GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Centro Universitário Hermínio Ometto
GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Dissertação apresentada ao Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Odontopediatria
GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Dissertação apresentada ao Centro Universitário Hermínio Ometto - UNIARARAS, para obtenção do grau de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Odontopediatria
Orientador: Prof. Dr. Sergio Luiz Pinheiro
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca do Centro Universitário Hermínio Ometto-UNIARARAS
T666a
Tonolli, Gustavo
Avaliação da microinfiltração marginal em preparos cavitários com Laser de Er:Yag ou alta rotação em dentes decíduos restaurados com cimento de ionômero de vidro convencional / Gustavo Tonolli -- Araras : [s.n.], 2005.
76f. : ilus. ; 30cm.
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Pinheiro
Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Hermínio Ometto, Curso de Odontologia.
1. Odontopediatria. 2. Cimentos de ionômeros de vidro. 3. Lasers. 4. Infiltração dentária. I. Pinheiro, Sérgio Luiz. II. Centro Universitário Hermínio Ometto, Curso de
Aos meus pais,
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. José Carlos Petorossi Imparato, pela min ha inicia ção
na vida acadêmica , “po r compartilha r idéia s e idea is”, pelo pra ze r de
ter trabalhado jun to e pela fraterna l a mizade.
Ao meu primo P ro f. Dr. Satu rnino A . Ramalho, cita r e m poucas
linhas tudo o que você fez por mim se ria uma in justiça.
Ao meu amigo P ro f. Ricardo S . Na va rro, pe la a juda na finalização
deste traba lho.
Ao Prof. Dr. Mario Vedovello Filho, pela sua amizad e e pelas
oportunidades p rofissiona is a mim oferecidas.
À Profa. Dra. Rose Mary Co ser, pe la sua amizade, e pelo apoio
profissiona l dado d esde a época da graduação.
Ao Prof. Dr. Sergio Luiz P inheiro, por me orientar neste trabalho.
Aos professores d o curso de mestra do, pela con vivên cia e troca
de expe riên cia s.
Às cole ga s de mestrado, por todo o te mpo que passamos juntos.
Aos amigos, que souberam entender minha ausência.
Aos professores do curso de especia liza ção em implantodontia da
SLM, por entender minhas faltas e principalmente pe la a mizade cultivada.
Ao amigo e P rof. Rafael B. Ne ves, por sua am izade e pela sua
colabora ção neste trabalho.
Ao grande amigo e Prof. Sidne y Rafael das Ne ve s, que
intermediou a libe ração do aparelho de laser da APCD junto à diretoria,
Ao Banco de Den tes Humanos da F.O.U.S .P., em especia l à
Profa. Alessand ra C. Na ssif, por doa rem os dentes p ra essa pesquisa e
“O cego não vê e não verá. O orgulhoso vê e apaga a cena, apaga o visto. O vaidoso se sobrepõe à cena. O sábio, entretanto, e somente o sábio, este vê, entende, guarda e segue. Não seria o Reconhecimento o prêmio da Sabedoria?”
SUMÁRIO
p. LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS RESUMO
1 INTRODUÇÃO...13
2 REVISÃO DA LITERATURA...16
2.1 Cimentos de ionômero de vidro...16
2.2 Laser de Er:YAG na Odontologia...18
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Laser de Er:YAG. ...39
Figura 2- Dentes decíduos obtidos do BDH-FOUSP...41
Figura 3- Preparo com laser de Er:YAG...42
Figura 4- Preparo com laser de Er:YAG seguindo as normas de
segurança...43
Figura 5- Laser guia e área do feixe focado...44
Figura 6- Dentes impermeabilizados com esmalte fixos em cera utilidade para secagem...48
Figura 7- Equipamento para tomada fotográfica ...49
Figura 8.1- Ponta diamantada + condicionamento - grupo 1 - aumento de 30X ...50
Figura 8.2- Ponta diamantada sem condicionamento - grupo 2 - aumento de 30X...50
Figura 8.3- Laser + condicionamento - grupo 3 - aumento de
30X...51
Figura 8.4- Laser sem condicionamento - grupo 4 - aumento de
30X...51
Figura 10- Comparação das médias de grupos para as medidas de microinfiltração na porção incisal. ...58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Modas da microinfiltração dos corantes, obtidas na porção
incisal ...55
Tabela 2: Modas da microinfiltração dos corantes, obtidas na porção
gengival...56
Tabela 3: Médias e desvios padrões dos grupos controle e experimental na porção incisal...56
Tabela 4: Médias e desvios padrões dos grupos controle e experimental na porção gengival...57
Tabela 5: Análise estatística de Kruskal-Wallis na porção incisal...57
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
C- Cálcio
CO2- Dióxido de carbono
CIV- Cimento de ionômero de vidro CVD- Chemical Vapor Deposition Er:YAG- Érbio:Ítrio-Alumínio-Granada
Er:YSGG- Érbio:Ítrio-Escândio-Gálio-Granada
LASER – Light Amplificated by Stimulated Emission of Radiation
MASER – Microwave Amplificated by Stimulated Emission of Radiation MEV- Microscopia eletrônica de varredura
MO- Microscopia óptica
Nd:YAG- Neodímio:Ítrio-Alumínio-Granada cm2- Centímetro quadrado Hz- Hertz J- Joule mJ- MiliJoule J/cm2- Joule/centímetro quadrado µm- Micrometro
MPa- Mega Pascal M- Mol nm- Nanometro O- Oxigênio OH-- Hidroxila P- Fósforo pH- Potencial de hidrogênio
RESUMO
O objetivo desse estudo foi avaliar a microinfiltra ção margina l em
preparos ca vitário s cla sse V, realizados com lase r d e Er:YAG e ponta
diamantada em alta-rota ção, em dentes decíduos resta urados com CIV
con venciona l, variando a realização ou não do tratamento condicionado r
pre viamente à in serção do material restaurado r. Fo ram utilizados 40
caninos decíduos hígidos pro venientes do Banco de Dentes Humanos da
F.O.U.S .P. As am ostras foram divid idas aleatoriamente em dois grupos
de acordo com o tipo de preparo re alizado. Nos grupos contro le foram
confeccionados preparos ca vitários com ponta diamantada, nos grupos
expe rimenta is fora m confeccionados preparos com laser de E r:YAG
(300mJ – 2Hz). A s amostras foram imersas em á gua d estilada por 24 H,
impermeabilizadas, imersas em solu çã o aquosa de nitrato de prata a 50%
por 8H, em temperatura ambiente e total ausência de lu z, poste rio rmente,
foram lavada s, se cas, se ccionada s no centro da s re staurações, sentido
ve stíbulo -lin gual e realizado o polim ento da face expo sta com lixas. A s
secções foram imersas, em so luçã o fotoreve ladora por 16H sob lu z
fluorescente. As mesmas foram examinada s por três a valiadore s.
Conclu iu-se que os preparo s realizado s com ponta diamantada
associado s ao tratamento co ndicionado r apre sentaram menor
micro infiltração qu e os rea lizado s co m laser de E r:YAG.
Pala vra s-cha ve : odontopediatria; cimentos de ionômeros de vidro;
1. INTRODUÇ ÃO
A Odontologia Co ntemporânea pesquisa e xaustivamen te métodos
pre ventivos pa ra o contro le da doença cárie, porém, ap esar de todos o s
avan ços cien tífico-tecnoló gicos essa patologia ainda atinge grande parte
da população mundial.
No intu ito de se manter cada ve z mais a estrutu ra d ental afetada
pela doença e de promo ver um tratamento atraumático ao elemento dental
e ao indivíduo, várias técnicas e materiais re staura dores têm sido
estudados (Pete rs, Mc Lean 2001 ).
Um dos prob lemas enfrentados pelos pesqu isado res e clín icos é a
micro infiltração ma rgina l ao redor das restau raçõe s. Se gundo Kidd (1976)
a microinfiltração pode ser definida como “a passa gem de bactérias,
fluidos, molécu las e íons na inte rface dente/restau ração”.
A perda do veda mento marginal d as restauraçõe s pode causar
hipersen sib ilidade, lesões de cá rie recorrentes, descoloração marginal e
algumas ve zes, o desenvo lvimento de patologias pulp ares (B rännström
1987; Co x 1992).
Os teste s que a valiam a micro infiltração marginal em diferentes
métodos de preparo ca vitá rio ou materia is restau radore s visam identifica r
possíve is falhas no vedamento da interface dente/restauração. E ste
problema pode cau sar co lonização ba cteriana e posterio rmente patolo gia s
pulpares. Apesar de ser um a ssunto vastamente pesqu isado na
Odontolo gia desd e 1861, a micro infiltração a inda é um aspecto de
odontológico s in seridos em prepa ros ca vitá rios (Ferreira 2003; Oda
2004).
O cimento de ionômero de vidro (CIV), introdu zido no mercado na
década de 70 por W ilson e Kent (1972) passou por vá ria s modificações de
composição que resulta ram em formulações espe cíficas para diverso s
procedimentos e indicações clinicas (Ca rva lho 1995; Na varro, Pa scotto
1998; Ra ggio 2004 ).
Os CIV con ven cionais são compostos de pó e líquido, quando
misturados in icia-se uma reação do tipo ácido/ba se formando um sal de
hidro ge l, que atu a como matriz d a ligação. O íon flúor é um dos
importantes componentes do pó de ste material, a lém de aumentar a
resistência, proporciona efeito anti-cario gên ico, liberan do fluoreto para a
interface da resta uração e para o meio bucal (Serra, Cury 1992; Van
Amerongen 1996 ).
Os cimentos iono méricos atua lmente estão associado s às técnicas
atraumática s de remoção parcial do tecido cariado, aca rretando em uma
“Odontolo gia Restauradora de Mín ima Intervenção ”, prese rvando ao
máximo o tecido dentário. Co rrob orando com esta filosofia, novos
métodos para remoção do tecido cariado também têm sido propostos,
entre os qua is, me rece desta que pa rticula r a remoção químico-mecân ica
com géis, sistema de abrasão a ar com óxido de alum ínio, sistemas ultra
-sônicos com pontas diamantadas CVD, e os lase rs de alta potência
Er:YAG e Er,Cr;YS GG (Gimble et al 1994; Keller et al 1998; Peters, Mc
O laser (Ligh t Amplificated b y Stimulated Emission of Radiation) na
clín ica odontopediátrica apresenta -se como mais uma alternativa ao
tratamento da doença cárie, sendo relatado pelos pacientes como uma
prática se gura e confortáve l, de vido à ausência ou diminuição da
sensib ilidade dolo rosa, à ausência de vibra ção e contato, ru ído redu zido,
remoção se letiva e precisa do tecido cariado e p reserva ção da estrutu ra
dental sad ia (Gimble et al 1994; Ke ller, Hib st 1995; Co zean et a l 1997 ),
com a cria ção d e preparos ca vitá rios conse rvado res e minimamente
in vasivos, a lém d a redução microbiana do tecido den tal remanescente
(Bla y 2001), aume nto da ácido resistência e in corpo ra ção de flúor nos
tecidos dentais irradiados (Fried et al 1996; A rimoto e t al 1998; Hossain
et al 2000); ha ve ndo grande ace ita bilidade clín ica n o geren ciamento
comportamental do s paciente s infantis (Dostá lo va et al 1997; Pela galli et
al 1997; Eduardo e t al 1998)
A utiliza ção do la ser de E r:YAG (É rbio:Ytrio -Alum ínio -Granada) na
realização de p rep aros ca vitá rio s para materiais re stauradores adesivos
(CIV, resina s co mpostas e compô meros) tem demonstrado graus de
micro infiltração similare s ou inferiores aos preparos cavitá rios com alta
-rotação con vencion al (Miserend ino 19 98; Niu et al 1998; Moldes 2003).
Com o surgimento de novos mate ria is restau radores e técnicas pa ra
remoção do tecid o cariado e realização do preparo ca vitá rio surge a
necessidade de e studar o comportamento, quanto a micro infiltração
marginal, de diferentes CIV con vencionais em preparos ca vitá rio s
realizados com po ntas diamantadas em alta-rotação e laser de E r:YAG
2. REVIS ÃO DE LITE R ATUR A
2.1. Cimentos de Ionômero de Vidro
W ilson e Kent (1972) introdu ziram o cimento CIV na Odontologia
há mais de 30 anos, sua formulação origina l foi obtida a partir da
junção de dois cimentos já utilizados: o cimento de policarbo xilato d e
zinco e o de silicato. A partir destes estudos muitos pesqu isado res
estudaram e até hoje pesqu isam sob re este materia l aprimorando cada
ve z mais suas p rop riedades b iofísica s e seu comportame nto clín ico.
Ao se origina r da união de dois materia is, o CIV apre senta duas
funções importantes: adesão às estrutura s dentárias e libera ção de
flúor, proporciona ndo a caracte rística de diminuir a progressão das
lesões cariosas (Maldonado et al1978 ).
A principal ca racte rística deste material é a reação de presa do
tipo ácido-ba se, o nde as partícula s de vid ro do pó reagem com a
solução a quosa de ácido, principa lme nte o poliacrílico (Da vid son, Mjor;
Mount 1999).
A constitu ição básica dos cimentos de ionômero de vid ro é um pó
contendo alum ínio , fluoreto, cá lcio, sódio e sílica , e um líquido,
composto de ácid o polia lquenóico, ácido malé ico, á cido itacôn ico e
água (Na varro, P ascotto 1998; Da vidson, Mjo r 1999; Ra ggio 2001;
Nassif 2003).
Ao ava lia r a microinfiltra ção dos seguinte s materiais: Fuji IX®
Mola r ART (ESPE ) e Vidrion R® (S.S . W hite), Ra ggio (2 001) observou
que os materiais apresentaram comp ortamentos semelh antes quanto ao
grau de microinfiltração, com e xce ção do Ketac Mo lar ART na parede
cervica l, o qual demonstrou maior grau de microinfiltração, sendo
estatisticamente d iferente dos demais (p < 0,05).
Quando o ácido poliacrílico está liofilizado ao pó, recebe a
denominação de anidro, po rém ge ralmente este se encontra presente
no líquido do materia l. Os CIV são essencialmente h íd ricos, como
denominaram Na va rro e Pascotto (199 8), sendo a água fundamental na
reação de p resa e estrutu ra do cimento.
Recentemente foi lançada no comércio uma no va moda lidade de
material, o Ketac™ Mola r Easy Mix, segundo o fabricante (3M ESPE),
este é do tipo anidro. As partícu las vítreas que compõem o pó, em
ge ral dispersam, são agre gadas uma s às outras com um agente de
união, fazendo co m que formem uma esfera. Esta esfera facilita a
penetração do líqu ido em seu interio r, po r cap ila ridade , facilitando a
mistura dos componentes do CIV. A d iminuição da quantidade de ácido
no líquido fa z com que o ân gu lo de contato seja redu zid o, aumentando
a capacidade de molhamento, facilitando ainda mais a manipulação
(Ra ggio 2004).
Apesar de possu ir propriedades que poderiam eliminar o u diminuir
a microinfiltração margina l, os CIV con vencionais não impedem a
penetração dos corantes no s estudos in vitro (Sou za 2000; Myaki
O CIV de ve ser in serido na ca vidade quando ele ainda apresentar
brilho (Bu ssadori et al 2000), pois este é um indicativo da
disponib ilidade de ácido poliacrílico, essencial para e fetuar a união
qu ímica com a estrutura dental. Outro fator que influencia a inse rção d o
material é a se rin ga injeto ra (Centrix® ), que facilita a aplicação do
material no local correto, min imizan do a introdução de bolhas de ar
(Na va rro, Pascotto 1998).
Ra ggio (2004) a va liou a dure za Knoop dos CIV ind ica dos para o
tratamento restau rador atraumático e observou que a técnica de
inserção não influ enciou a dure za superficia l do Keta c™ Mo la r Easy
Mix e e ste ap resen tou dure za superficial semelhante ao seu antecessor
Ketac™ Mo la r, qu e aliada às cara cterísticas de fácil manipulação e
dosagem mais pad ronizada se rá de grande va lia na u tilização clín ica.
Nassif 2003, em sua tese de mestrado, a va liou qua ntitativa e
qualitativamente a interferência do gel de clore xidina a 2% na un ião de
dois cimentos ion oméricos (Ketac™ Mola r e Fu ji IX® ), à dentina de
dentes decíduos. Observou que a a nálise quantitativa da resistên cia
adesiva permitiu conclu ir que o cimento Fuji IX® apresenta maior
resistência adesiva que o Ketac™ Molar. A análise qualitativa do modo
de fratura e da m icromorfolo gia permitiu con clu ir que: há necessidade
de melhorar a s p ropriedades mecâ nicas dos cimento s testados; o s
líquidos dos cime ntos ionoméricos indicado s para TRA (tratamento
restau rador atrau mático) são capa ze s de remo ver totalmente, à
dentinário produ zida in vitro; há possibilida de de adesão
micromecân ica dos CIV testado s à de ntina de dentes de cíduo s.
Até se completarem as primeiras 24 horas, o material ainda não
apresenta propried ades mecânicas de maneira inte gral pois é pe ríodo
em que acontece a reação de presa. Por essa ra zão, o material p recisa
ser recoberto por algum a gente p rotetor, podendo ser empre gado
ve rniz do próprio kit do materia l, e smalte de unha, verniz copal ou
adesivos fotopolim erizá veis (Na gem Filho, Domin gues 2000; Raggio
2004).
De aco rdo com o vern iz p roteto r utilizado, algun s autore s
encontraram a qu ase elim inação d a micro infiltração, sendo que o
material que imp ediria melhor e ssa penetração se ria o adesivo
dentinário fotopolimerizá ve l (Doe rr et al 1996, Virmani et al 1997 ).
Autores como Serra et al (1994) encontraram boa prote ção com o uso
do esmalte de unh a.
2.2. Laser de Er: Y AG na Odontologia
A partir de estudo s sob re o mecan ismo de intera ção e ntre lu z e
matéria, E inste in (1917) po stulou o s princíp ios teó ricos, atra vés de
equações matemáticas, da amplificação da lu z por emissão estimu lada
de radiação, denominado LASER, acrônimo de Light A mplification b y
Stimu lated E missio n of Radiation.
Scha wlo w & Townes, em 1958, propuseram a aplicação dos
of Radiation"- amplificação de microo ndas por em issão estimulada de
radiação ), para regiõe s do visíve l e infravermelho do espectro
eletroma gnético, sendo portanto, um precursor do LASE R.
A partir da estimulação de um crista l de rubi, Maiman, em 1960,
realizou o primeiro estudo de emissão estimulada da luz visível,
surgindo o LA SER.
Os primeiros estud os que demonstra ram a aplica ção do lase r em
Odontolo gia, fora m publicados por Goldman et a l (1964), Ste rn &
Sognnaes (1964) e Gordon Jr. (19 66) mostrando a vapo rização do
tecido du ro dental pelo la ser de rub i, com áreas de fusã o e vitrificação
no esmalte, a formação de crate ra s, com á reas de carbon ização,
devido ao alto conteúdo orgân ico na d entina.
Em re visão de literatura rea lizada por Stern (1974 ), os e feitos dos
lasers nos tecido s duros dentais foram descritos, mostrando que o
laser não nece ssariamente de ve p romo ver a ca vitação, e e xtensa
remoção do tecido dental, podendo promover altera ções na
microestrutu ra do esmalte, com m ínimas alte raçõe s macroscóp icas,
sem causar in júria s à polpa, tornado o esmalte irradia do resistente a
desmineraliza ção, abrindo no va s perspectivas para a pre venção da
doença cárie.
A utilização do laser de Er:Y AG em Odontologia , foi
primeiramente demonstrada po r Hib st et al em 1988; m ostrando que o
laser de E r:YAG, por emitir com primento de ond a de 2,94µ m,
coincidindo com o pico má ximo de absorção da á gua e dos rad ica is
havendo grande a bsorção deste lase r pelos tecido s bio lógico s, sendo
portanto, prom isso r na remoção da estrutura denta l.
Realizando análise morfológica, em MO (microscopia ótica) e
MEV (microscopia eletrônica de va rredura ) pa ra ava lia ção das
altera ções p ro voca das pelo lase r de Er:YAG, no esmalte e dentina, em
dentes humanos, Kelle r e Hibst (1 989) observa ram que este lase r
promoveu a remoção do tecido mineralizado por um processo
termo-mecânico de abla ção exp losiva; com o laser Er:YA G, a maior parte da
energia incidente é consumida pelo processo de ablação, e somente
uma fração da energia resu lta em aquecimento dos tecidos
remanescentes, p ortanto, pode -se observa r na s margen s das
ca vidades, e nos tecidos ad jacentes à região irradiad a, mínima ou
nenhuma alteração térmica, como carbonização, trin cas, fusão ou
vitrifica ção. O pro cesso de ablação promove a efetiva remoção da
estrutu ra dental com ausênicia de smear la ye r, abe rtu ra e e xpo sição
dos prismas de e smalte, túbulo s d entinários abe rtos, criando uma
superfície micro morfologicamente irre gula r, co m um padrão
micro retentivo. (Hibst, Keller 1989 )
Morioka (1991 ) estudou os efeitos d o lase r de Er:YA G sobre o
tecido duro denta l, comparando os resultados com os outros la sers
(CO2, Argôn io, Nd:YAG pu lsado e Nd:YAG contínu o). O lase r de
Er:YAG foi aplicad o focalizado, na superfície do e smalte de incisivos
humanos, com ou sem pigmentação pré via , com 0,4 a 0,9J de energia
total e ta xa de re petição de 1 , 2 e 10Hz, e poste rio r imersão do s
semana, para formação das cáries artificiais. Foi o bservado, pela
micro radio grafia e MO, que o la ser d e Er:YAG foi efica z na redução da
desmineraliza ção e aumento da re sistên cia á cida, d a superfície e
subsuperfície do esmalte dental, apresentando resulta dos superio re s
aos outros lase rs.
Em 1992, Burkes et al realiza ram um estudo in vitro para ava lia r
os efeitos, na estrutura dental e na temperatura pu lpar, da irrad iação
com o la ser de E r:YAG (E R3000, S ch wartz, E UA), em d entes humanos,
com ou sem refrigeração de sp ray d e água. Quando foi realizada a
irradia ção sem a refrigeração, hou ve m ínima ablaçã o do esmalte,
observando pela MEV alte rações té rmicas como a fusão do esmalte,
"bolhas" e fraturas, ocorrendo uma eleva ção da temperatura intrapu lpar
maior do que 27º C. Quando o la ser foi utilizado com refrigera ção, o
esmalte e a dentina foram eficientemente removido s pela ablação,
formando crateras cônicas, sem a fusão ou arredondamento do esmalte
marginal remanescente; e a elevação na temperatura intrapulpa r foi de
4ºC; como o conte údo de água é maior na dentina, que no esmalte, sua
ablação foi mais e fetiva, ob servando uma seletividade na remoção da
estrutu ra dental.
O prime iro e studo clín ico com o la ser de E r:YAG (K aVo KEY
laser, Alemanha) foi realizado po r Ke lller e Hibst (1992), comparando a
remoção do tecido cariado e o preparo de cavidades, com o laser de
Er:YAG ou com alta ou baixa ro tação , sendo as cavidad es restau radas
com resina comp osta. Os re sultad os do acompanh amento clínico
sensib ilidade à pe rcussão, com o la ser de E r:YAG; a anestesia foi
utilizada em um caso, sendo que, a maioria dos ind ivíduos preferiu o
laser pa ra a re moção de lesões de cárie, de vid o a redu zida
sensib ilidade dolo rosa. Os auto res co nclu íram que a re moção da lesão
de cárie e o p reparo ca vitá rio com o laser de E r:YAG é viá vel na prática
diária, sem causar danos à polpa, mostrando grande a ceitação pelo s
indivíduo s.
Li et al (1992) a valia ram a rela ção da profundidade de ablação
com a densidade d e energia do lase r de Er:YAG (Quantronix, E UA). Fo i
observado que os limiare s de ab lação para o esmalte foram superio res
à dentina; o laser de Er:YAG promo veu uma efetiva ablação do esmalte
e dentina, com mínimos efeitos térm icos, utilizando ta xa de repetição
de pulso de 2 a 5Hz, resu ltand o em um padrão morfológico
micromecân ico favorá vel à adesão.
Paghdiwala et al (1993) estudaram os efeitos do laser de Er:YA G
(Sch wa rtz Ele ctro -Optics) na e le vação da temperatura pulpa r,
utilizando ou não refrige ração co m spray de água e diferentes
parâmetros de energia. Os resultad os, da MEV e da termo-câmera ,
indica ram que a eleva ção da temperatura é p roporcion al a potên cia e
tempo de exposição, e inve rsamente proporcional a espessura do
remanescente dental. Os efeitos térm icos podem ser minimizados com
a redução da ta xa de repetição de pulsos, mantendo a energia
constante, que le va a redução da velocidade de corte, mas também, do
risco de danos té rmicos. O u so da re frige ração, du rante o preparo das
temperatura e o co rrên cia de alte rações estrutura is e térmica s, sem
áreas de carbon ização ou trincas, comparando com os dentes que
foram irrad iados pe lo lase r sem refrige ração.
Eduardo et al (19 96) estudaram, po r meio da MEV e teste de
resistência ao cisa lhamento, os efeito s do la ser de E r:YAG no esmalte
dental. A superf ície ve stibu lar de m olares humanos foi condicionada
com o la ser de E r:YAG (KaVo KE Y 2, Alemanha), focalizado, com 140 e
300mJ de energia por pu lso e 1 Hz de ta xa de repetição, so b
refrigera ção à água ou com o ácido fosfórico 37%. Os resultados
mostraram que o condicionamento com ácido fosfórico promo ve u
maiores va lore s de adesão (21,22MP a) que o rea lizado somente com o
laser de E r:YAG, não havendo diferenças entre as en ergias utilizadas
(140mJ e 300mJ). A análise morfológica pela MEV d iferenciou com
nitide z, a área não irradiada da irradiada, nesta ve rificaram-se
altera ções no e smalte, com grande irre gula ridade superficia l, apa rência
de "escamas" ou "flocos", e a e xp osição do s p rismas de esmalte,
semelhantes a "favos de mel". Este e studo mostrou a n ecessidade d e
condicionamento ácido após a realiza ção do preparo cavitá rio com
laser de Er:YA G.
Em 1997, Cozean et al ava lia ram, atra vés de estudo clínico, a
eficiência e se gurança do lase r de Er:YAG pa ra remoção de cá rie e
preparo ca vitário, e m esmalte e dentin a, comparado com a alta-rotação;
ava liando a necessidade de anestesia para a realiza ção do s
procedimentos. Fo ram realizados em dentes humanos in vivo, preparo s
composta. Os dentes, que tinham indicação pré via, fora m submetidos à
extração imed iata ou em diferentes períodos de tempo, para a
ava lia ção das alte rações histoló gica s no tecido pu lpar, ou então, foi
realizado o acompanhamento dos indivíduos por um período supe rio r a
18 meses. Os resultados mostra ram que as características histoló gicas
da polpa foram se melhantes entre o s dentes tratados com o lase r e
com a alta-rotação . A avaliação clínica após 18 meses mostrou que o
laser foi tão efetivo quanto à a lta -rotação, na remoção do tecido
cariado, prepa ro ca vitá rio e cond icionamento do e smalte; algun s
pacientes relata ra m pequeno desco nforto durante a irradiação com o
laser, sendo que, apenas 2% requ isitaram o uso de anestesia durante
os proced imentos. O lase r de Er:YAG mostrou efetividad e e segu rança
para o tratamento dos tecido s duro s dentais, com boa aceitação pe los
indivíduo s.
Ramos (1998 ) estudou, in vitro , o grau de microinfiltração nas
margens oclusa l e gen gival de ca vida des de Classe V preparadas com
laser de E r:YAG com ou sem condicionamento ácido d a superfície e
comparou com cavidades p re paradas com alta rotação e
condicionamento ácido. Foram selecionados para este estudo, 36
terce iros mola res humanos extra ídos, livre s de cárie e esmalte
defeituoso ou trincado, com supe rfície vestibula r ínte gra, arma zenados
em solução salina a 0,9% por um período inferio r a oito meses. Os
dentes foram separados em três grupos: Grupo 1- alta rotação +
condicionamento da superfície ca vitária com ácido fosfórico a 37%,
com ácido fosfórico a 37% e Grupo 3- apenas utilização do lase r
Er:YAG. Con clu iu que os grupo s que receberam condicionamento com
ácido fosfórico a 37% apresentaram menor grau de micro infiltração
quando comparad os com a queles que recebe ram apenas tratamento
com laser de Er:YAG. Torna-se claro, então, que o condicionamento
ácido da superfície ca vitá ria ap resenta um papel fundamental na
adesão das resinas compostas à estru tura dentá ria, diminuindo assim a
possib ilidade da microinfiltra ção marginal. Quanto a utilização do lase r
de Er:YAG e alta rotação, não se ob servou d iferença e statisticamente
significante entre as técnicas, po rta nto conclu iu -se que os mesmos
podem ser utiliza dos para p reparo s cla sse V se a superfície for
condicionada com ácido fosfórico 37 %.
Comparando a efetividade do la ser de Er:YAG, com a alta-rota ção
con venciona l, na remoção do tecido cariado e preparo ca vitário,
Pelaga lli et al (199 7) realiza ram a valiação histoló gica pu lpar atra vés de
MO e da morfologia dental pela MEV. Dentes h ígidos ou com cárie, de
sessenta indivíduo s, foram tratados in vivo e e xtra ídos imediatamente,
após dois dias, 1 mês ou 1 ano para análise morfoló gica. O la ser de
Er:YAG (P remie r, EUA) foi utilizado focalizado, refrige ra do à á gua, com
energias de 80mJ para remoção da cárie e 120mJ p ara o p reparo
ca vitá rio e ta xa de repetição de 5 a 10Hz. Os p rocedime ntos realizados
com o laser foram iguais ou me lhores, que o método co nven ciona l, na
remoção de tecido cariado, p reparo cavitá rio e tratamen to do substrato
dental pre viamente ao ácido fosfórico. A MEV re ve lo u ausência de
irre gula r/micro rete ntiva com o lase r. A ava lia ção histo ló gica confirmou
o não comprometimento da morfologia pulpa r. O la ser de E r:YAG,
diferentemente da alta-rotação, mostrou uma seletividad e na remoção
do tecido cariado, havendo diferença s nas taxa s de ablação, e no ruído
de "popping" produzido durante a ablação, entre o tecido sadio e
cariado. Os auto re s conclu íram que o laser de E r:YAG foi efetivo e
segu ro para remoção de lesões de cárie e prepa ro ca vitário, ha vendo
ausência de vib ração e de uso de an estesia du rante os procedimentos,
os indivíduos relataram maior co nforto, e mínima ou ausente
sensib ilidade dolo rosa, preferindo o la ser ao método con ven ciona l.
Dostálo va et al (1 998) compara ram, clinicamente e in vitro, a
realização de prep aros ca vitários co m o laser de Er:YAG e com
alta-rotação con vencio nal. Fo ram e xecu tados in vitro p rep aros ca vitários,
em dentes humanos extra ído s, com laser de E r:YAG (não contato,
refrigerado à á gu a, com energias de 100 a 400mJ/pulso e ta xa de
repetição de 1 a 4Hz) e com alta -rotação, sendo observada pe la MEV ,
ca vidades rugo sas, com visíveis "spots" da irrad iação la ser no esmalte
e dentina, com ma rgens em esmalte irre gula res, parede s inte rnas não
definidas, ausência da smear la yer e abertura dos túbulos dentinário s,
criando um padrão morfológico micro retentivo; co m o método
con venciona l obse rvou -se supe rfície s lisas, definidas e re gula res, e
presença da smea r la yer. Clin icamen te foram realizado s 150 prepa ros
ca vitá rio s, em 45 voluntários com lesões de cárie, com alta-rotação ou
laser de Er:YAG (400mJ/2-4Hz em esmalte e 200mJ/1-2 Hz em dentina )
foram avaliadas a pós uma semana, 6, 12, 18 e 24 meses; sendo
constatada ausência de dor, infla mação ou desconforto durante e
imediatamente após o tratamento com o laser, todos os dentes
apresentaram vitalidade, e somente um caso apresen tou inflamação
pulpar apó s o tra tamento com o la ser. A qualidade dos materiais
restau radores foi está vel. O lase r d e Er:YAG, em comparação com o
tratamento con ven cional, mostrou simila r eficiência no preparo ca vitá rio
e retenção de mate ria is restau radore s adesivos.
Bispo (2000 ) estud ou, atra vés de teste de resistência adesiva à
tração e aná lise m orfológica pe la ME V, os efeitos da re aliza ção ou não
do condicionamento ácido da superfície do esmalte irrad iada pelo laser
de Er:YAG (KaVo KEY 2, Alemanh a). A superfície do esmalte de
molares humanos hígidos foi tra tada com ácido fosfórico e a gente
adesivo do Scotchbond Multipu rpose (contro le) ou com laser de
Er:YAG, focado (a 12mm da superfície alvo) com 60mJ e 80mJ/pulso de
energia e 4 Hz d e ta xa de repetição; 60mJ e 80mJ/pulso e 6Hz;
60mJ/pulso e 10 Hz; e desfocado com 250mJ/pulso e 4Hz; com ou sem
posterior cond icionamento com ácido fosfórico 35% (qu inze se gundos)
e aplicação somente do a gente adesivo. Fo i obse rvado, pelo te ste de
tração, que o grup o laser associado ao ácido fosfórico, de modo geral,
foi semelhante ao grupo controle e superio r ao grupo somente tratado
com laser de E r:YA G, e xceto pa ra os grupos: laser com 80mJ/2Hz (sem
condicionamento ácido), 80mJ/4Hz (com condicioname nto ácido), e
250mJ/4Hz desfocado (com condicionamento ácido ), que foram
mostrou que o la ser de Er:YAG p romoveu ab lação do e smalte, criando
superfícies irre gu lares, criando um padrão morfológico micro retentivo,
hetero gêneo, sem elhante a "favo de mel", su gerind o favorece r a
realização de p rocedimentos adesivo s.
Bla y (2001) compa rarou a redução m icrobiana, após re moção de
tecido ca riado, co m laser de Er:YA G e ponta diamantada em
alta-rotação. Em 16 pacientes com processo de cárie, foi realizada
cureta gem de parte da dentina ca ria da e posterior re moção total do
tecido ca riado com alta-rotação, ou com laser de Er:YA G (KaVo KEY 2,
Alemanha) (250mJ/2Hz), e no va curetagem dentiná ria final, com a
imersão do material co letado em m eio de cultu ra de transpo rte e
posterior p rocessa mento laboratorial microb ioló gico. Fo i observado que
de 8 amostras, ho uve crescimento b acteriano em 6 a mostras pa ra a
remoção com alta-rotação e três amostras para a remoçã o com laser de
Er:YAG, mostrando a redução micro biana na estrutu ra dental tratada
pelo lase r de E r:YA G.
Na varro (2001) a valiou, in vitro, a influência da irrad iação do
esmalte e dentin a com o laser de Er:YAG utiliza ndo diferentes
parâmetros de ene rgia na re sistência adesiva do sistema adesivo
auto-condicionante. Os parâmetros utiliza dos foram: em esmalte: Grupo 1
(controle )- condicionamento com sistema adesivo Cle arfil SE Bond®
(Kura ra y); Grupo 2- condicioname nto com la ser d e Er:YAG, com
energia po r pulso de 80mJ, ta xa de repetição de 2Hz, densidade de
energia de 25,72J/cm², com tota l de pulso de 110 pu lso s + tratamento
de Er:YAG, com energia por pulso de 140mJ, taxa de repetição de 2Hz,
densidade de energia de 45,01J/cm², com total de pu lso de 110 pulsos+
tratamento adesivo com Clea rfil SE Bond®. Em dentina - Grupo 1
(controle )- condicionamento com sistema adesivo Clea rfil SE Bond®;
Grupo 2 - cond icion amento com lase r de Er:YAG, com en ergia po r pu lso
de 60mJ, ta xa d e repetição de 2Hz, densidade de energia de
19,29J/cm², com to tal de pulso de 110 pulsos + trat amento adesivo com
Clea rfil Se Bond®; Grupo 3- cond icionamento com laser de Er:YAG,
com energia po r pulso de 100mJ, taxa de repetição de 2Hz, densidade
de energia de 3 2,15J/cm², com total de pu lso de 110 pulsos +
tratamento adesivo com Clea rfil SE B ond®. As superf ícies de esmalte e
dentina irradiadas com lase r de Er:YAG e tratadas com adesivo auto
-condicionante foram analisadas em microscopia eletrônica de
va rredura. Para ta nto, foram utilizad os trinta dentes te rceiros mola res
hígidos, recém e xtra ídos, seccionad os no sentido mé sio-d ista l com
disco d iamantado sob refrige ração. Pode-se con clu ir que o lase r de
Er:YAG influenciou na resistência adesiva do sistema
auto-condicionante à superfície do esmalte e dentina, sendo maior a sua
efetividade quand o se utilizou uma menor densidade de energia do
laser. A morfolo gia das superf ície s irradiadas foi alte rad a por meio da
ablação do esmalte e dentina utiliza ndo-se o la ser de Er:YAG atra vé s
da cria ção de um padrão micro retentivo e formação de tags e camada
híb rida.
Pulga (2001 ) estu dou, in vitro, a micro infiltração m argina l em
Er:YAG e alta rota ção e restaurados com materiais fotopolimerizá ve is
resina composta e CIV modificado por resina composta (Vitremer®
-3MESPE). Para e ste trabalho, foram selecionados 28 d entes decíduos
ínte gros os quais foram divid idos e m quatro grupos: o Grupo 1- alta
rotação + resina composta, Grupo 2- alta rotação + CIV (Vitremer® ),
Grupo 3- la ser de Er:YAG (2,94 µ m), 300 mJ, 3Hz, peça de mão 2051,
densidade de energia de 86 J/cm2 da superfície ca vitá ria + resina
composta, Grupo 4 -lase r de Er:YAG (2,94 µ m), 300 mJ, 3 Hz, peça de
mão 2051, densidade de energia de 86 J/cm² + CIV (V itreme r®). Os
dentes selecionad os foram estocados em estufa a 37ºC por 24 horas,
submetidos a 700 ciclo s de termocicla gem, imerso s em solução
traçado ra de Nitrato de Prata a 50% por 24 horas e re velados em
solução fotore veladora sob lu z fluorescente por seis hora s e
observados em lupa esteromicroscó pica (40 X), em quatro graus de
micro infiltração. Concluiu -se que o la ser de Er:YAG mostrou -se efetivo
no preparo de ca vidades Classe V e obse rvou-se menor grau de
micro infiltração na s re stauraçõe s de resina composta nas margens
oclusa is. E sses re sultados indicaram a viabilização do uso do lase r de
Er:YAG para a re aliza ção de preparos ca vitários con servado res em
dentes decíduos.
2.3. Testes de Microinfiltração
Falhas ma rgina is nas restauraçõe s podem causar co lonização
pulpar, a micro infiltração ma rginal ain da é um prob lema a ser re solvido
na Odontolo gia Re stauradora (B rannstrom, Nybo rg 1971 ).
O vedamento da cavidade torna -se a cada dia mais importante
para o sucesso do s tratamentos resta uradores, visto que mesmo sem a
total remoção do tecido cariado nas paredes de fundo da cavidade,
porém proporciona ndo margens de esmalte e dentina livres de tecido
dentário afetado, foi constatada a pa ralisa ção da lesão d e cárie atra vés
do selamento da ca vidade com d ive rsos tipos de materia is (Pinhe iro
2004; Oda 2004).
A lite ratu ra é farta em estudos que ava liam a micro infiltração
marginal de d iferentes materiais restauradores e té cnicas de p reparos
ca vitá rio s. A inda n ão e xiste um méto do padrão pa ra a realização da
ava lia ção da microinfiltração marginal, de vido a isso, diferentes
técnica s são utilizadas, dentre todas, a metodolo gia mais utilizada é a
penetração de corantes traçadore s. Várias substân cias são usadas
como: a zul de metileno em d iferentes concentrações; tinta da Índia ;
isótopos radioativo s; nitrato de pra ta; solução de eosina a 5%; solu ção
de cristais de vio leta; corante fluore scente; rodamina B; solução de
Rige r. (Estrela 200 1; Oda 2004).
W u e Cobb (1981) desen volveram u m método para e xaminar e
quantifica r o s defeitos na camada subsuperficial do s compósitos. O
Nitrato de P rata a 50% foi a so luçã o de eleição. O e xpe rimento foi
realizado na ausê ncia de lu z po r se ssenta hora s. As amostras foram
la vadas em água destilada por um minuto, exposta s a luz fluorescente,
oito horas. Após a la vagem e seca gem dos corpos d e pro va, foram
examinado s em microscópio. Conclu íram que esta técn ica foi rele vante ,
pois foi possível identificar uma zona danificada a 50um de
profundidade, o que demonstrou a viabilidade de sta técnica de
impre gnação com prata para in vestiga r defeitos sub-superficia is nas
resina s compostas.
Sidhu (1993 ) a va liou a efetividade de três mate ria is e técnicas em
restau rações de le sões ce rvicais por meio da comparação de infiltração
marginal. Fo ram utilizados dentes humanos, in vitro. Todas as
ca vidades foram re stauradas com co m materiais adesivos. Metade dos
corpos de pro va foram submetidos a termocicla gem de 1500 ciclos com
va ria ção de temperatura entre 5 °C e 55°C. Os dentes foram colocado s
em solução de fucsina básica a 0,5% por 24 horas e ap ós seccionados
para le itu ra da microinfiltração, re ceb endo escore s de zero a três. Após
a análise da micro infiltração ma rgina l, o autor re latou qu e não verificou
diferença estatisticamente significante entre os grupos que foram e os
que não foram termociclados; e qu e a técnica do condicionamento
ácido foi efetiva p ara redu zir a microinfiltra ção ao lon go da inte rface
restau ração/esmalte, porém, nenhuma técnica foi efetiva no selamento
da margem gen gival.
A influência do n úmero de ciclos térmico s na micro infiltra ção
marginal de restau rações em dentes decíduo s e a infiltração de corante
atra vés do s tecidos de dentes decíduos foi também estudada por
Villalta et a l (1999 ) e Gonçalve s (20 03), que obse rvou em seu estudo
significativamente na microinfiltração dos dentes restau rados. A
realização de um ou cinco corte s (secções) nos dentes para a valiação
da infiltra ção dos corantes traçado re s não influenciou o resultado final
da micro infiltração marginal (Matos 19 97).
Gwinnett et al (1995) a valiaram a micro infiltração marginal
observada em ca vidades de Cla sse V, pelos re sultado s obtido s com
três diferente s métodos de ava lia ção da microinfiltra çã o marginal: um
con venciona l (secção transversal no meio da restauração); um
protocolo este reoscópico en volvendo uma reconstrução
computadorizada d e cortes múltiplo s seriado s não desminera lizado s; e
um terceiro proto colo, também estereoscóp ico, onde a amostra foi
desmineralizada e m metil-salicilato. Os p reparos foram restau rados
com resina compo sta e adesivo dentinário. Os co rpos de pro va foram
termociclados em um total de 500 ciclos com variação de temperatura
de 5°C e 55°C, e trinta se gu ndos em cada banho. Apó s
impermeabiliza ção as amostras foram imersas em solu çã o de nitrato de
prata 50%, por duas horas em ausência de lu z. Poste rio rmente foram
la vados em á gua corrente por trinta minutos e imerso s em solução
fotoreve ladora e expo sto em lu z fluorescente po r 6 horas para
re vela ção dos íon s de prata. Os auto res con clu íram qu e: a) um único
corte no centro da restau ração pare ce subestimar a e xtensão total da
micro infiltração; b ) ambos os métodos estereoscópicos mostra ram
capacidade efetiva igua l em re velar o padrão de micro infiltração
se vera foi encontrada na e xtremid ade das restau rações de lesões
cervica is restau rad as com sistema adesivo e resina com posta.
Quo et al (2002) ava lia ram a microinfiltra ção do cimento de
ionômero de vidro por meio de dois métodos diferentes: instrumento
rotatório e laser de Er:YAG, utliza ndo oitenta molares permanentes
hígidos. Fo ram rea lizado s prepa ros classe V com alta -ro tação na face
ve stibu lar e lase r de Er:YAG na f ace lingua l, as cavidades foram
restau radas com CIV comum e modificado por resina. Os dentes foram
termociclados po r 7000 ciclo s, ime rsos em solução de fucsina básica
2% por 24 horas, seccionados no meio das restauraçõ es e analisado s
no esteroscóp io. Não houve diferença estatística entre o s dois métodos
de preparo. A m argem gen gival e m cemento apresentou maiores
índ ices de micro in filtração do que a margem oclusal e m esmalte e o
CIV modificado po r re sina ap resento u maior infiltração do que o CIV
con venciona l. Os autores conclu íra m que não há d iferença entre o s
dois métodos de p reparo ca vitário qua nto à micro infiltração.
Corona et al (20 03) a valiaram a micro infiltração margina l em
ca vidades classe V preparadas em terceiro s molare s co m Er:YA G lase r
e alta-rotação e restaurações com três tipos de material: CIV (Fuji II
LC®), resina co mposta (Ale rt®), e amálgama (Dispe rsa llo y®) e
conclu íram que o u so do la ser pa ra o preparo ca vitário m ostrou maio res
va lore s de infiltração margina l quand o comparado com o uso de
alta-rotação; quanto ao material restaurad or, o CIV e o amálgama adesivo
Khan et al (1998) in ve stiga ram a m icroinfiltração em ca vidades
classe I re staurad as com amálgama , resina composta e cimento de
ionômero de vid ro após prepa ro com laser de E r:YAG e alta-rotação em
molares e p ré-mo lares pe rmanentes por meio de microscopia eletrônica
de varredura e o bserva ram que u m grau maior de micro infiltração
ocorreu na re stauração de am álgama, não ho uve d iferença
estatisticamente significante entre o s tipos de p reparo.
Moldes (2003) co mparou o grau de micro infiltração na s margen s
gen gival e incisal de restaura ções classe V com difere ntes tipos de
preparo: a lta-rotação, lase r Er:YA G e laser Er,Cr:YSGG. Também foram
ava liado s dois sistemas adesivos: Single Bond® e One-Up Bond F®. A
autora concluiu qu e não houve difere nça entre os tipos de preparo e os
adesivos quando a va liada a margem incisa l em esmalte. Já na margem
gen gival, quando usado o adesivo S in gle Bond, houve maio r
micro infiltração no s prepa ros realiza dos com la ser de Er:YAG do que
com alta rotação; quando foram preparados com lase rs Er:YAG e Er,
Cr:YS GG, obse rvo u-se menor m icroinfiltração quando da utilização do
adesivo One -Up Bo nd F®.
Chine latti e t al (2004) a valiara m a micro infiltração em
restau rações tipo Cla sse V pre paradas com E r:YAG la ser e
instrumentos co rtantes rotató rios, com diferentes tratamentos de
superfície: ácido p oliacrílico 40%; laser e ácido; baixa -rotação, laser e
ácido; prepa ro con ven ciona l e ácido, e restaurada s com CIV modificado
por resina. Os co rp os de pro va foram imersos em solu çã o de Nitrato de
dos corpo s de p ro va à lu z tipo photoflood por vinte minutos para re ve lar
o Nitrato de Prata, estes foram lixados e fotografados com uma câmera
digita l acoplada e m um microscóp io ótico de 5 X, as imagens foram
então ava liadas p or meio do pro gra ma Axion Vision 3 .1 e os dados
submetidos a aná lise estatística de A NOVA e Tuke y, co m um níve l d e
significân cia de 5 %. Os au tores con clu íram que o uso do Er:YAG lase r
para prepa ros ca vitá rio s e tra tamento de superfície afetou
negativamente o selamento marginal das re staurações de CIV
modificado por resina, e xceto quan do as margens do preparo forem
preparadas com alta-rota ção.
Oda (2004) comparou cinco e viden ciadore s mais utilizado s na
lite ratura científica nos trabalhos de micro infiltração ma rgina l por meio
de restau rações classe V na re gião do te rço gen gival. Os
evidenciadores usados foram: nitrato de prata a 50%, durante oito
horas, no e scu ro e em temperatura am biente, la vados em água corrente
e secos com papel absorven te, se ccionados em duas p orções, mesia l e
distal, co locação e m uma superfície plana com o lado de corte vo ltado
para cima e e xpostas a uma lâmpada Photoflood de 250W , por cinco
minutos; nitrato de prata a 50%, durante oito horas, n o escuro e em
temperatura ambie nte, la vados em água co rrente e se cos com papel
absorvente, seccio nados em duas porções, mesia l e d istal, ime rsão em
solução fotore vela dora pura por 16 h oras sob lu z fluo re scente; solu ção
de azu l de metilen o a 5% (pH 7,2 ) p or quatro hora s, la vado s em á gua
corrente e secos, secção no sen tido ve stíbulo -lin gual, em duas
horas, la vados em água co rrente po r um minuto e secos, se cção no
sentido ve stíbu lo-lingual, em duas po rções, mesia l e d istal; so lução de
rodamina 1%, (p H 7,2) por 24 hora s a 37°C, la vado s em água corrente
por um minuto e secos, secção no sentido vestíbu lo-lin gual, em duas
porções, mesia l e distal. A autora co ncluiu que os cinco evidenciado res
foram capaze s de re ve lar o pad rão de microinfiltra çã o na inte rface
dente/restau ração, sendo o método da solução de nitra to de prata 50%
com re vela ção em solução re velado ra com lâmpada fluorescente foi o
que apre sentou maior capa cidade d e visua liza ção da micro infiltração
3. PROPOSIÇ ÃO
O objetivo deste e studo foi avaliar a microinfiltra ção margina l em
preparos ca vitários classe V, confeccionados com la ser de Er:YAG e
ponta diamantada em alta -rota ção, em dentes decídu os re staurado s
4. M ATERI AL E MÉ TODO
4.1. Material
•
Aparelho de Laser de Er:YAG modelo Kavo Key 2 (Figura 1).Figura 1 – Laser de Er:YAG.
•
Instrumento de alta-rotação modelo super torque 625, refrigeração através despray triplo, 350.000 rpm (Kavo do Brasil)
•
Cimento de ionômero de vidro Fuji IX® (GC América)•
Ponta diamantada cilíndrica 1090 (FGM)•
Verniz cavitário Cavitine (SS White)•
Microaplicador (Microbrush)•
Água destilada (Artpharma)•
Cera utilidade (Horus-Herpo)•
Taças de borracha•
Pasta de pedra pomes (SS White)•
Lapiseira grafite 0,5mm (Faber-Castel)•
Cabo de bisturi•
Lâmina de bisturi n.15•
Espátula de teflon (Premier)•
Esmalte cosmético colorido (Impala)•
Solução de nitrato de prata 50%•
Disco de aço dupla face (Fava)•
Motor elétrico (Beltec)•
Lixas de granulação 100, 220 e 400•
Máquina fotográfica digital D100 (Nikon)•
Lente Macro 105mm 1:2.8D (S igma)•
Tripé 3025 (Manfrotto)•
Lâmpada fluorescente 40W (Osram)•
Lâmpada dicróica 5 0W (Yello wstar)•
Pro grama Adobe P hotoshop 7.0 (Adob e)•
Notebook Sate llite A25-S279 (Toshiba )•
Solução fotore vela dora (Ea stman Kodak)•
Pinça clínica•
Luva de p roced imento•
Óculos de p roteção•
Quarenta dentes caninos humanos decíduo s ínte gros p ro veniente sdo Banco de Den tes Humanos da Faculdade de Od ontologia da Unive rsidade de Sã o Paulo.
4.2. Método
A presente pesqu isa foi apro vada pe lo Comitê de É tica em Pesqu isa
da Facu ldade de Odontolo gia da Universidade de Sã o Paulo (pa recer
42/05). Para e ste estudo foram utilizado s quarenta caninos decíduo s
hígidos pro venientes do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de
Odontolo gia da Unive rsidade de São Paulo. Fo i rea lizad a a profila xia das
superfícies dentais com pedra pomes e água com escova de Rob inson ,
Figu ra 2- dente s d ecíduo s obtido s do BDH-FOUSP.
Os preparo s ca vitários padron izad os de Classe V foram
pré-dimensionados utilizando lap ise ira gra fite 0,5 mm, com 3 mm de largu ra,
4 mm de comprimento e 1,5 mm de profundidade, aferindo as dimensões
com sonda milimetrada, com a margem oclusa l e cervica l em esmalte
(Figura 3 ).
Primeiramente, as amostras foram divid idas a leatoria mente em
dois grupos (e xpe rimental/controle ) d e acordo com o tipo de prepa ro
realizado (ponta diamantada/laser).
Nas amostras dos grupos contro le foram confeccionados preparos
ca vitá rio s com ponta diamantada cilín drica 1090 (FGM) em alta-rotaçã o
(Ka vo do Bra sil) refrige rada com spray de a r-á gua. Na s amostras dos
grupos e xpe rimentais foram confeccionados prepa ros ca vitá rio s com
laser de E r:YAG seguindo todas as normas de se gu ra nça (ócu los de
proteção, refrige ração à água, tra va d e segu rança ) (Figu ra 4).
Figu ra 4– Prepa ro com laser de Er:YA G, se guindo as normas de
segu rança.
O laser de E r:YAG (KaVo KEY 2 ) apresenta comprimento de onda de
2,94 µ m, duração de pulso entre 250 e 500 µ s, energia entre 60 a 500 mJ
Para a realização do preparo ca vitário foi utilizado a peça de mão
2051, em não contato, focalizada a 12 mm da superfície, com laser gu ia
(diodo verme lho 670 nm), área do feixe focado de 0,63 mm (Figura 5 ),
refrigera ção com spra y de ar-á gua (1 ml por minuto) (Yamada et al 2001,
Kohara et a l 200 2), com mo vimentos de va rredu ra, parâmetros no
esmalte: energia d e 300 mJ por pu lso e ta xa de repetiçã o de 2 Hz (Ke lle r,
Hibst 1992; W righ t et al 1992; Keller, Hib st 1993; Kelle r et al, 1998;
Ceballos et al 200 1; Kohara et a l 20 02; Pulga e t a l 20 02), e na dentina:
energia de 150 mJ por pulso e taxa de repetição de 2 Hz (Ke lle r, Hibst
1992; Kelle r, Hibst 1993; Kelle r et a l 1 998).
Figu ra 5- La ser gu ia e área do feixe focado
Posteriormente, os grupos e xpe rimental e controle foram
do tratamento co ndicionado r p re viamente à inserçã o do materia l
restau rador:
Grupos contro le:
Grupo 1 (ponta diamantada + condicionamento)- Após o p reparo
ca vitá rio com ponta diamantada foi feito o condicion amento sobre as
superfícies p reparadas com o líquido do Fuji IX® utilizando um
microap licado r deixando a gir por vin te segundos, a ca vidade foi la vada
com água e secada com penso de algodão sem dessecar. O material (Fu ji
IX® ) foi então manipulado respeitan do a proporção de uma medida de
colher de pó para uma gota de líqu id o. O produto foi inserido na ca vidade
com o au xílio de uma serin ga Ce ntrix®, após o te mpo de presa foi
remo vido o e xcesso de material com lâmina de b istu ri e aplicado uma
camada de ve rniz cavitá rio Ca vitine®.
Grupo 2 (ponta d iamantada)- Após o prepa ro ca vitá rio com ponta
diamantada, o materia l foi então manipulado respeitand o a proporção de
uma medida de colher de pó para uma gota de líqu ido . O produto (Fuji
IX® ) foi inserido na cavidade com o auxílio de uma serin ga Centrix®,
após o tempo de presa foi remo vido o exce sso de material com lâmina de
bistu ri e ap licado u ma camada de ve rniz ca vitá rio Ca vitine®.
Grupos e xpe rimentais:
Grupo 3 (laser + condicionamento + Fuji IX)- Apó s o preparo
ca vitá rio com laser de Er:YAG foi feito o condicion amento sobre as
microap licado r deixando a gir por vin te segundos, a ca vidade foi la vada
com água e secad a com penso de a lgodão sem de ssecar. O materia l foi
então manipulado respeitando a proporção de uma medida de colher de
pó para uma gota d e líquido. O produto (Fu ji IX®) foi inserido na ca vidade
com o au xílio de uma serin ga Ce ntrix®, após o te mpo de presa foi
remo vido o e xcesso de material com lâmina de b istu ri e aplicado uma
camada de ve rniz cavitá rio Ca vitine®.
Grupo 4 (lase r + Fuji IX)- Após prepa ro ca vitá rio com laser de Er:YAG
o material foi então manipulado resp eitando a proporçã o de uma medida
de colher de pó para uma gota de líqu ido. O produto (Fuji IX® ) foi
inserido na ca vida de com o au xílio de uma serin ga Centrix®, após o
tempo de presa foi remo vido o e xce sso de material com lâmina de b istu ri
e aplicado uma ca mada de ve rniz ca vitário Ca vitine®.
Após o té rmino dos prepa ros e inse rção do material re staurador de
acordo com cada grupo, as amostra s foram imersas e m água destilada
por 24 hora s para completar o tempo de presa tota l do materia l.
Os dentes foram impermeabilizados com uma camada de éster de
cianocrilato (Super Bonder® ) na re gião radicu la r e apica l, e
posteriormente duas camadas de esmalte cosmético colorido em toda a
superfície denta l, e xcetuando-se a re gião da restau ração e 1,0 mm ao seu
Figu ra 6- Dentes impermeabilizados com esmalte.
Depois de se rem impermeabilizados, os espécimes foram imersos em
solução a quosa de nitrato de p rata a 50% por o ito ho ras, em temperatura
ambiente e total ausência de lu z, posteriormente, as amostras foram
la vadas em á gua corrente por um m inuto, para remoçã o do excesso do
traçado r n itrato de prata, seca s em p apel abso rvente. A s amostra s foram
seccionadas no ce ntro das restau rações, sentido vestíbulo-lin gua l, com
disco de aço du pla face montado em baixa rotaçã o e realizado o
polimento da face expo sta com lixa s de granu lação 100, 220 e 400. As
secções obtidas foram imersa s, com a face do corte vo ltada para cima,
em solução fotoreve ladora po r 16 horas sob lu z fluorescente, pa ra
facilita r a redução dos íons de p rata metálica (Liza relli et al 2002; Oda,
2004).
Uma das metades foi escolhida aleatoriamente de todos os co
rpos-de-pro va, como rpos-de-propo sto por Oda (2004) e Lizare lli et al (2 002), e colocada s
Posteriormente, foi feita realizada a captura das ima gen s dos cortes das
restau rações com uma câmera fotográfica digita l D100 (Nikon ) acop lada a
uma lente Macro 105mm 1:2.8D (Sigma) fixada em um tripé 3025
(Manfrotto ).
Para que o contra ste das fotos dos cortes não fosse alterado pela
iluminação artificia l da má quina (flash), as mesmas foram obtidas com o
auxílio de duas lâ mpadas exte rnas, uma fluorescente de 40 W e outra
dicró ica de 35 W , posicionadas diametralmente opo stas ao lado da
câmera fotográfica fixa no tripé (Figu ra 7).
Figu ra 7- E qu ipamento para tomada fotográfica
As imagen s obtida s foram seleciona das e editadas em um programa
editor de ima gem (Adobe Photoshop 7.0) proporciona ndo um tamanho
final de 640 x480 p ixels, aumento de 30X (Figu ras 8.1 , 8.2, 8.3, 8.4 ). As
mesmas foram examinadas por três avaliadore s, duplo-ce go, calibrado s
da solução traça dora na inte rface dente-re staura çã o, utilizando o s
escore s.
Figu ra 8.1 - ponta diamantada + con dicionamento - gru po 1- aumento
de 30X
Figu ra 8.2- ponta diamantada sem condicionamento - grupo 2 -
Figu ra 8.3- lase r + condicionamento - grupo 3 - aumento de 30X
Figu ra 8.4- lase r sem condicionamento - grupo 4 - aume nto de 30X
O método de ava liação do s re sulta dos foi feito por meio de três
penetração dos corantes, adotando o crité rio de Re fief et al (1982)
(Figura 9 ).
• Grau 0 – nenhuma penetração do co ra nte;
• Grau 1 – penetração do corante até a junção
amelo-dentinária;
• Grau 2 – penetração do corante atingindo as paredes
latera is do p reparo ;
• Grau 3 – penetração do corante atin gindo a parede a xial do
preparo
Figu ra 9- Crité rio u tilizado pa ra a va lia ção da microinfiltra ção margina l
A a valiação dos resultados foi feita por três e xam inadores que
atribu iu um esco re à porção in cisal e outro à porção gen gival de todo s os
corposdep ro va. Como eram quatro grupos, cada um co m dez corpo sde
5. RESULT ADOS
Foram comparad os os escores atribu ído s pelos diferente s
examinado res, na porção incisa l e gengival. Realizou -se a moda para a
análise e statística (Tabelas 1 e 2 ).
Tabela 1: Modas da microinfiltra ção dos c orante s obtidas na porção incisal G1 G2 G3 G4 3 1 3 3 1 0 1 3 2 3 1 1 1 1 0 3 1 0 0 3 1 3 3 3 0 1 3 2 1 1 0 3 0 1 1 3 1 1 3 3
G1- ponta dia mantada + c ondiciona mento G2- ponta dia mantada