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Estacional Decidual na região do Vale do Rio Paranã -- GO e TO

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA

Estrutura de comunidades de aves em remanescentes de Floresta Estacional Decidual na região do Vale do Rio Paranã --- GO e TO

Flávia de Campos Martins

Orientadora: Regina H. F. Macedo

Brasília-DF 2007

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA

Ecologia de comunidades de aves do Vale do Rio Paranã --- GO e TO

Flávia de Campos Martins

Tese apresentada junto ao Curso de Pós- Graduação em Ecologia, como um dos

requisitos para a obtenção do título de Doutor em Ecologia.

Orientadora: Regina H. F. Macedo

Brasília-DF 2007

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Dedico esta tese ao amor da minha

vida: Malu, que sofreu com as

ausências e estresses de uma mãe

doutoranda!

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AGRADECIMENTOS

À Capes e ao CNPq pela concessão da bolsa de doutorado durante o período de fevereiro de 2002 a março de 2006. Ao Programa de Pós-graduação em Ecologia, pelo auxílio técnico e financeiro.

Especiais à minha orientadora, por ter aceitado me orientar, por ter me ajudado a enfrentar os vários obstáculos surgidos e ter sempre me aberto portas de segurança. Pela orientação e pelos ensinamentos.

À minha mãe, sem o seu apoio com certeza mais uma vez, não teria concluído mais essa etapa. Ao meu pai pela força e presença sempre tão confortadoras.

Mais que especiais ao Lemuel, coordenador do grupo Aves, no projeto de inventariamento do Vale do Rio Paranã, que possibilitou que eu incluísse parte dos dados nessa tese, e que me incluiu no grupo, sem o qual essa tese não seria possível.

Ao Caio Machado por ter me apoiado e revisado o trabalho em um momento crítico.

Ao Aldicir, Anderson e à EMBRAPA- Cenargen, por ter permitido a utilização das suas instalações em Monte Alto. Agradecimentos muito especiais à Valdete, que me abrigou na sua casa, que possibilitou que eu conseguisse realizar parte dos campos. Aos “mateiros”, que me acompanharam e ajudaram em campo. Ao Daniel Vieira pela paciência e atenção em atender aos meus pedidos.

Aos companheiros de campo: às queridas e companheiras Romilda, Fernanda, Ana Hermínia e Renata; ao Charles, ao Santinho, ao Joaquim, e a tantos outros que estiverem presentes nos trabalhos de campo. Ao João B. de Pinho por me ajudar com informações e orientações, principalmente na análise da dieta.

Meus eternos agradecimentos ao José Carlos Motta-Jr, por ter me cedido espaço e equipamento no seu laboratório, que possibilitaram concluir parte da tese. À todos do laboratório: à Sônia, à Kika e ao Marcos. E à Gláucia, amiga e entomóloga, do Museu de Zoologia, que identificou grande parte dos insetos.

Ao Fábio Olmos e ao José Fernando Pacheco por me cederem seus dados antes da publicação.

Aos componentes da banca, pela paciência e presteza.

Aos amigos que sempre gentilmente me cederam informações e trabalhos, além de apoio e carinho, especiais ao Daniel Vieira, à Fernanda Werneck, à Fernanda Pinheiro, à Vivian Brás, à Verônica, ao Sebben, à Bel.

A todos que me ajudaram de qualquer maneira meu muito obrigada!

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SUMÁRIO

Introdução geral

1º Capítulo: Riqueza e abundância das aves do sub-bosque em três fisionomias de cerrado e composição de aves em fragmentos de floresta estacional decidual, no Vale do Rio Paranã – GO e TO

1

Introdução 4

Área de Estudo 6

Métodos 8

Resultados 10 Discussão 13

Referências bibliográficas 19

2º Capítulo: Segregação ecológica com base na morfologia e dieta das aves insetívoras do sub-bosque em Floresta Estacional Decidual, GO.

Introdução 44

Métodos 48

Resultados 52 Discussão 56

Referências bibliográficas 63

3º Capítulo: Segregação ecológica entre arapaçus (Dendrocolaptidae) em Floresta Estacional Decidual, São Domingos, GO.

Introdução 86

Métodos 89

Resultados 92 Discussão 95

Referências bibliográficas 104

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RESUMO

A comunidade biológica pode ser definida como um conjunto de espécies que ocorrem em um mesmo lugar, conectados uns aos outros por suas relações de alimentação e outras interações. Uma das hipóteses mais utilizadas para explicar padrões na estruturação das comunidades é a competição interespecífica. Assim, as comunidades estruturadas por interações competitivas devem apresentar algum limite de similaridade no uso de recursos que possa garantir a coexistência das espécies. Os objetivos gerais do trabalho são estudar e analisar a comunidade de aves no vale do Rio Paranã, GO e TO, com ênfase na floresta estacional decidual e testar a hipótese da similaridade limitante (MacArthur e Levins, 1967), que prediz que entre as espécies em uma comunidade deve haver um limite máximo na similaridade morfológica, ou seja, na utilização dos recursos. Foram amostradas com redes de neblina três áreas de cerrado (sentido restrito) e uma de floresta estacional decidual. Capturaram-se 734 indivíduos de 102 espécies, como resultado de um esforço amostral de 4879.5 horas-rede. As espécies mais abundantes na floresta estacional decidual de São Domingos, GO, foram Basileuterus flaveolus, Dendrocolaptes platyrostris, Thamnophilus punctatus e Sittasomus griseicapillus; no cerrado de Alvorada do Norte, GO, Columbina picui e C. squammata; no cerrado de São Domingos Amazilia fimbriata e T. punctatus e no cerrado de Paranã, TO, A. fimbriata e Elaenia chiriquensis. A comunidade com maior índice de densidade foi a do cerrado de Paranã, nessa comunidade observou-se também o maior número de nectarívoros e frugívoros. Nos remanescentes de floresta estacional decidual de São Domingos registraram-se 134 espécies de aves, com base nos dados obtidos e no trabalho de Lopes (2004), das quais 72% têm alguma dependência de habitats florestais. No espaço morfométrico as aves insetívoras do sub-bosque, diurnas e residentes em floresta estacional decidual, mostraram segregação morfológica e ecológica. Separaram-se no espaço morfológico espécies maiores com bicos grossos e compridos. As categorias alimentares mais significantes na ordenação das espécies foram Formicidae, Coleoptera, outros Hymenoptera e Hemíptera.

Na taxocenose de arapaçus verificou-se uma maior sobreposição ecológica entre Dendrocolaptes platyrostris e Xiphorhynchus guttatus e entre Lepidocolaptes angustirostris e Campylorhamphus trochilirostris. Possivelmente entre esses pares de espécie ocorrem divergências em outras dimensões ecológicas, na seleção de hábitat e micro-hábitat, no forrageamento. Em ambas as comunidades, as características morfológicas não foram diferentes significativamente dos valores esperados em comunidades aleatórias, não corroborando com a hipótese da similaridade limitante. As comunidades analisadas não demonstram uma estruturação com base na segregação por competição de recursos. Fatores históricos e evolutivos podem ter contribuído mais essencialmente para a estruturação das comunidades.

Palavras-chave: estrutura de comunidades, sobreposição ecológica, competição interespecífica, similaridade limitante, morfologia, dieta, aves do sub-bosque, insetívoras, arapaçus, cerrado, floresta estacional decidual, vale do Rio Paranã.

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ABSTRACT

A community can be defined as a group of species that live in the same place, conected by feeding relationships and other interactions. One hypothesis used to explain community structure patterns is that of interspecific competition. Communities structured by competition must have a limit in terms of the similarity in resource utilization, which should guarantee the coexistence of the different species. The objectives of this study were: (1) to study and analyze the bird communities in the Cerrado biome of the Paranã river valley, GO and TO, especialy in dry forests; and (2) to test the similarity limiting hypothesis (MacArthur and Levins, 1967), that suggests that there is a maximum threshold in the morphological similarity among species, that is, in the associated use of resources. Mist nets were used in three areas of cerrado and in one of dry forest. A total of 734 individuals from 102 species were caught, as a result of 4879.5 net-hours. The highest species density in the dry forests of São Domingos, GO, were for the species: Basileuterus flaveolus, Dendrocolaptes platyrostris, Thamnophilus punctatus and Sittasomus griseicapillus. In the cerrado area, Alvorada do Norte, GO, the most abundant species were Columbina picui and C. squammata. In the cerrado of São Domingos, the highest species densities were for Amazilia fimbriata and T. punctatus and in the cerrado of Paranã, TO, A. fimbriata and Elaenia chiriquensis. The highest density index occurred for the Paranã cerrado community, and a higher occurrence of nectarivorous and frugivorous species was also recorded. In the dry forest fragments 134 birds were captured (this study and based upon Lopes (2004)). Of these, 72% are dependent upon forest habitats.

Analyses show that the insectivorous, understory birds in the dry fores are ecologically and morphologically segregated in their morphometric space, and larger-bodied species with larger and longer beaks were separated from other species. The feeding categories of greater significance were Formicidae, Coleoptera, other Hymenoptera and Hemiptera. For the woodcreeper community we verified a higher ecological overlap between Dendrocolaptes platyrostris and Xiphorhynchus guttatus and between Lepidocolaptes angustirostris and Campylorhamphus trochilirostris. It is possible that between these paired species there occur other differences in ecological parameters, habitat and micro-habitat selection, and in foraging. The communities evaluated to not exhibit a structural organization based upon segregation due to competition for resources. Historical and evolutionary factors may have contributed in a signficant manner toward the structural organization of these communities.

Key-words: community structure, ecological overlap, interspecific competition, limiting similarity, morphology, diet, understory bird, insectivorous, woodcreepers, cerrado, dry forests, Paranã river valley.

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INTRODUÇÃO GERAL

O objetivo da ecologia de comunidades é explicar a variedade e abundância dos organismos em um determinado local e tempo (Roughgarden e Diamond, 1986). Entretanto, a comunidade não tem fronteiras rigidamente estabelecidas; assim representa mais um nível de organização do que uma unidade discreta de estrutura ecológica (Ricklefs, 2003). A comunidade biológica pode ser definida como um conjunto de espécies que ocorrem em um mesmo lugar, conectados uns aos outros por suas relações de alimentação e outras interações. A estrutura da comunidade compreende todas as maneiras pelas quais os membros da comunidade se relacionam e interagem uns com os outros, bem como as propriedades que emergem dessas interações, como estrutura trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies, abundância relativa e estabilidade da comunidade (Pianka, 1973).

Uma das hipóteses mais utilizadas para explicar padrões na estruturação das comunidades é a competição interespecífica (Ricklefs e Travis, 1980), que ao longo do tempo evolutivo pode resultar em fenômenos como deslocamento de caractere ou exclusão competitiva. Assim, as comunidades estruturadas por interações competitivas devem apresentar algum limite de similaridade no uso de recursos que possa garantir a coexistência das espécies (MacArthur e Levins, 1967).

Estudos em ecologia de comunidades normalmente são restritos a quatro escalas: espacial, trófica, taxonômica e forma de vida. Uma definição espacial poderia incluir todas as espécies em único habitat ou em um substrato particular; uma definição trófica inclui todas as espécies de um nível alimentar ou uma guilda de todas as espécies usando uma mesma categoria de recursos. Uma definição taxonômica consiste de todas as espécies de algum táxon, e uma definição de comunidade baseada na forma de vida compreende as espécies com o mesmo hábito (Roughgarden e Diamond, 1986). Definições mistas, utilizando mais de uma escala, também são comuns.

Todas as espécies usam nutrientes e espaço, também utilizados por outras espécies, portanto toda espécie é potencialmente envolvida em competição interespecífica (Roughgarden e Diamond,

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1986). Porém, apesar da certeza da ocorrência das interações ecológicas entre as espécies, a maneira através da qual estas afetam e, por conseguinte, alteram a estrutura das comunidades, não está claro.

Estudos de sobreposição no uso dos recursos e como estes são divididos entre os membros da comunidade esclarecem como as interações dentro de uma comunidade podem influenciar sua estrutura. Ou seja, mostram como os membros da comunidade podem estar organizados, ou reunidos, dentro de um espaço de recursos. A posição dos organismos dentro das comunidades e a sobreposição entre estes com relação à utilização dos recursos definem o nicho ecológico (Hutchinson, 1959).

Caso a competição interespecífica atue significantemente na estruturação das comunidades, as seguintes premissas (Begon et al., 1990) devem ser aceitas:

1. Competidores potenciais que coexistem na comunidade deveriam exibir diferenciação de nicho ou segregação ecológica, pelo menos em algum patamar mínimo;

2. Esta diferenciação de nicho freqüentemente se manifestará em uma diferenciação nas características morfológicas dos organismos em questão;

3. Dentro de qualquer comunidade, competidores potenciais com pouca ou nenhuma diferenciação não poderão coexistir. Suas distribuições no espaço devem ser negativamente associadas: cada espécie tenderia a ocorrer somente onde a outra estivesse ausente.

A caracterização do nicho como o sucesso de um organismo ou de uma população em um espaço ambiental multidimensional (Levins, 1968), sugeriu que diferentes considerações de utilização dos recursos deveriam ocorrer em cada dimensão separada. Tal conceito deu início a uma série de análises teóricas de utilização dos recursos dentro de comunidades e a estudos empíricos subseqüentes tentando quantificar os vários parâmetros de nicho (Putman, 1996). Na busca pela identificação da estrutura das comunidades, a qual se refere muitas vezes à interação entre as espécies em relação à utilização dos recursos, o modelo nulo serve como uma hipótese nula, pois fornece o padrão de sobreposição esperado se houver completa independência das espécies no uso dos recursos.

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As relações em um nicho multidimensional podem ser extremamente complexas e difíceis de se estimar, assim vários trabalhos tentam estabelecer as dimensões do nicho que irão explicar melhor a estrutura da comunidade. Para as aves em habitats terrestres, o alimento é normalmente considerado o recurso principal (Holmes e Recher, 1986). Schoener (1974) sugeriu que as dimensões do habitat (macro e micro) são mais importantes na separação dos nichos do que dimensões da dieta, e estas por sua vez, tendem a ter maior influência na segregação ecológica do que as dimensões temporais (horário de atividade e sazonalidade).

A maneira pela qual espécies dividem recursos dentro da comunidade é o principal fator determinante da diversidade de espécies que ali co-existem, portanto uma comunidade com mais recursos sendo divididos ou maior sobreposição de nicho, irá suportar maior número de espécies do que uma comunidade com menor sobreposição de nicho (Pianka, 1974). Além disso, é essencial conhecer como as comunidades respondem às perturbações e como elas irão responder no futuro. A estabilidade da comunidade mede sua sensibilidade à perturbação. Comunidades estáveis são, por definição, aquelas que persistem. A estabilidade da comunidade depende do ambiente no qual ela existe, além das densidades e das características das espécies que a compõem (Begon et al., 1990).

Assim sendo, os objetivos gerais do presente trabalho são estudar e analisar a comunidade de aves no vale do Rio Paranã, GO e TO, com ênfase na floresta estacional decidual. Mais especificamente, o estudo visou: (1) analisar a riqueza e abundância das espécies de sub-bosque em três áreas de cerrado e uma de floresta estacional decidual do vale do Rio Paranã e composição de espécies em floresta estacional decidual (1º capítulo); (2) analisar a morfologia e dieta da guilda de aves insetívoras e diurnas, residentes de sub-bosque em floresta estacional decidual (2º capítulo); e (3) verificar a segregação ecológica entre arapaçus (Dendrocolaptidae), através da morfologia e dieta, presentes em floresta estacional decidual (3º capítulo).

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1º Capítulo: Riqueza e abundância das aves do sub-bosque em três fisionomias de cerrado e composição de aves em fragmentos de floresta estacional decidual, no Vale do Rio Paranã – GO e TO

INTRODUÇÃO

Uma comunidade biológica pode ser definida como um conjunto de espécies que ocorrem em um mesmo lugar, conectadas por suas relações de alimentação e outras interações (Ricklefs, 2003) e a sua estrutura pode ser descrita pelas posições dos seus membros ao longo de eixos de um espaço ecológico (Miles e Ricklefs, 1984). Uma das medidas mais simples e reveladoras da estrutura de uma comunidade é o número de espécies que ela inclui, ou seja, sua riqueza (Ricklefs, 2003).

As aves compreendem o grupo de vertebrados mais facilmente reconhecível, pelas suas características diagnósticas e seu período de atividade, predominantemente diurno. As aves são muito utilizadas como indicadores biológicos podendo susidiar programas de conservação e manejo de ecossistemas. Os levantamentos avifaunísticos são ferramentas bastante úteis, tanto na avaliação da qualidade de ecossistemas terrestres como em monitoramentos de alterações provocadas, em função da grande diversidade de aves e de nichos ecológicos que exploram (Andrade, 1993; Sick, 1997).

A avifauna brasileira é composta por aproximadamente 1796 espécies (CBRO, 2006), distribuídas em cinco grandes regiões naturais: Amazônia, Floresta Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pantanal. A Amazônia e a Floresta Atlântica são regiões recobertas principalmente por florestas tropicais, separadas entre si por um corredor de formações abertas constituído pela Caatinga, Cerrado e Pantanal (Silva et al., 2003). Para a região do Cerrado são reconhecidas 837 espécies de aves (Silva, 1995), sendo aproximadamente 3.8% (30) destas endêmicas (Silva e Santos, 2005). O

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Cerrado, depois da Mata Atlântica, possui o segundo maior índice de espécies de aves ameaçadas e endêmicas ameaçadas (Marini e Garcia, 2005).

A vegetação dominante do bioma Cerrado é de savanas, que cobrem cerca de 72% do bioma, 24% de transição savana-floresta e 4% de florestas estacionais deciduais e semideciduais (Silva e Bates, 2002), denominadas também de matas secas. A vegetação é muito variável em fisionomias e composição, mas as principais fitofisionomias são o cerradão, cerrado (sentido restrito), campo cerrado, campo sujo e campo limpo (Eiten, 1972). Estimativas recentes indicam que cerca de 55% do bioma tenha sido desmatado ou alterado para usos humanos (Machado et al., 2004). A principal causa de destruição da biodiversidade do Cerrado é a remoção da vegetação nativa para a implantação de empreendimentos agrícolas e pecuários (MMA, 2002).

A bacia do Rio Paranã, nos estados de Goiás e Tocantins, possui alta diversidade de fitofisionomias dentro do bioma Cerrado, incluindo um dos mais significativos enclaves de floresta estacional decidual do Brasil, extremamente fragmentados (Scariot e Sevilha, 2000; 2003; 2005;

Silva e Scariot, 2003). Este tipo de vegetação está associado a solos calcários férteis e extensamente utilizados para atividades agropecuárias (Sampaio e Scariot, 2003), constituindo um dos ecossistemas tropicais mais ameaçados (Janzen, 1988) e o mais ameaçado no Brasil central (BirdLife International, 2003).

As florestas estacionais deciduais possuem extrema importância ecológica, pois abrigam, dentro do bioma Cerrado, espécies da fauna dependentes de hábitats florestais, além de espécies endêmicas e ameaçadas. As florestas estacionais deciduais da América Central, por exemplo, são consideradas áreas de aves endêmicas e importantes para conservação (Stattersfield et al., 1998).

Nos remanescentes de floresta estacional decidual de São Domingos são registradas duas aves endêmicas. As florestas estacionais deciduais de Goiás e Minas Gerais, ao longo das bacias do Rio Paranã e do Rio São Francisco são consideradas áreas de endemismos de aves pela BirdLife International (2003).

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Levantamentos da riqueza e diversidade da avifauna são raros em florestas estacionais deciduais dentro do Cerrado. Lopes (2004) amostrou a riqueza de espécies de aves e mamíferos para analisar as síndromes de dispersão nos fragmentos de floresta estacional decidual de São Domingos e Pacheco e Olmos (2006) amostraram florestas estacionais deciduais do sudeste do Tocantins para conhecimento da avifauna local. Nas florestas estacionais deciduais da América Central, Gillespie e Walter (2001) analisaram a distribuição da riqueza das espécies de aves.

Neste contexto torna-se imprescindível conhecer a diversidade e riqueza das espécies do Cerrado e mais especificamente das florestas estacionais deciduais. Portanto, os objetivos deste capítulo são descrever a riqueza e abundância de aves de sub-bosque, em três áreas do vale do Rio Paranã, abrangendo diferentes tipos fisionômicos de Cerrado e caracterizar a composição das espécies de aves de floresta estacional decidual de São Domingos, GO.

ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo localiza-se na bacia do Rio Paranã nos estados de Goiás e Tocantins, Brasil Central (Fig. 1). A bacia do Rio Paranã está em uma zona de transição, entre os domínios dos climas úmidos da região amazônica e os semi-áridos da região da Caatinga, sendo seu clima classificado, segundo Köppen, em Aw (Clima Tropical com duas estações bem definidas), com variações para o Cwa (Clima Tropical de altitude) (IBGE, 1995). As médias anuais de temperatura variam em torno de 23ºC, com as temperaturas mais altas ocorrendo em setembro e outubro. A precipitação média é de 1.400 mm/ano (IBGE, 1995) e umidade relativa do ar de 60% (Scariot e Sevilha, 2000). A vegetação da região é composta principalmente de cerrado sentido restrito, florestas deciduais e semideciduais. As florestas deciduais predominam nas áreas de afloramento calcáreo e vales de solos distróficos (Scariot e Sevilha, 2000).

A ocupação humana resultou em intensa extração madeireira para subsidiar a implantação de pastagens (Scariot e Sevilha, 2005). Entre 1988 e 1993, mais de 21% da vegetação original da

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bacia do Rio Paranã foi removida (Luíz, 1998), porém ainda hoje ocorre a extração comercial de madeira, tanto das formações florestais, utilizadas para serrarias e produção de carvão, quanto das savânicas, utilizadas principalmente para carvão (IBGE, 1995). O desmatamento na região resultou na fragmentação e redução do hábitat e acrescentou bordas a uma paisagem até então contínua (Scariot e Sevilha, 2005). Grande parte dos fragmentos da área tem menos de 1 e 5 ha, sendo poucas as áreas acima de 100 ha (Andahur, 2001).

A pesquisa foi desenvolvida em três áreas do vale do Rio Paranã, entre 2003 e 2004 (Tabela 1): (1) Alvorada do Norte, GO; (2) São Domingos, vilarejo de Monte Alto, GO; e (3) Paranã, TO.

Essas áreas foram selecionadas para execução de um projeto de inventariamento de espécies de áreas prioritárias para conservação, financiado pelo PROBIO/MMA, e parte dos dados coletados sobre a avifauna subsidiam o presente trabalho. As formações florestais predominam em São Domingos e as formações savânicas nas outras áreas. Assim, em Alvorada do Norte e Paranã a vegetação dominante é o cerrado sentido restrito. Em São Domingos ocorrem os maiores fragmentos de floresta estacional decidual (Sevilha, com. pess.).

Os cerrados nas três áreas apresentam padrões distintos em composição e estrutura (Sevilha, com. pess.). São registrados como dominantes nos cerrados de Alvorada do Norte, as espécies Qualea grandiflora Mart. e Q. parviflora Mart.. Em São Domingos, o cerrado possui espécies em comum com as florestas estacionais deciduais: Callisthene fasciculata (Spreng.) Mart.; Magonia pubescens St. Hil.; Copaifera langsdorffii Desf. e Eugenia dysenterica DC.. Entre outras típicas da flora de cerrado encontram-se Q. parviflora e Curatella americana L. (Sevilha, com. pess.). Em Paranã, espécies exclusivas foram observadas por Sevilha (com. pess.): Terminalia argentea Mart.

& Zucc. e Callisthene minor.

Na floresta estacional decidual de São Domingos, 98,6% dos indivíduos perdem totalmente as folhas na estação seca (Scariot e Sevilha, 2005). Em áreas preservadas, o percentual de cobertura do dossel varia de 90%, no período das chuvas, a 35%, na estação seca, quando a cobertura do dossel é representada, principalmente, por galhos e troncos (Scariot e Sevilha, 2005). Em

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levantamentos florísticos e fitossociológicos realizados nessa região foram registradas 128 espécies arbóreas (Scariot e Sevilha, 2000; Silva e Scariot, 2003). Os valores de diversidade estimados estão abaixo daqueles estimados para outras florestas tropicais (Scariot e Sevilha, 2005).

Em cada área foram amostradas fisionomias de cerrado sentido restrito (Tabela I): cerrado em Alvorada do Norte (GO) (CEAL), cerrado em São Domingos, vilarejo de Monte Alto (GO) (CEMA) e cerrado em Paranã (TO) (CEPA). Em São Domingos foram também estudados fragmentos de floresta estacional decidual (mata seca) (MSMA). Em São Domingos e Paranã realizou-se coletas na estação seca e na chuvosa, em Alvorada do Norte apenas na estação chuvosa.

Foram amostrados de um a três pontos em cada área e fitofisionomia, nos períodos: (1) 2 a 18 de setembro de 2003, na estação seca em Paranã e São Domingos; (2) 07 a 30 de março de 2004, na estação chuvosa nas três áreas; e (3) 19 a 31 de maio de 2004, no início da estação seca, apenas em floresta estacional decidual, São Domingos (Tabela I).

MÉTODOS

Riqueza e abundância das espécies de sub-bosque

As redes de neblina são eficientes na captura de aves do sub-bosque (Remsen e Good, 1996), assim foram utilizadas redes de neblina dispostas em transeções lineares. As espécies de sub- bosque são aquelas que forrageiam essencialmente no estrato intermediário da vegetação (i.e. acima do solo e abaixo da copa). Na Tabela I estão os índices horas-rede obtidos nas áreas amostradas. As redes foram abertas ao amanhecer, por volta das 06:00 h e fechadas, na maioria das vezes, por volta das 12:00 h. Entretanto, houve variação principalmente na última amostragem, em função do número de redes, como mostra a Tabela I. As redes foram trocadas de lugar em intervalos de um até quatro dias. Realizou-se 4879.5 horas-rede.

Calculou-se o Índice de Densidade (IDENS) para cada local segundo Piratelli (1999). Esse índice compensa diferenças no esforço amostral, ou seja, obtém-se uma estimativa da densidade em

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função das capturas pelo número de horas-rede, tanto para fitofisionomias e localidades amostradas quanto para essas categorias nos períodos de seca e chuva. O índice de densidade é obtido através do cálculo: IDENS = número de capturasx100/horas-rede.

Para comparação entre as diferentes localidades e fitofisionomias, em função de diferenças no esforço amostral, executou-se uma análise de rarefação, comparando-se a abundância relativa de cada espécie em cada localidade amostrada. Análise de riqueza de espécies também foi realizada, obtendo-se para cada área e fitofisionomia uma curva do coletor. Essa análise agrupa aleatoriamente as amostras e examina, nesse caso, como as espécies novas são acumuladas. As curvas de cada área foram feitas com base no número de espécies novas por dia de amostragem. O método de Jacknife foi aplicado para estimar quantas espécies seriam observadas se a amostragem tivesse sido maior (programa BioDiversity Pro; McAleece et al., 1997).

As espécies registradas foram classificadas em relação ao tipo de dieta, de acordo com observações pessoais e literatura (Motta, 1990; Marini e Cavalcanti, 1996; Sick, 1997; Piratelli e Pereira, 2002; Donatelli et al., 2004). Os tipos de dieta foram: insetívoros (INS), indivíduos cuja dieta é composta por 75% ou mais de insetos e outros artrópodes; onívoros (ONI), que incluem na dieta insetos, outros artrópodes e frutos, em proporções similares; frugívoros (FRU), com mais de 75% da dieta composta por frutos; granívoros (GRA), com mais de 75% de sementes na dieta, nectarívoros (NEC) com 75% de néctar na dieta e carnívoros (CAR), com pelo menos 75% de vertebrados incluídos na alimentação. A nomenclatura e a classificação das espécies estão de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2006).

Composição das espécies da floresta estacional decidual

Elaborou-se uma lista de espécies de aves da floresta estacional decidual, que é uma compilação de registros visuais e auditivos e de coletas com as redes de neblina durante as amostragens. Foram incluídas na listagem as espécies registradas no mesmo local no trabalho de Lopes (2004), por Marcelo A. Bagno em setembro de 2001, e por Tarcísio L. Abreu e a presente

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autora em 2002. As espécies de aves foram classificadas em três categorias de dependência de hábitats florestais, de acordo com Silva (1995) e com observações em campo: 1 = independente (espécies que se alimentam e se reproduzem principalmente em vegetação aberta: campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado sentido restrito e campos rupestres); 2 = semidependentes (espécies que podem se alimentar ou se reproduzir tanto em florestas como em áreas abertas na região); 3 = dependentes (espécies que se alimentam e se reproduzem principalmente em florestas).

A nomenclatura, classificação e a seqüência das espécies estão de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2006).

RESULTADOS

Riqueza e abundância das aves do sub-bosque

Nas amostragens realizadas no vale do Rio Paranã, totalizaram-se 4879.5 horas-rede (distribuídas conforme explicitado na Tabela I). Foram capturados 734 indivíduos, pertencentes a 102 espécies, excluindo-se as recapturas. Na Tabela II estão as abundâncias relativas das espécies em cada fitofisionomia por área. A floresta estacional decidual apresentou o maior número de indivíduos (307) e o cerrado de Paranã obteve o maior número de espécies capturadas (59). Ainda, o cerrado de Paranã demonstrou o maior índice de densidade (20.8), seguido pelo cerrado de São Domingos (18.4). O menor índice de densidade foi de 12.0, no cerrado de Alvorada do Norte (Tabela III).

As curvas de rarefação (Fig. 2) mostram que a comunidade com maior diversidade é a do cerrado de Paranã e as outras curvas tendem a se sobrepor, demonstrando diversidades semelhantes, apesar de índices de densidade diferentes. As curvas do coletor (número de espécies novas acumuladas quando as amostras são agrupadas), no entanto, não atingem a assíntota no número de espécies nos cerrados de Alvorada do Norte (CEAL) (Fig. 3) e de São Domingos, Monte Alto (CEMA) (Fig. 4). Ou seja, o número de espécies novas continua a aumentar na comunidade. A curva do coletor estimada pelo método de Jacknife indica que no cerrado de Alvorada do Norte a

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curva começaria a atingir a assíntota em torno de 50 espécies (Fig. 3), 16 acima do observado. No cerrado de São Domingos a estimativa é de 47 espécies na comunidade de aves do sub-bosque (Fig.

4), 14 além do observado.

No cerrado de Paranã a curva do coletor observada não difere muito da curva estimada (Fig.

5), a não ser pelo maior número de espécies estimado se as amostragens fossem mais intensas. A curva observada parece começar a se estabilizar com cerca de 59 espécies, atingindo a assíntota na curva estimada em torno de 80 espécies, chegando a uma estimativa de 85 espécies. Na floresta estacional decidual foram realizadas 19 amostragens, e em função dessa intensa amostragem, a curva do coletor observada (Fig. 5) atinge a assíntota na 16ª amostragem, com pouca oscilação no número de espécies (em torno de 47 e 48 espécies). O método de Jacknife estima uma comunidade de 66 espécies em um maior esforço amostral.

As espécies mais abundantes foram Basileuterus flaveolus, com cerca de 14% (n=44) dos indivíduos capturados na floresta estacional decidual e Amazilia fimbriata nos cerrados de São Domingos e de Paranã, com 11,5 e 12% dos indivíduos, respectivamente. Já no cerrado de Alvorada do Norte Columbina picui foi a mais abundante, com 17 indivíduos capturados, cerca de 16% do total (Tabela II). As cinco espécies de dendrocolaptídeos registradas na floresta estacional decidual, pela ordem de abundância, foram: Dendrocolaptes platyrostris, Sittasomus griseicapillus, Lepidocolaptes angustirostris, Xiphorhynchus guttatus e Campylorhamphus trochilirostris. Esse grupo constituiu-se de 24% dos indivíduos capturados e compõem 10% das espécies na floresta estacional decidual. Outro grupo importante em abundância é a família Thamnophilidae, composta também por cinco espécies na floresta estacional decidual, que representou 15% (46) dos indivíduos capturados nesta vegetação, número maior do que os indivíduos da família Tyrannidae, embora esta última contribua na floresta estacional decidual com 11 espécies, cerca de 23% do total.

No cerrado de São Domingos foram registradas espécies comuns à floresta estacional decidual e que não ocorreram nos outros locais de cerrado, como Thamnophilus punctatus, Basileuterus flaveolus e Nonnula rubecula, entre as mais abundantes. No cerrado de Paranã as

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espécies mais abundantes depois de Amazilia fimbriata foram Elaenia quiriquensis, Tangara cayana e Coryphospingus pileatus. Neste local a família mais abundante foi Tyrannidae, com 57 indivíduos, 26% dos indivíduos capturados e 24% (14) das espécies. No cerrado de Alvorada do Norte, depois de Columbina picui, as espécies mais abundantes foram Columbina squammata e Thraupis sayaca, com 11% e 7%, respectivamente, da abundância amostrada no local.

A guilda de insetívoros foi a mais rica em espécies em todos os locais e fitofisionomias estudados. No cerrado de Alvorada do Norte a guilda mais abundante foi a dos granívoros, com 41% dos indivíduos, seguida pelas guildas de insetívoros e de onívoros. No cerrado de São Domingos, 71% dos indivíduos capturados são insetívoros, 13% nectarívoros e 11% onívoros. No cerrado de Paranã os nectarívoros contribuem significativamente para a abundância observada (46), ficando atrás somente dos insetívoros. Na floresta estacional decidual os insetívoros constituem cerca de 79% dos indivíduos capturados (Tabela IV).

Composição das espécies de floresta estacional decidual

Nos remanescentes de floresta estacional decidual de São Domingos (Monte Alto), GO, através da compilação de registros nos anos de 2001 e 2002 (Lopes, 2004) e de 2003 e 2004 (presente estudo), foram observadas 134 espécies de aves, pertencentes a 14 ordens, 31 famílias e 8 sub-famílias (Apêndice 1). Duas espécies endêmicas do cerrado, Pyrrhura pfrimeri e Knipolegus franciscanus (Silva, 1995) foram registradas nas florestas estacionais deciduais de São Domingos.

A ordem Passeriformes foi a mais numerosa com 82 espécies, o equivalente a 61%; a família com maior número de espécies foi a Tyrannidae, com 33 espécies (aproximadamente 25%), seguida de Psittacidae, Picidae e Thraupidae, todas com sete espécies. As famílias Accipitridae, Thamnophilidae, Furnariidae e Icteridae foram representadas por seis espécies, cada, e as famílias Columbidae, Dendrocolaptidae e Emberizidae com cinco espécies, cada. As demais famílias foram representadas com menos de cinco espécies.

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Das 134 espécies registradas no presente estudo, 52 (39%) foram classificadas como semidependentes (aquelas que ocorrem em vegetações abertas e florestais), 44 (33%) como dependentes (só ocorrem em ambientes florestais), e 38 espécies (28%) foram consideradas associadas à vegetação aberta (campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado sensu stricto e campos rupestres), ou seja, independentes de habitats florestais. Assim, cerca de 72% das espécies registradas nas florestas estacionais deciduais de São Domingos têm alguma dependência de habitats florestais. A guilda de insetívoros foi a mais rica, com 48% (64) das espécies registradas, em seguida os onívoros foram mais numerosos, cerca de 20% das espécies, os frugívoros representam 14% (18) da riqueza, os carnívoros 11%, os granívoros 5% e por fim os nectarívoros que compuseram 2% (3) das espécies.

DISCUSSÃO

Riqueza e abundância das aves do sub-bosque

No cerrado de Paranã, TO, foi observada a maior riqueza e o maior índice de densidade de espécies de aves do sub-bosque. Assim, dentre as áreas amostradas e comparadas no vale do Rio Paranã, observa-se que o cerrado de Paranã possui maior diversidade de aves do sub-bosque e portanto maior complexidade. Este resultado é corroborado com o encontrado na análise florística feita por Sevilha (com. pess.). Em Paranã foram detectadas condições satisfatórias de conservação da flora local, onde o baixo impacto de atividades antrópicas ainda favorece a manutenção de sua diversidade local sem necessidades intervencionistas. Já nas outras áreas são recomendadas medidas urgentes para a recuperação e manutenção da diversidade de espécies vegetais (Sevilha, com. pess.).

A floresta estacional decidual é a segunda em número de espécies de aves do sub-bosque e a primeira em abundância, entretanto o esforço amostral nessa área também foi maior, assim quando se observa o índice de densidade no qual é considerado o esforço amostral, a floresta estacional decidual passa a ser a terceira mais rica e nesse caso o cerrado de São Domingos apresenta o

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segundo maior índice de densidade. O cerrado de Alvorada do Norte apresentou o menor número de espécies e de indivíduos. Floristicamente também é a região mais pobre, o que deve resultar em menor disponibilidade de recursos, menor heterogeneidade ambiental e portanto menor área de ocupação para espécies mais sensíveis à fragmentação, dependentes ou semi-dependentes de habitats florestais. A espécie mais abundante desse ambiente foi Columbina picui, típica de vegetação mais aberta (Sick, 1997).

Os maiores índices de densidade obtidos no leste do Mato Grosso do Sul também para aves do sub-bosque, foram de 10,66 e 10,48 em fitofisionomias de cerradão e cerrado, respectivamente (Piratelli, 1999), valores menores que os encontrados no vale do Rio Paranã. Isso indica que mesmo com intensa perturbação humana, a região do vale do Rio Paranã abriga diversidades significativas dentro do Cerrado.

Apesar do total de horas-rede obtidos ser razoável, pelo fato de serem três localidades com dois tipos fitofisionômicos em uma delas, algumas amostragens não foram exaustivas. Assim, como mostram as curvas do coletor, principalmente o cerrado de Alvorada do Norte e São Domingos, se fossem realizadas mais amostragens provavelmente o número de espécies seria maior. Entretanto, fica evidente a maior riqueza e diversidade da comunidade do cerrado de Paranã, mantendo inclusive um número maior de especialistas como frugívoros e nectarívoros. Na análise de rarefação, incluindo as diferenças no esforço amostral, obtiveram-se riquezas similares nas outras comunidades, embora o cerrado de Alvorada do Norte seja estruturalmente diferente.

A comunidade de aves do sub-bosque do vale do Rio Paranã segue o padrão de abundância observado em ambientes tropicais, nos quais ocorre a presença de algumas espécies com um grande número de indivíduos e a maioria das espécies com baixa abundância (Bierregaard et at., 1992).

Basileuterus flaveolus, espécie mais abundante no sub-bosque da floresta estacional decidual, é extensamente relatada como a mais abundante em diversos habitats (Almeida, 1979; Azevedo Júnior, 1986; Piratelli, 1999). A espécie é considerada generalista (Sick, 1997). Ao contrário, seu congênere, B. hypoleucus teve baixa abundância relativa (0.38%), com somente dois indivíduos

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capturados na floresta estacional decidual. As duas espécies habitam principalmente florestas de galeria e cerradão, ou seja, habitats florestais dentro do bioma Cerrado, apesar disso possuem significativa separação ecológica, com uma preferência de B. flaveolus por substratos mais secos (Marini e Cavalcanti, 1993).

Na floresta estacional decidual os arapaçus totalizaram 17% de todos os indivíduos capturados e 24% da abundância no local. O fato destas espécies estarem presentes em grande número na floresta estacional decidual pode estar relacionado às características estruturais da vegetação. Em Aurora do Tocantins (Pacheco e Olmos, 2006) em floresta estacional decidual, B.

flaveolus e Lepidocolaptes angustirostris estão entre as espécies mais abundantes. A abundância relativa encontrada para Thamnophilus punctatus no vale do Rio Paranã foi semelhante a encontrada para o Mato Grosso do Sul (Piratelli, 1999). Esta espécie habita beira de mata, inclusive matas secundárias (Sick, 1997); possivelmente tem hábito generalista, tanto em relação ao hábitat quanto à alimentação.

Nos cerrados de Paranã e São Domingos a espécie mais abundante foi Amazilia fimbriata, cuja abundância relativa (6.7% aproximadamente) foi muito superior ao encontrado por Piratelli (1999) para a espécie, de 0.86% dos indivíduos capturados. No cerrado de Alvorada do Norte Columbina picui foi a mais abundante, uma espécie numerosa, sobretudo na Caatinga (Sick, 1997).

Sua presença marcante em Alvorada do Norte talvez se deva principalmente à característica de vegetação mais aberta. Os cerrados das outras localidades possuem vegetação mais densa.

Columbina picui também é comum no Cerrado, em Mambaí, nordeste de GO (Blamires et al., 2002). Suspeita-se que a espécie esteja aumentando a distribuição em função da abertura de pastagens e alterações antrópicas do Cerrado (Sick, 1997; Blamires et al., 2002).

Quanto à estrutura trófica das comunidades das aves do sub-bosque, o grupo dos insetívoros foi o de maior número de espécies em todas as comunidades. Este resultado é esperado, visto que os insetos compõem um recurso abundante e disponível o ano todo e observado em outras comunidades (Motta, 1990; Piratelli e Pereira, 2002; Donatelli et al., 2004). As comunidades mais

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similares estruturalmente são as de São Domingos, do cerrado e da floresta estacional decidual. A floresta estacional decidual apresenta a menor porcentagem de riqueza e abundância de nectarívoros. Essa parece ser uma diferença entre as comunidades do cerrado e da floresta estacional decidual, em função obviamente da disponibilidade desse recurso. Por outro lado, o cerrado de Paranã foi particularmente rico em espécies nectarívoras, contando com 14% das espécies e 21% dos indivíduos. Esse fato corrobora mais uma vez com a observação de que floristicamente esta comunidade é mais complexa. Os nectarívoros são espécies relativamente especializadas em sua dieta, demonstrando a importância dessa comunidade para a manutenção dessa guilda, mantendo a complexidade de relações tróficas da comunidade.

O cerrado de Alvorada do Norte foi a comunidade com maior riqueza e abundância de granívoros, correspondente a 41% dos indivíduos e 19% das espécies, isto provavelmente está relacionado a uma vegetação mais aberta, composta por muitas gramíneas. Os frugívoros tiveram baixa representatividade em todas as comunidades, em torno de 3 a 4% da riqueza observada e um pouco maior no cerrado de Paranã, com 8% das espécies, o que demonstra a maior complexidade vegetacional dessa última área, comportando mais espécies especializadas. A baixa abundância e riqueza de carnívoros em todas as comunidades era de se esperar, visto que grande parte dos carnívoros ficam no estrato superior da vegetação, em áreas abertas ou são noturnos.

Composição das espécies de floresta estacional decidual

O número de espécies registrado, 134, representa cerca de 16% de todas as espécies do bioma Cerrado (estimado em 837 por Silva, 1995). A riqueza de espécies encontrada nas florestas estacionais deciduais de São Domingos, GO, é relativamente alta, considerando o estado de fragmentação dessas matas. Pacheco e Olmos (2006) registraram, no sudeste de Tocantins, em dois fragmentos de florestas estacionais deciduais, 125 espécies de aves no Vale do Rio Palmeiras (RPTO) e 118 espécies em Aurora do Tocantins (ATTO). Gillespie e Walter (2001) registraram 71 espécies de aves residentes em sete fragmentos de floresta estacional decidual na América Central.

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Já para as matas secas do oeste do México são estimadas 340 espécies de aves (Ceballos e Garcia, 1995); entretanto nesse caso, não fica claro como foi feita a estimativa, nem quais os tipos fisionômicos amostrados.

Comparando as florestas estacionais deciduais de São Domingos e do vale do Rio Palmeiras (RPTO) e Aurora do Tocantins (ATTO) (Pacheco e Olmos, 2006), observa-se um maior número de espécies comuns (88) entre a floresta estacional decidual de São Domingos e Aurora do Tocantins.

A razão possível, como os autores sugerem, é que no vale do Rio Palmeiras ocorrem ecótones de floresta estacional decidual e cerrado e que em Aurora do Tocantins os remanescentes de floresta estacional decidual são menos fragmentados, mantendo sua composição mais próxima das de São Domingos.

Duas espécies registradas aqui são endêmicas do Cerrado (Silva, 1995): Pyrrhura pfrimeri e Knipolegus franciscanus. Pyrrhura pfrimeri tem distribuição limitada, considerada restrita às florestas estacionais deciduais do vale do Rio Paranã (Silva, 1995). Pacheco e Olmos (2006) também registraram a espécie em Aurora do Tocantins/TO. Esta integra a Lista Nacional de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (2003), na categoria de vulnerável.

Knipolegus franciscanus vive na caatinga e na clareira da mata seca, ocorre no médio São Francisco (Bahia, Minas Gerais) e leste de GO (Silva e Oren, 1992; Sick, 1997).

As famílias com maior riqueza de espécies no Cerrado são Tyrannidae, Emberizidae, Formicariidae, Furnariidae, Trochilidae e Psittacidae (Silva, 1995). Segundo Machado et al. (1998), a riqueza de espécies em ambiente de Cerrado varia conforme a latitude e a longitude, e apenas as famílias/subfamílias Tyrannidae, Emberizinae e Furnariidae seriam bem representadas em quaisquer regiões. No presente trabalho, estas três famílias estão entre as sete com maior número de espécies. Outras famílias bem representadas foram Psittacidae, Picidae e Thamnophilidae, resultado que difere do encontrado por outros autores (Piratelli, 1999; Santos, 2004), demonstrando o padrão descrito por Machado et al. (1998).

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Silva e Santos (2005), discutindo mudanças na lista de Silva (1995), observaram que aproximadamente 72% da avifauna que se reproduz na região do Cerrado é composta por espécies parcialmente ou totalmente dependente de florestas (estacionais deciduais e de galeria), que cobrem menos que 10% dessa região. Esse dado é corroborado pelos resultados obtidos, pois 72% das espécies registradas nas florestas estacionais deciduais de São Domingos possuem alguma dependência de hábitats florestais. Esse resultado também é similar ao encontrado nas florestas estacionais deciduais da Costa Rica e Nicarágua, onde 50 (70%) das espécies foram consideradas espécies florestais (Gillespie e Walter, 2001).

Silva e Santos (2005) descrevem a avifauna do Cerrado como predominantemente florestal, vivendo em um bioma coberto principalmente por savanas. Esses dados reforçam a importância das matas secas para a sobrevivência dessas espécies e manutenção da diversidade de aves do bioma Cerrado (Silva, 1995). Um monitoramento ao longo dos anos poderia verificar o que ocorre com as espécies de áreas abertas, o que refletiria o estado de conservação das florestas estacionais deciduais da região. A comunidade de aves da floresta estacional decidual de São Domingos é composta em quase 50% de insetívoros, na guilda de aves do sub-bosque os insetívoros totalizam 62%, como já mencionado. Os insetos formam um recurso abundante e disponível o ano todo. Os onívoros constituem 20% das espécies, e conseguem sobreviver em função da disponibilidade sazonal dos recursos alimentares. Os frugívoros correspondem a 14% da composição da avifauna, o que demonstra que a floresta estacional decidual oferece suficientes frutos para manter essas espécies. A floresta estacional decidual é particularmente pobre em espécies nectarívoras, e a baixa riqueza de granívoras deve estar associada à menor quantidade de gramíneas (Apêndice 1).

Os resultados desse capítulo mostram a importância do vale do Rio Paranã para a manutenção da biodiversidade das aves do Cerrado. Nas áreas amostradas encontra-se considerável riqueza e diversidade de espécies. A floresta estacional decidual apresenta características peculiares em relação à avifauna, com espécies endêmicas e um tipo vegetacional que abriga espécies de aves dependentes de habitats florestais, funcionando também como um corredor para dispersão e

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movimentação de várias espécies. Esse trabalho reforça a urgência da necessidade de se conservar áreas do vale do Rio Paranã, especialmente as de floresta estacional decidual e a área de cerrado de Paranã/TO.

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(32)
(33)

Município Ponto Coordenadas Vegetação Data Nº redes Horário Horas- rede

Nº de espécies

novas

Nº de indivíduos São

Domingos

1 13º39’20”S e 46º49’11”W

Floresta estacional decidual

02/09/03 25 6:15-12:15 150 19 60

1 03/09/03 25 6:20-12:20 150 7 21

1 05/09/03 25 6:00-12:00 150 7 38

2 13º37’28”S e 46º43’10”W

cerrado 06/09/03 25 5:40-11:40 150 23 50

3 cerrado 07/09/03 25 6:30-12:30 150 6 22

3 08/09/03 25 5:50-11:50 150 1 21

Paranã 1 12º54’55”S e 47º36’59”W

cerrado 12/09/03 24 5:55-12:55 150 15 36

1 13/09/03 24 6:05-13:05 150 6 23

2 cerrado 14/09/03 24 5:45-12:45 150 13 50 Alvorada do

Norte

1 14º31’19”S e 46º47’12”W

cerrado 07/03/04 20 6:00-13:30 150 12 25

1 08/03/04 20 6:10-13:40 150 9 18

2 14º30’03”S e 46º45’12”W

cerrado 09/03/04 20 6:15-13:45 150 6 29

2 10/03/04 20 6:00-13:30 150 4 24

3 14º30’47”S e 46º45’07”W

cerrado 11/03/04 20 6:15-13:45 150 3 10

3 12/03/04 20 6:30-14:00 150 0 2

São Domingos

1 13º38’56”S e 46º45’18”W

Floresta estacional decidual

16/03/04 20 6:30-14:00 150 1 18

1 17/03/04 20 8:30-12:30 80 0 4

1 18/03/04 20 6:10-13:40 150 2 12

1 20/03/04 20 6:30-11:30 100 1 8

(34)

Município Ponto Coordenadas Vegetação Data Nº redes Horário Horas- rede

Nº de espécies

novas

Nº de indivíduos 2 13º38’42”S e

46º45’24”W cerrado 21/03/04 20 6:30-11:30 100 3 8 Paranã 1 12º54’55”S e

47º36’59”W

cerrado 25/03/04 20 6:00-12:00 120 6 24

1 26/03/04 20 6:00-12:00 120 6 12

1 27/03/04 20 6:00-12:00 120 6 31

2 12º54’22”S e 47º37’17”W

cerrado 29/03/04 20 6:00-12:00 120 6 35

2 30/03/04 20 6:00-12:00 120 0 7

São Domingos

1 Faz. Flor do Ermo Floresta estacional decidual

19/05/04 11 3 redes-7:00- 16:30 8 redes- 9:30-16:30

84.5 2 20

1 13º39’24”S e 46º45’10”W

20/05/04 13 6:15-16:15 130 1 10

1 21/05/04 13 6:20-13:20 91 0 7

1 23/05/04 13 6:00-17:00 143 0 16

1 24/05/04 13 6:10-16:10 130 3 12

1 25/05/04 13 6:10-13:10 91 0 6

2 Faz. São Domingos Floresta estacional decidual

26/05/04 13 6:10-17:10 143 1 18

2 27/05/04 13 6:15-17:15 143 0 9

2 28/05/04 13 6:15-14:15 104 1 8

2 29/05/04 13 6:20-17:20 143 0 22

2 30/05/04 13 6:25-16:25 130 0 3

2 31/05/04 13 6:20-15:20 117 3 16

Total 4879.5 735

(35)

Tabela II. Espécies capturadas em redes de neblina e as respectivas abundâncias relativas ao total de indivíduos, em cada localidade e tipo de vegetação no Vale do Paranã, GO e TO, entre 2003 e 2004 e a dieta das espécies: CAR: carnívoras; GRA: granívoras; FRU: frugívoras; INS: insetívoras; ONI: onívoras e NEC:

nectarívoras. CEAL: cerrado de Alvorada do Norte, GO; CEMA: cerrado de São Domingos (Monte Alto), GO; CEPA: cerrado de Paranã, TO e MSMA: floresta estacional decidual (mata seca) de São Domingos (Monte Alto).

espécie CEAL CEMA CEPA MSMA

Nº de indivíduos

Abundância

relativa % Dieta

Rupornis magnirostris 1 0 1 0 2 0.3 CAR

Falco sparverius 1 0 0 0 1 0.1 CAR

Columbina talpacoti 4 0 1 1 6 0.8 GRA

Columbina squammata 12 0 9 0 21 3.0 GRA

Columbina picui 17 0 0 0 17 2.3 GRA

Leptotila verreauxi 0 0 0 2 2 0.3 FRU

Coccyzus melacoryphus 0 1 0 0 1 0.1 INS

Piaya cayana 0 0 0 2 2 0.3 ONI

Glaucidium brasilianum 0 1 1 4 6 0.8 CAR

Phaethornis pretrei 0 0 3 0 3 0.4 NEC

Eupetomena macroura 0 0 5 0 5 0.7 NEC

Colibri serrirostris 0 0 1 0 1 0.1 NEC

Anthracothorax nigricollis 0 0 1 0 1 0.1 NEC

Chlorostilbon lucidus 0 1 2 0 3 0.4 NEC

Thalurania glaucopis 0 0 4 0 4 0.5 NEC

Amazilia fimbriata 4 12 25 7 48 6.6 NEC

Heliactin bilophus 2 0 0 0 2 0.3 NEC

Heliomaster squamosus 0 0 0 1 1 0.1 NEC

Galbula ruficauda 0 0 1 2 3 0.4 INS

Nystalus chacuru 0 0 1 0 1 0.1 INS

Nystalus maculatus 2 2 8 3 15 2.0 INS

Nonnula rubecula 0 6 1 9 16 2.2 INS

Monasa nigrifrons 0 0 0 3 3 0.4 INS

Picumnus albosquamatus 0 0 0 1 1 0.1 INS

Veniliornis passerinus 0 2 4 2 8 1.1 INS

Colaptes melanochloros 1 0 0 0 1 0.1 INS

Taraba major 0 0 0 1 1 0.1 INS

Thamnophilus punctatus 2 10 1 22 35 4.9 INS

Herpsilochmus atricapillus 0 1 0 0 1 0.1 INS

Formicivora grisea 0 3 1 7 11 1.5 INS

Formicivora melanogaster 0 4 0 16 20 2.7 INS

Sittasomus griseicapilus 1 3 1 19 24 3.3 INS

Dendrocolaptes platyrostris 0 1 0 29 30 4.1 INS

Xiphorynchus guttatus 0 0 0 8 8 1.1 INS

espécie CEAL CEMA CEPA MSMA

Nº de indivíduos

Abundância

relativa % Dieta

(36)

Lepidocolaptes angustirostris 6 6 8 16 36 5.0 INS

Campylorhampus trochilirostris 0 0 0 1 1 0.1 INS

Furnarius rufus 0 2 0 14 16 2.2 INS

Synallaxis frontalis 0 1 3 0 4 0.5 INS

Synallaxis scutata 0 0 0 9 9 1.2 INS

Phacellodomus rufifrons 0 0 0 1 1 0.1 INS

Leptopogon amaurocephalus 0 1 0 1 2 0.3 INS

Hemitriccus margaritaceiventer 0 7 4 0 11 1.5 INS

Hemitriccus sp. 0 0 2 0 2 0.3 INS

Myiopagis viridicata 0 1 1 9 11 1.5 INS

Elaenia albiceps 1 0 0 0 1 0.1 ONI

Elaenia cristata 0 0 5 0 5 0.7 ONI

Elaenia chiriquensis 0 0 17 1 18 2.4 ONI

Elaenia sp. 0 0 1 0 1 0.1 ONI

Camptostoma obsoletum 3 0 0 0 3 0.4 INS

Suiriri suiriri 2 0 1 0 3 0.4 INS

Phaeomyias murina 2 2 1 0 5 0.7 INS

Tolmomyias sulphurescens 0 4 0 9 13 1.8 INS

Myiobius barbatus 0 0 0 2 2 0.3 INS

Myiobius atricaudus 0 0 0 1 1 0.1 INS

Lathothriccus euleri 0 0 0 2 2 0.3 INS

Cnemotriccus fuscatus 0 1 8 0 9 1.2 INS

Pitangus sulphuratus 2 2 0 8 12 1.6 ONI

Myiodinastes maculatus 0 3 0 2 5 0.7 ONI

Megarynchus pitangua 1 0 1 0 2 0.3 ONI

Tyrannus melancholicus 2 0 0 0 2 0.3 INS

Sirystes sibilator 0 0 0 1 1 0.1 INS

Casiornis rufus 0 3 3 6 12 1.6 INS

Myiarchus swainsoni 0 1 9 0 10 1.4 INS

Myiarchus ferox 0 0 1 0 1 0.1 INS

Myiarchus tyrannulus 3 1 3 0 7 1.0 INS

Neopelma pallescens 0 0 1 0 1 0.1 INS

Pachyramphus viridis 1 0 0 0 1 0.1 ONI

Pachyramphus polychopterus 6 0 1 1 8 1.1 ONI

Cyclarhis gujanensis 5 0 0 3 8 1.1 ONI

Vireo olivaceus 0 0 4 0 4 0.5 ONI

Cyanocorax cyanopogon 1 0 1 0 2 0.3 ONI

Troglodytes musculus 0 0 2 0 2 0.3 INS

Polioptila dumicola 0 1 1 0 2 0.3 INS

Turdus rufiventris 0 0 0 3 3 0.4 ONI

Turdus leucomelas 1 2 6 5 14 2.0 ONI

Turdus amaurochalinus 0 4 4 2 10 1.4 ONI

Turdus albicollis 0 0 0 1 1 0.1 ONI

Mimus saturninus 2 0 0 0 2 0.3 ONI

Coereba flaveola 0 0 5 0 5 0.7 NEC

Nemosia pileata 1 0 0 0 1 0.1 ONI

espécie CEAL CEMA CEPA MSMA

Nº de indivíduos

Abundância

relativa % Dieta

Piranga flava 0 0 4 0 4 0.5 FRU

Eucometis penicillata 0 0 0 2 2 0.3 INS

(37)

Tachyphonus rufus 0 0 2 0 2 0.3 ONI

Thraupis sayaca 8 0 7 0 15 2.0 FRU

Tangara cayana 0 0 11 0 11 1.5 FRU

Hemithraupis guira 0 1 1 4 6 0.8 FRU

Zonotrichia capensis 1 0 3 0 4 0.5 GRA

Ammodramus humeralis 0 0 6 0 6 0.8 GRA

Sicalis flaveola 4 0 1 0 5 0.7 GRA

Volatinia jacarina 0 0 0 14 14 2.0 GRA

Sporophila plumbea 0 0 2 0 2 0.3 GRA

Sporophila sp. 0 0 1 0 1 0.1 GRA

Coryphospingus pileatus 5 3 11 3 22 3.0 GRA

Saltator maximus 0 0 1 0 1 0.1 ONI

Basileuterus hypoleucus 0 0 0 2 2 0.3 INS

Basileuterus flaveolus 0 8 0 44 52 7.2 INS

Euphonia chlorotica 0 0 2 0 2 0.3 FRU

sp1 3 0 0 0 3 0.4

sp2 1 0 0 0 1 0.1

sp3 0 0 1 0 1 0.1

sp4 0 0 1 0 1 0.1

sp5 0 0 0 1 1 0.1

nº de indivíduos 108 101 218 307 734

nº de espécies 34 33 59 48 102

(38)

Tabela III. Índice de densidade (IDENS*) em cada fitofisionomia e localidade amostrada no vale do Rio Paranã (dados: 2003 e 2004). CEAL: cerrado de Alvorada do Norte, GO;

CEMA: cerrado de São Domingos (Monte Alto), GO; CEPA: cerrado de Paranã, TO e MSMA: floresta estacional decidual (mata seca) de São Domingos (Monte Alto). *IDENS:

número de capturasx100/horas-rede.

Local Nº capturas * 100 Nº de horas-rede IDENS

CEAL 10800 900 12.00

CEMA 10100 550 18.4

CEPA 21800 1050 20.8

MSMA 30700 2379.5 12.9

(39)

Tabela IV. Número e porcentagem entre parênteses dos indivíduos e espécies capturados com redes de neblina entre 2003 e 2004, no vale do Rio Paranã, separados pela guilda alimentar. CEAL: cerrado de Alvorada do Norte, GO; CEMA: cerrado de São Domingos (Monte Alto), GO; CEPA: cerrado de Paranã, TO e MSMA:

floresta estacional decidual (mata seca) de São Domingos (Monte Alto).

CEAL CEMA CEPA MSMA

Dieta ind. sps. ind. sps. ind. sps. ind. sps.

Insetívoros 24 (23%) 10 (32%) 72 (71%) 24 (73%) 66 (30%) 23 (40%) 242 (79%) 29 (62%) Onívoros 21 (20%) 10 (32%) 11 (11%) 4 (12%) 43 (20%) 11 (19%) 28 (9%) 10 (21%) Frugívoros 8 (8%) 1 (3%) 1 (1%) 1 (3%) 25 (12%) 5 (9%) 6 (2%) 2 (4%) Granívoros 43 (41%) 6 (19%) 3 (3%) 1 (3%) 34 (16%) 8 (14%) 18 (6%) 3 (7%) Nectarívoros 6 (6%) 2 (7%) 13 (13%) 2 (6%) 46 (21%) 8 (14%) 8 (3%) 2 (4%) Carnívoros 2 (2%) 2 (7%) 1 (1%) 1 (3%) 2 (1%) 2 (4%) 4 (1%) 1 (2%)

Referências

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