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Composição da População do Camarão-Rosa Farfantepenaeus subtilis (Pérez-Farfante, 1936) no Estuário do Rio Curuçá, Pará, Brasil

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CORRÊA, A. B.; MARTINELLI, J. M.

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Composição da População do Camarão-Rosa

Farfantepenaeus subtilis

(Pérez-Farfante, 1936)

no Estuário do Rio Curuçá, Pará, Brasil

Adriel Basto Corrêa1 Jussara Moretto Martinelli2

Resumo

O camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis é um dos principais produtos pesqueiros na costa Norte do Brasil, onde sua captura é praticada em um dos mais importantes bancos camaroneiros do mundo. O objetivo do presente trabalho foi verificar a composição da população de F. subtilis em relação aos períodos (seco e chuvoso), às fases da lua (cheia e nova), às artes de pesca (arrasto de praia e arrasto de fundo) e aos locais de coleta no estuário do Rio Curuçá, Pará. Foram efetuadas duas campanhas para a análise dos camarões no estuário do Rio Curuçá: uma em agosto de 2004 e outra em janeiro de 2005. As amostras foram coletadas utilizando-se rede de arrasto de praia do tipo puçá, e rede de arrasto de fundo do tipo “wing-trawl”. Para cada camarão, foi efetuada a medida de comprimento da carapaça (Cc) e o peso total (Pt). Foram analisados 3.450 camarões de F. subtilis, dos quais 1.808 eram fêmeas (52,4%), 1.042 eram machos (30,2%) e 600 eram camarões cujo sexo não foi possível ser determinado (17,4%). Os valores médios de comprimento de carapaça e peso total de F.

subtilis foram de, respectivamente, 13,28 mm e 1,29 g, não havendo diferenças significativas

entre as médias de machos e fêmeas (p>0,0001). A proporção sexual total (machos:fêmeas) variou em favor das fêmeas, diferindo significativamente (p<0,05) do esperado de 1:1. O peso (Pt) dos camarões foi dependente do tamanho (Cc) e a alometria foi positiva para a

1 Correio eletrônico: adrielcorrea@yahoo.com.br

2 Universidade Federal do Pará. Instituto de Ciências Biológicas. Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo dos Recursos

Aquáticos. Grupo de Pesquisa em Crustáceos da Amazônia - GPECA. Av. Perimetral, 2651, Terra Firme, CEP: 66077-530, Belém, Pará, Brasil. Correio eletrônico: jussara@ufpa.br

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espécie analisada. Os resultados deste trabalho colaboram com os estudos de outros autores que consideram o estuário de Curuçá uma importante área para o desenvolvimento e manutenção deste importante recurso pesqueiro na costa Norte brasileira.

Abstract

The Farfantepenaeus subtilis pink shrimp is one of the main fisheries products on North brazilian coast, where its capture is practised in one of the most important marine shrimp banks of the world. The objective of the present study was to verify the composition of the F. subtilis population in relation to the periods (dry and rainy), to the moon phases (full and new), to the fisheries nets (puçá and wing trawl) and to the locals in the Curuçá estuary, Pará State. Two expeditions were realised on estuary: one in August’2004 and another one in January’2005. It was measured the carapace length (Cc) and wet weight (Pt) for each shrimp. A total of 3,450 pink shrimps had been analyzed, which 1,808 were female (52.4%), 1,042 were male (30.2%) and 600 were shrimps whose sex was not possible to be determined (17.4%). The average values of carapace length and weight had been 13.28 mm and 1.29 g, respectively, not having significant differences between the males and females averages (p>0,0001). The sex ratio (male: females) of a total population was significant different from expected (1:1), (p<0,05) in favour to females. The shrimp weight (Pt) was size dependent (Cc) and the alometria was positive for the analyzed specimens. The results of this work collaborate with another authors who consider the Curuçá estuary an important area for development and maintenance of this important fisheries resource in the North Brazilian coast.

Introdução

Os crustáceos são artrópodes essencialmente marinhos, mas existem muitas espécies de água doce. São dominantes no plâncton e estão entre os três ou quatro grupos mais importantes dos bentos, tanto em relação às espécies macroscópicas quanto às intersticiais (BARNES & OLIVE, 1995). Além de representarem um dos principais grupos zoológicos do mar, tanto como integrantes das comunidades marinhas, quanto como fonte de recursos para o homem (SCHEMY, 1980), também têm um papel de fundamental importância na cadeia alimentar aquática e na dinâmica dos ecossistemas.

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Os camarões são o principal produto pesqueiro brasileiro de exportação, correspondendo a 50% do total exportado em 2002 e 57,2% em 2003, e a Região Norte é a principal produtora de pescado nacional, sendo que o Pará contribuiu com 96,2% e 95,0% desta produção em 2002 e 2003, respectivamente (IBAMA, 2004a,b). A maioria das espécies comerciais de camarões pertence a cinco famílias: Aristeidae, Penaeidae, Sicyoniidae, Solenoceridae e Sergestidae (FAO, 2002), sendo os penaeídeos responsáveis pela maior parte das capturas mundiais, estimadas em torno de 700 mil toneladas por ano, com

Farfantepenaeus contendo as espécies de maior valor econômico (D’INCAO, 1999).

Os camarões Penaeidae são considerados como valiosos recursos para a pesca e para a aquicultura nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Pelo seu acentuado valor nutritivo e gastronômico, o camarão constitui fonte de emprego e renda para milhares de pessoas, sendo que a sua pesca apresenta uma significativa importância econômica, social e cultural (BRANCO, 2005).

Farfantepenaeus subtilis é um dos principais produtos pesqueiros na costa Norte do

Brasil, onde sua captura é praticada em um dos mais importantes bancos camaroneiros do mundo, que se estende desde Tutóia, no Estado do Maranhão, até a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa (ISAAC et al., 1992). Segundo PINHEIRO & FRÉDOU (2004), o camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis foi um dos principais alvos da pesca industrial desembarcada no Estado do Pará com 4,46% e 3,25% da produção total nos anos de 2001 e 2002, respectivamente.

Farfantepenaeus subtilis tem uma distribuição geográfica que vai desde o Mar do

Caribe (Cuba e Pequenas Antilhas) até Cabo Frio, litoral do Rio de Janeiro (D’INCAO, 1995). Juvenis, assim como os adultos, preferem substratos de lama-areia, temperaturas relativamente altas, vivendo em habitats com grande variação de salinidade e em profundidade inferiores a 75 metros (PÉREZ-FARFANTE, 1969).

O ciclo de vida desta espécie é denominado misto, ou seja, os jovens habitam os estuários, migrando para o oceano na fase adulta. As larvas são carregadas pelas correntes marítimas para o estuário onde alcançam o estágio de pós-larvas. No ambiente estuarino encontram proteção e alimento, chegando assim ao estágio juvenil e recém-adulto. Nesta fase ocorre migração ao mar, onde ocorrerá a reprodução e a desova (ISAAC et al., 1992).

Nos furos e canais-de-marés dos estuários do litoral norte do Brasil, os camarões são pescados artesanalmente e servem como base de subsistência para muitas famílias ribeirinhas.

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Os camarões penaeídeos juvenis são comuns na região, pois utilizam o estuário na fase de crescimento (ESPÍRITO SANTO et al., 2005).

Os camarões penaeídeos são um grupo de tão grande importância ecológica como econômica. Tendo em vista a importância que as espécies deste grupo têm alcançado, como é o caso de F. subtilis, avaliar sua estrutura populacional é de grande interesse para estimar o potencial sustentável de uma determinada área.

Apesar das inúmeras publicações abordando a biologia e a ecologia de camarões penaeídeos no litoral brasileiro, os estudos sobre biologia, ecologia e exploração dos recursos naturais pesqueiros na Região Norte são ainda escassos, sendo que poucos trabalhos foram feitos sobre os camarões penaeídeos nos estuários paraenses.

Entre os estudos feitos em todo o litoral do Pará sobre o camarão-rosa destaca-se o trabalho de ISAAC et al. (1992) que realizaram estudos referentes a F. subtilis da região Norte do Brasil; SILVA et al. (2002a,b,c,d), fizeram o registro de espécies de decápodos capturados na costa norte brasileira; SILVA & ISAAC (1997), BRAGA et al. (1998), SILVA & ISAAC (submetido) e MARTINELLI (2005), realizaram estudos referentes aos camarões presentes no estuário do Rio Caeté, Município de Bragança. No estuário de Curuçá, CARVALHO (2006) realizou um estudo sobre a biologia e distribuição espaço-temporal e a composição da captura deste camarão.

O objetivo do presente trabalho foi verificar a composição da população do camarão-rosa Farfantepenaeus subtilis em relação aos períodos (seco e chuvoso), às fases da lua (cheia e nova), às artes de pesca (arrasto de praia e arrasto de fundo) e aos locais de coleta no estuário do Rio Curuçá, Pará.

Material e Métodos

O litoral paraense é contornado por ilhas, baías e estuários onde são encontradas amplas faixas de manguezal, correspondentes a 20% dos manguezais de todo o litoral brasileiro (HERZ, 1991). Estes estuários são fortemente influenciados por macro e mesomarés, bem como pela ação de ondas, possibilitando a coexistência de diferentes ecossistemas.

O estuário formado pelo Rio Curuçá-PA corresponde à região conhecida como Salgado Paraense, onde estão localizados os estuários com livre conexão com o Oceano Atlântico (Figura 1).

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Figura 1 – Mapa da localização do estuário do rio Curuçá, Pará, indicando os locais de coleta (círculos em preto), modificado de CARVALHO (2006) [21].

Coleta de Dados

Foram efetuadas duas campanhas para a análise qualitativa e quantitativa dos camarões no estuário do Rio Curuçá: uma em agosto de 2004 e outra em janeiro de 2005. As coletas foram efetuadas durante as marés vazante e enchente nas regiões sub-litorais rasas e nas regiões marginais de borda de canal, em três locais de coletas (P1, P2 e P3), Figura 1.

As amostras foram coletadas através de dois tipos de amostragem:

- Arrastos de praia, realizadas por duas pessoas, com rede do tipo puçá, nas regiões sub-litorais rasas, em fundos não consolidados, a no máximo 1,5m de profundidade. Em cada local de coleta foram realizadas três réplicas (A, B e C), e em cada uma dessas réplicas foi percorrida uma distância aproximada de 100m. - Arrastos de fundo, realizados com rede de arrasto de fundo, do tipo “wing-trawl” nas regiões marginais de borda de canal. A rede foi arrastada por um barco de 15 a 50 HP, onde dois arrastos de portas foram efetuados em cada local de coleta. A cada operação de pesca os arrastos tiveram duração de cinco minutos, contados a partir da liberação total do cabo da rede.

Um total de 60 amostras foram coletadas [ 3 locais x 2 períodos (dia e noite) x 2 réplicas (arrasto de fundo) x 2 expedições de coleta (agosto/04 e janeiro/05) = 24 amostras na rede de arrasto de fundo ] + [ 3 locais x 2 períodos x 3 réplicas (arrasto de praia) x 2 expedições = 36 ].

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Os camarões coletados foram acondicionados em caixas térmicas contendo gelo picado, até o momento de serem levadas ao Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo dos Recursos Aquáticos – UFPA/Belém, para que fossem devidamente triados, identificados, e analisados quanto às dimensões corpóreas e ao sexo.

A identificação dos organismos foi realizada com base nos trabalhos de CÉRVIGON

et al. (1996) [23] e PÉREZ-FARFANTE & KENSLEY (1997).

Os fatores abióticos amostrados simultaneamente às coletas biológicas foram a salinidade, temperatura, pH e turbidez. A temperatura e a salinidade da água foram medidas com auxílio de um condutivímetro e o pH através de um potenciômetro, logo após a coleta de amostras de água da superfície.

Para cada indivíduo de F. subtilis foi realizada a medida do comprimento da carapaça (Cc), que se estende desde a cavidade orbital até a margem posterior da carapaça, com um paquímetro de precisão 0,01 mm, e o peso total (Pt), em balança digital de precisão 0,01g.

Análise de Dados

Utilizou-se o programa BioEstat 4.0® para as análises estatísticas.

A proporção sexual entre machos e fêmeas (machos:fêmeas) foi calculada entre os meses, entre as fases da lua (cheia e nova), e para o período total de coleta, através do teste de Qui-quadrado ( 2), ao nível de significância de 5%.

Para verificar a estrutura populacional da espécie, em cada mês e em cada fase da lua e em cada local de coleta, os indivíduos foram distribuídos em classes de um (1) mm de comprimento da carapaça (Cc), determinando assim a freqüência de camarões, por classe, em relação ao total de indivíduos amostrados durante o período de estudo.

A relação do peso total pelo comprimento da carapaça (Pt/Cc), foi determinada para a espécie em relação ao total de indivíduos, para machos, fêmeas e animais indeterminados quanto ao sexo, separadamente, segundo a equação Pt = a.Ccb, onde Pt = peso total (g); Cc = comprimento da carapaça (mm); a e b = parâmetros de crescimento (WEATHERLEY & GILL, 1987) [25]. A taxa de crescimento em peso foi avaliada pelo grau de alometria e confirmada pelo teste t, como isométrico (b = 3), alométrico positivo (b > 3) ou alométrico negativo (b<3). Os exemplares cujos apêndices não estavam intactos foram descartados desta análise.

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Resultados

A temperatura da água apresentou média de 29,1 °C, com máxima de 30,3 °C em janeiro/05 (lua cheia), e mínima de 28,1 °C em agosto/04 (lua cheia). A salinidade variou com mínimo de 23,14 em janeiro/05 (lua cheia) e máximo de 34 em agosto/04 (lua cheia), com média de 29,1, com maiores valores durante o período seco.

O pH apresentou uma pequena amplitude durante os meses de estudo, com valores que foram de 7,26 em janeiro/05 (lua cheia) a 7,99 em agosto/04 (lua cheia), com médias semelhantes durante os períodos seco e chuvoso.

A turbidez apresentou valores que variaram de 4,3 em agosto/04 (lua nova) a 9,3 em janeiro/05 (lua cheia), com maior média durante o período chuvoso.

Um total de 3.450 camarões F. subtilis foram analisados, dos quais 1.808 eram fêmeas (52,4%), 1.042 eram machos (30,2%) e 600 eram camarões cujo sexo não foi possível ser determinado (17,4%) por serem ainda muito pequenos, dificultando a diferenciação morfológica.

No mês de agosto de 2004, na lua nova, obteve-se um total de 1.172 indivíduos (55,6% fêmeas, 25,8% machos e 18,6% de sexo indeterminado) e durante a lua cheia, obteve-se 1.145 indivíduos (58,2% fêmeas, 34,8% machos e 7% de obteve-sexo indeterminado). Em janeiro de 2005, (lua cheia) obteve-se ao todo 1.133 indivíduos (52,4% fêmeas, 30,2% machos e 17,4% de sexo indeterminado), tabela 1.

Tabela 1 – Número de indivíduos coletados no estuário de Curuçá em agosto de 2004 (luas cheia e nova) e em janeiro de 2005 (lua cheia).

GRUPO Agosto Janeiro Total

Cheia Nova Cheia

Fêmeas 666 652 490 1808

Machos 399 302 341 1042

Indeterminados 80 218 302 600

Total 1145 1172 1133 3450

A proporção sexual total (machos:fêmeas) variou em favor das fêmeas em ambos os meses de estudo, nas diferentes fases da lua, diferindo significativamente (p<0,05) do esperado de 1:1, conforme Tabela 2.

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Tabela 2 – Razão sexual de F. subtilis, coletados no estuário do Rio Curuçá em agosto de 2004 (luas cheia e nova) e em janeiro de 2005 (lua cheia).

Mês/ano Lua Machos (M) Fêmeas (F) Total M:F 2

Agosto de 2004 Nova 302 652 954 0,5:1 128,40 *

Agosto de 2004 Cheia 399 666 1065 0,6:1 66,93 *

Janeiro de 2005 Cheia 341 490 831 0,7:1 26,72 *

1042 1808 2850 0,6:1 230,46 *

* Diferença significativa (p<0,05)

As amplitudes de variação do comprimento da carapaça (Cc) e peso total (Pt) de F.

subtilis foram de 4,15 a 25,46 mm (média de 13,65 ± 3,88 desvio padrão) e 0,07 a 11,19 g

(2,00 ± 1,84) para as fêmeas, de 6,19 a 26,45 mm (13,95 ± 3,43) e 0,11 a 11,92 g (2,06 ± 1,59) para os machos e de 5,07 a 18,22 mm (10,87 ± 3,28) e 0,05 a 0,65 g (0,21 ± 0,13) para os de sexo indeterminado, respectivamente (Tabelas 3 e 4).

Tabela 3 – Estatística descritiva do Comprimento da carapaça (Cc) de F. subtilis fêmeas, machos e indeterminados (IND), coletados no estuário de Curuçá, costa Norte do Brasil.

Estatística Descritiva

Comprimento da carapaça (mm) Lua Cheia Fêmeas

Machos IND Total Agosto 2004 Janeiro 2005

Média 13,65 13,95 10,87 13,28 12,82(*) 11,36(*) Erro padrão 0,10 0,11 0,14 0,07 0,08 0,09 Mediana 13,25 14,02 9,99 13,12 12,40 10,98 Desvio padrão 3,88 3,43 3,28 3,82 3,92 3,10 Variância 15,03 11,79 10,74 14,57 15,36 9,61 Mínimo 4,15 6,19 5,07 4,15 4,15 5,07 Máximo 25,46 26,45 18,22 26,45 26,45 24,16 Contagem (N) 1661 1050 592 3303 1111 1113 (*) P < 0,01 (Teste Z)

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Tabela 4 – Estatística descritiva do Peso total (Pt) de F. subtilis fêmeas, machos e indeterminados (IND),

coletados no estuário de Curuçá, costa Norte do Brasil.

Estatística Descritiva

Peso total (g) Lua Cheia Fêmeas Machos IND Total Agosto 2004 Janeiro 2005

Média 2,00 2,06 0,21 1,93 2,48(*) 1,06(*) Erro padrão 0,05 0,05 0,01 0,03 0,06 0,04 Mediana 1,38 1,71 0,18 1,42 1,83 0,74 Desvio padrão 1,84 1,59 0,13 1,75 2,02 1,07 Variância 3,40 2,53 0,02 3,06 4,08 1,14 Mínimo 0,07 0,11 0,05 0,05 0,05 0,05 Máximo 11,19 11,92 0,65 11,92 11,92 8,26 Contagem (N) 1601 1035 141 2774 1057 851 (*) P < 0,01 (Teste Z)

Os camarões coletados em agosto de 2004 (período seco) foram estatisticamente maiores e mais pesados que os do período chuvoso (janeiro 2005), p<0,01, tabelas 3 e 4, respectivamente.

Não houveram diferenças significativas entre o tamanho e o peso de camarões machos e fêmeas (p>0,05).

De modo geral, os camarões foram coletados em maior abundância nos arrastos de praia (rede puçá), principalmente nos locais 2 e 3 (P2 e P3), Figuras 2 a 4. Não houveram diferenças significativas entre o tamanho e o peso dos camarões coletados com as diferentes artes de pesca (arrastos de praia e de fundo), p>0,05.

Não houve diferença na abundância dos camarões coletados nos arrastos de praia (PU) e de fundo (AF) no local 1, com exceção do mês de janeiro de 2005 em que a abundância dos exemplares capturados nos arrastos de fundo foi maior (Figura 4).

Houve a presença de jovens tanto no período seco quanto no chuvoso, bem como em todas as coletas efetuadas (lua cheia e nova, locais de coleta e artes de pesca). Porém, camarões recém-adultos (acima de 23 mm de Cc – L50), foram encontrados apenas no período seco (Figuras 2 e 3).

O peso (Pt) dos camarões foi dependente do tamanho (Cc), e a alometria foi positiva para todos os grupos analisados, com exceção dos indivíduos de sexo indeterminado, para os quais a alometria foi negativa (Figura 5 e tabela 5).

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Figura 2 – Distribuição de freqüência de tamanho (comprimento da carapaça) de F. subtilis machos, fêmeas e indeterminados, coletados no estuário de Curuçá no mês de agosto de 2004, com redes de arrasto do tipo “wing trawl” (AF) e puçá (PU), nos três locais (P1, P2 e P3), durante o período de lua nova. A seta indica o valor no qual 50% da população atinge a maturidade sexual (L50), segundo MARTINELLI (2005).

Comprimento da carapaça (mm)

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Q

Ü

Ê

N

C

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Figura 3 – Distribuição de freqüência de tamanho (comprimento da carapaça) de F. subtilis machos, fêmeas e indeterminados, coletados no estuário de Curuçá no mês de agosto de 2004, com redes de arrasto do tipo “wing trawl” (AF) e puçá (PU), nos três locais (P1, P2 e P3), durante o período de lua cheia. A seta indica o valor no qual 50% da população atinge a maturidade sexual (L50), segundo MARTINELLI (2005).

AF Lua Cheia Ago/04 PU Lua Cheia Ago/04

Comprimento da carapaça (mm)

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Q

Ü

Ê

N

C

IA

(%

)

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Figura 4 – Distribuição de freqüência de tamanho (comprimento da carapaça) de F. subtilis machos, fêmeas e indeterminados, coletados no estuário de Curuçá no mês de janeiro de 2005, com redes de arrasto do tipo “wing trawl” (AF) e puçá (PU), nos três locais (P1, P2 e P3), durante o período de lua cheia. A seta indica o valor no qual 50% da população atinge a maturidade sexual (L50), segundo MARTINELLI (2005).

AF Lua Cheia Jan/05

Comprimento da carapaça (mm)

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0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25 30 Cc (mm) P t ( g) Fêmeas 0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25 30 Cc (mm) Machos 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 Cc (mm) P t ( g ) Indeterminados 0 5 10 15 20 0 5 10 15 20 25 30 Cc (mm) P t ( g ) Fêmeas Machos Indeterminados

Figura 5 – Relações entre o comprimento da carapaça (Cc) e o peso total (Pt) de F. subtilis coletados no estuário

de Curuçá nos meses de agosto de 2004 e janeiro de 2005.

Tabela 5 – Estatística das regressões entre o comprimento da carapaça (Cc) e o peso total (Pt) de F. subtilis

coletados no estuário de Curuçá, Pará, nos meses de agosto de 2004 e janeiro de 2005. (N) número de indivíduos, (Y) variável dependente, (X) variável independente, (Pt) peso total, (Cc) comprimento da carapaça, (a) intersecção da reta no eixo Y quando X=0, (b) coeficiente de alometria, (r2) coeficiente de determinação, (F)

resultado do teste F, (A) alometria ([+]=positiva e [-]=negativa), (F) fêmeas, (M) machos, (IND) sexo

indeterminado. GRUPOS N Y = a.Xb r2 F A F 1596 Pt = 0,0004.Cc3,12 0,86 8038,22 + M 1033 Pt = 0,0003.Cc3,24 0,90 4754,64 + IND 138 Pt = 0,0012.Cc2,47 0,39 94,59 - TOTAL 2767 Pt = 0,0003.Cc3,25 0,89 13387,95 +

Discussão

Entre os crustáceos é comum que os machos atinjam maiores dimensões, provavelmente para assegurar a cópula e garantir a competição intraespecífica (GHERARDI & MICHELI, 1989). No entanto, o maior crescimento das fêmeas verificado em vários estudos tende a maximizar o potencial reprodutivo da espécie através de uma maior fecundidade, enquanto que o pequeno tamanho observado nos machos pode ser compensado pela elevada densidade junto às fêmeas (LIMA et al., 2006). Em estudos com camarões comerciais, SANTOS et al. (2001) observou que a estratégia de maior tamanho entre fêmeas

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também pode ser constatada em F. subtilis.

Esse dimorfismo sexual em relação ao tamanho, onde as fêmeas apresentam comprimentos de carapaça maiores que os machos (BOSCHI, 1969), pode ser explicado em função das fêmeas alojarem suas gônadas na cavidade cefalotoráxica, as quais se desenvolvem bastante, principalmente durante a época reprodutiva (RODRIGUEZ, 1987).

Ao contrário do que foi observado nos trabalhos de CARVALHO (2006) [21] e MARTINELLI (2005), nos quais as fêmeas de F. subtilis apresentaram tamanhos e pesos superiores aos machos, no presente trabalho não foram observadas diferenças significativas em relação a estas variáveis entre os sexos.

A proporção sexual de F. subtilis observada neste estudo está de acordo com o padrão observado na maioria dos trabalhos realizados com camarões desta família, no qual ocorre o domínio das fêmeas sobre os machos, concordando, assim, com ISAAC et al. (1992), MARTINELLI (2005) e CARVALHO (2006), mas diferindo de SILVA et al. (2002a), que observou proporção igual entre os sexos.

Essa diferença na razão sexual em favor das fêmeas de F. subtilis deve estar associada a sua biologia reprodutiva, no qual o seu elevado número mostra uma tendência de aumento no sucesso reprodutivo da espécie (COELHO & SANTOS, 1993). A mortalidade diferenciada, com taxas maiores para os machos (JAYAWARDANE et al., 2002), a qual pode estar associada a uma possível predação mais elevada (SANDERS et al., 2000), também pode contribuir com as diferenças na razão sexual da espécie.

A relação peso e comprimento foi utilizada para facilitar a estimativa do peso de um exemplar através do conhecimento do seu comprimento e na determinação do tipo de crescimento da espécie. Segundo BRANCO (2005), os camarões penaeídeos apresentam uma tendência a crescimento alométrico diferenciado entre os sexos. No presente estudo, a relação peso e comprimento foi diferente para os dois sexos quando realizada a comparação do coeficiente de regressão, sendo este maior para os machos, e quando feita a análise do coeficiente "a", onde as fêmeas apresentaram maior grau de engorda. Tanto os camarões machos quanto as fêmeas no estuário de Curuçá apresentaram crescimento alométrico positivo. No geral, o crescimento alométrico positivo de F. subtilis no estuário de Curuçá indica que o maior aumento de peso em relação ao comprimento da carapaça está de acordo com o padrão observado por ISAAC et al. (1992), MARTINELLI (2005) e CARVALHO (2006).

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mesmo padrão descrito por outros autores na região. VIEIRA et al. (1997), CINTRA et al. (2004) e CARVALHO (2006) observaram uma grande freqüência de camarões-rosa juvenis durante o período chuvoso. No presente trabalho, houve a presença de juvenis tanto no período seco quanto no chuvoso. Porém, somente no período seco foram encontrados camarões recém-adultos (acima de 23 mm de Cc - L50, segundo MARTINELLI, (2005)). Ainda, os camarões do período seco foram estatisticamente maiores e mais pesados que os do período chuvoso, o que sugere que é no período seco que estes camarões atingem o início da maturidade sexual e migram do estuário de Curuçá para o mar aberto.

Os resultados deste trabalho colaboram com os estudos de CARVALHO (2006), que em seu estudo considera o estuário de Curuçá uma importante área para o desenvolvimento e manutenção deste recurso dentro da costa Norte brasileira.

PALAVRAS-CHAVE: Crustacea, Decapoda, Amazônia

Agradecimentos

Ao Projeto Milênio RECOS/CNPq: ‘Uso e Apropriação dos Recursos Costeiros’ pelo financiamento das coletas de campo e pela bolsa de iniciação científica para o primeiro autor. Aos colegas do Laboratório de Biologia Pesqueira e Manejo dos Recursos Aquáticos que ajudaram nas coletas de campo, em especial à Dalila Costa Silva pelo auxílio com a biometria dos camarões.

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