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RESUMO NÃO TÉCNICO Licenciamento PCIP da ROCA TORNEIRAS S.A.

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Academic year: 2021

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Página 1 de 11 INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico (RNT) do processo de Licenciamento Único Ambiental (LUA) da empresa ROCA TORNEIRAS S.A., localizada em Cantanhede, que tem como atividade principal o fabrico de torneiras.

Ao longo deste documento a unidade industrial será designada unicamente por ROCA TORNEIRAS.

A ROCA TORNEIRAS foi fundada em 1998, sendo uma empresa pertencente ao Grupo Roca que foi concebida com um alto nível tecnológico e de automatização para aumentar, de forma significativa, a capacidade de produção de torneiras misturadoras com mecanismos interiores cerâmicos do Grupo.

O processo de Licenciamento Único Ambiental aplica-se à ROCA TORNEIRAS uma vez que na sua instalação desenvolve a atividade de cromagem de metais com um volume de banhos de tratamento de 43,9 m3, a qual se

enquadra na atividade 2.6 do Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto (Tratamento de superfície de metais ou matérias plásticas que utilizem um processo eletrolítico ou químico, quando o volume das cubas utilizadas no tratamento realizado for superior a 30 m3).

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Página 2 de 11 1. INFORMAÇÃO GERAL

1.1 Identificação e localização da instalação

A ROCA TORNEIRAS é uma indústria de fabricação de torneiras cuja Classificação de Atividade Económica (CAE) é a n.º 28140 que corresponde à Fabricação de outras torneiras e válvulas.

Insere-se na zona industrial de Cantanhede que pertence à União de freguesias de Cantanhede e Pocariça, concelho de Cantanhede e distrito de Coimbra.

1.2 Regime de Funcionamento

O período de funcionamento da ROCA TORNEIRAS é de 24 horas por dia (em 4 turnos diários) e 5 dias por semana. Existem diversos períodos de paragem da fábrica ao longo do ano, ocorrendo o maior em agosto.

1.3 Número de Trabalhadores

O número atual de funcionários é de 201.

1.4 Produções

A ROCA TORNEIRAS fabrica torneiras com uma capacidade de produção de 2000000 de torneiras por ano.

1.5 Atividades desenvolvidas

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Página 3 de 11 Figura 1 – Fluxograma do processo produtivo da ROCA TORNEIRAS

Para além das atividades identificadas anteriormente, é possível identificar setores e instalações de apoio ao processo produtivo da ROCA TORNEIRAS, tais como:

▪ Setor de moldes e ferramentas;

▪ Setor de manutenção de máquinas e infraestruturas; ▪ Sistema de tratamento de água por osmose inversa;

▪ Estação de tratamento de águas residuais (ETAR) associada ao setor da cromagem; ▪ Sistema de tratamento de água do setor de fundição;

▪ Posto de Transformação (PT) e rede elétrica; ▪ Rede de gás natural;

▪ Caldeiras;

▪ Captação e tratamento de água para uso industrial;

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▪ Armazenamento de água de incêndio; ▪ Gerador de emergência;

▪ Compressores e rede de ar comprimido;

▪ Sistemas de tratamento de emissões atmosféricas;

▪ Parque de armazenamento de produtos químicos e resíduos; ▪ Armazenamento de material de embalagem;

▪ Sistema de centrifugação de limalha e reutilização das emulsões oleosas; ▪ Sistemas de refrigeração;

▪ Sistema de aquecimento.

1.6 Segurança e saúde no trabalho

Na ROCA TORNEIRAS o regime de organização e funcionamento dos serviços de saúde e segurança no trabalho é efetuado em separado.

No que diz respeito aos serviços de Segurança no Trabalho estes são organizados internamente, assegurados por dois técnicos superiores de segurança no trabalho com Certificados de Aptidão Profissional de nível 5.

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Página 5 de 11 2. INFORMAÇÃO AMBIENTAL

2.1 Condições Ambientais do Local

A ROCA TORNEIRAS insere-se na zona industrial de Cantanhede, a qual se localiza a cerca de 1,7 km do centro de Cantanhede. Na sua envolvente mais próxima (Figura 2) localizam-se diversas unidades industrias e o parque de biotecnologia (BIOCANT).

Figura 2 – Localização da ROCA TORNEIRAS sobre fotografia aérea

A acessibilidade rodoviária é de boa qualidade, assegurada pela estrada A25 (Viseu-Figueira da Foz), auto-estrada A1 (Lisboa-Porto) e pela auto-estrada nacional N234.

Ao nível do Plano Diretor Municipal (PDM) ocupa uma área classificada como zona industrial, não estando sujeita a qualquer condicionante. O PDM em vigor foi publicado em Diário da República pelo Aviso n.º 4172/2016, de 28 de março de 2016 (1ª revisão).

Do ponto de vista dos recursos hídricos superficiais, a linha de água mais próxima é a vala do Juncal que corre para a ribeira da Varziela, linhas de água da bacia hidrográfica do rio Vouga. Do ponto de vista hidrogeológico, situa-se sobre o sistema aquífero Cársico da Bairrada (O3).

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Página 6 de 11 2.2 Consumos de materiais

Como matéria-prima a ROCA TORNEIRAS consome um material não perigoso, o lingote de latão. Como matérias auxiliares consome produtos não perigosos e perigosos, dos quais se destacam a areia (produto não perigoso) e os produtos químicos usados na cromagem e fundição (maioritariamente produtos perigosos).

2.3 Consumos de água

O abastecimento de água à ROCA TORNEIRAS tem duas origens: a rede pública de abastecimento e uma captação subterrânea do tipo furo.

A água da rede pública é usada para fins domésticos (casas de banho, balneários, bebedouros e refeitório) e a água do furo é usada para fins industrias e para rega. Em 2016 o consumo de água foi de 29200 m3.

A ROCA TORNEIRAS tem implementadas medidas de utilização racional dos consumos de água, das quais se destacam a monitorização e controlo dos consumos de água (através de medidores de caudal instalados), a otimização dos caudais de lavagem em contínuo no setor de cromagem, a otimização da vida útil dos banhos no setor de cromagem, a manutenção periódica da rede de abastecimento de água, a instalação de torneiras com redutor de caudal nas áreas sociais, a reutilização das águas de lavagens das torneiras (após tratamento) e o controlo do sistema de rega com temporizadores.

2.4 Consumos energéticos

A ROCA TORNEIRAS utiliza energia elétrica e, em menor quantidade, energia térmica que é obtida a partir da queima de gás natural. Utiliza também uma quantidade muito pequena de gasóleo para abastecer o gerador de emergência e as motobombas da rede de água de combate a incêndio. Em 2016 a ROCA TORNEIRAS consumiu aproximadamente 1900 tep1 de energia.

Uma vez que a ROCA TORNEIRAS tem um consumo anual superior a 500 tep, a legislação nacional obriga a instalação a definir um plano com medidas de redução dos consumos de energia a implementar em 8 anos. Esse plano foi definido e aplica-se ao período de 2017 a 2024.

2.5 Emissões de águas residuais e pluviais

As águas residuais da ROCA TORNEIRAS são descarregadas na rede pública de drenagem de águas residuais e têm duas origens, doméstica e industrial. As águas residuais domésticas são enviadas pelas casas de banho e balneários e as águas residuais industriais são enviadas na sua maioria pelo setor de cromagem. As águas residuais provenientes da cromagem, previamente à descarga na rede pública, são tratadas numa estação de tratamento de águas residuais

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(ETAR). Em 2016 foram descarregados aproximadamente 13000 m3 de água tratada na ETAR. A volume da

componente doméstica que é descarregada não é conhecido.

A descarga das águas residuais industrial está autorizada pela entidade que gere a rede pública (INOVA - Empresa de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede - EM – SA), estando a ROCA TORNEIRAS obrigada a realizar monitorizações mensais da água residual descarregada.

As águas pluviais são recolhidas em rede própria e descarregadas na rede pública de águas pluviais.

2.6 Emissões para a atmosfera

A ROCA TORNEIRAS tem na sua instalação 15 fontes fixas de emissões para a atmosfera. A distribuição das fontes fixas pelos setores é a seguinte: 2 nas caldeiras, 1 no sistema de aquecimento, 2 no setor de cromagem, 3 no setor de fundição, 5 no setor de limado e polido e 2 em sistemas de emergência (gerador e motobombas).

As emissões das fontes fixas, exceto as 2 associadas aos sistemas de emergência, são periodicamente monitorizadas com o objetivo de avaliar o cumprimento dos valores limites de emissão.

Na instalação não existem fontes difusas relevantes, nem a emissão de odores nocivos ou incómodos.

2.7 Gestão de Resíduos

Os resíduos produzidos na ROCA TORNEIRAS são recolhidos de modo seletivo, codificados, quantificados e entregues a entidades licenciadas para a sua gestão, quer no transporte, quer no destino final, dando cumprimento ao estabelecido no regime geral da gestão de resíduos.

Em 2016 a ROCA TORNEIRAS produziu aproximadamente 2015 t de resíduos, dos quais 8% são perigosos. No que se refere ao destino dos resíduos, 93% são enviados para operações de valorização e os restantes para operações de eliminação. Na Tabela 1 são apresentados os resíduos produzidos em maior quantidade em 2016, em termos de tipologia e quantidade.

Tabela 1 – Descrição e quantidade dos resíduos produzidos na ROCA TORNEIRAS

Resíduo Quantidade produzida

anualmente (t)

Operação de valorização / eliminação (1)

Escórias forno 36 R12/R13

Areias 740 R5

Banho de descromar e ácidos 14 D9/D15

Lamas da cromagem 3 D9/D15

Limalhas e gitos 272 R12/R13/R4

Pó de latão 131 R12/R13

Emulsões oleosas 10 D9/R3

Lamas emulsões oleosas 31 D9/R3/D15

Lixas e Discos 6 D9

Gitos, cotão e metal zamac 461 R4

Cartão 112 R13

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Resíduo Quantidade produzida

anualmente (t) Operação de valorização / eliminação (1) Paletes usadas 77 R13 Mistura de embalagens 69 R13 Embalagens contaminadas 7 R3/R4/D9 Absorventes contaminados 11 D9 Lamas da ETAR 73 D9

Material Informático obsoleto 5 R13

Metais ferrosos 40 R12

(1) Os R correspondem a operações de valorização e os D a operações de eliminação.

A ROCA TORNEIRAS dispõe de áreas específicas para o armazenamento dos resíduos gerados, procedendo ao seu envio para entidades externas licenciadas para a sua gestão quando as quantidades armazenadas assim o justificam. No envio dos resíduos para o exterior da unidade são utilizadas as Guias de Acompanhamento de Resíduos, as quais são mantidas em arquivo atualizado em conjunto com a restante documentação deste domínio.

De modo a reduzir a produção de resíduos gerados, a ROCA TORNEIRAS realiza a recuperação interna dos gitos de fundição, bem como a centrifugação das limalhas com recuperação das emulsões oleosas para utilização no mesmo processo (maquinação).

2.8 Controlo de Ruído

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Página 9 de 11 3. DESATIVAÇÃO DA INSTALAÇÃO

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Página 10 de 11 4. ADOÇÃO DAS MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS

A ROCA TORNEIRAS implementou medidas destinadas a reduzir o impacte das suas atividades para o meio ambiente, com principal destaque para o setor de cromagem, as quais são a seguir descritas.

▪ A ROCA TORNEIRAS tem um sistema de gestão ambiental de acordo com a ISO 14001, o qual se encontra certificado.

▪ Existe um plano de manutenção preventiva e de limpeza do setor de cromagem.

▪ O setor de cromagem estabeleceu um objetivo interno de rejeição de peças, implementando medidas para o atingir (especificações adequadas para o processo, controlo do processo e manutenção e limpeza dos banhos).

▪ No setor de cromagem existe controlo interno regular de diversos parâmetros de desempenho: consumos de água, rejeição de águas residuais, efluentes gasosos e consumos de produtos químicos.

▪ No setor de cromagem diversos parâmetros são controlados e otimizados (manualmente ou de modo automático): caudais, temperaturas e concentrações.

▪ A linha de cromagem foi projetada tendo em vista a proteção do ambiente (tinas não enterradas com tanques de retenção, barreira de retenção de derrames ao redor da linha e encaminhamento de derrames e efluentes para a ETAR).

▪ A operação da linha de cromagem também salvaguarda a proteção do ambiente (tratamento dos efluentes na ETAR e armazenamento adequado de produtos químicos).

▪ Em diversos banhos de cromagem existe agitação com ar.

▪ Estão implementadas medidas de redução de energia (minimização da energia reativa, distância mínima entre retificadores e ânodos, manutenção regular de contactos e equipamentos, investimento recente em retificadores de corrente modernos, monitorização e otimização das temperaturas de processo, refrigeração da tina de crómio com água em circuito fechado).

▪ Existe monitorização e controlo dos consumos de água, redução do arraste por otimização de tempos de escorrimento, filtração de águas de lavagem para reutilização no mesmo processo e redução da viscosidade dos banhos (uso de agentes molhantes, otimização da temperatura e condutividade).

▪ É realizada manutenção preventiva (purificação através de evaporação, resinas de permuta iónica e filtração) dos banhos de crómio e níquel. Estes banhos nunca são descarregados.

▪ É realizada monitorização e controlo dos parâmetros de processo com vista a prolongar a vida útil dos banhos.

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▪ As emissões do banho de crómio são captadas e enviadas para o exterior através de fonte fixa (após lavador de gases).

▪ As emissões associadas aos restantes banhos de tratamento (na sua maioria) também são captadas e enviadas para o exterior através de fonte fixa.

▪ Os bastidores existentes na linha de cromagem são os adequados e estão sujeitos a manutenção preventiva, de modo a minimizar a perda de peças e otimizar a passagem de corrente elétrica.

▪ Os bastidores existentes foram estudados de modo a reduzir a retenção de líquido no seu interior e otimizar os tempos de arraste.

▪ Existe utilização de spray em diversos banhos.

▪ O desengorduramento realizado é do tipo aquoso. O processo é controlado de modo a maximizar o tempo de vida útil dos banhos. É usada a técnica de ultrasons para aumentar a eficiência do processo.

▪ A ROCA TORNEIRAS possui um sistema interno de monitorização dos consumos de energia por setor.

▪ A ROCA TORNEIRAS é uma instalação consumidora intensiva de energia pelo que realiza periodicamente auditorias energéticas e planos de racionalização.

▪ Existe um parque de armazenamento de produtos químicos específico para este fim. O armazenamento dos produtos respeita as suas incompatibilidades. O parque possui dois fossos de contenção e tem disponível material de contenção de derrames. A ROCA TORNEIRAS possui um plano de segurança interno que prevê medidas de prevenção e combate a incêndios.

Referências

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