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Levantamento etnobotânico de plantas alimentícias não convencionais em feiras e mercados de Natal/RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

CURSO ​DE GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS EM FEIRAS E MERCADOS DE NATAL/RN.

Giovanna Guadalupe Cordeiro de Oliveira

Natal, RN - 2019

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Natal, outubro de 2019

GIOVANNA GUADALUPE CORDEIRO DE OLIVEIRA

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS EM FEIRAS E MERCADOS DE NATAL/RN.

Monografia apresentada como pré-requisito para a conclusão do curso de graduação em Ecologia pela universidade Federal do Rio Grande do Norte

Orientadora: Profa. Dra. Michelle Cristine Medeiros Jacob

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Natal, RN 2019

GIOVANNA GUADALUPE CORDEIRO DE OLIVEIRA

LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS EM FEIRAS E MERCADOS DE NATAL/RN.

Monografia apresentada como pré-requisito para a conclusão do curso de graduação em Ecologia pela universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal, 04 de outubro de 2019 BANCA AVALIADORA

_______________________________________ Profa. Dra. Michelle Cristine Medeiros Jacob

Departamento de Nutrição

_______________________________________ Prof. Dr. Thiago Perez Jorge

Departamento de Nutrição

_______________________________________ Prof. Dra. Adriana Almeida Monteiro

Departamento de Ecologia

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho para todos aqueles que reúnem esforços científicos, sociais, culturais, para tornar a sociedade mais justa e igualitária.

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AGRADECIMENTOS

Esta pesquisa é fruto de um trabalho coletivo. Todas as etapas desse estudo contaram com atores dispostos a colaborar com a construção de conhecimento. Reservo esse espaço para agradecer aos feirantes, aos colegas Samile Dias, Alice Medeiro, Sávio Gomes, Júlia Macedo e Thiago Perez que somaram nas diversas etapas; a Michelle Jacob, pelas orientações, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mais especificamente ao Departamento de Nutrição, Laboratório de Botânica e ao Herbário UFRN. Por fim aos investimentos disponibilizados pelo CNPq para a realização desse projeto.

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RESUMO

Atualmente a alimentação humana se resume a poucas espécies vegetais. Entretanto, diante da biodiversidade presente no mundo, aponta-se que o número de espécies com potencial para ser inseridas nas dietas humanas é muito maior. Diante disso, esse estudo buscou realizar um levantamento etnobotânico a fim de compreender qual é a disponibilidade comercial das plantas alimentícias não convencionais (PANC) nos ambientes de feiras e mercados públicos do município de Natal/RN. A pesquisa se deu através de entrevistas individuais dirigidas. Ao todo foram entrevistados 25 feirantes, distribuídos em oito feiras e um mercado público. A distribuição da riqueza de espécies entre as feiras e mercado se deu de forma muito heterogênea. Obteve-se um total de 18 espécies de PANC, distribuídas em 18 gêneros e 11 famílias botânicas. Três das espécies são nativas de biomas brasileiros, os frutos são a parte mais consumida dessas plantas, 13 delas pertencem ao grupo de alimentos dos legumes e verduras. A presença de espécies nativas no levantamento indica o déficit acerca dos diversos usos flora nativa e como a diversificação da alimentação pode contribuir na conservação de habitat.

Palavras-chave: ​PANC. Alimentação. Espécies Nativas.

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ABSTRACT

At present human food is limited to a few plant species. However, given the biodiversity present in the world, it is pointed out the number of species with potential to be inserted in human diets is much larger. In view of this, the project sought an ethnobotanical survey in an environment of interest to non-conventional food companies (PANC) in the fairgrounds of the city of Natal/RN. A survey was conducted through targeted individual interviews. In all, 25 fair traders were interviewed, distributed in eight fairs and a public market. The distribution of products between fairs and markets was very heterogeneous. A total of 18 PANC species were obtained, distributed in 18 genera and 11 botanical families. The species are fruits of Brazilian biomes, the fruits are a most consumed part of these plants, 13 came out of the food group of vegetables. The presence of native species in the survey indicates the equation deficit. The use of native flora and as an energy diversification can help in habitat conservation.

Keywords: ​PANC. Food. Native Species.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 9

2. MATERIAIS E MÉTODOS 10

3.1. ÁREA DE ESTUDO 10

3.2. CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS ESPAÇOS 11

3.3. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 12

3.4. MÉTODOS DE COLETA E ANÁLISE 12

3. RESULTADOS 13

3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E DAS/OS FEIRANTES 13

3.2. PANC COMERCIALIZADAS 14

3.3. ORIGEM DAS PLANTAS 15

3.4. PARTES RECOMENDADAS PARA USO E GRUPO DE ALIMENTOS 15

4. DISCUSSÃO 16

5. CONCLUSÃO 20

6. REFERÊNCIAS 21

7. APÊNDICE 23

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1. INTRODUÇÃO

Mais da metade da energia global relacionada à alimentação humana depende de quatro plantas: arroz, batata, trigo e milho, ainda que haja a estimativa de que 30.000 espécies vegetais sejam potencialmente comestíveis. O modelo de produção agrícola e de processamento de alimentos contemporâneo e a falta de informação sobre a biodiversidade vegetal são fatores que ajudam a conformar esse padrão dietético nutricionalmente monótono, com consequências graves para saúde humana e ambiental. (LACHAT et al, 2018; KINNUP, 2014). O Brasil possui uma alta biodiversidade de espécies vegetais, concentrando 14% da diversidade de flora mundial (PEIXOTO; MORIM, 2003). Diante essa diversidade as possibilidades de consumo alimentar podem ser muito mais diversas do que a atual.

Uma das formas de abordar o problema da baixa diversidade das dietas reside no estímulo ao consumo de plantas locais, subutilizadas ou negligenciadas, que aqui denominamos como Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). São consideradas PANC as plantas ou partes de plantas de uma dada região, potencialmente comestíveis, mas que são desconhecidas pela maior parte da população por não serem cultivadas e comercializadas em larga escala (KINUPP; LORENZI, 2014). O conceito de PANC incluem também o uso de partes não convencionais para fins alimentícios, como por exemplo o uso de flores, cascas, entrecascas, etc. (KINUPP; DE BARROS, 2007). Acredita-se que um dos fatores que limite o consumo desse tipo de plantas seja a dificuldade de acesso físico a elas em mercados e feiras. Essa ausência é consequência da lacuna de dados científicos relativos ao consumo e composição alimentar dessas plantas, distribuição comercial e ecologia das espécies, dentre outros (FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS, 2017; GLOBAL FACILITATION UNIT FOR UNDERUTILIZED SPECIES, 2017).

A etnobotânica é uma ciência utilizada para suprir a lacuna do desconhecimento dos usos das espécies. Os estudos etnobotânicos atuam avaliando como se dá relação entre as populações humanas com o cenário botânico que ela está inserida. Compreende-se como populações, os mais diversos grupos sociais: desde aqueles categorizados como tradicionais até aqueles inseridos em contextos contemporâneos,

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urbanos ou rurais (ALBUQUERQUE, 2005). Pesquisas etnobotânicas fornecem dados diversos acerca dos mais variados usos espécies botânicas pelo homem. O acúmulo de conhecimentos gerado por esse campo de estudo pode ser usado para diversas iniciativas, incluindo a popularização de espécies com potencial alimentício e planos de conservação de espécies e habitat (ROCHA; BOSCOLO; FERNANDES, 2015).

Estudos etnobotânicos podem ser desenvolvidos nos mais variados espaços, dentre eles, as feiras. A concentração de diversidade biológica e cultural, além da dinâmica de troca de conhecimento que caracterizam esses locais, transformam as feiras em profícuos cenários de pesquisa (ALBUQUERQUE et al, 2014).

As feira e mercados públicos são espaços de conexões. Concentra grande diversidade de plantas, classificadas em várias categorias (alimentícias, medicinais, ornamentais) ao mesmo tempo que promove o encontro de diferentes atores sociais do sistema alimentar, dentre eles produtores e consumidores (SALES et al, 2011) (BYE; LINARES, 1983). Sendo assim, esses são centro importantes para medir a diversidade alimentar local acessível à população, bem para obter conhecimentos sobre os usos populares ligados a essas plantas, que vem sendo apagados historicamente por diversas razões.

Portanto, tem-se com objetivo geral dessa pesquisa realizar um levantamento etnobotânico para investigar o conhecimento e a disponibilidade PANC nas feiras e mercados públicos na cidade do Natal/RN, nordeste brasileiro. Com base nesse levantamento, os objetivos específicos da pesquisa são: (1) caracterizar as/os feirantes; (2) identificar as PANC comercializadas, descrevendo sua taxonomia; (3) classificar as plantas quanto sua origem (nativas ou exóticas); (4) identificar quais as partes são consumidas; (5) identificar e classificar a qual grupo alimentício pertencem as plantas.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. ÁREA DE ESTUDO

O levantamento etnobotânico de PANC foi realizada no município de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A capital possui 808.739 ​habitantes (IBGE, 2010) e

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está inserida em ​área de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Caatinga. As áreas, portanto, de estudo foram as feiras orgânicas e mercados públicos da cidade (Fig 1).

Figura 1. Localização das Feiras Orgânicas e Mercados presentes no levantamento em Natal/RN.

Fonte: ​Google Maps

3.2. CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DOS ESPAÇOS

Esse estudo é parte de uma pesquisa mais ampla sobre a biodiversidade alimentar na Região Metropolitana de Natal/RN, intitulado ​Biodiversidade para Alimentação e Nutrição: Avaliação da biodiversidade alimentar para promoção de dietas e sistemas alimentares sustentáveis. Os estudos foram desenvolvidos entre 2017 e 2018, contanto com levantamento de dados de plantas alimentícias por meio de revisão sistemática e levantamento etnobotânicos em mercados e comunidades produtoras da Região Metropolitana de Natal/RN. A investigação teve seu foco em espécies subutilizadas ou não convencionais, devido à carência de dados sobre essas plantas e ao seu potencial subexplorado para contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) das populações.

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As feiras e mercados selecionados para serem informantes-chaves foram mapeados desde 2017 através do uso de uma tecnologia intitulada ​Crowdsourcing (Colaboração Coletiva). ​Esta é uma tecnologia de informação que compila recursos a partir da coletividade. Uso dessa ferramenta foi uma indicação do LabGov, projeto da UFRN. As feiras alvo da pesquisa foram aquelas classificadas pelo coletivo como “Orgânicas ou Agroecológicas”, devido à relação positiva desses espaços com a agrobiodiversidade ​(Biodiversity International, 2017). Chegou-se então ao número de 13 feiras orgânicas e/ou agroecológicas, até o início das atividades de campo dessa pesquisa. No momento da coleta de dados, duas feiras não se encontravam mais ativas e outras duas possuía o mesmo grupo de feirantes que já haviam sido entrevistados em uma outra feira. Assim sendo, no total, foram incluídas na amostra nove feiras.

3.3. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da UFRN e aprovado sob o número de protocolo 2.484.486. A adesão dos participantes foi voluntária, consentida e seu anonimato preservado, conforme critérios estabelecidos na Resolução 466/2012. A pesquisa também se encontra registrada junto ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (SisGen) com o seguinte número de cadastro: A0AD60B.

3.4. MÉTODOS DE COLETA E ANÁLISE

Entrevistas

A coletada de dados foi realizada no mês de outubro de 2018. A abordagem

utilizada consistiu em entrevistas individuais dirigidas (APÊNDICE 1)

(ALBUQUERQUE et al, 2014). O material foi desenvolvido e testado previamente para fins dessa investigação. O instrumento possuía cinco seções (Identificação do entrevistador, apresentação da pesquisa, identificação do entrevistado, perguntas de introdução e questões-chave) e 20 questões dirigidas ao entrevistado. Todas as barracas presentes nos espaços de feira e mercado participaram do levantamento, ao total foram aplicados 25 questionários durante o estudo.

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Coleta, Documentação e Identificação dos Espécimes

Foram coletados três exemplares das plantas que estavam presentes e foram mencionadas como PANC pelo feirante. Deu-se preferência ao material fértil, ou seja, com flores e frutos. No caso da amostra conter frutos suculentos, estes foram armazenados em álcool 70% a fim de preservar suas características morfológicas (​FIDALGO; BONINNI, 1989)​. Todas as amostras foram fotografadas antes de serem prensadas seguindo os passos: ​1) Uso de tecido preto como fundo; 2) Uso de escala com medição em centímetros; 3) Registro das coordenadas geográficas; 4) Itens do registro fotográfico: a) Ramos: mostrando a parte da frente e o verso das folhas; b) Flores: contendo a parte superior e lateral das flores; c) Folhas: tanto a parte ventral quanto a dorsal, e, por fim, d) Frutos: inteiros, cortado ao meio e sementes limpas. Aquelas amostras que já estavam processadas (com folhas trituradas, em forma de geleia, farinha ou cápsula), foram contabilizadas pela presença, como dado quantitativo.

No Laboratório de Botânica (LABOT) da UFRN, as amostras foram prensadas e identificadas a partir do uso de chaves de identificação proposta por Souza e Lorenzi (2014), guia de identificação (KINUPP, 2014) e ajuda de especialista da UFRN e UFG. Por fim, as exsicatas, produto final da coleta, foram encaminhadas para a coleção do Herbário da UFRN.

Análise de Dados

Os dados foram tratados a partir de análises descritivas. O perfil socioeconômico dos entrevistados analisado de forma descritivo quantitativo. As PANC foram analisadas descritivamente segundo sua caracterização, relacionando taxonomia (família, gênero e espécies); sua origem, para caracterizá-las como nativa ou exótica do território brasileiro, via consulta ao Reflora; e, por fim, parte utilizada para consumo e o grupo de alimentar a que pertence (grupo dos feijões, grupo dos cereais, grupo das raízes e tubérculos, grupo legumes e verduras, grupo frutas, castanhas e nozes, leite e queijos, carnes e ovos, água) classificado com apoio do Guia de Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2014).

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3. RESULTADOS

3.1. CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E DAS/OS FEIRANTES

Dos nove espaços investigados, oito foram caracterizados como feiras e um como mercado. A diferença entre os dois espaços se dá pelo caráter institucional. As feiras são organizadas pela iniciativa de produtores e consumidores, o mercado é uma estrutura mantida com recursos públicos, que viabiliza espaço para comercialização de produtos da agricultura familiar.

Uma variedade de barracas 25 participaram do levantamento. Para as feiras havia um total de 13 barracas, esse número total variou de 1 a 4 barracas por feira, ou seja, haviam feiras com apenas 1 barraca e feiras com até 4 barracas. Já o mercado apresentou um total de barracas de 12 barracas. Para as feiras, entre as 13 barracas estudadas, 6 (seis) delas apresentou minimamente 1 (uma) espécies de PANC para comércio. Para o mercado, 2 (duas) barracas possuíam PANC a venda. A quantidade de espécies de PANC disponíveis variou de 0 a 9 (nove) espécies por barracas.

Foram entrevistados 25 feirantes, sendo: 13 mulheres (51%) e 12 homens (49%), com uma renda média de 1,8 salário mínimo (renda mínima de 1 salário - renda máximo de 4 salários), com média de 43,2 anos de idade (idade mínima 21 anos e idade máxima 77 anos), no qual 24 deles (96%) eram produtores do alimento que vendiam.

Dos nove espaços investigados, sete, ou 80%, comercializavam PANC. No universo de 25 barracas, oito, ou 32%, possuíam PANC para venda. Por uma questão de proporção, as feiras e mercado que possuíam maior número de barracas foram as que mais tinham espécies não convencionais à venda.

3.2. PANC COMERCIALIZADAS

Durante o processo de entrevistas, três feirantes relataram que não possuíam PANC à venda, mas que em seus cultivos haviam espécies não convencionais. Também

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recebemos relatos sobre a demanda espécies por plantas não usuais por parte de alguns consumidores, que as obtinham diante de uma encomenda prévia.

Ao todo estavam disponíveis para comércio 18 espécies de plantas não convencionais utilizadas para fins alimentícios. A espécie que teve maior frequência de ocorrência foi Dysphania ambrosioides L. (Mastruz), seguida por ​Artocarpus altilis (Fruta Pão), ​Moringa oleífera ​(Moringa). As espécies se distribuíram em 18 gêneros, sendo Solanum com maior frequência de ocorrência, 11 famílias botânicas, sendo a família das Cucurbitaceae a mais presente no levantamento, seguida pela família das Solanaceae, Myrtaceae e Apiaceae.

3.3. ORIGEM DAS PLANTAS

Do n de 18 espécies disponíveis para o comércio, apenas três eram plantas nativas da América do Sul, especificamente dos biomas brasileiros de Caatinga e Mata Atlântica:​Spondias tuberosa Arruda ​(Umbu), ​Hancornia speciosa ​(Mangaba), ​Eugenia azeda ​(Ubaia). Assim, 70% das PANC comercializadas possuem sua origem evolutiva em outros continentes, como a Ásia e a Índia, principalmente. Isso significa que são espécies que foram introduzidas no território brasileiro, sendo possíveis ameaças a biodiversidade local.

3.4. PARTES RECOMENDADAS PARA USO E GRUPO DE ALIMENTOS

Das 18 espécies, 13 pertencem ao grupo alimentar de ​Legumes e Verduras​, cinco ao grupo das ​Frutas e uma de ​Raízes e Tubérculos​. Quanto às partes utilizadas da planta, os frutos são as partes mais consumidas (10), seguido das folhas (7), rizoma (1) e sementes (1), segundo os entrevistados (as). (​Tabela 1.​)

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Tabela 1- Caracterização das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) Coletadas em Feiras e Mercados Públicos em Natal/RN.

Nome científico Nome popular Parte utilizada Grupo alimentar

Origem Frequência

Amaranthaceae

Dysphania ambrosioides L. Mastruz Folha Legumes e Verduras

América Tropical

3

Alliaceae

Allium fistulosum Cebolete Folha Legumes e Verduras

Ásia/Europa 1

Anacardiacea

Spondias turberosa Arruda Umbu Fruto Fruta América do

Sul/Caatinga

1

Apiaceae

Eryngium foetidum L. Coentro do Pará Folha Legumes e Verduras

América Tropical

1

Foeniculum vulgare Mill. Funcho Folha Legumes e

Verduras

Europa 1

Apocinaceae

Hancornia speciosa Mangaba Fruto Fruta América do

Sul/Caatinga

1

Basellaceae

Basella alba L​. Bertalha Folha Legumes e

Verduras

Ásia 1

Curcubitaceae

Lagenaria sicerania Caxi Fruto Legumes e

Verduras

Ásia 1

Momordica chantia L. Goya Fruto Legumes e

Verduras

Malásia 1

Trichosanthes cucumerina Quiabo de Metro

Fruto Legumes e Verduras

Índia 1

Moraceae

Artocarpus altilis Fruta Pão Fruto Fruta Ásia 2

Moringaceae

Moringa oleifera Moringa Folha e

Sementes

Legumes e Verduras

Índia 2

Myrtaceae

Eugenia azeda Ubaia Fruto Fruta América do 1

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Sul/Mta Atlantica

Syzygium jambolanum Jamelão Fruto Fruta Ásia/Índia 1

Poaceae

Cymbopogon citratus Erva Cidreira Folha Legumes e Verdura

Índia/China 1

Solanaceae

Solanum aethiopicum Jiló Fruto Legumes e

Verduras

África 1

Solanum melongena Berinjela Asiática

Fruto Legumes e Verduras

Ásia 1

Zingiberaceae

Zingiber officinale Gengibre Rizoma Raiz/Tuberculo Índia 1

4. DISCUSSÃO

A riqueza de 18 espécies de plantas, junto ao número de menções de cada indivíduo, representa a disponibilidade de PANC nas feiras e mercado estudados em Natal. Destaca-se que as feiras e mercado estudados, conforme pode ser observado na Figura 1, concentram-se em uma pequena região da cidade. O limite da nossa amostra foram os mercados registrados na plataforma ​crowdsource​, o que acaba fornecendo uma realidade parcial sobre os potenciais mercados que possam oferecer PANC na cidade. Nesta mesma pesquisa estudamos as comunidades de produtores como forma de obter um melhor diagnóstico das plantas não convencionais disponíveis não só na cidade, mas também na sua Região Metropolitana, onde se concentra a maior parte das unidades de produção. Os dados seguem em análise, mas já contamos com o registro de cerca de 69 espécies.

Por terem o caráter não convencional essas plantas não estão inseridas na dieta do brasileiro, que tem sua alimentação diária centrada principalmente no feijão, arroz, café, mandioca, podendo variar a composição da dieta, havendo diferenças entre as áreas urbanas ou rurais (IBGE, 2011). Acadêmicos relacionam a riqueza de espécies da

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dieta com sua qualidade nutricional, o que inclui adequação de micronutrientes e maior consumo de compostos bioativos (LACHAT et al., 2018).

Apenas três espécies citadas nesta pesquisa, apontadas pelos entrevistados, eram nativas de biomas brasileiros, ocorrem na Caatinga e Mata Atlântica. A Caatinga possui alta diversidade florística, endemismo e presença de táxons raros (GIULIETTI et al, 2004). A Mata Atlântica também apresenta alta biodiversidade e endemismo, e já é reconhecida como um hotspot mundial, isso porque a correlação entre diversidade e endemismo, associado a grande perda de cobertura vegetal coloca o bioma em um status de área prioritária para a conservação (MMA, 2010). A biodiversidade Caatinga possibilita que seus recursos sejam utilizados pela população para vários fins, incluindo a alimentação e a comercialização dos produtos em feiras (SANTOS et al, 2012). Na Mata Atlântica os vastos recursos vegetais possuem valor alimentício e medicinal que são historicamente utilizados por comunidades tradicionais, como os indígenas (LIPORACCI, 2015). Isso demonstra como a diversidade botânica desses ambientes ainda é pouco reconhecida para fins alimentícios, ainda que ambos biomas apresentam potenciais não madeireiros estes ainda são sub explorados nacionalmente, o que reforça a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a flora local e seus diversos usos.

O conhecimento acerca do uso e manejo desses recursos depende da proteção do conhecimento tradicional e das áreas onde ocorrem as espécies. A exploração dos ambientes naturais para fins econômicos ameaça a proteção da biodiversidade e dificulta o estudo dessas áreas. Processos como o de exploração de recursos madeireiros e abertura de espaços destinados às atividades agrícolas de caráter latifundiário e monocultor, por exemplo, facilitam o processo de fragmentação das áreas e perda de habitat. O isolamento e a perda desses ambientes podem favorecer ao declínio da diversidade dos ambientes naturais (TABARELLI; GASCON, 2005), contribuindo para o desconhecimento dos potenciais alimentícios presentes nos biomas brasileiros.

Alternativo a esse processo tem-se na valorização da diversidade local, com fins alimentícia, uma forma de garantir processos socioambientais positivos. Existe uma contribuição direta entre diversidade nutricional das dieta e garantia da SAN da população. Essa correlação fica mais nítida ao observar que o êxodo do campo para a

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cidade e os avanços da degradação ambiental, são fatores que limitam o acesso a diversidade de produtos alimentícios. (JONHS; MAUNDU, 2006). Perante da ótica ecológica, a biodiversidade tem papel importante na conservação de ecossistemas e garantia na manutenção de serviços ecossistêmicos. Diante disso, produções biodiversas dialogam com a proteção dos ambientes naturais, visto que essas são comprometidas com práticas mais sustentáveis (ALHO, 2012).

Outro fator essencial para compreender a presença ou ausência de determinados alimentos na nossa sociedade é a cultura. Os usos alimentícios de uma espécie ligam-se frontalmente com os aspectos culturais que moldaram a construção de determinada comunidade (SONATI et al, 2009). Ao se investigar a formação alimentar de um povo nota-se que a seleção do uso das espécies se deva pelos critérios do que nasciam espontaneamente e/ou participaram de um “intercâmbio local” de quintais (FLORENTINO et al 2007). Todavia, o sistema alimentar globalizado, representado por grandes corporações transnacionais que produzem, processam e distribuem alimentos, trabalha na contramão desse processo da diversificação, caminhado sentido a homogeneização: seja na produção de monoculturas, alimentos ultraprocessados e redes de hipermercados (MONTEIRO et al., 2013). O que significa dizer que os sistemas alimentares biologicamente pouco diversos são potencialmente culturalmente pouco diversos.

Os dados desta pesquisa servem de alerta: mesmo sendo espaço de trocas culturais intensas, apontados como ambientes com alta agrobiodiversidade, as feiras e mercados públicos não conseguem ser representativos diante diversidade de plantas alimentícias disponíveis para consumo. Além disso, observa-se uma presença discreta das plantas nativas, o que pode estar relacionado à lacuna de conhecimentos tradicionais sobre formas nativas de produzir e consumir a diversidade do local e ao do modelo agrícola cada vez mais simplista e que privilegia as espécies introduzidas (MMA, 2018).

Estimular as dietas com base em produtos locais torna-se, portanto, um desafio neste contexto, onde há uma baixa diversidade de variedade biológica e de conhecimentos sobre como usar essas espécies (PADULOSI et al., 2009) Ainda assim, os espaços pesquisados trazem espécies nativas ou naturalizadas que potencialmente

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não são encontradas mesmo nas redes de supermercados locais, tais como umbu, mastruz, fruta pão, mangaba, ubaia e moringa. Esse pequeno exemplo sublinha o caráter revolucionário que as feiras e mercados públicos podem julgar na tarefa de romper com a lógica da homogeneização imposta (TUTWILER; PADULOSI; HUNTER, 2017). Outras plantas, frequentemente mencionadas em estudos etnobotânicos estiveram ausentes nesses espaços, como é o caso da chanana ( ​Turnera subulata L.​), planta nativa da América do Sul (Esteróides & Turnera, 2011 (ARAUJO; LEMOS, 2015). Destaca-se ainda que essa planta tem sua flor reconhecida por lei como símbolo de Natal/RN (05350/2 de 17 de janeiro de 2002).

A relação entre demanda de consumo e produção de alimento conduz diretamente qual será disponibilidade dos produtos nos ambientes de comercialização. Existem vários entraves em produzir um alimento diverso, principalmente quando se é um/a agricultor/a familiar. O processo de produção de alimento com base na biodiversidade é, portanto, uma via que necessita de vários atores para ocorrer, além de incentivos governamentais, devido à sua capacidade de colaborar com a soberania alimentar nacional.

Além disso, mais estudos de composição nutricional, toxicidade e fatores nutricionais, também são de relevo para que plantas nativas e já conhecidas pela população tenham seu consumo estimulado, gerando uma demanda em feiras e mercados públicos.

Assim, provocar o debate sobre a forma de se alimentar, buscando tornar a pauta alimentação em assunto popular, desencadeia várias demandas na sociedade, destacando o: desenvolvimento de pesquisas científicas na área, pressões ambientais pela produção de alimento saudável e diverso e pressões econômicas impulsionadas por um consumo mais sustentável.

5. CONCLUSÃO

As redes de distribuição de alimentos têm um impacto direto sobre a dieta da        população. Essa pesquisa buscou mapear a oferta de PANC em mercados e feiras da       

(21)

cidade de Natal/RN, atestando na maioria dos espaços investigados. Todavia,        comparado com o potencial da biodiversidade alimentar local, essa oferta ainda é        pequena, restringindo o acesso da população a alimentos saudáveis e adequados do        ponto de vista ambiental e cultural. 

O investimento público em espaços de comercialização de alimentos, sobretudo        aqueles representativos da agricultura familiar, são peça-fundamental para criação de        ambientes alimentares saudáveis, rompendo com a lógica vigente do sistema alimentar,        promovendo ainda o desenvolvimento econômico de base local e a saúde ambiental.   

Estudos etnobotânicos em feiras são fundamentais para ajudar a compilar        conhecimentos de atores-chave do sistema alimentar, os/as agricultores/as, sobre plantas        comestíveis da biodiversidade local.  

Ações de Educação Alimentar e Nutricional que possam informar aos        consumidores sobre a diversidade de plantas disponíveis na região, bem como a        localização de mercados e feiras de agricultores familiares, podem ser uma forma de        colaborar para a promoção de dietas sustentáveis.   

A área de abrangência do cenário da pesquisa é um dos limites deste estudo.        Aumentar o número de coletas, incluindo, feiras e mercados não orgânicos e períodos        diferentes do ano, por exemplo, podem ajudar a ter um dado mais robusto acerca da        disponibilidade de PANC nas feiras e mercados. O investimento em pesquisas públicas        é fundamental para o desenvolvimento de estudos desta natureza, que desejam romper        com a lógica do sistema alimentar neoliberal.  

6. REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, U.P.; RAMOS, M.A.; JUNIOR, W.S.F.; MEDEIROS, P.M.

Ethnobotany for Beginners. ​Springer Briefs in Plant Science​.​ 2005.

ALBUQUERQUE, U.P.; CUNHA, L.V.F.C.; LUCENA, R.F.P.; NOBREGA, R.R.

Methods and Techniques in Ethnobiology and Ethnoecology. Springer New York

Heidelberg Dordrecht London. 2014

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ALHO, C.J.R. Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma perspectiva ecológica. ​Estudos Avançados​, vol.26, n.74 pp.151-166. 2012

ARAUJO, J.; LEMOS, J. Estudo etnobotânico sobre plantas medicinais na comunidade de Curral Velho, Luís Correia, Piauí, Brasil. ​Biotemas,​ v. 28, n. 2, p. 125. 2015.

Biodiversity International. Mainstreaming Agrobiodiversity in Sustainable Food Systems. Rome. 2017.

BYE, R. A.; LINARES, E. The role of plants found in the mexican markets and their importance in ethnobotanical studies. ​J​.​Ethnobiol​, v. 3, n. 1, p. 1–13. 1983.

FIDALGO, O.; BONINI, V. ​Técnicas de coleta, preservação e herborização

de material botânico.​ Brasília: Secretaria de Meio Ambiente. 1989.

Esteróides, F. E. Turnera, G. D. E. Turnera subulata, (2), 1–90. 2011. Disponível em < http://www.nutrir.com.vc/horta/Ficha_Turnera.pdf> Acesso em: Acesso em 20 de junho de 2019

FLORETINO, A.T.N.; ARAÚJO, E.L.; ALBURQUERQUE, U,P. ​Contribuição de

quintais agroflorestais na conservação de plantas da Caatinga, Município de Caruaru, PE, Brasil. ​Acta bot. bras​, v. 21, n 1, p 37-47. 2007

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APÊNDICE 1 - LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO DE PANC NA CIDADE DO NATAL/RN – Feiras

Dimensão A - Identificação do entrevistador

Nome: Data:

Tempo médio da entrevista: Local de coleta:

Dimensão B – Apresentação

Meu nome é ​(seu nome)​ sou pesquisador na área de Alimentação.

O objetivo desta entrevista é resgatar o conhecimento sobre as plantas que ainda que sejam comestíveis não são conhecidas pela maior parte da população. Essas plantas nós chamamos de PANC.

Sua identidade será preservada e os dados obtidos serão usados para nos ajudar a conhecer mais sobre esse assunto.

Somos muito gratos pela sua participação!

Dimensão C- Identificação do entrevistado

Nome completo:

Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino ( ) Outro Data de nascimento:

Renda familiar:

Você mesmo produz o que vende? Endereço:

Contato (e-mail e/ou telefone): Outro contato:

(26)

Dimensão D- Introdução ao tema 1.Você conhece alguma dessas plantas?

(1) (2)

EM CASO POSITIVO, ENCAMINHAR AS PERGUNTAS 2-5: EM CASO NEGATIVO, PULAR PARA A PERGUNTA 6: 2.Que nome você dá a elas?

(1) (2)

3.Quais dessas plantas você já comeu?

(1) (2)

4.Qual(is) parte(s) você comeu?

Fornecer orientação em caso de dúvidas: Exemplo: raiz, folha, flor, fruto, casca, raquete...

(1) (2)

5.Como foi o preparo?

Fornecer orientação em caso de dúvidas: crua, cozidas, assada...

6.Você tem alguma PANC para vender hoje? Quais?

Solicitar autorização para coletar

7.Você mesmo planta ou recolhe em algum lugar?

8.​ Qual (is) parte(s) dessas plantas você já comeu?

9. Como você prepara essa planta para comer (crua, cozida, assada, outras...)?

Fornecer orientação em caso de dúvidas: crua, cozidas, assada...

Referências

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