UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CURSO
DE
POS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
SISTEMA
PARA
MONITORACÃO
DAS RESPOSTAS
'
F
ISIOLÓGICAS
À
HIPOGLICEMIA
Dissertação submetidaà
Universidade Federal de Santa Catarina
como
parte dos requisitos paraa= obtenção
do
grau de Mestreem
Engenharia Elétrica_
1
NIVALDO
THEODORO
SCHIEFLERJUNIOR
> ~
SISTEMA
PARAIMONITQRAÇAO
DAS RESPOSTAS
FISIOLOGICAS
A HIPOGLICEMIA
Nivaldo
Theodoro
Schiefler
Junior
'Esta dissertação foi julgada
adequada
para obtençãodo
Título de Mestreem
Engenharia
Elétrica,
Área
de concentraçãoem
Engenharia Biomédica, e aprovadaem
suaforma
final peloPrograma
dePós-Graduação
em
Engenharia Elétricada
Universidade Federal de Santa Catarina. /‹..z›,zz.‹L
Prof. J effersontLuiz
Brum
Marques, Ph. D.'
Orientador
Qzgyam
__,
Prof. Ildemar Cassana Decker, D.Sc.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
em
Engenharia ElétricaBanca
Examinadora: .~A9@j
Prof. Jefferšn Luiz
Bmm
Marques, Ph.D. PresidenteA
\
Prof.
Femando Mendes
de Azevedo, D.Sc.Prof. Raimes Moraes, Ph.D.
A
DEUS
PELA
VIDA
Pensar
exige esforço, aperfeiçoamento, disciplina.É
por
issoque
as idéiasde
unspoucos recebem
a
submissão de
muitos. - Gonçalves RibeiroDedico,
Aos
meus
paisNivaldo
e Bernardete,que
me
deram
todo apoio eorientação
a
vida inteira.À
minha
irmã
Sibele e à todos os familiaresque
contribuiramde
uma
forma
ou de
outrana
minha
formação.
Aos
meus
amigos por
todosmomentos
que
passamos
juntos e peloapoio.
AGRADECIMENTOS
Ao
professor Jefferson L. B. Marques, pela orientação desta dissertação e pelo apoio..
Aos
professores Carlos Inacio Zanchin e FernandoMendes
deAzevedo
pela divulgaçãosobre a pós-graduação
em
Engenharia Biomédica, e ao professorRaimes Moraes
pelaamizade
ieopiniões dadas, que
foram
de muita valia neste projeto.Aos
amigos
.Jorge R. Guedes,Marco
A. B. Rodrigues, Adriano L. Toazza, Fabio Iaione eJohn O. Wisbeck, pela ajuda
com
seus conhecimentos. zAos
amigos
Bárbara, Andrea, Miguel, Lucio, Julio, Rodrigo, Renato, Marlise,Fernanda
pela amizade durante esse período
em
queficamos
juntos e pelas discussões e sugestões queajudaram de
alguma
maneirana
realização deste projeto.As
amigas Roberta e Vania, pela amizade e dedicaçãoem
resolver todos os problemasburocráticos.
À
todos os colegasdo
GPEB,
pela amizade e apoio durante a realização deste trabalho.À
CAPES,
pelo suporte financeiro. 'SUMÁRIO
LISTA
DE ABREVIATURAS
... ..xLISTA
DE FIGURAS
... .. xiiLISTA
DE TABELAS
... ..xv1.
INTRODUÇÃO
... ..21.1. Objetivo
do
Trabalho ... ..81.2.
Conteúdo
dos Capítulos ... ..92.
DIABETES
MELLITUS
... ..1 1 2.1. Tipos de Diabetes ... .. l 5 2.1.1. Diabefés Tipo 1 ... ..1ó ' 2.1.2. Diabetes Tipo 2 ... ..l8 2.2. Hipoiglicemia ... ..2l 2.2.1.Coma
Hipoglicêmico ... ..232.3.
Métodos
deMedição
de Glicose ... ..242.3.1.
Método
Não-Invasivo ... ..252.3.2.
Método
Invasivo ... ..262.4.
Complicações do
Diabetes ... ..272.4.1.
Complicações
Crônicas ... ..282.4. 1 _ 1 .Alterações nos
Vasos
Capilares ... ..282.4.'1.2.Alterações
no Vasos
Arteriais ... ..3O 2.4.1.3.Alterações nosNervos
... ..3O 2.4.2.Complicações Agudas
... ..312.4.2. l
.Coma
Hiperglicêmico ... ..3l3.
SINAIS
F1s1oLÓG1cos
... .. 3.1. Temperatura Corporal ... .. 3.2. Impedância' ... .. 3.2.1.Impedância
Elétrica ... .. '* 3.2.2.Impedância
Bioelétrica ... .. 3.2.3. Sensibilidadeda
Pele ... ... ..3.3. Freqüência Cardíaca e Fluxo Sangüíneo Periférico
3.3.1. Pholoplethysmograph ... .. 4.
HARDWARE
... ..4.1.
Impedância
... ..4.1.1. Oscilador Senoidal ... ..
4.1.2. Conversor Tensão/Corrente ... ._
4.1.3. Retificador de
Onda
Completa
... ..4.1.4. Filtro Passa Baixa ... ..
4. 1 .5.
Atenuador
... ..4.2. Temperatura ... ..
4.2.1. Sensor de Temperatura
LM35
... ..4.2.2.
Ganho
... ..4.2.3. Filtro Passa Baixa ... ..
4.2.4.
Atenuador
... .. 4.3. Photoplethysmograph ... .. 4.3.1. Sensor deDedo
... .. 4.3.2. Filtros ... .. 4.3.3. Ajustedo
Ganho
... .. 4.3.4. Offset ... _. viii4.3.5. Realimentaçao ... .. 4.4.
Comunicação
Serial ... .. 4.4.1.Tensão
de Referência ... ..- ... .. 4.4.2. Conversor Analógico/Digital ... .. 4.4.3.Monoastável
HCF4047
... .. 4.4.4. Driver/ReceiverMAX220'
... .. 4.5. Fonte de Alimentaçao ... .. 5.SOFTWARE
... ..5.1. Pinos da Porta Serial ... ..
5.2. Configuraçoes Iniciais ... ._
5.3. Aquisição dos
Dados
... ..5.4. Análise dos Sinais ... ..
5.5. Filtragem Digital ... ..
5.6. Cálculo
da
Área
... ..5.7. Rotina Principal ... .. 6.
RESULTADOS
... ..6.1. Verificação
do
Sinal Adquirido ... ..6.2.
Experimento
1 - Verificação dos CircuitosImplementados
6.3.
Experimento
2. Verificaçãoda
Conexão
dos Eletrodos .... ..6.4.
Experimento
3.Medida
da Temperatura Corporal ... ..7.
DISCUSSAO
E
CONCLUSOES
... ..7.1. Trabalhos Futuros ... .. 8.
BIBLIOGRAFIA
... ..Q
A/D
AC
Bpm
LISTA
DE ABREVIATURAS
Ohm
Conversor Analógico para Digital
Alternate Current
Batimentos por
Minuto
CGAGRAPH
Modo
deVídeo
CGA
cL1<
cs
CTS
Dc
Dir
DSR
DTR
Eco
EizoEMG
GND
ClockChip
Select Clear toSend
Direct CurrentModo
de Conversão DiferencialData
SetReady
Data
TerminalReady
Eletrocardiograma Eletroencefalograma Eletromiograma
Ground
GPEB
Grupo
de Pesquisasem
EngenhariaBiomédica
DM
JDF
LED
MCR
MSR
Diabetes MellitusJuvenile Diabetes Foundation International
(Light Emitter Diode),
Diodo
Emissor deLuz
Modem
Control RegisterModem
Status RegisterPAL
PC
PPG
RMS
RTS
SAASBIO
SGL
UFSC
Vref
WHO
SPalmaker
Language
PersonalComputer
Photoplethysmograph 'Root
Mean
SquareReady
toSend
u
Sistema de Aquisição e Análise de Sinais Bioelétricos;
Modo
de Conversão SimplesUniversidade Federal de Santa Catarina-
Tensão
de ReferênciaThe
World
Health OrganizationLISTA
DE
FIGURAS
Figura 1.1 -
Quadro
de prevalência deDM
no
Brasilna
faixa de30
a69
anos. 3Figura 1.2 - Distribuição dos pacientes diabéticos
no
Brasil. 4Figura 2.1 - Célula
com
sua 'entrada' e a glicose, a insulina irá atuar facilitando aentrada
da
glicosena
célula. 15Figura 2.2 - Glicose entrando
na
célulacom
a 'entrada' aberta,após
a atuaçãoda
insulina. 16
Figura 2.3 - Célula
com
pouca
insulina.Não
há
a aberturada
1`entrada 17Figura 2.4 -
A
'entrada'da
célula,não
temforma
enúmero
etamanho
adequados,fazendo
com
quea
glicosenão
consiga entrarna
célula. .20
Figura 3.1 - Limite estimado
da
variaçãoda
temperatura corporal (Guyton, 1989).37
Figura 3.2 -
Curva da
característicada
impedância bioelétricaem
relaçãoa
frequência(Guedes
&
Baker, 1989).40
Figura 3.3 - Posição dos
componentes do
sensor, emissor (Ledna
regiãodo
infiravermelho) e detector (Fototransistor)
para
o registro das variações de volume.42
Figura 3.4 - Sinal de
PPG
com
ascomponentes
AC &
DC,
devido a absorçãoda
luz. 43Figura 4.1 - Circuito de
medição da
Impedância,com
seus respectivos módulos. 47Figura 4.2 - Oscilador Senoidal tipo Ponte de Wien.
47
Figura 4.3 - Interface pele/eletrodo.
49
Figura' 4.4 - Conversor tensão/corrente,
com
eletrodos colocadosna
malha
derealimentação.
49
Figura 4.5 - Retificador de Precisão de
Onda
Completa. 50Figura 4.6 - Filtro
Passa
baixa.Aproximação
Butterwoth de 2”ordem
decomponentes
iguais. 51
Figura 4.7 - Circuito atenuador
para
limitara
tensão de entradado
canal do conversorA/D em
2,5 Volts.u
52
Figura 4.8 - Circuito de temperatura idealizado
para
transduzir e condicionar o sinal detemperatura. `
53
Figura 4.9 -
Ganho
do
circuitocomo
parteda
primeira etapa de ajuste deamplificação. 54
Figura 4.10 - Circuito
Atenuador
para
garantir a tensão de entradado
conversor A/D. 56Figura 4.11 - Circuito de Photoplethysmograph
com
os seus respectivos blocos. 57Figura -4.12 - Sensor de
dedo
utilizado. 58Figura 4.13 - Sensor
com
o emissor e receptor, contendoum
bufferpara
isolar a tensãogerada
58Figura 4.14 - Filtro
Passa
Alta nafrequência de 0,5 Hz. V 59Figura 4.15 - Filtro
Passa
Baixana
fieequência de 12,5 Hz. -60
Figura 4.16 -
Ganho
do
circuito após a filtragem.60
Figura 4.17 - Circuito de
Ofifiet
garantindo que a tensão de saídanão
ultrapasse a tensãode referência e adicione
um
nivelDC.
61Figura 4.18 - Circuito de Realimentação do sensor de dedo. 63
Figura 4.19 -
Conexão do
sistema de aquisiçãocom
a porta serialdo
Palmtop.64
Figura 4.20 - Tensão de referência. 65
Figura 4.21 - Conversor
A/D
de -1 Canaiscom
as suas principais ligações.66
Figura 4.22 -
Monoastável
HCF
404
7, configuradopara
modo
retrigeravel. 67Figura 4.23 -
MAX220
com
suas conexões ecom
os pinosda
serial. 68Figura 4.24 - Fonte de Alimentação
com
circuito de Shutdown.69
Figura 5.1 - Eventos
para
a configuraçãodo
conversorA/D
via software . 74Figura 5.2 -
Fluxograma da
aquisição e conversão dos sinais.Figura 5.3 -
Fluxograma
de análise dos sinais adquiridos.Figura 5.4 - Sinal de
PPG.
Ínicioda
rotina de cálculo de área.Figura 5.5 - Tela de apresentação
do
sistema.Figura 5.6 - Tela de opções
do
Sistema.Figura 5.7» - Tela de entrada dos
dados
pessoais e informações sobre o pacienteFigura 5.8 - Tela de projeto de aquisição, monitoração e análise.
Figura 6.1 - Sinal de
PPG
sem
tratamento.Figura 6.2 -
A
na'.lise espectraldo
s1`nal dePPG
promediado
Figura 6.3 - Filtro de 15
Hz
com
sinal original eƒiltrado.Figura 6.4 - Sinalfiltrado
com
o Filtro de 10 Hz.Figura 6.5 - Sinalfiltrado
com
o Filtro de 5 Hz.Figura 6.6 - Resultado
do
experimento 1.Figura 6.7 - Tela de aviso de eletrodo
não
conectado.Figura 6.8 - Tela de verificação
da
temperatura corporal.LISTA
DE
TABELAS
Tabela 2.1 -
Resumo
dos tipos de Diabetes Mellitus.Tabela 4.1 - Tabela de tensões de saída
em
relação a tensão de entrada.Tabela 5.1 - Tabela de pinos
da
porta serialcom
suas respectivas funçõesTabela 5.2 - Sequência de bits a
configurar
via software.Resumo
da Dissertação apresentada àUFSC
como
parte dos requisitos necessáriospara a obtenção
do
grau de Mestreem
Engenharia Elétricanv
SISTEMA
PARA
MONITORAÇAO
DAS RESPOSTAS
F1s1oLÓG1cAs
À
HIPOGLICEMIA
Nivaldo
Theodoro
Schiefler junior
Maio/
1999Orientador: Jefferson Luiz
Brum
Marques
Área
de Concentração: EngenhariaBiomédica
Palavras-chave: Instrumentação, Hipoglicemia, Photoplethysmograph, Diabetes Mellitus,
Palmtop
Computer, Respostas FisiológicasNúmero
de
Páginas: 124O
Diabetes Mellitus éuma
condição crônica caracterizada por alterações metabólicasdecorrentes da secreção deficiente de insulina, o que acarreta
no
desequilíbrio dahomeostase do
controle glicêmico.
O
Diabetes Mellitus afeta milhões de pessoasno
mundo
e muitascomplicações
surgem do
seu aparecimento.Uma
das complicaçõesque
ocorre é a hipoglicemia,causada pela baixa concentração de glicose
na
circulação sangüínea.O
início da hipoglicemia écaracterizada por sintomas tais
como:
Sudorese intensa, tremor, palpitações e cansaço. Estessintomas são usados pelo paciente diabético para alertar
do
inícioda
hipoglicemia e paraque
tome
asmedidas
corretivas.Quando
da ocorrência da hipoglicemia noturna o paciente diabéticopode
não identificar os sintomas, o qualpode
levar a convulsões, inconsciência e a mortePortanto, Para evitar esta situaçao é necessário desenvolver
um
sistemanao
invasivo capaz dealertar o paciente
do
início da hipoglicemia. Diante disto,como
objetivo deste trabalho, propõe-se o desenvolvimento de
um
sistema protótipo portátil para registrar e analisar as respostasfisiológicas à hipoglicemia.
O
equipamento proposto realiza o registro, a monitoração e aanálise não-invasiva de variações da freqüência cardíaca,
do
fluxo
sangüíneo periférico,da
temperatura corporal e
do
ambiente e da impedânciada
pele durante a hipoglicemia. Utiliza-seum
computador
portátildo
tipoPalmtop
(HPZOOLX,
Hewlett Packard) para gerenciar o sistemade hardware, aquisição e análise dos sinais.
O
sistema seráempregado
na avaliação dos parâmetros mais sensitivos,que
poderão servircomo
indicadores reais da condição dehipoglicemia, permitindoalertar se o paciente está sofrendo
uma
crise hipoglicêmica.Abstract of the Dissertation presented to the
UFSC
as a partial fulfilment of therequirements for the degree of Master in Electrical Engineering
SYSTEM
FOR MONITORING THE
PHYSIOLOGICAL
RESPON
SES
TO
HYPOGLYCAEMIA
Nivaldo
Theodoro
Schiefler Junior
May/
1999
Supervisor: Jefferson Luiz
Brum
Marques
Area
of Concentration: Biomedical EngineeringKeywords:
Instrumentation,Hypoglycaemia,
Photoplethysmograph, Diabetes Mellitus,Palmtop
Computer, Physiological Responses '
Number
of Pages: 124The
Diabetes Mellitus is a chronic condition characterisedby
metabolic alterations due todeficiency in insulin production and/or use
Which
affects the homeostasis of the glycemiccontrol.
The
Diabetes Mellitus affects millions of people in the world, causing severalcomplications that appears as a consequence of diabetes.
One
of the complications that occurs indiabetic patients is the
hypoglycaemia
that is characterisedby
alow
concentration of glucose inthe blood circulation.
The
onset ofhypoglycaemia
is characterisedby
symptoms
such as intensesweating, tremor, palpitations, loss of concentration
and
tiredness. Thesesymptoms
are usedby
the diabetic patient to alert of the onset of
hypoglycaemia
in order thatsome
corrective action istaken to avoid a severe hypoglycaemia.
When
a nocturnalhypoglycaemia
occurs the diabeticpatient
may
not identify thesymptoms, Which
may
lead to convulsions. unconsciousness anddeath. Therefore, to avoid this situation it is necessary the development of a non-invasive system
capable to alert the patient of the onset of hypoglycaemia.
The
objectiveof
this project is todeveloped a prototype system to monitor and analyse the physiological responses associated to
hypoglycaemia.
The
proposed device records, analysesand
monitors variationsof
heart rate,peripheral blood
flow,
corporaland
environment temperature and skinimpedance
occurringduring hypoglycaemia.
A
portablecomputer
(I-IP20()LX, Hewlett Packard), is used to controlthe system hardware, acquire and analyse the signals.
The
system will be used in the evaluationof the
most
sensitive parameters thatmay
serve as real indicators ofhypoglycaemia
allowing toalert that the patient is suffering a hypoglycaemic episode.
af2 ~ ~ šš W, -z w A' ` ü, 1%K ‹&5 §` vã, \ šf , W ) xëf 'ÍUWQ V « M Ê:«`”>fzr›\'¿ gi ;, â% z, “ú Mw? /Ê? × A wâsäzéw fz ,;t': «Y zãš v www ,zfzâv wvfww %xW=›' ;,,‹‹ z1z;í.% ›~;w;H‹f>z{é ‹ ^ é,:,:.,; ‹ -Q WM âz/;: ;-~‹»=w~-zzmâtàšz-`‹ w,›,zz;;~í~ *"z::» «M-› .z« "¿\;<;°&‹§I`&§2z;_~`< ,\«ê‹ «ÃÁ -)¡»§¿,¡ zz zzzzzâfé-W x W____,,¿¿ -ñx V- §,¿¿;g»,«,_...z._,_.Y_“_ ¿\¿¡§>¿ /I ,›:.,,,,,,,,,,,, W,-1 " z¢×r'â'í<f<1z=»¢§'2ê›2% '^><¢ ¬ f ,, 1 ,¿ -z , f ¿ - : \ . *šv É z ~§\ ai» 1* 'Mw w ,». ?× \
f,
, ,ff \ ›.;f*-Yf' í **”,§.‹W ›'f›»,Í, z» "'^ f' ff - `- v /›~ 4 `›¿¿,'.Í'¿ ×׋«\›--HW `\ _›»,›«»›w.\.;-;;'>r;ê-ç., .zw ä '1~2\;\\M;W ›› 'šlz \ :ê;,;,\,¿ fz; .;zzzzz_ zw/“' W" "rw ' “Í.~*z*%«~.›.»»z‹». _ 1; .WW
Y Í /V,,(,^ , . ' , »ê›‹'›~., * z 'f' z» zz ší‹« , , . , . z" ›<'‹"3`f. ' Í " « “z':¬., -:-i===-=-.-z-z-z=ê=z. «N Y«×,×»,"› .Â.,<‹«« ,,`*° ,› › " .J M. ‹ ~ ° . 4 V , A =` “ _š^ VfIIii'*”" É M *V, Ú/‹‹ <»ë<§`*‹> * 5°' Í* `=›:;íf»íÍÍÍ-»Í¿z%íY~>%>"' ' "“'“?<<×”[,::' X‹ \» 'íí › › 'ÍÉT' ' H V , Ã\Í` :rã < JW; .,....H_H.,zw‹ ¢»,»&§í%z~.~ z.›×› ‹» \›~ -~›«zz›zéw ›zz ‹zøâ~wz×z‹z,‹‹ ›.~,-z zw» ,v›>è\»~è~ê,.¢...z,wz A-zzz,wMz›» - . \z§Mzm;*zzà›é׋ vz .>,..y«. . ,.,. «M , , z z» \W~« wi «›¬~'â \ «zøfëí “ä § 1 ,W na 1! ,. ~n¬r.n.,- -W-J'CAPÍTULO
1 _ Inzmzzzzçâo z1.
1NTRoDUÇÃo
O
Diabetes Mellitus(DM)
éum
problema
de saúde mundial, afetando populações depaíses
em
todos os estágios de desenvolvimento.Nas
últimas décadas, sua incidênciavem
crescendo
em
decorrência de vários fatores, taiscomo,
taxa de urbanização,aumento da
expectativa de vida, industrialização, sedentarismo, obesidade, dietas hipercalóricas e ricas
em
açúcares, entre outros (Ministério
da
Saúde, 1993).É
fato conhecido que oadequado
controle do Diabetespode
prevenir, retardarou
atenuarsuas manifestações crônicas. .Visando alcançar tal intento, deve ser cada vez mais enfatizada a
importância
do
diabético assumir,com
maior responsabilidade, os cuidados relativos à suaprópria saúde e ao controle da doença.
O
portador deDM
precisa dedicar, diariamente, por muitos anos, pelomenos
algunsminutos para seu cuidado individual.
Após
a descoberta da insulina e a partir dos melhores conhecimentos adquiridos sobre a doença, o diabético teveum
aumento na
expectativa de vida.Em
contrapartida, surgiram condições para o desenvolvimento das complicações degenerativas,ou
seja, oaumento da
sobrevida permitiu que essas complicações viessem a se manifestar, o queantes não ocorria
em
virtude da morte precocedo
paciente.O
paciente diabético precisacompreender
que obom
controle da doença adiaráou
impedirá o aparecimento de taiscomplicações.
E
este é apenasum
dos muitos fatores pelos quais o diabético deve conhecerbem
sua doença, aplicar de
forma adequada
os conhecimentos adquiridos e, procurar manter-sesempre
atualizado quanto às novidades e modificações eventualmente surgidas.É
aindaCAPÍTULO
1 - Inzrøàzzçâo 3precisa adquirir. Por exemplo,
na
dieta o indivíduo deve saber dosar as quantidades e substituiradequadamente
um
alimento por outro; a administração de insulina requer, por sua vez,uma
habilidade especial (aplicar injeções),
além de
certo conhecimento aritmético para evitarenganos
na
dosagem
O
paciente deve tertambém
o conhecimento dos sintomasda
hipoglicemia ehiperglicemia,
ou
seja,da
reduçãoou
elevação exageradada
taxade
açúcar sangüíneo,respectivamente. .
A
hipoglicemia éum
estado fisiopatológico, epode
serdefinida
como
uma
concentraçãode glicose sangüínea abaixo
do
limitedo
normal; a hiperglicemia é a concentraçãode
glicoseacima
dos níveis normais parauma
determinada pessoa (Cecil, 1990).Dados
brasileiros indicamque
a prevalência deDM
varia de2,7%
parao
grupo etáriode
30-39 anos, e
de
até17,4%
parao
grupode
60-69 anos.A
Figura
1.1 ilustra as faixasde
idadecom
o
percentual de prevalência deDM
no
Brasil (Brasil, 1993).Prevalência
de
DM
no
BrasilcAPÍ'rULo
1 - Izzzmzzuçào 4Uma
estimativada
prevalênciado
DM
em
Santa Catarina éde aproximadamente
140.000pessoas
com
Diabetes (JornalO
Estado, 1998).Em
1996,no
Hospital Universitário,da
Universidade Federal
de
Santa Catarina,foram
efetuadas 1.706 consultas à pacientes diabéticossomente
pelo Serviço Ambulatorial de Endocrinologia e Metabolismo.Na
Inglaterra,onde
existeaproximadamente
500.000 pacientes diabéticos, estima-seque
no
mínimo
40%
destes irão apresentar sérias complicações, taiscomo:
nefiopatia, retinopatia,neuropatia e doenças vasculares decorrentes de
DM
(Alberti, 1991).No
Brasil este quadro é ainda pior, poismetade
dos indivíduoscom
DM
desconhecem
serem
portadoresda
doença.A
distribuição dos pacientes diabéticosna
população brasileirade
0
a
69
anos,com
conhecimento prévioda
doença, édado
na Figura
1.2onde
46,5%
dos pacientesdesconhecem o
diagnóstico e53,5% conhecem
previamenteo
diagnóstico (Brasil, 1996).Distribuição
dos
Pacientes
Diabéticos
no
Brasil
Figura
1.2 - Distribuição dos pacientes diabéticosno
Brasil.De
acordocom
diferentes pesquisadores, entre20
e80%
dos pacientes diabéticos sofrem de complicações oitalmológicas (retinopatia, catarata, alteraçõesda
córnea e glaucoma),CAPÍTULO
1 -Inzmúuçâo
5enquanto a nefropatia está presente
em
15 a20%
dos pacientescom
DM
Tipo 2 (Alad, 1995).A
neuropatia é
uma
das complicaçõesmais
freqüentes e precocedo
DM;
em
geral se aceitaque
aneuropatia se encontra
em
8%
dos pacientescom
DM
Tipo 1 recentemente diagnosticados e,em
até
50%
ao longo de20
anosda doença
(Jadzinsky, 1992; Alad, 1995). -Um
abrangente estudo realizado nos EstadosUnidos
da América, The Diabetes Controland
Complícations Trial(DCCT,
1993), mostrou que a incidência de complicações decorrentesdo
DM
é reduzidaem 50%
se o controle glicêmico rigoroso for adotado.No
DCCT,
pacientescom
controle rigoroso da glicose, sofreram crises severas de hipoglicemia três (03) vezesmais
freqüentes
do
que aquelescom
tratamento convencional(DCCT,
1991). Entretanto o receio desofrer hipoglicemia é, possivelmente, a principal' razão pela_qu_al os pacientes não atingem o grau
de controle necessário para prevenir complicações futuras. Isto se deve ao fato das
inconveníências trazidas por
uma
crise de hipoglicemia ao dia-a-dia dos pacientes.Também,
existem evidências sugerindo que hipoglicemia
pode
ser fatal, estando envolvidana
morte súbitade pacientes diabéticos durante a noite (Campbell, 1991; Tattersall and Gill, 1991; Frier, 1992;
Heller et al.,1995;
Marques
et al., 1995;Marques
et al., l996a;Marques
et al., 1996b;Thordarson and Sovik, 1995;
Marques
et al., 1997).A
hipoglicemia provoca respostas fisiológicas características, que são percebidas pelospacientes por diferentes sintomas. Estes sintomas associados
com
ocomprometimento
da funçãocerebral,
envolvem
a perda de concentração, confusão mental e cansaço. Outros sintomas,como
sudorese intensa, tremor e palpitações são devidas a ativação do sistema nervoso
autônomo
(Heller et al.,l987; Heller and Cryer, 1991; Heller and
MacDonald,
1991). Muitos pacientesutilizam estes sintomas para alertá-los
do
início da hipoglicemia e tomaruma
ação corretiva, porCAPÍTULO
1 _ Introdução ó\
do Diabetes, de
modo
que após20
anosda
doença,aproximadamente
50%
dos pacientesnão
serão capazes de reconhecer os sintomas da hipoglicemia, i.e. 'symptomatic unawareness'
(Pramming
et al., 1992). Aqueles pacientes incapazes de identificar esta sintomatologia inicial,encontram-se
em
alto risco de sofreremuma
crise de hipoglicemia severa (Frier, 1993).Assim, o impacto
do
DCCT
pela persuasão deum
maiornúmero
de pacientesem
manter
um
controle glicêmico rigoroso,pode
resultarnum
aumento
significativo dos casos dehipoglicemia. Isto representa
um
problema, particularmente durante a noite,uma
vezque
0 sonotambém
evita a pronta percepção dos sintomas iniciais da hipoglicemia.A
hipoglicemia noturnaé preocupante, especialmente, para os pais de crianças diabéticas e,
tem
sido relacionada à mortesúbita de pacientes diabéticos jovens (Campbell, 1991: Tattersall and Gill, 1991 ; Thordarson and
Sovik, 1995).
A
melhor proteção contra a hipoglicemia e' a monitoração freqüenteou
constanteda concentração de glicose do sangue.
As
dificuldades técnicas associadascom
o desenvolvimento deum
sensor de glicoseimplantável (e. g.,
tempo
de vidado
sensor, biocompatibilidade, interferências devido areatividade eletroquímica), ainda não foram completamente solucionadas. Atualmente, a única
maneira de prevenir hipoglicemia
em
pacientes diabéticos, é a identificação indireta da hipoglicemia atravésda
detecção de variações fisiológicas associadascom
a hipoglicemia. Destaforma, existe a necessidade urgente de
um
método
efetivo e não~invasivo para detecção dehipoglicemia (Frier, 1992; Frier, 1993,;
Thow
andHome,
1993, Harris et al., 1996).Nos USA,
está
em
fase final de aprovação,um
aparelho a laser para analisar os níveis de açúcarno
sangue,CAPÍTULO
1 _Inzmâuçâo
7Medições
fisiológicaspodem
ser usadas para detectar o início da hipoglicemia, devido àrápida ativação do sistema nervoso simpático (Heller et al., 1996;
Marques
et al., 1997).A
análise das variáveis fisiológicas,
mostram
um
aumento da
freqüência cardíaca, da pressãosangüínea sistólica, da sudorese e do tremor, juntamente
com
a diminuição da temperaturacorporal (Pickup, 1982;
Hanson,
1983; Harris et al., 1996).Harris et al. (1996),
mostraram
que variações dos parâmetros fisiológicos durantehipoglicemia, ocorrem antes da ativação
máxima
do sistema nervoso autônomo.Há
um
aumento
significativo do
fluxo
sangüíneo periférico e da freqüência cardíaca, associadacom
uma
pequena
redução da temperatura corporal,
aproximadamente
5 minutos antesdo
inícioda
variaçãoda
impedância da pele (í.e,
aumento
da sudorese).Para monitorar as respostas fisiológicas ã hipoglicemia e
com
o objetivo de alertar opaciente diabético
do
seu início, necessita-se deum
sistema(Hardware
&
Software)que
faça aaquisição e análise dos seguintes parâmetros fisiológicosƒ
o Temperatura Corporal
o
Impedância da
Pele (Sudorese)o Freqüência Cardíaca
0 Fluxo Sangüíneo Periférico
Com
o início da condição de hipoglicemia,há
uma
variação nos parâmetros fisiológicos,pois ocorre
uma
reduçao de glicose no sangue;com
isso, o organismo necessita tirar glicose dasCAPÍTULO
1 - Izzzmzzzzçõo 3utilizam esta glicose
como
fonte de energia, fazendocom
que se tenhauma
mudança
na
freqüência cardíaca,
na
temperatura corporal e sudorese.Além
desses parâmetros, tem-se ainda a monitoração da temperatura ambiente para obter-se o registro durante a aquisição dos dados.
Um
hardware foi necessário para o obtenção dosdados fisiológicos.
O
registro da variaçãoda
freqüência cardíaca edo
fluxo
sangüíneo periféricosão realizados por 'Near Infrared Phot0plethysm0graph'.
A
sudorese é monitorada pelamedição da
variação da resistênciada
peleusando
eletrodos deECG
descartáveis colocadossobre o esterno.
A
temperatura corporal e ambiente serãomedidas
por 'Sensores de temperatura(LM35
National Semicondutores)° colocadosno
paciente eno
ambienteonde
os registros serãorealizados, respectivamente. Este sistema é baseado
num
*PocketComputer'
(HPZOOLX -
Hewlett Packard), cujo software
implementado
realiza o controle da etapa de aquisição,processamento digital e análise dos diversos parâmetros fisiológicos.
1.1.
Objetivo
do Trabalho
Desenvolver
um
sistema não-invasivo para detecção de hipoglicemia atravésdo
registro eanálise de vários parâmetros fisiológicos.
O
equipamento desenvolvido deverá ser portátil,permitindo o registro das respostas fisiológicas por períodos prolongados.
Os
parâmetrosfisiológicos serão amostrados por
um
sistemaide aquisição de dados, o qual fará o registro davariaçao da temperatura corporal e ambiente, sudorese (impedância da pele), da freqüência
CAPÍTULO
1 _ lzzzmzzuçâo 9Desenvolver
um
software, divididoem
vários módulos;um
deles tendocomo
responsabilidade gerenciar o funcionamento, tanto
do computador
portátil (palmtop),como
do
hardware, fazendo
com
que seja ocasionadoem
intervalos detempo
pré-determinado e grave asinformações
em
memória,
para que se possa fazeruma
análise mais detalhada dos parâmetrosadquiridos. Implementar
um
módulo
para o processamento dos sinais fisiológicos adquiridos,que faz a leitura
do
arquivocom
os principais dados do paciente, filtragem digital, cálculo dosparâmetros,
armazenamento
em
arquivo e apresentação dos dadosem
modo
gráfico.1.2.
Conteúdo
dos
Capítulos
O
trabalho está distribuídoem
7 capítulos distintos.O
capítulo 1contém
uma
pequena
introdução do Diabetes e hipoglicemia, apresentando alguns dados tanto
no
mundo como
no
Brasil e
no
estado de Santa Catarina.O
capítulo 2 dáuma
noçãodo
que é diabetes e o os tiposexistente e complicações, finalizando
no
fator que interessa que e' a hipoglicemia.No
capítulo 3temos
uma
pequena
descrição dos parâmetros fisiológicos envolvidosna
hipoglicemia.Na
partedo sistema eletrônico envolvido tem-se o capítulo 4, falando de cada bloco
do
hardwareimplementado, desde a captação dos sinais
no
paciente até ocomputados
usadono
caso o palmtop.Na
parte resultando de controledo
sistematemos
o capítulo 5, -o qual usa 3 tipos delinguagens de programação, este capitulo descreve
em
linhas gerais decomo
foiimplementado
osistema de software.
O
capítulo 6temos
resultados das implementações e alguns testespreliminares e finalizando o capítulo 7
com
as conclusões e discussão sobre o trabalho ealém
/v~ Ii ll Â/ Z _' Ç §`\_Wm"m"""_ :Â äääw Í ( ( ¿ M ` › _ Wmäm H N __ __ çš ) V? M) H á ` › i W; “ I ` ¿`M¿W›“ ¿`§°W%`_`__\\ÂM
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2_
Dizzbezes Mzllizus 1 12.
DIABETES
MELLITUS
O
Diabetes Mellitus e'uma
condição crônica caracterizada por alterações metabólicasdecorrentes da secreção deficiente de insulina, 0 que acarreta
no
desequilíbrio da homeostase' -docontrole glicêmico (Arduíno, 1980; Torres e Rodrigo, 1992).
A
denominação medica
do Diabetes é Diube/es Mellitus.O
nome
de Difabeles e' deorigem grega significando °sifão”.
O
significado mais óbvio de Diabetes é urina excessiva.O
nome
Mellitusvem
do
latimcom
o si nificado de “docecomo
a úcar”.A
urina de urna essoaPdiabética
contém
alta quantidade de açúcar (glicose) (Ruth et al., 1998). 'Um
dos mais importantes processos metabólicosdo
organismo é a conversão dealimentos
em
energia e calor dentrodo
corpo.Os
alimentos são constituídos de três nutrientespI'1l'1Clp31SI
0 Carboidratos
-
Glicose (açúcar)0 Proteínas
-
Aminoácidos
0 Gorduras
-
ÁcidosGraxos
'
Pode-se retirar energia de qualquer
uma
das três categorias,mas
os carboidratos sãoespecialmente importantes por serem rapidamente convertidos
em
glicosequando
precisamos deI
CAPÍTULO
2_
Diabetes Mellizus 12energia. Entre as refeições, o fígado libera a glicose estocada para a corrente sangüínea,
mantendo
assim, os níveis normais de glicoseno
sangue.Para ajudar a penetraçao
do
suprimento de glicoseem
cada célula do corpo, 0 pâncreaslibera a insulina para a corrente sangüínea, fazendo
com
que ohormônio
chegue aos receptoresde insulina via superfície destas células.
Só quando
a insulina se liga à superfície das células éque elas
podem
absorver a glicose da corrente sangüínea.Quando
a glicemia (nível de glicoseno
sangue)aumenta
apósuma
refeição, a quantidade de insulina(chamada
de insulina da horada
refeiçao)
também
aumenta
para que este excesso de glicose possa ser rapidamente absorvidopelas células.
O
fígado pára de secretar glicose e passa a estocar glicosedo
sangue,que
chamamos
de glicogênio, para usá-la posteriormente.Quando
a insulina termina seu trabalho,ela se degrada.
O
organismotem
assim, que renovar constantemente seu estoque de insulina.O
pâncreas está localizadono abdome,
atrás do estômago. Dentro do pâncreas estãolocalizadas
pequenos
grupamentos de célulaschamadas
de ilhotas de Langerhans; dentro destasilhotas estão as células Beta,
que produzem
a insulina.-Em
pessoasque não tem
Diabetes, aglicose
no
sangue estimula a produção de insulina nas células Beta.As
células Beta“medem”
osníveis de glicose constantemente e liberam a insulina que a célula requer para facilitar a entrada
da glicose (Ruth et al., 1998).
Toda
vez que se ingere açúcares, imediatamente o pâncreas lançano
sangue determinadaquantidade de insulina,
na
medida
exata da necessidade que o organismo precisa para aproveitaresses nutrientes.
No
indivíduo diabético, talmecanismo
não funciona demodo
conveniente.CAPÍTULO
2 -_ Dizzbezes Mezlizus 13a produz, o
hormônio
é incapaz de agir eficazmente.Em
conseqüência, os açúcares ingeridosnão são aproveitados e o teor de glicose
aumenta no
sangue.O
organismotem
necessidade de utilizar essa glicose, pois é de sua utilização que seráproduzida a energia necessaria para todas as atividades e funções orgânicas. Por outro lado, a
glicose não sendo absorvida pelas células do corpo, sua concentração
na
circulação sangüíneaaumenta, causando os sintomas
do
Diabetes.Quando
ela ultrapassaum
certo nivel (cerca de180
mg%), começa
a aparecer na urina que, normalmente, não a contém.A
eliminaçãodo
excesso de glicose pela urina é feita
com
a retirada deuma
quantidade considerável deágua
dostecidos e,
em
conseqüência, o diabético passa a urinarbem
maisdo
que o normal. Juntamentecom
a água, são perdidostambém
outros elementos importantespara o equilíbriodo
organismo,como
os sais minerais (Ministério da Saúde, 1993).Quando
nao há quantidade de insulina suficiente, o excesso de glicosenão
poderá, serarmazenado no
fígado eno
tecido muscular.Ao
invés disso, a glicose irá se acumularno
sangue, e esta alta concentração de glicose no sangue denomina-se de Hiperglicemia (Ruth et al.,
1998).
Assim, a partir da elevação da taxa de glicose
no
sangue, desencadeia-seuma
série de fenômenos.Nas
crianças e jovens, essesfenômenos ocorrem
deforma mais aguda
e, às vezes, oDiabetes só é descoberto
quando
o paciente perde a consciênciaou
os sintomas sãomais
graves.Nas
pessoas demeia
idade e nas mais velhas, o aparecimento desses sintomas écomumente
CAPÍTULO
2-
Dizzbezes Mellitus 14Às
vezes, as pessoas não identificam os sintomas precocemente e sóvêm
a descobrir queestão diabéticas
quando do
surgimento de complicações,como
infecçõesna
pele e vias urinárias,ou
mesmo
complicações mais graves,como
problemas visuais e arteriais. Por isso, o Diabetesdeve ser ,identificado o mais precocemente possível, de
modo
que o tratamento possa ser iniciadode imediato e,
com
isso, reduzidas as possibilidades de complicações, quepodem
trazer riscos àsaúde e dificultar
em
muito a vidado
paciente.Para que
uma
pessoafique
diabética,em
geral, e' preciso que seja portadora de tendênciapara o desenvolvimento dessa doença, z'.e., precisa ter condições genéticas que
levem
a ficarpredisposta ao diabetes (Ministério da Saúde, 1993).
Inúmeros
fatorespodem
precipitar o aparecimento da doença, taiscomo
obesidade,sedentarismo, infecçao, trauma emocional, gravidez, determinados medicamentos, cirurgia,
algumas
viroses, etc.Segundo
o Juvenile DiabetesF
oundatíon International (JDF), o Diabetes causa a mortede
um
(01) americano a cada três (03) minutos, dezesseis (16) milhões de americanostêm
essadoença
e, deste número, 5,4 milhões não são diagnosticados.O
Diabetes afeta 120 milhões depessoas
no
mundo
ea
TheWorld
Health Organization(WHO)
estima que estenúmero
atingirár
CAPITULO
2-
Diabetes Mellitus 152.1.
Tipos de Diabetes
Existem dois tipos de Diabetes: o Tipo 1 e a do Tipo 2.
É
necessário saberque
os tecidossão
formados
por milhares de pequenas células, cadauma
com uma
“entrada°, ou seja, receptoresque são os locais por
onde
a glicose irá penetrarna
célula (Figura 2.1). Estas entradasrecebem
os nutrientes que as células necessitam para obter a energia que permitirá a realização de suas
funções (Ministério da Saúde, 1993).
Gucosn
* F* Í É ' CÉLULA = H* ` (- ENTRADA AI
2
~1
~ INSULINA¬
` 1 `¡¡z_¡|uu|u`
Figura
2.1 - Célulacom
sua 'entrada' ea
glicose, a ins u zna l' irá atuar facilitandoa
entradada
glicose
na
célula.A
insulina produzida pelo pâncreas, é o responsável pela abertura das “entradas” atravésdas quais a glicose trazida pela corrent ' ' `
CAPÍTULO
2_
D¡zzbezes'Mz11¡ws 16funciona
como
se fosseum
funil, fazendocom
que a glicose passe atravésdo
receptor,alimentando
com
isso a célula.cucosla
CÉLULA
a
šš
INSULINA ENTRADAFigura
2.2 - Glicose entrandona
célulacom
a
'entrada' aberta, após a atuaçãoda
insulina.Quando
o organismo funcionanormalmente
(sem, Diabetes), o pâncreas secreta aquantidade necessária de insulina para que a glicose entre nas células
sem
dificuldade e, assim,sua concentraçao na corrente sangüínea
mantém-se
normal (glicemia normal).As
“entradas”devem
ter aforma
e otamanho
adequados para que a molécula de glicose possa atravessa-lassem
dificuldades.2.1.1.
Diabetes
Tipo
1Aproximadamente
10%
das pessoascom
Diabetestêm
Diabetes do Tipo 1.Quando
diagnosticadas, essas pessoas são na maioria jovens,
com
idade abaixo dos40
anos, geralmenteCAPÍTULO
2-
Diabetes Mellitus 17repentinamente. Por
um
mecanismo
não muito conhecido, as célulasdo
pâncreas (ilhotas deLangerhans) são danificadas e a produção de insulina torna-se mínima.
Como
conseqüência, as°entradas° das células que constituem o organismo não se
abrem
e toda a. glicosepermanece no
sangue (Ruth et al., 1998).
Se este
problema
não for corrigido, a quantidade de glicoseno
sangue aumentará cadavez mais, ultrapassando o nível normal (causando hiperglicemia), e as células, privadas
do
alimento principal (a glicose), são obrigadas a obter energia a partir de outras substâncias,
principalmente as gorduras (Figura 2.3).
GLICOSE ~
g
if
~_,
@»
z
@@
f
~"73
CAPÍTULO
2_
Dizzbezes Mzzzizus 18Quando
os níveis de glicoseno
sangue atingem certo valoracima do
normal, a glicoseaparece na urina, maneira pela qual o organismo tenta eliminar o excesso de glicose, juntamente
com
grandevolume
de líquidos.A
água utilizada pelo rim é retirada dos tecidos,dando origem
à desidratação. Por outrolado, o corpo tenta repor a
água
eliminada, o que provoca sede excessiva.Como
conseqüênciadas células não receberem glicose, o indivíduo diabético sente fadiga, fraqueza, perde peso e
em
muitos casos, o apetite aumenta,
na
tentativa de fornecermais
alimento ao organismo.A
principal disfunçãodo
Diabetes do Tipo 1, é a falta de insulina;com
isso, os pacientesdevem
fazer o uso regular e diário de insulinaexógena
(insulina sintética deorigem
bovina,suína e
humana)
paramelhor
controlar adoença
e evitar as complicações.2.1.2.
Diabetes
Tipo
2
Aproximadamente
85%
das pessoascom
Diabetestem
Diabetesdo
Tipo 2.O
pâncreas,neste caso, produz certa quantidade de insulina que não é suficiente a nível celular. Estes
pacientes são de idade
acima
de40
anos, geralmente obesos e os sintomasaparecem
lentamente.Nesse tipo de Diabetes, a principal disfunção reside nas “entradas” existentes
em
cada célula,que
não
têm
o número, aforma
e otamanho
adequados para que a insulina possa agir sobre elas,abrindo-as o suficiente para a entrada da glicose.
Os
pacientes apresentam excesso de glicoseno
sangue (hiperglicemia) e
também
excesso de insulina (hiperinsulinemia), fazendocom
que, demodo
contrário ao que aconteceno
Diabetesdo
Tipo l, geralmentenão
se faz necessário o usoCAPÍTULO
2-
DiabetesMzmzus
19Para controlar a doença, os pacientes necessitam apenas diminuir o peso corporal, a
partir, principalmente, da realização de dieta e exercicios físicos.
Com
a dieta, o diabético terádois objetivos principais; o primeiro sendo manter o nível de glicose
no
sangue normal e osegundo, sendo para reduzir o risco de doenças
do
coração e dos vasos sangüíneos.Mantendo
aglicose normalizada
no
sangue, o diabético sente-sebem:
não apresentará açúcarna
urina,não
urinará
demais
e terá suafome
diminuída fazendocom
que não ocorra hipoglicemia. Prevenindocontra as doenças
do
coração e dos vasos sangüíneos, através deum
efetivo controle da doença,obterá
melhor
qualidade de vida,podendo
viver por muitos anos.Com
a reduçãodo
peso, as, , , , _ . . . .
entradas das celulas
aumentam
em
numero
emodificam
a forma, tornando a insulina mais ativae capaz de abri-las, permitindo, assim, a entrada de glicose (Figura 2.4).
Quando
a dieta e osexercícios não
forem
suficientes para corrigir a hiperglicemia, torna-se necessário o uso demedicamentos
oraischamados
de hipogliceminantes orais. Hipogliceminantes orais sãosubstâncias que, após sua ingestão,
produzem queda na
taxa de açúcar existenteno
sangue; osmais
comum
no mercado
brasileiro são as sulfoniluréias e as biguanidas.Após
o uso dehipogliceminantes orais, durante
um
certo tempo, alguns pacientespassam
a apresentar unssintomas insatisfatórios
como, aumento
da taxa de glicoseno
sangue e perda de peso. Pararesolver esta situação, tais pacientes
devem
ser tratadoscom
insulina (Ministério da Saúde,CAPÍTULO
2_
Diabetes Mzlzizus20
,"/ _ ' É ,/7! ENTRADA INSULINA l i l@
sí
Â
Figura
2.4 -A
'entrada 'da
célula,não
temforma
enúmero
etamanho
adequados,fazendo
com
que
a
glicosenão
consiga entrarna
célula.A
Tabela
2.1. mostraum
resumo
dos tipos do Diabetes,com
algumas informaçõesimportantes sobre cada
um
deles.Tabela
2.1 -Resumo
dos tipos de Diabetes Mellitus.TIPO
1TIPO
2Geralmente abaixo dos
40
anos Geralmenteacima
de40
anosIdade de
inícioConstituição
F
ísicaMagro
Geralmente obesoSintomas
Aparecem
subitamenteAparecem
lentamenteProdução
de insulinaNenhuma
Muito
pouco,ou
ineficazCAPÍTULO
2_
Dzzzbzzes Mzllizzzs 212.2.
Hipoglicemia
A
hipoglicemia-
concentração de glicose sangüínea abaixodo
normal, é a complicação maiscomum
que
afeta pessoascom
Diabetes Mellitusdo
Tipo 1(DCCT,
1993; Frier, 1993).Se
esta condição não for tratada, poderá haver
comprometimento
da função cerebral, conduzindo àinconsciência, convulsões,
coma
ou
mesmo
à morte (Campbell, 1991; Tattersalland
Gill, 1991;Marques
et al., 1995; Thordarson and Sovik, 1995;Marques
et al., 1996;Marques
et al., 1997).O
início da hipoglicemia produz sintomas característicos, taiscomo:
tremor, sudoreseintensa, palpitações, perda de concentração e cansaço.
Normalmente,
estes sintomas _sãoreconhecidos pelo paciente, de
modo
que ele própriopode
tomar as devidas precauções afim
deevitar
uma
crise hipoglicêmica. Entretanto, estes sintomas são atenuadosem
pacientesque
possuem
Diabetes há muito tempo, não são reconhecidos por bebêsou
crianças,ou
se o pacienteestá dormindo.
O
receio da possibilidadedo
desenvolvimento de hipoglicemia evitaque
ospacientes controlem suas glicemias próximas do normal, fazendo
com
que a glicose estejasempre
em
concentrações acima do valor fisiológico. Isto por sua vez,aumenta
a incidência de complicações tardias do Diabetes(DCCT,
1993,George
et al., 1997).Pode-se ter distúrbios hipoglicêmicos
quando
uma
pessoa faz exercício físico,com
o usode
medicamentos
etambém
pela ingestão de álcool.A
hipoglicemiacomumente
acontecequando
uma
pessoa está realizando atividade física.Em
pessoas normais, a insulina plasmática diminui durante a prática de exercício físico.Os
hormônios contra-reguladores de insulina (glucagon e adrenalina) adicional são produzidos,
CAPÍTULO
2-
Dizzbezes Melzizzzs 2_2com
o montante de glicose usada durante o exercício.No
Diabetes do Tipo 1, a concentração deinsulina plasmática
pode
não diminuir durante o exercício e pode, atémesmo
aumentar se oexercício ocorre dentro de “(1)
uma”
hora da administraçãoexógena
de insulina. Istomantém
onível de insulina durante o exercício, acentuando a glicose periférica e estimulando a oxidação
da glicose por exercicio dos músculos.
O
mais importante, contudo, é a inibição da produção daglicose hepática. Altos níveis de insulina inibem, ambos, glicogênio e glicogenólise (quebra
do
glicogênio). Durante o exercício de duração moderada, estes efeitos
podem
ser consideradosbenéficos, contudo, por longos períodos de exercícios,
pode
resultarem
hipoglicemia.O
Diabético
do
Tipo 1tem
grande risco de desenvolver hipoglicemia 6 a 14 horas após exercíciointenso.
Músculos
e glicogênio hepáticodevem
ser restaurados durante o repouso (Mario et al.,1995).
Os
medicamentos
constituem a causa maiscomum
de hipoglicemia se forem incluídas ainsulina e as sulfoniluréias usadas pelos diabéticos.
Os
fatores queaumentam
o risco dehipoglicemia induzidas por
medicamentos
são extremos de idade, privação alimentar prévia edeficiência das funções renal e hepática.
O
álcooltambém
causa hipoglicemia, que geralmente se desenvolve entre 6 a 36 horasapós a sua ingestão
mesmo
quando
ingeridoem
quantidadesmoderadas
por pessoas crônicamentemal
nutridasou
por pessoas saudáveis que não fizeramuma
ou
duas refeições.As
crianças são muito suscetíveis à hipoglicemia induzida pelo álcool.
Os
níveis sangüíneos deálcool
podem
não estar elevadosquando
o paciente está hipoglicêmico (Cecil, 1990).Os
sintomas de hipoglicemiapodem
ser posicionadoscomo
fase inicial para as respostasCAPÍTULO
2_
Dizzbezzs Mellitus 23mental, visão dupla, distúrbios na fala, dor de cabeça, etc.) e, finalmente,
uma
resposta simpática(sudorese, taquicardia, palpitações, palidez, etc.).
Embora
a sudorese apareça apenasmais
tarde,quando
da reação hipoglicêmica, foi o sintoma maiscomum
notado e relatado por pacientesdiabéticos (Sussman, 1963).
A
sudoresepode
ocorrer durante eventos não relacionadoscom
a hipoglicemia, talcomo
exercicio físico, condições emocionais e
um
aumento
da temperatura ambiente. Sudoresenoturna
pode
serum
problema
em
particular, apesar de que a detecção noturna da hipoglicemiapode
ser a estratégia mais usadana medição
da condutância da pele (Friedman, 1980).A
melhor
proteção contra a hipoglicemia é a monitoração constanteda
concentração deglicose
no
sangue. Atualmente, a única maneira de prevenir a hipoglicemiaem
pacientesdiabéticos, não-invasivamente, e' a identificação indireta através da detecção das variações
fisiológicas associadas
com
hipoglicemia (Harris et al., 1996).2.2.1.
Coma
Hipoglicêmico
O
coma
hipoglicêmico faz parte das complicações agudas, que serão descritasno
item2.4.2. Este
coma
ocorre quase que exclusivamente nos pacientes que se tratamcom
insulina,mas
pode
ocorrercom
aqueles que se tratamcom
medicamentos
de ingestão oral (comprimidos),embora
raramente.O
coma
hipoglicêmico surgequando
a glicemia atinge valores muito baixos.A
instalaçãodo
coma
é rápida e quasesempre
precedida pelo sintomas característicos deuma
hipoglicemia, reconhecidos facilmente pelos pacientes que
usam
insulina, que são tremores,CAPÍTULO
2-
Dizzbzzes Mellizus24
lesões cerebrais
com
seqüelas tardias, porque o cérebro necessita de glicose, para se nutrir(Ministério da Saúde, 1993).
A
causado
coma
hipoglicêmicoem
diabéticos está relacionada aum
desequilíbrio entre aingestão alimentar e o tratamento
com
medicamentos,ou
entre esses 2 (dois) fatores e oconsumo
de energia pelo organismo. Para aqueles queusam
insulina, ocorre devido a doseelevada, administração
em
horário impróprio, faltaou pouca
ingestão deuma
refeição e pelaprática de
um
exercício intenso, forado
hábitodo
indivíduo.Os
agentes antidiabéticos orais raramentecausam
hipoglicemia. Paraque
surjauma
hipoglicemia, é necessário que o paciente ingira bebida alcoólica
em
grande quantidade,ou
permaneça
em
jejum prolongado por mais deum
dia enquanto usa o medicamento.A
hipoglicemia por antidiabéticos orais são raras,
mas
graves e prolongadas., 1
Para correção da hipoglicemia, o paciente deve ingerir açúcar (balas, chocolates) e se não
for possível a ingestão de açúcar, deve-se aplicar glicose por via endovenosa.
2.3.
Métodos
de
Medição
de
Glicose
O
desejo de manter o nível normal de glicose,tem
levado ao desenvolvimento deuma
série de equipamentos sensíveis a glicose, adequados para sua
medição
em
fluídos fisiológicos,seja in vivo
ou
in vitro. Estes sensores são baseadosem
princípios eletroquímicos eempregam
enzimas
como
componentes
biológicos para o reconhecimento molecular. Contudo, paraCAPÍTULO
2-
Diabetes Mellitus i 25pesquisa (Fischer, 1991). Baseados na interação entre o corpo do paciente e equipamentos
analíticos, as técnicas de
medição
de glicosepodem
ser classificadasem
2 grupos; invasiva enão-invasiva. Técnica invasiva envolve contato físico entre a parte
do
sensor e 0' tecidoou
fluidos.
Na
não-invasiva, a informação é obtida através das propriedades características daglicose, tais
como
espectral, óptica, térmica, eletromagnética, etc.Embora
existam algunsmétodos
demedição
de glicose, precisa-se necessariamente deum
método
ideal demedição da
concentração de glicose
no
ambiente clínico diário, que tenha precisão e rapidezno
processo de pequenas amostras.O
método
deve sertambém
suficientemente simples para que omédico ou
opessoal encarregado da enfermaria, faça tal trabalho
sem
necessitar deum
treinamento extensivoem
laboratórios.i
2.3.1.
Método
Não-Invasivo
Para monitoramento e
medição
da concentração de glicose,uma
análise espectralcom
aaplicação
do
infravermelhopode
ser usada.O
local demedição
é, geralmente, odedo
ou
alguma
extremidade
do
corpo.Os
equipamentos baseados neste princípio de infravermelho são rápidos,extremamente
confortáveis e de fácil uso, contudo, eles não são precisos (Robinson et al., 1992).O
método
não-invasivo previne contra danosno
tecido e o equipamentopode
ser usado pormuitos pacientes
em
vários locais, taiscomo
escritórios, clínicas, etc. Finalmente, estesequipamentos
podem
ser desenvolvidos para uso próprio (aparelhos de bolso),ou
seja, pelopróprio paciente
em
sua casa. _Contudo, os equipamentos baseados na absorção de infravermelho atualmente