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Uma análise da geração e distribuição da riqueza das empresas do setor elétrico brasileiro listadas na base de dados do laboratório de finanças e risco da FEA/USP dos anos de 2010 a 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RENATO CEZAR DE PAIVA LOPES

UMA ANÁLISE DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA DAS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO LISTADAS NA BASE DE DADOS DO LABORATÓRIO DE FINANÇAS E RISCO DA FEA/USP DOS ANOS DE 2010 A

2018.

NATAL 2019

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RENATO CEAZAR DE PAIVA LOPES

UMA ANÁLISE DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA DAS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO LISTADAS NA BASE DE DADOS DO LABORATÓRIO DE FINANÇAS E RISCO DA FEA/USP DOS ANOS DE 2010 A

2018.

Monografia apresentada à Coordenação de Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares

NATAL 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas – CCSA

xLopes, Renato Cezar de Paiva.

Uma análise da geração e distribuição da riqueza das empresas do setor elétrico brasileiro listadas na base de dados do

laboratório de finanças e risco da FEA/USP dos anos de 2010 a 2018 / Renato Cezar de Paiva Lopes. - 2019.

37f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal, RN, 2019. Orientador: Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares.

1. Demonstração do Valor Adicionado - Monografia. 2. Produto Interno Bruto - Monografia. 3. Correlação - Monografia. 4. Setor Elétrico - Monografia. 5. Distribuição- Monografia. I. Tavares, Adilson de Lima. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

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RENATO CEZAR DE PAIVA LOPES

UMA ANÁLISE DA GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA DAS EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO LISTADAS NA BASE DE DADOS DO LABORATÓRIO DE FINANÇAS E RISCO DA FEA/USP DOS ANOS DE 2010 A

2018.

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis, em cumprimento às exigências legais como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciência Contábeis.

Aprovada em: 05/12/2019

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ PROF. DR. ADILSON DE LIMA TAVARES

Orientador(a)

______________________________________ PROF. DR. ATELMO FERREIRA DE OLIVEIRA

Membro interno

______________________________________ PROF. DRA. DANIELE DA ROCHA CARVALHO

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Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais e a minha avô Antônia (in memorium) por serem os responsáveis pela construção do meu caráter e pelo apoio que sempre obtive nas escolhas durante o meu desenvolvimento pessoal.

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Agradecimentos

Primeiramente, gostaria de agradecer a minha família pelo apoio durante o processo da graduação, o suporte de cada um ajudou a deixar os difíceis momentos da vida acadêmica mais leves. Aos meus avós, que ajudaram na minha criação e são exemplos de pessoas integras e honestas. Aos meus pais que se esforçaram ao máximo para me darem acesso a uma educação de qualidade, educação essa que me permitiu estudar em uma universidade federal. A dedicação em prover um futuro melhor e a saber reconhecer as oportunidades que me foram dadas foram fundamentais ao meu desenvolvimento.

A equipe de contabilidade na Neoenergia pelo apoio e compreensão na conciliação da vida acadêmica e profissional durante a conclusão da graduação. A experiência em trabalhar em um dos maiores grupos de energia do mundo, principalmente em energia renovável, tem sido enriquecedora e gratificante. Em especial gostaria de agradecer ao meu mentor durante o estágio e, atualmente colega de trabalho, Thiago por acreditar no meu potencial e me incentivar diariamente, um exemplo de profissional e pessoal que eu vou levar para seguir durante a minha carreira.

Aos amigos e colegas que fiz durante a graduação, até mesmo aqueles que não continuaram conosco até o final, mas que foram importantes para o meu desenvolvimento. Por anos esses amigos se tornam nossas famílias, o convivo diário tanto na universidade quanto fora dela constrói lanços que são levados para a vida inteira. Aos amigos que fiz na Empresa Júnior e ao que eu conheci também a partir do estágio.

Aos docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte por compartilharem os seus conhecimentos e serem peças-chave no desenvolvimento dos profissionais do nosso mercado, em especial ao meu orientador tanto acadêmico quanto no trabalho de conclusão de curso, Adilson, pela paciência e compreensão com a conciliação dos horários e o trabalho e por estar sempre à disposição para as orientações adequadas.

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Epigrafe

“The mark of the immature man is that he wants to die nobly for a cause, while the mark of the mature man is that he wants to live humbly for one.”

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Resumo

O presente estudo tem por objetivo realizar uma análise sobre a relação entre o Valor Adicionado através da riqueza gerada e distribuída pelas empresas do setor elétrico brasileiro listadas na base de dados do Laboratório de Finanças e Riscos da FEA/USP e o Produto Interno Bruto nacional entre os anos de 2010 a 2018 pela correlação entre a variável Valor Adicionado Total com o PIB, analisando, também, descritivamente o cenário de energia elétrica do pais com as 32 empresas listadas no banco de dados, conforme informações divulgadas durante o período de 2010 a 2018. Foi analisada a correlação das empresas com a, por meio do software IBM SPSS Statistics®, verificando através da Correlação de Pearson se as o nível de relação entre as variáveis. Para a análise, cada empresa listada compõe a amostra, excluindo apenas as suas holdings, como forma de evitar a contagem em duplicidade dos valores efetivamente distribuídos, onde verificou-se a relação entre o valor adicionado total com o PIB. Conclui-se que existe uma correlação moderada entre as variáveis, com um p valor de 0,679. Devido à familiaridade entre o cálculo do índice macro econômico e da DVA, uma correlação positiva era esperada a partir da análise dos dados. A partir da análise das informações extraídas da Demonstração do valor adicionado pode-se observar que boa parte do valor adicionado é destinado a impostos, taxas e contribuições, sendo em média 61,59%. O menor percentual de destinação foi para pessoal, com uma média de 9,63%. Com a verificação dos dados, também foi possível observar sobre a capacidade das empresas do setor elétrico em gerar riqueza ao longos dos anos.

Palavras-chaves: Demonstração do Valor Adicionado; Produto Interno Bruto; Correlação; Setor Elétrico; Distribuição.

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Abstract

The present study aims to analyze the correlation between the added value/benefit through the generated wealth and distributed by the companies in the electric segment listed on FEA/USP Finance and Risk Laboratory and the Gross Domestic Product of the states where those companies have their headquarters. The analyze of the data occurred between the years 2010 to 2018 through the correlation of the variables Total Added Value, Taxes and Duties (state) and the GPD. There is also been made a descriptive analyze about the power/electric scenario of the country’s 32 companies listed on the database according to the financial reports released between the period of 2010 to 2018. The analyze of the companies and the GPD is made by using IBM SPSS Statistics® software verifying through Pearson’s correlation if there is a relationship among the variables. For the procedure, each company listed composes the sample, excluding their respective holdings to prevent double counting of the values effectively distributed, where it verifies the relationship of total value added by the companies with the GPD. It concludes that there is a very strong correlation within the variables, which has a P value of 0,998. Because of the familiarity and proximity of the calculus of both GPD and the Added Value Statement there was an expectation about the correlation being positive in the results. From the analyzed data obtained from the Statement of Value Added, it shows that a relevant part of the value added distributed goes to taxes and duties, being an average of 61.59%. The smaller percentage goes to the employees with a percentage average of 9.63%. It is also possible to verify the companies’ capacity of generating wealth throughout the years.

Keywords: Value Added Statement; Gross Domestic Product; Correlation; Electric/Power Segment; Distribution.

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Lista de gráficos

Gráfico 01 – Capacidade de geração do Brasil por empreendimentos em operação ... 16

Gráfico 02 – Série histórica do PIB entre 2002 e 2006. ... 24

Gráfico 03 – Distribuição da riqueza entre os anos de 2010 a 2018 ... 27

Gráfico 04 – Média da eficiência da distribuição de riqueza ... 28

Gráfico 5 - Visão Geral 2010 a 2018 ... 29 Gráfico 6 - Dispersão entre Valor Adicionado Total e PIB ... Error! Bookmark not defined. Gráfico 7 - Dispersão entre Impostos, Taxas e Contribuições e PIB .... Error! Bookmark not defined.

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - Privatização - Federais - PND (1990-2015) em US$ milhões ... 19

Tabela 2 - Modelo I - Demonstração do Valor Adicionado – Empresas em Geral... 23

Tabela 3 - Empresas do Setor Elétrico Listadas na B3... 26

Tabela 4 – Amostra utilizada na análise dos dados... 26

Tabela 5 – Teste de Normalidade realizado através do IBM SPSS Statistics®... 32

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Lista de siglas

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

ABRADEE Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento

B3 Brasil Bolsa Balcão

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis CVM Comissão de Valores Mobiliários DVA Demonstração do Valor Adicionado DRE Demonstração do Resultado do Exercício

ERC Energia Renovável Complementar

IRENA International Renewable Energy Agency

FGV Fundação Getúlio Vargas

FEA Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MME Ministério de Minas e Energia

OIE Oferta Interna de Energia

REIDI Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativa

PIB Produto Interno Bruto

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SUMÁRIO 1. Introdução ... 14 1.2 - Objetivos ... 17 1.3.1 - Objetivo Geral ... 17 1.3.2 - Objetivos Específicos ... 17 1.3 - Justificativa ... 17 2. Referencial Teórico ... 18

2.1 Setor Elétrico Brasileiro ... 18

2.2 Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ... 20

2.3 Produto Interno Bruto ... 24

3. Metodologia ... 25

4. Análise dos Dados ... 27

4.1 Análise Descritiva ... 27

4.2 Análise Estatística (Econométrica) ... 31

4.3 Correlação ... 31

4.4 Amostra ... 32

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1. Introdução

De acordo com o pronunciamento técnico - CPC 09, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e a forma com que essa riqueza foi distribuída, representando um dos componentes presentes no Balanço Social.

As informações integrantes da demonstração estão fundamentadas em conceitos macroeconômicos, apresentando a parcela de contribuição que a entidade teve em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), buscando medir o quanto de valor foi agregado aos insumos que foram adquiridos de terceiros e que são vendidos aos seus consumidores (clientes) no determinado período de tempo. Cosenza (2003) destacou que, com a evolução da atividade comercial, surgiram novos usuários, ressaltando a relevância destes como importantes contribuintes da economia, que se interessam pelas informações da empresa e que se relacionam com o ambiente em que estão inseridos.

É importante ressaltar que, por ser fundamentada em conceitos macroeconômicos como o PIB, existem diferenças entre a metodologia econômica e a metodologia contábil para chegar ao valor do indicador. A econômica está voltada a produção, dessa forma, tudo que é produzido é considerado como uma “receita” e faz parte da geração de riqueza. Já a contábil, que segue seu fundamento, é baseada pelo regime de competência, sendo assim, apenas é considerado como receita o valor monetário correspondente aos produtos efetivamente vendidos, ou seja, a geração de riqueza ocorre com a transferência de recursos.

Dessa forma, levando em consideração a responsabilidade social de uma organização, é de interesse organizacional e necessário, como forma de alcançar novos usuários, um demonstrativo econômico financeiro que seja compreensível a todos os usuários, além dos acionista e credores, independentemente de seu grau de conhecimento em contabilidade.

A DVA concede ao usuário da informação uma melhor possibilidade de avaliação das atividades que estão sendo executadas pela entidade dentro da sociedade em que ela está inserida, pois em conformidade com Mook (2007) ela auxilia na análise de desempenho organizacional graças ao seu rico conteúdo informacional. Para EVRAERT & BELKAOUI (1998), com base na DVA, qualquer interessado poderá conhecer a riqueza gerada por uma

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companhia, bem como sua posterior distribuição entre todos os agentes econômicos que tiveram participação em sua criação, contrariamente ao que faz a Demonstração do Resultado do Exercício, doravante denominada DRE, que somente informa a riqueza criada sob a ótica do proprietário.

Segundo Leme (2009), o processo de reestruturação do setor elétrico acirrou-se a partir de 1993 com a promulgação da Lei n. 8 631. Em 1995, com a promulgação da Lei das Concessões n. 8 987 e do Decreto n. 9 074, que regulamentaram o artigo 175 da Constituição. Esse projeto foi denominado de RESEB, o Ministério de Minas e Energia promoveu mudanças institucionais e operacionais, a partir de um cenário de crise na dívida externa brasileira nos anos 80. O cenário econômico da época auxiliou na promoção de um novo paradigma para o setor elétrico, o que também ocorreu em outros setores da economia, como as telecomunicações.

Segundo Cenci et. al (2011) essa política regulatória situa o Estado entre intervencionismo e liberalismo, duas correntes políticas historicamente antagônicas. O liberalismo econômico, através das ideias de seu propulsor Adam Smith (1723-1790) publicadas em sua obra “As Riquezas das Nações”, como o modelo de livre concorrência e o intervencionismo sendo a interferência do governo nos assuntos da economia do país.

Dessa forma, atualmente é seguido um organograma onde os agentes de distribuição, transmissão, geração e comercialização de energia elétrica no país são reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que é um órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia.

Devido a sua relevância o setor conta com diversos incentivos fiscais e de fomentos, sendo um de seus principais credores o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Por meio da avaliação dos dados apresentados pelas Estatísticas Operacionais do Sistema BNDES, em 2018 o setor de energia elétrica foi responsável por 18.841 milhões das operações de desembolso referente a infraestrutura, sendo 98,2% desses recursos destinados a empresas de grande porte e 6,8% para as de médio porte.

O consumo de energia e o desenvolvimento econômico estão diretamente ligados, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (2014), a energia é essencial para

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que a sociedade viva de forma confortável e próspera, sendo uma das premissas para o desenvolvimento econômico. Dessa forma, o aumento da oferta de energia significa um maior crescimento do país. Ainda segundo o estudo da FGV, a produção industrial e o setor de transporte são os principais usuários das diversas fontes de energia.

Estudos realizados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2018, reiteram o Brasil como um país que tem sua base de geração de energia reconhecidamente renovável, a principal fonte de geração é a energia hidráulica, vindas das hidrelétricas distribuídas pelo território nacional e nos países vizinhos. Segundo dados de 2015 do International Renewable Energy Agency (IRENA), até 2014 o Brasil ocupava a 9ª posição em capacidade Instalada de ERC (Energia Renovável Complementar) que são compostas por pequenas hidrelétricas, eólicas, biomassa e fotovoltaicas com 18.6 GW.

De acordo com a ANEEL, com dados atualizados até 2019 o Brasil possui 8.442 empreendimentos em operação totalizando 167.958.037 kW de potência instalada, além disso está prevista para os próximos anos uma adição de 23.541.777 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 219 empreendimentos atualmente em construção e mais 391 com Construção não iniciada.

Gráfico 1 - Capacidade de geração do Brasil por empreendimentos em operação (fonte: ANEEL)

Dessa forma, o presente trabalho busca responder a seguinte questão de pesquisa: Como evoluiu a geração e distribuição de riqueza nas empresas do setor de energia elétrica listadas na B3, no período de 2010 a 2018?

0.46% 9.28% 3.14% 1.37% 60.17% 24.41% 1.18%

Potência Instalada em Operação

(atualizada em 2019)

Central Geradora Hidrelétrica Central Geradora Eólica Pequena Central Hidrelétrica Central Geradora Solar Fotovoltaica

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1.2 - Objetivos

1.3.1 - Objetivo Geral

Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar, por meio da Demonstração do Valor Adicionado, a evolução da riqueza gerada e distribuída pelas empresas do setor de energia elétrica no Brasil que possuam as suas informações divulgadas na Bolsa de Valores brasileira (B3).

1.3.2 - Objetivos Específicos

Com o fim de alcançar o objetivo geral proposto são traçados os seguintes objetivos específicos:

Descrever como evoluiu a criação de riqueza e a sua distribuição aos destinatários – pessoa, impostos, taxas e contribuições, capitais de terceiros e capitais próprios;

Verificar a relação entre a riqueza gerada pelas empresas do setor elétrico e o PIB, levantando o valor adicionado dessas empresas no período de 2010 a 2018.

1.3 - Justificativa

De acordo com Iudícibus (2009, p. 7), o objetivo da contabilidade é o “fornecimento de informações econômicas para os vários usuários, de forma que propiciem decisões racionais”. A DVA fornece informações aos usuários societários, mas também é útil para a prestação de contas à sociedade acerca da riqueza econômica gerada pelas empresas. Desse modo, sendo a demonstração responsável pela evidenciação da geração de riqueza das empresas, esse resultado pode estar sendo refletido nos índices de desenvolvimento econômico e aumento da geração de riqueza interna no país.

O setor de energia elétrica é altamente regulado, sendo outorgadas concessões para o funcionamento das atividades das empresas privadas que a detém. Além das concessões, diversos programas estatais são desenvolvidos para fomentar o crescimento do setor de minas e energia, um deles é o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI) - Distribuição, que foi regulamentado pelo Decreto nº 6.144, de 3 de

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julho de 2007. Dentre outros, o setor elétrico conta com uma série de incentivos fiscais, como o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativa) criado pela Lei nº 10.438/2002.

Devido a sua importância na economia do país e por ter impactos diretos sobre a população, devido a responsabilidade social do setor elétrico por cuidar de bens naturais públicos, que a DVA apresenta informações se as empresas estão efetivamente melhorando a qualidade socioeconômica do país, como forma mínima de retribuição pelos constantes investimentos, tanto públicos quanto privados, no setor. Portanto, busca-se descrever a relação entre a variável contábil riqueza gerada e distribuída, representada pelo Valor Adicionado Total e a parcela destinada aos tributos, e o Produto Interno Bruto.

2. Referencial Teórico

2.1 Setor Elétrico Brasileiro

O setor de energia elétrica é um dos maiores e mais importantes setores da economia nacional, sendo responsável diretamente pela geração, transmissão e distribuição da energia elétrica que alimenta as casas de milhares de brasileiros. Conforme demonstrado na visão geral do setor pela ABRADEE (2019) sofrendo influências internacionais, a partir dos anos 90 o cenário de energia elétrica no Brasil passou por um processo de desestatização, buscando uma maior eficiência e autonomia, com uma menor atuação do estado sobre o negócio.

Em 12 de abril de 1990 por meio da Lei nº 8.031, posteriormente revogada pela Lei nº 9.491, de 1997, foi instituído o Programa Nacional de Desestatização que tinha como objetivo principal conceder ao Estado a figura de agente regulador. Esse programa entre os anos de 1990 e 2015 representou um resultado total na ordem dos US$ 67,3 bilhões, de acordo com os dados apresentados pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) o setor de energia elétrica foi responsável por US$ 5.758 bilhões, cerca de 8,7% do resultado obtido.

SETORES NÚMERO DE

DESESTATIZAÇÕES RECEITA DE VENDA

DÍVIDA

TRANSFERIDA RESULTADO TOTAL

Siderurgia 8 5.561,50 2.626,30 8.187,80

Petroquímica 27 2.698,50 1.002,70 3.701,20

Fertilizantes 5 418,2 75,3 493,5

Energia Elétrica 3 3.908,20 1.669,90 5.578,10

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19 Mineração 2 5.201,80 3.558,80 8.760,60 Portuário 7 420,8 0 420,8 Financeiro 6 4.515,10 0 4.515,10 Petróleo e Gás 1 4.840,30 0 4.840,30 Aeroportuário 6 23.430,21 0 23.430,21 Rodoviário 21 0 0 0 Outros 6 623,89 268,4 892,29 Subtotal 53.315,40 9.201,40 62.516,80 Decreto 1.068 1.227,03 0 1.227,03 Total 99 54.542,43 9.201,40 63.743,83

Tabela 1 Privatização - Federais - PND (1990-2015) em US$ milhões (Fonte: BNDES)

Devido a esse processo, os três principais segmentos passaram a ser administrados por agentes distintos, prevalecendo onde fosse possível a política de livre concorrência, cabendo ao Estado o papel de regulamentar essas operações, em conformidade com a normatização da ANEEL.

Os segmentos de geração e comercialização foram caracterizados como segmentos competitivos, devido a existências de diversos agentes e pela homogeneidade do produto. Os setores de transmissão e distribuição são considerados monopólios naturais, que consistem em um cenário de mercado onde os custos fixos são muito elevados e os variáveis são próximos à zero, possuem a característica de serem bens exclusivos e com pouca ou nenhuma rivalidade e funcionam de maneira mais eficiente quando são regulamentados pelo Estado.

No modelo atual de negócio, o funcionamento é dado devido às concessões de energia elétrica.

Os contratos de concessão assinados entre a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e as empresas prestadoras dos serviços de transmissão e distribuição de energia estabelecem regras claras a respeito de tarifa, regularidade, continuidade, segurança, atualidade e qualidade dos serviços e do atendimento prestado aos consumidores.

(Aneel, 2015).

O segmento de distribuição é aquele que recebe grandes quantidades de energia do sistema de transmissão e distribui de forma pulverizada para consumidores de médio e pequeno porte. Atualmente no Brasil, segundo a ABRADEE, existem 53 concessionárias, as quais são responsáveis pela administração e operação de linhas de transmissão de menor

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tensão (abaixo de 230 mil Volts), mas principalmente das redes de média e baixa tensão, como aquelas instaladas nas ruas e avenidas das grandes cidades.

Pela nuance regulatória, de acordo com a ANEEL, com dados atualizados até 2018, o serviço de distribuição está composto por 109 agentes no total, sendo as 53 concessionárias citadas, 43 permissionárias e 13 autorizadas.

Um dos indicadores avaliados pelo Ministério de Minas e Energia (MME) é o OIE (Oferta Interna de Energia), que consiste em representar a energia necessária para movimentar a economia de uma região em um espaço de tempo. Avaliando a Resenha de Energia Brasileira, referente ao exercício de 2018, publicado pelo Ministério em maio de 2019, a relação entre PIB e a Oferta Interna de Energia (OIE) sofreu um recuo de 2,8%, sendo uma diminuição de energia em 1,7% em relação a 2017, e recuo de 5,6% em relação a 2014, ano de recorde da OIE (305,6 Mtep1).

2.2 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

De acordo com Iudícibus (2018) o Balanço Social consiste no componente não obrigatório das demonstrações contábeis requeridas, tem por objetivo demonstrar o resultado da interação da empresa com o meio em que está inserida. Como norteada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC - 09) a DVA representa um dos elementos presentes no Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada e, de forma detalhada, como essa riqueza obtida foi distribuída pela entidade.

A geração da riqueza pelas grandes empresas, bem como sua distribuição, consiste na manutenção da estrutura da sociedade (Silva, Cristiano 2016). Partindo dessa vertente pode-se observar a relevância da demonstração no que diz respeito ao retorno à sociedade que é gerado pelas entidades, sendo demonstrados pelas empresas que elaboram a DVA, principalmente as do setor elétrico, que recebem diversos incentivos fiscais do governo e é viabilizada graças a concessões de bens naturais da nação, dando uma maior ênfase a divulgação desse retorno.

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Usada no Estados Unidos da América no final do século XVIII, vem desde então sendo uma medida de performance de criação de valor econômico em um setor da economia, em uma indústria ou na economia como um todo (Shauol, 1996). Desde o final do século passado a demonstração vem sendo desenvolvida por países que seguem um sistema econômico capitalista para um censo de produção e para o cálculo do produto nacional, ou PIB como é mais conhecido no Brasil. É importante mencionar que a DVA é de divulgação obrigatória apenas no Brasil para empresas de capital aberto, conforme instituído pela lei 11.638/07, art. 176, inciso V.

Fonseca e Paiva (2013) afirmam que, em meados do início dos anos 70, século XX, a sociedade passou a exigir um maior equilíbrio entre o sucesso das empresas e a responsabilidade social delas. Observou-se o início de um movimento nas potências europeias e nos Estados Unidos para a criação de um demonstrativo que atendesse essa nova necessidade dos usuários.

Para Machado (2010), entre as vertentes do Balanço Social, a DVA possui um maior destaque e relevância pelo seu modelo padronizado, permitindo aos usuários uma melhor comparabilidade, uma maior credibilidade devido a obrigatoriedade no Brasil de sua divulgação pelas empresas de capital aberto e por utilizar dados oriundos da contabilidade, principalmente quando são auditadas. Dessa conforma, compreende-se a Demonstração do Valor Adicionado como a vertente econômica do Balanço Social.

Segundo (Mandal, N., & Goswami, S., 2008), o conceito de valor adicionado vem, basicamente, do processo de produção de uma empresa onde as matérias primas são transformadas em produtos acabados disponíveis para a venda. Para Moreno (2019), “A DVA é uma demonstração baseada em conceitos macroeconômicos de geração de riqueza, que se assemelha ao cálculo do PIB.” Verifica-se como a principal diferença entre o modelo de cálculo contábil e do PIB o quesito temporal, sendo a DVA pautada pela competência e Receita e o PIB o momento de produção. Levando em consideração que não haja estoque inicial nem final, ou seja tudo que foi produzido foi vendido, as duas metodologias de cálculo devem apresentar resultados convergentes.

Ainda segundo Moreno (2019), quanto maior for a geração de riqueza maior será o progresso social esperado. Em um dos exemplos citados por Santos et al. (2005, p.9) “um

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relatório contábil, que demonstra tanto os benefícios que as organizações oferecem para a sociedade, por meio, por exemplo, da absorção da mão-de-obra da comunidade em que estão inseridas, quanto a sua capacidade de gerar riqueza para a economia, ou seja, contribuir para o desenvolvimento econômico”.

Em conformidade com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC -09) a riqueza criada pela própria entidade deve ser demonstrada apresentando os seguintes elementos: receitas; insumos adquiridos de terceiros; valor adicionado e recebido em transferência. A divulgação da distribuição de riqueza deve apresentar os seguintes elementos: pessoal; impostos taxas e contribuições; remuneração do capital de terceiros; remuneração de capitais próprios. O pronunciamento ainda recomenda a sua elaboração por segmentos por apresentar informações mais valiosas no auxílio de formulação de predições.

Além da relevância socioeconômica a DVA representa uma importância para o mercado de capitais. Para Lopes e Martins (2005) apud Almeida (2010, p.7), para que os números contábeis sejam relevantes para o mercado de capitais, eles devem possuir associação com o preço ou retorno das ações, ou seja, para ter relevância econômica devem alterar a percepção da realidade.

Assim como foi observado os impactos no meio social, os números divulgados pela DVA também influenciam os investidores. Como um de seus elementos essenciais em sua estrutura é a remuneração do capital de terceiros, para os investidores acompanhar e comparar a evolução de quanto está sendo distribuído a eles pode ser um fato relevante na hora de escolher em qual empresa investir. Outro ponto relevante é que, com o aumento na importância dada ao status de preocupação e cuidado social de uma organização, a apresentação de como a empresa está contribuindo para o bem-estar social, progresso econômico, entre outras variáveis, pode influenciar o investidor na sua tomada de decisão.

Para Mandal, N., & Goswami, S. (2008), otimizar o valor adicionado é mais significante do que a otimização de lucros, porque o valor adicionado determina o quanto é gerado para os empregados e para os investidores. Dessa forma é possível planejar os objetivos com base no valor adicionado, podendo também ser a base para a projeção dos lucros, produtividade, alocação de recursos, sendo relevante para o curso econômico da

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empresa e um ferramenta muito dinâmica para que a administração possa gerenciar a sua visão de mercado.

Para (Hopwood et al., 1994) como o objetivo do valor adicionado, de forma geral, é a principal motivação para a atividade econômica, existe um entendimento internacional sobre esse conceito. A obrigatoriedade de sua elaboração foi estabelecida no Brasil com a atualização de lei 6.404/76 em seu art. 176 pela lei 11.683, onde descreve a sua elaboração pelas empresas de capital aberto. Internacionalmente não é obrigatória a elaboração pelas empresas de capital aberto.

O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, através do Pronunciamento Técnico CPC – 09 de 30 de outubro de 2008, sendo aprovado pela resolução do CFC nº 1.138/08 e pela deliberação da CVM nº 557 de 12 de novembro de 2008, estabelece critérios e para a elaboração e divulgação da DVA, o modelo abaixo é o proposto pelo pronunciamento para as empresas em geral: DESCRIÇÃO Em milhares de reais 20X1 Em milhares de reais 20X0 1 – RECEITAS

1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços

1.2) Outras receitas

1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios

1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição)

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

(inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS)

2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos

2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

2.3) Perda / Recuperação de valores ativos

2.4) Outras (especificar)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)

4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)

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24

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1) Resultado de equivalência patrimonial

6.2) Receitas financeiras

6.3) Outras

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)

8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)

8.1) Pessoal

8.1.1 – Remuneração direta

8.1.2 – Benefícios

8.1.3 – F.G.T.S

8.2) Impostos, taxas e contribuições

8.2.1 – Federais

8.2.2 – Estaduais

8.2.3 – Municipais

8.3) Remuneração de capitais de terceiros

8.3.1 – Juros

8.3.2 – Aluguéis

8.3.3 – Outras

8.4) Remuneração de Capitais Próprios

8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio

8.4.2 – Dividendos

8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício

8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação)

Tabela 2 - Modelo I - Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL (Fonte: CPC - 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA))

2.3 Produto Interno Bruto

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano (IBGE). No Brasil, segundo MMM De Luca (1998), entre os anos de 1939 e 1968 o cálculo era realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a partir dos anos 70 até 1985 passou a ser realizado pelo FIBGE e posteriormente pelo IPEA. Considerando as diversas metodologias de cálculo utilizadas, adotou-se como procedimento metodológico a definição da participação de cada estado da federação no PIB nacional em cada ano.

Conforme Silva et al (1996), o PIB é o produto ou valor adicionado com geração no território econômico de uma nação por aqueles que nela residem, e, sendo assim, calculado pela renda gerada na produção, obtido pelo saldo entre o valor de produção e o consumo intermediário. Para Oliveira, Mata e Cunha (2011) o PIB se define como medida para toda

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25

riqueza gerada pela economia de um estado em um período específico de tempo. Sendo assim, observamos a relação que é feita entre o indicador e o valor adicionado gerado e distribuído pelas empresas como forma de demonstrar a contribuição para o crescimento econômico de um determinado local.

Para Mankiw (2004) o PIB é considerado como um dos melhores meios para medição do desenvolvimento econômico, objetivando unificar em um único número o valor resultante da atividade econômico de um determinado período. Após a década de 80 é possível observar uma maior congruência do Brasil para abertura de seus negócios aos fluxos internacionais de comércio. Dessa forma, segundo ABDENOUR (1994) o país passou a avaliar a política externa mais como fonte de oportunidades e não unicamente como entraves ao desenvolvimento nacional.

Uma das maiores críticas feitas ao PIB é o fato dele não poder ser usado como mensuração para o desenvolvimento humano, pois ele representa o desempenho econômico. O desenvolvimento humano possui ligação direta com os níveis de bem-estar e igualdade da população e não somente a geração de riqueza medida pelo Produto Interno Bruto. Para Furtado (1967) o crescimento econômico está condicionado inteiramente ao aumento da produção e da produtividade e consequentemente distribuição de renda.

Sendo assim, pode-se observar, de acordo com os dados da série histórica disponíveis no portal eletrônico do IBGE, a evolução do PIB no período de 2002 a 2016.

Gráfico 2 - Série histórica do PIB entre 2002 e 2006. (Fonte: IBGE)

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O presente estudo possui características descritivas, pois segundo Gil (2002) a pesquisa descritiva é aquela que descreve características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Foram observados os dados extraídos da Demonstração do Valor Adicionado das empresas do setor elétrico brasileiro que possuem suas informações na base de dados o Laboratório de Finanças e Risco da FEA/USP, buscando analisá-los e mensurar a relação entre a distribuição de riqueza e o PIB.

No que se refere aos procedimentos, esta pesquisa é do tipo documental. Para esse tipo de dissertação caracteriza-se pela busca de informações em documentos que não

receberam nenhum tratamento científico, como relatórios, reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravações, fotografias, entre outras matérias de divulgação. Dessa forma, foram extraídos os dados disponíveis na base de dados do Laboratório de Finanças e Risco da FEA/USP entre os anos de 2010 a 2018 das empresas do setor elétrico listadas, relacionado o valor de riqueza gerada, a forma como foi distribuída e sua relação com o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Buscar-se-á analisar a evolução do Valor Adicionado das atividades econômicas de geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil fazendo relação com o PIB. Para Garson (2009) a correlação é uma medida de associação bivariada (força) do grau de relacionamento entre duas variáveis. Foi definido a realização de uma análise de correlação buscando identificar/medir o grau de relacionamento existente entre o Valor Adicionado e a variável macroeconômica dentro da população especificada.

A continuidade das informações publicadas através dos anos permite a sintetização por um coeficiente de correlação conhecido como R de Pearson. Os dados da série histórica do PIB dos anos de 2010 a 2018 são tabulados em planilha eletrônica, em seguida será utilizado o software estatístico SPSS para o tratamento quantitativo do modelo proposto. Com a verificação do teste espera-se que haja um correlação forte entre o PIB e o Valor Adicionado.

Buscou-se também verificar as características do setor elétrico brasileiro no que diz respeito ao percentual de distribuição das companhias no seguimento para pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração do capital próprio e remuneração do capital de terceiros, como forma de avaliar o desempenho do setor entre os anos de 2010 a 2018. A verificação

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27

desses dados possibilita uma melhor visão do cenário dando ênfase à forma em que a riqueza gerada vendo sendo distribuída.

4. Análise dos Dados

4.1 Análise Descritiva

Os dados para a análise foram extraídos a partir das informações disponíveis no endereço eletrônico da bolsa de valores de São Paulo, atualmente denominada de B3 e através da base de dados do Laboratório de Finanças e Riscos da FEA-USP como fonte de dados principais até 2017, sendo atualizadas as informações até 2018 pelos dados relatórios disponíveis na B3.

Avaliando as bases de informações disponibilizadas pela B3, foi identificado que para o setor elétrico estão listadas 32 empresas. Entre os anos de 2010 a 2018 observou-se que o valor adicionado total distribuído por essas companhia alcançou a marca de R$ 909 milhões, dando um maior destaque a CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerias) que obteve, no período, a maior distribuição com R$ 131 milhões de sua riqueza gerada em relação as demais avaliadas, sendo seguida pela CPFL Energia (Campinas, SP) com R$ 113 milhões.

Empresas Valor Adicionado Total a Distribuir (Reais Mil) AES Tiete E 33.291.249,00 Afluente T 228.758,00 Ampla Energ 30.880.968,00 Ceb 12.848.153,00 Ceee-D 18.176.339,00 Ceee-Gt 6.970.880,00 Celesc 40.439.447,00 Celgpar 5.524.766,00 Celpa 20.669.260,00 Celpe 23.571.841,00 Cemar 14.672.749,00 Cemig 131.074.325,00 Cesp 12.940.380,00 Coelba 43.627.160,00 Coelce 22.087.610,00 Copel 87.407.161,00 Cosern 11.278.839,00

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28 CPFL Energia 113.881.232,00 Elektro 29.937.144,00 Eletropar 207.081,00 Eletropaulo 72.844.803,00 Emae 1.339.879,00 Energisa Mt 18.814.759,00 Eneva 8.894.059,00 Engie Brasil 36.034.683,00 Ger Paranap 7.835.305,00 Light S/A 64.840.300,00 Omega Ger 659.848,00 Renova - 337.102,00 Statkraft 1.058.564,00 Taesa 13.235.189,00 Tran Paulist 24.116.544,00 Total Geral 909.052.173,00

Tabela 3 - Empresas do Setor Elétrico Listadas na B3 (Fonte: Laboratório de Finanças e Riscos – FEA USP) Perfil da média amostral:

Média 28.407.880,41

Mediana 18.495.549,00

Desvio Padrão 32.152.579,59

Máximo 131.074.325,00

Mínimo - 337.102,00

Tabela 4- Perfil amostral

Devido ao porte das empresas, tamanho, área de atuação e carteira de cliente serem muitos diversos, encontra-se uma grande dispersão entre os valores observados nos pontos principais da DVA, sendo eles: receita; valor adicionado total a distribuir; pessoal; impostos, taxas e contribuições; remuneração de capitais de terceiros e remuneração do capital próprio. Por essa dispersão, para fins de análise os valores não foram mantidos em valores absolutos.

A partir da análise desses dados constrói-se um cenário do setor elétrico nacional para os anos de 2010 a 2018 no que diz respeito aos paramentos de distribuição das riquezas geradas pelas companhias de capital aberto. Verificou-se o montante distribuído para as classes de Pessoal, Impostos, Taxas e Contribuições, Capital Próprio e Capital de Terceiros em relação ao montante de Valo Adicionado Total a Distribuir.

Foi possível identificar que cerca de 61,59% do montante distribuído de riqueza foi para Impostos Taxas e contribuições, se mantendo ao longo dos anos avaliados como o maior

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29

percentual destinado pelas empresas e distribuição para pessoal por meio de encargos e salários sendo a menor destinação, com uma média de 9,63%.

Gráfico 3 - Distribuição da riqueza entre os anos de 2010 a 2018 (Fonte: Próprio Autor)

Dessa forma, buscou-se medir a capacidade da geração de receita para com o valor adicionado total e o valor adicionado total líquido, evidenciando a porcentagem que a receitas das companhias contribui para a distribuição de riqueza. Também verificou-se o percentual do valor adicionado total distribuído que correspondeu a valores recebidos em transferência, ou seja, receitas financeira, verificando o nível de alavancagem do cenário. Os dados foram distribuídos ao decorrer dos período avaliado, demonstrando através de percentuais, cada indicador.

Figura 1 -Fórmulas para mensuração da capacidade

8.90% 8.74% 10.92% 12.81% 12.19% 7.45% 8.49% 9.16% 8.02%

60.10% 58.69% 61.46% 54.22% 58.24% 66.62% 63.85% 67.17% 63.92%

14.19% 16.34% 14.09% 17.94% 16.00% 17.39% 16.79% 15.41% 16.83%

16.80% 16.22% 13.52% 15.03% 13.57% 8.53% 10.87% 7.33% 9.41%

2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8

DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA DAS

EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO (2010 A

2018)

% Destinação para Pessoal % Destinação Impostos, Taxas e Contribuições % Capital de Terceiros % Capital Prórpio

Capacidade de geração de receita em relação ao valor adicionado total: VADT/Receita

Capacidade de geração de receita em relação ao valor adicionado líquido: VADL / Receita

VRB trans/VADT

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Gráfico 4 - Média da eficiência da distribuição de riqueza (Fonte: Próprio Autor)

. Partindo para uma visão geral do período, identifica-se que, em média a eficiência de distribuição total e líquida são respectivamente 50,80% e 46,39%, representando o percentual da receita que é destinado a distribuição. Também verificou-se que o montante de recebimento de receitas que é destinado a distribuição foi em média no período de 8,76%, conforme gráfico 05 – Visão Geral 2010 a 2018.

Gráfico 5 - Visão Geral 2010 a 2018 (Fonte: Próprio Autor)

Os dados apresentados demonstram o quanto as empresas do setor elétrico brasileiro entre 2010 e 2018 foram eficientes em gerar receita e adicionar esse valor na economia através dos segmentos de distribuição apresentados na Demonstração do Valor Adicionado. Dentre as 32 companhias analisadas observou-se que, apesar de monetariamente CPFL e CEMIG representarem os maiores valores de distribuição em relação a receita, proporcionalmente as empresas que mais distribuíram uma porcentagem de sua receita foram: CTEEP - Cia Transmissão Energia Elétrica Paulista com 88,32% relacionado como valor Adicionado líquido produzido, atentando para que verificando a linha de

55.36% 57.16% 50.69% 46.45% 42.13% 52.97% 55.09% 47.06% 50.36%

51.74% 52.12% 44.79% 42.32% 39.68% 48.46% 49.98% 43.92% 44.88%

6.41% 8.87% 12.02% 8.77% 5.58% 8.74% 9.55% 6.62% 11.36%

2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7 2 0 1 8

MÉDIA DA CAPACIDA DE DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

Alavancagem em relação a capital de terceiros

Capacidade de geração de receita em relação ao valor adicionado líquido Capacidade de geração de receita em relação ao valor adicionado total

50 .80% 46 .39% 8.78 % V A D T / R E C E I T A V A D L / R E C E I T A V R B T R A N S / V A D T VISÃO GERAL 2010 A 2018

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Valor Adicionado Total em relação a Receita, esse percentual é maior do que 100% devido ao montante valor adicionado recebido em transferência ser considerado no cálculo; Celgpar Companhia Celg de Participações S.A. com 81,31%; Participações S.A. – Eletropar com 80,93%.

4.2 Análise Estatística (Econométrica)

Antes de realizar a correlação com dados pareados, é preciso verificar se a amostra utilizada apresenta uma distribuição normal, pois só assim será possível utilizar testes paramétricos. Que segundo Bruni (2010) consistem em testes que assumem premissas sobre a distribuição de parâmetros da população. Esses testes são realizados para que possa ser alegado que os parâmetros amostrais são aplicáveis aos populacionais, para isso, segundo Fávero e Belfiore (2017) nos testes paramétricos, as variáveis em estudo devem ser medidas em escalas quantitativas.Devido ao cálculo da DVA ser similar ao do PIB espera-se que exista uma correlação positiva entre as variáveis estudadas.

Também é importante ressaltar que, devido ao número de empresas do setor elétrico nacional não ser equivalente ao número de unidades federativas, foi levado em consideração para a amostra as empresas que divulgam suas informações na Brasil, Bolsa, Balcão (B3) e estão presentes na base de dados do Laboratório de Finanças e Risco da FEA/USP.

De acordo com a Teoria do Limite Central e Lei dos Grandes Números, as médias amostrais tendem a uma distribuição normal quando o tamanho da amostra for superior a 30 elementos. Quanto maior for essa amostra, mais a sua distribuição de frequência se aproxima da distribuição de frequência da população, da mesma forma que a média amostral converge para a média populacional.

Devido ao tamanho da amostra ser pequena, foi utilizado o teste de Shapiro Wilk, que é uma alternativa ao teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov nesse caso. O teste de normalidade SW assume as seguintes variáveis: H0 – A amostra provem de uma população com distribuição normal; H1 – A amostra não provém de uma população com distribuição normal.

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Segundo Bruni (2010) a análise de correlação determina um número que expressa uma medida numérica do grau de relação encontrada. O objetivo da análise é a mensuração do grau de relacionamento entre duas variáveis em uma população. A partir desse procedimento é encontrado o grau de relacionamento linear entre duas variáveis, por meio do coeficiente de correlação linear simples, o r de Pearson.

Para ser considerada simples, a análise é composta por duas variáveis, no caso desse estudo a amostra é formada por pares de valores, sendo o PIB, o Valor Adicionado Total e a distribuição para Impostos, Taxas e Contribuições. Para que as hipóteses sejam consideradas válidas é preciso possuir os seguintes pressupostos:

a) as variáveis envolvidas são aleatórias e continuas;

b) a distribuição de frequência ser proveniente de uma distribuição normal.

A partir do gráfico de dispersão é possível identificar se as variáveis estudadas seguem uma correlação positiva linear que consiste em os valores crescentes ou decrescentes de x e y se estiverem ligados; linear perfeita positiva que apenas ocorre quando os valores de x e y estão perfeitamente alinhados, resultando em r = 1; linear negativa que é percebida quando os valores os valores de x e y são inversamente proporcionais, ou seja, quando o valor de x cresce o de y decresce, levando a um -1 < r < 0, linear perfeita negativa que ocorre quando os valores de x e y estão perfeitamente alinhados, mas em sentidos contrários, ou seja, r = -1 e nula quando não há nenhuma relação entre x e y, r = 0.

Dessa forma, se p for positivo existe uma relação diretamente proporcional entre as duas variáveis;

 Se p for negativo; existe uma relação inversamente proporcional entre as variáveis;

 Se p for nulo, não existe correlação entre as variáveis. 4.4 Amostra

Para a análise dos dados foram compilados os números de valor adicionado total a ser distribuído com o PIB nacional entre os anos de 2010 a 2018, sendo essas as informações disponíveis acerca do Produto Interno Bruto no portal do IBGE. Devido a área de atuação dessas empresas se distribuírem por diversos estados por companhia, foi observado o quanto o setor elétrico gerou de riqueza em relação com o produto interno bruto nacional. Foram analisados os dados que correspondem as empresas que estão listadas na base do Laboratório de Finanças e Risco da FEA/USP como base de dados.

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Ao testar a normalidade através do software estatístico SPSS da IBM, observou-se que os valores analisados provém de uma distribuição normal, possibilitando o uso de testes paramétricos para a igualdade das médias amostrais e populacionais. Sendo assim, procedeu-se com o teste de Kolmogorov-Smirnof e Shapiro-Wilk para a verificação procedeu-se a distribuição amostral de cada variável possuía normalidade dos dados.

Tabela 5 – Teste de Normalidade realizado através do IBM SPSS Statistics®.

Hipóteses:

H0: P > 0,05 – Os dados seguem uma distribuição normal

H1: P < 0,05 – os dados não seguem uma distribuição normal.

Identificou-se que tanto para o teste Kolmogorov-Smirnov e o Shapiro-Wilk, o valor do P de Pearson foi maior do que 0,05, concluindo que as médias são estatisticamente iguais, ou seja, a amostra provem de uma distribuição normal.

Através da análise de correlação realizada no IBM SPSS Statistics®, observou-se uma correlação muito forte entre as variáveis Valor Adicionado Total e Impostos, Taxas e Contribuições em relação ao PIB, apresentando um P valor de 0,677.

Tabela 6 –Análise de Correlação realizada através do IBM SPSS Statistics®.

Statistic df Sig. Statistic df Sig.

Valor Adicionado Total

a Distribuir 0,178957 9 ,200 * 0,910949 9 0,322576 PIB 0,150387 9 ,200* 0,955578 9 0,751095 Teste de Normalidade Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk Valor Adicionado

Total a Distribuir PIB

Pearson Correlation 1 ,679* Sig. (2-tailed) ,044 N 9 9 Pearson Correlation ,679* 1 Sig. (2-tailed) ,044 N 9 9 Correlations Valor Adicionado Total a Distribuir PIB

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5. Considerações Finais

Este estudo buscou analisar a geração e distribuição de riqueza das empresas do Setor Elétrico brasileiro listadas na B3 através da DVA, e avaliar se existe uma relação entre o PIB nacional e o valor total distribuído por essas companhias entre os anos de 2010 a 2018 a partir. Segundo Santos (2008) é inquestionável o auxílio da DVA no cálculo do PIB e na elaboração de indicadores sociais extremamente importantes.

Através da coleta dos dados das DVAs da empresas listas e com o auxílio do de ferramentas estatísticas, pode-se identificar que existe uma correlação moderada entre o valor adicionado total a distribuir das empresas do setor elétrico listadas e o PIB brasileiro, sendo relevante mencionar que o valor deu muito próximo de uma correlação forte, com um P valor de 0,677, com um desvio padrão bastante elevado devido a dispersão do valor adicionado das empresas.

Mediante os resultados obtidos foi possível responder o questionamento de pesquisa e verificar a existência de uma relação entre as variáveis estudadas. Também observou-se um crescimento no valor da receita das empresas do setor, o que, consequentemente, levou a uma maior distribuição da riqueza gerada, atentando para os anos de 2013 e 2014, com os menor valores apresentados de distribuição da riqueza gerada.

Observa-se também que grande parte, cerca de 61,59% da riqueza gerada pelo setor elétrico é destinada a impostos, taxas e contribuições, sendo a maior parte da destinação. Isso representa o retorno a sociedade pelo meio do pagamento de tributos, e embora o segmento conte com uma série de subvenções, a maior parte de sua riqueza vem sendo consumida pelos tributos.

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Referências

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