ISCAC – Ano lectivo 2019/2020
Docentes:
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Doutora Isabel Clímaco (responsável)
.Doutora Carla Henriques
.Dr. Luís Lopes
ECONOMIA – é o estudo da forma como as sociedades utilizam recursos escassos para produzir bens com valor e da forma como estes são distribuídos
} Esta definição tem subjacente dois conceitos fundamentais: - a escassez e a eficiência
} Numa situação de abundância todos os bens seriam livres, todos os preços seriam zero e não haveria mercados.
} A teoria económica não seria necessária. }
} Eficiência - é a utilização mais racional dos recursos escassos numa sociedade de desejos ilimitados
} A contribuição da ciência económica consiste em compreender e
explicar o mundo da escassez e orientar a organização da sociedade de forma a que haja uma utilização o mais eficiente possível dos recursos
} A Microeconomia - é o ramo da ciência económica que estuda o
comportamento de entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias
} Melhorar as condições de vida e o bem estar das populações:
- Rendimentos mais elevados significam melhores condições de vida.
- Países com rendimentos mais elevados têm maiores capacidades para investir em diferentes áreas e assegurar um maior acesso a condições básicas e não só.
- Com o crescimento económico, geram-se recursos libertando o indivíduo para outras actividades como as de lazer.
} O funcionamento livre de mercado não gera necessariamente uma distribuição
do rendimento socialmente aceitável.
} É necessário encontrar um equilíbrio entre a disciplina de mercado e os programas sociais dos governos.
} A economia positiva descreve os factos de uma economia (exº impacto dos
avanços tecnológicos sobre a produtividade dos factores).
} A economia normativa envolve juízos de valor e normas de equidade:
- Não existem respostas únicas (muito menos certas ou erradas).
- Não analisam apenas factos mas envolvem sobretudo princípios éticos e
} A Economia de Mercado é aquela em que os indivíduos e as empresas
privadas tomam as decisões mais importantes sobre a produção,
distribuição e consumo.
} A Economia Dirigida é aquela em que o governo toma todas as decisões importantes sobre a produção, distribuição e consumo.
► Nas economias actuais as 2 categorias anteriores são situações extremas. A situação mais próxima da realidade são as Economias Mistas (possuem elementos das economias dirigidas e elementos das economias de
} Nas economias actuais as decisões são tomadas maioritariamente nos mercados privados, mas o Estado desempenha um papel importante na supervisão do funcionamento de mercado:
- Exemplos da intervenção do Estado na economia são: a publicação de leis que regulam a actividade económica, promovendo certas áreas como a
saúde, a educação, a defesa e segurança pública, controlo da poluição, etc..
} A maior parte das sociedades, com maior ou menor grau de intervenção do Estado, funciona numa Economia Mista.
} A Concorrência Perfeita – acontece em mercados em que nenhum agente económico, consumidor ou produtor, é suficientemente forte para afectar o preço de mercado.
} A Mão Invisível – aplica-se a mercados que funcionam em concorrência perfeita (ou perfeitamente concorrenciais), com uma afectação eficiente de recursos.
} Existem, contudo, situações que se afastam da concorrência perfeita: são as Falhas de Mercado (ou imperfeições de mercado) e que exigem a
As principais falhas de mercado:
} 1) A Concorrência Imperfeita – quando um agente económico, comprador ou vendedor, pode influenciar o preço de mercado.
} 2) As Externalidades – ocorrem quando um consumidor impõe custos ou
benefícios sobre terceiros (que estão fora do mercado). (exº os custos provocados pela poluição atmosférica)
} 3) Os Bens Públicos – podem ser usufruídos por qualquer indivíduo, sem que ninguém possa ser excluído do seu consumo (isto é não existe
rivalidade no consumo nem princípio da exclusão). (exº a defesa nacional, a iluminação pública…)
As 3 principais Funções Económicas do Estado :
} 1) Promover a Eficiência – corrigir as falhas de mercado.
} 2) Promover a Equidade (Redistribuição do Rendimento) – diminuir as desigualdades da repartição do rendimento, que surgem do livre
funcionamento de mercado.
} 3) Estimular o Crescimento e a Estabilidade Económica – resolvendo grandes problemas macroeconómicos (como o desemprego, a inflação…).
} A maior parte das opções estudadas pelos economistas podem ser enunciadas da seguinte forma:
- Devo fazer a actividade x? (ir ao cinema, comprar um livro, ir a uma aula, etc..): como decidir?
} Os economistas respondem a estas questões comparando os custos e os benefícios envolvidos na actividade x.
} A regra de decisão que utilizamos será então (sendo C(x) os custos de fazer x e B(x) os seus benefícios):
} Surge um problema: como medir esses custos e esses benefícios?
- Uma possibilidade é o valor monetário da actividade x (mesmo sabendo que a actividade não envolve directamente dinheiro).
} Define-se B(x) como o valor máximo em euros que um indivíduo está disposto a pagar para fazer x (mesmo que seja uma grandeza hipotética), e C(x) como o valor de todos os recursos que terá de sacrificar para realizar x (pode igualmente não envolver transferência de dinheiro para terceiros).
} Preço de reserva da actividade x – é o preço ao qual o indivíduo fica indiferente entre fazer x ou não fazer.
Ø A teoria económica mesmo partindo, por vezes, de hipóteses irrealistas (p.ex. admitir-se que os consumidores se comportam sempre de forma racional) oferece indicações úteis para a tomada de melhores decisões.
} Mesmo que nem sempre preveja exactamente a forma como nos
comportamos, pode fornecer conselhos úteis sobre a forma de atingir
} A Economia ensina-nos como identificar os custos e benefícios que realmente interessam.
} Armadilha1: Ignorar os Custos Implícitos – Se se realizar a actividade x significa que não se pode realizar a actividade y, então o valor de y é o custo de oportunidade de fazer x.
} Ao se ignorarem os custos implícitos (o custo de oportunidades sacrificadas) tomam-se muitas vezes más decisões.
} Existe uma relação recíproca entre custos e benefícios.
} Não incorrer num custo é equivalente a obter um benefício. Por outro lado
} Armadilha 2: Incapacidade de Ignorar os Custos Afundados – custos que já
não são recuperáveis no momento da decisão (ao contrário dos custos de oportunidade, esses custos devem ser ignorados).
} Armadilha 3: Medir os Custos e Benefícios em proporção, em vez de os
medir em valor absoluto – quando se utiliza a análise custo/benefício estes
devem ser expressos em valores absolutos (comparar % não é a forma correcta de
avaliar este tipo de decisões).
} Armadilha 4: Incapacidade de distinguir os conceitos de Médio e Marginal –
quando me questiono se «devo aumentar a quantidade da actividade x?», então devo-me concentrar nos benefícios e custos de uma unidade adicional da
} Custo marginal da actividade: custo de uma unidade adicional.
} Benefício marginal da actividade: benefício de uma unidade adicional.
} Esta regra de custo/benefício diz-nos para continuar a aumentar a quantidade de uma actividade enquanto o seu Benefício Marginal exceder o respectivo Custo Marginal.
Considere o seguinte exemplo, em que dispõe da variação do
Benefício Marginal consoante a quantidade de barcos: Nº Barcos Benefício total
(euros) Benefício marginal (euros/barco) 0 0 ----1 300 300 2 480 180 3 600 120 4 640 40
Sabendo que o Custo Marginal por barco é constante e é de 100 euros, então podemos concluir que: os primeiros três barcos satisfazem a análise custo/benefício, enquanto que o quarto barco não. A frota deverá ter só 3 barcos
Representação Gráfica dos Custos e Benefícios
Marginais
:
} Exemplo: A Inês aderiu a um tarifário em que paga 4 cêntimos por
minuto nas chamadas de longa distância. O valor para a Inês de um
minuto adicional de conversa telefónica está representado pela curva do Benefício Marginal da figura que se segue.
Resposta: A quantidade óptima de conversas telefónicas é a quantidade para a qual as curvas do Benefício Marginal e do Custo Marginal se