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"Competitividade"/produtividade e impactos das políticas de câmbio e juros sobre preços recebidos dos produtos agropecuários comercializáveis do Brasil

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(1)

ÍCOMPETITIYIDADE”/PRODUTIVIDADE E

IMPACTOS DAS

POLIT-I.CAS›DECA1\/ERIC

E,JUROS

SOBRE.PREÇQS

RECEBIDOS

DOS

ERODUTGS

AGRGPECUARIOS

“CGMERCIALIZAVEIS

DO

BRASIL

MARIO

ANTÓKEÍ)

sA1¶r‹§§fLoPEs

(2)

Í'COMPETITIYIDADE”/PRODUTIVIDADE

IMPACTOS DAS

-

POLITICAS

DE

CAMBIO

E,JUROS .SOBRE

PREÇOS

RECEBIDOS

DOS

PRODUTOS

AGROPECUARIOS

COMERCLÀLIZAVEIS

DO

BRASIL

Monografia

submetida

ao

Departamento de Ciências

Econômicas

para obtenção da carga horária

na

disciplina

CNM

5420

Por:

Mário

António Santos

Lopes

Orientador: Laércio

Barbosa

Pereira

Área de

pesquisa: Teoria

Macroeconômica

Palavras-chaves: 0

Taxa

Real de

Câmbio

0 Preços agrícolas

0

Desempenho

exportador agropecuária

^

(3)

A

Banca

Examinadora

resolveu atribuir a nota

_8,0

(Oito)_ o aluno

Mário

António Santos

Lopes,

na

disciplina

CNM542O

-

Monografia,

pela apresentação deste trabalho

Banca

Examinadora:

-

/

A

*_ ____z Y

9

/1

... -_ _ _ ---_---..-_-

Prof. Dr. Laércio

Barosa

Pereira

Presidente*

...

Prof. Dr. Roberto

Meurer

Membro

f-¬_ as

,,

... _.~_- .--__1_---:;:;=-zzzzzl---

Prof. Dr. J `

Serafim

Tusi

da

Silveira

(4)

Laércio, pelo apoio e orientação

fundamentais para a realização

deste trabalho.

E

para todos aqueles

que

de

alguma

forma contribuíram

(5)

caminho ou

de abrir

alguma

perspectiva

nova

deve ser

considerado

como

benfeitor da humanidade.

David

Hume,

(6)

LISTA

DE ABREVIATURA

RESUMO

Capítulo

I

I -

INTRODUÇÃO

1.1.

PORIVIULAÇÃO

DA

SITUAÇÃO

PROBLEMA

1.2.

OBJETIVOS

1.2.1. Gerais

1.2.2. Específicos

1.3.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Capítulo

II

2.

QUADRO

TEORICO

ANALITICO

2.1. I1\/[PACTOS

DAS

POLÍTICAS

CAMBIAIS

E

JUROS

NA

COMPETITIVIDADE

2.1.1.

Regime

de

taxa de

câmbio

fixa

2.1.2.

Regime

de taxa

de câmbio

flexível

2.1.3.

Regime

de

bandas cambiais

Capítulo

III

3.

POLÍTICAS

CAMBIAIS

E

DE

JUROS

NO

BRASIL

NA

DÉCADA

DE

90

3.1.

CARACTERIZAÇÃO DAS

FASES

DA

POLÍTICA

CAIVHBIAL

3.1.1. Primeira fase: Janeiro/90 à Junho/94

3.1.2.

Segunda

fase: Julho/94 à Janeiro/99

3.1.3. Terceira fase: Fevereiro/99 à

Dezembro/00

3.2.

POLÍTICA

DE TAXAS DE

JUROS

NO

BRASIL

3.3.

ANALISES

DAS CORRELAÇÕES

3.3.1. Correlação entre

Taxa

de

Câmbio

Real e

IPC-BR

3..3.2. Correlação entre

Taxa

Real de

Câmbio

e

IPA-EUA

-l>UJUJbJ›-flv-› GI1"5°\°* 15 15 16 19

24

26

30

30

31

(7)

4.

““COMPETITÍVIDADE”/PRODUTIVIDADE

DO

SETOR AGRÍCOLA

NA

DECADA

DE

90

4.1.

SÍNTESE

DO

COMPORTAMENTO

DOS

PREÇOS RECEBIDOS

4.1.1. Influência

da Taxa

Real de

Câmbio

sobre os Preços Reais Recebidos Pelos

Produtores Agropecuários

4.1.2. Influência

da

Taxa

de Juros sobre os Preços Reais Recebidos pelos Produtores

Agropecuários

4.2.

SÍNTESE

DA

EVOLUÇÃO

DO

DESEIVWENHO

EXPORTADOR

DOS

PRoDUTos

AGRoPEcUÁ.RIos

4.2.1.

Desempenho

exportador de alguns produtos agropecuários comercializáveis

no

comércio internacional

4.2.2. Influência

da

Produtividade

na

Taxa

Real

de

Câmbio

Capítulo

V

~

5.

CONCLUSAO

_

REFERENCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

(8)

LISTAS

DE GRÁF1cos

Gráfico

1: Brasil

-

Evolução

da

Taxa

Real de

Câmbio

e da

Taxa de

Inflação - 17

Jan/90-Dez/O0

Gráfico

2: Brasil

-

Evolução

das

Taxas

Reais e

Nominais

de Juros - J an/90-Dez/00

27

Gráfico

3: Índice

Médio

Anual de

Preços Reais Recebidos pelos Produtores

39 Agropecuários Brasileiros e

Taxa

de

Câmbio

Real

Gráfico

4: Índice

Médio

Anual

de Preços Reais recebidos Pelos Produtores

41 Agropecuários Brasileiros e

Taxas

de Juros

Gráfico

5: Índice de

quantum

de exportação de Soja, Frango e Suíno Brasileiras

46

Gráfico

6: Índice de

Taxa

Real de

Câmbio

e Índice

Médio

de Produtividade 51

(9)

LISTAS

DE TABELAS

Tabela 1: Índice

Anual de

Preços Reais Recebidos pelos Produtores Agropecuários

38

Brasileiros e

Taxa

Real

de

Câmbio

- 1990-2000

Tabela 2: Coeficiente de Correlação Linear Simples (r) entre

Taxa

Real de

Câmbio

40

e Preços Reais Recebidos Pelos Produtores Agropecuários

Tabela sz Índice de Produtividade Fisica i

45

(10)

LISTA

DE

ANEXOS

Anexo

A: Cálculo

Mensal da Taxa

Real de

Câmbio

60

Anexo

B: Cálculo

Mensal da Taxa

Real de Juros 64

Anexo

C: Cálculos dos Índices de Preços Reais Recebidos dos Produtos Agropecuários (milho, soja, trigo, frango e suíno),

da

Taxa

Real

Anual de 68

Câmbio

e das

Taxas Nominais

e Reais de Juros

Í

Anexo

D: Cálculo

da

Variação

Anual

e Índice de Produtividade dos Principais

69

Lavouras Agropecuárias `

Anexo

E:

Dados

Brutos das Exportações agropecuários e Exportações Totais

70

Anexo

F: Procedimentos

de

Cálculo da

Taxa Anual de

Crescimento

do

Índice de Preços Reais Recebidos, Produtividade e Exportação Agropecuária e 71

(11)

LISTAS

DE

ABREVIATURAS

IPC-BR:

Índice de Preços ao

Consumidor no

Brasil

IPA

- EUA:

Índice de Preços

do

atacado nos Estados

Unidos

IGP-DI: Índice Geral de Preços de Disponibilidade

Intema

FGV:

Fundação

Getúlio Vargas

FMI

:

Fundo

Monetário Internacional

SISBACEN:

Sistema

de

Informações

do

Banco

Central

GATT:

General

Agreement on

Tariffs

on

Trade

CONAB:

Companhia

Nacional de Abastecimento

ICMS:

Imposto sobre

Comércio

de Mercadorias e Serviços

(12)

Este trabalho

tem

como

objetivo analisar os ganhos de “competitividade”/ produtividade

e demostrar

como

os preços reais recebidos pelos produtores e o

desempenho

exportador agropecuário

reagem

frente às influências das políticas cambiais e de juros

no

Brasil, nos anos 90. Para

o cumprimento

deste, buscou-se primeiramente fazer urna revisão teórica analítica dos

impactos destas políticas

na

competitividade, mostrando as possíveis relações entre as variáveis,

bem

como,

os efeitos dos referidos impactos nos 'principais regimes cambiais vigentes

na

economia.

l

Tomando como

base as principais alterações

na

política de

câmbio

e juros ocorrida

na

década

de 90, testou-se hipóteses sobre as relações entre as variáveis que

compõem

a

competitividade, isto é, IPC-FIPE,

IPA-EUA

e a taxa de juros, utilizando o coeficiente

de

correlação linear simples.

Convém

ressaltar

também

que, mostrou-se as influências destas

políticas nos preços reais recebidos pelos produtores agropecuários de soja, milho, trigo, frango e

suíno,

bem'

como, na

evolução dos principais produtos agropecuários exportados e

na

produtividade alcançada.

Os

resultados alcançados

mostram que

o

comportamento

das variáveis analisadas é

compatível

com

a teoria, exceto

em

uns

poucos

períodos. Entretanto,

quando

se analisa a taxa de

crescimento constata-se que há redução nos preços reais recebidos pelos produtores

agropecuários,

como

também

ganhos de produtividade e

aumento

de exportações, nos anos 90.

Portanto, isto significa que,

mesmo

com

a redução nos preços reais recebidos, os produtores

podem

ter alcançado bons resultados. Observa-se

também, que no desempenho

exportador, os

produtos agropecuários que

melhor

se desenvolveram

foram

a soja, frango e suíno, devido à sua

(13)

CAPÍTULO

1

~

1.

INTRODUÇAO

1.1.

FORMULAÇÃQ

DA

SITUAÇÃO

PROBLEMA

A

globalização

ou

mundialização dos

mercados

implica

em

maior nível

de

competição,

ou

seja,

no

«esforço dos vários setores produtivos

em

alcançar maiores ganhos

de

competitividade.

A

competitividade dos setores exportadores de detemiinada economia,

medida

pelo

modelo

simples

proposto por

Dombusch

&

Fischer (1991), depende das variações na- taxa

de câmbio

bilateral/nominal,

nos

indices de preços intemos e

extemos

respectivamente. Qu_an_to'a's_ variações

dos indices

de

preços internos, estes

dependem

das variações dos custos dos fatÍo'res,..de_. produção,

"mark-up" das empresas e produtividade alcançada.

Com

as

mudanças

estruturais ocorridas

à

partir

do

final dos anos 80,

a economia

brasileira

passou por intenso processo de abertura comercial, desregulamentação,~-integração

econômica

(Mercosul) e,

a

de

1994, estabilização

econômica

com

câmbio

valorizado",

expondo os

setores

produtivos a intensa concorrência.

A

abertura comercial

pode

ser,

em

parte, caracterizada pela

redução tarifária e

mudança

na

política cambial e monetária.

Em

relação a redução

de

tarifas

Baumarm

(1999, p.20) afirma: "(...)

uma

redução progressiva das alíquotas

que

foi

acelerada desde 1990.

As

alíquotas tarifárias simples (não ponderadas) foram as seguintes: 1988 -

1990: 33,4%; 1991 - 1993: 17,8%; 1994 - 1996:

12,9%

; 1997 - 1998: 13,9%".

Ainda

segundo

o

autor, a aceleração

do

processo de redução tarifária teve dois

momentos,

um em

1990

com

inclusão

da eliminação de barreiras

não

tarifárias e incentivos a exportação e, outro

no

final de 1994

com

antecipação parcial

da

Tarifa Externa

Comum

do

Mercosul. Estas medidas são explicadas,

nomeadamente, pela necessidade de provocar

um

choque

de competitividade nos produtos

(14)

nível

de

preços.

Com

relação a desregulamentação,

houve

forte pressão interna exigindo melhor qualidade

de matéria prima e necessidade de modernizar

o

setor produtivo, pois, existia

um

forte incremento na segmentação

no mercado

consumidor

marcado

por novas linhas de produtos' e marcas.

A

integração

econômica

(Mercosul), proporcionou desenvolvimento,

na

medida

em

que,

eliminou as barreiras de vários produtos intensificando

o

comércio regional e possibilitou a livre

circulação de mercadorias entre os países

do

bloco

econômico

(Brasil, Argentina, Paraguai e

Uruguai).

À

partir de 1994,

com

a estabilização

econômica

e

câmbio

valorizado, os produtos

brasileiros

tomaram-se

menos

competitivos,

ou

seja,

houve

maior entrada

de

produtos

do

exterior

acinando a concorrência. Essa concorrência forçou grande

número

de empresas a procurar avanços

tecnológicos

que

implicavam

em

mudanças no

processo produtivo via melhoramento

da

qualidade

do

produto, especialização

do

trabalho e ganhos de produtividade.

Por

outro lado, esta maior

concorrência,

da forma

como

ocorreu, levou a exclusão

de

um

grande

número

de empresas

na

economia

brasileira.

Como

os produtos agropecuários são muito importantes

na

pauta de exportação brasileira,

as politicas

de

-Úcambio e juros

passam

a

ter importância

na

formação de seus preços.

Os

principais

produtos agropecuários' exportados pelo Brasil (soja,

fiango

e suíno) tiveram crescimentos,

nomeadamente,

na

segunda metade

da

década

de

90, expandindo-se para os mercados Europeus,

Asiáticos e da

América

Latina.

Com

base

na

contextualização exposta, analisar-se-á os ganhos

de

"competitividade"/produtividade de algumas atividades agropecuárias

no

Brasil,

bem como

os

(15)

1.2.

OBJETIVOS

1.2.1. Gerais

1.2.2. Específicos

Construir

um

quadro teórico-analítico e a partir deste analisar os ganhos

de

"oompetitividade"/produtividade dos principais produtos agropecuários

comercializáveis e os impactos das políticas de

câmbio

e juros sobre os

preços recebidos pelos produtores,

no

período de 1990 à 2000.

-›

Construir

um

quadro teórico-analítico relativo às políticas de câmbio,

A juros

e

"mark-sup" e suas relações

com

o

preço;

-›

analisar as políticas de

câmbio

e juros

no

Brasil,

bem como

suas

correlações

com

o

preço;

-›

Identificar e avaliar os principais impactos das políticas

de câmbio

e

juros nos preços recebidos pelos' produtores e

no desempenho

exportador

(16)

1.3.

PROCEDIMENTOS

METODOLÓGICOS

Para

o cumprimento do

primeiro objetivo, elaborou-se

um

quadro teórico-analítico

do

modelo

simples

da

competitividade (ou taxa real de câmbio)

à

partir dos principais livros textos de

macroeconomia

(Dornbusch

&

Fischer; Hall

&

Taylor; Sachs

&

Larrain; Blanchard; Silva entre

outros) e, identificou-se as possíveis relações das variáveis

que

influenciam os preços.

Para se atingir

o

segundo objetivo, analisar-se-á empiricamente as politicas de

câmbio

e

juros

no

Brasil, utilizando dados estatísticos

do

período 1990 à

2000

e análises

do

relatório anual

do

BACEN.

Esses dados referem-se a taxa de câmbio, taxa de juros e indices de preços obtidos

no

boletim

do

BACEN,

Conjuntura

Econômica

e

no

Instituto de Pesquisa e

Economia

Aplicada

(IPEA), que serão apresentados por

meio de

tabelas e gráficos elaborados a partir

do sofiware

Excel.

A

partir

do

deflacionamento dos dados pelo

lPC

da

Fipe, calculou-se ea taxa

de

câmbio

real

ef *

Pfi

utilizando

o modelo

simples proposto por

Dornbusch

e Fischer (1991), isto é, R,

=

Sendo

que: R, fé

a

.taxa real

de

-câmbio, representando a competitividade; et

a

taxa nominal de

câmbio

(R$/US$); Pfi e P, são, respectivamente, os índices de preços extemos

(IPA-EUA)

e intemos (IPC-

FIPE).

No

trabalho, utilizou-se

como

nominal

de

câmbio, to Real

em

relação ao dólar

americano,

em

razão

da

representatividade da

moeda

norte americana

no

comércio intemacional.

'

1+

z'

Computou-se a

taxa real

de

juros utilizando

o modelo de

Fisher,

ou

seja, l+r

=

., onde, r ei

representam as taxas reais e nominais de juros

(SELIC)

e 1:) é a taxa de inflação.

A

inflação (ir) será Pr

_

Pr -l

calculada utilizando a seguinte expressão: P.

=

Í

1 ,

sendo que, P1 e

PH.

representam os

,_

índices

de IGP-DI da

FGV

no

período atual e

no

período anterior respectivamente.

Para mostrar às relações existentes entre as variáveis

macroeconômicas

calculou-se

o

(17)

É

Xi.)/i

r

=

,

em

que

-l> r

<

1.

Um

valor de r

próximo

de l significa a existência

de

alta ,/l

<Z›‹z*›z‹2

yo

correlação linear positiva entre as variáveis e

próximo

de -1, significa a existência de alta correlação

linear negativa. Por outro lado,

mn

r

próximo

de zero significa a inexistência de correlação linear

entre as variáveis consideradas.

Para se cumprir

o

terceiro e último objetivo, identificou-se e avaliou-se os principais

impactos das políticas

de

câmbio e

juros .sobre os preços recebidos pelos produtores e :sobre

o

desempenho

exportador de algims produtos agropecuários

do

Brasil, nos anos 90.

Os

produtos considerados

foram

soja, trigo, frango, suíno de milho..

Os

índices

de

preços recebidos pelos

produtores destes produtos

foram

deflacionados pelo

IGP-DI da

FGV.

Determinou-se

também

os

índices

de

quantum

de exportação dos produtos de

de

:sua produtividade física. Para avaliar os

impactos das políticas estimou-se a taxa

de

crescimento das exportações (ti), através

do

modelo

exponencial: Y,

=

oc . eøú * ui;

onde

Yi é

o

índice dos valor

da

exportações

no

ano, ti representa

o

tempo

fem anos, ui

é

o

erro estocástico

no ano

t e, ‹e é

o

valor

da

exponencial neperiano 2,718.

Calculou-se

também

o

coeficiente

de

correlação determinando as relações entre os índices

de

(18)

CAPÍTULO

11

2.

QUADRQ

TEÓRICO-ANALÍTICO

2.1.

IMPACTOS

DAS

POLÍTICAS

CAMBIAIS E

DE

JUROS

NA

COMPETIT

Nestes

tempos

de globalização

ou

mundialização de mercados a atenção

em

relação a

competitividade passou

a

ser muito maior por parte das economias desenvolvidas.

A

busca

de

maior

competitividade, passa pelas políticas macroeconômicas,

como:

comercial, cambial, monetária,

tecnológica, industrial,

bem

como,

pela articulação destas. Entretanto, para efeito deste trabalho será

considerado

o

modelo

simples, proposto por

Dombusch

&

Fischer (1991), para estudo

da

competitividade (ou taxa real de câmbio)

da economia

de

detenninado país.

De

acordo

com

Rocha

(1995) e

Miranda

(1998), a taxa de

câmbio

real é definida

em

duas

categorias: a primeira é

0

parâmetro para medir

0

poder aquisitivo e a segunda é

0

parâmetro. para

medir a competitividade.

A

primeira categoria de taxa de

câmbio

real, tida

como

convencional,

baseia-se na paridade

do

poder de

compra da moeda,

pois,

assume

que os preços estão sujeitos a

arbitragem internacional e é utilizada

como

forma de

preservar

o

poder aquisitivo

da moeda.

A

adoção de

uma

política cambial

com

base apenas

na

paridade

do

poder de

compra

da

moeda

(PPP),

enquadrada dentro

do

indicador convencional,

pode

resultar

em uma

taxa de

câmbio

real

desalinhada (Zini Jr, 1995).

A

segunda categoria

tem

como

objetivo medir

o

.nível de

competitividade

extema

dos bens produzidos

no

país relativamente aos bens produzidos

no

resto

do

mundo.

Esse índice

compara

os preços dos bens comercializados

extemamente

com

os preços dos

bens comercializados internamente, domésticos,

medindo

a competitividade

da economia

nacional

(19)

Para

Dornbusch

&

Fischer (1991, zp..213), "a taxa

de câmbio

real

mede

a

competitividade de

um

país

no

mercado

internacional. Ela é dada pela razão dos preços dos bens estrangeiros

medidos

em

dólares,

em

relação aos preços dos bens domésticos". Para

uma

informação mais precisa sobre

a

competitividade é necessário analisar

com

maior

profimdidade

o

índice da taxa real de

câmbio

(Rt),

que té calculado

à

da

equação:

8*Pfi

Ri:

P,

(1) ~

Onde

R1 éra taxa

de

câmbio

real

no

periodo t;

Q

é

a

taxa

de

câmbio

bilateral/nominal e, Pfie

P, são respectivamente

o

índices de preços

no

exterior e doméstico.

O

índice de preços intemos

pode

ser representado pelo

modelo

abaixo:

W

P,

=(1+

Z);

(2)

Sendo

que, P, é indice

de

preço interno

no

período t,

W

representa

o

custo dos fatores

de

produção,

a

é a produtividade

do

trabalho e

Z

o "mark-up". Para analisar

com

maior exatidão as

variações variáveis

em

relação competitividade, reune-se

a

equação (1) e (2), obtendo

a

seguinte

expressão:

er*Pfi

R

Í

mf

(3)

Pz=(1+z)ÍV~

Ú

Esta equação representa

uma

correlação

de

forças, relativa a distribuição dos excedentes

ou

ganhos de produtividade. Entretanto, esta

pode

proporcionar três situações,

ou

seja; a)

o

aumento de

(a) leva

a

urna redução

de

preço e consequentemente,

um

ganho de

competitividade, desde que, to

(20)

de

“mark-up”,

quando

os custos dos iatores, preços e competitividade são constantes; e)

O

aumento

de (a)

pode

ainda aumentar os custos dos fatores,

mantendo

constantes os preços, “mark-up” e

competitividade.

Com

relação as variações de custos

dos

fatores dependem, dentre outras, dos salários,

matéria-prima e taxa

de

juros.

Quanto a

materia-prima,

o

aumento

desta

na

unidade produtiva

pode

implicar

no aumento

dos custos que repassado aos preços, aumenta-0 e, consequentemente, reduz-se

a competitividade.

Por outro lado, as taxas de juros são

uma

das variáveis

macroeconômicas

"mais voláteis e

de mais dificil previsão [pois] (...) suas flutuações estão intimamente ligada às flutuações

da

produção e emprego"(Hall

&

Taylor, 1989., p.8). Assim, as taxas

de

juros são consideradas nas decisões de financiamentos e investimentos,

porém

esta

pode

ser distinguida

em

taxa nominal e taxa

real. Para Sachs

&

Larrain (1998),

a

taxa nominal

de

juros

mede

as unidades monetárias adicionais

que

um

indivíduo

pode

obter usando a

moeda

para adquirir

um

ativo financeiro. Por outro lado, a

taxa real

de

juros

mede

"as unidades adicionais

da

produção

que

podem

ser obtidas fazendo

a

mesma

operação (...) é igual a taxa nominal de juros

menos

a de inflação" (Sachs

&

Larrain,

1998, p.277). Logo, as variações nas taxas de juros alteram os custos,

ou

seja,

um

aumento

dos juros

pode

ser repassado

ao

preço,

tomando

os preços dos bens produzidos mais altos, reduzindo a

competitividade. -

Quanto ao

“mark-up", a

firma

oferece a produção a

um

preço

mínimo

para cobrir seus

custos, pois, "(...) as gostariam

de

cobrar mais que

os

custos, porém, ta competição das

firmas

existentes e das que

podem

entrar para capturar parte dos lucros evita

que

os preços se desalinhem

em

relação aos custos"

(Dombusch

&

Fischer, 1991, p.565). Assim,

um

aumento do

"mark-up" (Z)

pode

ser repassado aos preços, reduzindo a competitividade.

Pela equação (3), outra variável explicativa

da

variação

da

taxa de

câmbio

real é

o

preço

externo (Pfl),

que

é determinado

exogenamente na medida

em

que

a

economia

não é suficientemente

(21)

preços internacionais =(`Roc=ha,l995).

Quando

o

nível de preços

do

país concorrente

no mercado

intemacional aumenta, significa que

aumenta

R,

ou

seja,

aumenta

a competitividade interna.

O

aumento da

produtividade

do

concorrente

pode

implicar

na

queda

do

seu preço e,

consequentemente,

na

redução de competitividade

do

país doméstico,

permanecendo

constante as

demais

variáveis.

Na

competitividade

da economia

(RJ, a taxa nominal de

câmbio

(et) é definida entre outros

autores por (Hall

&

Taylor, 1989; Sachs

&

Larrain, 1998; Blanchard (1999)),

como

o

preço

da

moeda

estrangeira

medido

em

unidades

da

moeda

doméstica. Todavia, a

forma

mais usual utilizada

é a que expressa

o

número

de unidades de

moeda

doméstica necessário para adquirir

uma

unidade de

moeda

estrangeira. Este critério é adotado por vários países,

nomeadamente,

Brasil, França,

Alemanha,

Estados Unidos, etc.

As

variações

na

taxa nominal -de

câmbio

podem

ocorrer

de

duas

formas: a primeira é a desvalorização

com

aumento

da taxa,

onde

necessita-se mais

moeda

doméstica para adquirir

uma

unidade de

moeda

estrangeira e, ea :segunda

é

a valorização

com

redução

da

taxa necessitando-se de

menos

moeda

doméstica para adquirir

uma

unidade

da

moeda

estrangeira. Geralmente, as desvalorizações implicam

no aumento da

competitividade, pois, os

preços dos produtos nacionais

tomam-se

mais baratos

no mercado

intemacional.

No

caso das

va-lorizaçõesi verificam-se perdas

de

competitividade,

na medida

em

que, os preços dos bens

domésticos

ficam

mais caros

do

que os produzidos

no

exterior. Entretanto, aumentar a

competitividade através de desvalorização cambial,

não

tem

nenhuma

sustentabilidade.

Como

a

taxa

de

(câmbio,

a

taxa

de

juros e os

de

preços 'influenciam a

competitividade das exportaçoes, há necessidade de mostrar suas relações nos principais regimes

(22)

2.1.1.

Regime

de

Taxa

de

Câmbio

Fixa

Desde o

fmal

do

século

XIX

até

o

início dos anos 70, predomjnava

o

regime de taxa de

câmbio

fixo.

O

regime

começa

com

o

Padrão-(Ouro

onde

a

autoridade monetária compromete-se

a

conversibilidade a partir

de

uma

relação

fixa

de preço entre a

moeda

nacional e

o

ouro. Desta forma,

a

moeda

fica ancorada

no

ouro por muito tempo,

podendo

ser trocada entre si

a

uma

taxa fixa.

Com

o tratado de Bretton

Woods,

assinado

em

1944, surge

um

sistema

de câmbio

fixo

para os países

membros

do

Fundo

Monetário Intemacional (FMI),

composto

pelas economias de mercado,

onde

"cada nação deveria definir

o

valor

da

respectiva

moeda

em

relação ao dólar" (Sachs

&

Larrain,

1998, p.320). Neste regime,

o

dólar é

fixado

em

tennos de

uma

determinada quantidade de ouro (35

dólares por onça).

Com

o

abandono do

tratado,

em

1973, ressalta-se

a

importância crescente dos

capitais privados transnacionais na detemiinação e alteração da taxa de

câmbio

da

moeda

doméstica

em

relação às outras

moedas

externas.

No

regime de taxa de

câmbio

fixo os bancos» centrais

"ficam

a postos para

comprar

e vender suas

moedas a

preço

fixo

em

termos

do

dólar"

(Dombusch

&

Fischer, 1991., p.206).

Nesse

sentido, cabe

ao

govemo

estabelecer

um

valor para a taxa de

câmbio

e comprometer-se a

manter

a

conversibilidade,

ou

seja,

comprar e

vender divisas

à

taxa estipulada. Para que este sistema

funcione,

o

BACEN

deve manter Luna quantidade de

moeda

estrangeira suficiente (reservas

internacionais) para atender

a

eventual excesso

de

demanda

por

moeda

externa

Segundo

Dombusch

&

Fischer (1991) e Sachs

&

Larrain (1998), durante

o

regime de taxa

de

câmbio

fixo, se houver

uma

demanda

por dólares maior que a oferta, significa que, haverá

pressão para

awnento do

preço

do

dólar e, portanto, desvalorização da

moeda

nacional. Entretanto,

para que isso não acorra,

o

govemo

intervém através

da

venda de dólares

no

mercado, enquanto

o

país tiver reservas para bancar

o

equilíbrio

o câmbio

permanecerá fixo.

A

venda de dólares

no

mercado

implicará

em

redução

da

oferta monetária e portanto,

em

aumento da

taxa

de

juros,

aumentando

os custos de produção das empresas. Este

aumento

dos custos poderá ser repassado aos

(23)

De

acordo

com

as medidas apontadas acima, vários países

adotam o

regime

de

taxa de

câmbio

fixo, porque: 1) Facilita os negócios

tomando-o

menos

custosos para as empresas, pois,

ao

tomarem

decisões de produção e investimento

não

tem

de

se preocupar

com

as variações na taxa de

câmbio; 2)

Com

a taxa de

câmbio fixa

elimina-se os problemas relacionados às alterações

indesejadas nas importações, nas exportações e

no

produto e 3)

Acaba

com

a liberdade

de

estabelecer de maneira independente a política monetária e elimina

o

risco de "mal comportamento"

do

BACEN

(Blanchard, 1999).

O

regime de taxa

de câmbio

fixo

ao garantir maior estabilidade

no mercado

cambial, incrementa

o

comércio intemacional e

o

nível de investimentos. Porém,

o

sistema deixa a

economia

vulnerável

a

choques externos, os quais

podem

provocar alterações nas reservas cambiais e nas taxas

de juros, tomando-as incompatíveis

com

os objetivos econômicos intemos.

2.1.2.

Regime

de

Taxa de

Câmbio

Flexível

Desde

1973, as principais economias

do

mundo

industnalizados trabalham sob regime de

taxa

de câmbio

flutuante (ou flexível),

onde a

autoridade monetária "não

tem compromisso algum

para apoiar

uma

determinada taxa" (Sachs

&

Larrain, 1998, p.328). Assim, "os bancos centrais

permitem

que a

taxa

de câmbio

se ajuste para equacionar

a

oferta e

a

demanda

por

moeda

estrangeira"

(Dombusch

&

Fischer, 1991, p.208). Esse ajustamento instantâneo da taxa

de

câmbio

atua

como

um

elemento

de

ajuste face a

um

choque

extemo, eliminando desequilíbrios

no

balanço

de pagamentos.

Neste regime,

o

BACEN

fica

liberado

da

conversibilidade a taxa fixa, assegurando maiores

graus

de

liberdade

na condução da

política econômica,

podendo

determinar a oferta monetária.

(24)

câmbio

flutuante (ou flexível)

pode

ocorrer

na

economia

de duas formas,

ou

seja, flutuação "suja"

(ou controlada) e flutuação "limpa".

No

caso de flutuação "suja", os bancos centrais participam

do

mercado de

divisas

comprando

e

vendendo

moeda

estrangeira à taxa estabelecida. Desta forma,

Silva (1999, p.204)

afimra

que: “o

Bacen

sempre será

um

participante especial, na

medida que o

volume

operações é, nomralmente, muito maior que os demais agentes. Por isso, suas

compras

ou

vendas de divisas

podem

causar alteração da taxa de câmbio,

o

que é, muitas vezes, a

própria razão

da

participação.

Mas,

nas suas operações,

o Bacen compra

re vende

moeda

estrangeira

ao preço (taxa

de

câmbio) de mercado, contrariamente ao regime

de

taxa

fixa

de câmbio”.

A

livre

flutuação cambial neste regime é restringida pela atuação

do

BACEN,

no

sentido de, impedir

que

a

taxa de

câmbio

ultrapasse determinados limites que

possam

ser prejudiciais a

economia

Este

regime, procura preservar os graus de liberdade

da

política monetária existente

no

sistema de

câmbio

flutuante, mas, ao

mesmo

tempo, introduz

mecanismos de

intervenções

do

BACEN

que permitam

limitar a instabilidade cambial.

A

outra fomra

do

regime flutuante é a flutuação "limpa",

onde o

BACEN

não intervém

na

compra

ou

venda da

moeda

estrangeira.

Como

o

mercado

estabelece a taxa de câmbio, se a

demanda

por dólares for maior

que

a oferta, ocorrerá

uma

desvalorização instantânea,

com

aumento

das

exportações e redução das importações resultantes

do

ganho

de competitividade obtido pelo produto

nacional.

No

caso da oferta por dólares maior que a demanda, ocorrerá

uma

valorização instantânea

e perda de competitividade. '

Em

geral, a maioria dos países que

adotam 0

regime de taxa de

câmbio

flexível dissimulam

a não

intervenção

no

mercado,

mas

quando

a

economia

atinge

uma

situação

em

que

na

compra

ou

a

venda

de

moeda

estrangeira é suficientemente grande,

intervenção imediata dos bancos centrais

para evitar tanto a entrada exagerada

como

a saída de capital

do

país. Logo,

na

prática à partir

de

(25)

2.1.3.

Regime

de

Bandas

Cambiais

No

regime de bandas cambiais,

0

govemo

estabelece

uma

faixa de flutuação

(fixando

os

limites

máximos

e minimos) -dentro dos quais

a

taxa

de câmbio pode

oscilar.

Quando

a

taxa

de

câmbio ameaça

ultrapassar os limites da banda,

o

BACEN

intervém

no mercado

cambial através

do

uso de reservas cambiais

ou

alteração

na

banda.

No

primeiro caso, ocorrerá variações

na

taxa

de

juros.

Teoricamente,

o

regime de bandas

pode

combinar algumas vantagens dos regimes de

câmbio

fixo

e flexível, pois, adquire estabilidade cambial, preservando certo grau de autonomia

na

condução da

política monetária.

A

amplitude

da

margem

de flutuação

da

banda

pode

determinar se

o

regime está mais

próximo do

regime de

câmbio

fixo

(bandas estreitas)

ou do

regime

de câmbio

flexível (bandas largas).

Quanto

mais

ampla

for

a

amplitude

da

banda, maior é

a

margem

de

manobra da

política monetária

Quando

a taxa de

câmbio

se aproxima

do

limite superior

da banda

cambial,

aumentam

as

expectativas dos agentes de

que

o

BACEN

irá intervir para defender

a

banda,

vendendo

moeda

estrangeira para baixar (apreciar) a taxa de câmbio. Similarmente,

quando

a taxa

de câmbio

se

aproxima

do

limite inferior

da

banda,

formação de expectativas

de

uma

depreciação futura

da

moeda

aumentando o

valor da taxa de câmbio, trazendo-a de volta para

o

interior

da

banda (Seabra,

1998).

Assim,

quando o

regime de bandas cambiais for conduzido

com

consistência e

transparência,

há mudanças

graduais

na

busca

do

equilíbrio nas contas externas, influenciando a

estabilização dos mercados financeiros e a transmissão

da

desvalorização cambial aos preços

intemos. Para isso, existem regras para

o

ftmcionamento

do

regime, as quais são definidas

de

modo

unilateral entre os países

de

alta inflação

e

o de

países centrais,

de

acordo,

com

a fixação

de limites

(26)

Na

análise

do

quadro teórico/analítico identificou-se as direções de causalidade das

variáveis

macroeconômicas

que influenciam a competitividade

da

economia.

Nesse

sentido,

constata-se que,

o

índice de preços internos se relacionam negativamente e,

a

taxa nominal/bilateral

e

o

índice de preços externos variam positivamente

em

relação a competitividade.

Quanto ao

juros,

estes

podem

alterar os preços e, desta forma,

a

competitividade

da

economia. Entretanto, isto

pode

ocorrer nos principais regimes cambiais vigentes

na

economia,

com

maior ênfase

na

taxa

fixa

de

câmbio,

aonde

com

demanda

por dólares maior

que a

oferta é preciso vender dólares implicando,

portanto,

no aumento da

taxa de juros e perda de competitividade.

Após

estas exposições, procurar-

se-á

no

capítulo III analisar as políticas de

câmbio

e juros

no

Brasil nos anos 90, mostrando suas

(27)

CAPÍTULO

111

3.

POLÍTICAS

CAMBIAIS

E

DE

JUROS

NO

BRASIL

NA

DÉCADA

DE

90

Este capítulo será dividido

em

três tópicos para

melhor compreensão

dos acontecimentos

que

marcaram

a evolução das políticas cambiais e dos juros

no

Brasil, durante a década de 90.

No

primeiro tópico caracterizou-se as fases

da

política cambial, verificando suas

mudanças

significativas,

mostrando

assim a instabilidade

na adoção

de políticas consistentes

com

o

desenvolvimento

do

país.

No

.segundo tópico procurou-se caracterizar e .analisar ia evolução das

taxas de juros.

No

terceiro e último tópico analisou-se as correlações existentes entre as variáveis

(taxa de câmbio, taxa

de

juros e preços)

no

período

em

estudo.

3.1.

CARACTERIZAÇÃO

DAS

FASES

DA

1>oLíT1cA

CAMBIAL

Após

vários anos de

fixação

de taxas cambiais pelo

Banco

Central,

no

sentido de

proporcionar

uma

desvalorização

da

moeda

doméstica

em

pequenos, intervalos através

do

processo

de

minidesvalorizações diárias, procurou-se à partir

do

final dos anos 80, rjuando houve significativa

redução dos subsídios às exportações

de

produtos manufaturados, eliminar

a

defasagem cambial e.

recuperar a competitividade das exportações.

-H

` .

A

resolução ri” 1552,

de 22 dezembro de

1988, regulamentado pela circular n° 1402

de

2 de

janeiro de 1989, instituiu

0

sistema de taxa de

câmbio

flutuante,

em uma

tentativa de diminuição

da

intervenção

do

Banco

Central

no

controle

do câmbio

e, desta forma,

o mercado

cambial passou

a

operar

em

dois segmentos: taxas administradas e taxas flutuantes. Esses controles ocorreram,

(28)

cartões

de

crédito internacionais,

câmbio

manual, entre outros.

Com

a

liberalização progressiva

do

câmbio,

0

govemo

resolveu autorizar

0

funcionamento

do mercado

de dólar turismo, iniciando

um

período de maior flexibilidade

do mercado

cambial (Zini Jr, 1995).

Nesse período, a

economia

brasileira caracterizou-se por

uma

acentuada valorização

cambial associada

ao

fracasso dos planos

de

estabilização antiinflacionários, que

mesmo com

a

política de minidesvalorizações diárias

em

1988, a correção cambial

não

acompanhou

a aceleração

da

inflação.

Na

década de 90, as políticas cambiais

do

Brasil tornaram-se compatíveis

com

o

objetivo de

uma

maior abertura

ao

comércio intemacional. -

3.1.1. Primeira fase: Janeiro/90 à J unho/94

O

mercado

cambial brasileiro,

de

janeiro/90 à junho/94, apresentou diversas

mudanças

com

alterações nos planos de estabilização econômica,

como

forma

de

interromper

o

processo

inflacionário.

No

decorrer

de

1990, «o

mercado

cambial apresentou duasfases distintas,

a

primeira,

que vigorou até 19 março, funcionou simultaneamente dois

mercados

oficiais:

o

de taxas flutuantes (

dólar turismo) e

o de

taxas administradas.

No

mercado de

taxas flutuantes,

eram

transacionadas

operações relacionadas a viagens intemacionais, sofrendo duas regulamentações

no

início

do

ano,

através das circulares n° 1565

de 05

de janeiro e n° 1566 de

22 de

janeiro.

No

mercado de

taxas

administradas,

0

BACEN

deu continuidade a política de minidesvalorização,

fixando

diariamente

o

valor da taxa cambial.

Na

.segunda fase,

com

na implantação

do

plano

de

estabilização econômica,

em

março

de 1990, a taxa de

câmbio

deixou de ser

fixada

pela autoridade monetária, passando a ser

determinada pelos

movimentos

de

compra

e

venda

no

mercado.

Sendo

assim,

o mercado

de taxas

administradas foi substituído por taxas “livres”,

onde

a taxa cambial era determinada pelas forças

de

mercado, mantendo-se,

no

entanto,

o mercado

de taxas flutuantes para

o

dólar turismo. -

De

janeiro/90

à

março/90, a

economia

brasileira caracterizou-se por

uma

forte valorização

(29)

anteriormente adotadas para estabilizar a economia,

tomando a

variabilidade das taxas de

câmbio

bastante pronunciada (Holland, 1997). Desta forma, as medidas adotadas pelo governo para diminuir

a taxa de inflação nesse período,

não

foi sustentável por muito tempo,

dado

que,

no

mês

de

março/90, a taxa de inflação atingiu

o

patamar de 87,5%. Nesse período

houve

uma

valorização

da

taxa real de

câmbio

em

tomo

de

4,35%

e

aumento

da taxa de inflação de 12,5%, confonne os dados

do anexo

A.

Gráfico

1

Brasil-

Evolução da

Taxa

Real

de

Câmbio

e

da

Taxa

de Inflação

- Jan/90-Dez/00

78 -- nfação(%)

8

83

3

$

8

.O _- _-* .N - U1

O

UI

O

U1 'ce de taxa rea de câmb`o

--2

18 -- ,.| 3 _- . _2 n uu um , . ""` “ n/eo šv /eo er/91 92 93

E

ar/9; n/95

Í

v/es use a'/98

ar/9 /oo v/oo; -â

'nd

cn

3 z

---

|NFLAçÃo

(|GP-Dl) (%)

-TA×A

REAL

DE

cÃMB|o

(|PAfEuA/|Pc-BR)

Ja Nov Ju

I

Ma`/

M

o

Se Ju /9

M M

Jan No

Fonte:

AnexoA

De

março/90 à setembro/91,

0

governo brasileiro resolveu adotar a política

de

minidesvalorização cambial

como

medida

de ajuste. Nesse sentido, a

economia

apresentou sinais de

recessão, pois,

na

verdade as novas regras

na

área cambial

fixavam

metas para as reservas cambiais

compativeis

com

a base monetária (Holland, 1997). Isso ocorreu à partir de 18 de

março de

1990,

(30)

responsabilidade de determinar

a

taxa de câmbio,

conforme a

oferta e

demanda

de divisas. Desta

forma, cabe ao

BACEN

intervir

no mercado

apenas para garantir

o cumprimento

das metas

monetárias e o

mercado

ajustar-se a

demanda

e a oferta

de

divisas dentro de limites desejáveis.

A

partir de abril/90,

o

govemo

adotou medidas para estabilizar a

economia

e, entre elas tem-se a

gradual abertura

da economia

para

o mercado extemo

com

políticas de redução das alíquotas de

importação, liberalização

do câmbio

e instituição

do

processo

de

privatização.

No

primeiro

momento,

tais medidas causaram a queda

da

taxa

de

inflação até julho/90.

Mas,

com

receio

da

recessão os preços e salários deixaram de ser controlados rigidamente e, a irrflação

começou

a subir

de

13%

no

mês

de agosto/90 para

21%

em

fevereiro/91.

Em

agosto de 1991,

o

BACEN

teve

como

objetivo manter a taxa de

câmbio

mais ajustada

às condições de oferta e

demanda

de

divisas

no

mercado, estimulando a competitividade e

fomecendo

maior transparência às operações interbancárias de câmbio.

Nesse

sentido,

o

governo

afim

de evitar conseqüências indesejáveis

no

fluxo

de

exportações promoveu,

no

final de

setembro/91,

um

reajuste cambial

da

ordem de 14%,

levando a recomposição dos níveis reais.

A

estratégia então adotada pelo

BACEN,

foi

no

sentido

de

atuar

no mercado

como

demandante

de

divisas, sustentando a taxa de

câmbio

real. Para Holland (1997), esta política cambial acabou por

implicar

em

uma

forte valorização

da

moeda

nacional, pois, a oferta de divisas estrangeiras era

maior que a demanda, levando o

govemo

a atuar

no mercado na

forma

da

operação "flutuação suja",

comprando

divisas e forçando a desvalorização

da

moeda

doméstica. Logo,

houve

uma

valorização

da taxa real de

câmbio na ordem

de 13,3%, de janeiro/91 à setembro/91,

acompanhado

com

aumento da

taxa de inflação

a

partir de julho/91.

De

outubro/91 à junho/94, a

economia

brasileira passou por

mn

período

de

ascensão

inflacionária e valorização cambial,

combinada

com

aumento

das reservas internacionais e maiores

taxas

de

juros.

Nas

primeiras semanas de outubro,

o

ritmo das desvalorizações diárias

do câmbio

não

acompanhou

a inflação,

o

que levou

o

govemo

a acelerar

o

processo de desvalorização cambial e

elevar as taxas

de

juros.

(31)

até abril/92,

com uma

taxa real de

câmbio

desvalorimda

em

16,08%

e

aumento da

inflação

em

tomo

de 1,46%. Já

no

período seguinte, isto é, maio/92 à junho/94, a taxa real de

câmbio

valorizou-se

em

25,52%

e a inflação

aumentou

19,6%.

O

governo apesar das dificuldades encontradas

com

a rápida

aceleração inflacionária oconida

no

período, assegurou a estabilidade da taxa

de

câmbio, levando

o

segmento de taxas flutuantes a enfrentar freqüentes ajustes, incorporando a estas operações

anteriormente efetuadas sob

o amparo do mecanismo

de

compensação

cambial.

Em

geral,

o

período foi

marcado

pela intensificação cada vez mais

da

abertura

da economia

ao capital estrangeiro e

aumento da

mobilidade deste. Logo,

o

país

ficou

mais suscetível as

flutuações nas taxas de câmbio, exigindo maior presença

do

BACEN

no

mercado. Este, nos

primeiros

meses

de 1994, procurava assegurar a estabilidade real

da

taxa

de

câmbio, criando

condições mais apropriadas à atuação

do

setor exportador

em

mercados extemos. Porém,

houve

um

ingresso de capital externo forçando a valorização cambial,

uma

vez que a

demanda

por divisas

no

mercado

mostrava-se insuficiente para manter a taxa de câmbio.

A

partir

de

março/94, as condições

no mercado

de

câmbio

caracterizaram-se por excesso de oferta de divisas, razão pelo qual

foram

pouco

freqüentes as pressões sobre a taxa de câmbio. Durante

o

periodo, out/91 à jim/94, a taxa real

de câmbio

valorizou-se

em

torno

de

22,30%

e

a

taxa

de

inflação

aumentou

16,55%.

3.1.2.

Segunda

fase: Julho/94 à Janeiro/99

De

julho/94 à fevereiro/95,

o

regime cambial predominante

na economia

brasileira foi

caracterizado

como

uma

banda

unilateral

ou

regime de "meia-banda", aonde

o

BACEN

estabeleceu

um

limite

máximo

para a cotação

do

dólar. Este, através

da banda

unilateral, permitiu inicialmente

que

a taxa de

câmbio

se ajustasse às condições de oferta e

demanda

de divisas

no

mercado. Neste mercado, caso

o

Real desvalorizasse

em

relação ao dólar

além da

paridade

de

R$l=US$1,

o

BACEN

ficava

liberado para negociar

o

volume

de

moedas

que quiser. Entretanto,

em

dezembro/94,

a elevada oferta de divisas levou a taxa de

câmbio

nominal ajustar-se abaixo

da

paridade. Isso

(32)

de

câmbio

em

conseqüência

da

elevada oferta e

demanda

de divisas.

De

acordo

com

Mollo

&

Silva

(1999, p.207), "esta paridade

pode

ser interpretada

como

uma

espécie de limite superior.

O

lirnite

inferior

não

foi,

num

primeiro

momento,

oficialmente fixado". Neste período, tentou-se estancar

o

processo inflacionário e promoveu-se ajustes estruturais necessários ao funcionamento

da

economia.

A

inflação diminui de

47% em

junho/94 para

25% em

julho/94,

quando o

governo anunciou

uma

nova

moeda

e

um

novo

processo de conversão.

A

partir de julho/94, a inflação mensal manteve-se

entre

0,6%

e

3,5%

ao mês.

Com

intensificação

da

saída de capitais

do

país, à partir de março/95,

o

BACEN

alteroua

forma

de condução da política cambial, introduzindo

o

sistema de bandas cambiais "largas". Esta

banda

tinha por finalidade proporcionar a liberdade de flutuação

do

Real,

mantendo o

lirnite paraa

desvalorização de acordo

com

um

novo

mecanismo de

minidesvalorização, via controles sobre os

fluxos

de capitais.

Segundo o

relatório

do

BACEN,

o

governo resolveu à partir de 10 de março/95,

anunciar a

banda de

flutuação cambial

de R$0,88

para

o

limite inferior e R$0,93 para

o

limite

superior,

que

é alterado

em

22 de junho

do

mesmo

ano

para R$0,91 e

R$0,99

respectivamente,

ou

seja,

um

aumento

sobre os valores praticados

em

3,4%

e 6,45%.

A

incerteza sobre a

fonna

de

atuação

no novo

regime

de

bandas cambiais, pressionou as reservas intemacionais até definir de

tempos

em

tempos urna

banda

larga para

o

câmbio. Dentro

da

banda, praticou-se intervenções

diárias, de

modo

a caracterizar

uma

minibanda e provocar pequenas e sucessivas desvalorizações

ao

longo

do

mês

de março. Pode-se perceber pelos dados

do

anexo

A, que

as minidesvalorizações

começaram

a ser visíveis à partir de agosto/95, já que nos

meses

entre julho/94 à julho/95, a taxa de

câmbio

real valorizou-se

em

22,50%.

A

banda

cambial modificou-se

em

30

de janeiro/96,

quando o

govemo

determinou a

atuação obrigatória

do

BACEN

no mercado

interbancário

de câmbio

sempre

que

os limites

de banda

fossem atingidos e facultativa

no

interior desta.

Os

limites da

banda

larga foram redefinidos para

R$0,97

e

R$1,06 acima

dos anteriores. Para Garcia (1997), a presença freqüente

do

BACEN

no

mercado

de divisas, produziu desvalorizações sucessivas,

acompanhadas de

deslizamento da

intrabanda,

com

periodicidade e variação relativa

bem

definidas, conferindo previsibilidade à

(33)

mercado

de

câmbio

em

1996 foi influenciado pelos resultados

da

balança comercial,

que no

primeiro semestre

do

ano, gerou expectativas positivas quanto

ao

firranciarnento da conta corrente,

com

um

grande ingresso de capital estrangeiro levando

a

livre desvalorização

no mercado

de

câmbio. Entretanto,

no

segundo semestre, a aceleração

do

processo de deterioração da balança

comercial gerou incertezas quanto

a

continuidade da política de desvalorização gradual da taxa de

câmbio. Nesse sentido, os agentes econômicos

temiam

a ocorrência de maiores ajustes cambiais

como

forma de minorar

o

desequilrbrio

da

conta comércio, levando a autoridade monetária a

~

sinalizar a

manutenção

do

ritmo das desvalorizaçoes cambiais.

Em

1997,

não

houve

alteração

na

política cambial adotada a partir de 1995.

Em

18

de

fevereiro,

o

BACEN

fez a única alteração dos parâmetros

da

banda cambial

no

ano,

de

R$0,97$/R$1,06 para R$1,05/R$1,14 por dólar,

8,6% de

margem

de oscilação.

Com

esta

margem

e

o

ritmo

médio

da desvalorização dos 18

meses

anteriores, foi possivel a taxa de

cambio

atingir

o

limite superior de banda. Nesta etapa

do

regime cambial, havia certa previsibilidade associada ao

movimento

da banda, para

o

qual se faz útil

um

ambiente de

menor

volatilidade.

Com

a

determinação

do

referencial de flutuação,

houve

seguidos leiloes de “spread”,

com

o

objetivo de

desvalorizar graduahnente a taxa de cambio, sempre mantida dentro dos limites da intrabanda Desta

forma, buscou-se as condições necessárias para a estabilidade dos preços internos,

sem

prejuízo

do

controle

do

saldo

em

transações correntes, cuja orientação esteve voltada para politicas

de

incentivo

as exportações e controle de importações.

Ao

final de outubro/97, os reflexos

da

crise asiática constituíram-se

em

oportunidade

de

reafirmação da política cambial que, coadjuvada pelas medidas adotadas pelo governo, dissiparam

as incertezas e mantiveram a estabilidade

da

moeda.

Segundo o

relatório

do Banco

Central (1997),

como

tem

sido característico

em

anos anteriores,

no

segmento flutuante,

o

BACEN

atuou

como

supridor de recursos, buscando manter

o

ágio

em

relação ao segmento livre

em

nível relativamente

estável. Logo, a política cambial

permaneceu

orientada

no

sentido de preservar

o

valor intemo

da

moeda

implementando

o

sistema de faixa

de

variação cambial, visando a

manutenção da

estabilização de preços e, mostrando a capacidade de suportar a pressão por maior desvalorização

do

(34)

“A

decisiva e tempestiva atuação

da

autoridade monetária

no mercado

de

cambio

e a

utilização de outros instrumentos de política para fazer fiente aos reflexos

da

crise asiática, visandoa

estabilização dos

fluxos

de recursos externos,

manteve

a variação cambial dentro

da

tendência

desejada” (Garcia, 1997, p. 29).

As

medidas adotadas naquele instante foram preponderantes

na

reversão das expectativas quanto as

mudanças na

política cambial.

No

ambiente

macroeconômico

de 1998, verificou-se processos de desvalorização mensal

de

cambio

com

forte variação, principalrnente, nos

meses

de julho/98 à setembro/98, registrando

valores entre

0,56%

e

1,16%

respectivamente.

O

aumento na

volatilidade da taxa

de cambio

em

relação aos

meses

anteriores,

pode

ser visto

quando

a cotação da divisa dos Estados

Unidos

esteve

colada ao piso

da

intrabanda.

As

cotações

do

dólar flutuaram

com

certa liberdade

no

espaço

da

intrabanda cambial,

em

tendência ligeiramente altista, fazendo

com

que, a desvalorização

medida

sobre a taxa de

mercado

ficasse próxima a

mudança

mensal

da

intrabanda

promovida

pela

autoridade monetária (Garcia, 1997).

As

dificuldades crescentes enfrentadas pela Rússia

em

1998,

que

culminou

com

o

anúncio

de moratória, originou a instabilidade

do

mercado

cambial

no

Brasil. Esta instabilidade, indicada

pelos

fluxos

negativos,

não chegou

a afetar de forma intensa a posição

do cambio

(Giambiagi,

&

Averbug, 2000).

Segundo 0

relatório

do

BACEN

(1998),

em

setembro/98, anunciou-se

a

criação da

Nota

do

Banco

Central

do

Brasil

~

Serie Flutuante

(NBCF),

que

remunerou o

investidor

com

juros

mais a variação cambial

do

dolar

medida

pelos negócios

do

flutuante, oferecendo assim,

uma

nova

altemativa de hedge cambial.

O

BACEN, em

1998, orientou

o comportamento

da taxa de cambio,

com

parcimoniosas e previsíveis desvalorizações indicadas pelos intervalos de intrabanda,

especialmente

dando

liquidez ao

mercado

nos

momentos

de maior pressão.

A

partir de janeiro/99, a confluência de fatos negativos, tanto de

ordem econômica

quanto

política, passaram a instigar a insegurança

do

mercado, fomentando

mn

clima negativo sinalizador

da iminência de

mudanças

na política cambial então vigente.

O

ano

começou

com

especulações

(35)

precedentes,

0 que

recebeu reforço

da

declaração formal de moratória

do

govemo

de

Minas

Gerais

(Giambiagi,

&

Averbug, 2000).

Em

função desse quadro negativo afetando diretamente os agentes

econômicos, passou

a

haver forte

demanda

por dólares, forçando

o

BACEN

a

vender grandes

quantidades

da

moeda

estrangeira

em

defesa

do

Real.

Além

das fortes remessas efetuadas para

o

exterior e virtual esgotamento dos ingressos por parte de investidores, a situação havia sido agravada

pela disposição das instituições financeiras

em

manter forte posição comprada.

Em

13

de

janeiro/99, último

mês

do

regime de bandas, a Autoridade Monetária à partir

do

comunicado

6560, adotou

uma

taxa de

câmbio

orientada

na banda

"diagonal" onde

fixava o

limite

inferior e superior

em

R$1,20

e R$1,32 respectivamente,

com

aumentos

de

7,14%

e 8,20%.

Segimdo

0 relatório

do

BACEN

(1999), esta

medida

implicava basicamente

no abandono do

regime

de

intrabanda,

como

delimitador bastante estreito das intervenções

do

BACEN

e

da

maior autonomia

do mercado

na definição

da

taxa e, consequentemente,

no

alargamento

da

faixa de flutuação,

que

passava a ser de R$0,12,

podendo

variar

4,76%

aproximadamente, a partir

do

centro da banda.

Em

virtude

da

desconfiança dos investidores internacionais

no mercado

brasileiro, esta

nova

medida

não obteve sucesso, pois,

um

grande

número

de saídas financeiras e a taxa de

câmbio

já estava

no novo

teto estabelecido, chegando a atingir valores superiores

ao

limite,

no

final deste

dia.

Com

o

fiacasso desta medida, o

BACEN

em

15 de janeiro/99, por

meio do comunicado

n°6563,

anunciou

que

“se absteria de operar

no mercado

de câmbio”, suspendendo temporariamente

o

regime de bandas.

No

dia 18 de janeiro/99, através

do comunicado

6565, a Autoridade Monetária

informou que deixaria

que o

próprio

mercado

definisse a taxa de câmbio, tanto

no

flutuante

como

no

livre,

podendo

intervir ocasionalmente, para corrigir

movimentos

desordenados

na

taxa.

A

politica cambial

no

Brasil, de julho/94 à janeiro/99, tentou adequar-se a conjuntura

intemacional, penalizando

o

setor exportador e os

fluxos

de capitais externos que se destinavam ao

País. Nesse sentido,

com

a

combinação do

sistema

de

bandas cambiais e

do mecanismo de

intrabanda, evitava-se maiores oscilações

na

taxa de câmbio. Esta política preservou o valor intemo

da

moeda

devido a

manutenção

da estabilidade de preço e a pressão por

uma

maior desvalorização

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