DIREITO DAS COISAS
Curso de Técnico em Transações
Imobiliárias
Direito Pessoal ? Direito das Coisas
• Direito Pessoal (ou obrigacional) – relação
entre pessoas, abrangendo tanto o sujeito
ativo como o passivo e a prestação que o
segundo deve ao primeiro (Ex.: contrato)
Direito das Coisas
Direito das Coisas
Direito das Coisas
CLASSIFICAÇÃO
• DIREITO DAS COISAS
– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)
– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)
• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE
• B) SOBRE COISA ALHEIA
POSSE
POSSE
• DETENTOR ? POSSUIDOR (art. 1.198 do Código Civil): o detentor exerce sobre o bem, não uma posse própria, mas sim uma posse em nome de outrem. Também conhecido como fâmulo de posse.
– Ex. 1: É aquele que detém a posse em virtude de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação (CASEIRO).
– Ex. 2: A (proprietário do automóvel) empresta seu veículo a B (amigo de A e possuidor do automóvel), que indo almoçar entrega o veículo ao manobrista do restaurante (detentor/fâmulo de posse).
POSSE
CLASSIFICAÇÃO
DIRETA (ou imediata) – quando é exercida por
que detém materialmente a coisa; trata-se do
poder físico imediato. Ex.: posse exercida pelo
locatário.
INDIRETA (ou mediata) – quando a posse é
POSSE
CLASSIFICAÇÃO
JUSTA – é a posse que não é violenta, clandestina ou precária. É
adquirida de forma legítima, sem vício jurídico externo.
INJUSTA – é a posse adquirida com vícios, por meio de violência,
clandestinidade ou precariedade.
• VIOLENTA – é a obtida através de esbulho, por força física ou violência moral;
• CLANDESTINA – é obtida às escondidas, às ocultas, sem violência;
POSSE
CLASSIFICAÇÃO
DE BOA FÉ – quando o possuidor não conhece os vícios ou
obstáculos que impedem a aquisição da coisa ou do direito possuído. A pessoa tem convicção de estar agindo de acordo com a lei. Os vícios são a violência, a clandestinidade e a precariedade. Neste caso o possuidor tem a convicção de que a coisa lhe pertence, é um critério subjetivo. Ocorre, em geral, quando o possuidor possui justo título (documento referente à coisa possuída).
DE MÁ FÉ – quando a posse é viciada porque foi obtida através
POSSE
CLASSIFICAÇÃO
OBS: A posse de boa-fé pode tornar-se de má-fé caso seja identificado qualquer vício. OBS2: O possuidor de boa-fé tem direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e
úteis, de levantar as voluptuárias e de retenção, pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis;
O possuidor de má-fé tem direito de indenização pelas benfeitorias necessárias. Além de não ter direito às úteis, não pode levantar as voluptuárias. Também não tem direito de retenção.
OBS3: O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa que não der causa, já o de má-fé responde pela perda e deterioração, mesmo a que não der causa.
– Benfeitorias necessárias: são aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem sua deterioração.Ex: Substituição do sistema
elétrico devido a risco de incêndio.
– Benfeitorias úteis: são obras que aumentam ou facilitam o uso do
imóvel. Ex: Construção de uma garagem ou fechamento de uma varanda.
– Benfeitorias voluptuárias: são obras que não aumentam ou facilitam
POSSE
CLASSIFICAÇÃO
POSSE NOVA – é a posse que conta com menos de um ano e um
dia. O referido prazo tem importância em termos processuais, pois se a invasão ocorreu há menos de um ano e um dia poderá o prejudicado ingressar com a ação de reintegração de posse com pedido de liminar de retirada imediata daquele que esbulhou a coisa.
POSSE VELHA – é a posse com mais de um ano e um dia.
POSSE
EFEITOS
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
? DESFORÇO IMEDIATO (INCONTINENTI) = AUTOTUTELA = atitude, proporcional, de defesa da posse.
*Turbação – ato que impede ou cria obstáculo ao exercício da posse.
POSSE
EFEITOS – INTERDITOS (AÇÕES POSSESSÓRIAS)
• INTERDITO PROIBITÓRIO – ação que visa proteção preventiva da posse, ante a ameaça de eventual turbação ou esbulho. Geralmente fixa-se multa para o caso de invasão. Ex.:
acampamento junto à fazenda.
• MANUTENÇÃO DA POSSE – ação utilizada em caso de turbação, ou seja, algum ato que embarace, incomode, moleste o livre e pleno exercício da posse, sem ter havido o esbulho. Ex.: rompimento de
cercas.
• REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ação utilizada quando houver esbulho, ou seja, privação da posse por ato violento, clandestino ou precário.
Ex.: invasão de fazenda, invasão de apartamento deixado por inquilino.
POSSE
PERDA DA POSSE
• Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa,
embora contra a vontade do possuidor, o
poder sobre o bem, ao qual se refere o art.
1.196.
PROPRIEDADE
CONCEITO: é o direito que a pessoa física ou
PROPRIEDADE
ELEMENTOS
• Direito de Usar – consiste na faculdade que o dono tem de
servir-se da coisa e utilizá-la da maneira que entender mais
conveniente, sem modificação de sua substância, sem, todavia,
causar danos a terceiros (ex.: morar em uma casa).
• Direito de Gozar (Fruir) – consiste na retirada dos frutos
(naturais ou civis) e a utilização dos produtos da coisa (ex.:
locação).
• Direito de Dispor – consiste no poder de se desfazer da coisa a
título oneroso (venda) ou gratuito (doação), bem como
consumi-la ou gravá-la de ônus (hipoteca).
PROPRIEDADE
LIMITAÇÕES
Apesar de se tratar do direito subjetivo mais completo, o direito
de propriedade não é absoluto, cabendo-lhe, portanto,
algumas limitações. Exemplos:
• Constitucionais – a) desapropriação por necessidade ou
utilidade pública ou por interesse social (art. 5º, XIV e art. 184
da CF/88); b) confisco de terras onde se cultivem ilegalmente
plantas psicotrópicas (art. 243, CF/88).
• Administrativas – a) coisas tombadas (decreto nº 25/1937); b)
proibição de construir acima de certa altura, dentro do setor
de aproximação de aviões (aeroportos).
PROPRIEDADE
CLASSIFICAÇÃO
• PLENA – quando o proprietário tem o direito de uso, gozo e
disposição plena enfeixados em suas mãos, sem que terceiros
tenham qualquer direito sobre aquele bem. Todos os
elementos da propriedade se encontram reunidos com seu
titular.
PROPRIEDADE
CARACTERES
• ABSOLUTO – é o mais completo dos direitos reais; seu titular
pode utilizar o bem como quiser, sujeitando-se apenas às
limitações
específicas
decorrentes
da
lei
ou
do
interesse/necessidade pública.
• EXCLUSIVO – significa que uma mesma coisa não pode
pertencer com exclusividade (ressalvada a hipótese de
condomínio) e simultaneamente a duas ou mais pessoas.
• PERPÉTUO – o direito de propriedade subsiste independente
de seu exercício, enquanto não ocorrer alguma causa extintiva.
• ELÁSTICO – a propriedade pode ser distendida ou contraída no
PROPRIEDADE
AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
CONCEITO: é a incorporação dos direitos de dono em um titular.
As espécies são:
• ORIGINÁRIA – quando não houver transmissão de uma pessoa para outra; o indivíduo faz seu o bem sem que este lhe tenha sido transmitido por alguém. Pode se dar:
– ACESSÃO – USUCAPIÃO
• DERIVADA – quando houver a transmissibilidade do domínio; a propriedade passa de uma pessoa para outra.
– ATO CAUSA MORTIS (EM RAZÃO DA MORTE) = herança
– ATO INTER VIVOS (ENTRE VIVOS) = negócio jurídico seguido de
PROPRIEDADE
(aquisição originária)ACESSÃO (art. 1.248 CC)
CONCEITO: é modo originário de aquisição em virtude do qual
fica pertencendo ao proprietário tudo que se une ou se
incorpora ao seu bem. Há um aumento do valor ou do volume
do objeto, geralmente devido a forças externas.
“Art. 1.248. A acessão pode dar-se: I - por formação de ilhas;
II - por aluvião; III - por avulsão;
IV - por abandono de álveo;
PROPRIEDADE
(aquisição originária)ACESSÃO - ESPÉCIES
• Formação de Ilhas – acúmulo paulatino de areia, cascalho e
materiais levados pela correnteza, ou de rebaixamento de águas,
deixando a descoberto e a seco uma parte do fundo ou do leito.
Traça-se uma linha meridiana e imaginária no leito do rio
dividindo-o em duas partes. Até o meio do leito a ilha pertence ao
proprietário fronteiro da margem esquerda e a outra metade ao
proprietário da margem direita.
PROPRIEDADE
(aquisição originária)ACESSÃO - ESPÉCIES
• Avulsão – repentino deslocamento de uma porção de terra
“avulsa” por força natural violenta, desprendendo-se de um
prédio e juntando-se a outro. O dono do imóvel desfalcado
perderá a parte descolada, mas lhe será lícito exigir indenização
dentro do prazo de 1 ano. Se o dono do imóvel acrescido não
quiser pagar, deverá permitir a remoção da parte acrescida (art.
1.251 do CC).
• Álveo abandonado (ou abandono de álveo) – álveo é o leito do
rio. Secando ou desviando (fenômeno natural), tem-se o
abandono de álveo; dá-se a mesma solução da formação de ilhas.
• Acessões artificiais ou físicas ou industriais – derivam de um
PROPRIEDADE
(aquisição originária)USUCAPIÃO
CONCEITO: é modo de aquisição originária da propriedade,
independente da vontade do titular anterior. Ocorre quando
alguém detém a posse de uma coisa com ânimo de dono, por
um tempo determinado, sem interrupção e sem oposição,
desde que não seja posse clandestina, violenta ou precária.
• Necessidade de ajuizamento de ação e sentença declaratória, que deverá ser registrada no Cartório de registro de Imóveis;
• Não podem ser usucapidas as coisas fora do comércio (ar, luz solar) e os bens públicos.
PROPRIEDADE
(aquisição originária)USUCAPIÃO
• A posse, para induzir a usucapião, deverá ser exercida com intenção de dono e deverá ser:
• MANSA E PACÍFICA – exercida sem contestação de quem tenha legítimo interesse (ou seja, do proprietário);
• CONTÍNUA – sem intervalos, porém admite a sucessão (art. 1.243 CC); o possuidor pode acrescentar à sua posse a do seu antecessor para o fim de contar o tempo exigido, desde que ambas sejam uniformes;
PROPRIEDADE
(aquisição originária)USUCAPIÃO - MODALIDADES
EXTRAORDINÁRIA:
• POSSE MANSA E PACÍFICA
• ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO)
• PRAZO:
- POSSE SIMPLES: PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEM DESENVOLVE
ATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 15 ANOS (ARTIGO 1238 DO CC/02).
- POSSE QUALIFICADA PELA FUNÇÃO SOCIAL: A PESSOA RESIDE HABITUALMENTE, OU DESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA – PRAZO 10
ANOS (ARTIGO 1238, § ÚNICO DO CC/02).
PROPRIEDADE
(aquisição originária)USUCAPIÃO - MODALIDADES
ORDINÁRIA:
• POSSE MANSA E PACIFICA
• ANIMUS DOMINI (INTENÇÃO DE DONO) • JUSTO TÍTULO (ART. 1201, P. ÚNICO, CC) • BOA-FÉ (SUBJETIVA)
• PRAZO:
- POSSE SIMPLES: OCORRE QUANDO A PESSOA NÃO RESIDE HABITUALMENTE E NEM DESENVOLVE ATIVIDADE PRODUTIVA, CONTUDO É NECESSÁRIO A PRESENÇA DOS REQUISITOS SUPRA CITADOS – PRAZO 10 ANOS (ARTIGO 1242 DO CC/02).
PROPRIEDADE
(aquisição originária)USUCAPIÃO - MODALIDADES
PROPRIEDADE
(aquisição derivada)REGISTRO
Os contratos constitutivos (ex.: hipoteca) ou translativos (ex.: compra e venda) de direitos reais sobre imóveis tem de ser realizados por escritura pública. Os contratos criam os direitos e obrigações, mas a transmissão da propriedade imóvel só se opera com o registro de transferência.
TRANSCRIÇÃO é o registro da escritura feito no Cartório de Registro de Imóveis. Vale
a partir da “prenotação”, que é um apontamento protocolizado que assinala a entrada em cartório de um documento. Na verdade, somente o registro transfere a propriedade do imóvel. O art. 1.245, §1º do CC determina que “enquanto não se
registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel”.
Devem ser registrados os títulos translativos da propriedade por ato inter vivos (entre vivos), tais como a compra e venda, doação, etc., bem como os causa
mortis (em razão de morte), como herança – formal de partilha, testamento, etc.
PROPRIEDADE
(aquisição derivada)PROPRIEDADE
(aquisição derivada)DIREITO HEREDITÁRIO
PROPRIEDADE
PERDA DA PROPRIEDADE IMÓVEL
• ALIENAÇÃO – é a transmissão de um direito ou patrimônio a outra pessoa (ex.: compra e venda, doação, etc.);
• RENÚNCIA – ato unilateral pelo qual o proprietário declara, expressamente, o seu intuito de “abrir mão” de seu direito sobre a coisa (éx.: renúncia de herança);
• ABANDONO – um imóvel abandonado pelo proprietário pode ser ocupado por outra pessoa, que, como já vimos, poderá adquiri-lo por usucapião;
• PERECIMENTO – é a perda do objeto por não servir mais (ex.: terras alagadas por inundação, terremoto, etc.);
• CONFISCO – exemplo único em que se permite o confisco no direito brasileiro é o do art. 243 da Constituição Federal, qual seja, quando se verifica a cultura ilegal de plantas psicotrópicas. Não há qualquer indenização para o proprietário.
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO (ou compropriedade) significa domínio ou
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO
• QUANTO À ORIGEM:
• a) CONVENCIONAL (ou voluntário) – resulta de acordo de vontades dos consortes. Ex.: duas pessoas compram um imóvel em “sociedade”.
• b) NECESSÁRIO (fortuito) – resulta de causas alheias à vontade dos condôminos. Ex.: doação de uma casa a duas pessoas; herança deixada a duas ou mais pessoas.
NECESSÁRIO (forçado) – deriva de imposição de lei. Ex.:
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CLASSIFICAÇÃO DE CONDOMÍNIO
• QUANTO À FORMA:
• a) PRO DIVISO (DIVISÍVEL) – a comunhão existe juridicamente, mas não de fato, já que cada comproprietário tem uma parte certa e determinada do bem (condomínio em edifícios).
PROPRIEDADE
CONDOMÍNIO CONVENCIONAL
REGRAS GERAIS
• Cada condômino exerce seu direito de propriedade sobre a coisa toda, delimitado, naturalmente, por igual direito dos demais condôminos;
• Pertence a todos a utilidade econômica da coisa;
• As quotas-parte ideais são apenas elementos aferidos do valor econômico pertencente a cada condômino, para que possa dispor da coisa.
PROPRIEDADE
CONDOMÍNIO CONVENCIONAL
DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.314 do CC)
• Usar livremente da coisa conforme sua destinação e sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão;
• Reivindicá-la de terceiros e defender a posse;
• Vender a respectiva parte indivisa, respeitando o direito de preferência dos demais consortes. A venda feita pelo condômino a um estranho, com preterição dos demais só será definida após o decurso do prazo de 180 dias (contado a partir do momento em que cada condômino teve conhecimento da venda);
PROPRIEDADE
CONDOMÍNIO CONVENCIONAL
DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.314, parágrafo único, e art. 1.315 do CC)
• Concorrer, na proporção de sua quota, para as
despesas de conservação ou divisão da coisa;
• Suportar, na proporção de sua quota parte, os
ônus a que a coisa está sujeita (ex.: hipoteca);
PROPRIEDADE
CONDOMÍNIO CONVENCIONAL
DIVISÃO DO CONDOMÍNIO – EXTINÇÃO
Há casos em que o condomínio perdura indefinidamente, como nos casos de condomínio forçado, em que a lei não permite divisão ou esta é impossível. Contudo, nos casos em que o condomínio recai sobre bem divisível, a divisão pode se constituir meio adequado para sua extinção. A divisão pode ser:
• AMIGÁVEL – por escritura pública, desde que todos os condôminos sejam absolutamente capazes;
PROPRIEDADE
CONDOMÍNIO CONVENCIONAL
VENDA DE COISA COMUM INDIVISÍVEL – EXTINÇÃO DO CONDOMÍNIO
Existem casos, contudo, em que o bem em condomínio é indivisível. Tendo em vista que ninguém é obrigado a permanecer em condomínio contra a sua vontade, apresenta o Código Civil duas soluções (art. 1.322), quais sejam:
• ADJUDICAÇÃO a um condômino, indenizando-se os demais. Uma única pessoa compra o bem, pagando o preço proporcional aos demais condôminos;
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis competente, devendo constar daquele ato o seguinte:
• Discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;
• A determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DA CONVENÇÃO DO CONDOMÍNIO
A Convenção do condomínio determinará, ainda (art. 1.334 CC):
• a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
• a sua forma de administração;
• a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DOS DIREITOS DOS CONDÔMINOS (art. 1.335 do CC)
• USAR, FRUIR E LIVREMENTE DISPOR DAS SUAS UNIDADES; AS PARTES PRIVATIVAS PODEM SER ALIENADAS OU GRAVADAS LIVREMENTE POR SEUS PROPRIETÁRIOS. JÁ AS PARTES COMUNS NÃO PODEM SER ALIENADAS SEPARADAMENTE, OU DIVIDIDAS;
• USAR DAS PARTES COMUNS, CONFORME A SUA DESTINAÇÃO, E CONTANTO QUE NÃO EXCLUA A UTILIZAÇÃO DOS DEMAIS COMPOSSUIDORES;
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DOS DEVERES DOS CONDÔMINOS (art. 1.336 do CC)
• CONTRIBUIR PARA AS DESPESAS DO CONDOMÍNIO, NA PROPORÇÃO DE SUAS FRAÇÕES IDEAIS;
• NÃO REALIZAR OBRAS QUE COMPROMETAM A SEGURANÇA DA EDIFICAÇÃO;
• NÃO ALTERAR A FORMA E A COR DA FACHADA, DAS PARTES E ESQUADRIAS EXTERNAS;
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DAS PENALIDADES (art. 1.336, §§1º e 2º do CC)
• CONDÔMINO QUE NÃO PAGAR A CONTRIBUIÇÃO – ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um 1% ao mês e multa de até 2% sobre o débito.
• CONDÔMINO QUE NÃO CUMPRIR QUALQUER DOS DEMAIS
DEVERES – estará sujeito ao pagamento de multa prevista no ato
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DAS PENALIDADES (art. 1.337, do CC)
• CONDÔMINO ou POSSUIDOR QUE REITERADAMENTE NÃO CUMPRE
COM SEUS DEVERES PERANTE O CONDOMÍNIO – estará sujeito ao
pagamento de multa correspondente até ao quintúplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem, por deliberação de ¾ dos condôminos restantes. • CONDÔMINO COM REITERADO COMPORTAMENTO ANTI-SOCIAL –
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DAS OBRAS (art. 1.341 do CC)
A realização de obras no condomínio depende:
• VOLUPTUÁRIAS – voto de 2/3 dos condôminos; • ÚTEIS – voto da maioria dos condôminos;
• NECESSÁRIAS – podem ser realizadas pelo síndico, ou em caso de omissão deste, por qualquer condômino, independentemente de autorização*.
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DAS OBRAS
• Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)
• A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a 2 anos, com possibilidade de renovação.
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO (Art. 1.347 e ss. do CC)
PROPRIEDADE
PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO
CONDOMÍNIO EM PRÉDIOS DE APARTAMENTOS (OU HORIZONTAL OU EDILÍCIO)
OUTRAS DISPOSIÇÕES E TEMAS
• Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
• Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores.
• Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
Direito das Coisas
CLASSIFICAÇÃO
• DIREITO DAS COISAS
– 1) POSSE (art. 1.196 e ss. do CC)
– 2) DIREITOS REAIS (art. 1.225 e ss. do CC)
• A) SOBRE COISA PRÓPRIA = PROPRIEDADE
• B) SOBRE COISA ALHEIA
Direito das Coisas
USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)
• CONCEITO: É um direito real sobre coisa alheia de
gozo ou fruição, que atribui ao seu titular o direito
de usar a coisa alheia (móvel ou imóvel) e/ou retirar
os frutos por ela produzidos, sem alterar-lhe a
substância.
• PARTES:
– Usufrutuário – pessoa que tem o direito de usar a coisa e servir-se dela, ficando com a posse, o uso, a administração e os frutos da coisa;
Direito das Coisas
USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)
Direito das Coisas
USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)
CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À DURAÇÃO
• VITALÍCIO – perdura enquanto viver o
usufrutuário ou enquanto não sobrevier causa
legal extintiva; não se transmite aos
herdeiros.
Direito das Coisas
USUFRUTO (art. 1.390 a 1.411 CC)
CONSTITUIÇÃO
• POR DISPOSIÇÃO LEGAL - é o estabelecido pela lei em favor de certas pessoas. Exemplo: usufruto legal dos pais sobre os bens dos filhos menores (art. 1.689, I, CC); usufruto de um cônjuge sobre os bens do outro, quando lhe competir tal direito.
• POR CONVENÇÃO OU CONTRATO (ato entre vivos) – o proprietário concede o usufruto a uma pessoa, conservando para si a nua propriedade; o proprietário doa a nua propriedade, reservando para si o usufruto.
Direito das Coisas
HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)
• CONCEITO: é um direito real de garantia, de natureza civil, que grava a coisa imóvel, pertencente ao devedor ou a terceiro, sem transmissão de posse ao credor, conferindo a este direto de vender judicialmente a coisa.
• PARTES:
– Devedor hipotecante – é a pessoa que oferece o bem como garantia do pagamento da dívida. Recebe o dinheiro, mas um bem imóvel seu ficará gravado com o ônus da hipoteca.
Direito das Coisas
HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)
CARACTERÍSTICAS
• Trata-se de um contrato acessório. O contrato de mútuo (empréstimo) é o principal, e o de hipoteca o acessório;
• É indivisível, subsiste mesmo que for paga parte da dívida;
• Exige-se publicidade e especialização. Ou seja, precisa ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis competente; além disso, o bem hipotecado deve ser atual e determinado, descrevendo-se e individualizando-se todas as suas particularidades e eventuais acessórios;
Direito das Coisas
HIPOTECA (art. 1.473 a 1.505 CC)
EXTINÇÃO
• Desaparecimento da obrigação principal, por ser a hipoteca acessória;
• Destruição da coisa , por deixar a hipoteca sem objeto; a destruição deverá ser total, pois se for parcial a relação hipotecário subsiste no remanescente, autorizando o credor a pedir remanescente, sob pena de vencimento antecipado. Se a coisa estiver no seguro haverá sub-rogação (substituição) no valor pago pela seguradora. • Renúncia do credor (deve ser expressa);
• Remição (resgate ou quitação);
• Sentença que declarar nula ou rescindir a hipoteca;