Quem nunca parou em frente a um aquário? Se você ainda não! Venha para a FISHOP. Quem nunca, quando criança, recolheu conchas e outros objetos pela praia?
Quem, hoje adulto e com filhos, usa a desculpa de acompanhar as crianças para continuar fazendo? A vida aquática seja marinha ou não, tem exercido enorme fascínio sobre nós por muitos e muitos anos, existindo registros de aquários (na verdade tanques à beira mar) desde a época dos romanos.
Os aquários, quando bem montados, prendem a atenção de adultos e crianças que ficam a observar muitos detalhes dos mesmos (aquela bolha, a rocha, o tronco, o molusco, o peixe, etc)
1. POR ONDE COMEÇAR?
Normalmente entramos neste hobby porque vimos um aquário bem montado na casa de um amigo, ei em uma loja , em um filme ou em qualquer outro lugar.
O próximo passo é procurar a FISHOP, loja de aquarismo especializada, e ficar ainda mais fascinado com a grande variedade de espécimes, equipamentos e itens para decoração que
temos em nosso Show Room.
Calma! Vale a pena investir um pouco de tempo nesta fase para definir que tipo de ecossistema você gostaria de reproduzir em seu aquário como, por exemplo:
- Marinho para peixes, corais e invertebrados ou misto? - Carnívoros de água doce (pintado, aruanã e outros)? - Territoriais (ciclídeos, por exemplo)?
- Discos?
- Plantado (aquário especialmente preparado para plantas)? - Comunitário (este é onde todos começam)?
- Temático (peixes do Pantanal, por exemplo)? Criação (lebistes, espadas e outros)?
Não é só encher o aquário de água e ir comprando tudo que têm vontade!!!
2. O AQUÁRIO
Em aquarismo tamanho faz diferença??? SIM!!!
Ao contrário do que muitos imaginam quanto maior o aquário mais fácil de estabilizá-lo, menor a necessidade de manutenção e maior a quantidade de espécimes que o mesmo suportará.
Uma vez definido o tamanho do aquário e o local! Seguimos em frente...
3. O PEIXE
Muito bem! Já escolhemos o tamanho e o local do aquário e estamos pronto para prepará-lo para nossos peixes.
Por onde começamos? Que tal pela água? Afinal peixe fora d’água...
Porém para iniciarmos o assunto água e seus derivativos vamos entender um pouco do principal habitante de nossos aquários:
O PEIXE
Não pretendemos aqui dar uma aula completa sobre o peixe e sim passar noções básicas já que muitas vezes não entendemos por que não conseguimos ter sucesso com nossos aquários e, na maioria dos casos, a resposta é simples – não nos preocupamos em conhecer os animais que colocaremos no aquário. Existem duas classificações amplas para os peixes: Osteichthyes e Chondrichthyes.
Osteichthyes - são os peixes que possuem o esqueleto constituído por ossos e são a maioria dos peixes encontrados na natureza e conseqüentemente para habitação em aquários.
Chondrichthyes - são os peixes que possuem o esqueleto constituído por cartilagem como os tubarões e arraias.
A forma do corpo, posicionamento da boca e coloração de cada espécie nos fornece informações importantes, como por exemplo: Nem todos os peixes apresentam a mesma forma, o formato básico e comum que mais conhecemos.
Corpo estreito, achatado lateralmente e comprido, nos indica peixes de correnteza ou águas agitadas, que dependem da velocidade para caçar ou se defender de predadores.
Peixe de corpo largo, achatado dorso-ventralmente, nos indica peixes que habitam regiões próximas ao fundo do rio, lago, etc.
Boca em posição superior, voltada para cima, indica peixes que se alimentam próximo à superfície.
Bocas inferiores, voltadas para baixo, indicam peixes cujo alimento se encontra abaixo dele, seja revirando o substrato, raspando algas em pedras, etc.
Boca frontal indica peixes predadores.
Esquema dos tipos de nadadeiras Exemplo de peixes com nadadeira dorsal dupla
Olhos
Na maioria dos peixes os olhos estão situados lateralmente à cabeça, mas em algumas espécies o posicionamento pode variar. Nos peixes de hábito alimentar próximo a superfície, os olhos podem estar posicionados mais para o alto da cabeça, o mesmo ocorrendo com alguns peixes que vivem próximo ao fundo. Os peixes não possuem pálpebras.
Placa situada após os olhos. Sua função é proteger a câmara branquial. Ela é facilmente identificada devido seu movimento de abrir e fechar durante a respiração. Alguns peixes desenvolveram projeções em forma de espinhos, sendo utilizados como defesa.
Esquema mostrando a localização das narinas, olho e opérculo.
Os peixes são animais ectotérmicos (animais de sangue frio) e todo o seu metabolismo depende da temperatura do ambiente em que vivem, não possuindo capacidade de suportar variações muito bruscas de temperatura. Sendo assim um controle adequado de temperatura de nossos aquários se faz necessário. Uma pergunta constante sobre peixes para aquários é: Quantos peixes posso colocar em meu aquário? Desenvolveu-se uma regra empírica de 1 cm peixe por litro para aquários tropicais e 1 cm peixe por 5 litros de água marinha.
Por esta regra, em um aquário de água doce (tropical) de 50 litros poderíamos colocar 50 peixes de 1 cm, 10 de 5 cm ou 5 de 10 cm como exemplo.
Vale ressaltar que esta regra não leva em consideração o crescimento dos peixes sendo importante que você tenha esta informação antes de adquirir aquele espécime tão bonitinho e que na verdade irá jantar todo seu aquário durante seu crescimento.
4. A ÁGUA
Entendendo um pouco do que é um peixe, acreditamos, fica mais fácil compreender a necessidade de procurarmos manter a melhor qualidade da água de nossos aquários.
Como comentado no tópico anterior aprendemos que o peixe interage com o ambiente em que está inserido, dependendo do mesmo para realizar suas funções metabólicas de forma eficiente.
Existem vários parâmetros que podem e devem ser observados em um aquário tanto de água doce quanto no marinho.
O CICLO DO NITROGÊNIO
O aquário é um ecossistema em miniatura fechado, já que não se relaciona em larga escala com o exterior, como acontece com um lago, rio ou o mar.
Desta forma os restos de comida, fezes, urina dos peixes, plantas mortas, folhas soltas, etc sofrem decomposição dentro do aquário resultando em substâncias tóxicas que precisam ser metabolizadas para não causarem danos aos habitantes do aquário.
Estas transformações são realizadas por seres microscópicos chamados bactérias nitrificantes cuja função é a de decompor compostos nitrogenados.
Vejamos o gráfico:
O Nitrogênio (N) é um elemento químico que entra na constituição de duas importantes classes de moléculas orgânicas: proteínas e ácidos nucleicos.
O Nitrogênio está presente em grande quantidade no ar na forma de gás nitrogênio (N2) porém somente alguns tipos de bactérias, principalmente as cianobactérias conseguem captar o N2 acabando sendo comidas por outros organismos, que por sua vez são comidos por animais maiores, e assim por diante até que todos os seres vivos tenham compostos nitrogenados em sua composição – por esta razão estas bactérias são conhecidas como fixadoras de nitrogênio.
Ao morrer, perder um pedaço ou excretar os seres vivos (animais e vegetais) liberam esses compostos nitrogenados acumulados que são imediatamente processados por bactérias decompositoras resultando este processo no gás Amônia (NH3) que ao entrar em contato com a água forma o Hidróxido de Amônio (NH4OH) que é altamente tóxico para os seres vivos sendo que sua toxidade depende do PH, Temperatura e salinidade da água. Quanto mais alto o PH (alcalino) mais devastador será o efeito do Amônio.
Esta substância, felizmente, é consumida por bactérias do tipo Nitrossomonas, que na presença do oxigênio transformam a amônia em Nitrito (NO2-).
O Nitrito (NO2-) também é uma substância altamente tóxica para animais e plantas porém também é transformado por bactérias do gênero Nitribacter que o metabolizam e o transformam em Nitrato (NO3-).
O Nitrato (NO3-) é aproveitado por plantas e algas e deve ser controlado simplesmente para evitar uma indesejada explosão de algas em nossos aquários.
O PH
O pH é uma característica de todas as substâncias, determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+).
Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-.
A água é um composto muito interessante.
Uma de suas propriedades mais interessantes é a de dissolver-se em sim mesma.
Quando você adiciona alguma substância (sal ou açúcar, por exemplo) à água pura, esta rapidamente quebra a composição química da mesma dissolvendo-a. Aliás, a água dissolve tudo na natureza, variando apenas o tempo de elemento para elemento, daí um de seus apelidos “solvente universal”. O interessante é que quando adicionamos água pura em água pura esta também é dissolvida na proporção de uma molécula em cada 10 milhões (107).
Em condições normais uma molécula em cada 10 milhões (107) de água é dissolvida, gerando 1 íon H+ e 1 íon OH -, surgindo daí o PH NEUTRO = 7.
A tabela de PH é logarítima, ou seja, cada valor é 10 vezes superior ou menor do que o valor anterior. Desta forma a tabela de PH vai de 0 a 7 (ácida), 7 (neutro) e de 7 a 14 (alcalina).
Tabela de PH:
9,0 100 vezes mais alcalino do que um PH de 7,0
8,5
8,0 10 vezes mais alcalina do que um PH de 7,0 7,5
7,0 Neutra 6,5
6,0 10 vezes mais ácida do que um PH de 7,0
5,5
5,0 100 vezes mais ácida do que um PH de 7,0
5. FILTRAGEM E CUIDADOS GERAIS COM A ÁGUA Filtragem
Ao analisarmos o tópico anterior fica evidente a necessidade de nos preocuparmos com a qualidade da água de nossos aquários.
Sem um sistema de filtragem adequado esta manutenção, senão impossível, fica dificílima.
A filtragem adequada consiste em um processo de limpeza e depuração dos resíduos orgânicos, restos de alimentos, excreções dos peixes, folhas mortas, etc, contidos na água.
Existem 03 tipos básicos de filtragem:
2) Filtragem química: retira partículas muito pequenas, odores e pigmentos, por meio de fenômenos químicos. Ex: carvão ativado e absorvente de amônia
3) Filtragem biológica: transforma a amônia em nitritos e em nitratos através de colônias de bactérias aeróbicas (que respiram oxigênio). Em aquários marinhos soma-se mais um grupo de bactérias anaeróbicas (Jaubert).
Existem vários modelos de filtros a disposição para adaptar-se em cada tipo de aquário.
No entanto, nós da FISHOP , recomendamos um que contenha os três tipos de filtragem seja em peças separadas, seja em local já montado junto com o aquário (dry-wet).
Apesar de bastante econômico nós procuramos evitar o filtro biológico de fundo (FBF) devido a sua necessidade de manutenção constante e pouca eficiência na eliminação de detritos.
Este tipo de filtro funciona mais ou menos como se, ao varrermos nossa casa, jogássemos a sujeira para baixo do tapete. Ela não aparece – mas continua lá.
Filtros do tipo dry-wet, canister e fluval são os mais recomendados já que podem ficar dentro ou fora dos aquários, porém mantém os detritos apartados da água do aquário.
PH
Já entendemos o que é PH, porém falta entendermos como ele afeta os peixes. Na natureza existe um fenômeno chamado OSMOSE.
Em linhas bem gerais este processo se resume na tendência de dois elementos tentarem se equivaler. Desta forma, se separarmos um recipiente com uma membrana semipermeável colocando de um lado água com sal e de outro água natural, após algum tempo encontraremos os dois lados no mesmo nível e com a mesma salinidade.
Pois bem, os peixes como seres vivos possuem sangue que por sua vez tem um determinado PH que foi adaptado para o ambiente natural onde os mesmos se desenvolvem. Ao colocarmos, então, um peixe com ph 7 em água com ph 6, estamos forçando o animal a se adaptar uma condição de acidez dez vezes maior a que esta acostumado havendo uma tendência de seus fluidos corpóreos tentarem “equilibrar” o meio ambiente causando um colapso em seu organismo, parecido com desidratação.
Ao colocarmos este mesmo peixe em um ph 8 o processo é inverso havendo a tendência da água externa tentar baixar o ph do peixe, matando-o afogado.
O mesmo se aplica à salinidade da água motivo pelo qual os peixes de água doce urinam o tempo todo e os de água salgada praticamente não o fazem.
Temperatura
Como já comentado também, os peixes dependem da temperatura de seu meio ambiente para realizar seus processos metabólicos como digestão, respiração e reprodução, dentre outros.
Manter uma temperatura adequada para os peixes escolhidos não é uma questão de luxo e sim de proporcionar condições para a adequada realização de seu metabolismo.
Existem vários tipos de aquecedores, porém o mais indicado são aqueles que já vem com termostatos de regulagem eletrônica que permitem a indicação da temperatura ideal, desligando quando a mesma é atingida, o que evita o risco de literalmente cozinharmos nossos peixes.
Iluminação
A iluminação é um fator importante para completar a decoração de nossos aquários pois realça as cores de nossos peixes e é primordial para aquários plantados e marinhos, sem as quais fica praticamente impossível promover o crescimento de plantas e/ou corais.
Existem vários modelos de lâmpadas, de diversos tamanhos, finalidades e cores.
6. CONCLUSÃO
Nós da FISHOP temos por objetivo levar ao público em geral conhecimento dos princípios básicos e avançados do aquarismo em geral e mostrar como é fácil montar e manter seu aquário, seja qual for o tamanho escolhido, incentivando o aquarismo com responsabilidade, respeitando a natureza visando sempre formar verdadeiros aquaristas, satisfeitos com seus aquários bem sucedidos.
Oferecemos um ótimo atendimento, pessoal treinado para esclarecimentos das mais diversas dúvidas, literaturas, aquários de tamanhos variados, diversidade de peixes com qualidade, plantas naturais e artificias, uma enorme variedade de produtos para ornamentação e acessórios em geral.
Prestamos serviços de limpeza geral de lagos e aquários de qualquer tamanho, proporcionando manutenções periódicas para o manter o sistema funcionando corretamente e equilibrado, fazemos testes especiais na água e observamos o comportamento de seus peixes.
Esperamos ter atingido nosso objetivo de proporcionar noções básicas sobre aquarismo e nos colocamos a disposição para maiores esclarecimento.