I]NTVERSIDADE
DEEVORA
DEPARTAMENTO
DE PEDAGOGTA EEDUCAÇÃO
MESTRADO
EM
EDUCAÇÃO-
VARIANTE
ADMINISTRAÇÂO ESCOLAR
PROGRAI\,IA
..ESCOIA SEGUR{II
coNTRrBruro
rARA
A
AvALHÇÃo
Dos
rMpACTos
Do
PROGRAMA "ESCOLA
SEGT]RA"
NO
CONCELHO
DE
PORTALEGRE
Ana Rute Serra
§anguinhoDissertação apresentada pâra obtençâo do grau de
Mestre
em EducagãoOrientador: Professor
l)outor
José CarlosBravo Nico
UNTVERSIDADE DE
EVORA
DEpARTAMENTo DE pEDAGocLA
EEDUCeÇÃo
MEsTRADo
EMEDUCAÇÃo
-vARLANTE ADMINISTRAÇÃo
rscoLAR
PROGRAI\{A
..ESCOLA
SEGURIII
CoNTRTBUTO
PARA
A
AVALIAÇAO DO§ IMPACTOS
DO
PROGRAMA "ESCOLA §EGURA" NO CONCELIIO
DE
PORTALEGRE
,Àbo
YV
+
Ana Rute
Serra SanguinhoDissertação apresentada para obtenção do grau de
Mestre
em EdueaçâoOrientador: Professor
l)outor
José CarlosBravo Nico
.§íü
K§
qü
€1. kEá E flPr Évora, 2007RESIIMO
O
trabalho quea
seguir se apresenüa inoide sobrco
tema Programa "EscolaSegura",
mais
especificamentesobre
a
avaliaçãolcxacterrraçãodos
impactos
do Programa "Escola Segura" no concelho de Portalegre.Este trabalho
de
investigação
tiúa,
fimdamentalmente,cinco
grandes objectivos:- Conhecer o Programa "Escola Segura";
- Caracteriz.aÍ o Programa "Escola Segwa" no concelho de Portalsgre;
-
Caracterizat a parceria noterritório
erúre a Escola eo
Programa "Escola Segura";-
Verificar
qual a articulação entre a Escola e o Programa "Escola Segura";-
Identificar
as
relações existerúesentre
agentesdo
Programa "Escola Segura", professores e aluros.Encontra-se
dividido
em
duas
partes.Na
primeira parte,
designada por "EnquadramentoTeórico"
serão revistas algumas das conceptualizações teóricas, asquais se
encontram organízadaspor
três
capítulosdistintos: *Relação
Educativa'',"Disciplina"
e
"EnquadramentoLegal".
De
salientarque
nesteultimo
se
inclui
o DespachoConjunton.'105-Á/20051,o
qual estabelese o conceito, objectivos, âmbitos eestrutura
do
Progranra 'oEscola Segura",e, como taÍ,
é
desenvolüdo
de
forma
mais aprofimdada,visto
sero
motor,
bem comoo
assuntoprincipal
desta investigação.A
estruttra da
segundaparte
desteüabalho,
desigRadapor
"Investigação",
assenta na existência de três capífulos: "EnquadramentoMetodológico", "Análise
e Interpretaçãode
Dados'
e
"ConsideraçõesFinais". Após
discutidosos
principais
resultados, sâotanrbém apreserúadas algumas recomendagões e sugestões,
A
metodologia deste estudo apresenta duas dime,nsões:-
Uma pequena dimensf,oquantitativa,
que caracteflTÃ a realidade objecto deestudo
(caraoterizagãodos
diferentes
estabeleoimentosde
ensino,
pertencentes ao mesmo Agrupamento, quanto ao número de alrrnos e professores);-
Uma
forte
dimensão
qualitaúiva, que tem como objectivo
evidenciar
aopinião,
queos
diferentes actores possuemdo
Programa o'EscolaSegrra"
(análise einterpretagão de entrevistas semí-directivas e de textos).
I
I
Como instrumentos de recolha de dados evidenciam-se dois:
-
Entrevistas semi-directivas, elaboradasde
acordo
com os
procedimentosindicados
em ESTRELA
(1990),
destinadasaos
docentese
agentesdo
Programa "Escola Segura";-
Fiohade habalho,
elaboradapor
nós,dirigida
aos alunos,que
oonsistia na construção de um texto sobre o Programa "Escola segura,,.A
recolha de informação, nomeadamente a obtida por meio de entrevistassemi-directivas,
de forma
a
permitir
um
tratarnento/análisemais claro
e
objectivo, foi
üabalhada através
de
grelhasde
anrilise,poÍ
categorias. Esta aniáIisede
corrteúdofoi
feita de acordo coÍn os pÍocedimentos indicados por
BARDIN
(1977).Os resultados obtidos permitem consüatar que
o
Programa"Escola
Segura" sedesenvolve de fonnas distintas, de acordo com o meio em que os estabelecimentos de ensino estilo inseridos
(rural
ou urbano), apesar de assentar na mesmafilosofia.
Sendo que parte desta sifuação transcende, de alguma forrna, os próprios agentes destacados para o Programa em estudo.ABSTRACT
t6Escola
Segura" program
The
following work
considersthe
"Escols Seguro" program,speoiffing on
ifs
evaluatio nl char açteúzation in the city of Portalegre.This
work
of
investigation had, firndamentally, five major goals: - Knowingthe
"Escola Segura" program;- Charaoteriàngthe "Escola Segura" program in Portalegre;
-
Characterizing the partnership between the School andthe
"Escola
Segura"program;
-
Veriffing
the
articulation
betweenthe
School and
the
"Escola
Segura" program;-
tdenti&ing
existing
relationships between agentsof
the
"Escola
Segura" program, teachers and sfudents.In
order
to
do this,
we
divided
this
work
in
two
parts:
in
the
Íirst
pâÉ,
designatedby
"Enquadramento Teórico", soÍne of the theoretical concepts are reviewedin
threedifferent
chapters: "RelaçdoEducativd', "Disciplina"
atrrd "EnquadramentoLegal".
In
the
last
ws
included
the
Despacho Conjunto
n.o
105-Á/2005, which
establishesthe
concept, objeotives,arrbits
and structuresof
thepreviously
mentioned program.As
such,it
was developed more extensively, for this seems to be the engine aswell
as themain
subjectof this
investigation. The sfructureof
the secondpart of
thiswork,
designatedby
"InvestigaÇdo', also consistsof
three chapterst, "EnquadramentoMetodológico",
"Ánáltse
e
interpretação
de
dados"
md
"
Consideraçõesfinais".
Finally,
after
discussing
the
main
results,
we
will
state recommendations
and suggestions,The methodology of this study has trno dimensions:
-
A
smallquanütative
dimension, that oharaoterizes the reality that is the study object (characterizationof
different
schools belongingto
the
sameScholl
Groups,in
tenns
of
numbersof
students and teachers);-
A
süongqualiúative dimension,
\ilith
the purposeof
statingthe opinion
that the different actors possossof the
"Escola Segura" program (analysis and interpretation of semi-directive interviews and texts).tWe
will
focus on two instruments of data sampling:-
Semi-directive interviews,
elaborated
in
agreementwith
the
suitable proceduresin
STAR (1990), destinatedto
teachers and agents ofthe
"Escolq SegurA" Program;- A work
sheet directedto
the students, thatwe
developed,which
consistedin
ellaborating a text about the forementionedprogrÍm.
Data sampling, obtained through semi-directive interviews
in
order
to allow
aclearer
and more objective
treatmentand
analysis,was
developedthrough
analysis sheetsdivided
into
categories.This
content analysis was madein
agreementwith
the suitableproceúres
byBARDIN
(1977).The obtained results
allow
toveri$
thatthe
"Escola Segura" program devolopsin
distinct ways,
accordingto
which
environment schools are insertedin
(rural
oÍ
urban), even thoughit
is
basedon
the
same philosophy. Partof
this
situation
even üanscends, in a way, the indicated agents for the studied program.Para José António e Joana
AGRADECIMENTOS
Falar
de crescer éfalar
de separaçãode abandono de destlusão
de luta consigo e com os outros
é
falar
de riscode medo
de vltórias efracassos
é
falar
de construção e de destruiçdo éfalar
de confiança nos outrosem si
no tempo na vida...
Crescer é
tornar-se "maior",
senttndo vivo, ao longo de todaavida,
o desejo do "quandoeufor
gtande..."
Por
issouescer
é diJícilcrescer é doloroso crescer é bom...
(COSTA, 1989: 53)
Certo
é,
que
nesta faseda minha
vida
me sinto
diferente,tanto
ao
nlvel
da formação profissional, como do meupróprio
"eu-''. Aprendi/compreendio
que significa crescer, não se tratando de um percurso linem/rectilíneo, mas sim de um percurso comos avanços e tecuos próprios das experiências que fui vivendo, desde que ingressei neste cuÍso de mestrado, offi Outubro de 2004.
Compreende-se que
o
empeúo
e dedicaçâo por parte de quem quer aprender equer
ir
mais além é crucial, tomando-se também de grande relevância a motivação que o professor orientador me soube transmitir, as críticas e sugestões que fez e que tarúo me e,nsinarame
o
empeúo e
interesseque
desdeo
primeiro
momentocolocou
nesta orientação. Desta forma, deixo expressos os meus sinceros agradecimentos ao Professor Doutor José Carlos Bravo Nico.Gostaria tâmbém de agradecer:
-
Ao
Agnrpamento de Escolase
Jardins de Infância n.o1
de Portalegre, mais proprianrenteaos
professoresdo
ConselhoExecutivo
e
aos professoresque
foram entrevistados, dasEBI
Ferreira eRaíúo
eEBt
de Alegrete;-
Aos
agentesda
GNR
e
da
PSP
responsáveispelo
desenvolvimento do Programa "Esoola Segrxa", no meio rural e urbano, respectivamente.Não
menos importante,e
demodo
a nâocair
no
esquecimento, quero deixarescrito
o
meu
grande
OBRIGADA
e
recontrecimentoaos
meus
familiares
mais próximos, ao meu marido, aos meus pais e ao meu irmão, bem como a todos aqueles que me apoiaram e apoiam desde sempre, nomeadamente aos amigosdo Grupo
Tira.
Foram todos eles que, nos momentos mais dificeis, por ter algum receio de avançar; me limparam as lágrimas trocando-aspor
sorrisos epor
frases caregadas de sentimentos positivos, âs quais me deram (e dão) força paÍa seguir em frente...Falta-me agradeoor
a
alguémmuito
especial, euehá
uns mesesfaz
parte
damirúa
vida, mas que só agoraveio
ao mundo, amiÍúa filha
Joana,por
se ter portado sempre bem dr.lrante a gravidez e me ter deixado concluir a disseúação de mesilado.Assim,
terüo
perfeita consciência de que crescsr é ultrapassar dificuldades, mas sei também que basta eu querer crescer e serei capaz,pois sei que namiúa
camiúada
nunca estarei sozirüa!..,Ínrorcp
cERAL
rNrRouuÇÃo
PARTE
r-
ENeUaDRAMENTo
rnóruco
capÍrulo
I
-
RELAÇÃo
EDUCATTvA
1.1 Natureza das interacções no processo educativo - Uma perspectiva ecológica
1.1.1 O educando 1.1.2 Os objectivos 1.1.3
A
tarefa 1.1.4 O educador 1.1 .5A
turma 1 .1 .6A
escola 1.1..7A
famÍIia 1 .1 .8A
sociedade1.2
Aluno
e professor no processo motivacional 1.3 lnteracção professor-aluno na sala de aula 1.4 Estnrtura e dinâmica da relação educativaCAPITULA
2-
DISCIPLINA
2.1 Conceito de disciplina
/
indisciplina2.ZBmtorno
do conceito dedisciplina
2.2.1 Tipos de disciplina 2.2.2 Disciplin a na escola
2.3
Emtorno
do conceito de indisciplina 2.3.1 Trpos deindisciplina
2.3.2 Causas de indisciplina Páginas 1 6 7I
il
11t2
13t4
15 16 18 22 24 27 31 32 34 40 42 48 48 51 vüllCAPÍTULO
3-
ENQUADRAI\{ENTO
LEGAL
3.1 Declaração Universal dos Direitos do Homom 3.2 ConvençEo sobre os Direitos da Criança 3.3 Constituição da República Portuguesa
3.4 Decreto
-
Lei n.o 3012002, de 20 de Dezembro (Estatuto do aluno do ensino não superior)3.5 Despacho conjunto n.o 105-A/2005, de
l9
de Janeiro (Programa "Escola Segura"-
PES)3.5.1 Diferentes perspectivas acerca do PES 3.5.2 Comunicação de ocorrências
PARTE
II
-
II\MESTIGAÇÃO
CAPÍTULo
4-
ENQUADRAMENTo METoDoLÓGICo
4.1 Metodologia
4.
t.l.
Definição do público-alvo 4.2. Recolha de Dados4.2.1 Entrevistas dirigidas aos professores
do
lo CEB e
aos agentes do Programa'oEsoola Segura"4.2.2
Textos
construídospelos alunos
do
10CEB
sobreo
Programa'oEsçola Segurd'
cApÍTULo
s
-
aNÁusn
ETNTERrRETAÇÃo
pos
DADos
5.1 Resultados da investigagâo
5.1.1 Análise
e
interpretaçãoda
irrformação recolhidanas
entrevistas dirigidas aos professoresdo
lo CEB5.1.2 Análise
e
interpretaçãoda
informagâorecolhida
nas entrevistas dirigidas aos agentes do Programa Escola SeguraPáginas 69 74 101 103 121 54 OD
J'
57 5E 60 64 85 86 E7 88 95 95 98 100b
5.1.3 Análise
e
interpretação
da
informaçâo
recolhida
nos
textos constnrídos pelos alunos do lo CEBCAPÍTULO
6-
CONSTDERAÇÕES FTNATS6.1 Conclusões 6.2 Recomendações e Sugestões
Bibliografia
Anexos Páginas 147r48
154t67
r35
159 xÍN»rcEDEeuADRos
Quadro
I
-
Total de Alunos do Agrupamento (Ano Lectivo 2005/2006)Quadro
2-
Total de Docentes colocados nos estabelectmentosdo
l'
Ciclo
(Aruo Lectivo 2005/2006)
Quadro
3-
Quadro tipo e respectiva explicaçãoQuadro
4-
SubcategortaA.1
-
Representação Actual do PESQuadro
5-
SubcategoriaA.2
-
RepresentaçãoFufira
do PESQuadro
6
*
§aácategoriaB.I -
Presençano
Quotidiano
@xperiênciasAnteriores)
Quadro
7
-
Subcategoria8.2
Procedimento/Actuação @xperiências Anteriores)Quadro
8
-
Subcategoria8.3
Comparação PSP/GNR (Experiências Anteriores)Quadro
9
-
SubcategoriaC.l -
Presençano
Quotidiano
(Ano
Lectivo
Actual)Quadro
10
-
SubcategoriaC,2
-
Procedimento/Actuação(Ano
Lectivo
Actual)
Quadro
11
-
SubcategoriaC.3
-
Comparação PSP/GNR(Ano
Lestivo
Actual)Quadro
12
Subcategoria
D.l
Relevância
Curricular
(Articulação/Coordçnação - professor)Quadro
13
Subcategoria
D.2
Relevfuicia
de
Cidadania (Artículação/Coordenação - professot)Quadro
14
Subcategoria
D.3
Relagão
Humana(Articulação/Coordenação)
Quadro
15
SubcategoriaD.4
Envolvimento
dos
Ahuros/Avaliação(Arti culação/C oordenação)
Quadro
16-
SubcategoriaE,/
-
Comunidade Educativa (Relação)Quadro
l7
-
Subcategorta8.2
-
Boa Relação (Relação)Páginas 101
r03
104 106 107 109 110 110 93 9311r
ttz
tt4
ll4
115 115 116 xlQuadro 18
-
Subcategoria8.3
-
ComparaçãoMeio
Urbano/]vleio Rural (Relação)Quadro
19-
Resultados doPrograma
" Escola Segura"Quadro
20-
SubcategoriaA./
-
Conceito/Objectivos (Representação PES -agente)Quadro
2l
-
SubcategoriaA.2
-
Procedimento/Actuação (Representação PES-
agente)Quadro
AL-
SubcategoriaA.3
-
Experiências Anteriores (RepresentaçãoPES
-
agente)Qundro
23-
Subcategoria A.4-
Formaçâo (Representação PES-
agente)Quadro
24
Subcategoria
A,5
Parçerias
çom
outras
instituições(Representação PES
-
agente)Quadro
25
SubcategoriaA.6
Comparações (Representação PES agente)Quadro
26
SubcategoriaA.7
Dificuldades
(Representação PES agente)Quadro
27
Subcategoria
8.1
Relevância
Curricular (Articulação/Coordenação-
agente)Quadro
28
Subcategoria
8.2
Relevfuicia
de
Cidadania (Articulação/Coordenaçâo-
agente)Quadro
29
Subcategoria
8.3
Parcerias
com
a$
escolas (Articulação/Coordenação-
agente)Quadro 30
-
Subcategoria8.4
-
Recursos (Articulação/Coordenação -agente)Quadro
3f
Subcategoria
8.5
Relação
Humana(Articulação/Coordenação
-
agente)Quadro
32
Subcategoria8.6
Envolvirnento
dos
Alunos/Avaliação (Articulação/Coordenação-
agente)Quadro
33-
SubcategoriaC./
-
Alunos, Professores2Auiliares/Agentes
Quadro
34-
Subcategoria C.2-
R.azãollvÍotivaçãoPáginas 117 118
lzt
125 125 126 127t28
128 129 131 131t22
124 126 129 130 xllQuadro
35-
SuhcategoriaA./
-
Representação Actual (Representaçflo PES-
alunos)Quadro
36-
Subcategoria A,2-
Representação Futura (Representação PES-
alunos)Quadro 37
-
Subcategoria8.1
-
Importância
(DesenvolvimentoPES
-alunos)Quadro
3E-
Subcategoria8.2
-
Procedimento/Actuagão (Desenvolvimento PES-
alunos)Quadro
39-
Subcategoria8.3
-
Periodicidade/Presença @esenvolvimento PES-
alunos)Quadro
40
Subcategorta
8.4
Consequências
da
Ausência (Desenvolvimento PES-
alunos)Quadro
4l
-
SubcategoriaC./
-
Comrmidade Educativa (Relação-
ahuros)Quadro
42-
Subcategoria C.2-
Boa Relaçiio (Relação - alunos)Páginae 143 144
r35
136 139 140lü2
143 xitlfrruprcn
DE
rrGuRAs
X'igurn
I
-
Dinâmica da interacção no processo educativa E'igura 2-
Iulodos de comunicação na sala de aulaX'igura 3
-
Principais factores da dinômicafu
processo educativo X'lgura 4-
Ftcha de Comuntcaçdo de OcorrênclasFigurn
5-
Ficha de Comunicação de Ocowências (verso)Figura
6-
Freguesias da Concelho de PortalegrePtlglnas 10
l5
20 76 77 E9 xlvÍN»rcE
DE
ANExos
Anexo
I
-
Carta de apresentaçãoAnexo
2-
Guião das entrevistqs dirigidas aos professores dol'CEB
Anexo
3-
Lista dos indicadores dqs entrevistas dirigidas aos professores doI"
CEBAnexo
4-
Grade de regista da análise do conteúdo das entrqvistasdirigidas
aos professores do
I'CEB
Anexo
5-
Cruido das entrevistas dirigidas aos agentesdo
PESAnexo 6
-
Lista
dos indicadores das entrevistasdirigidas
aos ogentes do PESAnexo
7-
Grade de registo do análise do conteúdo das entrevistasdirigiüs
aos agentesdo
PESAnexo
8-
Guião da actividadedirigida
oos alunos doI"
CEBAnexo
9
-
Actividade
dirigida
aos
alunosdo
I'
CEB-
Escolade
meio arbanoAnexo
10
-
Actividade
dirigida
aos alunosdo
l"
CEB-
Escolade
meiorural
Anexo
11-
Listados
indicadores dos textos dos olanos doI'CEB
Anexo
12-
Grade de registo da análisedo
conteúdo dos textos dos alunos doI'CEB
Páginas r6E 170ll3
183r93
L96 204 212 214 216 21822t
xt,SIGLAS
lo CEB
-
lo Ciclo do Ensino BásicoAI\MP
- Associação Nacional de Municípios PorhrguesesCERCI
- Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças InadaptadasCONFAP
- Confederação Nacional das Associações de PaisDECO
-
Associação Porhrguesa para a Defesa dos ConsumidoresDGRIIE
-
Direcção Geral dos Recursos Humanos de EducaçãoEBI
-
Escola Básicado
1o CicloGNR
-
Guarda Nacional RepublicanaIDT
- lnstituto de Droga e da ToxicodependênciaIEFP
- lnstituto de Emprego e Formação ProfissionalIPJ
-
Instituto Porhrguês da JuventudeJI
-
Jardim-de-inffuiciaMAI
-Ministério
da Administração InternaME
-
Ministério
da Educação PES-
Programa "Escola Segura" PRP - Prevenção Rodoviária Porhrguesa PSP-
Polícia de Segurança Pública IJE - Unidades de EnumeraçãoUNESCO
United
Nations
Educational,
Scientific
and
Cultural Organization (Organizaçiio das Nações Unidas para a Educagâo, a Ciência ea Cultura)
Utrt - Unidades de Registo
Progroma oEscolo Segata"
NNTRODUÇÃO
Programa"Escola Seguta"
"A vida deve ser uma perunanente educaçdo." (Flaubert)
O baixo nível de instrução e qualificação da população porhrguesa tem sido alvo
de
pÍeocupagãodos
nossosdirigentes,
que há muito
trabalharnpara
promover
a escolarizaçâono
nosso país.
Tem
havido
esforços
no
sentido
de
aumentar
asexpectativas e as metas de escol aúzaçáo das novas geragões, numa
politica
humanistade
combateà
exclusão.Assim,
passámosde
uma escola circunscritaa um
númerolimitado
de alunos, para uma escola massificadq em guo, pelo menos no ensino básico, a diversidade é a norma. "Como noutros países, esta transtção não se realizou sem quedaí
resultassem situações de conflitualidade, fosse pelas dificuldades em implementar infra-estrufitres,formar
docentes e outrosfunciondrios,
oupelo
simplesfacto,
de queÍazer
conviver e aprender largos agregados de alunos, com caracter{sticas individuaise
degrupo,
bem como percursos escolaresmuito
diferentes, se temvindo
a
mostrar umq tarefa dedificil
concretização."(SEBASTIÃO,
2004: 6)Desüe
modo, indisciplina e violência
deixaramde
serum
assuntoprivado
dasescolas, passando
a
ser temríticas claramente inscritas na ordem dodia
eum
factor de preocup ação paraa
população, sendo que aforma
como muitas vezes são abordadas, desligadas dos factos concretos e dos contextos reais em que ocoÍrem, podem tender adar uma imagem
das escolaspouco
realista
acentuandoem
muito,
problemas que efeçtivamerúe existem, Ínas gue, namaior
parte dos casos não serão particularmente graves."O
crescendode
referênciasa
situaçõesde
violêncta
na
escola, tem
sido acompqnhada, emparalelo,
pela
exposição mediática dos fenómeruosda
delinquênciajwenil,
coincidindo
na
ideia,
de
que
ambas coruvergeme
constttuemuma
ameaça grave,para
aprópria
estruturada instituição
escolar, encontrando-sejá,
fora
do seucontrolo" (SEBASTIÃO,
2004:6). Os
meios
de
comunicaçãoirradiam
um tipo
de violência que paralisao
poder de resistência do indivíduo, tornando-o mero espectador dos acontecimentos. Afinados aos interessesdo
estado e do mercado(por
força da sua propria estrutura de sustentação) têm-se dedicado a iluminar oom insistência assustadoraa'otelerealidade" da violência
nesse simulacro devida real
queé
o
show
mediático, ganham destaquediário
as catástrofes e a inseguranga pública.Aliado a
esta situação surgea
tentativade
exploraçâoeleitoral dos
sentimentos de insegurança
e
incertera,,2
Programa uBscola Segura" conturbando
o
seio
das
comunidades educativasque
exigem
tomadasde
medidas politicas e disciplinares rnais rigorosas.Como
tal,
educagão e segurança são dois aspectosfulcrais
da nossa sociedade, que se quer cada vez maiscivilizada
e evoluída. Tendo em conta estes conceitos, e ao verificar-se que nosfinais
dos anos oitenta, os actos de vandalismo eram crescentesjunto
da
comunidade escolar,interferindo
no
sucessodo
processo educativo, foram criadase
adoptadas algumas medidas, nomeadamente,o
Programa 'oEscola Segura". Passadauma
década,relativamente
à
origem
e
desenvolvimento deste
projecto (reafirmado a 8 de Ouhrbro de 1996), é tempo de reflectir sobre a sua acçáolrcsultados.Assim, o
trabalho quea
seguir se desenvolveincide
sobreo
tema Prograrna"Escola
Segura", mais especificamente sobrea
avaliação/caracterizaçáo dos impactos do Programa "Escola Segura'' no concelho de Portalegre.Considera-se relevante
a
opção
da
temática,na
medida
em euo,
e
comosublinha
SILVA
(2000: 44), "a
promoção
da
segur&nçanas
escolasconstttui
umaresponsabilidade
de
todos.
Um
ambiente
seguro
é
utn
requisito básico
defuncionamento
da
comunidadeescolar
e
representaum direito
elementar
de
cadaalotno,
funcionário
e professor."
O presente esfudo assumiu, firndamentalmente, cinco grandes objectivos: - Conhecer o Programa "Escola Segura";
- Caracterizar o Programa "Escola Segura" no concelho de Portalegre;
-
Caractenz.aÍ as parcerias entre as Escolas e o Prograrna "Escola Segura'' no concelho de Portalegre;-
Verificar
qual a articulação enffe as Escolas e o Prograrna "Escola Segura" existente no concelho de Portalegre;-
Identificar as
relações
existentesentre
agentesdo
Programa
ooEscola Segura", professores e alunos, no concelho de Portalegre.O trabalho encontra-se
dividido
em duas partes.Na
primeira parte,
designadapor ooEnquadramento Teórico" serão revistas algumas das concepttmlizações teóricas, as
quais se encontam organizadas por três capítulos distintos:
3
Progrumu «Escola Segura"
-
No
primeiro
capítulo, que se denomina "Relação Educativa", apresentam-se varios sistemas, desde o meio, a escola e a sala de aula e os principais actores da relação educativq alunos e professores;-
No
segurdo capítulo desenvolve-se atemátrca da"Disciplht',
clarificando-se e definindo-se esse conceito, de acordo com várias dimensões. Este conceitoencontra-se
associadoao de "indisciplina"
(que
tambémé
definido
e referido
no
cotpo
dotrabalho), contudo,
e
tendo
em
conta
a
naturezado
estudo, assumimosque
seriaprimordial
desenvolver de forma mais exaustivao primeiro
conceito-
"disciplina".
Ocapífulo
em
causatambém explana
o
tópico "disciplina na
escola",
com
especial enfoque na negociação de regras.-
No
terceiro capítulo, realizrimos um "EnquadramentoLegal",
uma vez que nãopoderia
considerar-seconcluído este esfudo,
se nele não
se
incluíssem
algumas considerações sobrea
dirnensãolegal.
É
ceno
quenão
setrata
de um
trabalho
denatweza
jurídica, mas,
é
também
certo que
existem diplomas
de
relevo
que regulamentame
norteiam
a
fungão
da
classe profissional
dos
professotes, §om implicação para os alunos e restantes agentes educativos.De facto, em
alguns dessesdiplomas legais, ressaltam norÍnas com especial e particular interesse para este esfudo e
{us,
todos os professores preocupados, com os aspectos relacionados çom as questõesda (in)disciplina
e
da
segurança, deverão conhecer.Assim,
estecapítulo
começa por fazer referência àDeclaração
(Jniversal dosDireitos
do Homem,à
Convenção sobreDireitos
da
Criança
e
aos direitos
consagradosna
Constituição
da
República Portuguesa. Segue-se, outra legislação existente, guo asseguraa
segurançae
o
bem-estar das crianças e dos alunos na escolao nomeadarnente oDeueto-Lei
n." 30/2002r e o Despacho Conjunton.'
105-A/20052. Esteultimo
Despacho, gue estabeleceo
conceito, objectivos, âmbitos e estrutura do Programa "Escola Segura'', é desenvolvido de fonna mais aprofrurdada, visto ser o assunto principal desta investigação.A
esüuttra da
segunda
parte
deste trabalho, designadapor
"lnvestigaçflo",assenta na existência de três capítulos:
-
No
quarto
capífuIo,
o'EnquadramentoMetodológico",
descreve-se
ametodologia seguida
no
tabalho,
através
da
caracterizaçáodo
público-alvo
e
da descrição detalhada dos instrumentos utilizados aquando da recolha de dados.I Decreto-Lei que regulamenta o estatuto
do aluno do ensino nâo superior.
'
Despacho que regulamenta o Programa o'Escola Segwa''.Prugrama"Escola Seguta"
-
No
quinto
capítulo,
"Análise
e
Interpretaçãode
Dados",
é
analisada einterpretada a informação recolhida e apresentadas as sonclusões mais importantes. -
No
sexto capítulo, "Considerações Finais", são discutidos os resultados, tendo em conta a revisão da literatura quefigura no
"EnquadramentoTeórico".
São tarrbém apresentadas algumas recomendações e sugestões.Por ultimo, na "Bibliografia", são
ennnciadasas
referências bibliogrrfficas consideradas fundamentais paruo decorrer da investigaçáo.A
metodologia deste estudo apresenta duas dimensões:-
Uma pequena dimensãoquantitativa,
que caracteriza a realidade objecto deestudo
(caracteri zaqãodos
diferentes
estabelecimentosde
ensino,
pertencentes ao mesmo Agrupamento, quanto ao número de alunos e professores);-
Uma forte dimensão qualitativa, que tem como objectivo
evidenciar
aopinião, que
os
diferentes
actorespossuem
do
PES
(anrálisee
interpretação de entrevistas semi-directivas e de textos).Como instrumentos de recolha de dados evidenciam-se dois:
-
Entrevistas
semi-directivas,
elaboradasde
acotdo
com os
pÍosedimentosindicados
em ESTRELA (1990),
destinadasaos
docentese
agentesdo
Prograrna "Escola Segura";-
Ficha
de
trabalho,
elaboradapor
nós,dirigida
aos alunos, que consistia na eonstnrção de um texto sobre o Programa o'Escola Segura''.A
recolha de informação, nomeadamente a obtida por meio de entrevistas semi' directivasode forma
a
pennitir
um
tratamento/anr[lisemais
claro
e
objectivo, foi
trabalhad
a
através de grelhas de análise,por
categorias. Esta análisede
conteúdofoi
feita de acordo com os procedimentos indicados por
BARDIN
(L977).Deste
modo,
será possível alcançaros
objectivos propostos.Assim, e
de
ummodo global,
a
investigaçãopermitirá
conhecere
saÍacteriz,ato
Programa "EscolaSegua"
no
concelho
de
Portalegre,de
acordo
com
o
cruzamentode
informaçãorecolhida
(devidamente analisadae
interpretada)de üês
grupos
distintos,
aluno§, professores e agentes do PrograrÍta"Escola Segura".J
Progruma«Escola §egura"
PARTE
N
ENAUA]DRA]VflENTO
TEOT\NCO
6
Programa "Escola Segura"
cAtPÍruyro
n
REtAÇÃO
EDT}CATrVA
Prugruma t'EscolaSegurat'
1.1
NATT'REZA
DAS
INTERACÇÔES
NO
PROCESSO
EDUCATIVO
-
III},IA
PERSPECTryA
ECOLÓCTCN
"É no proce§so educativo que acontece efecttvamente a educação do ser humano, a qual pressupõe o deserwolvimento e a aprendizagem, que passa pela interacçdo de varios factores. "
(ALARCÂO e TAVARES, t992: 134)
O
meio exerce fortes influências no desenvolvimento dos zujeitos, sendo que o ambiente que é considerado relevante paÍa o processo de desenvolvimento não selimita
ao contexto imediato, mas engloba inter-relações entre vrírios contextos. Neste sentido, Brofenbrenner
-
Teoria Ecológica
do
Desenvolvimento Humano(1977)
-
salienta aimportfuicia
das
relações recíprocas
entre
o
indivíduo
e
o
rneio
envolvente, conceptualizando os contextos de desenvolvimento em quatro níveis? Írummodelo
de estruturas concêntricas dispostas, nomeadamente,em
torno
dosjovens e
que
a
vão afectar de modos diferentes:-
O
Microsistema. queinclui
factorestais
comoo
espaçofisico, o
tempo
dasestadias,
âs
actividades desenvolvidas,
os
papéis
e
relações inter-pessoais
que caracterizilmum
determinado cenririo em que os jovens passamum
período de temposignificativo
(escolq casa dos avós, a sua casa, casa dosviziúos,...)
-
O
Mesosistema, guêinclui
o
conjunto de
cenráriosprincipais
que os jovensfrequentam
e
as
interacçõesque
se
estabelecem entreeles
(relações pais/professor, pais/terapeutas, professor/psicólogo, professor/agente do Programa EscolaSegur4...)
-
O
Exosistema,
que
é
constituído
pelas
estruturas
sociais
tais
como organizações locais, cenffos médicos, a igreja, o local de trabalho dospâis,...
nos quaisa
cnança nâo participa directaments mas onde se produzem acontecimentos que vão ter efeitos a nível do Microsistema.-
O
Macrosistemaé
constituído
pelas ideologiase pelo
conjunto
de
valores sociais,culhrais
e normativos próprios de uma determinada cuttura ou sub-cultura onde o microsistemq o mesosistema e o exosistema se inserem.I
Prugruma "Escoln Seguta"
Para
alémde
recíprocas, as relaçõesque
se estabelecem entreos
diferentes sistemas, também são interdependentes, de tal forma que os acontecimentos e alteraçõesque
se produzemnum
determinadonível vâo
ter
consequências nos outrosníveis.
O desenvolvimentoe
o
comporüamentonão
podem
ser
interpretados/compreendidos independentementedos
contextosem
que ocorrem.De
salientarque
o
meio
nâo
selimita
ao contexto imediato, engloba inter+elações entre vários contextos.A
actual relação pedagógica, onde se repercute a irúluência dos sistemas sociaise
ideológicos,
"(...)
impõe
e
coage
um
desenvolvimentomonodireccional
daspotencialidades individuais
em
buscada
satisfaçãodas
necessidadesdos
sistemas envolventes, os desvios dos sistemas, aprevaricação das
normase a
marginalidadeflutuante,
etc., apresentam, como corolários, efeitos e resíduos dospróprios
sistemas.(...) a
relaçãopedagógica
não
se reduz
a
um
simplesfenómeno de
comunicaçtlo, reacção econtrolo dc
um saber,a
?,tm monólogoteatral,
à
exibição de uma situaçdoestatuária ou
ao
emprego de uma linguagem tão diversificada dos códigos receptorescuio
conteúdo
não passa ser
filtrado.
A
eficiência informativa
da
comunicaçdopedagógica
não só
permanece
interdependenteda
competência
linguísttca
dos receptores, mas tambémda
capacidade motivadorado
transmissor,do
seupotencial
relacional,
da sua disponibiltdade psico-afectiva, da natureza da adesão ao conteúdo eda
desencadeadora representatividade dos centrosde
interessedos
receptoFes, suas apetências estimuladoras e as suas inclinações aptidunais."(FERNAI{DES,
1990:l3!,
132).Isto porque2 o ser humano "(. . .) ndo é uma peça ou um número nq engrenagem ouestatística social, mas
sim
uma actividodevivida
de autocriação, de comunicaçdo, deafectividade e
de
adesão,incarnada
e
transcendente,dotada
deliberdade,
capaz dearrostar
com tudo e de se comprometer."
(FERNANDES, 1990:l3z)
ALARCÃO e TAVARES (1992:
133), relativamente à naturerada
interacção existenteno
processoeducativo
salientam, desdelogo,
que
"(...)
definir
uma
coisa qualquer é determinaras
suas fromteiras, descreyeras
suas características essenciais,situtÍ-la
no espaço e no tempo,situáJa
em relação àsoutras
coisas, aos outros seres."
Importa ainda ter em conta que descrever
implica
que se tenha em consideração, não sóa essência da situação, como também a sua capacidade de acção (o que
é
capaz devir
a ser, o seu dinamismo e riqueza interior).Nesta
linha
de ideias, para a definigãodo
interacção,ro
processo educativo, éfundamental que se equacione o mesmo enquanto
"algo"
dinâmico e complexo, em que §e cruzame
inter-relacionamuma
série de factores.Assim,
os autores atrás referidosI
hograma "Escola §eguru"
destacam o educando, os objectivos, o educador, a tarefa, afurma, a escola, a
faÍníliae
a sociedade,como
sendoos
principais
e
mais significativos
factores, emboranão
osúricos
e exclusivos. (cf. Figural)
A E p c o § I ôet Fâ o +I + tA ú! ê § ? .S 2 úl o o ,n 3 v, ú o rO' tS c ! F
Figura
I
- Dinâmica da interacção no processo educativo(In ALARCÃO. e TAVARE§, 1992: 133)
Os autores atriis referidos realçam ainda
"(...)
a dinômica, em espiral, da acção recíproca e dialéctica entre o desenvolvimento e a aprendizagem que estão na base do processo educativo(...)"
mas chamam a atenção"(...)
que todo o dinamismo da acção educativopassq através
da
interacçdo
dosprincipais
factores,
(...)
no interior
daespiral
(...)",
(ALARCÃO e TAVARES,
1992:135)
desenvolvendo-sea
mesma em aberto,do
centropaÍa
a
periferia e
vice-versa (comoo
próprio
sentido das setas daFigura
I
sugere).Conclui-se
pois,
que"(.
..)
o processode
desenvolvimentoe da
aprendizagem pa§sa através dq interacçdo dessesfactores,(...) modifica-os e épor
eles modificado.E
o
círculo
em
que
assenta(...)
todo o
processo educativo,
a
educação humana."
(ALARCÃO
eTAVARES,
1992: 135)Passar-se-á, de seguida,
à
rcalização de algumas considerações, de acordo com os autores supraciüados, acerca de cadaum
dos factores indicados e segundo a ordem pela qualsffgem
nointerior
da espiral (cf. Figural).
Prugrama " Eçco la §egura"
1.1.1
0
educando
"Para construir uma casa basta quatro homens, mas para educm uma criança é preciso ama aldeia."
(provérbio popular moçambicano)
Ao
equacionar-seo
processode
desenvolvimentoe
aprendizagem,*(...)
o educando não é apenas umfactor
entre outros, um agente que condiciona o processo educativo, é antes um destinatario a quem ele se dirigeprimordialmente."
(ALARCÃO
e
TAVARES,
1992: 136).
É o
educando
(aluno)
que
está
em
'osituação dedesenvolvimento
e
aprendizagem",logo,
é
em
fi.rnçãodele
queo
ensinoe a
escola devem ser concebidos e organizados.Para
tal,
é
necessáriopensaÍ
no
educandoem
si;
na
globalidade
do
ser, ponderando não só a sua idade e sexo, mas tarnbém o estádio de maturuçáobiológica
epsico-motora;
no
estrídio de desenvolvimentocognitivo;
na"afectividade"
(interesses, motivações, atitudes, valores, expressão emocionat, forma de relacionamentosocial,...);
na imagem que tem de si e do mundo que o rodeia; nas expectativas; saúde;. . .A
palawa "educando", entendida aindanum
sentido mais amplo,como
aqueleque
deve ser, precisa
e
estáa
ser
educadoe a
educar-se,num dado
estádio
de desenvolvimento e aprendizagemeuo,"(...)
envolve todos os outros agentes, espaços emateriais
pedagógicosque, de
umoforma ou
de
outrA, intervêm
no
pracesso.'
oprofessor,
o
educador,no
sua
missão dedeJinir
objectivos, escolhere
estruturar
as tarefas, dispor, organizar e dinamizara
sala de aula eparticipar
activamenteno
bomfuncionamento da
escola, mas também os supervisores, os orientadoresescolareü
os psicólogos, os sociólogos, o pessoal administrativo, técnico eauxiliar.
"
(ALARCÃO
eTAVARES,1992:
137)Neste sentido,
o
educando constitui-secomo
sendoum
doseixos
centrais dosistem4
influenciandotodo o
processo educativo quetem
cornoobjectivo
essencial oseu próprio desenvolvimento e aprendízagem.
1.1.2 Os
objectivos
ALARCÃO
eTAVARES
(1992: 138) salientam, desde logo, que muitas críticas têm sido tecidas emtomo
dapedagogiapor objectivoso mas que as mesmas só são o'(...)justfficadas
se
o
professor
ndo tiver
umq
ideia clara do
que
é
um objectivo,
ndoPrograma"Escola Segura»
conhecer
e utilizar
os seus diferentestipos
e
não osdefinir a
diferentes níveise
emdiferentes domínios.
"
(ALARCÃO
eTAVARES,
1992: 138)No
fuirdo, dependedaforrna
como os objectivos são entendidos e"aplicados"...
Se o professor recorrer aos mesmos, como linhas orientadoras da sua actividade (e nãocomo
"mandamentosa
cumprir")
e "(.,,)
comopartes
de
utrntodo
estruturado
eestruturante da sus actividqde de mediador entre o saber
s
transruitir
eo
educando a desenvolver(...)"(ALARCÃO
eTAVARES,
1,992: 138), os objectivos podem assumirum
papel muito
importante
na
forma como
decone
o
processoeducativo
e
asinteracções no interior do mesmo.
Neste sentido, e
com
estesfins,
os objectivos devem derivar sempÍe de níveismais
gerais
(finalidades/metas educacionais).Devem utilizar-se
os
objectivos
deaprofimdarnento (a
atingir
apenaspor
alguns alunos) apaÍ
dos objestivosmínimos
(aatingir
por todos); devem assumir urn carácterflexível
(isto é, abertos a objectivos nâoprevisíveis/planificados)
e
ainda
atender
a
diferentes
níveis
de
capacidades(corúecimento, aplicação,...),
bem
como
incluir
os
vários domínios
(cognitivo,afectivo,
psicomotor
e
outros).
"Neste
campo,como
em
tantos outros,
equilíbrio,abertura aos
outros
e
espírito
de
decisão, alicerçados
em
bases
sóltdas
de conhecimento sobre matéria a ensinar,o
sujeito a educar e a sociedade em que se estáinserido sdo as palavras de ordem
(...)."
(MORAES cit. porALARCÃO
eTAVARES,
1992:138)
1.1.3
A
tarefa
As
tarefas
de
aprendizagemsão
de
naturezamuito
diversa,
tendo
comofinalidade
"(...)
ojudar
a
desenvolverno
educando as capacidades que lhe permitemser
capaz
de entrar
nama relaçdo pessoal
e
realista com
o
meio
em que
vive."
(ALARCÃO
eTAVARES,
1992: 1 39)As
tarefasdevem
estabelecer relaçãocom
os
objectivos,
pois
é
através dasmesmas que os alunos poderão desenvolver as capacidades necessárias paru os
atingir'
Paraisso,
será também fundamental que haja uma adequação das tarefasao grau
de desenvolvimentodo
educando,para que as
mesmas sejalrrfuncionais,
perceptíveis, interessantes o aplicáveis à suavida.
Por vezes,o
interessÊc
a aplicabilidade da tarefasão dificeis de
compreenderpelo
educando,dado
que ele nem
sempre consegue cornpreendera utilidade
imediata
do
que
estáa
aprender,não se
apercebendo quePrograma "Escola §egura"
algrrmas tarefas, apesar
de
não terem aplicabilidadeem si
mssmas, são componentes necessáriaspaÍa
a
exesução de tarefasmais
complexas. Compete entãoao
edueador relacionar a tarefa global com as partes que a constituem.É ainda fundamental que haja sequência e exequibilidade nas tarefas, de modo a que os educandos se sintam motivados para as realizarem.
1.1.4
O educador
"("..) é na Educação - formal e informal, escolar e qtra-escolar
-
que se ioga boa parte daquilo que a pessoa pode vir a ser. O professor é um parceiro privilegiado do aluno, em ordem ao crescimento deste enquanto único entre iguais. Seja o professor especialista em Matemdticas, Língua Portuguesa, Educaçdo Física ou Biologia ele tem a obrigaçdo de ser, sempre, um fimcionário do humano. Á gtória do testernunho, que cada um de nós tem depôr
ern prática, obriga-nosa
acntar,fora
das luzes da ribaha, rnass com empenhocontirruado, calmo e persistente, na Promoçdo de outrem (...)."
(DIAS, 20O4: 15, 16)
O professor, como educador, deve ser entendido como um
factor
determinanteno
desenvolvimentoe
aprendizagemdo
educando.Cabe ao pÍofessoÍ,
enquantoconsüutor, executor
e
gestoÍ
do
ctrrículo, uÍna
parcela
muito
importante
na Íesponsabilidade do que, efectivamente, a escolafazparuque
os seus alunos aprendam.Contudo,
os
professores confrontam-se diariamentecom
situaçõesde
diversidade sociocultural, quer dos alunos, quer dos contextos educativos; e com medidas políticas enormativas.
De
modo
a
desempeúar
o
seu
papel de forma
eficiente,
ele
tem de
seÍ competenteno
ensino
(corecto)
dos
conteúdos prograÍnáticose
nos
domínios
das Cifurciasda
Educação(Psicologia, Sociologia da
Educagão,Didáctica,...).
Alán
de possuir uma competência nestes domÍnios,o
educador deve ainda ser portador de umaestrufilra
mais
ou
menos equilibrada
e
sensível.
"Á
sua
maneira
de
ser,
a
sua mentalidade, os seus estados afectivo,s, os seus interesses, urna deterrninada concepção desi
mesmoe
do
mundo queo
rodeia
têm sobre os alunos umagrande
influêrtcia."
(ALARCÃO
eTAVARES,
1992: 140)Outro aspecto fimdaurental que cabe ao professor é a reflexão.
Reflectir
é algo que todos devemos fazer aolongo
da nossavida,
nomeadamente na nossa actividadeproÍissional.
Cada momento
que
passa,
talvez deva ser
alvo
de
uma
autocrítica construtiva,no
sentido de melhoraÍ os nossos comporüamentos, acções, corúecimentose
atémesmo
o
relacionamentocom as
outras
pessoas,directa
ou
indirectamente, envolvidas neste processo deensino/aprendin3emem
que todos estarnos empenhados.Ftogranu "Escola Seguta"
Este
processodeve
envolver toda
a
parte
pedagógica,psicológica,
socioculfural, comunitária, intergeracional,arrbiental,
intercultural,de
solidariedade sociale
outras em que todos beneÍiciem, sem haver separação possível. Só assim se podecontribuit
paruque vigore, nas nos§as escolas o suces§o educativo.
A
este propósitoALARCÃo
eTAVARES
(cit. porVIEIRA,
1993) salienta quo:*(...)
O elemento reflexão é hojea
tónica do dtscurso sobre asfinalidades
educativas,quer
nos ocupetnos delqsao
nível
daformaçdo
dosalunos,
dos profe§soresou
dos supentisores. Essencial a um processo contínuo de desenvolvimento e aprendizagem, de construçãodo
ser,
do
saber
e
do agir,
a
reflexãosurge como
indispensd»elpara
desenvolver a autonomia que permite ao homem enfrentar com confiança e e/icácia os dilemas que caracterizam o mundo contemporâneo."1.1.5
A turma
Mesmo sendo desejável que
o
desenvolvimento e a aprendizagem decorram domodo mais
personalizado possível,ro
interior
da
interacçãodo
processo educativo, também se deve considerar a sua dimensão colectiva (a turma, a escola)'Uma furma constitui-se de
um
determinado número de alunos que estabelecem entresi
relacionamentosmuito
concretos de simpatia, de antipatia, deindiferenÇil,'.-
oque
estarána
basedas
suas atitudese
dos
seus comportamentosde
aprovação, de aceitação, de rejeiÇão, de agressividade, entre outros.Apesar do comportamento dos alunos não se circunscrever apenas à sala de aula,
é nela
que eles seexprimem de
umaforma mais
determinante,ou não
fosse este o espaço pedagógicopróprio
da turÍna!Os autores consideram
a
salade
aulao
"ventre
materno",o
lugar em
que o§alunos se encontram em gestação educativa através da interacção do desenvolvimento e
da aprendizagem. Pode-se entâo afirmar que "(.
..)
a sala de aula é o espaço pedagógicapor
excelência
da
escolo,
porque
é
neste espaço
que
acontece
a
educação,
a"constrwtçêio" humana, ndo só
do
educando mas tambémdo
educador visto Qil€,(...)
educar é antes de mais educar-se."
(ALARCÃO
eTAVARES,1992:
142)Nesta
interacção
do
processo
educativo,
há
também
que
corrsiderar
o§mecanismos de comunicação entre o professor e os alunos. Segundo os autores, podem-se
distinguir
três modosde
comunicação(4, B
e
C-
cf. Figua 2)
nessa interacção, podendo ser aplicadosno
decorrer da mesma aula, de acordocom
os seus diferentesPtograma"Escola Seguto"
momentos. Surge ainda outro
tipo
de comunicação (D-
cf,
Figura 2), clandestina, entre determinados alunosou
grupos de alunos, que pode perhrrbar e cortar a comunicação com o professor. A r Aluro P . Pmíeuor  P t al lã P A1 Ât P Y att
\
A: Corauaieaçáo aum xi scntido
Àn
Â-C: Comunicaçôo nos dois semidos COm intcrocçào enarc os olunos
n
\
À!A1
B: Comuaieaçáo aos dois scuidot
P I'
,
t
e...-. r A! AG D: Comunicação clandcsino c suas conscqu€nciosí
.'1 ^n['igura
2 - Modos de comunicação na sala de aula(In ALARCÃO e TAVARES,1992: 142)
A
turma entendida como o lugar de encontro entre o educador e o educando-
osdois
principais
agentesdo
processo educativo-
exerceuma
grandeinfluência
no desenvolvimentoe
aprendiz agemdos
educandos."As
turmas
integrarn
o
todo,
a coruunidade educativa que éo
escola,com
todos os outros ogentes e espaço§ que dela fazernptrte."
(ALARCÃO
eTAVARES,
1992:I42)
1.1.6
A
escola
A
nossa sociedade exige uma Escola activardinâmica e abeÍta à comunidade'A
Escola deve desenvolver umacútura
de participação, paÍa que esta, juntamente com afamília
e toda a comunidade eduçativa possam contribuir paÍa o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos indivíduos, tornando-os cidadãos mais responsáveise
liwes
na
sociedade.É
estetipo
de escola que é preconizadapelaLei
de Bases(L"i
n%6/g6,
de
14 de
Outubro)
e
que exige uma
mudançado
SistemaTradicional
de Ensino.Progruma "EscolaSegana"
Como
tal, a
Escolade hoje
exige novas posturas, novas responsabilidades de todosos
que nelaintervêm e contribuem ptra
umamelhoria do
ensino-Só
assim aEscola
será
vista como uma
organização, relativamenteà
gml, nm
oonjrurto
deindivíduos
interage/cooperacom
o
intuito
de
alcançar determinados
objectivos, contribuindo as relações entre os mesmos para a definirem Gomo organização, tornando cada Escola única, com a sua propria cultura'A
Escola constifui-se,pois,
comoum
sistemade
acção onde todosos
actoreseducativos,
desde professores,alunos,
pais
e
arxiliares
de
acção educativa
vãodesenvolver estratéBias,
definindo
a sua maneira de participar e estar na escola' Deste modo, esta instituição não deve ser reduzida a uma realidade abstracta e reflectida pelo modelo daqueles que a criaram de modo indiferenciado e anónimo.A
escola nâo pode, demodo
algum,permitir
o
aumentodo
insucesso? daindisciplina,
dadelinquência,"'
Convém,no
entanto, satientar queo
seu bom funcionamento e desempentro se devemnão só ao nível de
organizaçãoe
gestâoda
escola,coÍno
talnbém
à
seriedade e dedicação daqueles que a integram.Não obstante ainda a grande concorrência da "escola paralela" dos Mass Media,
a
escola é umainfluência
decisiva, tantono
desenvolvimento ena
aprendizagem doseduoandos
e
educadores,como
tanrbém
ta
sua
própria
transformação
e
na transformação da sociedade."...
o
clima de Escola-
o
ethos vivtdo na Escola-
define'se peta forma como está organizada, cotno garante a comunicaçdo e ndo só a irtforrnação, cotno recebe e ouve osiírr,
cofno soliciã a enyada da comunidade erwolvente ou como responde aos s€u§ apelos..."palxÂo,2o0o)
1.1,.7
A famflia
pais e
famíliq
são termos distintos que apresentam urna grande proximidade' De acordocom DAVIES et
al
(1989:
24),o
termopais
refere-se aosadultos
que têm responsabilidade legat sobre a criança enquanto o conceitofamítia
refere-se ao grupo deadultos e crianças, no qual a criança se insere e a que esta ligada por laços de parentesco ou adopçâo.
Família,
essolae
sociedade são instituições inteiramente ligadas,pelo
que, ao ocoÍÍerem problemas nrrma deras, os mesmos reflectem-se nas restantes.nEscola
A
família
estáincluída
entreos
principais
factores que sondicionamquer
o processo educativo,quer
o
desenvolvimentodo
educando."Tanto os
educandos, os alunos, como os educadore§, os professores, levampara
a escola e mais concretamentepara
a
sala deaula
os
seu§próprios
problema§fatniliares
que,por
suo vez' reflectemos problemas de um deterrninado tipo de sociedade, os quais condicionsm ndo apeno§ 4
dinâmica
da
intervenção
do
processo
ensino/aprendizagemmas
tarnbérn
odesenvolvimento
mútuo dos
seuspróprios
agentes eparticipantes."
(ALARcÃo
eTAVARES,
1992: 144, 1 45)Visto
a escola ser sensivel e vulnerável aos problemas no seio dafamília,
torna-se
importante
não
esquecere
considerar
a
mesma
§,omo,m
dos factorcs
queinfluenciam
o
desenvolvimentoe a
aprendizageme
que,por
isso mesmo,deve
ser incluída e ponderada como parte integrante da interaeção do processo educativo',,
*(...) Escola e família tgisamem-se na sua relaçdo como verdadeiros grupos que embora
if\eiunciados, -se
pretendem cooperativos. Sistemas diferentes que ffansfornern
a
suointerucção
numaiat
parceria,'de forma a tryea
gionça (...) possa deserwolver aomfuirno as suas capaciàades deforuna harnoniosa e coerente
(..')'"
(DIAS, 1999: 65)
Tendo
ainda em conta
o
Preâmbuloda
"Convençãosobre
o§ Direitos
da Criança, ,L,
" Convictos de que afamília,
elemento natural e fundnmental da sociedade emeio ruatural
para
o crescimento e bem-estar de todosos
seus ruembros, e emparticular
das
crianças, d.eve recebera protecção
e
assistência necessáriaspara
desernpenhar plenaruente o seupapel
yw cornunidade(...)"
as crianças devem crescernriln
ambientefamiliar
estável,num clima
de amor, felicidade e compreensão, de modoa
quea
§ua personalidade se desenvolva de forma harmoniosa.segundo
DAVIES et
al
(1gg9),o
envolvimento
dospais
apresenta inúmeros beneficios:o
desenvolvimentoe
aproveitamento essolar das criançasé
relativamenternelhor, os próprios pais
sentem-semais
confiantes
e
úteis,
os
professores
e
a§insüfuições
escolaresfuncionam
muito rnelhor,
a
sociedade democráticapode
§er beneficiada. Comotal, o
docente deve corúecer os factores sóciofamiliares do
aluno, assim como estar atento a todoo
processo ensino-aprendi z-a*eÍr, de fornna a detectar e analisar sintomas ou dificuldades que surjam no sêu percuÍso educativo.I Adoptada pela Assembleia-Geral nas Nações Unidas, em 20 de Novembro de 1989 e
Fortugal, em}l de Setembro de 1990.
ratificada por