico devido a risco de incêndio.

– Benfeitorias úteis: são obras que aumentam ou facilitam o uso do

imóvel. Ex: Construção de uma garagem ou fechamento de uma varanda.

– Benfeitorias voluptuárias: são obras que não aumentam ou facilitam

(13)

POSSE

CLASSIFICAÇÃO

POSSE NOVA – é a posse que conta com menos de um ano e um

dia. O referido prazo tem importância em termos processuais, pois se a invasão ocorreu há menos de um ano e um dia poderá o prejudicado ingressar com a ação de reintegração de posse com pedido de liminar de retirada imediata daquele que esbulhou a coisa.

POSSE VELHA – é a posse com mais de um ano e um dia.

(14)

POSSE

EFEITOS

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

? DESFORÇO IMEDIATO (INCONTINENTI) = AUTOTUTELA = atitude, proporcional, de defesa da posse.

*Turbação – ato que impede ou cria obstáculo ao exercício da posse.

(15)

POSSE

EFEITOS – INTERDITOS (AÇÕES POSSESSÓRIAS)

• INTERDITO PROIBITÓRIO – ação que visa proteção preventiva da posse, ante a ameaça de eventual turbação ou esbulho. Geralmente fixa-se multa para o caso de invasão. Ex.:

acampamento junto à fazenda.

• MANUTENÇÃO DA POSSE – ação utilizada em caso de turbação, ou seja, algum ato que embarace, incomode, moleste o livre e pleno exercício da posse, sem ter havido o esbulho. Ex.: rompimento de

cercas.

• REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ação utilizada quando houver esbulho, ou seja, privação da posse por ato violento, clandestino ou precário.

Ex.: invasão de fazenda, invasão de apartamento deixado por inquilino.

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POSSE

PERDA DA POSSE

• Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa,

embora contra a vontade do possuidor, o

poder sobre o bem, ao qual se refere o art.

1.196.

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PROPRIEDADE

CONCEITO: é o direito que a pessoa física ou

(18)

PROPRIEDADE

ELEMENTOS

• Direito de Usar – consiste na faculdade que o dono tem de

servir-se da coisa e utilizá-la da maneira que entender mais

conveniente, sem modificação de sua substância, sem, todavia,

causar danos a terceiros (ex.: morar em uma casa).

• Direito de Gozar (Fruir) – consiste na retirada dos frutos

(naturais ou civis) e a utilização dos produtos da coisa (ex.:

locação).

• Direito de Dispor – consiste no poder de se desfazer da coisa a

título oneroso (venda) ou gratuito (doação), bem como

consumi-la ou gravá-la de ônus (hipoteca).

(19)

PROPRIEDADE

LIMITAÇÕES

Apesar de se tratar do direito subjetivo mais completo, o direito

de propriedade não é absoluto, cabendo-lhe, portanto,

algumas limitações. Exemplos:

• Constitucionais – a) desapropriação por necessidade ou

utilidade pública ou por interesse social (art. 5º, XIV e art. 184

da CF/88); b) confisco de terras onde se cultivem ilegalmente

plantas psicotrópicas (art. 243, CF/88).

• Administrativas – a) coisas tombadas (decreto nº 25/1937); b)

proibição de construir acima de certa altura, dentro do setor

de aproximação de aviões (aeroportos).

(20)

PROPRIEDADE

CLASSIFICAÇÃO

• PLENA – quando o proprietário tem o direito de uso, gozo e

disposição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceiros

tenham qualquer direito sobre aquele bem. Todos os

elementos da propriedade se encontram reunidos com seu

titular.

(21)

PROPRIEDADE

CARACTERES

• ABSOLUTO – é o mais completo dos direitos reais; seu titular

pode utilizar o bem como quiser, sujeitando-se apenas às

limitações

específicas

decorrentes

da

lei

ou

do

interesse/necessidade pública.

• EXCLUSIVO – significa que uma mesma coisa não pode

pertencer com exclusividade (ressalvada a hipótese de

condomínio) e simultaneamente a duas ou mais pessoas.

• PERPÉTUO – o direito de propriedade subsiste independente

de seu exercício, enquanto não ocorrer alguma causa extintiva.

• ELÁSTICO – a propriedade pode ser distendida ou contraída no

(22)

PROPRIEDADE

AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL

CONCEITO: é a incorporação dos direitos de dono em um titular.

As espécies são:

• ORIGINÁRIA – quando não houver transmissão de uma pessoa para outra; o indivíduo faz seu o bem sem que este lhe tenha sido transmitido por alguém. Pode se dar:

– ACESSÃO – USUCAPIÃO

• DERIVADA – quando houver a transmissibilidade do domínio; a propriedade passa de uma pessoa para outra.

– ATO CAUSA MORTIS (EM RAZÃO DA MORTE) = herança

– ATO INTER VIVOS (ENTRE VIVOS) = negócio jurídico seguido de

(23)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

ACESSÃO (art. 1.248 CC)

CONCEITO: é modo originário de aquisição em virtude do qual

fica pertencendo ao proprietário tudo que se une ou se

incorpora ao seu bem. Há um aumento do valor ou do volume

do objeto, geralmente devido a forças externas.

“Art. 1.248. A acessão pode dar-se: I - por formação de ilhas;

II - por aluvião; III - por avulsão;

IV - por abandono de álveo;

(24)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

ACESSÃO - ESPÉCIES

• Formação de Ilhas – acúmulo paulatino de areia, cascalho e

materiais levados pela correnteza, ou de rebaixamento de águas,

deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito.

Traça-se uma linha meridiana e imaginária no leito do rio

dividindo-o em duas partes. Até o meio do leito a ilha pertence ao

proprietário fronteiro da margem esquerda e a outra metade ao

proprietário da margem direita.

(25)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

ACESSÃO - ESPÉCIES

• Avulsão – repentino deslocamento de uma porção de terra

“avulsa” por força natural violenta, desprendendo-se de um

prédio e juntando-se a outro. O dono do imóvel desfalcado

perderá a parte descolada, mas lhe será lícito exigir indenização

dentro do prazo de 1 ano. Se o dono do imóvel acrescido não

quiser pagar, deverá permitir a remoção da parte acrescida (art.

1.251 do CC).

• Álveo abandonado (ou abandono de álveo) – álveo é o leito do

rio. Secando ou desviando (fenômeno natural), tem-se o

abandono de álveo; dá-se a mesma solução da formação de ilhas.

• Acessões artificiais ou físicas ou industriais – derivam de um

(26)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

USUCAPIÃO

CONCEITO: é modo de aquisição originária da propriedade,

independente da vontade do titular anterior. Ocorre quando

alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono, por

um tempo determinado, sem interrupção e sem oposição,

desde que não seja posse clandestina, violenta ou precária.

• Necessidade de ajuizamento de ação e sentença declaratória, que deverá ser registrada no Cartório de registro de Imóveis;

• Não podem ser usucapidas as coisas fora do comércio (ar, luz solar) e os bens públicos.

(27)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

USUCAPIÃO

• A posse, para induzir a usucapião, deverá ser exercida com intenção de dono e deverá ser:

• MANSA E PACÍFICA – exercida sem contestação de quem tenha legítimo interesse (ou seja, do proprietário);

• CONTÍNUA – sem intervalos, porém admite a sucessão (art. 1.243 CC); o possuidor pode acrescentar à sua posse a do seu antecessor para o fim de contar o tempo exigido, desde que ambas sejam uniformes;

(28)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADES

EXTRAORDINÁRIA:

POSSE MANSA E PACÍFICA

ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO)

PRAZO:

- POSSE SIMPLES: PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEM DESENVOLVE

ATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 15 ANOS (ARTIGO 1238 DO CC/02).

- POSSE QUALIFICADA PELA FUNÇÃO SOCIAL: A PESSOA RESIDE HABITUALMENTE, OU DESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 10

ANOS (ARTIGO 1238, § ÚNICO DO CC/02).

(29)

PROPRIEDADE

(aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADES

ORDINÁRIA:

POSSE MANSA E PACIFICA

ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO)JUSTO TÍTULO (ART. 1201, P. ÚNICO, CC)BOA-FÉ (SUBJETIVA)

PRAZO:

- POSSE SIMPLES: OCORRE QUANDO A PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEM DESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA, CONTUDO É NECESSÁRIO A PRESENÇA DOS REQUISITOS SUPRA CITADOS – PRAZO 10 ANOS (ARTIGO 1242 DO CC/02).

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PROPRIEDADE

(aquisição originária)

USUCAPIÃO - MODALIDADES

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PROPRIEDADE

(aquisição derivada)

REGISTRO

Os contratos constitutivos (ex.: hipoteca) ou translativos (ex.: compra e venda) de direitos reais sobre imóveis tem de ser realizados por escritura pública. Os contratos criam os direitos e obrigações, mas a transmissão da propriedade imóvel só se opera com o registro de transferência.

TRANSCRIÇÃO é o registro da escritura feito no Cartório de Registro de Imóveis. Vale

a partir da “prenotação”, que é um apontamento protocolizado que assinala a entrada em cartório de um documento. Na verdade, somente o registro transfere a propriedade do imóvel. O art. 1.245, §1º do CC determina que “enquanto não se

registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel”.

Devem ser registrados os títulos translativos da propriedade por ato inter vivos (entre vivos), tais como a compra e venda, doação, etc., bem como os causa

mortis (em razão de morte), como herança – formal de partilha, testamento, etc.

(32)

PROPRIEDADE

(aquisição derivada)

(33)

PROPRIEDADE

(aquisição derivada)

DIREITO HEREDITÁRIO

(34)

PROPRIEDADE

PERDA DA PROPRIEDADE IMÓVEL

• ALIENAÇÃO – é a transmissão de um direito ou patrimônio a outra pessoa (ex.: compra e venda, doação, etc.);

• RENÚNCIA – ato unilateral pelo qual o proprietário declara, expressamente, o seu intuito de “abrir mão” de seu direito sobre a coisa (éx.: renúncia de herança);

• ABANDONO – um imóvel abandonado pelo proprietário pode ser ocupado por outra pessoa, que, como já vimos, poderá adquiri-lo por usucapião;

• PERECIMENTO – é a perda do objeto por não servir mais (ex.: terras alagadas por inundação, terremoto, etc.);

• CONFISCO – exemplo único em que se permite o confisco no direito brasileiro é o do art. 243 da Constituição Federal, qual seja, quando se verifica a cultura ilegal de plantas psicotrópicas. Não há qualquer indenização para o proprietário.

(35)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO (ou compropriedade) significa domínio ou

(36)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO

• QUANTO À ORIGEM:

• a) CONVENCIONAL (ou voluntário) – resulta de acordo de vontades dos consortes. Ex.: duas pessoas compram um imóvel em “sociedade”.

• b) NECESSÁRIO (fortuito) – resulta de causas alheias à vontade dos condôminos. Ex.: doação de uma casa a duas pessoas; herança deixada a duas ou mais pessoas.

NECESSÁRIO (forçado) – deriva de imposição de lei. Ex.:

(37)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO

• QUANTO À FORMA:

• a) PRO DIVISO (DIVISÍVEL) – a comunhão existe juridicamente, mas não de fato, já que cada comproprietário tem uma parte certa e determinada do bem (condomínio em edifícios).

(38)

PROPRIEDADE

CONDOMÍNIO CONVENCIONAL

REGRAS GERAIS

• Cada condômino exerce seu direito de propriedade sobre a coisa toda, delimitado, naturalmente, por igual direito dos demais condôminos;

• Pertence a todos a utilidade econômica da coisa;

• As quotas-parte ideais são apenas elementos aferidos do valor econômico pertencente a cada condômino, para que possa dispor da coisa.

(39)

PROPRIEDADE

CONDOMÍNIO CONVENCIONAL

DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.314 do CC)

• Usar livremente da coisa conforme sua destinação e sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão;

• Reivindicá-la de terceiros e defender a posse;

• Vender a respectiva parte indivisa, respeitando o direito de preferência dos demais consortes. A venda feita pelo condômino a um estranho, com preterição dos demais só será definida após o decurso do prazo de 180 dias (contado a partir do momento em que cada condômino teve conhecimento da venda);

(40)

PROPRIEDADE

CONDOMÍNIO CONVENCIONAL

DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.314, parágrafo único, e art. 1.315 do CC)

• Concorrer, na proporção de sua quota, para as

despesas de conservação ou divisão da coisa;

• Suportar, na proporção de sua quota parte, os

ônus a que a coisa está sujeita (ex.: hipoteca);

(41)

PROPRIEDADE

CONDOMÍNIO CONVENCIONAL

DIVISÃO DO CONDOMÍNIO – EXTINÇÃO

Há casos em que o condomínio perdura indefinidamente, como nos casos de condomínio forçado, em que a lei não permite divisão ou esta é impossível. Contudo, nos casos em que o condomínio recai sobre bem divisível, a divisão pode se constituir meio adequado para sua extinção. A divisão pode ser:

• AMIGÁVEL – por escritura pública, desde que todos os condôminos sejam absolutamente capazes;

(42)

PROPRIEDADE

CONDOMÍNIO CONVENCIONAL

VENDA DE COISA COMUM INDIVISÍVEL – EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO

Existem casos, contudo, em que o bem em condomínio é indivisível. Tendo em vista que ninguém é obrigado a permanecer em condomínio contra a sua vontade, apresenta o Código Civil duas soluções (art. 1.322), quais sejam:

• ADJUDICAÇÃO a um condômino, indenizando-se os demais. Uma única pessoa compra o bem, pagando o preço proporcional aos demais condôminos;

(43)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

(44)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente, devendo constar daquele ato o seguinte:

• Discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;

• A determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;

(45)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO

(46)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO

A Convenção do condomínio determinará, ainda (art. 1.334 CC):

• a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;

• a sua forma de administração;

• a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;

(47)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DOS DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.335 do CC)

• USAR, FRUIR E LIVREMENTE DISPOR DAS SUAS UNIDADES; AS PARTES PRIVATIVAS PODEM SER ALIENADAS OU GRAVADAS LIVREMENTE POR SEUS PROPRIETÁRIOS. JÁ AS PARTES COMUNS NÃO PODEM SER ALIENADAS SEPARADAMENTE, OU DIVIDIDAS;

• USAR DAS PARTES COMUNS, CONFORME A SUA DESTINAÇÃO, E CONTANTO QUE NÃO EXCLUA A UTILIZAÇÃO DOS DEMAIS COMPOSSUIDORES;

(48)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DOS DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.336 do CC)

• CONTRIBUIR PARA AS DESPESAS DO CONDOMÍNIO, NA PROPORÇÃO DE SUAS FRAÇÕES IDEAIS;

• NÃO REALIZAR OBRAS QUE COMPROMETAM A SEGURANÇA DA EDIFICAÇÃO;

• NÃO ALTERAR A FORMA E A COR DA FACHADA, DAS PARTES E ESQUADRIAS EXTERNAS;

(49)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DAS PENALIDADES (art. 1.336, §§1º e 2º do CC)

• CONDÔMINO QUE NÃO PAGAR A CONTRIBUIÇÃO – ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um 1% ao mês e multa de até 2% sobre o débito.

• CONDÔMINO QUE NÃO CUMPRIR QUALQUER DOS DEMAIS

DEVERES – estará sujeito ao pagamento de multa prevista no ato

(50)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DAS PENALIDADES (art. 1.337, do CC)

• CONDÔMINO ou POSSUIDOR QUE REITERADAMENTE NÃO CUMPRE

COM SEUS DEVERES PERANTE O CONDOMÍNIO – estará sujeito ao

pagamento de multa correspondente até ao quintúplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem, por deliberação de ¾ dos condôminos restantes. • CONDÔMINO COM REITERADO COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL –

(51)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DAS OBRAS (art. 1.341 do CC)

A realização de obras no condomínio depende:

• VOLUPTUÁRIAS – voto de 2/3 dos condôminos; • ÚTEIS – voto da maioria dos condôminos;

• NECESSÁRIAS – podem ser realizadas pelo síndico, ou em caso de omissão deste, por qualquer condômino, independentemente de autorização*.

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PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DAS OBRAS

• Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.

(53)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)

• A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a 2 anos, com possibilidade de renovação.

(54)

PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)

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PROPRIEDADE

PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO

CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)

OUTRAS DISPOSIÇÕES E TEMAS

• Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.

• Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores.

• Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.

(56)

Direito das Coisas

CLASSIFICAÇÃO

• DIREITO DAS COISAS

– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)

– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)

• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE

• B) SOBRE COISA ALHEIA

(57)

Direito das Coisas

USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

• CONCEITO: É um direito real sobre coisa alheia de

gozo ou fruição, que atribui ao seu titular o direito

de usar a coisa alheia (móvel ou imóvel) e/ou retirar

os frutos por ela produzidos, sem alterar-lhe a

substância.

• PARTES:

– Usufrutuário – pessoa que tem o direito de usar a coisa e servir-se dela, ficando com a posse, o uso, a administração e os frutos da coisa;

(58)

Direito das Coisas

USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

(59)

Direito das Coisas

USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À DURAÇÃO

• VITALÍCIO – perdura enquanto viver o

usufrutuário ou enquanto não sobrevier causa

legal extintiva; não se transmite aos

herdeiros.

(60)

Direito das Coisas

USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)

CONSTITUIÇÃO

• POR DISPOSIÇÃO LEGAL - é o estabelecido pela lei em favor de certas pessoas. Exemplo: usufruto legal dos pais sobre os bens dos filhos menores (art. 1.689, I, CC); usufruto de um cônjuge sobre os bens do outro, quando lhe competir tal direito.

• POR CONVENÇÃO OU CONTRATO (ato entre vivos) – o proprietário concede o usufruto a uma pessoa, conservando para si a nua propriedade; o proprietário doa a nua propriedade, reservando para si o usufruto.

(61)

Direito das Coisas

HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

• CONCEITO: é um direito real de garantia, de natureza civil, que grava a coisa imóvel, pertencente ao devedor ou a terceiro, sem transmissão de posse ao credor, conferindo a este direto de vender judicialmente a coisa.

• PARTES:

– Devedor hipotecante – é a pessoa que oferece o bem como garantia do pagamento da dívida. Recebe o dinheiro, mas um bem imóvel seu ficará gravado com o ônus da hipoteca.

(62)

Direito das Coisas

HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

CARACTERÍSTICAS

• Trata-se de um contrato acessório. O contrato de mútuo (empréstimo) é o principal, e o de hipoteca o acessório;

• É indivisível, subsiste mesmo que for paga parte da dívida;

• Exige-se publicidade e especialização. Ou seja, precisa ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente; além disso, o bem hipotecado deve ser atual e determinado, descrevendo-se e individualizando-se todas as suas particularidades e eventuais acessórios;

(63)

Direito das Coisas

HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)

EXTINÇÃO

• Desaparecimento da obrigação principal, por ser a hipoteca acessória;

• Destruição da coisa , por deixar a hipoteca sem objeto; a destruição deverá ser total, pois se for parcial a relação hipotecário subsiste no remanescente, autorizando o credor a pedir remanescente, sob pena de vencimento antecipado. Se a coisa estiver no seguro haverá sub-rogação (substituição) no valor pago pela seguradora. • Renúncia do credor (deve ser expressa);

• Remição (resgate ou quitação);

• Sentença que declarar nula ou rescindir a hipoteca;

Referências

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O tombamento do núcleo histórico da cidade não só evidencia o valor inestimável do espaço como elemento referencial e simbólico, considerado peça importante para a compreensão