PRÉ-NATAIS
E MALFORIVIAÇOES
CONGÊNITAS
NO
6 U) v-‹ as pré nata F4 UFSC TO 0349 arin Hedwig a-sonográfc p-o oe utr l›-‹ TCC Stricke ,K
0:A
eraç" s Q-¡ vw am. l-‹ F-‹ ¢_› .-› _. N.Ch Au 0 T' *uKARIN
HEDWIG
STRICKER
ALTERAÇÕES
ULTRA-SONOGRÁFICAS
HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO
DA
UFSC
(1999-2001)
1-‹ 9825
2
›-‹ V 972 % V3 N UFSC BSCCSM "`! ›< LL!Trabalho
apresentado à Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
Universidade Federal de
Santa
Catarina
'
KARIN
HÍEDWIG
STRICKER
ALTERAÇOES
ULTRA
soNoGRÁF1cAs
PRÉ-NATAIS
E
MALFORMAÇÕES
CONGÊNITAS
No
Hos1>1TAL
UN1vERs1TÁR1o
DA
Urso
(1999-2001)
Trabalho apresentado
à Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina.Presidente
do Colegiado
do
Curso:
Prof.
Dr.
Edson
Cardoso
Orientadora:
Prof'
Dra.
Eliana
Ternes
Pereira
Co-orientadores:
Dra.
Miriam
Krieger
Tavares
da
Cunha
Melo
Dr.
Alberto
Trapani
Júnior
Florianópolis
Universidade Federal de
Santa
Catarina
AGRADECIMENTOS
A
meus
pais,Denis
Roberto Stricker e Loreta Martins Stricker,por
seuamor
epaciência,
por
seu espírito perseverante epor
manterem a
fé,em
si e nos outros.Por
haverem
aprendido e ensinado
com
a
adversidade e continuarem acreditandona
virtudeque
existeem
cada
pessoa.Por
haverem
estado presentes nas vidas de seus filhos,apoiando
eguiando
seus passos, durante todaa
jomada.
Enfim, por
guardarem
dentrode
sium
sentimento inatode
paternidade,
em
todas as suas manifestações.Aos meus
irmãos, Karoline Denise Stricker eDenis
Roberto Stricker Júnior,presentes maiores
de
minha
vida,por
trazerem luzaos
meus
dias.Por
seus elevados sonhosepor
estarem construindo meiospara
alcança-los. Pelas palavras de estímulo e,algumas
vezes, de repreensão, nos
momentos
em
queforam
necessárias, enquanto crescíamos juntos.Aos
familiares, presença constante nas doces lembranças deontem
ena
concretização
do
hoje,por
fortalecerem diariamente os laços que nos unem, sejana
alegriaou no
pesar.A
Helaine CristineKäsemodel
Ennulat,a
irmã
quea
vidame
trouxe,por
sera
prova
concretade que
a
verdadeiraamizade
suplantaa
distância enão
esmorececom
o
tempo, pelo contrario, alimenta-se dele.
A
ela e aosamigos
quecaminharam
ao
meu
lado atéas portas de Universidade,
mas
que
por
diversos motivosnão
puderam
compartilhar de perto0 dia-a-dia destes anos,
meus
sinceros agradecimentos.À
Dra. ElianaT
ernes Pereira, pela competência e dedicaçãocom
quedesempenha
suas atividades profissionais, pela oportunidade de realizar este trabalho e pelapaciência que teve
ao
orientá-lo.Por
manter
desperto seu lado cientista,sem
descuidar-seda
atenção
aos
seus pacientes.Aos
profissionais ligadosao Núcleo de
Genética Clínica,por
suaà
Federal de Santa Catarina,por
abraçarem
a
docência e aceitaremo compromisso
com
os alunosde
hoje, preparando-ospara
enfrentar as exigênciasda
profissão.A
Cristiane Eyng,Luciana
Goulartda
Silveira eFernanda Günther Ramos,
colegas mais
próximas
de Internato eamigas
para
uma
vida inteira, pelas palavras de apoio,pelo incentivo
nas
horasde
cansaço epor
manterem o
bom
humor
em
meio
a
dificuldadespessoais, plantões e tantos outros
compromissos
acadêmicos.A
Juliana Schmitz,Eduardo
Jorge, DeniseCaon
de Souza, Carla Feix, PatríciaBaretta e tantos outros insubstituíveis
amigos
conquistadosao
longo destes anos, queprovaram
inúmeras vezes quenão ha
dificuldade insolúvelquando não
se esta sozinho.Os
momentos
festivos, as reuniões,o
convivioem
sala de aula efora
dela deixam,em
cada
um
de nós,
marcas
que certamente serão longamente recordadas._
À
vida,por
nos apresentar tempestades e,ao
mesmo
tempo, maneirasde
transpo-las, fazendo de
cada
um
de nos melhores navegadores.“Os
grandes navegadoresdevem
sua reputação aos temporais e às tempestades. "Epicuro)
ABREVIATURAS
E
SIGLAS
... ..LISTA
DE
TABELAS
E
FIGURAS
SUMÁRIO
RESUMO
... _.SUMMARY
... .. 1INTRODUÇAO
... .. 2OEIETIVOS
... _. 3MÉTODO
... .. 4RESULTADOS
... .. 5DISCUSSÃO
... .. 6CONCLUSÕES
... ..REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..APÊNDICE
...ABREVIATURAS
E
SIGLAS
ECLAMC
=
Estudo Colaborativo LatinoAmericano
deMalformações
CongênitasHU-UFSC
=
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa CatarinaSPP
=
Serviço de Pesquisa de ProntuáliosI
=
malformações isoladasA
=
duas malformações associadasA'
=
trêsou
mais malformações associadasN
=
número
absoluto de casosCIUR
=
crescimento intra-uterino restritoLISTA
DE
TABELAS
E
FIGURAS
Tabela 1 - Distribuição das malformações, de acordo
com
segmentos anatômicosou
sistemas orgânicos acometidos e malformações associadas,
no
grupo de recém-nascidosno
HU-UFSC
portadores de malformações congênitas, de 01 de janeiro de1999
a 31 dedezembro
de 2001. ... .. 10Tabela 2 - Distribuição individual dos casos
com
alterações ultra-sonográficas fetais,no
grupo de recém-nascidos
no
HU-'UFSC
portadores de malformações congênitas, de 01 dejaneiro de 1999 a 31 de
dezembro
de 2001. ... .. 13Tabela 3 - Distribuição dos casos de alterações de líquido amniótico
em
exames
de ultra-sonograña obstétrica e resultados perinatais,
no
grupo de recém-nascidosno
HU-UFSC
portadores de malformaçoes congênitas, de O1 de janeiro de
1999
a 31 dedezembro
de2001. ... .. 14
Tabela 4 - Alterações fetais associadas a alterações de líquido amniótico evidenciadas
em
exames
de ultra-sonograña obstétrica e resultados perinatais encontrados,no
grupo derecém-nascidos no
HU-UFSC
portadores de malformações congênitas, de O1 de janeiro de1999 a 31 de
dezembro
de 2001. ... _. 15Figura 1 - Alterações
em
exames
de ultra-sonografia obstétrica e correlaçãocom
resultados pós-natais,no
grupo de recém-nascidosno
HU-UFSC
portadores demalformações
congênitas, de O1 de janeiro de1999
a 31 dedezembro
de 2001. ... .. 12Figura 2 - Consultas médicas
no
grupo de recém-nascidos portadores de malformaçõescongênitas,
sem
alterações ultra-sonográficas pré-natais.HU-UFSC,
O1 de janeiro de 1999a 31 de
dezembro
de 2001. ... .. 16RESUMO
O
presente estudo avaliou os registros clínicos das crianças nascidasno
HospitalUniversitário da Universidade Federal de Santa Catarina
(HU-UFSC)
e registradasno
EstudoColaborativo Latino
Americano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
no
período de 01de janeiro de 1999 a 31 de
dezembro
de 2001. Tratou-se de trabalho retrospectivo, descritivoe transversal,
no
qualforam
incluídos 365 recém-nascidos portadores de malformaçõescongênitas. Deste total,
280
crianças apresentaram malformações congênitas isoladas e 85duas
ou
mais malformações associadas.As
malformações mais freqüentemente encontradaslocalizaram-se
em
pele e fâneros (85 casos),em
face, olhos, orelhas epescoço
(57 casos) eem
sistema cardiovascular (56 casos).A
maioria dos recém-nascidos apresentoumalformações congênitas menores, que não são diagnosticadas através de ultra-sonografia
bidimensional.
Do
total de casos,44
apresentaram alteraçõesem
ultra-sonografias obstétricas.As
malformações identificadas foram: fenda labial; tumoração sacrococcígea; hidrocefalia,porencefalia, meningomielocele lombo-sacra e craniorraquisquise; linfangioma; seqüestro
pulmonar; seqüência de
prune
belb›, onfalocele, gastrosquise e atresia duodenal; cistoovariano, dilatação pielocalicial, rim multicístico, rim policístico e duplicidade ureteral;
amputações digitais e encurtamento de
membros
fetais e; hidropsia fetal.Em
um
caso defenda labiopalatina e
um
caso de seqüência deprune
belly nãohouve
correspondência exataentre os achados pré e pós-natais.
O
número
de consultas de pré-natal foi semelhante nosgrupos
com
esem
alterações ultra-sonográficas obstétricas.O
número
de ultra-sonografiasobstétricas realizadas foi maior
no
grupocom
alterações ultra-sonográficas.SUMMARY
This study evaluated the clinical records
of
childrenbom
at the University Hospital of theFederal University
of
Santa Catarina(HU-UFSC)
and registered in the LatinAmerican
Colaborative Study
of
Congenital Malformations(ECLAMC),
from
January the lst, 1999 toDecember
31”, 2001. It is a retrospective, descriptive and cross-sectional study, inwhich
there
were
enclosed 365malformed
newboms.
From
these,280
presented isolated congenitalmalformations and 85
two
ormore
associated malformations.The most
common
malformations
were
skin, teeth, hairand
nail anomalies (85 cases), face, eyes, earsand
neck
anomalies (57 cases) and cardiovascular system anomalies (56 cases).
The
majorityof
newboms
presented minor congenital malformations,which
can not be diagnosedby
bidimensional ultrasonography. Overall,
44
cases presented abnormalities in obstetric ultrasonographies.The
identified malformations were: clefi lip; sacrococcygeal mass;hydrocephalus, porencephaly,
meningomyelocele
and craniorraquischisis;lymphangioma;
extralobar sequestration;
prune
belly sequence, omphalocele, gastroschisis and duodenalatresia; ovarian cyst, hydronephrosis, multicystic kidney, policystic kidney and ureteral duplicity; digital amputations with short-limb anomalies and; hydrops fetalis. There
was
no
accurate correspondance
between
prenatal findings and perinataloutcomes
in one case of cleftlip with clefi palate and one case
of prune
belly sequence.The
number
of
appointments inprenatal care
was
similar in both groups with and without obstetric ultrasonographyabnormalities.
Women
in the prenatal ultrasonographyc abnorrnalities group underwentmore
ultrasonographyc scans.
i
INTRoii›UÇÃo
As
malformações,em
conjuntocom
as rupturas, deformações e displasias,fazem
parte dasanomalias
do
desenvolvimento. Tais anomaliaspodem
ocorrer tanto duranteo
períodoembrionário (até
o
fim
da 8asemana
de desenvolvimento) quanto fetal (da 9asemana
ao. 1 . . ,, . . .
nascimento), e a diferenciaçao entre estas entidades se faz de acordo
com
o processo originalde formação
do
tecidoou
órgão considerado e de acordocom
o
momento
do
desenvolvimentoem
que a anormalidade se instala.2Constitui
malformação
oçdefeito morfológico encontradoem
um
órgão, parte deum
órgãoou
regiao maiordo
corpo, decorrente deum
processo de desenvolvimento intrinsecamente anormal, o que significa dizer que, a partirdo
momento
da fertilização, o Órgãoem
questãojamais teve a oportunidade de originar
forma
ou
estrutura normais. Extrapolando suaconceituação literal,
o
termo écomumente
utilizado para referência tantodo
processo dedesenvolvimento quanto do resultado morfológico correspondente.3
De
outra fonna, sendoo
processo de desenvolvimento originalmente normal,porém
submetido a diferentes fatores,
podem
ocorrer as rupturas,como
observadoem
casos debridas amnióticas e defeitos de redução de
membros
causados por anomalias vasculares,2 e asdeformações. Nestas últimas, as alterações observadas
envolvem
aforma
ou
a posição deum
segmento
corpóreo, determinadas por forças mecânicas extrínsecasou
intrínsecas ao feto, aexemplo
da hipomotilidade determinada pela presença de alterações neurológicasf miopáticasou do
tecido conjuntivo fetal.2As
displasias, por sua vez, são alterações decorrentes da organização celular anormalem
um
tecido.O
termo se aplica a qualquer anormalidade histológica, independente de seupotencial neoplásico.
Ao
contrário do que se observaem
muitas das malformações, rupturas edeformações, as lesões displásicas usualmente
acometem
mais deuma
região corporalisolada, muito
embora
displasiasconfinadas
aum
órgão não sejam impossíveis de existir.3Nos
casos das anomalias múltiplas,ou
seja, daquelas que nãoocorrem
isoladamenteem
um
individuo, reconhecem-se ainda os padrões de seqüência, síndrome e associação.Na
seqüência,
um
único fatormecânico
reconhecidoou
presumido originaum
padrão deanomalias múltiplas.
Uma
malformação ou
ruptura, por exemplo, é capaz de dar origem aFigura 3 - Consultas médicas
no
grupo de recém-nascidos portadores de malformaçõescongênitas,
com
alterações ultra-sonográficas pré-natais.HU-UFSC,
O1 de janeiro de1999 a 31 de
dezembro
de 2001. ... ._ 16Figura 4 - Ultra-sonografias obstétricas realizadas
no
grupo de recém-nascidos portadoresde malformações congênitas,
sem
alterações ultra-soncgráficas.HU-UFSC,
O1 de janeirode 1999 a 31 de
dezembro
de 2001. ... .. 17Figura 5 - Ultra-sonografias obstétficas realizadas
no
grupo de recém-nascidos portadoresde malformações congênitas,
com
alterações ultra-sonográficas.HU-UFSC,
O1 de janeirode 1999 a 31 de
dezembro
de 2001. ... .. 17vez, é reconhecida nos casos
em
que as múltiplas anomalias encontradasno
mesmo
indivíduotêm
patogênesecomum,
sem,no
entanto, preencherem os cn`térios deuma
seqüência.A
associação, por fim, designa
um
padrão de desenvolvimentoem
que anomalias múltiplas são encontradasno
mesmo
indivíduo, de maneira não aleatória,porém
sem
manter patogêneseou
fator causal
em
comum.3
Outras anormalidades
do
desenvolvimento que não seenquadram
nestas definições porserem de natureza quantitativa, e não qualitativa,
dizem
respeito aonúmero
etamanho
dascélulas contidas nos tecidos considerados. Hipoplasia e hiperplasia designam,
respectivamente, subdesenvolvimento e superdesenvolvimento tissular
ou
deum
órgão,determinado pela alteração
do
número
de células; hipotrofia e hipertrofiadesignam
alteraçãodo
desenvolvimento para maisou
para menos, que se faz às custasda
reduçãoou do aumento
do
tamanho
celular,do
tecidoou do
órgão; agenesia designa a falta deum
segmento
corporaldevida à ausência primordial deste; aplasia designa a ausência de
um
segmento
corporal porfalta de desenvolvimento deste, havendo,
no
entanto, potencial primordial para seudesenvolvimento; e atrofia designa redução de
massa
tecidualou
de órgãonormalmente
desenvolvidos,
em
virtude deum
decréscimono
tamanho ou no
número
das células que oscompõem.3
'Quaisquer destas anormalidades,
quando
presentes ao nascimento, sãodenominadas
congênitas,
do
latim congenitus, que significa nascido com, independentedo
momento
gestacional
em
que ocorreramou
de possuir caráter hereditárioou
não.É
importante ressaltarque
nem
todo traço genético é congênito,da
mesma
forma que
nem
todo traço congênito é,necessariamente, genético.4
As
malformações congênitas, portanto,em
sentido lato, são as anormalidades naforma
ou
estrutura de órgão, tecido
ou segmento
corporal, resultantes de morfogênese intrinsecamenteanormal e possíveis de serem identificadas já ao nascimento. Elas
podem
ser classificadascomo
maioresou
menores,dependendo
de sua implicação clínica, cirúrgicaou
estética parao
indivíduo que a apresenta.
As
maiores são aquelasque
requerem tratamentomédico
e/oucirúrgico
ou
quepossuem
significante valor estético, enquanto asmenores
não trazem maiorestranstornos, sob aspecto orgânico
ou
social, ao indivíduos Apesar de não acarretarem déficitno
desenvolvimento nonnal edesempenho
das funções orgânicas habituais, asmalformações
menores
devem
receber atenção namedida
em
que, na presença de doisou
mais defeitos3
dos neonatos.
Nos
neonatos que apresentam trêsou
mais defeitos menores, os quaiscorrespondem a cerca de
0,5%
do
total de neonatoscom
anomalias menores,6 o risco demalformação
maior associada se eleva,7podendo
variar deaproximadamente
20%6° 8 a até90%, dependendo do
estudo consideradoóO
diagnóstico de tais malformações, por estarem presentes ao nascimento, é passível deser monitorado pelo ato de proceder ao
exame
fisico completo do recém-nascido.As
malformações, de
modo
geral, são encontradasem
cerca de1,5%
a 4%8' 9 dos nascidos vivos,segundo dados de literatura intemacional, estando implicadas, entretanto,
em
cerca de15%
a30%
das hospitalizações pediátricas registradas nos Estados Unidos,9 acarretando grande ônuseconômico
para o Estado.Além
disso, ao se considerar as malformações congênitas identificadas entre os óbitos neonatais, o índice de malformações identificadas sobe para22%, chegando
a18%
entre osnascimentos prematuros e a
26,9%
dentre os natimortos.8Quando
se consideram asmalformações decorrentes de anomalias cromossômicas, verifica-se que correspondem a
0,4%
dos nascidos vivos malformados. Dentre os natimoitos e os abortamentos espontâneos este índice eleva-se,
com
freqüência estimada deaproximadamente
50%
neste último grupo.A
anormalidade mais
comumente
encontrada nestes casos, segundo a literatura, é a síndrome deTumer
(cariótipo 45, X0), quepode
estar presenteem
cerca de20%
dos abortamentosespontâneos, ao passo que é verificada
em
apenas0,6%
dos nascidos vivos.”Comparativamente, a mortalidade perinatal é de
2%
na população normal, enquanto atingeíndice de
25,2%
dentre os recém-nascidosmalformadosg
Mesmo
entre os nativivos e aqueles que nãoevoluem
a Óbito, o índice de4%
deindivíduos portadores de malformações congênitas chega a
6%
em
crianças de até 2 anos deidade e a
8%
em
crianças aos 5 anos de idade,em
função da identificação tardia demalformações
congênitas internas.2Ainda
assim,em
estudo realizado a partir de 10.000nativivos portadores de malformações congênitas,8 observou-se que apenas
43%
de todas asmalformações congênitas maiores consideradas foram observados ao nascimento e
82%
delasforam
diagnosticadas até os 6meses
de vida destas crianças.No
Brasil, dados fomecidos pelo Ministério daSaúde
registram 9.468 Óbitos decorrentesde malformações congênitas e anomalias cromossômicas, de
um
total de 938.658 óbitos,no
ano de 1999.
No
ano 2000, registrou-se 9.792 óbitos por este motivo, deum
total de 946.392Dados
referentes àAmérica
Latinapodem
ser acessados nos registros do EstudoColaborativo Latino
Americano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
programa
este iniciadono
ano de 1967,com
o objetivo de realizaruma
vigilância clínica e epidemiológicaacerca das malformações congênitas. Trata-se de
um
programa
que opera por metodologiado
tipo caso-controle,
em
que são descritos os casos de recém-nascidos portadores demalformações congênitas e os aspectos pré-natais e neonatais a eles relacionados,
como
idadematerna, uso de substâncias exógenas durante a gestação, realização de
acompanhamento
pré- natal (incluindo a realização de ultra-sonografias durante a gestação), consangüinidade entreos genitores e história familiar de malformações congênitas, entre outrosn' 13
Os
casos são identificados apóso
nascimento,em
sua maior parte, através da execução deexame
fisicodo
recém-nascido. 12
Muito embora
as malformações congênitas sejam identificadas, conceitualmente, aonascimento, os avanços tecnológicos operados nas últimas décadas possibilitaram os
diagnósticos pré-natais de tais condições,
dando
margem
as mais amplas aplicações desteconhecimento.
Os
procedimentos disponiveis incluem ultra-sonografia, ecocardiografia fetal,amniocentese, coleta de vilosidades coriônicas, cordocentese, biópsia fetal e embrioscopia,
além de dosagens bioquímicas séricas maternas,
como
alfa-fetoproteina, fração beta dagonadotrofina coriônica
humana
e estiiol não conjugado, para o rastreamento inicial dosdefeitos de fechamento do tubo neural e/ou síndrome de
Down.”
Usualmente, cadamétodo
pode
sercomplementado
por outro,no
sentido de aumentar a sensibilidade e a especificidadediagnósticas.
A
ultra-sonografia é técnica que consiste na utilização de ondas sonorasem
altafreqüência, para a formação de imagens.
A
partir de sua introduçãocomo
método
deinvestigação complementar, teve uso rapidamente disseminado na prática clínica, por tratar-se
de técnica não invasiva, pelo
refinamento
tecnológico que veio apresentandono
decorrer dosanos, principalmente
no
tocante aos detalhes quepodem
ser visualizados, e à facilidadeno
uso inerente ao equipamento.”
O
uso inicial da ultra-sonografiacom
fins obstétricos e, mais especificamente, para diagnóstico pré-natal, remonta ameados
da década de 1950,momento
em
que são publicados os primeiros estudos relatando a visualização da placenta edo
pólo cefálico fetal,15bem como
a relação entreo
diâmetro bi-parietal e a idade gestacional” e a identificação de gestação gemelar.Ao
final dos anos 70,tomou-se
cada vez mais evidenteque
o
feto era, maisdo
que5
um
prolongamentomatemo,
um
ser independente desta, àmedida
que diferentes parâmetrosligados direta
ou
indiretamente a elepassam
a ser avaliados.” Nestemomento,
asmalformações fetais maiores
começaram
a ser visualizadas,mas
foi a partir da décadade
1980 que se expandiu
0
conceitodo
diagnóstico pré-natal das malformações congênitas.”Atualmente, suas aplicações estendem-se desde a verificação
da
viabilidade gestacionalaté a localização placentária e fetal, o acesso às condições morfológicas fetais,
além
depropiciar orientação visual
em
procedimentos invasivoslõ' 17 Para oexame
fetalem
busca demalformações, ao lado da ultra-sonografia pura e simples, por assim dizer, sugiram a
ecocardiografia fetal, cujo desenvolvimento remonta ao início dos anos 70, e a associação da
ultra-sonografia ao efeito Doppler, por volta
do
inícioda
década seguinte. Inicialmente,o
usodo
Doppler, técnicaque
visa a análisedo
fluxo
sanguíneo fetal, era restrito à artéria umbilical;subseqüentemente, passou a prestar-se para a avaliação de detemiinadas anomalias cardíacas
e vasculares congênitas,
como
estenose valvar aóitica e fechamento prematurodo
ductoarterioso fetal.”
Ainda
assim,mesmo
isoladamente, estima-seque
a ultra-sonografia seja capaz de detectaraproximadamente 70
a80%
das malformações maioresdo
feto. 14' 18' 19 Para tanto, deve-se pesar fatorescomo
a qualidade técnicado
equipamento, a experiênciado
operador, a acuidadediagnóstica e o
tempo
despendido para a realizaçãodo
exame,bem como
omomento
gestacional
em
que
oexame
é realizado.Assim, até a 14”
semana
de amenorréia,ou
seja,no
primeiro trimestre gestacional, épossível identificar
o número
de embriões, sua vitalidade, o pólo cefálico, a coluna vertebral e osmembros
fetais.A
medida da
translucência nucal, preferencialmente entre a ll” e a 14asemanas
de amenorréia,tem
valorcomo
exame
não invasivo inicial parao
rastreamento deanomalias congênitas determinadas principalmente por alterações cromossôn1icas.2°'21'22
Da
17” a 20”semana
gestacional, torna-se identificável a face fetal,bem como
a paredeabdominal,
o
diafragma, o estômago, a bexiga, os órgãos genitais extemos, osmembros
e asextremidades fetais.
As
estruturas cerebrais, tórax, coração, abdome, aparelho digestivo e rinspassam
a ser visualizados entre20
a24
semanas de gestação, ao passo que anomaliasesqueléticas, incluindo displasias, e cistos ovarianos,
tomam-se
identificáveis posteriormentena gestação,
com
28
a32 semanas
de amenorréials Nestemomento,
cerca de6%
dos casos detrissomia
do
cromossomo
21,85%
dos defeitosde
fechamentodo
tubo neural e quase100%
Entretanto,
mesmo
respeitando-se estes limites temporais, ocasionalmente as imagensultra-sonográfrcas
podem
ser influenciadas por condiçõescomo
a posição fetal, ovolume
delíquido amniótico e a obesidade materna, impedindo a
adequada
visualização deuma
estrutura específrcalóApós
a identificação inicial demalformação
fetal à ultra-sonografia, ehavendo
indicação, é possível lançarmão
demétodos
diagnósticos invasivos, visandocomplementar
ainformação previamente obtida. Esta prática tende a reduzir o
número
de diagnósticos falso-positivos e falso-negativos de
malformações
fetais,com
todas as implicaçõesque
os seguem.A
partir da confirmação demalformação
fetal, torna-se possível adotarmedidas
durante agestação visando garantir a integridade fetal, planejar o melhor
momento
e a via de parto paraeste feto,
bem como
sua recepçãono
período neonatal, fomecendo-lhe cuidados que possibilitem sua sobrevivência.7” 23” 24 Ainda,dependendo do
caso, tem-se aopção
de partirpara terapêutica fetal,
quando
possível,14ou
para o abortamento,quando
legalizado(TORRES,
1997; S/p).”Diante deste contexto, a ultra-sonografia aplicada a obstetrícia
assume
sua posição, namedida
em
que abreuma
janelano
sentido depromover
tanto o bem-estar fetal quanto2
OBJETIVOS
O
presente estudotem
como
objetivos:Verificar a freqüência global de malformações congênitas, encontradas
em
recém-nascidos
no
Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina(HU-
UFSC),
na cidade de Florianópolis,no
Estado de Santa Catarina, Brasil, identificadospelo Estudo Colaborativo Latino
Americano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
no
período compreendido entre 01 de janeiro de1999
e 31 dedezembro
de 2001.
Verificar as alterações identificadas durante a realização de
exames
ultra-sonográficosobstétricos, enquanto parte
do acompanhamento médico
pré-natal, dentre as criançasportadoras de
malformações
congênitas nascidasno
HU-UFSC,
na cidade deFlorianópolis, Santa Catarina, Brasil, incluídas
no
ECLAMC,
de O1 de janeiro de 1999a 31 de
dezembro
de 2001, e compará-las aos achados pós-natais.Adicionalmente, verificar o
número
de consultas médicas e de ultra-sonografias3
MÉTODO
3.1
Delíneamento do
estudoO
presente trabalhotem cunho
retrospectivo, descritivo e transversal, sendo a coleta dosdados realizada a partir de registros
do
Estudo Colaborativo LatinoAmericano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
referentes ao Hospital Universitário da UniversidadeFederal de Santa Catarina
(HU-UFSC).
A
coleta inicial dos dados foicomplementada
porpesquisa, nos prontuários médicos referentes aos casos avaliados, de informações relevantes
para o desenvolvimento deste trabalho.
3.2 Local
A
elaboraçãodo
presente trabalho deu-se através da análise dos protocolosdo
ECLAMC,
desenvolvido pelo
Núcleo
de Genética Clínicado
HU-UFSC,
situado na cidade deFlorianópolis, Santa Catarina, Brasil.
As
informações adicionaisforam
obtidas por intermédiodo
Serviço de Pesquisa de Prontuários (SPP), situadono
mesmo
Hospital.3.3 Casuística
Foram
considerados para inclusãono
presente trabalho todos os recém-nascidosportadores de
malformações
congênitas, nativivos de qualquer peso e natimortoscom
pesoigual
ou
superior a 500 gramas, nascidosno
HU-UFSC
e registradosno
ECLAMC,
no
período de O1 de janeiro de
1999
a 31 dedezembro
de 2001.A
presença de malformaçõestanto externas quanto internas foi considerada para inclusão.
Foram
incluídostambém
os recém-nascidossem
anormalidades visíveis ao nascimento,porém
com
exames
de ultra-sonografia obstétrica alterados,tomando
em
consideração osparâmetros normais para o exame, por ser este
um
dos objetivosdo
presente trabalho.3.4
Procedimentos
Todos
os recém-nascidos inclusos neste trabalho foram formalmente registradosno
ECLAMC
após assinatura de termo de consentimento esclarecido próprio, por seu responsável legal.9
As
descrições das anomalias apresentadas pelos recém-nascidos incluídos foraminicialmente coletadas a partir dos registros dos protocolos de investigação
do
ECLAMC,
conforme
definidoem
seuManual
Operacional” (Apêndice 1).Dos
mesmos
protocolos deinvestigação, foram coletadas as informações acerca de
exames
de ultra-sonografia obstétrica realizados duranteo
seguimento pré-natal destas crianças (anormalidades encontradas enúmero
deexames
realizados),bem como
do
número
de consultas médicas deacompanhamento
pré-natal executadas,no
grupo de recém~nascidos considerado.Nos
casosem
que as informações contidas nos protocolos de investigação mostraram-seincompletas
ou
insuficientes, foi realizada a recuperação dos prontuários médicos, junto aoServiço de Pesquisa de Prontuários (SPP)
do
HU-UFSC.
Os
dados coletadosforam
apresentados sob aforma
de Tabelas e Figuras, segundodiversas variáveis. Optou-se por expressar as freqüências
em
valores absolutos,em
função do4
RESULTADOS
O
presente estudo avaliou as fichas clínicas e os prontuários de 365 recém-nascidosno
Hospital Universitário
da
Universidade Federal de Santa Catarina(HU-UFSC),
no
períodocompreendido
entre 01 de janeiro de 1999 e 31 dedezembro
de2001
e integrantesdo
EstudoColaborativo Latino
Americano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
na categoriamalƒormados.
Os
resultados iniciaisdizem
respeito à distribuição geral dasmalformações
congênitas,
conforme
disposto na Tabela 1.TABELA
1-
Distribuição
das
malformações, de acordo
com
segmentos
anatômicos
ou
sistemas
orgânicos
acometidos
emalformações
associadas,no
grupo de recém-nascidos
no
HU-UFSC
portadores
de
malformações
congênitas,
de
01
de
janeirode
1999
a 31
de
dezembro
de
2001.
LOCALIZAÇÃO
DA
NÚl\/IERO
DE
CASOS
MALFORMAÇÃQ
(1) (A) (A°)Face, olhos, orelhas e pescoço 57 37 53
Pele e fâneros 85
22
08Sistema nervoso 10 04 11
Sistema cardiovascular 56 21
09
Sistema respiratório 01
00
00
Sistema digestivo e parede abdominal 14
O4
09Sistema genito-urinário
40
09
17Sistema musculo-esquelético 17 15 21
TOTAL
280
112 128Na
Tabela: (1) = malformações isoladas; (A) = duas malformações associadas; (A') = três ou mais malformaçõesassociadas. As malformações estão expressas
em
valores absolutos.Fonte: Núcleo de Genética Clínica do
HU-UFSC
(1999-2001).Na
Tabela 1, as malformações de face, olhos, orelhas epescoço englobam
fendas labiaisll
hipertelorismo ocular, microfialmia, fossetas e apêndices pré-auriculares, fossetas peri-orais,
dente neonatal, micrognatia, retrognatia, microstomia, alterações
na forma
e posicionamento dos pavilhões auriculares, pescoço alado e fosseta cervical.Na
mesma
tabela, o item pele e fáneros inclui nevos hipercrômicos,manchas
cafécom
leite, hipertelorismo mamário, fosseta sacral, tumoração sacrococcígea,
mecha
de cabelohipocrômica, implantação baixa de cabelos, apêndices cutâneos e hipoplasias ungueais, dentre
outros.
Os
nevos hipercrômicos foram as anomalias isoladas mais freqüentemente encontradasno
gmpo
de recém-nascidos analisados (57 casos, deum
total de280
casos).Sob
a classificação sistema nervoso encontram-se microcefalia, hidrocefalia (associadaou
não a anencefalia), meningomielocele, craniorraquisquise, e porencefalia, dentre outras.
As
anomaliasdo
sistema cardiovascularcompreenderam comunicação
interventricular,comunicação
interatrial, estenoses valvares, transposição de grandes vasos, tetralogia deFallot,
hemangiomas,
artéria umbilical única,higroma
cístico e linfangioma, dentre outras.A
identificação de sopro cardíaco durante o
exame
fisicodo
recém-nascido foi a principalindicação de investigação clínica complementar; os casos
em
que não foi possível recuperar odesfecho de tal investigação
foram
considerados cardiopatiasa
esclarecer.O
único caso demalformação do
sistema respiratório identificada consistiuem
seqüestropulmonar, enquanto hipótese diagnóstica por
meio
de ultra-sonografia pré-natal,sem
outrasmalformações
identificadas ao nascimento,no
recém-nascidoem
questão.As
malformações de sistema digestivo eparede abdominal
consistiramem
atresia deesôfago, atresia duodenal, gastrosquise, onfalocele, agenesia da musculatura abdominal, ânus
ectópico, ânus imperfilrado, ñstula reto-vaginal, fistula reto-vesical e atresia de reto.
Dentre as malformações de sistema genito-urinário, encontram-se hidrocele, hérnia
escrotal, distopia testicular, hipospádia, epispádia, rim multicístico e policístico, dilatação
do
sistema pielo-calicial, duplicidade de vias coletoras, cisto ovariano e genitália ambígua.
As
anomaliasdo
sistema musculo-esquelético incluíram alterações de quirodáctilos(camptodactilia, clinodactilia, sinal
do
gatilho, artrogripose e sinalda
sandália), polidactilia pós-axial, agenesia e hipoplasia de polegar, sindactilia, pé torto congênito,amputação
digitale redução de
membros. Por
sinaldo
gatilho depreende-seflexão
fixa
da
articulaçãointerfalangiana
do
hálux e, por sinalda
sandália, afastamento lateraldo
hálux.A
classificação das malformaçõescomo
associadas (A) engloba duas malformaçõesentre si. Nesta categoria foram incluídos casos
em
que foi verificada a existência denevo
efosseta pre'-auricular
ou
distopia testicular e artéria umbilical única, por exemplo.A
classificação trêsou mais malformações
associadas (A') foi disposta à parte dasmalformações associadas (A),
em
virtude das relações entre onúmero
de malformaçõesmenores
e o risco de existência demalformação
maior,no
mesmo
indivíduo, e entre múltiplasmalformações e anormalidades cromossômicas, referidas pela literatura.”
A
ultra-sonografia obstétrica foi realizadaem
329
gestantes, o que corresponde auma
taxade realização
do
exame
de 90,13%. Deste total,44
casos apresentaram alterações,conforme
demonstrado na Figura 1. 2 5 - Alteração fetal Número absoluto de casos 20
I
Alteração de volume de líquido amniótico
l
III Alteração fetal e de volume de líquidoamniótico
CI Alteração placentária
Alteração ultra-sonográfica
FIGURA
1 - Alteraçõesem
exames de ultra-sonografia obstétrica e correlaçãocom
resultados pós-natais, nogrupo de recém-nascidos no
HU-UFSC
portadores de malformações congênitas, de 01 de janeiro de 1999 a 31de dezembro de 2001. Os casos estão dispostos
em
valores absolutos.Fonte: Núcleo de Genética Clínica do
HU-UFSC
(1999-2001).Na
Figura 1, o item alterações fetais diz respeito aosexames
de ultra-sonografiaobstétrica
em
que não foram encontradas alterações outras senão aquelas visualizadasdiretamente
no
feto. Neste item não estão incluídas as alterações fetais associadas a alteraçõesde
volume
de líquido amniótico, fossemambas
as condições relacionadasou
não. Estasituação foi inclusa sob a classificação alteração fetal e de volume de líquido amniótico.
Os
casosem
que foram identificadas alterações apenas fetais encontram-se dispostos, de13
TABELA
2-
Distribuição individualdos
casos
com
alterações ultra-sonográficas
fetais,no
gmpo
de recem-nascidos
no
HU-UFSC
portadores
de
malformações
congênitas,
de
0lde
janeirode I999
a 31de
dezembro
de
2001.
LocALizAÇÃo
DA
MALFORMAÇÃO
N
/face - fenda labiopalatina; síndrome deVan
derWoude
OlPele e_ƒânero.s' - tumoração sacrococcigea 01
Sistema nervoso - dilatação ventricular cerebral e porencefalia Ol
hidrocefalia 02
mielomeningocele lombo-sacra 01
hidrocefalia e mielomeningocele lombo-sacra 01
.S`i.s'lcn¡a ca›'a'iava.s"c1:/ar - linfangioma 01
Sistema respiratório - seqüestro
pulmonar
01Pa/'cê/e a/›a'0mi/la/ - seqüência de
prime
helly 01onfalocele 03
gastrosquise O2
Si.s'/e/mz ner\'0.s'‹› c
parede
aha'‹›/nina/ - craniorraquisquise e onfalocele 0]Sistema genito-urinário - cisto ovariano 02
dilatação pielocalicial O3
cistos renais e duplicidade de vias excretoras Ol
Sistema musculo-esquelético - ausência de dedos
em
pé emão
esquerdos; interrogado O1envolvimento por banda amniótica
Y'/'an.s'lucência nuca/ alterada 01
( 'ilogenética pré-natal - trissomia
do
cromossomo
21 O1Na Tabela:
N
= número absoluto de casos.Fonte: Núcleo de Genética Clinica do
HU-UFSC
(I999-2001).Na
Tabela 2, amalformação
de face identificada no pré-natal foi fenda labial, sendoconstatada ao nascimento fenda labiopalatina. Coin referência ao caso da seqüência de
prune
bellv, tratava-se de gestação gemelar, sendoum
dos fetos normal e o outro malformado. Nesteforam realizadas punção vesical, sendo drenado 1800 ml de urina, e abdominal. Serido
abdominal,
em
um
dos recém-nascidos que apresentavam onfalocele a investigaçãocomplementar
pós-natal identificou trissomiado
cromossomo
18. Por fim,no
caso detranslucência nucal alterada (4,6
mm)
foi realizado cariótipo fetal, a partir de material obtidopor biópsia de vilosidades coriônicas.
O
cariótipo encontrado foi normal e a única alteração identificadano
recém-nascido foimanobra
de Ortolani positiva.Na
Tabela 3 encontram-se os casoscom
alterações novolume
de líquido amniótico,sem
detecçao de anormalidades fetais.
TABELA
3-
Distribuição
dos
casos
de
alteraçõesde
liquidoamniótico
em
exames
de
ultra-sonografia
obstétrica eresultados
perinatais,no
grupo de
recém-nascidos
no
HU-UFSC
portadores
de
malformações
congênitas,
de
01
de
janeiro
de
1999
a
31
de
dezembro
de
2001.
ALTERAÇÃO
PRÉ-NATAL
RESULTADO
Pós-NATAL
Oligodrâmnio Micrognatia e palato ogival
Oligodrâmnio Microcefalia isolada; estenose de abertura piriforme
Oligodrâmnio Sopro cardíaco;
comunicação
intewentricularOligodrâmnio Sopro cardíaco a esclarecer
Oligodrâmnio e
CIUR
Sopro cardíaco a esclarecerOligodrâmnio e
CIUR
Artéria umbilical única e fenda palatinaOligodrâmnio e
CIUR
Manobra
de Ortolani positivaOligodrâmnio Múltiplas malformações
no
neonato, cariótipo 46,XX
Polidrâmnio Distopia testicular e fosseta sacral
Polidrâmnio Múltiplas malformações
no
neonato, compatívelcom
trissomia
do
cromossomo
13; Óbito neonatalNa
Tabela:CIUR
= crescimento intra-uterino restrito.Fonte: Núcleo de Genética Clínica do 1-IU-UFSC (1999-2001).
Na
Tabela 3, as múltiplas malformações verificadasno
recém-nascidoem
que
foiregistrado oligodrâmnio incluíram epicanto, alterações
no
posicionamento dos pavilhões15
malformações observadas
no
recém-nascidoem
que havia polidrâmnio incluíram,hipertelorismo ocular, alterações
no
posicionamento de pavilhões auriculares, fendalabiopalatina, pescoço alado, distopia testicular, ânus imperfurado e
higroma
cistico, dentreoutras. Ainda,
em
02
dos casos de oligodrânmio havia registro de ruptura demembranas
ovulares e conseqüente perda líquida.
Além
da alteraçãodo volume
de líquido amniótico,em
03 dos casos havia registro de crescimento intra-uterino restrito, o qual não
configura
malformação
fetal.Na
Tabela 4 estão dispostos os casosem
que
a avaliação ultra-sonográfica pré-natalidentificou alterações tanto fetais quanto de
volume
de líquido amniótico, os quaisperfizeram
O8 casos.
TABELA
4
-
Alterações
fetaisassociadas
a
alteraçõesde
volume
de
líquidoamniótico
evidenciadas
em
exames
de
ultra-sonografia
obstétrica eresultados
perinatais
encontrados,
no
grupo de recém-nascidos
no
HU-UFSC
portadores
de
malformações
congênitas,
de
01
de
janeirode
1999
a 31
de
dezembro
de 2001.
ALTERAÇÃO
PRÉ-NATAL
RESULTADO
Pós-NATAL
Oligodrâmnio severo, rim fetal multicístico;
CIUR
Rim
multicísticoOligodrâmnio severo e rins fetais policisticos, Rins policísticos
com
aumento
bilateral devolume
emegabexiga
Oligodrâmnio severo; interrogada gastrosquise Seqüência de
prune
bellyOligodrânmio e hipótese de banda amniótica
Amputação
de hálux e pé tortocongênito
Polidrâmnio e encurtamento dos
membros
fetais Encurtamento rizomélico bilateralde
membros
superiores e inferioresPolidrâmnio, hidropsia fetal, partes fetais Múltiplas malformações
no
neonato; subdesenvolvidas eaumento do
tônus fetal óbitocom
3 horas de vidaPolidrâmnio e atresia duodenal Atresia duodenal
Polidrâmnio e encurtamento de
membros
fetais AcondroplasiaNa
Tabela:CIUR
= crescimento intra-uterino restrito.Na
Tabela 4, as anomalias identificadasno
recém-nascidocom
malformações múltiplasforam implantação baixa de orelhas, micrognatia, pescoço curto, hipertelorismo ocular, palato
em
ogiva e camptodactilia.A
análisedo
cariótipo deste recém-nascido identificou tratar-se decriança
do
sexo feminino,com
segmento
extrano
cromossomo
21 (46XX,
21p+).O
único caso demalformação
identificadano
periodo neonatal cursandocom
alteraçãoplacentária consistiu
em
fosseta pré-auricular. Neste caso, a primeira ultra-sonografiarealizada na gestação evidenciou área de descolamento
em
bordo placentário, não confirmadaem
exame
subseqüente.Os
dados referentes aonúmero
de consultas clínicas realizadas duranteacompanhamento
pré-natal,
em
relação à presençaou
à ausência de alteraçõesem
exames
de ultra-sonografiaobstétrica, encontram-se dispostos nas Figuras 2 e 3.
Número
de consultas realizadas nogmpo
sem alterações ultra-souográficasNúmero de casos ›-1 5) LH ‹B LI! O\ O O O O O O O ÉÉÍÍOÉ Í. ...- ¡ii- II-Í Ii
Fr* z. Ji: .:¿'4í:‹ ;.j_Íz -1^:ê I-ífšâ «E .-.J AE' 4155'
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ll 12 13 14 15 Ignorado
Número de consultas
FIGURA
2 - Consultas médicas no grupo de recém-nascidos portadores de malformações congênitas, semalterações ultra-sonográficas pré-natais. HU-UFSC, 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2001.
Fonte: Núcleo de Genética Clínica do
HU-UFSC
(1999-2001).Número
de consultas realizadas no grupocom
alterações ultra-sonográficasode casos ¢~ za
E
ZÉ 4I
I
.s _ ___ __ _ ~^ _ , › , r _ ›.-, ._'_;í' .z.-11; 1 _, L-sf, }_?!_ __,z^."..l_ _l¿-“ff 0 l 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ll 12 13 14 15 Ignorado Númer O IQ Número de consultasFIGURA
3 - Consultas médicas no grupo de recém-nascidos portadores de malformações congênitas, comalterações ultra-sonográficas pré-natais. HU-UFSC, 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2001.
17
Na
Figura 2 observa-se que, nãohavendo
alterações nosexames
de ultra-sonografiaobstétrica, a maior parte das gestantes realizou 07 consultas durante o pré-natal,
correspondendo a 18,09%, de
um
total de304
casos de gestantes que realizaram pelomenos
O1 consulta.
Em
09
destes casos não havia o registro donúmero
de consultas realizadas.Na
Figura 3 observa-se que na maior parte dos casos
com
anormalidade ultra-sonográfica(20%
das gestantes, dentre
40
casos registradoscom
acompanhamento
pré-natal), as gestantesrealizaram
06
consultas de pré-natal. Neste grupo,em
03 casos não havia registro donúmero
de consultas realizadas.
Em
ambos
os grupos onúmero
de consultas variou de O a 15.As
informações a respeitodo
número
deexames
de ultra-sonografia obstétrica realizadoscomo
partedo
acompanhamento
pré-natal, na presençaou
ausência de alteraçõesem
exames
de ultra-sonografia obstétrica,
podem
serobsewados
nas Figuras 4 e 5.Número
de exames realizados no grupo sem alterações ultra-sonográficas125 /1 Número de casos I~J UI . I i 0 l 2 3 4 5 Ó 7 8 9 l O IQIOTHÕO Número de ultra-sonografias
FIGURA
4 - Ultra-sonografias obstétricas realizadas no grupo de recém-nascidos portadores de malfom1açõescongênitas, sem alterações ultra-sonográficas. HU-UFSC. 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2001. Fonte: Núcleo de Genética Clínica do
HU-UFSC
(1999-2001).Número
de exames realizados no grupocom
alterações ultra-sonográficasúm casos i ero de
N
t ._ 1- tz Q i " 1 ,_-_7:- z: 'izfz _ .ƒ_:§' O l 2 3 4 S 6 7 8 9 10 Ignorado Número de ultra-sonograñasFIGURA
5 - Ultra-sonografias obstétricas realizadas no grupo de recém-nascidos portadores de malformaçõescongênitas, com alterações ultra-sonográficas. HU-UFSC, 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2001. Fonte: Núcleo de Genética Clinica do
HU-UFSC
(1999-2001).Na
Figura 4 observa-se que, na ausência de alterações ultra-sonográficas pré-natais, amaior parcela das gestantes realizou 01
exame
de ultra-sonografia obstétrica durante 0 pré-natal, correspondendo a 39,58%, de
um
total de288
gestantes quecomprovadamente
realizaram
no
mínimo
01 ultra-sonografia obstétrica.O
número
de ultra-sonografias obstétficas foi variável de O a 10.Em
16 destes casos não havia registrodo número
de ultra-sonografias obstétricas realizadas durante o
acompanhamento
pré-natal.Na
Figura 5 observa-se que nos casosem
que havia anormalidade ultra-sonográficaidentificada, a maior parte das gestantes (0 que equivale a 29,26%, de
um
total de 41 casoscom
registro de realizaçãodo exame)
realizou 03 ultra-sonografias obstétricas ao longo dopré-natal. Neste grupo, 0
número
de ultra-sonografias obstétricas realizadas variou de O1 a O7,5
DISCUSSÃO
Em
estudo avaliando4120
crianças nascidasno
Hospital Universitário da UniversidadeFederal de Santa Catarina
(HU-UFSC)
e registradas pelo Estudo Colaborativo LatinoAmericano
deMalformações
Congênitas(ECLAMC),
entre 01 demaio
de 1998 e30
desetembro de 2000, observou-se
uma
fieqüência de malfonnações congênitas de 8,98 para cada10.000 nascimentos. Nesta freqüência estão incluídos os casos de
manobra
de Ortolanipositiva,26 os quais
foram
excluídosdo
presente estudo, salvo na presença de alteração ultra-sonográfica pré-natal.
Naquela
série, observou-seque
77,84%
dos recém-nascidosapresentavam
malformação
isolada.26 Índice semelhante é relatado por I-Iimmetoglu et al(1996),27 que analisou
9160
neonatosno
período de 1988 a 1995, observandouma
freqüênciade
86,3%
de malformações isoladas, sendo a maior parte delas de localização sistema nervosocentral.
Nesta série, observou-se que
76,71%
do
total de casos (280 casos) corresponderam arecém-nascidos portadores de malformações congênitas isoladas, enquanto
23,28%
(85 casos)deste total foram de crianças portadoras de duas
ou
mais malformações congênitas associadas,em
conformidadecom
os estudos previamente citados.Em
ordem
decrescente, asmalformações congênitas isoladas mais freqüentemente encontradas localizaram-se
em
pele efâneros; face, olhos, orelhas e pescoço; sistema cardiovascular; sistema genito-urinário;
sistema musculo-esquelético; sistema digestivo e
parede
abdominal; sistema nervoso esistema respiratório.
A
diferença entre os achados deste estudo e os deHimmetoglu
et al”,com
relação à localização das malformações,pode
ser devida à não inclusão de malformaçõescutâneas para aquela análise.
VanDorsten
et al (1998),28 após avaliação ultra-sonográfica de 2031 gestantes, relatouuma
freqüência de2,3%
de fetos portadores de anomalias congênitas maiores.No
presenteestudo, foram verificadas alterações ultra-sonográficas fetais,
com
ou
sem
alteraçãono
volume
de líquido amniótico,em
10,03%
(33 casos) das gestantescomprovadamente
submetidas a ultra-sonografias obstétricas. Este valor supera o encontrado por
VanDorsten
etal, apesar de
ambos
os estudoshaverem
sido realizadosem
serviços médicos de atençãoterciária. Todavia,
fenômeno
semelhante já foi referidoem
análise de recém-nascidos inclusospré-natal,
com
o
auxílio de ultra-sonografia.Um
dos fatores implicados nestefenômeno
é oencaminhamento
deum
número
considerável de gestantes procedentes de outras cidadesou
matemidades
regionais ao serviçodo
HU-UFSC,
após a suspeiçãoou
identificação inicial demalformação
fetal. Outros revesescomo momento
de
realizaçãodo
exame
e experiênciado
operador são
também comumente
citadoscomo
fatores implicados nas amplas variaçõesencontradas
em
diferentes séries”, 3°, 31Tais fatores
também
poderiam estar implicados nasérie de casos avaliada,
uma
vezque
muitas das gestantesnão
realizaram pré-natalnem
ultra-sonografias obstétricas
no
HU-UFSC,
e simem
seus serviçosde
origem.A
inclusão dos casosem
que não havia o registro sobre a realização de ultra-sonografia obstétricanão
trariaimportante alteração sobre o índice encontrado, que passaria a ser de 9,48%,
ou
seja, 33 casosde malformações fetais identificadas,
em
um
total de348
gestantes avaliadas.Como
esperado,o
número
de malformações maiores identificadas atravésda
ultra-sonografia obstétrica foi superior ao de malformações menores,
uma
vez que a identificaçãoultra-sonográfica destas não é possível,
mesmo com
os recursos técnicos disponiveis.As
malformações fetais mais freqüentemente identificadas,
em
ordem
decrescente, localizaram-se
em
sistema digestivo eparede
abdominal,em
sistema genito-urinário,em
sistema nervosoe
em
sistema musculo-esq~uele't1'co,As
malformações encontradasem
menor
número
localizaram-se
em
face,em
pele e fâneros,em
sistema cardiovascular eem
sistemarespiratório,
com
um
caso, cada.Além
destes,foram
registradosum
caso de translucência nucal alterada,um
caso de citogenética pré-natalque
consistiuem
trissomiado
cromossomo
21 e
um
caso de hidropsia fetal associada a polidrâmnio; neste último, a investigaçãocomplementar
pós-natal suspeitou de anormalidadecromossômica
em
recém-nascidocom
cariótipo
46
XX,
2lp+. Neste caso, a variação polimórfica normaldo
cromossomo
21 poderiaestar presente.
No
casoem
que havia translucência nucal alterada (Tabela 2),o
recém-nascido apresentoucomo
anormalidade amanobra
de Ortolani positiva.A
translucência nucal,pode
seridentificada precocemente através de ultra-sonografia, preferencialmente entre a 11” e a 14”
semanas
gestacionaislsQuando
aumentada, guarda relaçãocom
um
riscoaumentado
deanomalias cromossômicas fetais, notadamente de aneuploidias.2°' 21' 22' 32' 33
Com
a aplicaçãopopulacional da técnica, observou-se que, além das aneuploidias, fetos que apresentam
translucência nucal superior a 3,0
rmn
podem
ter riscoaumentado
de apresentar defeitos cardíacos, hérnia diafiagmática, doenças gênicas, malformações esqueléticas, anomalias21
renais, uropatia obstrutiva e onfalocele, dentre outros.”
A
realizaçãodo
cariótipodo
recém-nascido
em
questão não revelou anormalidades. Apesar de estar relacionada a diversasmalformações fetais, a translucência nucal alterada, neste caso, não justifica a
manobra
deOrtolani positiva.
Os
casosem
que
os resultados neonataisnão
corresponderam exatamente àsanormalidades observadas
em
ultra-sonografias obstétricasforam
um
caso demalformação
deface e
um
caso demalformação
de parede abdominal.No
casoda malformação
de face (Tabela 2),o
achado ultra-sonográfico pré-natal era defenda labial, sendo evidenciada fenda labiopalatina ao nascimento,
como
parte da síndrome deVan
derWoude.
Há
poucos relatos sobre a identificação pré-natal de fendas labiopalatinas, através de ultra-sonografia, apesar das elevadas taxas de identificaçãono
período pós-natal,34 fato este observadotambém
neste trabalho,no
qual, dentre365
recém-nascidos avaliados, seisapresentaram fendas labiopalatinas isoladas e outros dois apresentaram fendas labiais
isoladas,
porém
apenasum
caso de fenda labiopalatina identificado durante o pré-natal.No
caso damalformação
de parede abdominal (Tabela 4), o recém-nascido apresentavaseqüência de
prune
belly, sendoque
o registro de ultra-sonografia obstétrica traziacomo
hipótese diagnóstica gastrosquise.
As
malformações usualmente encontradasna
seqüência deprune
belbø incluem ausência da musculatura abdominal, anomaliasdo
trato urinário, distopiatesticular,35 presentes
no
recém-nascidoem
questão, e anomalias renais, tendocomo
malformação
freqüentemente associada amá
rotação intestinal.”Muito
embora
a diferenciação entreprune
belly e gastrosquise seja factível, é necessárioque
a gestação evolua o suficiente para permitir a identificação de algumas das malformações associadas à agenesiada parede abdominal.” Inf`elizmente, a data
do
diagnósticoda malfonnação
não foi descrita.O
mesmo
revés foi observadoem
diversos outros casos desta série, concorrendo para istoo
fato de que as informações coletadas
no
ECLAMC
são obtidas através de entrevistacom
ospais e
nem
sempre
são precisas.O
presente estudo encontrouum
índice de correspondência entre os achados pré e pós-natais de 95,45%, excluindo-se
o
caso de translucência fetal alterada. Este valor é inferior aoencontrado por Gonçalves (1999),
que
estima a sensibilidade da ultra-sonografia para adetecção de anomalias maiores fetais de cerca de 99,8%, independente da indicação para a