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PROJETO INTEGRADOR Tema: Resíduos Sólidos. PANORAMA DOS RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS (REEE) NO BRASIL.

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Academic year: 2022

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PROJETO INTEGRADOR 2018.1

Tema: Resíduos Sólidos.

PANORAMA DOS RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS (REEE) NO BRASIL.

BRUGNERA, Maria Paula​¹

RESUMO: Diante do atual panorama do Brasil, procurou-se colaborar ao debate de gerenciamento dos resíduos eletrônicos evidenciando ações que possam contribuir ao assunto. Com o aumento da geração de resíduos eletrônicos no Brasil, as pessoas costumam abandonar ou acumular seus resíduos eletrônicos não sabendo que eles são perigosos, e, consequentemente, muitos adquirem toxinas através da inalação, tato ou ingestão de substâncias presentes nesses tipos de resíduos. Envolto as informações que norteiam o assunto, o presente artigo visa quantificar e caracterizar os REEEs dentro do país, levantando os principais impactos negativos da geração desses resíduos e apresentar o cenário da gestão dos REEEs na cidade de Foz do Iguaçu.

Palavras-chave:

Reciclagem, Resíduos Eletrônicos, Impactos.

ABSTRACT: In view of the current situation in Brazil, we sought to collaborate in the electronic waste management debate, highlighting actions that may contribute to the subject.

With the increase of electronic waste generation in Brazil, people often abandon or accumulate their electronic waste not knowing that they are dangerous, and consequently many acquire toxins through the inhalation, touch or ingestion of substances present in these types of waste. The present paper aims at quantifying and characterizing the WEEE within the country, raising the main negative impacts of the generation of this waste and presenting the scenario of the management of WEEE in the city of Foz do Iguaçu.

Keywords: Recycling, Electronic Waste, Impacts.

FOZ DO IGUAÇU, 2018.

1- Estudante de Engenharia Ambiental da Faculdade União das Américas. E-mail: eng.environm@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento da economia e da produtividade, juntamente com o rápido avanço da tecnologia, ocorreram muitas alterações nos hábitos sociais da população. Em consequência disso, a substituição de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EEE) por versões mais modernas tornou-se habitual e comum, observada em um período de tempo cada vez mais curto. Este fenômeno pode ser explicado através da obsolescência programada, observada inicialmente na década de 1930 ao ser proposta como solução para o desemprego e a crise econômica vivenciada pelos Estados Unidos na Grande Depressão, também conhecida como Crise de 29.

No início da era da informação, por volta da década de 1970, os equipamentos eletrônicos incluíram-se no fenômeno da Obsolescência Programada, apesar de não estarem visíveis as intenções empresariais e industriais da época. Na década de 90, o consumo dos EEE já havia se tornado acessível para todos, apresentando o fenômeno de maneira visível. Em decorrência a isso, os seus resíduos cresceram de forma gradativa, transformando-se em um crescente risco ao meio ambiente.

O objetivo deste estudo é apresentar as principais informações e dados sobre o tema de resíduos eletrônicos no Brasil. Busca-se levantar dados quantitativos e característicos dos REEEs, os impactos negativos ao meio ambiente que os mesmos podem vir a causar, e apresentar a realidade por meio de um estudo de caso feito no município de Foz do Iguaçu, estado do Paraná. O presente estuda procura servir de base para futuros projetos exploratórios, científicos, técnicos ou acadêmicos referente ao gênero.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O final da década de 1980 é considerada como o fim da idade industrial e início da era da informação. Entretanto, sua base já vinha sendo desenvolvida desde 1970 com a criação de microprocessadores e rede de computadores mais elaborados e acessíveis à população. (CASTELL, 1999)

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Em 1947, John Bardeen, Walter Brattain, e William Shockley, criaram o primeiro transistor - um componente eletrônico muito utilizado para amplificar sinais elétricos (LEE, 2007). Esses transistores ainda são os mais usados em circuitos tanto digitais quanto analógicos e, a partir dessa data, ele haviam se tornado comuns em tudo que precisava de corrente elétrica, campo magnético ou energia para funcionar, desde rádios, aos telefones e computadores da época.

Em 1965, quando Gordon Earle Moore publicou sua pesquisa prevendo que dentro de 18 meses os transistores poderiam dobrar sua capacidade, houve um aumento exponencial no avanço tecnológico de todos os equipamentos elétricos e eletrônicos. (MOORE, 1965; MOORE, 1995; THOMPSON e PARTHASARATHY, 2006). A partir desse marco, começou o transtorno popular do consumo de EEE fabricados com uma vida útil mais curta do que deveriam, chamado de

“Obsolescência Programada”.

O fenômeno de obsolescência programada refere-se ao ato de indústrias fabricarem e venderem produtos com uma vida útil mais curta do que deveriam (BULOW, 1986). Surgiu publicamente pela primeira vez em 1932, quando Bernard London sugeriu que o ciclo de vida dos produtos deveria ser interrompido para que os consumidores voltassem às compras. Segundo ele, a tecnologia moderna ocasionou no aumento da qualidade dos produtos, estendendo o tempo de vida útil dos mesmos. Por causa da Crise de 29, a população utilizava seus pertences por mais tempo e, com isso, agravaram a crise. Sua proposta seria de estabelecer uma vida útil pré-definida para todos os produtos, onde, no final dessa vida útil, os consumidores entregariam os produtos obsoletos ao governo em troca de um cupom que seria utilizado na compra de um novo e, dessa forma, a economia do país melhoraria. Entretanto a proposta de London foi ignorada. (LONDON, 1932)

Na década de 50, com o objetivo de fortalecer o consumo, a obsolescência ressurgiu com uma mudança crucial: ao invés da obsolescência forçada, os consumidores seriam “seduzidos” por ela, ou seja, sempre optariam por comprar produtos mais novos e um pouco melhores, mesmo sem necessidade deles.

Com isso, conforme o avanço tecnológico crescia, os equipamentos obsoletos iam ficando para trás. Em muitos casos acumulavam-se nas casas, e em outros eram descartados inadequadamente podendo gerar diversos males ambientais e a

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saúde da população. Em meio à enorme quantia de resíduos sólidos gerados no mundo, os REEEs ainda precisam ser mais discutidos, problematizando a todos que sofrem com a má gestão deles. (GREENPEACE, 2009)

2.1. EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS (REEE)

Os Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (EEE) são todos os equipamentos cujo funcionamento depende do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) dividem-os em quatro categorias amplas, conforme presente no Tabela 1.

TABELA 1​: Categorias utilizadas para classificar EEE.

CATEGORIA EXEMPLOS

Linha Branca Refrigeradores e congeladores, fogões,

lavadoras de roupa e louça, secadoras, condicionadores de ar

Linha Marrom Monitores e televisores de tubo, plasma, LCD e LED, aparelhos de DVD e VHS, equipamentos de áudio, filmadoras

Linha Azul Batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos, furadeiras, secadores de cabelo,

espremedores de frutas, aspiradores de pó, cafeteiras

Linha Verde Computadores, desktop e laptops,

acessórios de informática, tablets e telefones celulares

Fonte:​ adaptado de ABDI (2013).

Ao fim de sua vida útil, os EEE passam a ser considerados Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE), também podendo ser denominados de Resíduos Eletroeletrônicos (REEs), Resíduos Tecnológicos, e-resíduos ou comumente lixo eletrônico. O ideal, seria considerá-los como resíduos somente quando todas as possibilidades de reparo, atualização ou reuso se esgotarem.

Alguns destes EEE, como os equipamentos de telecomunicações, têm um ciclo de obsolescência mais curto devido à introdução de novas tecnologias ou à

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indisponibilidade de peças de reposição sendo eles mais frequentemente substituídos e, portanto, mais descartados (ABDI, 2013).

Os Equipamentos Eletro-Eletrônicos (EEE) são classificados na Comunidade Européia em 10 categorias ,1 conforme Diretiva Europeia 2012/19/EU (PARLAMENTO EUROPEU, 2012). E, baseada nessa classificação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) publicou em dezembro de 2012, a Instrução Normativa (IN) nº 13 que padroniza, de modo a facilitar a identificação de resíduos, a chamada de Lista Brasileira de Resíduos Sólidos, um instrumento que auxilia na gestão dos resíduos sólidos no Brasil, assim como os REEEs, que, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, são considerados de classificação especial, e deve ter coleta obrigatória (BRASIL, 2010).

Ainda sim, uma das principais problemáticas dos resíduos eletrônicos é de que a maior parte das cidades brasileiras apresenta um serviço de coleta que não prevê a segregação dos resíduos eletrônicos na fonte de sua origem. Nessas cidades, é comum observar que existem um grande hábito de dispor de maneira inadequada esses tipos de resíduos. Materiais sem utilidade, considerados obsoletos ou estragados, são acumulados indiscriminadamente, muitas vezes em locais incorretos como terrenos baldios, margens de estradas, fundo de vale e podendo ser encontrados até mesmo em margens de lagos e rios. (MATTOS, 2008)

2.2. SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS ELETRÔNICOS EM ESCALA GLOBAL

Além da geração de REEEs ser significativa, outro dado preocupante é falta de tratamento desse resíduo, pois, tradicionalmente, a área de informática não era vista como uma indústria poluidora. (BALDÉ, 2017)

Com o avanço tecnológico acelerado, o ciclo de vida dos equipamentos eletrônicos foi encurtado e a quantia de aparelhos obsoletos aumentou gradativamente. Dessa forma, apesar de os aparelhos eletrônicos, estarem cada vez mais acessíveis ao consumidor, ainda custam muito caro ao meio ambiente.

Obrigando as empresas fabricantes a escolherem dois métodos rápidos para

1Categorias e EEE abrangidas pela Diretiva Europeia 2012/19/EU pode ser conferida no ANEXO I a este artigo.

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solucionar o problema: usarem produtos considerados não tóxicos na produção de seus aparelhos, ou “exportarem” esses resíduos para os países em desenvolvimento com finalidade de evitar lidar com o problema do elevado custo do tratamento final correto de seus resíduos, e a necessidade de esclarecimentos a população do processo. (MARTINS, 2014)

Países como os Estados Unidos, e os do Continente Europeu, começaram a exportar o problema dos eletrônicos para os países em desenvolvimento, onde as leis para proteger os trabalhadores e o meio ambiente são inadequadas ou não aplicadas adequadamente. Onde, também, o custo do processo de "Reciclagem"

desses resíduos nos países em desenvolvimento é mais barato (GREENPEACE, 2009).

A Organização Internacional do Trabalho (2012), estima que cerca de 80 por cento dos resíduos eletrônicos coletados para serem reciclados nos países desenvolvidos são colocados em navios carregados de ​containeres

​ e destinados à

países como China, Índia e Paquistão. A Figura 1 apresenta as principais vias de exportação dos REEEs, saindo de países desenvolvidos com destino a países subdesenvolvidos.

FIGURA 1: ​Exportação de Resíduos Eletrônicos pelo Mundo.

FONTE:​ International labour office, Geneva - 2012.

Indivíduos que habitam países subdesenvolvidos encontram uma maneira de extrair dos resíduos eletrônicos, um tipo de renda, segregando e revendendo as

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peças. Esse tipo de serviço é extremamente prejudicial para a saúde dos envolvidos, onde a contaminação por toque ou inalação é bem possível, uma vez que eles não tem um preparo meticuloso com equipamentos de segurança. (GREENPEACE, 2005)

Em um relatório feito pelo GREENPEACE em 2005 sobre o processo de reciclagem de resíduos eletrônicos na China e na Índia, relata que amostras de

“poeiras” coletadas de dentro das oficinas de recuperação e reciclagem, por exemplo, tiveram como resultados concentrações de chumbo centenas de vezes acima dos níveis registrados nas “poeiras” de interiores industriais ou pontos de reciclagem desses resíduos em outras partes do mundo, estando em níveis extremamente acima dos limites para saúde humana. Amostras de “poeiras”

retiradas em bancadas de desmontagem manual de baterias nos distritos de Mayapuri e Buradi (Índia), estavam altamente contaminados com chumbo (8,8%) e cádmio (20%), esta última sendo uma substância encontrada em concentrações 40 vezes maior que os níveis limites para tal amostragem. (GREENPEACE, 2005)

Dentro do processo de reciclagem de resíduos eletrônicos, é encontrada a parte de trituração mecânica (normalmente usada em peças que não podem ser reaproveitadas como as carcaças e componentes plásticos misturados com restos de metais, placas e etc.) feita após a segregação manual inicial, e a queima a céu aberto para derretimento de componentes plásticos, “limpeza” e recuperação dos metais para comércio. A Figura ​2 apresenta um diagrama adaptado do processo de reciclagem de EEE identificados em países subdesenvolvidos.

Coletando amostras de “poeiras” acumuladas em locais de trituração mecânica instalados na cidade de Guiyu, na China, foram encontrados níveis muito altos de metais pesados, bem como misturas complexas de outros contaminantes.

Locais que praticam a queima a céu aberto também estão sujeitos a contaminações graves por poluição atmosférica. Análise de cinco amostras de cinzas e resíduos parcialmente queimados, em uma aldeia no interior da China, revelou tanto a extensão quanto o grau de variabilidade da contaminação desses resíduos. Níveis de Cádmio, cobre, chumbo e zinco eram abundantes na maioria das amostras, e níveis de antimônio eram notavelmente altos o que pode acarretar sérios problemas de saúde para quem o respirar. (GREENPEACE, 2005)

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FIGURA 2:​ Processo de reciclagem de Resíduos Eletrônicos feitos na Índia e na China.

Fonte:​ Adaptado de GREENPEACE (2012).

Metais pesados também podem contaminar os corpos hídricos. Em países como a China e o Japão, existe um sistema de drenagem pluvial subterrânea onde é feita também análise da água e diagnósticos da necessidade de tratamento prévio, antes dos canais, córregos e sangas urbanas, desembocarem nos rios que cruzam a região. Esses sistemas de drenagem são usados com a função principal de controlar casos de cheias - esse sistema faz a drenagem controlada da vazão e fluxo da água dos canais para que não haja alagamentos nos centros urbanos que contém um índice de absorção e infiltração natural mínima.

Em locais de drenagem pluvial subterrânea, localizados perto de onde uma das instalações de reciclagem de resíduos eletrônicos que efetuam a trituração mecânica está instalado - perto do Guiyu em direção a Nanyang, China - e de outras

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duas instalações similares - próximas a estrada Chendiandian em direção a Guiyu - foram coletados amostras das águas, na parte final do sistema, pouco antes de desembocar em um Rio da região. Essa amostra, após análise em laboratório relatada pela GreenPeace, continha níveis elevados de cobre (entre 9500 e 45900 mg/kg), chumbo (4500 - 44300 mg/kg) e estanho (4600 - 33000 mg/kg), bem como antimônio (1390 - 2150 mg/kg), níquel (150 - 2060 mg/kg) e cádmio (13 - 85 mg/kg).

os níveis de cobre, chumbo, estanho, níquel e cádmio, estavam entre 400 a 600 vezes maior do que o limite tolerável, pela legislação local, para um Rio daquela classe. (GREENPEACE, 2015)

O contato direto - seja por consumo ou por toque - com os resíduos eletrônicos mal gestados após seu consumo e obsolescência é um problema sério, onde substâncias bioacumuladoras que passam por toda a cadeia alimentar chegando ao ser humano em quantias altas provindas de animais já contaminados desencadeiam problemas diversos no organismo, podendo vir a óbito do mesmo.

O acúmulo do lixo eletrônico no mundo cresce rapidamente, alcançando cerca de 42 milhões de toneladas em 2014. Para entender esse fenômeno, várias agências de dentro da Organização das Nações Unidas realizaram um estudo sobre a gestão do lixo eletrônico a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, por meio do documento intitulado Gestão Sustentável de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Eletrônicos na América Latina. Dos 10 países analisados pelo estudo, apenas Colômbia, Peru, Brasil e Equador possuem marcos regulatórios para o descarte e tratamento adequado desses resíduos. (ONU, 2014).

O relatório “Global E-Waste Monitor 2017”, lançado pela união da International Telecommunication Union (ITU), United Nations University (UNU) e International Solid Waste Association (ISWA), enfatiza os crescentes volumes dos REEE, seu descarte e tratamento impróprios por meio de queimadas ou lançamento em lixões.

Em 2016, foram gerados 44,7 milhões de toneladas métricas de resíduos eletrônicos, um aumento de 8% na comparação com 2014. Sendo que apenas 20% - totalizando 8,9 milhões de toneladas métricas - de todos esses REEE foram reciclados. Dos 80% restantes, 4% (totalizando 1,7 milhões de toneladas) de lixo

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eletrônico nos países de renda mais alta é jogado juntamente com resíduos urbanos, enquanto 76% (totalizando 34,1 milhões de toneladas) dos REEE são desconhecidos, provavelmente descartado, comercializado ou reciclado em condições baixas. Ainda, especialistas preveem um crescimento de mais 17%, para 52,2 milhões de toneladas métricas, até 2021. (BALDÉ, 2017)

FIGURA 3:​ Geração de REEE em escala global em milhões de Toneladas.

FONTE: ​Adaptado de Global E-Waste Monitor (2017).

A Figura 3 apresenta a quantia de REEE calculados de 2014 com estimativa para 2021. Conforme os anos o aumento segue de modo exponencial, pois está diretamente ligada a quantia de EEE consumidos por habitante. No ano em que a pesquisa foi elaborada, em 2017, estimava-se que no ano seguinte a quantia de REEE gerados por habitante seria entre 6,1 a 6,2 Kg. A partir desse ano o crescimento da quantidade de resíduos gerados seguiria de maneira contínua, como pode ser verificado na Figura 4.

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FIGURA 4:​ Geração de REEE em escala global, por habitante.

FONTE:​ Global E-Waste Monitor (2017)

Em 2016, a Ásia foi a região que gerou a maior quantidade de lixo eletrônico (18,2 mi./ton.), seguida pela Europa (12,3 mi./ton.), as Américas (11,3 mi./ton.), a África (2,2 mi./ton.) e a Oceania (0,7 mi./ton.). Apesar da Europa ser o segundo maior gerador de Resíduos Eletroeletrônicos por habitante, o continente também tem a taxa mais alta de coleta e tratamento (35%). As Américas coletam apenas 17% de seus REEE gerados no país, o que é comparável a taxa de coleta na Ásia (15%). No entanto, a Ásia gera menos lixo eletrônico por habitante (4,2 Kg/hab). (BALDÉ, 2017)

Todo esse consumo e descarte frenético afeta o equilíbrio ambiental, social e também o econômico, conforme NUNES relata na Tabela 2.

TABELA 2:​ Problemas e impactos mais citados na literatura.

PROBLEMAS / IMPACTOS

SOCIAIS

Contaminação por doenças (Cancerígenas, Neurológicas ou Renais).

Desorganização e despadronização da manipulação e gestão dos E-Lixos.

Toxicidade no ar proveniente dos gases tóxicos liberados na queima dos E-lixos.

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AMBIENTAIS

Bio-Acumulação em toda cadeia por resíduos químicos provenientes dos E-Lixos.

Poluição do lençol freático quando descartado de maneira incorreta.

Toxicidade no ar proveniente dos gases tóxicos liberados na queima dos E-lixos.

ECONÔMICOS

Exportação/Importação ilegal/Descarte indevido dos resíduos não rastreáveis.

Ausência de incentivo governamental na elaboração de Legislações específicas.

Obsolescência Programada + Perceptiva.

Fontes​: NUNES, SOUZA e FAGUNDES ​et al

​ , 2017. (adaptado)

Em 30 de Julho de 1996, o Conselho Europeu adoptou uma estratégia comunitária para a gestão dos resíduos, que salienta a necessidade de reduzir o teor de substâncias perigosas nos resíduos de qualquer equipamentos elétricos e eletrônicos, cujo funcionamento adequado depende de correntes eléctricas ou campos electromagnéticos, bem como os equipamentos para geração, transferência e medição dessas correntes, e aponta os potenciais benefícios da adopção de regras para limitar a presença dessas substâncias em produtos e processos de produção. Através da Diretiva 2002/95/EU, emitida pelo Parlamento e pelo Conselho da União Europeia, adotada por toda a União Europeia, foi implantada essa estratégia, hoje conhecida como RoHS (Restrictions of the use of Certain Hazardous Substances). (RoHS, 2002)

Essa diretiva limita que as seguintes substâncias sejam usadas nos novos equipamentos eletroeletrônicos (EEE) colocados no mercado a partir de 1 de Julho de 2006: chumbo, mercúrio, cádmio, crómio hexavalente, polibromobifenilo (PBB) e/ou éter de difenilo polibromado (PBDE). São exceções da Diretiva RoHs as peças de reposição para reparo ou reuso, equipamentos colocados no mercado antes de 1 de Julho de 2006, equipamentos militares, equipamentos eletromédicos, equipamentos de medição e controle e ferramentas industriais estacionárias de grande porte. (RoHS, 2002)

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A segunda versão da norma foi publicada em 2011, adotada em janeiro de 2013 (RoHS 2, 2011). Em 2015, alguns ftalatos (DEHP, BBP, DBP and DIBP) foram 2 adicionados à lista de substâncias restritas, aplicável a partir de 2019.

2.3. SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS ELETRÔNICOS NO BRASIL

O Brasil é um grande importador de peças e componentes de equipamentos eletroeletrônicos (FEAM, 2009). Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), a indústria de EEE representa 3,3% do PIB brasileiro e emprega mais de 180 mil pessoas. Sendo que, no Norte do país a distribuição de vendas de Eletroeletrônicos e Eletrônicos contribui com pouco mais de 5%, sendo o menor entre todas as regiões. O Centro-Oeste contribui com pouco mais de 9%, o Nordeste com 13,1%, o Sul com 16,6% e o Sudeste com 56%, sendo o maior contribuidor. (ABINEE, 2002)

Entretanto, em meados de 1990, no Brasil, ainda não havia legislação e regulamentação nacionais que ofereciam o respaldo jurídico necessário para o desenvolvimento de uma infraestrutura abrangente responsável pelo tratamento desse tipo de resíduo. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial atribui essa situação pela industrialização tardia e da falta de interesse da opinião pública, e da mídia, em relação a questões ambientais cotidianas, sendo que naquela época os resíduos eletroeletrônicos não eram considerados uma prioridade. Enfim, o Congresso Nacional, em 1991, começou a debater o que viria a ser a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - entrando em vigor apenas 19 (dezenove) anos depois através da Lei nº 12.305 de 2010, a qual institui Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). (BRASIL, 2010)

Em virtude dos perigos que os REEE podem vir a causar, a Legislação Nacional obriga, por meio do seu PNRS, que todos as partes relacionadas ao processo produtivo dos Equipamentos Eletroeletrônicos e Eletrônicos devem possuir estrutura e implementação de sistema de logística reversa - um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

2 Os ftalatos são um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico utilizado como aditivo para deixar o plástico mais maleável, firme, claro e duradouro.

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sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. (BRASIL, 2010). Por meio desse sistema, os REEE teriam seu fim de vida útil mais correto, os retornando ao setor produtivo na forma de matéria-prima.

Em 2005, a câmara de deputados iniciou uma proposta que planejava instituir normas específicas para o gerenciamento e destinação final do lixo eletrônico - entretanto a mesma não foi posta em votação até o momento (CAMARA.GOV.BR, 2005). Ainda sim, o conhecimento específico sobre os resíduos eletroeletrônicos aumentou no Brasil e legislações locais, governos estaduais e municipais também aderiram as questão dos REEE. Nesse período, o estado de São Paulo por meio da Lei Nº 13.576, de 06 de Julho de 2009, e o município de Curitiba através da lei Nº 13.509, de 08 de Junho de 2010, já implementavam legislações que eram um pouco mais específicas no que tangia os Resíduos Eletroeletrônicos e Eletrônicos.

A Instrução Normativa Nº 1 de 2010, instituída pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão é considerada a RoHS Brasileira. (MMA, 2018) A Instrução Normativa estabelece que componentes tais como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo hexavalente (Cr(VI)), cádmio (Cd), bifenil-polibromados (PBBs) e éteres difenil-polibromados (PBDEs) não estejam presentes em concentrações acima das estabelecidas pela RoHs Europeia. E que os bens devam ser, preferencialmente, acondicionados em embalagem individual adequada, com o menor volume possível, que utilize materiais recicláveis, de forma a garantir a máxima proteção durante o transporte e o armazenamento, entre outros. (SLTI, 2010)

No Brasil, em 17 de Março de 2005, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) publicou a Resolução nº 357 que classifica os corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, entre outras providências. De acordo com essa Resolução, quase todas as substâncias listadas na Tabela 3 contém um limite máximo estabelecido para Rios de Classe 1, a qual é a classificação de rio mais utilizada para recreação direta de contato com a água, consumo humano (após devido tratamento), para aqüicultura e atividade de pesca, bem como irrigação de hortaliças e frutas que são consumidas cruas, e à irrigação

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de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto. E esse contato direto é um dos possíveis contaminantes de seres vivos pelos tóxicos encontrados em EEE seja por ingestão ou absorção por toque.

Principalmente as substâncias bioacumuladoras que passam por toda a cadeia alimentar chegando ao ser humano em quantias altas provindas de animais já contaminados. (CONAMA, 2005)

TABELA 3​: Principais substâncias tóxicas utilizadas na fabricação de aparelhos eletrônicos, e seus limites máximos estabelecidos conforme Resolução CONAMA nº 357 de 2005 para Rios de Classe 1.

SUBSTÂNCIAS LIMITE MÁX. SUBSTÂNCIAS LIMITE MÁX.

Alumínio 0,1 mg/L Al Ferro 0,3 mg/L Fe Arsênio 0,01 mg/L As Lítio 2,5 mg/L Li

Antimônio 0,005 mg/L Sb Mercúrio 0,0002 mg/L Hg Berílio 0,04 mg/L Be Manganês 0,1 mg/L Mn Cádmio 0,001 mg/L Cd Níquel Metálico 0,025 mg/L Ni

Chumbo 0,01 mg/L Pb Prata 0,01 mg/L Ag

Cobalto 0,05 mg/L Co Vanádio 0,1 mg/L V Cobre 0,009 mg/L Cu Selênio 0,01 mg/L Se

Cromo 0,05 mg/L Cr Zinco 0,18 mg/L Zn

Fonte:​ Resolução CONAMA nº 357 de 2005, Seção II, Artº 14.

É possível que demore anos até que os primeiros sintomas de acúmulo por metais pesados, bioacumuladores ou não, comecem a afetar os animais e os seres humano, e, até que isso aconteça, é sempre importante cuidar com a fonte da água que é ingerida, da comida que é consumida e do ar que é respirado. Para um bom cuidado com a saúde, recomenda-se sempre desintoxicar-se esporadicamente com métodos naturais de remoção, total ou parcial, desses metais pesados. (MARTIN e GRISWOLD, 2009)

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3. METODOLOGIA

Este estudo tem como objetivo quantificar e caracterizar os resíduos elétricos e eletrônicos no Brasil, levantar os principais impactos referentes aos REEE e apresentar o cenário da situação atual desses resíduos no município de Foz do Iguaçu.

Levantou-se os dados referente aos impactos ambientais ocasionados pelas toxinas encontradas em equipamentos elétricos e eletrônicos, quantidades de REEEs que circulam dentro do território brasileiro e estimou-se a futura geração de resíduos que o país poderá produzir.

3.1. QUANTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS REEES E SEUS IMPACTOS NEGATIVOS.

Para quantificar e caracterizar os REEEs, foi levantado dados utilizando-se plataformas de pesquisa tais como Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Portal CAPES, sites nacionais como IBGE, MMA, ANVISA e CETESB, artigos acadêmicos disponibilizados eletronicamente por sites de universidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e sites internacionais como ONU, GREENPEACE, ITU, EUR-Lex, Public Broadcasting Service (PBS) e International Labour Organization (ILO).

3.2. CENÁRIO DOS REEEs DE FOZ DO IGUAÇU.

Com 617.70 km², Foz do Iguaçu é o sétimo maior município do estado do Paraná. A cidade tem aproximadamente 264 mil habitantes, e localiza-se no extremo Oeste do estado, conforme Figura 5.

O Município faz fronteira com Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina. E é conhecido internacionalmente pelas Cataratas do Iguaçu, uma das 7 Maravilhas da Natureza, e pela Usina Hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior do mundo em tamanho e primeira em geração de energia.

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FIGURA 5:​ Geolocalização do Município de Foz do Iguaçu

Fonte:​ DNIT, 2008.

Em 2018, o Município de Foz do Iguaçu iniciou um programa de coleta seletiva para a gestão de resíduos sólidos municipais. Esse programa iniciou sua operação na região da Vila C, localizada ao norte da cidade, e abrange a coleta de resíduos de Plástico, Vidro, Papelão e Metais. Entretanto não há legislação ou regulamento específico sobre a gestão de resíduos eletrônicos.

Para realização do trabalho será estimado a produção de REEEs por habitante, utilizando dados da referência bibliográfica. Realizar-se-á um levantamento da quantidade de usinas de reciclagem dos resíduos eletroeletrônicos, a operação das usinas e seus sistemas de coleta.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

Os resultados deste estudo foram organizados conforme a metodologia.

4.1. QUANTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO.

O Relatório de REEE Global diz que se todos os países juntos somassem sua geração de resíduos eletrônicos, resultaria em 44,7 milhões de toneladas apenas no ano de 2016, isso é o equivalente a 6,1 kg por habitante. Em comparação, a soma

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daria 4.500 Torres Eiffel, e, dentro dessa estimativa, o relatório prevê um aumento de 52,2 milhões de toneladas métricas em 2021. (Baldé, 2017)

No Brasil, Rodrigues (2007) estima a produção de cerca de 2,6 kg por ano de resíduos eletrônicos por habitante, feito através de uma média estimada nos períodos de 2002 a 2016, conforme Figura 6 adaptado.

Figura 6:​ Estimativa da geração de REEE no Brasil (Valores em Toneladas).

FONTE:​ Adaptado de RODRIGUES (2007).

Na pesquisa de Rodrigues (2007) é selecionado 26 equipamentos elétricos e eletrônicos, no entanto, para analisar e estimar uma tendência de crescimento, este estudo elaborou a Figura 5 optando pelos mais comuns: Televisores, Computadores completos, Eletrodomésticos Grandes e Eletrodomésticos pequenos. Quando

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Ferreira e Ferreira publicaram sua pesquisa em 2008, as vendas de eletrônicos no varejo brasileiro já haviam chego em 29,4%, afirmando ainda que eles já sabiam da tendência disso aumentar gradativamente, e, conforme relatório global dos REEE feito em 2017 - aumentou. Confirmando os resultados e suspeitas de Rodrigues, em 2007.

Uma tonelada de diversos tipos de REEEs misturados possuem cerca de 35 á 40 por cento de seu peso apenas em Ferro, isso pode ser resultado de Eletrodomésticos Grandes que sua composição unitária gera os maiores pesos de todos os outros tipos de resíduos eletroeletrônicos. Ainda sim, muitos EEEs de pequeno porte possuem uma composição alta de plástico, o que resulta de 12 á 15 por cento do peso total. A Tabela 4 estima a composição média em porcentagem de peso (aprox. 1 tonelada) dos aparelhos elétricos e eletrônicos de informação, comunicação, utilitário ou de divertimento.

TABELA 4:​ Estimativa da composição média em porcentagem dos EEE.

MATERIAL PORCENTAGEM (%) DE ELEMENTO ENCONTRADO

MATERIAL PORCENTAGEM (%) DE ELEMENTO ENCONTRADO

Ferro 35 á 40 Paládio 6.0E-05

Alumínio 5,0 á 7,0 Índio 5.0E-04

Cobre 4,0 á 17,0 PBDEs 18

Chumbo 0,29 á 2,0 Plásticos 12 á 15

Cádmio 0,018 Vidro Chumbado* 19

Mercúrio 7.0E-05 Vidro 0,30

Ouro 2.4E-04 Outros 5,7

Prata 1.2E-03

Fonte: Annex G: Weight and composition of selected tracers and categories - E-WASTE MANUAL (SCHLUEP e MÜLLER, 2012); NATUME e SANT'ANNA, 2011 (Adaptado)

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4.2. IMPACTOS NEGATIVOS DOS REEEs.

Além da tendência do crescimento da geração de REEE dentro do país, há o problema que acarreta sua má gestão. O consumo de bens eletro-eletrônicos que tiveram um crescimento contínuo nas últimas décadas, resultam, muitas vezes, em descarte indevido. E, apesar de existirem empresas especializadas em reciclagem de aparelhos eletrônicos, o desbalanceamento é enorme, sendo considerado um número insignificante se comparado ao aumento do consumo desses produtos.

Por serem formados por uma ampla variedade de substâncias e apresentar um volume elevado, a destinação final dos REEEs se torna mais complexa. Inclusive por alguns de seus componentes serem altamente prejudiciais a saúde dos seres vivos e ao meio ambiente. Os equipamentos elétricos e eletrônicos são constituídos por materiais que possuem metais pesados altamente tóxicos, denominados, em alguns casos, de ‘​vilões silenciosos

​ ’, sendo eles componentes como o alumínio,

berílio, cádmio, chumbo, ferro, mercúrio e níquel - entre outros. Todos com seus efeitos prejudiciais. (GREENPEACE, 2009)

A Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) elaborou a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos (LINACH) - publicada pelos Ministérios do Trabalho, da Previdência e da Saúde - a qual relaciona de forma bastante direta os agentes classificados como cancerígenos para humanos. A mesma possui uma classificação para tais, sendo elas divididas em 5 Grupos: O Grupo 1 lista os agentes “Carcinogênicos para humanos”, sou seja, que a IARC afirma ser cancerígeno. O Grupo 2A lista os agentes “Provavelmente carcinogênico para humano”, o Grupo 2B lista os agentes “Possivelmente carcinogênico para humano”, e o Grupo 3 que lista os agentes “Não classificável como carcinogênico para humano”.

Na Tabela 5, relaciona às principais substâncias tóxicas encontrados em equipamentos eletrônicos, ou eletroeletrônicos, comercializados constantemente - que, por sua vez, ao serem consumidos, são, em muitos casos, descartados de maneira errônea e então contaminam o meio-ambiente e seres vivos, causando diversos efeitos como descritos abaixo.

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ADD PÁG TABELA 5

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ADD PÁG TABELA 5

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Inclui-se como um dos componentes impactantes, os PBDEs (éteres difenil-polibromados), usados ​​para prevenir a propagação do fogo em uma ampla variedade de materiais, incluindo carcaças e componentes de eletrônicos. Eles são produtos químicos ambientalmente persistentes, alguns dos quais altamente bioacumulativos e capazes de interferir no desenvolvimento normal do cérebro em animais. Vários PBDEs são suspeitos de disruptores endócrinos, demonstrando uma capacidade de interferir com os hormônios de crescimento e no desenvolvimento sexual - reduzindo ainda a taxa de fertilidade. Efeitos negativos no sistema imunológico também já foram relatados. (GREENPEACE, 2008).

Contaminações por substâncias tóxicas conforme visto na tabela 5, podem ser ocorridas através de inalação, ingestão ou toque. Levanta-se novamente o ponto em que o descarte indevido de produtos eletrônicos é um ator altamente impactante da poluição do ar, da água e dos solos, podendo todos estarem sujeitos a ingestão de componentes tóxicos que forem incorporados em seu meio de desintegração. A inalação e toque, por sua vez ocorrem em maior escala quando funcionários não são devidamente equipados na hora de mexer com esses tipos de resíduos - sejam nos próprios aterros, lixões, ou nos barracões de reciclagem.

O Brasil gera cerca de 950 mil toneladas ano de resíduos sólidos urbanos, e grande parte dos eletrônicos obsoletos descartados pode estar junto a esses resíduos, acumulando espaços em aterros sanitários ou terrenos baldios. De acordo com a PNSB do IBGE (2002), existem 24.340 catadores nos lixões do Brasil e a atividade de recolha de materiais recicláveis envolve cerca de 200 mil indivíduos (CEMPRE, 2000). Trata-se de um serviço em condições precárias, insalubre e desagregada, mão-de-obra intensiva e não especializada, que coloca em risco a saúde daqueles que estão envolvidos diretamente, ou indiretamente, com os REEEs presentes nesses locais indevidos.

De acordo com a Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL), cada tonelada de lixo eletrônico processado gera em torno de US$ 500.

Baseando-se nestes dados, estima-se que no Brasil uma pequena empresa de reciclagem de resíduos eletrônicos poderia lucrar, anualmente, em torno de R$ 500 mil, enquanto diversos resíduos eletrônicos não registrados, e informalmente

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descartados - que não passarão pelas empresas de reciclagem - podem desencadear uma perda significante de bilhões de dólares. (INTERPOL, 2015).

Entretanto, poucas empresas dentro do território brasileiro conseguem se manter financeiramente apenas da reciclagem de REEE.

Empresas de renome especializadas na reciclagem de resíduos eletrônicos já operam efetivamente no Brasil, todavia há de ser feito uma pesquisa detalhada sobre a contaminação interna desses locais, levando em consideração o risco que os próprios funcionários estão sofrendo por estarem quase sempre expostos a materiais particulados contaminados - podendo ainda, levar para dentro de suas residências uma fração desse contaminante.

4.3. SITUAÇÃO DOS REEE NO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU.

Em Foz do Iguaçu, cidade no interior do Paraná, não existe legislação municipal para coleta, tratamento e destinação final dos REEE. Existem, contudo, duas unidades de reciclagem que coletam os resíduos eletroeletrônicos.

Uma ONG com sede fixa, que possui local para triagem e segregação de peças e componentes internos úteis para revenda, sua reciclagem é feita de maneira bruta, com apenas mão de obra voluntária, e dela a ONG tira seu sustento. Essa organização possui equipamentos obsoletos considerados clássicos, a qual faz uso em eventos, expondo-os como um museu de EEE antigos.

A segunda unidade é privada. Uma empresa grande, de renome regional, que possui maquinários industriais para uma reciclagem minuciosa. A empresa recebe desde resíduos eletroeletrônicos e sucatas metálicas até lâmpadas, com frequências quase diárias e em quantias nunca aproximadas, por possuir veículos de grande porte para o recolhimento dos resíduos a extensão hábil para coleta chega a quilômetros.

A maior parte dos REEE que a empresa recebe e recicla são vendidas novamente para indústrias ou encaminhado a aterros industriais. O valor que resta como lucratividade para essa empresa privada é variada, por vezes não suprindo a demanda de recursos gastos para a reciclagem dos resíduos. Por esse motivo, essa empresa cobra taxas referente a quantia de REEE que recebe e trata, emitindo

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certificado aos doadores de que a mesma foi recebida e será dado o devido tratamento.

Por ter uma infraestrutura e funcionários capacitados para tratar quantias grandes de REEE, empresas, cooperativas, associações e industriais regionais optam pela unidade privada. No entanto, moradores locais e lindeiros, por sua vez, optam pela ONG auxiliando-a da maneira que podem.

Além dessas duas unidades de recebimento e tratamento, pontos de coletas de REEE são feitos esporadicamente no município de Foz do Iguaçu. Eventos e organizações acadêmicas abrem espaço para coleta com intuito de destinar de maneira correta esses resíduos, onde muitos acumulando-se nas residências por ainda terem alguma serventia, por vontade da família ou por motivo dos moradores locais não terem conhecimento sobre o descarte adequado dos REEE.

Atualmente é possível encontrar em média 18,2 unidades de EEE por domicílio, correspondendo à média de 5,3 unidade por habitante. Se cada brasileiro gera em média 4,8 Kg/Hab/Ano - sem descontar a parcela que efetivamente foi reutilizada, doados ou vendidos a terceiros - conforme pesquisa feita por Rodrigues, em 2007, estima-se que na cidade de Foz do Iguaçu, com 264.044 habitantes (IBGE, 2017), gere-se pouco mais de 1.200 toneladas ano apenas de REEE.

Entretanto, ambas as unidades de reciclagens encontradas na cidade em estudo ainda enfrentam dificuldades no quesito monetário de manter-se apenas com a renda da reciclagem manual dos EEE obsoletos recolhidos.

De acordo com o PNRS (Lei nº 12.305/2012) os equipamentos eletroeletrônicos podem ser devolvido a empresas revendedoras. Entretanto, a possibilidade de parte desses REEE provirem de equipamentos importados comprados no país vizinho é alta, o que dificulta a devolução dos mesmos após sua obsolescência. Assim, do total de 1.200 toneladas de REEE gerado em um ano em Foz do Iguaçu, uma grande parte é acumulada e guardada, ou descartada de modo a prejudicar o meio ambiente e a saúde dos moradores da cidade, por motivo de ignorância ou desinformação sendo ambos um grave problema municipal. A Logística Reversa, obrigada por lei, não deve ser ignorada. Todos que passam pelo ciclo do EEE devem ter sua parcela de responsabilidade perante o item, seja seu

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descarte adequado, transporte, reciclagem ou reintrodução dos componentes reciclados de volta a cadeia produtiva industrial do produto.

O país precisa de uma educação adequada para que nenhum REEE chegue de maneira errônea em locais abertos, ou pior, corpos hídricos e incineradores não autorizados. Pressionar os órgãos competentes é outro passo fundamental para melhorar a gestão desses resíduos.

Diferentes sites e organizações dedicadas à diminuição do impacto ambiental e do desperdício de EEE na sociedade costumam incentivar a população a sempre optarem pelo consumo consciente por meio de: Buscar informações sobre práticas das empresas envolvidas na fabricação e pesquisar características específicas do próprio produto no que tange a sustentabilidade e respeito à legislação socioambiental. A ideia é que esses dois pontos sejam levados em consideração, juntamente com a funcionalidade e o preço do produto, na hora da decisão de compra. Com isso, esse pequeno gesto de conscientização de consumo consciente levaria a sustentabilidade a se tornar um fator importante de diferenciação e competição de empresas, buscando atender essa nova demanda.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Mesmo em meio à crise internacional, o consumo dos EEE testemunha crescimento constante no Brasil. Com o aumento do poder de compra das classes C e D, milhões de famílias passaram a adquirir produtos que anteriormente não tinham condições de comprar. Com isso, geram-se resíduos novos e mais complexos de serem devidamente destinados.

O País ainda peca em investir internamente na Logística Reversa e no tratamento correto de REEE através de investimentos em empresas de reciclagem devidamente licenciadas, não possuindo, até o momento, nenhuma legislação específica que norteie a problemática atual da destinação final desses resíduos que carregam tantos males. As Prefeituras, o Estado e a União devem assumir sua responsabilidade com seus cidadãos e dar-lhes o suporte necessário, assim como a população deve ser conscientizada e atuar em concordância e harmonia com o

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meio-ambiente, não ignorando os impactos ambientais que o desenvolvimento tecnológico acarreta.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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