UN1vERs1DADE
FEDERAL DE SANTA
CATARINA
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CURSO DE
GRADUAÇAO
EM
MEDICINA
7 \\ /"'.
_M
r.\\\\"'CC5
cl* ii %\v›\\°`€VAR/AÇÕES ULTRA-soNoGRÁF1cAs
no
ENDOMÉTRIO
DURANTE
o
c¡c¡.o
MENSTRUA1.
E
MENoPAusA
AUTOR:
SérgioEmerson
SassoORIENTADOR
1 Dr. Orlei deLuca
COLABORADOR:
Dr. PedroLemos
deLuca
Florianópolis
Maio
de 1997,z;,§¡;š‹9-.male
KS*
/
VARIAÇÕES
ul.TRA-soNoGRÁFlcAs
Do
ENDOMÉTR/o
DURANTE
o
c1c1.o
MENs
TRUAL
E
MENOPA
usA
Trabalho de conclusão
do
curso de graduaçãoem
medicina da Universidade Federal de Santa Catarina por SérgioEmerson
Sasso sob orientaçãodo
Dr. Orlei deLuca
e colaboraçãodo
Dr. Pedro
Lemos
deLuca
para apresentação aoDepartamento
de Tocoginecologiado
Centro de Ciênciasda Saúde
desta Universidade.Florianópolis
Maio
de 1997ÍNDICE
INTRODUÇÃO
... ..MATERIAIS E
MÉTODOS
... ._ANATOMIA,
IIISTOLOGIAE
FISIOLOGIA
ENDOMETRIAIS
AVALIAÇÃO
ULTRA-SONOGRÁEICA
DO
ENDOMETRIO....BREVE»
REVISÃO BIELIOGRÁFICA
... ..RESULTADOS
(Análise de 89 Pacientes) ... ._DISCUSSÃO
... ..CONCLUSÃO
... ..RESUMO
... ..ABSTRACT
... ._REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
..._.z/'Í " \\ \\\S 2. \\ê:\C{â`_E¡Ê^ a\B\- (_, =â\ fu
|JNTRoDuÇÃo
O
estudodo
endométrio, pela importância na fisiologia da reproduçãohumana, tem
sido objeto de contínuas pesquisas.As
modificações
cíclicas edinâmicas constituem, inegavelmente, vasto
campo
científico.A
ultra-sonografia teve nos últimos anosuma
expansão gradativaem
sua aplicabilidadecomo
método
diagnóstico propedêutico. Esse fatopode
serexplicado por ser
um
método
deboa
acuidade, não invasivo, disponívelem
praticamentetodos os centros, de rápida execução e de relativamente baixo custo.
Por
essas e outrasrazões, atualmente, a ultra-sonografia constitui
método
usualem
tocoginecologia,proporcionando análise direta
da
imagem
pélvica, o que desperta particular interesse naavaliação
da
estrutura uterina.Nas
décadas de50
e 60, o útero já era demonstrado ao ultra-som,nos anos 70,
Sample
et al., utilizando equipamentoem
escala de cinzas,também
descreveu, pormenorizadamente, as imagens obtidas dos órgãos da pelve feminina, não havendo, entretanto, preocupação
no
tocante ao eco endometrial.Em
1981, Duflield e Picker, correlacionaram as alteraçõesecográficas
do
endométrio e as alterações histológicas, nas diferentes fasesdo
ciclo.Desde
então, vários outros autores desenvolveram estudossemelhantes
no
intuito de correlacionar,com
fidelidade cada vez maior, as alteraçõesecográficas endometriais cíclicas
com
as variações histológicas.O
objetivodo
nosso estudo é correlacionar a estrutura e osaspectos ultrassonográficos endometriais, obtidos por
meio
de ultra-sonografiatransvaginal,
com
as diversas fasesdo
ciclo menstrual e confrontar os resultadoscom
osobtidos de outros trabalhos semelhantes,
no
intuito de correlacionar os nossos resultadoscom
aqueles obtidos por outros autores.Também,
em
alguns casos, observar ocomportamento do
endométrioem
pacientesque fazem
uso de contraceptivos orais,ou
pós-menopausadas
submetidas a terapia de reposição hormonal. Assim, pretendemosdemonstrar o perfil ecográfico endometrial de
uma
pequena
amostra de pacientesdo
II.
MATERIAIS E
MÉTODOS
(Á,/'94Para a realização deste trabalho, nós realizamos
uma
breverevisão bibliográfica, pesquisando
em
livros e artigos os resultados obtidos poroutros autores
no
tocante aocomportamento do
endométrio durante o ciclomenstrual. Esta
pequena
revisão serviucomo
baseafim
de que, ancorados nosestudos por outros realizados, tentássemos encontrar descrições
meio
queconsensuais a respeito dos aspectos ultra-sonográficos endometriais
em
cada fasedo
ciclo etambém
após a menopausa.ff
Além
desta breve revisão,ätento
de enriquecer maiso
nosso estudo, exarninamos
também
89 pacientes provenientes dos ambulatórios econsultórios de ginecologia da
Grande
Florianópolis, as quais foram submetidas a ultra-sonografia pélvica transvaginal para investigação de sintomas abdominaise/ou pélvicos diversos.
As
pacientes tinham ciclos menstruais maisou
menos
regulares , variando entre
26
e30
dias.A
essas pacientes foi questionadoquanto à idade e se
eram
menacmes
ou menopausadas
( amenorréia há mais deum
è
as s›_›`u9 )_,›,‹×§»a~1_.\QN)`,`
\
“Jau
JN
*No
M
ano ).
Nas menacmes
*fm
questionou-se sobre o usoou
não de contraceptivos orais,independente
do
tempo
de uso e da droga utilizada.Nas
menopausadas
questionou-se quanto à realizaçãoou
não de terapia de reposição hormonal,M”
. , , .idependentemente
do esquema
de reposrçao por elas adotado ( estrogemosisolados
ou combinados
com
progestogênios; contínuosou
cíclicos ).Todas
as pacientes foram examinadas pelomesmo
examinador,
no
periodo entre outubro de 1996 e janeiro de 1997. Para a realizaçãodos
exames
utilizou-seum
aparelho de ultra-sonografiaGE
Logic 400, equipadocom
transdutor microconvexo
endocavitário de 6.5MHz, com
campo
de visao de 120°(MTZ/
E721 Type
Probe) e 122°(MZ
Type
Probe),com
128 elementos./G2
pacientes ainda foi questionado quanto a datada
últimamenstruação,
afim
de obtero
diado
ciclo menstrualem
que se encontravam nadata
do
exame
( fase proliferativaou
secretora ). Estedado
era importante para acorrelação
da
idadedo
endométrio dentrodo
ciclo menstrualcom
os seus aspectosà ultra-sonografia transvaginal.
A
seguir, prosseguimos fazendouma
breve revisão daanatomia, histologia e fsiologia endometriais para melhor compreensao.
~
,/'\;\<“*“w~
\t\\\\“ <.¢f={z¢›
ç,\%\-\°
III.
ANATOMIA
,HISTOLOGIA
E FISIOLOGIA
O
endométrio é acamada
de revestimento internodo
útero.É
formado
por epitélio cilíndrico, por vezes ciliado euma
lâmina própria quecontém
glândulas tubulares simples e ramificadas dispostas
em
tecido conjuntivo frouxo.Alfa' , A. " › â il-I.. I z. 1 . _ WW.
O
endométrio sofre ação direta dos hormônios ovarianosestrogênioe progesterona, os quais
provocam
alterações estruturais efuncionaiscíclicas dentro de
um
processo conhecidocomo
ciclo menstrual. Este últimopode
ser dividoem
três fases distintas, segundo as características endometriaisobservadas
em
cadamomento.
A
saber:-fase prolíferatíva
-fase secretora
-fase menstrual
Deve-se ter
em
mente que
asmodificações do
endométriodurante o ciclo menstrual são graduais, de
modo
que as fases a seguir detalhadasrepresentam
um
artificio didático para facilidades de estudo.Fase
ProliferativaApós
a menstruação, amucosa
uterina fica reduzida auma
pequena
faixa de tecido conjuntivo contendo o fundo das glândulas, pois asporções superficiais e o epitélio de revestimento se perderam. Esta parte profunda
do
endométrioque
nãodescama
chama-secamada
basal, enquanto que acamada
que é destruída e renovada a cada ciclo é conhecida
como
camada
funcional. Estafase coincide
com
o desenvolvimento dos folículos ovarianos ecom
a produção deestrogênios, sendo por isso
também
chamada
de fase estrogênica.Sob
estímuloestrogênico as células dos fundos das glândulas se proliferam reconstituindo as
próprias glândulas e
o
epitélio endometrial. Ocorretambém
proliferaçãodo
tecidoconjuntivo,
havendo
crescimentodo
endométriocomo
um
todo.Em
decorrência da rápida proliferação, as células glandularesassumem
um
arranjo estratificado, sendo queno
fim
desta fase as glândulasapresentam-se retas e
com
luz estreita,podendo
conterum
pouco
de secreção.A
espessura e outras características endometriais específicasde cada fase serão discutidas
em
texto a seguir.À ›
Fase
Secretora 'Essa fase inicia-se após a ovulação e depende da fonnação
do
corpo lúteo, originado a pafiir
da
eliminaçãodo
ovócito secundário pelo folículode Graaf.
O
corpo lúteo então secreta progesterona, a qual atua sobre as glândulasjá desenvolvidas pela ação estrogênica estimulando-as a secretar. . ¬A ,ll 1 X . _ 4 \ - \' P» '
Nesta fase,
também
chamada
de fase progeslerôníca, asglândulas tornam-se tortuosas,
com
sua luz dilatada pela secreção que seacumula
no
seu interior e peloedema
que
ocorre na lâmina própria.Fase
Menstrual
Não
havendo
fertilização, não há nidação e assim ocorreuma
.I . -
queda
brusca dos níveis de estrógenos e de progesteronano
sangue.Em
conseqüência disso,
o
endométrioque
se encontrava desenvolvido pelo estímulo desses hormônios, entraem
colapso sendo parcialmente destruído.Parece
que
o fator imediato causador da menstruaçãorelaciona-se
com
a inigação sangüíneado
endométrio; o qual recebe artérias quenutrem a
camada
basal e outras que,' seguindoum
trajeto helicoidal, dirigem-se para acamada
funcional. Estas últimas, por seu aspecto, são conhecidascomo
artérias espíraladas.
No
fim
da fase secretora observa-se que essas artérias sofremvasoconstricção,
provocando
isquemia e conseqüente necrosedo
endométrio.Ocorre então
descamação
endometrial e ruptura dos vasos sangüíneosdando
origem ao sangramento.
Ao
fim
desta fase o endométrio limita-se quase queexclusivamente à sua
camada
basal,onde
encontram-se os fundos das glândulascujas células irão se proliferar e migrar para a superficie, reiniciando a fase
secretora e assim
dando
início aum
novo
ciclo.Menopausa
Por
definição, amenopausa
é a cessação completa dos ciclosmenstruais,
em
decorrência de falência ovariana.É
um
processo fisiológicoem
mulheres entre
40
e 50 anos de idade.Durante toda a vida reprodutiva da mulher, cerca de
400
Oz›×-~°”>, . . . , ^('(`
_/
folículos primordiais se desenvolvem
em
folículos ovulares e ovulam, enquantoliteralmente centenas de milhares degeneram.
Com
cerca de45
anos de idade,poucos
folículos primordiais são estimulados peloFSH
eLH
e a produção de estrogênios pelos ovários diminuià
medida que o número
de folículos primários se aproxima de zero.Quando
este nível atingeuma
margem
crítica, os estrogêniosnão conseguem
mais inibir, por feed-back negativo, a produção deFSH
eLH;
tampouco
são capazes de ocasionarum
surto ovulatório deFSH
eLH
afim
deproduzir ciclos ovulatórios.
Assim, esses hormônios são produzidos continuamente
em
grande quantidade, e o nivel de estrogênio cai progressivamente até se esgotaremos últimos folículos,
quando
então seu nível se aproxima de zero.Nesta época, por falta de estímulo estrogênico o endométrio
toma-se atrófico.
IV.
AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA
DO
ENDOMÉTRIO
A
resposta cíclicado
endométnio aos hormônios sexuais éfacilmente reconhecida à ultra-sonografia (USG).
Foram
realizados estudos transabdominais precocesdo
endométrio de ciclos normais e estimulados. Recentemente, foram realizados
estudos semelhantes utilizando ultra-sonografia transvaginal
(USG-TV) com
excelente correlaçãohi sto 1'
og
i caÀ/
Q-<“'°^"`
§`;”›`^“ lO
que
se observa éum
espessamento progressivodo
endométrio durante o ciclo. Este é geralmente
medido
desde a interface ecogênicada sua junção
com
o
miométrio e representa duascamadas
de endométrio(anterior e posterior). Esta
medida
da espessura endometrial dupla representa acamada
funcional, sendoque
o halo hipoecóicofino
não está incluido namedida
porque
representa acamada
basal.As
variações na espessura endometrialtambém
sãoacompanhadas
de variaçõesda
refletividade ultrassonográfica.Fase
groliferativaDurante a fase proliferativa inicial
ou
folicular hádesenvolvimento de
uma
área hipoecóica ao redor deum
eco na linha médiaproeminente.
A
USG-TV
durante esta fase proliferativa demonstraum
aspecto trilaminardo
endométrio.O
aspecto hipoecóico dacamada
funcionalpode
estar relacionado ao arranjo ordenado das glândulas e ausência de secreções.
Por
volta
do
final da fase proliferativa, o endométrio se espessou etomou-se
isoecóicoem
relaçao ao miométrio.f?
‹z=<~°”°i
Segundo
estudos anteriores semelhantes ao nosso, amedida
do
endométrio proliferativo normal na incidência sagital deuma
camada
basal à outrafomece
uma
faixa de 4 a 8 n1m.As
figuras a seguir representamo
endométrio proliferativo
demonstrando
seu aspecto hipoecogênico e trilaminar..Corte longiuldinal de útero dcmmslrzmdo 0 endométrio na fase proliI`crz1tiva ( dia l l do ciclo menstrual )
Aparência à ulLra-sonografia trans-vaginal.
Fase Secretora
Com
a ovulação e a produção de progesterona pelo corpoluteo, a fase secretora
do
endométriocomeça
com
alongamento e tortuosidadeflandular e
com
a rodu ão de vacuolos secretores.A
luz ›landular ë»contém
secreções (
mucina
e glicogênio) e o leito arteriolar toma-se mais tortuoso.O
estroma torna-se edemaciado.
Estas alterações são refletidas à ultra-sonografia por
ecogenicidade crescente da
camada
funcional, freqüentemente borrando o eco dalinha média, talvez devido ao
número
crescente de interfaces acústicas dasglândulas, secreções e artérias.
As
medidas normais da fase secretora são 7 a 14mm.
As
figuras a seguir representam o endométrio secretor.
1 t i i 1 _\
Após a ovulação. a maturação das glândulas e a crescente lortuosidade das artérias espiraladas resulta no
aspecto eeogenico ou brilhante da camada funcional .A figura zi esquerda mostra o endometrio no inicio da
fase secretora ( espessura de ll)
mm
)‹A
tigura da direita mostra 0 cndometrio aolinal desta fase
(espessura de l l mm).
Fase
Menstrual
O
endométrio hiperecogênico espessado persiste até o inicioda menstruação,
quando
então a capacidade fimcional é perdida e permanece apenas a delgadacamada
basalcom
os remanescentes glandulares a partir dos quais é regeneradoum
novo
endométrio durante o próximo ciclo.O
aspectoultrassonografico transvaginal
do
endométrio menstrual e variável tantoem
ecogenicidade quanto nas medidas , pois a quantidade de sangue
ou
coágulospresentes afeta o aspecto eaecotextura.
Em
geral, o endométriomenstmal
apresenta-se a ultra-sonografia
como uma
interface ecogênicafina
e ligeiramenteirregular,
como
pode
ser observado na figura abaixo:() aspecto sonográfico do endoinetrio menstrual e van`ável. Nesta ultra-sonogralia transvaginal szigitail o
endoinetrio da paciente é delgado e ligeiramente eeogènico (espessura de 4 rnm).
Menopausa
Após
a menopausa,sem
flutuaçoes hormonais, o endométrioe' atrófico e observado à ultra-sonografia
como uma
delgada linha ecogênica que,segundo alguns autores,
mede
de 4 a 8mm.
Várias mulheres após a
menopausa
recebem regimes dereposição hormonal para alivio dos sintomas e prevenção de osteoporose
adicional.
As
primeiras orientaçõessugerem
tratamentocom
estrogênio contínuoassociado
ou
não a progestogênio. Estespodem
aumentar a espessura da faixaendometrial
pós-menopausa
normal. Entretanto, pacientes que recebem reposição seqüencialcom
estrogênio e progesteronadevem
terum
aspecto endometrialsemelhante ao endométrio pré-menopausa cíclico normal.
Valores normais específicos para medidas
do
endométrio depacientes
pós-menopausa
assintomáticasem
tratamento de reposição hormonal ainda não foram desenvolvidos. Talvez a medida de 10mm
surjacomo
padrão para tais mulheres.Acima
desta largurado
endométrio,mesmo
pacientes assintomáticasem
tratamento de reposição hormonalpodem
precisar de biópsiado
endométrioou acompanhamento
por observação.A
figura abaixo representaum
endométriopós-menopausa
deuma
paciente não submetida à terapia de reposição hormonal. s, .š .É . \__ - 3'.Na paciente pós-menopausa, o endométrio deve sofrer atrotia. Esta ultra-sonografia trzmsvaginal sagital
demonstra a linha ccogênica tina nomial que representa o endoxnétrio pós-menopausa.
Av'
×
\\\““',z
‹,‹t\\\\`° .z‹~ \.\.\\\\\*'csgâxew
s
v.
REv|sÃo
B|B|_|oGRÁ|=|cA
O
endométrio e suas variações durante o ciclo menstrual jáforam
objetode
estudode
vários autores.O
útero já é estudado à ultra-sonografiadesde a década de 50;
mas
só na década de70
Kelley et al. notaram, pela primeira vez,que
a regiãoque
circunda0
eco central uterino toma-se mais sonolucente somenteantes
da
menstruação.Hall et al. estudaram, através da ultra-sonografia,
20
ciclosmenstruais
em
16 mulheres eumenorréicas.Em
oito casos,na metade da
fasesecretora, descreveram
o
úterocomo
imagem
de "centro de alvo". Essaimagem
foicaracterizada por
uma
áreaextema
em
secções transversais,moderadamente
ecogênica, correspondendo
ao
miométrio.A
área centralbem
ecogênicacorresponderia a
muco
e secreção dentro da cavidade e, finalmente,uma
margem
hipoecóica
rodeando o
espesso eco central.Os
autores concluíramque
essa áreaJJY
hipoecóica representaria
o
endométriocom
í
ingurgitamento vascular e conteúdo fluidoglandular.
›~P"
Como
já expostoem
noss introdução,em
1981 Duffield ePicker correlacionaram as alterações ecográficas
do
endométrio e as alteraçõeshistológicas, nas diferentes fases
do
ciclo.Demostraram,
na fase proliferativa, duascamadas
com
diferente ecogenicidade.A
basal, de baixa refletividade, e a central,com
ecogenicidade similar à
do
miométrio. Ressaltaram que, induzido pela progesterona, oendométrio é visto
como
um
complexo
eco central mais ecogênicodo
que o miométrio, gradualmente espesso.O
aumento
na ecogenicidade deve-se ao desenvolvimentode
múltiplas interfaces refletivas, taiscomo
as glândulas endometriais, tortuosas e repletas de secreção.Hackelöer, corroborando trabalhos anteriores,
afirma
que
na ovulaçãoo
endométrio diminui discretamente a espessura, pela perdado
edema
dacamada
superficial.Gonçalves et al.,
acompanharam
15 mql/lheres eumenorréicas,multíparas,
que não
faziamuso
de drogas indutoras da ovulação,DIU
ou
contraceptivos orais.
Todas foram
examinadas, por ultra-sonografia,no
primeiro,sétimo, décimo-quarto e
no
vigésimo-primeiro diasdo
ciclo menstrual. Neste estudo,observou-se a forma,
o
aspecto e, principalmente, a espessura endometriais.Os
dadospertinentes à espessura endometrial,
em
valores médios, foram 3.00, 5.73, 9.46 e13.00
mm,
respectivamenteno
primeiro, sétimo, décimo-quarto e vigésimo-primeirodias
do
ciclo.O
eco endometrialno
primeiro diado
ciclo,quando
presente,se discretamente ecogênico,
em
comparação
àimagem
do
miométrio.Seu
aspecto eralinear, nas secções longitudinais e transversais
do
útero, e seus limiteseram
precisos(média de 3.00
mm
de
espessura).Por
ocasiãodo
sétimo dia, observou-seaumento da
espessurada
imagem
endometrialem
relação ao primeiro dia (média
de 5.73mm)
e aecogenicidade apresentou-se
pouco
mais intensa.No
décimo-quarto dia, os achadosultra-sonográficos mostraram-se exuberantes.
Notou-se
maior espessurado
ecoendometrial comparativamente aos
exames
anteriores (média
de 9.46mm).
No
vigésimo-primeiro dia
do
ciclo, verificou-seaumento
mais acentuadoda
espessurado
endométrio (
média de
13.00mm).
A
maior partedo
eco endometrial,rodeando
o ecocentral cavitáiio, era espessa e
moderadamente
ecogênica.Eberhard
Merz
&
Werner
Goldhoferafirmam
que,começando
como
uma
linha estreitano
iníciodo
ciclo menstrual,o
endométrio alcança cerca de 4mm
por voltado
sétimo diado
ciclo e, a seguir,na
fase proliferativa, por voltado
oitavo
ao décimo
dia,o
endométrio atingeuma
espessura algoem
tomo
de
10mm,
podendo
chegar a 12mm
logo antesda
ovulação.Considerauma
espessuramédia
de 10mm
para a fase proliferativacomo
um
todo.O
endométrio pós-ovulatório é largo eacompanhado
da
presençade
aumento
de secreções.Na
fase secretora, o endométrio aparece espesso e relativamente hiperecóico,com uma
espessuramédia
de 12mm.
O
autor ainda nos mostra,em
seu trabalho,um
eco endometrialda
fase secretora cujoendométrio
tem
espessura de llmm.
Peter
W.
Callen (no
capít.28 do
seu livro " Ultra-sonografiaem
Obstetrícia e Ginecologia "),
afirma
que o
endométriomede
por volta de 4 a 5mm
por
voltado
sétimoou
oitavo diado
ciclo eaumenta
de espessura durante a fasefolicular para 8 a 12
mm,
atingindoum
platô na fase lútea.O
autortambém
se refereaos aspectos ecográficos similarmente ao
que
já foi exposto anteriormente.No
capítulo29 da
mesma
edição, o autor generaliza a fase proliferativa, dizendo que amedida do
endométiio proliferativo normal na incidtârfincia sagital deuma
camada
basal à outra
fomece
uma
faixa de4
a 8mm
de espessura.Também
generaliza a fasesecretora,
afirmando
que
durante esse período,sem
se reportar a dias isoladosdo
ciclo, pode-se obter ecos endometriais de 7 a 14
mm.
Thomas
S. Forrest et al.,em
um
estudo publicado na revistaRadiology
em
1986, analisaram o eco endometrial de 73 pacientes das quais,48
encontravam-se
na
fase secretora e 25na
fase proliferativado
ciclo menstrual. Nesteestudo, a espessura
do
endométrio secretor variou de 3.1 a 6.5mm,
enquanto que ado
endométfi~
de
3.1 a 5.3mm.
CU
Menopausa
Infelizmente
não
existem muitos estudos detalhados sobre ascaracteristicas sonográficas naturais de
um
endométrio na menopausa,bem
como
atéque
ponto essas características são realmente normaisou
sugestivas dedoença
endometrial.
Petter
W.
Callenafirma
que, após a menopausa,sem
flutuações hormonais,o
endométrio é atrófico e observado à ultra-sonografiacomo
uma
delgadalinha ecogênica
que
mede
4
a 8mm.
Em
estudo realizado porM.
N.
Nasri et al. , e publicadono
British Journal
of
Obstetricsand
Gynaecology
em
maio
de 1991, estudou-se, atravésde
ultra-sonografia transvaginal, 111 pacientes; das quais 103 tinham sangramentopós-menopausa
e 8 seriam submetidas à histerectomia.Uma
correlação entre aultra-sonografia e os achados histológicos obtidos por
meio
de biópsia ( dilatação ecuretagem) foi possível
em
94
pacientes.Em
59
delas(63%)
o endométrio foi atróficoà histologia e
o
eco endometrial revelou espessuramenor
ou
igual a 5mm.
Em
6pacientes
o
endométrio foi atróficomas
o eco endometrial foi aparentemente superior a 5mm
devido à presençade
líquido intra-cavitário.Em
29
pacientes(31%)
ahistologia foi anormal e
o
eco endometrial superior a 5mm. Donde
sugeriramque
uma
apl
espessura endometrial de 5
mrn
éum
limite apropriado para o manuseio conservador de pacientescom
sangramento pósmenopausa ou
screening de neoplasia endometrial.Menopausa
versusTerapia de Reposição
Hormonal
A
ultra-sonografiatem
sido utilizadaem
vários estudos para identificarmudanças na
espessura e ecotextura endometriais duranteo
ciclo menstrualnormal.
O
estudo ultra-sonográficodo endométro
durante as diferentes fasesdo
ciclomenstrual provo_ur,_.s_er
ví
\`__í__ fielquando comparado
zzcom
espécimes de biópsiada
mesma
época
do
ciclo.Porém,
a aparência sonográficado
endométriotem
sidobem
estudadae caracterizada
na
pré-menopausa, e não há ainda critérios aceitos na literatura deimagem
para espessura endometrialem
mulherespós-menopausa
assintomáticas.Quando
se prescreve reposiçãohormonal
para mulheres namenopausa,
osmédicos
freqüentemente sedeparam
com
o
problemado
balanço entreas dosagens
de
estrogênio e progesterona para aliviar os sintomas menopáusicos,enquanto evitam a hiperplasia endometrial. Está
bem
estabelecido agoraque o
usode
estrogênios
exógenos
sem
oposição progesterônicaaumenta
o risco de desenvolverhiperplasia e carcinoma endometiiais, e
que
esse efeito édos?
e duraçãofdependentes.Os
progestogêniostem
sido grandemente utilizados para antagonizar a estimulação mitóticaque
os estrogêniosexercem
sobreo
endométrio, eassim
reduzem o
risco de aparecimento de doenças proliferativas endometriais.Porém,
o
grande inconveniente dos progestogênios são seus efeitos colaterais,como
aumento
de
sensibilidade dasmamas, ganho
de peso, edema, cãimbras abdominais, ansiedade,irritabilidade e depressão.
Também
têm
sido implicadosem
alterar acomposição
lipídica
do
sangue,aumentando
o risco dedoença
arterial treomboembólica.Vários
esquemas
de reposiçãohormonal
são propostos,com
estrogênios associados a progestogêniosou
não, contínuosou
altemados.E
é sabidoque
a modalidade de reposição afeta a fisiologia endometrialna
pós-menopausa, sendoessas
modificações
apreciáveis à ultra-sonografia.May
C. Lin et al., da divisão de ultra-sonografia e medicinareprodutiva
da
Universidadeda
Califórnia,em
1990 realizaramum
estudo envolvendo 112 pacientespós-menopausa
submetidas à terapia de reposição hormonal; organizando-asem
quatro gruposconforme o esquema
de reposição proposto. Seus achados nos diferentes grupos foram:1. Pacientes
sem
esquema
de reposição hormonal:Esse
grupo
contavacom
58 pacientesque
não
recebiamhormônios
exógenos; eem
50
delas (86%)
a espessura endometrialno
momento
do
_
/
~ ._>>QB
exame
não
ultrapassou 8mm.
h <%Q
&*“"""`ÊD
°NJJ\'š\çW
2)
\›<--\<'”
2. Pacientes recebendo apenas estrogênio:
Kašo
Esse
grupo
eraformado
por 10 pacientes; das quais 5 (50%)
tinham espessura endometrial entre 8 e 15
mm
, e outras 5(também 50
%)
tinham ecoinferior a 8
mm.
Q
K
°
ip
JJ
'W
3. Pacientes recebendo estrogênios contínuos
+
progestogênios:Mr/W
Neste grupo,
formado
por 9 pacientes,nenhuma
tinha espessura endometrial superior a 8mm.
Estudos préviosmostraram
que pacientes submetidas aesse
esquema
de reposiçãohormonal
desenvolvem atrofia endometrial após 3 a 6meses de
terapia. Isto é condizentecom
a ação conhecidada
progesteronaem
antagonizar a estimulação proliferativa endometrial exercida pelos estrogênios.
4. Pacientes recebendo reposição seqüencial de estrogênio
+
progesterona:Em
mulheres recebendo reposição seqüencial de hormônios, aespessura endometrial poder variar durante
o
ciclo,dependendo
seo
endométrio estásob estimulação estrogênica
ou
progesterônicano
momento
do
exame.A
espessura endometrial nessas mulherespode
variarcom
a fasedo
ciclocomo
nas mulheres na pré-menopausa. Essegrupo
eraformado
por 35 pacientes; sendoque
em
27
delas (77%)
o
eco endometrial revelou espessura inferior a 8mm.
Das
outras 8 (23%)
que estiveram acima de 8mm,
4 estavam entre 11 e 15mm
e, submetidas à biópsia, oresultado
não
revelou achados histológicos anormais.Este estudo
mostrou
que, apesar das variações observadasno
tocante ao tipo de reposição hormonal,
em
91 das 112 pacientesou
seja, 81%,
o eco endometrial foi inferior a 8mm.
Petter
W.
Callen reforça, dizendoque
pacientesque recebem
reposicao sqüencial de estrogênio e progesterona
devem
terum
aspectodo
endométrio semelhante ao endométrio pré-menopausa cíclico normal.
Porém,
diz quevalores normais especificos para medidas
do
endométrio de pacientespós-menopausa
assintomáticasem
tratamento de reposição hormonal aindanão foram
desenvolvidos,e
que
talvez amedida
de 10rmn
surjacomo
um
padrão para tais mulheres.VI.
RESULTADOS
(análise
de
89
pacientes)
Em
nosso estudo, as pacientesforam
divididasem
grupossegundo
a maturidadedo
eixo hipotálamo-hipófise-ovariano(menacme
ou
menopausa), a
época do
ciclo menstrualem
que
se encontravamno
diado exame
(fase proliferativa
ou
secretora),dado
este obtido através da datada
últimamenstruação.
Nenhuma
das pacientes estava na fase menstrualdo
ciclo.As
menacmes
também
foram
classificadas segundoo
usoou não
deanticoncepcionais orais
(ACO)
e, as menopausadas, se faziam terapia dereposição
hormonal
(TRH)
ou
não.Das
89
pacientes, 59eram
menacmes
com
idade entre22
e~
49
anos, das quais50 nao
usavam
ACO
e 9 usavam.Das
50
pacientesque não
usavam
ACO,
26
encontravam-sena
fase proliferativa ,com
dias variando entreo
sexto eo décimo
quartodo
ciclomenstrual. Para efeito
de
uniformização,em
todos os gruposcomentaremos
com
mais detalhes apenas a respeito dos resultados obtidos nos dias sétimo, décimo-
quarto, vigésimo-primeiro e vigésimo-oitavo
do
ciclo menstrual;porém
todas as 29èfø..
2@;zâ;íf:Íí›»
\ö\¿á“,š
gw
"'
13.zfzff
Ê,
.f
É;
fi
ff
espessuras endometriais encontradas nas pacientes serão expostas
em
tabelas.A
tabela abaixo ilustra os resultados dos ecos endometrias das pacientes
menacmes
na
fase proliferativa eque não fazem uso
deACO.
2fz
°~ .
4
7
,< çj__Q
Espessuras
endometriais encontradasem
mm
OQ
`
<
Menacme/
Fase Proferativa/ACO
(-)/n=26
(“<)›(<¿_›`
Dia do Paciente 1 Paciente 2 Paciente 3 Paciente 4 *Paciente5
.cüúa .W :~oc\c\-:Sm ×1סס~ouz xo ~o ×i ó°_
,[9
_p Í W<â>
<7°A
~Q
› 80 90 10° 7 11° 15 12° 3 13° 9 1 P7É
ef,
/W
Nesse
grupo,4
pacientes encontravam-seno
sétimo diado
ciclo, sendo as espessuras endometriais encontradas de ll, 4, 9 e 6
mm;
oque
resulta
numa
média de
7.5mm
para esta épocado
ciclo. Três pacientesencontravam-se
no
décimo-quarto dia,com
espessuras de 13, 7 e 12 mrn, resultandouma
média
de 8.5mm
para este dia.Somando
todas as espessurasobservadas durante esse período,
ou
seja,do
sexto ao décimo-quarto diado
ciclomenstrual,
obtemos
uma
média
de 8.26mm
de eco endometlialna
faseproliferativa.
,25°
24° 25° 10 isÇííé' 26°
Vac”
ODas
50
menacmes
quenão usavam
ACO,
24
estavam nafase secretora
do
ciclo menstmal,com
dias variando entre décimo-quinto etrigésimo.
Os
resultados obtidos estão dispostos na tabela abaixo:/'17
“W
y/
*K
Espessuras endometriais
encontradas
em
mm
/
/
Menacmes/
Fase Secretora/ACO
(-)/7/4
lc?
15° 16° 17° 18° 11 19°¡ 10 9 O
luz
¢0\ a¢àaúz1,z--4auú¶úz2
fucàwúzs ruvà»az4ciclo
//
\
11 15 ó 14 12 20 8«gro
22° A 7/
l 23° 12 fi» *5\ , 15 is 8 6 15 8 27° 10<2§;__.~E
29° \l1 30°9\
\/O
Aqui,
observamos
principalmente os ecos endometriaisno
vigésimo-primeiro e vigésimo-oitavo dias ciclo.
Ape
as 1 paciente encontrava-seno
dia 21do
ciclo, fornecendoum
eco de llrnm.Também
apen~
encontrava-seno
dia28 do
ciclo, fornecendoum
eco de 14mm.
Considerandotodas as espessuras observadas neste período,
obtemos
uma
média
de 11.8mm
deespessura endometrial
na
fase secretora.Em
outro grupo,observamos
9 pacientescom
idades entre23 e
38
anos,menacmes
eem
uso deACO.
Apenas
uma
paciente encontrava-sena
fase proliferativa,no
sétimo diado
ciclo, e tinha espessura endometrial de 5mm. As
outras 8 pacientes encontravam-se na fase secretora, porém,nenhuma
nos dias vigésimo-primeiro
ou
vigésimo-oitavodo
ciclo. Contudo, os ecosendometriais dos outros dias estão dispostos abaixo:
Y
, .,`=;S °5Q;Íšf,fl^`
\Gr°*°°
“É
s
, , . `»`>
Q”
Espessuras
endometriaisencontradas
em
mm
QJ9
šp¿,»§Ã
p
£9›°x-Rg.:
.>/Ê °,
Menacmes/
Fase Secretora/ACO
(+)/n=8
Qi
Dia do Paciente I Paciente 2 Paciente 3 |PacienIe4
ciclo 15° 16° 17° 18° 4 6 ääz W É (iÍÊ::::9`\\\\\ H' 2>¿§¬ â§u›J;š\ "0
Q
W
:~§'°`
¬¿š;° _* 7'É/sušym
©
xiges
'7. 23° s=~1l5*“;° ~ 24° 25° 4 12 26° 27° ___ ________fizifi'/*
.Ê
| 0 6 4!§É!!<\\ »WH»
~<›--~
`°*-°°‹›¬>~=¬°~°~(f>2
32Note-se que,,
com
exceção para os dias 19 (15mm)
e 25(12
mm),
todos os outros valores são inferioresquando comparados
aos valores obtidosnos
diasdo
ciclo menstrual correspondentesem
mulheresque não fazem
uso de contraceptivos orais.
Prova
disso éque
amédia
de espessura endometrialpor nós encontrada
em
mulheres na fase secretoraque
«nãousam
ACO
foide
11.8 `mm,
contra 6.6mrn
dasque
usam
ACO.
`)\>`*"" '
Ã-:za
7
,I/šv:~\,:f"›'
Se não
levarmosem
contao
usode
ACQ/temos
um
totalBj”
de
27
pacientesque
fomecem
uma
média
de 8.1mm
de eco endometrialna
faseproliferativa e
32
pacientesque
fomecem
uma
média
de 10.5mm
para a fasesecretora. c>`g*à"'°'°
VÁ
_ ~ Q\Qø^°‹\`Em
outro grupo, exaininamos 10 pacientes menopausadas,me
\~°'°*'Wi
\
*-assintomáticas,
com
idade entre42
e69
anos, que faziam terapia de reposiçao. \.
Zz
:_sJ"
homional
(TRH)
e obtivemos ecos endometnais de 12, 4, 6, 6, 3, 5, 5, 15., 6,' 14 (_::\,›,,_,\ e.\>~°Sz . \ '. .
min.
Assim 60
%
dessas pacientes teve eco superior a 5mm,
contra40
%
que
<\›>~°'M
tiveram eco inferior a 5mm,
perfazendouma
média
de 7.6mm
de espessuraem
~×z`r~`sç°~*"`*Qpacientes
que fazem
uso deTRH.
`_
Outras 16 pacientes
menopausadas
com
idade entre44
e69
anos,também
assintomáticas, eque
não faziam uso deTRH
fomeceram
ecosendometiiais de 4, 6, 18, 3, 3, 3, 3, 7, 8, 14, 10, 3, 3, 6, 6, e 5.
mm.
Entre essas;\
M
O .pacientes,
50
%
teve eco endometrial inferior a 5min
e50
A
teve eco superior aví
V Ícinco.
Porém,
81%
dessas pacientes teve eco endometrial inferior a 8mm
deespessura.
A
média
nessas pacientesque não fazem
TRH
foi 6.3mm.
Essamédia
já é inferior a observada
em
mulheresque fazem
TRH
(7.6mm); mas
seexcluirmos
do
gmpo
sem
reposiçãohormonal
2 pacientes que apresentavam ecosendometriais
de
18 e 14mm
\ -o
que é fortemente sugestivo dedoença
proliferativa endometrial -
, a
média
cai ainda mais,ficando
em
tomo
de 5mm.
¿,\¬À*¿`°"“"°
W
TRH
Espessura EndometrialMédia
(-) 6.3
mm
(+) 7.6
mm
/7.Á);f;ql)"`<›D.
@"^à`},L;P`
Em
outro grupo, 4 pacientes estavamno
climatério, jáapresentando ciclos menstruais irregulares.
Apenas
a título de informação, essas.
7
pacientes forneceram ecos de 1, 7, 9 e
4
mm.
‹\\~
-_VII.
DISCUSSÃO
Organizando as pacientes
menacmes, do
nosso estudo e dosestudos anteriores
comentados
em
nossa revisão bibliográfica,em
gruposconforme
odia
do
ciclo menstrualem
que
se encontravamno
momento
do
exame
( 7°, 14°, 21° e28° ), e obtendo os valores
médios
das espessuras encontradasem
cada épocado
ciclonos diferentes grupos de pacientes,
podemos
traçar alguns comentários comparativossobre os resultados obtidos nos diferentes estudos.
Um
diagrama ilustrativo à frenteexpõe
todos os valores obtidos pelos diferentes autoresem
todas as fasedo
ciclo.Assim, Gonçalves et al. obtiveram ecos endometriais
médios
de5.73, 9.46 e 13
mm
para o 7°, 14° e 21° diasdo
ciclo menstrual respectivamente.Heberhard
Mers
obteveuma
média
de 4mm
parao
7° dia e 10a 12
mm
parao
14° dia.Menciona
uma
média
de 10mrn
para a fase folicular e 12mm
para a fase scretora.Petter
W.
Callen obteve valores de 4 a 5mm
parao
7° dia emenciona
de 8 a 12mm
parao
finalda
Í:/fase proliferativa,aproximadamente
ao`
décimo-quarto dia.
Menciona
aindamédia
de 4 a 8mm
para a fase proliferativa e 7 a 14mm
para a fase secretoracomo
um
todo.Thomas
et al. obtiveram valores de 3.1 a 5.3mm
para toda afase proliferativa e de 3.1 a 6.5
mm
para a fase secretora.Nós
obtivemos parao
7° diauma
média
de 7.5mm
(n=4 /máx=II
mm
/mín=4
mm).
Estamédia
esteve acima de todas as outras obtidas pelos outros autores para épocas análogasdo
ciclo (exclusivamente o 7° dia).Provavelmente, este fato deveu-se a
um
eco obtido nessegrupo
de 11mm
e que, porse tratar de
um
gmpo
pequeno
de pacientes ( n=4), desviou amédia
para cima.Mas
selevarmos
em
conta amédia da
espessura endometrial encontradaem
todos ospacientes na fase proliferativa
o
valor encontrado é de 8.1mm;
valor esteque
écompatível
com
esta fase segundo os estudos de EberhardMers
e de PetterW.
Callen. `ràg
z§~“""'P9 ` swf* '(`,_@Para
o
14° diado
ciclo, obtivemosuma
média
de 8.5mm
(máx=13mm
/mín=7mm).
Estamédia
encontra-sepouco
abaixo da de Gonçalves et.
/
J
, .
^~W°
1°*
al. (9.46
mm)
e EberhardMers
parao
mesmo
dia/Mas
se levannosem
conta amedia
QO
/
"\
z `/
de todas as pacientes na fase -secretora
o
valor obtido é de 10.5mm;
superior aos valoresde
Thomas
et al. (3.1 a 6.5) e concordantecom
PeterW.
Callen ( 7 a 14mm).
1
I'
\
em
comparação
com
Gonçalvesque
obteve 13mm.
mencionou
este dia isoladamente.QM
Para
o
21° dia isoladamente obtivemos valor único de 11mm,
~ Q/~
QQQÀ
im
`~\
QS'
5”
Yi °-"""°
_ â `,= \ \|~ _L,_,-â~¢k
af ___2:,
- \,›9..-""' ¿_>_¿_§;~a_.1'
Y
Parao
28° dia obtivemos 14mm,
mas nenhum
outro autorR
\~Õ
'
O
diagrama abaixo ilustra os resultados obtidos por todos osautores
mencionados
neste estudo:Fase
ProliferativaFase
Secretora7° dia 14° dia 21° dia 28° dia
Peter
(cap 28)
4a5mm
8a12mm
Eberhard
4mm
10a12mm
Eberhard
10mm
12mm
Peter
(cap 29)
4a8mm
7a14mm
Gonçalves
5.73mm
9.46mm
13mm
Thomas
3.1a5.31mn
A3.1a6.5mm
Nós
Ismml
s.5mm
11mm
Í14mm
8.1nun
10.5mm
37Como
se observano
diagrama, nota-sealguma
diferençaquando
comparamos
valores isoladosdo
ciclo menstrual nos diferentes estudos;porém,
quando
secompara
os valores gerais,em
termos de fase proliferativaou
secretora, os resultados de
modo
geral são semelhantes. Assim, na fase proliferativacomo
um
todo, a nossamédia
( 8.1mm)
esteve entre os valores obtidos porThomas
et al. ( 3.1 a 5.3mm)
e PetterW.
Callen ( 4 a 8mm)
e aqueles obtidos por EberhardMers
( 10mm).
Quanto
às pacientes menopausadas, naquelasque
não faziamTRH,
50%
tinham eco endometrial inferior a 5mm
e outros50%
tinham eco superiora 5
mm.
Mas
a maioria,ou
seja81%,
tinha eco endometrial inferior a 8mm.
Estesresultados estão semelhantes aos de
M.
N. Nasri et al.,que
encontraram 63%
de ecosendometriais inferiores a 5
mm
em
pacientes menopausadas.Petter
W.
Callen se refere ao endométrio namenopausa
como
uma
fina
camada
hipoecogênicamedindo
entre4
e 8mm.
Em
nosso estudo, 81%
das pacientesque não
faziamTRH
tinham eco endometrial entre 4 e 8mm.
Quanto
às pacientesque
faziamTRH,
May
C. Lin et alconsideraram 8
mm
como
limite superior aceitável para ecos endometriais na menopausa.Em
nosso estudo,70
%
pacientescom
TRH
tinham eco endometrial abaixo de 8mm,
corroborando seus estudos.sefig
1
VIII.
CONCLUSAO
Baseados
nos resultados observadosem
nossa breverevisão bibliográfica e naqueles obtidos através da análise de nossas
89
pacientes,obtivemos algumas conclusões: _
O»->'
c>°'”¡'-
\‹°
r~‹'~""Í;.,_:›~¢‹*~
1.
O
eco endometrial sofre alterações durante o ciclo menstrual,aumentando
sua espessura emudando
sua estruturaconforme
a progressãodo
ciclo. Estasmodificações
sãobem
identificadas pela ultra-sonografia, sobretudo peloexame
trans-vaginal.
2.
Nas
pacientesmenacmes,
aÉ
da
espessura endometrial à ultra-sonografiatransvaginal ao nivel
do
7° diado
ciclo menstrualpode
variar de 3.1 a 7.5mm;
no
14° dia,
pode
variar de 8.1 a 12mm;
no
21° diapode
atingir 13mm
eno
28° diapode
atingir até14mm
de espessura.3. Nestas
mesmas
pacientes, na fase proliferativacomo
um
todo, amédia do
eco endometrialpode
variar de 3.1 a 12mm
de espessura; enquantoque
na fase39
C3
è`_,Q›~›-~¬\§qÉ
tliëfiÊ?
Q?
\.›`í3໿=~
K
zw
'9
cl
\'\'secretora
o
mesmo
ecopode
variar de 3.1 a 14mm.
Em
nosso estudo obtivemosuma
média
de 8.1mm
na
primeira fase e 10.5mm
na segunda fasedo
ciclomenstrual, estando
de
acordocom
a literatura.4.
Apesar
do
'nossopequeno
número
de
casos,pudemos
observarque
em
pacientes
que
usam
anticoncepcionais orais o eco endometrialem
geralfica
abaixo dos valores encontrados
em
mulheresque não
usam
contraceptivos oraisš,«o~\
c;=`>`>`\ç
G›`_QJ&em
épocas equivalentesdo
ciclo menstrual.K
§`>___\,._,`‹z\,zz.›-1°*C/0""°`
5.
Na
menopausa
a espessura endometrial tende a diminuir; admitindo-seum
> _ _ ”-»~»-V
Ãvalor
limite de 8mm
como
normal,sw
que
alguns trabalhosadmitem
até 10e
f
,mm.
Pacientesque fazem
terapia de reposiçaohormonal
em
geral apresentam~
espessuras maiores
em
comparaçao
com
as pacientesque
não o fazem.6.
A
terapia de reposiçaohormonal
exerce nítido efeitoem
mulheresmenopausadas,
aumentando
a espessura endometrial eaproximando
suascaracterísticas das
do
endométrio durante o período demenacme.
~
7.
Em
nosso estudo, entre aquelas pacientesmenopausadas que nao
faziamterapia de reposição hormonal, a maioria apresentou eco endometrial por volta
de
5
mm.
entre aquelas pacientesque
faziam terapia de reposiçãoo hormonal, amaioria apresentou eco endometrial entre 5 e 8
mm
de espessura; parecendoque
8
mm
éum
limite aceitável para a exclusão dedoença
proliferativa endometrial.t ans
vag
a , ospe
te a a c certap
eclsao a fasedo
c co
nstrual e./
, ~ zque
se encontrano
momento
do
do endometno
apos a$<
_ _ii
8.
Por
fim,
concluímosque
o estudodo endométño
atravésda
ultra-sonografiar -
inln
nnivliarom
r`“
ilme
m
menopausa.
lízssim,conhecendo o
padrão normalpodemos
identificarcom
maiorsegurança s"tuações patológicas.
\fi__;\;.¬ '
c`,)Â_=-P¿Í:›?`;a"<)_,_zø-'*
¢=1>`>aJ:
\,~\»`~”
IX.
RESUMO
Nós
estudamos89
pacientes femininas provenientes dosambulatórios e consultórios de ginecologia da
Grande
Florianópolisno
periodoentre outubro/96 e janeiro/97, submetidas a ultra-sonografia pélvica trans-
vaginal.
Nosso
primeiro objetivo era estudar ocomportamento
normaldo
endométrio durante
o
ciclo menstrual nessas pacientes ecomparar
com
os resultados já obtidos por outros autoresem
estudos semelhantes. Para tanto,realizamos
também
uma
breve revisão bibliográficaafim
de obter parâmetros paraposterior confrontamento.
Questionamos
as pacientes sobre a datada
últimamenstruação
afim
de obteruma
correlação entre a idadedo
endométrio dentrodo
ciclo menstrual e seus aspectos ecográficos.
Às
pacientesmenacmes
interrogamos quanto ao usoou
nãode
contraceptivos orais.Nosso
segundo
objetivo era observar ocomportamento
do
endométrio duranteo
ciclo menstrualem
mulheresque
usam
contraceptivos orais,afim
de analisar os efeitos destes sobre o endométrio.Às
pacientesmenopausadas
questionamos arealização
ou não
de terapia de reposição hormonal, para posterior cao
com
os resultadosde
pacient~fuiam
uso de hormônios na menopausa;rw
lí
â
vntambém
afim
de estabelecer~oe§entre
os dois~ë-ff”
Em
nosso estudo, as med1as”de espessuras endometnars encontradasem
todas asmenacmes
foi de 7.5, 8.5, 11 e 14mm
para os dias 7°,14°, 21° e 28°, respectivamente.
Da
mesma
forma, obtivemosuma
média
geral de8.1
mm
de espessura endometrial na fase proliferativa contra 10.5mm
na
fasesecretora
do
ciclo menstrual. Esses resultados são, de maneira geral, semelhantesaos obtidos por outros autores na bibliografia consultada.
Em
mulheresque
usavam
anticoncepcionais orais na épocado
exame, as espessuras endometriais encontradas foramem
média
4.2mrn
inferiores às encontradas
em
mulheresque
nãousam
contraceptivos orais.Entre as mulheres menopausadas, a maioria daquelas que
não
usavam
hormônios
tinha eco endometrialem
tomo
de 5mm;
enquantoque
a maioria dasque
faziam terapia de reposição hormonal apresentavam ecos entre 5e 8
mrn
de espessura (média
de 7.6mm).
Concluímos, então, que o endométrio sofre variações ao longo
do
ciclo menstrual,aumentando
progressivamente a sua espessura e ecogenicidade; variações estasque
são perfeitamente observadas à ultra-sonografia trans-vaginal.
Após
amenopausa o
endométrio toma-se atrófico;no
entanto,
em
mulheresque fazem
reposição honnonal, as característicassonográficas
do
endométrio são semelhantes àsdo
período demenacme.
Concluímos
também
que
mulheresque
usam
contraceptivos orais apresentamecos endometriais geralmente inferiores àquelas que não os usam.
X.
ABSTRACT
We
analysed89 female
pacients submitted to transvaginal ultrasonography.We
studied the endometrialcomportment
during thenormal
menstrual cicle
and
compared
with the results obtainnedby
varied authors.@/
our results
were
similar to the consulted bibliography, in all thephases of
t emenstrual cicle.
We
also detected that in those pacienteswho
used
oral contraceptives at the timeof
the examination, the endometrial thicknesswas
smaller than
women
who
did not use its.We
detected too that inpostmenopausal
women
the endometrial thickness is smaller than fertilewomen. But
inwomen
who
receivehormonal
replacement, the sonographic aspectsof
theendometrium
are similar to
premenopausal
endometrium.»f”P
Qzñf-(_
/vw
oeèyw
.,õ<¿
XI.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
GONÇALVES,
W.
J.,DOLN[KOFF,
M.
,DE
LIMA,
G. R. ,et al."
Ultra- sonografia Seriada
do Endométrio
eda
Endocérvice Duranteo
Ciclo
Menstmal Normal
da Mulher
".Rev
Ass
Med
Brasil 41 (3): 197-202, 1995.
2.
MENDELSON,
Ellen B. ,VELEZ,
MarcelaBohn-
,JOSEPH,
Neal, et al.." Endometrial Abnormalities
1 Evaluation with Transvaginal
Sonography
".American
Journalof Radiology
150: 139-142, 1988.3.
KURMAN,
R. J. ,KAMINSKI,
Paul F. ,NORRIS,
Hemy
J. ." Thàlehavior
of
Endometrial Hyperplasia ".Cancer
56: 403-412, 1985.4.
FLEISHER,
~1
A. C.,KALEMERIS,
G. ,MACHIN,
J. , et al. "Sonographicof
Normal
andAbnormal
Endometrium
with HíW)pathologic Correlation ".J
UltrasoundMed
5: 445-452, 1986.5.
FLEISHER,
A. C.,KALEMERIS,
G. ,ENTMAN,
S. ." Sonographic
Depiction
of
theEndometrium
DuringNormal
Cicles ". UltrasoundMedBiol
12: 271-277,1986.6.
BRANDT,
T. , Levy, E. ,GRANT,
T. , et al." Endometrial
Echo
andits Significance in
Female
Fertility ". Radiology 157:225-229, 1985.7.
CALLEN,
P. ,DeMARTINI, W.
,FILLY,
R. , et al."
The
Central Uterine Cavity Echo: a useful anatomic sign in the ultrasonographic evaluationof
the female pelvis ". Radíology 131: 187-190, 1979.8.
NASRI, M.
N.
,COAST,
G. J."
Correlation
of
Ultrasound Findings and Endometrial Histopathology in PostmenopausalWomen
".Br
J
Obstet
Gynaecol
96: 1333-1338, 1989.9.
NASRI, M.
N.
,SHEFERD,
J. H. ,SETCHELL,
M.
E. , et al ."
The
Role
of
Vaginal scan inMeasurement
of Endometrial Thicknessin Postmenopausal
Women
".BrJ
ObstetGynaecol
98: 470-475, 1991.10.
NASRI, M.
N.
,SHEFERD,
J. H. ,SETCHELL,
M.
E. , et al." Sonographic
Depiction
of
PostmenopausalEndometrium
with Transabdominal andTransvaginal Scamling ".
BrJ
ObstetGynaecol
1: 279-283, 1991.11.
LIN,
M.
C. ,GOSINK,
B. B. ,WOLF,
S. I., etal ."EndometrialThickness After
Menopause:
Effect ofHormone
Replacement".
Radiology
180: 427-432, 1991.12.
ATRI,
M.
,NAZARNIA,
S. ,ALDIS,
AnnE.
, et al" Transvaginal
US: Appearence of
Endometrial Abnormalities ".RadíoGraphics
14:483-492, 1994.
13.
GRANBERG,
S. ,WIKLAND,
M.
,KARISSON,
B., et al.” EndometrialThickness as
Measured by
Endovagínal Ultrasonography for IdentifyingEndometrial Abnormality”.
Am
J
ObstetGynecol
164:47-52, 1991.14.
VERNER,
R. E. ,SPARKS,
J.M.
,CAMERON
C. D. , et al. "TranvaginalSonography of Endometrium
in PostmenopausalWomen
"Obstet Gínecol78: 195-199, 1991.
15.
GOLD§TEIN,
S. R. "' Incorporating Endovaginal Ultrasonography intothe Qíerall Ginecologyc Examination ".
Am
J
ObstetGynecol
162:625-632
, 1990.16.
WHITEHEAD,
M.
I. ,FRASER,
D. , "The
Effectsof
Estrogens andProgestogens
on
theEndometrium:
Modem
Approach
to Treatment". Obstet Gínecol Clin
North
Am
14: 299-317, 1987.17.
GOLDSTEIN,
S. R.,NACHTIGALL,
M.,
SNYDER,
J. R. , et al."
Endometrial Assessment
by
Vaginal Ultrasonography Before Endometrial Sampling in Pacients with Postmenopausal Bleeding ".Am J
ObstetGynecol
163: 119-123, 1990.18.
FLEISHER,
A. C.,MENDELSON
E. B. ,BOHM-VELEZ,
M., et al."
Transvaginal e Transabdominal
Sonography of
the Endometrium".Semz`n UltrasoundCTMR
9: 81-101, 1988.19.
SCHURZ,
B. ,METKA,
M.
,I-IEYTMANEK,
G. , et al."
Sonographyc
Changes
in theEndometrium of
ClimatericWomen
Du1¬ingHormonal
Treatment ". Maturítas 9: 367-374, 1988.
20.
FORREST,
T. S. ,ELYADERANI,
M.
K. ,MUILENBURG,
M.
I. , et al."
Cyclic Endometrial Changes:
US
Assessment with Histologic Correlation ". Radiology 167: 233-237, 1988.21.
MALPANT,
A. ,SINGER,
J. ,WOLVERSON,
M.
K. , et al." Endometrial
Hyperplasiaz Value
of
Endometrial Thickness in UltrasonographicDiagnosis and Clinical Significance".
JCU
18: 173-177, 1990.24.
HALL,
D. A.,HANN,
L. E.,FERRUCI,
J. T., et al " SonographicMorphology
of theNormal
MenstrualCicle"Radiology1331185-188,
1979.