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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE - CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO. CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE - CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO.

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGROECOLOGIA

ATIVIDADE DE VOO DAS ABELHAS Melipona quadrifaciata (MANDAÇAIA) E Melípona scutellares (URUÇU) NO FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA EM SÃO

CRISTÓVÃO, SERGIPE.

MATEUS FERREIRA DO NASCIMENTO

SÃO CRISTÓVÃO-SE 2018

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SERGIPE - CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO

MATEUS FERREIRA DO NASCIMENTO

ATIVIDADE DE VOO DAS ABELHAS Melipona quadrifaciata (MANDAÇAIA) E Melípona scutellares (URUÇU) NO FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA EM SÃO

CRISTÓVÃO, SERGIPE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe - Campus São Cristóvão, como pré-requisito para a obtenção do título de Tecnólogo em Agroecologia.

Orientador: Prof. Dr. Wilams Gomes dos Santos

SÃO CRISTÓVÃO-SE 2018

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IFS - Biblioteca do Campus São Cristóvão

Nascimento, Mateus Ferreira do

N244a Atividade de voo das abelhas Melipona quadrifaciata (Mandaçaia) e Melípona scutellares (Uruçu) no fragmento de Mata Atlântica em São

Cristóvão, Sergipe. - / Mateus Ferreira do Nascimento. – São Cristóvão, 2018.

35 f.; il.

Monografia (Graduação) Tecnologia em Agroecologia. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe - IFS, 2018.

Orientador: Prof. Dr. Wilams Gomes dos Santos.

1. Abelhas nativas. 2. Comportamento de voo. 3. Meliponicultura.

I.Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe IFS.

II. Título.

CDU 638.12 (813.7)

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MATEUS FERREIRA DO NASCIMENTO

ATIVIDADE DE VOO DAS ABELHAS Melipona quadrifaciata (MANDAÇAIA) E Melípona scutellares (URUÇU) NO FRAGMENTO DE MATA ATLÂNTICA EM SÃO CRISTÓVÃO, SERGIPE.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe - Campus São Cristóvão, como pré- requisito para a obtenção do título de Tecnólogo em Agroecologia.

Aprovado em ____/____/_______

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________

Dr. Wilams Gomes dos Santos – Orientador

______________________________________________

MSc. José Oliveira Dantas - Examinador

______________________________________________

MSc. José Alberto Santos – Examinador

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe – IFS

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Dedicatória

Dedico este trabalho as abelhas, pois foram elas que possibilitarem a execução desta pesquisa.

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AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus.

Aos meus pais José Carlos e Lucineide e meu Irmão Luis Carlos que sempre estiveram do meu lado incentivando e apoiando em todos os momentos.

A minha segunda Família Artur, Debora e Iago pela paciência, confiança, instrução e carinho.

A Dona Erotides e Sr. Joca, jamais esquecerei que nada seria possível sem a ajuda deles.

Ao meu orientador e amigo professor Dr. Wilams Gomes pelos ensinamentos e a cumplicidade profissional, dedicação e prazer pelo que faz.

Ao grande amigo Valdir, um apaixonado por abelhas e que foi o facilitador para que eu pudesse me aproximar e pesquisar estes maravilhosos insetos.

Ao Curso de Agroecologia do IFS na qual sou apaixonado, e as pessoas que pude estar presente por todos estes anos.

A minha querida turma 2014-1, Célia, Cristiane, Luciano, Higor, Mariana, Salatiel, além dos demais colegas com certeza serão meus amigos para toda vida.

A todos os professores do curso que foram tão importantes para minha vida acadêmica, e no desenvolvimento desta monografia.

Ao GEA (Grupo de Estudos em Abelhas) por me deixar fazer parte deste maravilhoso mundo das abelhas.

A todos que me ajudaram e apoiaram, sem exceção, tenho a maior gratidão e jamais esquecerei.

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RESUMO

A pesquisa objetivou avaliar o comportamento de voo das abelhas Melípona scutellares (Uruçu) e Melipona quadrifaciata (Mandaçaia), analisando e contabilizando quantas abelhas entravam e saiam com cargas especificas como o pólen, resina e barro na corbicula, cargas de néctar e água que elas transportam no papo, e o lixo que é retirado da colônia usando as mandíbulas.

Sendo ainda analisado o fluxo de acordo com a temperatura e umidade relativa do ar, sendo possível adotar estratégias de implantação do meliponario e definir horários mais adequados para que se possa realizar o manejo das colônias, sendo favorável ao bom desenvolvimento das espécies, e a interações e adequação de diferentes espécies em um mesmo espaço. O horário adotado na pesquisa foi restrito das 5:00 às 16:00 horas, sendo este intervalo o período da atividade de forrageio, como resultado da pesquisa foi notório que os fluxo em dias de alta umidade e baixa temperatura afetou diretamente as atividade de voo, sendo menor o número de abelhas a campo, e que o período da manhã das 5:00 às 11:00 foi o de maior intensidade. E as cargas de maior significância foram de néctar e água, seguida por pólen, para ambas as espécies, podendo haver um período na qual as duas espécies procurem o mesmo recurso florístico, tornando-se necessário um maior número de pesquisas nesta área para determinar quais recursos são mais preferíveis às espécies em estudo.

Palavras Chave: Abelhas nativas. Comportamento de voo. Meliponicultura

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ABSTRACT

The research aimed to evaluate the flight behavior of bees Melipona scutellares (Uruçu) and Melipona quadrifaciata (mandaçaia), analyzing and counting how many bees came and went with specific loads such as pollen, resin and clay in corbicula nectar loads and water they carry in the bag, and the garbage is taken out of the colony using the jaws. Being further analyzed the flow according to the temperature and relative humidity, it is possible to adopt meliponary deployment strategies and define more appropriate times so that it can carry out the management of colonies, being favorable to the proper development of the species, and the interactions and suitability of different species in the same space. The timetable adopted in the research was restricted from 5:00 to 16:00 hours, this interval the period of foraging activity, as a result of the research was clear that the flow on days of high humidity and low temperature directly affected the flight activity, and lower the number of bees in the field, and the morning from 5:00 to 11:00 was the greater intensity. And loads of greater significance were nectar and water, followed by pollen, for both species, there may be a period in which the two species look the same floristic feature, a larger number of research in this area making it necessary to determine which resources are more preferable to the test species.

Keywords: Native bees. Flight behavior. Meliponiculture

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LISTA DE TABELA

Tabela 1- Média da temperatura e da umidade relativa do ar dos dias de observação do comportamento de voo das abelhas M. scutellaris e M. quadrifasciata...24 Tabela 2- Fluxo de abelhas M. quadrifasciata (Mandaçaia) entrando e saindo do ninho no período de setembro a dezembro...25 Tabela 3- Fluxo de abelhas M. scutellaris (Uruçu) entrando e saindo do ninho no período de setembro a dezembro...26

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Cargas coletadas por operárias das espécies M. quadrifasciata e M. Scutellaris no período de setembro a dezembro...27 Gráfico 2- Fluxo de Voo da M. quadrifasciata e M. Scutellaris em de acordo com as horas do dia...28

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 12

OBJETIVO GERAL ... 13

ESPECIFICO ... 14

REVISÃO DE LITERATURA ... 14

1. BIOLOGIA DAS ABELHAS ... 14

1.1 CASTAS ... 15

1.1.1 A RAINHA ... 15

1.1.2 AS OPERÁRIAS ... 15

1.1.3 O ZANGÃO ... 16

2. O NINHO ... 16

2.1 ARQUITETURA DOS NINHOS ... 16

3. IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS NA POLINIZAÇÃO ... 17

4. ABELHAS NA AGROECOLOGIA ... 18

5. MELIPONICULTURA ... 19

6. ESPÉCIES ESTUDADAS ... 21

6.1 Melípona scutellaris ... 21

6.2 Melipona quadirfaciata ... 22

7. COMPORTAMENTO DE VOO ... 22

MATERIAL E MÉTODOS ... 23

RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 24

CONCLUSÃO ... 29

REFERENCIAS ... 30

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INTRODUÇÃO

No planeta, os insetos são os seres de maior número populacional, e habitam quase todos os continentes, estudos mostram que a distribuição mais populosa e diversa esta na faixa equatorial do planeta e vai diminuindo conforme se aproximam dos polos, obviamente devido as baixas temperaturas do ambiente, no entanto os insetos tem um capacidade fantástica de adaptação em ambientes extremos, e suas adaptações são mais rápidas, devido ao seu ciclo de vida curto, transmitindo as características de herdabilidade para sua prole.

A distribuição de insetos facilita em muito a biodiversidade do planeta, pois eles trabalham em simbiose com diversos processos naturais como a decomposição de matéria orgânica, controle biológico de plantas e outros animais, e não mais importante a polinização de plantas em floração. Este trabalho é feito por diversos insetos como borboletas, moscas, vespas, mas em grande eficiência pelas abelhas, que representam uma grande porcentagem de insetos no mundo, e são um dos poucos insetos utilizados na agricultura. Elas são de suma importância para a perpetuação das espécies vegetais e para a produção agrícola, através da polinização.

As abelhas são os polinizadores mais adaptados na visitação de flores das angiospermas.

Suas interações se baseiam em um sistema de dependência recíproca, na qual as plantas fornecem os alimentos fundamentais para abelhas sendo o pólen e néctar, e em troca recebem os benefícios das transferências de pólen ( KEVAN; BAKER, 1983)

Os Meliponíneos ou abelhas sem ferrão que fazem parte da Subfamília Meliponinae da família Apidae, essa subfamília divide-se nas tribos Meliponini e Trigonini que compreendem 52 gêneros e mais de 300 espécies identificadas. As colônias de Melípona possuem entre 500 a 4000 indivíduos, enquanto que Trigona variam de 300 a 80.000 abelhas (FREITAS, 2013).

Sendo o Brasil um dos principais locais de ocorrência dessas abelhas (MICHENER, 2000).

É importantíssimo estudar estes insetos tão valiosos para o meio ambiente, pois auxiliam na permanência dos seres vivos no planeta, pois, sem a polinização a produção de alimentos estará fadada ao fracasso, e estudando as abelhas podemos entender as dimensões e comportamentos para determinadas épocas, climas, horários, que cada espécie adota para sobreviver, sendo nas matas ou em ambiente de criação.

O Norte e Nordeste do Brasil tem se tornado cada vez mais avençado na área da meliponicultura (ALVES et al., 2007) como profissão e campo de estudo, a exemplo dos

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Estados do Amazonas e da Bahia, na qual a atividade tem se fortalecido cada vez mais, e a profissão se tornou o carro chefe de muitos agricultores, ou até mesmo pessoas da área urbana, pois as abelhas nativas devido a sua docilidade podem ser criadas em perímetros urbanos em local que tenham flores nas proximidades. A atividade de meliponicultor tem atraído cada vez mais adeptos, que procuram atividade por ser mais fácil de manejo, por ser uma atividade com menos riscos e custos, se comparado com a apicultura.

Se tratando de Brasil existe uma espécie de abelhas em especial, que é encontrada em todo o território nacional, e que se tornou um hobby da maioria dos criadores, que é a Tetragoníssima augustula (Jataí), mas no Nordeste duas espécies sempre são preferíveis, até mesmo devido ao fato de serem bem mais produtivas, que é a Melipona scutellaris (Uruçu) característica do bioma de mata atlântica e a Melipona quadrifasciata (Mandaçaia) da Caatinga.

É importante estudar a interação destas duas espécies de forma mais aprofundada, para que possamos adotar estratégias de implantação do meliponario, sendo favorável ao bom desenvolvimento das espécies, e uma destas interações é a adequação de diferentes espécies em um mesmo espaço, sendo importante avaliar se elas podem sobreviver em um mesmo criatório, sem competirem entre si por alimento.

Estudos afirmam que as abelhas nativas sofrem influências climáticas tanto na atividade interna com no comportamento de voo, pois épocas de muita chuva ou restrição da mesma podem afetar a disponibilidade de alimento, e nas chances de sobrevivência da colônia. Além disso, o horário pode determinar seu comportamento sendo preferíveis as horas do dia com temperatura mais baixa para atividade em ambiente externo da colônia.

As abelhas têm uma intima relação com processos ambientais e sua saída e entrada, ou seja, comportamento de voo, se justifica, pois, são feitas coletas de alimento (para as operarias, a rainha e as crias), além disso são feitas coletas de materiais para a estruturação interna do ninho. Sendo assim a análise dos materiais que elas coletam, podem-se identificar processos de crescimento na qual a colônia está passando. E se o ambiente na qual elas estão fornece os materiais adequado para seu desenvolvimento sem prejuízos ou competição entre espécies do mesmo meliponario.

OBJETIVO GERAL

Estudar a atividade de voo da Melípona scutellaris e Melípona quadrifaciata.

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ESPECIFICO

Estudar o comportamento natural das abelhas nativas em ralação a sua atividade de saídas e entradas do ninho.

Avaliar a dinâmica de coleta do néctar, de pólen, de resina, de barro, de água e a retirada do lixo e abelhas mortas de acordo com o horário, temperatura e umidade relativa do ar.

REVISÃO DE LITERATURA 1. BIOLOGIA DAS ABELHAS

Apesar de guardarem um período evolutivamente longo as abelhas possuem muitas semelhanças morfológicas e comportamentais não se divergindo totalmente de outras Hymenopteras (SILVEIRA; MELO e ALMEIDA,2002).

A morfológica dos meliponíneos não se diferencia dos demais insetos, possuindo uma carapaça que envolve o corpo com um rígido porem flexível exoesqueleto constituído principalmente de quitina, sendo necessário a existência de membros e apêndices segmentados e articulados para se movimentar. Ainda sobre os aspectos morfológicos comuns da ordem Hymenoptera, dentro da classe Insecta ao qual pertencem os meliponíneos, é notável a desigualdade no tamanho e forma dos indivíduos da mesma família, e as diferenças correspondem as especializações funcionais, as quais, são determinados por fatores genéticos e nutricionais. Sendo assim existem a divisão de dois sexos (macho e fêmea) onde os machos são chamados de zangão, e as fêmeas se distinguindo entre rainha e operaria, a diferenciação dentre elas é chamada de casta (KERR; CARVALHO e NASCIMENTO, 1996).

Estudos estimam que existam mais de 20 mil espécies de abelhas no mundo, e uma grande maioria delas são abelhas solitárias, ou seja, são abelhas que não vivem em colônias sociais. Já as demais são abelhas que vivem em colônias pouco ou altamente organizadas, classificas como eussociais, sendo em maioria com ferrão funcional, e outra parte com seu ferrão atrofiado, sendo conhecidas como meliponíneos (CARVALHO-ZILSE; et, al., 2012; CAMERON;

MARDULYN, 2001).

As abelhas sem ferrão são constituídas por mais de 400 espécies descritas, e se distribuem nos quatro continentes tropicais e subtropicais do planeta, tendo aproximadamente 300 espécies nas Américas, 60 no sudoeste da Ásia, 50 na África, 10 na Austrália e apenas quatro na Ilha de Madagascar (VELTHUIS, 1997). A fauna de abelhas sem ferrão, conhecida atualmente no

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Brasil, é superior a 240 espécies descritas e cerca de 90 não descritas, dentro de 29 gêneros, entre elas 87 espécies e dois gêneros são endêmicos. Se totalizando cerca de 20% das espécies de abelhas sem ferrão contabilizadas na região neotropical (PEDRO, 2014; NOGUEIRA- NETO 1997).

São chamados insetos sociais, pois conseguiram atingir certo grau de desenvolvimento, agrupando-se em comunidades, nas quais existe nítida distribuição dos trabalhos e responsabilidade entre os indivíduos. Todos contribuindo para um fim comum: a sobrevivência do grupo (ADES, 2012).

1.1 CASTAS

Na ordem Hymenoptera a maior predominância são as abelhas, sejam elas solitárias ou eussociais, as abelhas originarias do cruzamento diplóides ou de ovos fecundados nascem fêmeas, já os machos são haploides, ou seja, originam-se de ovos não fecundados. Estudos evidenciam que o processo de determinação das castas podem haver fatores genéticos e nutricionais (CAMPOS; PERUQUETTI, 1999).

1.1.1 A RAINHA

A rainha é responsável pela função de reprodução, é ela também que mantem a colônia unida e trabalhando, através da liberação de feromonios em atos ritualizados com as operarias (KERR, 1987; XIMENES, 2011).

1.1.2 AS OPERÁRIAS

A casta de operarias são as que realizam quase todos os trabalhos que devem ser exercidos. São elas a principal "mão-de-obra" das colônias de Meliponíneos. Uma colônia precisa diretamente dos serviços das operarias para se manter viva. Nas abelhas indígenas que trabalham nas flores, nas tíbias das pernas traseiras possuem uma expansão côncava, chamada corbícula (concavidade polida, rodeada por pelos), sua principal utilidade é transportar pólen e materiais de construção do ninho (NOGUEIRA-NETO, 1997). Mas elas não são somente trabalhadoras, pois contribuem para o patrimônio genético das populações de espécie. Ou seja, ainda em colônias normais de Meliponíneos, onde a sua rainha exerce a função de postura de ovos, apesar disso, existem operarias que também podem exercer a função de reprodução.

(SAKAGAMI; ZUCCHI, 1963).

1.1.3 O ZANGÃO

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Na maioria das espécies os machos podem produzir e trabalham com cera, também podem desidratar o néctar. Mas a principal função dos meliponíneos machos é de reprodução com as princesas virgens (KERR, 1987).

2. O NINHO

O local frequentemente utilizado para nidificação dos meliponíneos são cavidades já existente, como em ocos de árvores, fendas de rochas, cavidades nos solos, interiores de cupinzeiros, e formigueiros, podendo ocorrer inclusive ninhos expostos ou semi-expostos (KLEINERT-GIOVANNINI, 1989; KERR; FILHO, 1999). A grande maioria das abelhas acaba selecionando estruturas que forneçam adequado desenvolvimento e crescimento de suas colônias, e que favorece a regulação térmica da colônia (SILVA CORREIA; et al., 2016).

Algumas espécies, podendo ainda nidificar ocasionalmente em outros tipos de cavidades artificiais como, paredes e frestas de muros (NOGUEIRA-NETO; SAKAGAMI, 1966).

As abelhas sem ferrão apresentam hábitos de nidificação variados e com grande complexidade estrutural. Comumente, a arquitetura da entrada e do interior do ninho auxilia na identificação e reconhecimento das espécies, sendo uma característica marcante de determinado gênero ou espécie (ROUBIK, 2006).

Geralmente os ninhos são constituídos com cera e cerume (cera com adição de própolis). Mas grande parte das espécies fazem o uso do batume ou geoprópolis (barro adicionado de própolis) trazendo assim uma impermeabilização do seu ninho (MICHENER, 2007). Para a criação do batume as abelhas utilizam diversos elementos como látex, fibras vegetais, resina, cerume, sementes e na escassez de produtos com umidade elas usam excremento animal, podendo inviabilizar o consumo in natura do mel (PEREIRA; SOUZA e LOPES, 2010).

2.1 ARQUITETURA DOS NINHOS

As crias são postas em células juntas, estas células são construídas com cera, podem construir em formato de discos na forma horizontal, ou células separadas em forma de cachos, a depender da espécie, mas ambos se localizam no centro do ninho. Para proteger de inimigos e manter a temperatura de desenvolvimento das crias, existe uma fina lâmina de cerume, chamada de invólucro. E utilizam o geoprópolis para vedar frestas e delimitar a área do ninho (PEREIRA; SOUZA e LOPES, 2010).

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Os ninhos de abelhas indígenas se diferenciam entre si e são totalmente distinto estruturalmente do ninho de Apis mellífera Linnaeus. Se diferenciando até na forma de depositar o alimento para a larva, pois, todo alimento consumido pela larva é colocado na célula antes da oviposição da rainha, em seguida as operarias fecham a célula com cerume (CAMPOS, 1983).

3. IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS NA POLINIZAÇÃO

Plantas com flores surgiram na Terra há mais de 120 milhões de anos. Desde o início ofertaram recursos alimentares bem abundantes, necessários para alguns visitantes florais (insetos, geralmente), na qual necessitavam buscar este alimento flor a flor, e as polinizavam.

O néctar da flor é uma fonte energética e adocicada de alimento, e os grãos de pólen, fonte extremamente rica em proteínas. Insetos e flores coevoluíram, beneficiando todos os dois lados.

No caso as abelhas, visitantes florais especializadas, essa troca é obrigatória, pois as abelhas obtêm todo o seu alimento advindo das flores, as quais se beneficiam desta interação trocando materiais genéticos (MAIA-SILVA; et. al. 2012).

Para Nogueira-Neto (1997) as abelhas são altamente dependentes do néctar e do pólen.

Ao ingerirem as proteínas os animais fazem o processamento de digestão, quebrando as estruturas ao nível de aminoácido que depois são revertidos em grande parte na construção de novas proteínas, e as abelhas também fazem este processo. Ou seja, a existência delas depende diretamente desta fonte de aminoácidos. As abelhas ainda utilizam os aminoácidos nas secreções produzidas por suas glândulas para alimentar as cria e para outras finalidades.

O processo de reprodução de forma sexuada das plantas consideradas superiores (Fanerógamas) é conhecido como polinização, onde existe a união do gameta masculino (pólen) com o gameta feminino (óvulo). A melitofilia é o processo de polinização feita pelas abelhas, normalmente as plantas que são visitadas pelas abelhas apresentam flores de cor que imite o espectro ultravioleta podendo ser também cores como amarela e azul; odor agradável;

pequenas porções de néctar, porém riquíssimo em açúcares e pólen proteíco. As abelhas são os insetos responsáveis pela maior porção de polinizações das flores (ALMEIDA; et. al. 2003).

As melíponas são pouco conhecidas e muitas vezes passam despercebidas, mas têm uma importância extremamente valiosa, na polinização. O trabalho realizado por estas abelhas é essencial para a manutenção da biodiversidade vegetal e para a manutenção da mata nativa e, acabando assim por auxiliar na alimentação da fauna, desempenhando um papel importante para a permanecias das matas e dos ecossistemas, contribuindo na preservação da fauna e da

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flora, que em conjunto com outros seres, mantêm o nosso planeta em equilíbrio. Entre 30% a 90% das árvores brasileiras dependem do trabalho de polinização realizado por estas abelhas (BALLIVIÁN, 2008). Para as áreas agrícolas 66% das 1.500 espécies cultivadas no mundo são polinizadas por abelhas, sendo assim responsáveis por polinizar de 15 a 30% da produção de alimentos no mundo (KREMEN; WILLIAMS e THORP, 2002). Em estudos com a espécie Melipona quadrifasciata, quando usada em casa de vegetação leva a uma economia ressonável, se comparado com a polinização artificial, tendo ainda uma redução em perdas de frutos que chega a 5% (DEL SARTO, 2005).

A polinização por abelhas Apis mellifera em flores do feijoeiro obtém uma produção que chega a 18% de fecundação cruzada. E as sementes advindas deste cruzamento possuem um tamanho maior se comparada as flores que foram cultivadas sem a polinização por abelhas. Além disso apresentar boa qualidade para o plantio pois possuem um bom poder germinativo e menos deformações genéticas nas plântulas (MORETI; SILVA, R. e SILVA, E., 1994).

4. ABELHAS NA AGROECOLOGIA

Endente-se como Agroecologia o estudo científico direcionado ao apoio a transição dos métodos atuais de desenvolvimento no meio rural e da agricultura convencional buscando formas de produção rural e agrícola totalmente sustentável, na qual incorporam dimensões holísticas, permeando assim por meios sociais, ambientais, econômicos, além de variáveis culturais, políticas e éticas sempre em busca da sustentabilidade (CAPORAL; COSTABEBER, 2004).

É necessário sempre analisar alternativas que englobem a realidade das influencias locais e ambientais que gerem fonte de renda adequadas para a boa utilização da terra. Seguindo este pensamento as adequações dos sistemas agrícolas garantem que o agricultor familiar possa obter alternativa de uso sustentável, agregando conservação ambiental e geração de renda. Por isso a adição de criatórios de abelhas (apiário e meliponario) pode ser vantajoso para o sistema agroflorestal por exemplo, pois além da produção do mel ainda podem ser favorecido através da polinização das plantas adicionadas ao sistema (MONGE, 2001). A atividade de criação das abelhas por si só é conservacionista das espécies, sendo um ramo da agropecuária que mais respeita todos os pilares da autosustentabilidade sendo eles o econômico, pois garante a renda do agricultor; o social, ocupando mão-de-obra familiar no campo; e o ecológico, pois para se criar abelhas não necessita desmatar a área (ALCOFORADO-FILHO, 1998).

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Em algumas regiões a meliponicultura se torna preferencial pelos criadores, pois é fácil o manejo, além disso, ela é uma atividade relacionada com tradições e costumes de determinado povo daquela região. Sendo assim a criação de abelhas pode ser introduzida como um item animal ao sistema agrícola. (RAYOL; MAIA, 2013).

Os sistemas agroflorestais podem se distribuir em diversos modelos podendo levar em conta a distribuição das espécies a serem utilizadas, e as técnicas de manejo, não esquecendo do principal, que é o foco do sistema. O sistema implantado com abelhas sempre prevê a otimização do sistema com a extração de madeira e lenha, e também a utilização dos produtos da abelha, como o mel, trazendo a sinergia entre os componentes diferenciados do sistema, obtendo uma economia na implantação e um aumento na renda com plantas pertencentes ao pasto apícola. Procurando implantar no projeto de reflorestamento as plantas da região, pois, obtém um caráter preservacionista. (CASSIANI, 2009).

6. MELIPONICULTURA

A prática de criar meliponíneos também conhecida como meliponicultura, tratas-se de uma atividade bastante antiga. Adotada há muitos anos, tendo relatos de que no Egito Antigo já se obtinha mel advindo de criação (BALLIVIÁN, 2008).

Antes da introdução das abelhas melíferas (Apis mellifera L.) pelos navegadores europeus no século XVII, os brasileiros tinham conhecimento apenas dos produtos das abelhas nativas sem ferrão, que também são chamadas por abelhas indígenas (meliponíneos). A produção nacional de mel e cera das abelhas nativas era relativamente de grande volume, toda proveniente do extrativismo (chamados de ‘meladores’ ou ‘meleiros’) sobre os meliponíneos.

Pelos registros históricos relata-se grande produtividade já naquela época, que atestam as exportações de grandes quantidades da cera e do “vinho” de mel (hidromel) em grandes volumes exportados do Brasil para Portugal. O foco da produção mudou com a introdução das abelhas melíferas, chamadas ‘abelhas-de-ferrão’ ou ‘abelhas-europa’ nativa da Europa (WOLFF; REIS e SANTOS, 2008).

Nossas abelhas ainda são criadas ou utilizadas na forma extrativa utilizando o mel como remédio e alimento, e a cera para diversos fins, apesar de termos pouquíssima informação sobre a biologia estas abelhas, suas interações ecológicas e o manejo racional (OLIVEIRA, 2003).

Rodrigues (2005) afirma que as civilizações Maia da América Central desde muito tempo já buscavam obter um aumento na produção de mel, e buscavam sempre a qualidade no

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manejo e adaptação ao meio sempre mantendo a sustentabilidade da criação. Afirma ainda que os Guaranis faziam pajelança em atividades religiosas, além do uso medicinal e alimentar.

A exploração de abelhas nativas sem ferrão pelo homem no Brasil tem aproximadamente seis mil anos, mas sua criação racional tem menos de trinta anos. A chamada meliponicultura propriamente dita, não possuem mais do que setenta anos de criação no mundo.

No sentido de estruturação técnica pertinente a atividade não foi adotada em todos os sistemas de criação, sendo identificados níveis distintos de tonificação entre os meliponicultores, sendo divididos basicamente em três, o primeiro seria o meliponicultor pluriativo, que seria aquele que sua renda é não advinda da atividade, ou seja, a sua criação seria um complemento a renda ou como hobby, o segundo é o criador técnificado, este, cria suas abelhas adotando técnicas advindas de pesquisas e estudos científicos, este já possui uma renda inerente da atividade agrícola, e o terceiro e último é identificado como o meliponicultor técnico/pesquisador, onde sua principal característica, é utilizar as abelhas como objeto de estudo e sua renda pode ou não vir da atividade agrícola (WOLFF, 2010)

O local do meliponário é de fundamental importância, principalmente para manutenção das espécies, auxiliando na conservação ambiental do entorno, trazendo ainda uma fonte extra de renda para o proprietário, beneficiando ainda com o serviço de polinização aumentando a produção, e o fruto tem um desenvolvimento adequando de tamanho e qualidade para as culturas presentes da propriedade, tirando como exemplo a polinização do morango que é feita principalmente pela abelha Jataí (Tetragonisca angustula fiebrigi). Como fundamental importância, a meliponicultura é tida como atividade sustentável englobando a parte ambiental, com a conservação das abelhas e recuperação das florestas nativas, o tendo como visão social a criação de espaços de interação, além da troca de experiência e ideias entre diversas pessoas, facilitando laços de interação entre os jovens e adultos. E pelo olhar econômico, aumenta as formas para uma boa fonte de renda das famílias, diretamente com a venda do mel e até de enxames (VENTURIERI, 2004).

Trazendo assim um equilíbrio ambiental e social para a biodiversidade e favorecendo o desenvolvimento de florestas sendo merecedor do pagamento de serviços ambientais (PSA) de forma totalmente justificável no ponto de vista da preservação seguindo o entendimento de (SHIKI, 2015). Para Constanza; et al., (1997) estes serviços prestados pelas abelhas nunca são traduzidos em valor monetário talvez por isso os serviços dos ecossistemas não têm sido levados

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a sério nas políticas públicas. Negligenciar esse importante trabalho é um erro, pois contribui para a sobrevivência do ser humano no planeta.

A meliponicultura sofre vários problemas na comercialização e no manejo pois a legislação apresenta várias complicações e a certificação do mel é cara e burocrática, pequenos produtores sofrem vários problemas até na comercialização direta. Por se tratar de uma atividade relativamente nova, a meliponicultura muitas vezes não é conhecida nos cursos técnicos de nível médio e superior na área agrícola, com isso acaba tendo poucos técnicos capacitados para dar apoio nos programas de difusão. Outro sério entrave da meliponicultura é a falta de estudos e tecnologias para tantas espécies existentes (MAGALHÃES; VENTURIERI 2010).

O mercado de comercialização do mel de meliponídeos no Brasil é feito pelo comercio informal, pois as leis de venda do mel permitindo apenas o mel de Apis mellífera devido ao teor de açúcares constituintes do produto, sendo necessário mais estudos sobre o assunto e haver a criação de uma lei que regularize os méis das melíponas (ANACLETO; et al, 2009)

7. ESPÉCIES ESTUDADAS 7.1 Melipona scutellaris

No Nordeste a abelha uruçu verdadeira ou nordestina tem um dos méis mais valorizados e adorados (MARCHINI; et al, 1998). Devido a fatores como sabor, diferenciado e suas propriedades alimentares e terapêuticas (GONÇALVES; et al. 2005).

Referindo-se especialmente ao Nordeste, destaca-se a criação de espécies de abelhas do gênero Melipona. Estas abelhas podem se apresentar como uma das maiores quando comparada as outras do gênero Meliponíneo, e comumente proporcionam satisfatórias colheitas de mel (CORTOPASSI-LAURINDO; MACÊDO 1998 apud ALVES; et al. 2009). Ocorrem em alguns Estados do Nordeste como: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe (MOURE, 2008).

Esta espécie tem um tempo de vida adulta girando em torno de 30 a 40 dias sendo quase igual ao da Apis mellifera (africanizada) (MONTEIRO, 1998).

7.2 Melipona quadirfaciata

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Comumente conhecida como Mandaçaia, sendo duas subespécies: sendo a M.

quadriasciata quadrifasciata com bandas tergais amarelas continuas, e a M. quadrifasciata anthidioides com bandas tergais amarelas descontinuas. Sendo possível encontrar uma grande diversidade de híbridos. (MORETO; ARIAS, 2005). Ocorrendo ao longo da costa atlântica de norte a sul do país (FIGUEIREDO; et al., 2007), sendo presentes nos Estados de Alagoas, Bahia, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Estado de Sergipe (MOURE, 2008; NASCIMENTO, 2011 e MOURE; KERR, 1950).

É uma abelha pouco maior que as demais meliponas e medindo de 8 a 12 mm, com cada colônia apresentando cerca de 500 indivíduos, cada colmeia pode ter produção de mel variando de 1,5 a 3,0 litros/colmeia/ano. É uma abelha de temperamento bastante ameno, utilizando como técnica de defesa na ação de intrusos a adoção de movimentos intensos e mordiscos com suas mandíbulas (CAMARA; et. al. 2004).

8. COMPORTAMENTO DE VOO

Além da polinização, as abelhas sem ferrão podem apresentar papel estratégico na reconstituição de florestas tropicais e conservação de remanescentes florestais. Cada espécie de abelha possui uma capacidade de voo diferente, variando entre 600 a 2.400 metros. Esta capacidade está, de modo geral, relacionada ao tamanho corporal. Assim, enquanto abelhas pequenas possuem raio de voo de apenas várias dezenas de metros em torno de seu ninho, abelhas maiores podem voar até alguns quilômetros de distância (BALLIVIÁN, 2008).

Em pesquisa Roubick e Buchamann (1984) notaram que, o comportamento de voo para algumas espécies das abelhas nativas na coleta de pólen se restringe das 6 às 9 horas e néctar das 10 às 13, diminuindo suas atividades após as 14hs.

As abelhas nativas em atividade de forrageio assim que e na flor para coletar o pólen ela vibra as anteras poríferas segurando-as com suas mandíbulas, consequentemente o pólen é jogado sobre o seu corpo, onde vai passando por entre as patas reunindo nas patas posteriores, e armazenando nas corbículas fazendo o chamado “pão de pólen”( KERR, 1987).

Na coletar de néctar as abelha forma um canal sugador com sua língua estendendo dentro da fonte nectarina da flor, coletando o líquido açucarado, armazenando o néctar em seu papo, e transportando ali até a colmeia. Ao chegar ela regurgita, para que as abelhas receptoras

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coloquem nos potes, sendo desidratado até aproximadamente 70% da concentração de açúcar (KERR; CARVALHO e NASCIMENTO, 1996).

Se torna necessário o estudo das atividades de voo dos meliponíneos para o entendimento dos padrões de forrageamento delas, para a obtenção de padrões e adoções de técnicas no o uso das abelhas na polinização de áreas de cultivadas (PICK; BLOCHTEIN, 2002).

MATERIAL E MÉTODOS

O estudo foi realizado de setembro a dezembro de 2016 tendo como estação a primavera, no meliponario do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS)- Campus São Cristóvão, implantado em um fragmento de Mata Atlântica em regeneração na área de reserva do IFS. O fragmento está localizado na região leste do Estado de Sergipe, no município de São Cristóvão, região conhecida como grande Aracaju, definido pelas coordenadas 11º 00`54``S e 37º 12`21``N, com altitude de 47 metros. O Campus ocupa uma área de 432,4 Km 2. Apresentando clima tropical úmido, com precipitações pluviométricas médias anuais de 1.303 mm e médias de temperatura anual mínima de 25,4ºC e máxima de 27,2ºC. Com formação de solos de tabuleiros costeiros de Sergipe que predomina na região.

(EMDAGRO, 2008). A região do experimento apresenta-se dentro da Bacia Hidrografica do rio Vaza-Barris, e sub-bacias do rio Poxim-mirim e Poxim-açu.

O meliponario possui 14 colônias, sendo sete de M. scutellares (Uruçu) e sete M.

quadrifaciata (Mandaçaia), em igual condição, todas fortalecidas e possuindo apenas ninho e sobre ninho. Determinou-se que o estudo seria realizado a partir da amostragem obtida junto a 3 colônias de cada espécie de abelhas. As colônias foram selecionadas a partir do método de amostragem simples ao acaso por sorteio (BUSSAB, 2005).

As observações foram realizadas uma vez ao mês, sempre respeitando o período de no mínimo 30 dias de uma análise para outra, no período de 05:00 às 17:00, durante 10 minutos a cada hora.

Nas observações foram contabilizados o número de abelhas que entraram na colônia carregando pólen, barro ou resina e o número de abelhas que saíram com ou sem carga aparente.

Cada espécie foi registrada ao mesmo tempo por três pessoas localizadas cada uma ao lado da colmeia. Para facilitar a observação na entrada do ninho foi conectado um pedaço de

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mangueira plástica de 10 cm, transparente encaixado na entrada do ninho e um prato plástico encaixada na extremidade de saída das abelhas, o tubo tinha sua dimensão favorável para a entrada saída das abelhas e que facilitou a visualização do material transportado.

Como a carga de néctar das abelhas não é visível (ROUBIK, 1989) e se confunde com as abelhas sem carga que estão retornando a colmeia, foi necessário adotar a metodologia de Lopes et al. (2007), onde subtrai a quantidade de abelhas que entram na colmeia sem carga na corbícula, da quantidade que sai transportando lixo carregado nas mandíbulas, sendo necessário o registro de abelhas que saíram removendo o lixo e sem carga na corbícula.

Também foram registrados cada hora dados de temperatura e umidade relativa, e ao final do dia foram coletados os dados máximos e mínimos a partir de um Termohigrometro digital instalado no meliponario.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em analise comportamental de voo das abelhas, se mostrou necessário à coleta de dados da temperatura e umidade relativa do ar, pois segundo Roubik (1989) as condições climáticas, principalmente de temperatura e umidade podem influenciar diretamente as abelhas para iniciar, aumentam ou diminuem o ritmo das atividades de forrageamento.

Tabela 1- Média da temperatura e da umidade relativa do ar dos dias de observação do comportamento de voo das abelhas M. scutellaris e M. quadrifasciata.

Fatores Climáticos Setembro Outubro Novembro Dezembro Temperatura °C 26,91 29,52 23,70 31,87 Umidade Relativa% 72,46 57,15 91,85 51,15 Períodos do dia M T M T M T M T

Temperatura ºC 24,6 29,6 27,6 31,8 22,6 25,0 28,7 35,6 Umidade Relativa % 82,0 61,8 67,3 45,0 95,0 88,0 59,1 42,0

°C= Graus Centigrados % = Porcentagem M= Manhã T= Tarde

Os meses que se seguem na pesquisa foram registrados temperaturas pouco variadas, apenas o mês de dezembro tem uma alta na temperatura no dia da pesquisa, já a umidade relativa do ar, o mês que mais alternou foi novembro com uma alta bem relevante (Tabela 1) que influenciou nas atividades de fluxo (Tabela 2). Correia, et. al. (2017) afirma que, fatores climáticos como umidade e temperatura podem interromper a atividade de voo das abelhas.

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Tendo como exemplo Oliveira (2003) as características climáticas principalmente alta precipitação pode ser um fator influenciador para a atividade de forrageamento das abelhas, principalmente nos dias de chuvas intensas.

Os horários da manhã possuem uma temperatura mais baixa, se comparados à tarde, e o teor de umidade sempre alto, isso sendo possível, pois como o local do estudo foi em meio a mata atlântica, favorece a alta umidade liberado pelas arvores no processo respiratório, e conseguintemente uma queda na temperatura, sendo normalizado ao decorrer do dia (Tabela 1).

Para a maioria das abelhas nativas, o horário preferível para a saída da colônia para coleta de alimento e materiais é sempre o horário da manhã, pois apresentam temperaturas mais baixas como mostra na (Tabela 1) abaixo, favorecendo inclusive a coleta de néctar ao desabrochar das flores, e barro ainda úmidos para a utilização nas estruturas da colônia.

Tabela 2- Número de abelhas M. quadrifasciata (Mandaçaia) entrando e saindo do ninho no período de setembro a dezembro.

Período Setembro Outubro Novembro Dezembro

E S E S E S E S

Manhã 111 73 17 13 20 13 16 10

Tarde 16 6 2 1 3 2 0 0

Total 127 79 19 13 23 15 16 10

E= Entrada S= Saída

A M. quadrifasciata no mês de setembro se mostrou em atividades de saída e entrada no período da manhã bem significativo e reduzindo drasticamente no período da tarde sendo aproximadamente 14% na entrada e 8% na saída, já nos meses seguintes o fluxo foi até três vezes menor que no primeiro mês, mas manteve o movimento mais alto durante a manhã e abaixando drasticamente no período da tarde, podendo ser divido a floração de plantas que sejam mais preferíveis pela espécie, ou devido ao fato de ser início do outono com um pico maior de floração das plantas, o mês de novembro foi notório um dado significativo, pois no dia do experimento a umidade relativa do ar estava alta em relação aos outros dias como exposto na (Tabela 1), e o fluxo das abelhas ouve um aumento em relação ao mês anterior e ao mês seguinte, sendo que a M. quadrifasciata é uma abelha conhecida por não conviver com alta

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umidade, mas pode-se justificar ao fato de ser coletar barro úmido e água para o interior da colônia.

Um estudo feito por Del Sarto (2005) em ambiente fechado para o cultivo de tomate com a M. quadrifasciata , foi notado que o pico mais alto de atividade de voo das abelhas teve duração de meia hora sendo este tempo o de maior receptividade do estigma da flor, sendo que este horário variou entre as 10:30 e 15:30 horas.

Tabela 3- Número de abelhas M. scutellaris (Uruçu) entrando e saindo do ninho no período de setembro a dezembro.

Período Setembro Outubro Novembro Dezembro

E S E S E S E S

Manhã 430 350 347 239 155 118 302 211

Tarde 118 77 30 29 8 11 13 14

Total 548 427 377 268 163 129 315 225

E= Entrada S= Saída

Estudos feitos por Pierrot e Schlindwein (2003) apontam que aproximadamente 90%

das coletas de néctar, água e pólen é realizada no início da manhã, e mais de 60% dos voos de coleta realizados por M. scutellaris ocorreram no período matutino. Alves (2001) registrou que esta espécie tem uma atividade bastante significativa durante o período da manhã sendo bem baixas no período das 11 às 15 h sendo tendo um pequeno fluxo significativo após este intervalo. Já neste trabalho nota-se que a atividade de voo de maior intensidade é no período manhã, ou seja, das 5 às 11 h com uma queda bastante significativa a tarde, é possível notar também que no mês de novembro foi bastante reduzido o fluxo, sendo justificado devido à alta humidade e baixa temperatura (Tabela 1).

Gráfico 1- Cargas coletadas por operárias das espécies M. quadrifasciata e M. Scutellaris no período de setembro a dezembro.

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Das atividades que mais se destacaram foram a de coleta de néctar e água, atingindo o percentual máximo de 71,60% da M. quadrifasciata no mês de setembro, seguidos pela coleta de pólen 35,70% no mês de novembro podendo ser um indicio de colônias em desenvolvimento e alta produção de crias. Em outubro aproximadamente 22,40% da atividade de voo das abelhas no período estudado foi dedicada ao recolhimento de coletas de barro e 18,40% na coleta de resina em dezembro sendo utilizados para construção e calafetação do ninho. Para a M.

scutellaris observou-se diferença comportamental em quase todos os itens estudados, com um alto percentual nas coletas de néctar e água em todos os meses, mas sendo o mês de outubro o mais expressivo com 88,3 %, e na coleta de pólen que atingiu o percentual de 22,40% no mês de Novembro, observando-se ainda que é quase inexistente a coleta de barro e resina, e um comportamento de limpeza quase igualitário comparado com a M. quadrifasciata, tendo uma alta mais expressiva no mês de dezembro com (7,70%). O número de cargas de néctar, água e pólen ingressando nas colmeias foram variados devido a diferença do tamanho das populações de espécies, mas o padrão de coleta foi similar entre elas com algumas exceções a cada mês.

Sendo semelhante a Oliveira et al. (2012) que as cargas coletadas mais significativas durante as atividades de forrageamento da M. subnitida (jandaira) foram néctar, água e pólen.

Estudos feitos por Costa et al. (2016) com a abelha Frieseomelitta doederleini diz que a maior ocorrência de coleta foi no período da tarde, apresentado maior comportamento de forrageamento para néctar, água e pólen. E ainda afirma que as condições climáticas do ambiente influenciaram a atividade de voo das abelhas, sendo destacado as variáveis de temperatura e umidade relativa do ar.

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Gráfico 2- Fluxo de Voo da M. quadrifasciata e M. Scutellaris em de acordo com as horas do dia.

Verificou-se que as atividades externas ocorrem em sua maioria pela manhã, sendo notório que as duas espécies adotam as primeiras horas do dia, sendo entre 5 h as 11h o horário de fluxo mais notório, sendo que das 5 h às 7 h é o horário mais significativo de ambas as espécies, sendo ainda mais preferível às cinco horas da manhã. Nos meses de analise as espécies se tonaram totalmente adequadas para ocupar o mesmo meliponario devido ao fato de que a M.

quadrifasciata prefere as primeiras horas do dia, para suas atividades a campo, sendo quase irrelevante no período da tarde, apenas no mês de setembro houve um maior fluxo durante todo o dia. Enquanto que a M. Scutellaris mesmo tendo um fluxo mais intenso no período da manhã continua mantendo um fluxo decrescente, mas existente, durante todo o dia. O padrão de atividade sugere que as espécies de plantas mais atrativas estão florando no entorno do meliponario nas primeiras horas da manhã e estão sendo utilizadas ao mesmo tempo por ambas as espécies. O fato de M. Scutellaris continuar a atividade no período da tarde pode estar relacionado ao uso de espécies com floração mais longa e abundante. O mês de novembro foi notável a queda no fluxo, sendo justificado pela queda na temperatura e alta na umidade relativa do ar devido ao período chuvoso no dia da coleta, mas que se perdurou por quase todo o mês.

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Souza (2009) diz que alguns fatores como a fisiologia do inseto, o clima e os mecanismos de disponibilidade e qualidade do néctar produzido pelas plantas podem influenciar diretamente nessas atividades de voo das abelhas.

Silva et al. (2013) afirma que os padrões de forrageamento podem ser alterados de acordo com o ambiente no qual as abelhas estão inseridas, de forma que as abelhas adaptam seus comportamentos em função das condições ambientais a que estão submetidas.

CONCLUSÃO

É notório que as abelhas têm intima relação no desempenho de suas atividades com as variações de temperatura e umidade, sendo bastante afetada a sua atividade de voo em períodos de alta humidade e temperatura.

Na região de mata atlântica localizada no IFS-SC o comportamento de maior fluxo de voo da M. quadrifasciata e M. Scutellaris foi mais significativo durante a manhã, apresentando saídas alternadas durante a tarde.

As coletas de matérias foram bem notórias, pois as duas espécies têm como suas atividades principais a coleta de néctar, água e pólen, sendo os outros materiais tem uma variância nas coletas, sem padrão definido.

O estudo mostrou alto fluxo em mesmo período, havendo possibilidade de ambas coletarem os mesmos recursos florais, mas não é possível determinar se houve uma competição assídua, sendo necessários mais estudos que possam determinar quais plantas são mais visitadas por cada espécie de abelha nas proximidades do meliponario.

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