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A perspetiva dos alunos do ensino básico acerca da disciplina de Educação Física

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio Pedagógico

A Perspetiva dos alunos do ensino básico acerca da

disciplina de Educação Física

Mestranda: Cátia Margarida Gonçalves da Silva

Orientador: Professor Doutor Paulo Vicente João

Coorientadora: Professora Paula Liberal

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

2º CICLO EM ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Relatório Final de Estágio Pedagógico

A Perspetiva dos alunos do ensino básico acerca da

disciplina de Educação Física

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Dissertação apresentada à UTAD, no DEP – ECHS, como requisito para a obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Física dos Ensino Básico e Secundário, cumprindo o estipulado na alínea b) do artigo 6º do regulamento dos Cursos de 2ºs Ciclos de Estudo em Ensino da UTAD, sob a orientação do Professor Doutor Paulo Vicente João e coorientação da Professora Paula Liberal.

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I

Para a concretização das nossas realizações pessoais, para além do próprio esforço, existe sempre um conjunto considerável de contribuições, apoio, ensinamentos e sugestões de outras pessoas que convivem connosco tanto a nível pessoas como profissional. Estas pessoas assumem um papel fundamental uma vez que, cada uma, à sua maneira contribuíram para o sucesso deste percurso.

Ao Professor Dr. Paulo Vicente João por toda a sua competência científica e acompanhamento do trabalho, pela disponibilidade, assim como pelas críticas, correções e sugestões relevantes durante todos estes anos, principalmente durante este ano de estágio.

À Professora Paula Liberal, docente de Educação Física no Agrupamento Vertical de Escolas Diogo Cão, por toda a sua orientação, disponibilidade e bagagem de conhecimentos que me transmitiu ao longo de todo o ano de estágio.

Aos Professores do Departamento da Educação da Escola pela colaboração e apoio demonstrados no decorrer de todo o ano de estágio.

Ao meu colega de estágio, João Silva, por todo o trabalho e espírito de grupo desenvolvidos ao longo deste ano.

Ao meu namorado, Daniel Fernandes, pela paciência, amor, dedicação, motivação e ajuda que me proporcionou ao longo deste percurso.

À minha família, em especial aos meus pais e irmãos, um enorme obrigada pela confiança depositada e por todos os ensinamentos de vida. Espero sinceramente que esta etapa que agora termino possa, de algum modo, retribuir todo o carinho, apoio e dedicação que me ofereceram.

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II

O presente relatório surge com o propósito de expor toda a experiência vivenciada ao longo do ano letivo enquanto professora estagiária. Este documento faz parte integrante do estágio pedagógico inserido no 2º ciclo de estudos em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro. O ano de estágio é o culminar de uma formação académica representado pela passagem do estatuto de aluno para o de professor. Deste modo, este relatório relata as experiências vividas e adquiridas ao longo do ano de estágio através de uma análise crítica e consciente onde são apresentadas as dificuldades sentidas bem como as estratégias impostas caraterísticas da minha intervenção pedagógica. Por sua vez, este relatório engloba duas áreas de intervenção que são as tarefas inerentes ao processo de ensino aprendizagem e as tarefas relacionadas com a relação escola-meio onde são relatadas as atividades desenvolvidas no escola-meio escolar bem como a caraterização da turma. Complementado este relatório, é ainda apresentado um estudo sobre a importância atribuída à disciplina de Educação Física por parte dos alunos do 3º ciclo de uma escola pública. Participaram neste estudo 71 alunos dos quais 37 são do género feminino e 34 do género masculino. Verifica-se ainda que 36 alunos frequentam o 7º ano de escolaridade e 35 frequentam o 9º ano de escolaridade. Como instrumento utilizou-se um questionário adaptado de Brandão (2002). Para a análise dos dados optou-se pela estatística descritiva – média, desvio-padrão, frequência e percentagem – e pela estatística inferencial –teste do Qui-Quadrado, sendo estabelecido o nível de significância em a 0,05. As conclusões retiradas com este estudo foram: os alunos, na sua maioria, mencionam gostar muito da disciplina da Educação Física; os alunos indicam a melhoria da condição física e saúde como principais benefícios retirados da realização das aulas de Educação Física; os alunos acham a disciplina de Educação Física igualmente importante face às restantes disciplinas do currículo escolar; consideram a presença da disciplina de Educação Física no currículo como um fator importante na sua formação escolar; caso a disciplina de Educação Física fosse de caráter opcional, a maioria dos alunos, escolheriam frequentar as aulas de Educação Física.

PALAVRAS-CHAVE: Estágio Pedagógico; Educação Física; Ensino Básico; Aluno; Perceções.

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III

The presented report comes with the purpose to expose all the experience lived throughout the school year while being an intern teacher. This document is an integral part of the pedagogic training inserted in the 2nd cycle of studies in Physical Education teaching in both primary and secondary education at the Trás os Montes e Alto Douro University. The intership year is the culmination of an academic degree represented by the passage from student status to professor. Thereby, this report relates the lived and acquired experiences over the intership year, through an critical and conscious analysis where felt experiences are represented as well the strategies imposed characteristics of my pedagogical intervention. In turn, this report includes two areas of intervention which are inherent tasks to the process of learning teaching and the tasks related the school/environment where the developed activities and the class characterization in school environment are reported. To complement this report, is presented an study about the importance given to the Physical Education class by the students of the 3rd cycle from a public school. In this study have participated seventy-one students, of which thirty-seven are female and thirty-four are male. However, thirty-six of the students attend the seventh grade and thirty-five the ninth grade. As an instrument it was used and questionnaire adapted by Brandão (2002. For data analysis was chosen the descriptive statistic - average, standard deviation, frequency and percentage - and from the inferencial statistical - Chi-square, being established the level of significance at 0.05. The conclusion taken from this study were: the students, for the most part, mention liking the Physical Education class a lot; the students indicate as the main effects taken by the completion of the Physical Education classes being the health and physical improvement; the students find the Physical Education class as important as the remaining classes in the school curriculum; consider the presence of Physical Education in the curriculum as an important factor in their education; if the discipline of Physical Education was an optional character, most students would choose to attend the Physical Education classes.

KEYWORDS: Pedagogical Intership; Physical Education; Basic Education; Students; Perception.

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IV Agradecimentos ... I Resumo ... II Abstrat ... III Índice ... IV Índice de Tabelas ... VI Índice de Abreviaturas ... VII

Introdução ... 1

Capítulo I – Relatório de Estágio Introdução ... 3

1. Tarefas de Estágio Ensino Aprendizagem ... 4

1.1. Unidades Didáticas ... 4

1.2. Planos de Aula ... 5

1.3. Intervenção Pedagógica ... 6

1.4. Avaliação ... 8

1.5. Prática de Ensino Supervisionada ... 9

1.5.1. Instrumento ... 10

1.5.2. Procedimentos ... 11

1.5.3. Relatório e Avaliação ... 12

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola-Meio ... 12

2.1. Estudo de Turma ... 12 2.1.1. Instrumento ... 13 2.1.2. Procedimentos ... 13 2.1.3. Relatório e Conclusões ... 14 2.2. Atividades da Escola ... 16 2.2.1. Corta Mato ... 16

2.2.2. Torneios de Final de Período ... 16

2.2.3. Desporto Escolar ... 17

2.2.4. Direção de Turma... 19

3. Reflexão Crítica ... 20

4. Bibliografia ... 22

Capítulo II – Estudo desenvolvido Resumo ... 25

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V

Apresentação dos Resultados ... 30

Discussão dos Resultados ... 34

Conclusões ... 35

Implicações Práticas ... 36

Sugestões ... 36

Bibliografia ... 37

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VI

Tabela 1 – Gosto pela Educação Física ... 30

Tabela 2 – Benefícios das aulas de Educação Física ... 31

Tabela 3 – Importância da Educação Física relativamente às outras disciplinas ... 31

Tabela 4 – Importância da Educação Física na formação escolar ... 32

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VII

UD Unidade Didática

PA Plano de Aula

EF Educação Física

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A elaboração do relatório de estágio é um dos principais requisitos para a conclusão do estágio pedagógico inserido no segundo ano do mestrado em ensino da Educação Física nos ensinos básico e secundário, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Neste sentido, o estágio pedagógico realizou-se na escola EB 2,3 Diogo Cão situada em Vila Real, com a responsabilidade total de duas turmas pertencentes ao 3º ciclo, sendo uma delas de 7º ano e outra de 9º ano. Com a responsabilidade partilhada com o outro membro do núcleo de estágio e com a Professora Orientadora, esteve uma turma do 8ºano, que ao longo do ano, a lecionação dos conteúdos desta turma se procedeu através de um sistema de rotatividade.

O estágio pedagógico foi realizado ao longo de todo o ano letivo tendo-se iniciado a 15 de Setembro de 2014 e terminado a 17 de Junho de 2015.

O presente relatório está estruturado em dois capítulos onde o primeiro é referente à descrição e reflexão do estágio pedagógico e no segundo capítulo é apresentado um artigo científico fruto de uma investigação realizada com alunos da escola.

A elaboração deste relatório traduz a experiência vivida e adquirida ao longo do ano de estágio através de um balanço descritivo e reflexivo das ações tomadas. Além disto, procura-se também enfatizar os processos de ensino aprendizagem empregados com vista à promoção do valor educativo da atividade física.

Para a concretização deste documento foi imprescindível a contribuição do Orientador científico - Professor Vicente João e da Orientadora pedagógica - Professora Paula Liberal.

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Capítulo I

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Introdução

O Relatório de Estágio surge com o propósito de descrever e refletir acerca de todas as atividades realizadas no decorrer do ano de estágio.

O Estágio Pedagógico representa o culminar de uma formação académica e da passagem do estatuto de aluno para o de professor. Neste sentido, é no ano de estágio que são postos em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo da formação académica através de uma exposição maioritariamente teórica.

Este documento relata todo o trabalho desenvolvido ao longo do estágio pedagógico de um modo descritivo, reflexivo e sucinto.

Inicialmente são apresentadas todas as tarefas inerentes ao processo de ensino aprendizagem onde são descritos todos os aspetos relevantes complementados com uma análise crítica e reflexiva de modo a analisar e melhorar todo o processo. O registo de todos os aspetos decorrentes do ano de estágio são fundamentais para a formação profissional uma vez que possibilita retirar conclusões úteis para o futuro.

Posteriormente são reveladas as tarefas que envolvem uma relação escola-meio através de um caráter descritivo.

Assim sendo, a elaboração deste relatório retrata todos os acontecimentos de maior relevância decorridos durante o ano letivo 2014/2015.

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1. Tarefas de Estágio de Ensino Aprendizagem

1.1. Unidades Didáticas

A Unidade Didática (UD) é um documento acerca de uma determinada matéria que serve como auxílio ao professor no sentido de facilitar o trabalho deste no decorrer da lecionação da respetiva matéria. Esse documento deve conter todas as informações necessárias para que o processo ensino-aprendizagem se torne mais eficaz possuindo os sistemas de avaliação, funções didáticas, estilos de ensino, componentes críticas, progressões pedagógicas. (Galamba, 2010).

As modalidades e os conteúdos a lecionar no ano letivo que agora finda já estavam definidas na planificação anual elaborada pelos membros do grupo de Educação Física da escola. A existência deste documento foi o ponto de partida para a construção das unidades didáticas.

Nesse sentido, a primeira UD (atletismo) foi lecionada pela professora orientadora ficando as restantes (voleibol, andebol, basquetebol, ginástica e futsal) a meu cargo.

Todas as unidades didáticas realizadas continham uma estrutura lógica e sequencial tendo sido elaboradas antes do início da lecionação de cada modalidade e reajustadas, sempre que necessário, após a realização da respetiva avaliação diagnóstica.

O facto de estar previsto a lecionação de seis UDs ao longo do ano letivo permitiu uma divisão equitativa do tempo destinado a cada uma das modalidades tendo sido lecionadas duas UDs por período.

Em cada UD desenvolvida foram elaboradas fichas de registo tendo em conta os domínios presentes na avaliação (psicomotor, cognitivo e sócio afetivo) de modo a retirar e registar as informações necessárias acerca das capacidades dos alunos. O preenchimento dessas fichas de registo bem como o da ficha de presenças foi efetuado no final de cada aula atendendo ao desempenho de cada aluno em cada aula.

Essa estratégia delineada na elaboração da UD foi uma mais valia na medida em que, no momento de avaliar cada aluno, as fichas de registo estavam já devidamente preenchidas, contribuindo para a atribuição de uma nota justa e coerente a cada aluno.

A utilização deste procedimento foi benéfico uma vez que ao longo do ano letivo, foram conquistados inúmeros minutos para o tempo de atividade motora dos alunos.

Apesar disto, face ao número de conteúdos a abordar em cada aula bem como ao número de alunos de cada turma, houve a necessidade de realizar uma retrospeção da aula

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ministrada no sentido de atribuir notas realistas a cada aluno no que concerne aos três domínios avaliados.

Ao longo do ano letivo, face à existência de greves do pessoal não docente da escola e ao surgimento de atividades não planificadas foi necessário reajustar algumas unidades didáticas dando origem então à construção de adendas. Estas adendas incidiram principalmente na alteração do número de aulas atribuídas a cada modalidade tendo sido, portanto, necessário readaptar a distribuição dos conteúdos.

A planificação e estruturação dos conteúdos de cada UD foram entregues à professora orientadora na primeira aula da respetiva UD a fim de comprovar a sua efetivação.

A elaboração das UDs revelou-se imprescindível e fundamental no decorrer da lecionação das aulas uma vez que o referido documento continha todo um conjunto de informações relevantes acerca de cada modalidade tendo sido elaborado em função da turma e do ano de escolaridade.

1.2. Planos de Aula

O plano de aula (PA) é a sequência de todas as atividades que são desenvolvidas durante um aula, sendo também o documento onde estão específicados os conteúdos, procedimentos e recursos utilizados na respetiva aula. Sendo assim, o plano de aula é a sistematização de todas as atividades desenvolvidas durante o tempo destinado a cada aula onde existe a interação entre o professor e o aluno no processo ensino-aprendizagem (Piletti, 2004).

A elaboração dos PA foi o último passo delineado no planeamento. O modelo seguiu uma estrutura global, correta e pedagógica, respeitando uma sequência lógica e progressiva. Todos os planos foram realizados antes da lecionação das aulas seguindo o modelo inicialmente criado.

Neste sentido, o PA engloba três partes: inicial, fundamental e final, contendo estruturas organizativas como objetivo específico, objetivos operacionais com contexto, critérios de êxito, descrição e esquematização dos exercícios e ainda os tempos destinados a cada tarefa.

Ao longo do ano de estágio a preocupação relativamente à elaboração dos planos de aula incidiu em adequar os mesmos às capacidades reais dos alunos sem desconsiderar os objetivos de cada aula. Para além disto, e devido à heterogeneidade das capacidades dos

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alunos de cada turma, a principal dificuldade sentida neste planeamento surgiu na criação de diversos exercícios passíveis a todos os alunos.

Para tal, e através da perceção do nível dos alunos na avaliação diagnóstica, foi possível criar exercícios com diferentes níveis de dificuldade tendo sempre em consideração as progressões pedagógicas e o grau crescente de complexidade das tarefas.

Relativamente à implementação do PA, no início do ano, a principal dificuldade prendeu-se em estipular os tempos necessários à assimilação de cada tarefa bem como gerir o tempo de aula consoante aquilo que estava planeado. No entanto, ao longo do ano e com o aumento da prática letiva, as dificuldades supracitadas foram aprimoradas.

O requisito de elaborar um balanço crítico-reflexivo após a lecionação de cada aula foi essencial para garantir a qualidade do ensino prestado e um processo de crescimento a nível pessoal.

Ao longo do ano letivo a elaboração dos PA exigiu uma grande concentração dado o desejo de tornar as aulas atrativas, coerentes e agradáveis a todos os alunos.

1.3. Intervenção Pedagógica

A qualidade da intervenção pedagógica é fundamental para que o processo ensino-aprendizagem seja um sucesso diante dos alunos. Este aspeto tornou-se o maior desafio ao longo do ano letivo devido à sua importância e complexidade.

A professora orientadora lecionou a primeira UD e no decorrer desta, apesar de não participar nas aulas, o contacto com os alunos foi inevitável. Por outro lado, o facto de observar as aulas permitiu retirar algumas informações dos alunos acerca das suas capacidades físicas, dos seus traços de personalidade bem como conhecer os nomes dos alunos. Deste modo, no momento de assumir o cargo de professora e lidar diretamente com os alunos foi, de início, uma tarefa facilitada dadas as informações retiradas ao longo da primeira UD.

Portanto e apesar da mudança de professora, a adaptação por parte dos alunos não se revelou difícil mas sim natural uma vez que anteriormente o convívio foi diário. Mesmo assim, devido à implementação de novas regras e normas de funcionamento notou-se uma rápida e fácil adaptação por parte dos alunos. Especificando, uma das normas exigidas foi a elaboração do relatório da aula para os alunos que não realizavam aula prática. A inserção desta norma surgiu no sentido de obrigar os alunos a observarem com atenção a aula uma vez

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que para a elaboração correta do relatório necessitavam de informações relevantes da aula como por exemplo, o objetivo da aula, os critérios de êxito dos gestos técnicos abordados e a descrição e dinâmica dos exercícios.

Nas instruções iniciais de cada aula, com os alunos devidamente organizados, era efetuada a revisão dos conteúdos abordados nas aulas anteriores relacionando-os com os objetivos previstos para as aulas consequentes. Para além disto eram anunciadas, em todas aulas sem exceção, as regras de segurança de modo a evitar possíveis percalços.

No decorrer de todas as instruções da aula, a principal preocupação recaiu em adequar sempre uma linguagem clara e concisa à faixa etária de cada turma sem nunca descurar os termos técnicos adequados. Nas instruções dos exercícios procurava ser o mais breve possível recorrendo à demonstração após a explicação da tarefa para complementar a instrução verbal e assegurar a perceção da mesma por parte dos alunos. Na demonstração dos exercícios houve o cuidado de solicitar os alunos que evidenciavam mais capacidades para que os restantes alunos vissem a demonstração correta.

Relativamente à instrução final dedicada ao balanço da aula, utilizou-se o questionamento à turma / individual para rever todos os conteúdos abordados ao longo da aula bem como as suas componentes críticas. Para além disto, era referenciado o comportamento da turma, os principais erros cometidos ao longo da aula e o modo como estes poderiam ser corrigidos. Por fim, a aula era terminada com o despertar dos alunos para as aulas seguintes.

No que concerne à postura adotada no decorrer da aula, existiu sempre o cuidado em circular exteriormente ao local dos exercícios para manter sempre todos os alunos da turma sob controlo e estar constantemente atenta às dificuldades e comportamentos desviantes dos alunos.

No que respeita aos feedbacks, inicialmente, algumas dificuldades foram sentidas relativamente à sua pertinência e frequência. Mas, com o auxílio fundamental da professora orientadora, houve uma grande evolução a este nível, onde foram usados maioritariamente feedbacks verbais com a preocupação de cessar os ciclos de feedbacks.

Quanto à organização / gestão do tempo de aula, manteve-se sempre presente o princípio da aumentar o tempo de atividade motora dos alunos. Nesse sentido elaboraram-se estratégias que foram postas em prática no decorrer de todo o ano letivo: registo das presenças dos alunos após cada aula, preparação e montagem do material para os exercícios enquanto os alunos se equipavam e organização prévia dos grupos de trabalho.

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Na planificação dos exercícios procurou-se adotar estruturas lógicas, sequenciais utilizando as mesmas organizações em diferentes exercícios de modo a não perder demasiado tempo nas transições entre exercícios.

Relativamente ao clima e disciplina presentes nas aulas, a principal preocupação incidiu em criar uma relação entre professor e aluno baseada no respeito e bom comportamento. Apesar disto, ao longo do ano os alunos, por vezes, apresentaram comportamentos inadequados, sendo prontamente resolvidos através da repreensão verbal / castigo.

O reajustamento das atividades planeadas foi uma prática diária ao longo de todo o ano letivo, uma vez que, numa das turmas, foram muitos os alunos que não realizaram aula prática, apresentando a falta de material como motivo. Contudo, dado que todas as aulas foram planeadas pormenorizadamente a adaptação a estas novas circunstâncias foi rápida recorrendo à implementação de novas estratégias / organizações sem pôr em causa a transmissão da essência de cada exercício.

1.4. Avaliação

A avaliação pode ser definida como um processo primordial na prática docente uma vez que fornece componentes essenciais para o desenvolvimento de uma prática pedagógica com qualidade, permitindo desse modo uma reflexão contínua por parte dos docentes relativamente às suas ações no que diz respeito à escolha de competências, objetivos, conteúdos e procedimentos (Darido, cit. por Santos et al., 2013).

Durante o ano de estágio, a evolução nas aulas de Educação Física é fundamental para a formação profissional do estagiário pois promove uma vivência, análise e reflexão acerca do funcionamento da prática docente (Santos et al, 2013).

A avaliação é um processo com grande relevância em todas as Unidades Didáticas lecionadas pois é um instrumento que reflete a dedicação do aluno ao longo das aulas e reflete também o trabalho desenvolvido pelo docente.

Deste modo, a avaliação dos alunos foi realizada em três momentos distintos sendo eles a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa. Os alunos em todas as aulas foram avaliados nos domínios psicomotor, socio-afetivo e cognitivo. A tarefa de avaliar foi da inteira responsabilidade dos estagiários com a supervisão da professora orientadora tendo por base os parâmetros de avaliação do 3º ciclo definidos pelo grupo de Educação Física.

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A avaliação diagnóstica foi executada na primeira aula de cada unidade didática com o intuito de obter a perceção do nível geral da turma em cada modalidade. Com o conhecimento das capacidades e dificuldades da turma tornou-se mais fácil o planeamento de todas as aulas possibilitando adequar o processo de ensino-aprendizagem à turma para alcançar os objetivos propostos.

A avaliação formativa esteve presente no decorrer de todas as aulas das UD onde, no final de cada aula, foram preenchidas as fichas de registo relativas à prestação de cada aluno no domínio psicomotor, cognitivo e socio afetivo. Através do domínio psicomotor foi possível identificar as dificuldades de cada aluno em cada aula permitindo colmatar estas dificuldades em aulas futuras. O domínio socio afetivo foi avaliado nos aspetos relativos ao empenho / interesse, assiduidade / pontualidade e comportamento / disciplina de cada aluno. Já no domínio cognitivo, os alunos foram avaliados através de um teste teórico. Dado que os alunos não dispunham de nenhum manual, a estratégia utilizada para auxiliar os alunos neste momento avaliativo foi a elaboração de um documento de apoio composto pelas matérias lecionadas em cada período. Complementando esse momento avaliativo, no final de cada aula foram realizadas questões acerca das regras da modalidade e das componentes críticas dos diversos conteúdos lecionados. Os relatórios elaborados pelos alunos que não realizavam aula prática também foram alvo de avaliação.

A avaliação sumativa, realizada geralmente na última aula de cada UD, teve como objetivo aferir a evolução dos alunos desde a avaliação diagnóstica e perceber se esta evolução foi positiva ou negativa. Os exercícios realizados na aula destinada à avaliação sumativa foram similares àqueles exercícios realizados no momento da avaliação diagnóstica.

A avaliação dos alunos com atestados médicos foi distinta aos demais alunos. Estes realizaram trabalhos específicos referentes às modalidades lecionadas e a importância do teste foi mais significativa comparativamente aos restantes alunos.

1.5. Prática de Ensino Supervisionada

Uma das tarefas inerentes ao estágio pedagógico consistiu na realização de um conjunto de observações à professora orientadora e aos colegas do núcleo de estágio.

A observação deve ser uma competência fundamental dos professores dada a sua importância tanto ao nível da análise da prestação dos alunos, como ao nível da avaliação dentro da própria prática docente. O ato de observar é fundamental para a evolução, uma vez

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que “quem não sabe observar não consegue analisar, avaliar nem identificar erros – os seus, os dos seus alunos ou dos seus atletas” (Aranha, 2007).

Neste sentido, ao longo do ano letivo foram realizadas vinte observações à professora orientadora e quarente e cinco ao colega de estágio. Devido ao facto do núcleo de estágio da escola Diogo Cão ser composta por apenas dois estagiários, para além de realizar as quarenta e cinco observações ao colega também foram realizadas as quarenta e cinco observações a um professor de educação física da escola.

A concretização das observações foi benéfica tanto para os observados como para os observadores. Foi uma mais-valia para o colega observado na medida em que, através de uma troca de ideias no final da aula, onde foram colocados os pontos mais fortes e os pontos mais fracos evidenciados no decorrer da aula, se procurou potenciar a qualidade da intervenção pedagógica.

A adoção de uma postura crítica e fundamentada foi essencial para a melhoria da prática pedagógica do colega observado mas também para o próprio observador, uma vez que, ao detetar situações ocorrente durante a aula do colega que fossem passíveis de modificação, contribuiu bastante para que o observador, aquando da sua intervenção pedagógica não cometesse os mesmos erros ou não sentisse as mesmas dificuldades.

A elaboração dos relatórios de observação efetuados à professora orientadora contribuíram para melhorar, efetivamente a nossa intervenção pedagógica, pois através das observações foram retiradas uma série de informações inerentes ao processo de ensino-aprendizagem, como por exemplo, estratégias de atuação e algumas regras a pôr em prática no decorrer de todo o ano letivo.

1.5.1. Instrumento

O instrumento utilizado para a realização das observações à professora orientadora, ao colega de estágio e ao professor integrante do grupo de Educação Física foi a ficha de registo anedótico em ordem ao tempo elaborada por Aranha (2007).

O registo anedótico em ordem ao tempo diz respeito à recolha de informações das ocorrências que vão acontecendo e que devem ser anotadas. A recolha de informações tem como objetivo retirar o maior número de informações possíveis acerca da aula a fima de, no momento de avaliar cada aula, as classificações atribuídas sejam classificadas pelo registo efetuado.

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As avaliações das aulas foram atribuídas com base na análise de dez parâmetros pré-definidos onde cada um deles é classificado de 0 a 3 mediante o modo como foi executada a tarefa exigida em cada parâmetro. Ao somatório de todos os parâmetros avaliados foi atribuída uma classificação que seguidamente foi convertida numa escala de 0 a 20 valores (tabela definida por Aranha, 2007).

Para além disto, o facto de o registo ser efetuado em ordem ao tempo permitiu saber a duração de cada um dos acontecimentos descritos e posteriormente calcular o tempo de atividade motora e atividade não motora.

1.5.2. Procedimentos

As observações à professora orientadora decorreram no momento da lecionação da primeira UD referente à modalidade de Atletismo. As vinte observações foram concretizadas ao longo das aulas à exceção das aulas destinadas à avaliação diagnóstica e sumativa.

A elaboração dos relatórios de observação assumiu um caráter meramente descritivo, sem quaisquer juízos de valor nem classificação, evidenciando principalmente as estratégias utilizadas e o modo de gestão da aula.

Posteriormente, aquando do início da UD de Voleibol, iniciaram-se as observações às aulas do colega de estágio que se prolongaram até à UD de Andebol. Porém, estas observações, para além do caráter descritivo foram complementadas com uma classificação atribuída pelo observador e com o cálculo da percentagem do tempo de atividade motora e atividade não motora dos alunos.

A referida classificação foi calculada tendo por base os critérios de avaliação para cada parâmetro avaliado, onde se procedeu ao preenchimento da ficha de registo fornecida pelo documento de orientação elaborado por Aranha (2008). As observações foram efetuadas em todas as aulas lecionadas pelo colega de estágio à exceção das aulas dedicadas à avaliação diagnóstica, sumativa e aos testes de avaliação teóricos.

Como foi referido anteriormente, devido ao facto do núcleo de estágio ser composto por apenas dois estagiários, foi necessário elaborar quarenta e cinco relatórios de observação a um professor integrante do grupo de Educação Física da escola. Antes da concretização das observações houve a necessidade de obter deste docente a sua autorização para a respetiva tarefa. Deste modo, e logo após o consentimento do professor, iniciaram-se então as observações que decorreram durante o 2º período e o início do 3º período. Neste sentido, à

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semelhança do que aconteceu com a professora orientadora, as observações continham um caráter meramente descritivo não contendo classificação nem juízos de valor.

1.5.3. Relatório e Avaliação

A supervisão pedagógica pode ser definida pelo processo onde um professor mais experiente o portador de mais conhecimentos orienta um outro professor ou futuro professor no seu desenvolvimento profissional e humano (Alarcão & Tavares, cit. por Costa, 2009).

Perante isto, a professora orientadora assumiu um papel preponderante ao nível da intervenção pedagógica colocada em prática no decorrer no ano letivo devido aos feedbacks dados no final de cada aula que se revelaram bastante pertinentes, concisos e fundamentados, contribuindo para uma aprendizagem mais enriquecedora e abrangente. A par disto, a realização de todo um conjunto de observações prestadas durante o ano letivo, permitiu constatar uma realidade que nem sempre é percetível estando no papel de professor, uma vez que, no papel de observador, exterior à aula, deparámo-nos com situações, comportamentos e atitudes passíveis de aperfeiçoamento e que depois de detetadas e devidamente analisadas contribuíram para uma melhoria da intervenção pedagógica junto dos alunos.

De um modo geral, ao longo das observações, constatou-se que o processo de ensino aprendizagem da professora orientadora em tudo é semelhante aos conhecimentos adquiridos ao longo de toda a formação académica.

2. Tarefas de Estágio de Relação Escola - Meio 2.1. Estudo de Turma

A realização de um estudo de turma surgiu com o intuito de obter uma caraterização detalhada acerca da turma em estudo de modo a ter um maior conheciemnto dos alunos acerca da sua situação familiar e escolar.

Este conhecimento pormenorizado acerca de cada elemento da turma tornou-se uma ferramenta bastante útil na implementação de estratégias e na intervenção pedagógica ao longo do ano letivo.

Para além de todas as relações que o professor estabelece com os seus educandos no contexto escolar, o meio social onde os alunos estão inseridos é um aspeto que, embora não controlável pelo professor, pode influenciar positiva ou negativamente os comportamentos e prestações dos alunos nas aulas/escola. Convergindo neste sentido, Broman et al. (cit. por Miranda et al, 2012) referem que a origem sociocultural do aluno é uma variável importante

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no rendimento escolar do mesmo. Destacam ainda que os alunos provenientes de um meio sociocultural desfavorecido não terão uma base cultural necessária para ter sucesso no meio escolar. “Os hábitos de vida, os modelos de interação familiar, as expetativas educativas relativamente à aprendizagem dos filhos e a falta ou a baixa qualidade de apoio em relação às tarefas escolares, influenciam adversamente o desenvolvimento cognitivo, psicossocial e a aprendizagem escolar” (Broman et al, cit. por Miranda et al., 2012).

No meio social, os alunos adquirem comportamentos e atitudes que se refletem na sua personalidade e que são expostos no modo como os alunos se relacionam entre si. Neste sentido, a análise e reflexão dos dados obtidos através do estudo de turma são um auxílio na intervenção pedagógica e no planeamento de estratégias de aperfeiçoamento que contribuíram diretamente para o aumento da eficácia do processo ensino – aprendizagem dos alunos.

2.1.1. Instrumento

Para a realização do estudo de turma o núcleo de estágio elaborou um questionário composto por duas vertentes: socioeconómica e sociométrica (ver anexo A). A vertente socioeconómica engloba oito grupos temáticos: identificação do aluno, constituição do agregado familiar, saúde / hábitos de higiene, rotina diária / deslocação para a escola, nutrição, percurso escolar, tempos livres e disciplina de Educação Física.

Por sua vez, a vertente sociométrica engloba três questões principais onde cada aluno teve que selecionar três alunos da turma com quem gostariam / não gostariam de conviver nos tempos livres, fazer trabalhos de grupo na sala de aula e fazer grupo na aula de Educação Física.

2.1.2. Procedimentos

O preenchimento do questionário decorreu no início do primeiro período (11 de Outubro de 2014) durante uma aula de Educação Física. Antes do início do preenchimento do mesmo, foi dado a conhecer aos alunos o objetivo do questionário, a importância da sinceridade nas respostas e a confidencialidade das mesmas.

Para o tratamento dos dados obtidos através dos questionários realizaram-se dois procedimentos distintos devido às duas componentes do questionário. Perante isto, os dados recolhidos referentes à componente socioeconómica foram tratados na folha de cálculo do “Microsoft Excel 2013” sendo os resultados apresentados em valores absolutos ou percentuais

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sob a forma de gráficos. Relativamente aos dados recolhidos na componente sociométrica, para a organização dos resultados obtidos foi construída uma matriz para cada critério (1º - preferência e rejeição de convívio nos tempos livres; 2º - preferência e rejeição de trabalho de grupo na sala de aula; 3º - preferência e rejeição no grupo de Educação Física). Nos três critérios relativamente às preferências, foram atribuídas pontuações aos elementos escolhidos por cada aluno da turma. De 1 a 3, sendo que o aluno mais escolhido, ou seja, em 1º lugar, obtém a pontuação mais alta (3 pontos), o 2º obtém 2 pontos e o 3º obtém apenas 1 ponto.

Relativamente às rejeições foi utilizado o mesmo método, mas neste, ao aluno escolhido em 1º lugar eram retirados 3 pontos, ao 2º eram retirados 2 pontos e ao 3º era retirado apenas 1 ponto. No final foram feitas as contas individualmente de cada aluno para obter a pontuação total de cada aluno da turma, e desse modo obter a ordem de preferência de cada aluno na turma. Todos estes cálculos foram realizadas com recurso ao programa “Microsoft Excel 2013”.

Depois disto, procedeu-se à construção dos sociogramas para cada critério, utilizando as ordens de preferência calculadas anteriormente e elaborados os traços indicativos das preferências existentes entre os alunos da turma.

2.1.3. Relatório e Conclusões

O estudo de turma surgiu com o intuito de melhorar o processo ensino aprendizagem através da implementação de estratégias de intervenção adequadas aos alunos da turma estudada.

As conclusões retiradas ao longo do estudo de turma permitiram elaborar estratégias pedagógicas com a finalidade de melhorar a prestação dos alunos.

No que concerne à constituição da turma, a mesma é constituída de forma heterogénea, composta maioritariamente por alunos do género masculino tornando deste modo, mais fácil a criação de grupos mistos, integrando um elemento feminino em cada grupo. Por outro lado, e de modo a evitar uma possível desmotivação por parte do grupo feminino, esta heterogeneidade da turma permitiu a criação de um grupo somente feminino. Com ambas as possibilidades pretende-se criar um ambiente saudável de prática, implementar a noção de solidariedade e entreajuda, minimizando atitudes discriminatórias e intolerantes.

No que diz respeito à idade, a turma estudada apresenta idades compreendidas entre os 13 e os 15 anos, estando a média de idades (14,3) em valores normais para o ano de

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escolaridade em questão. Embora as idades dos alunos sejam próximas, o desenvolvimento biológico e cronológico não apresentam o mesmo ritmo de evolução entre os alunos o que torna essencial planear e adaptar exercícios mais direcionados ao desenvolvimento biológico dos alunos e não tanto ao fator cronológico.

Relativamente à constituição do agregado familiar, mais propriamente às habilitações literárias e profissão dos pais verificamos que o nível socioeconómico é médio/baixo.

Tanto as habilitações literárias dos pais como as profissões exercidas são fatores que condicionam e moldam a formação dos filhos. Segundo Downing et al (cit. por Miranda, 2012), as habilitações literárias dos pais diferenciam as práticas e o investimento educativo dos filhos. Referem ainda que os pais com maiores habilitações literárias facilitam o desenvolvimento cognitivo e autonomia dos filhos, ajudam a criar bons métodos de estudo e metas escolares e a desenvolver uma motivação intrínseca.

Neste sentido, para que a formação académica dos pais não condicione negativamente a perspetiva dos filhos, podem ser criadas estratégias que passam pela concretização de exercícios de elevado grau de sucesso, aumentando assim a motivação dos alunos e a predisposição em aprender.

No que concerne ao tempo e meio de transporte de deslocação de casa para a escola não haverá problemas com possíveis atrasos, uma vez que aquando das aulas de Educação Física os alunos já se encontram na escola. Dado esse fator não haverá justificações para que os alunos cheguem atrasados à aula. Visto que a aula de terça – feira é a última aula da manhã e para que os alunos regressem a casa de transportes públicos é importante terminar a aula à hora estabelecida.

O gosto pela prática de Educação Física foi a mais salientada de entre todas as disciplinas, o que comprova a motivação que move os alunos durante a lecionação das aulas de Educação Física. Desse modo, é fulcral delinear exercícios motivadores, desafiadores e adequados ao nível de aptidão dos alunos.

Através dos resultados obtidos na vertente sociométrica o professor deve criar estratégias inclusivas de modo a integrar os alunos mais rejeitados na turma. Para tal, como estratégia, os alunos mais rejeitados devem ser utilizados nas demonstrações dos exercícios e, perante os colegas da turma, receber um reforço positivo das suas ações.

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2.2. Atividades da Escola

Com o objeivo de promover a atividade física e o desporto em geral e proporcionar o convívio entre os alunos da escola, foram organizadas diversas atividades pertencentes ao plano anual de atividades da escola ao longo do ano letivo.

Uma vez inserido no grupo de Educação Física, o núcleo de estágio marcou presença em todas as atividades assumindo em algumas o papel de assistentes, auxiliando em tudo o que fosse necessário, e em outras o papel mais aitvo, ou seja, o papel de organizadores.

2.2.1. Corta Mato

O corta mato foi a primeira atividade que decorreu no contexto externo à escola de intervenção, na qual, o núcleo de estágio participou indiretamente prestando todo o auxílio nas tarefas realizadas e destinadas ao corpo docente do departamento de Educação Física.

Esta atividade consistiu na realização de uma prova de corta mato interescolar envolvendo quatro escolas da cidade de Vila Real com o objetivo de promover hábitos de vida saudáveis, promover uma escola mais inclusiva e proporcionar aos alunos momentos lúdicos e competitivos.

A atividade realizou-se durante o primeiro período (20 de Novembro de 2014) tendo-se desenrolado no Centro de Instrução e de Treino de Fraga da Almotolia. Antes da realização da prova foram afixados cartazes nos pontos estratégicos da escola a fim de promover a atividade. Os alunos interessados inscreveram-se junto dos seus professores de Educação Física e devido ao facto da atividade se desenrolar num local exterior à escola houve a necessidade de obter as autorizações dos encarregados de educação para cada participante.

O núcleo de estágio prestou o seu auxílio em todas as tarefas exigidas, como por exemplo na distribuição e colocação dos dorsais a cada aluno e no acompanhamento dos alunos no percurso escola-local da prova-escola.

Com o contributo de todos os presentes na atividade, todas as tarefas foram cumpridas contribuindo para um bom funcionamento e desenrolar da mesma.

2.2.2. Torneios de Final de Período

De todas as atividades realizadas no decorrer do ano destacam-se os torneios concretizados no final de cada período direcionados para os alunos frequentadores do 3º ciclo da escola. A organização dos torneios ficou à responsabilidade do núcleo de estágio

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conjuntamente com a professora orientadora. Ao longo do ano de estágio foram realizados os torneios de voleibol, basquetebol e futsal, todos eles com o processo de organização similar.

Antes da concretização da atividade e com alguma antecedência o núcleo de estágio reuniu-se com a finalidade de desenvolver o projeto de cada torneio, os respetivos cartazes de divulgação e as fichas de inscrição. A elaboração dos cartazes foi das primeiras tarefas realizadas de modo a divulgar atempadamente a atividade junto da população alvo.

Após a data limite das inscrições foram recolhidas as respetivas fichas de inscrição para se proceder a toda a organização do torneio. Com todas as inscrições reunidas procedia-se à construção do quadro competitivo do torneio, à estruturação das fichas de jogo necessárias e a todos os documentos imprescindíveis para a concretização da atividade (regulamento da atividade).

Em todos os torneios, o núcleo de estágio juntamente com a professora orientadora compareciam antes da hora prevista de início da atividade a fim de preparar todo o material e espaço. No desenrolar dos torneios, estes intervenientes desempenharam a função de árbitros salvaguardando imparcialidades e qualquer atitude de desrespeito, sendo uma mais valia para que tudo decorresse de forma natural e de acordo com as regras de cada modalidade.

No final dos torneios, a comissão organizadora ficava encarregue de proceder à arrumação de todo o material ultilizado ao longo dos torneios. Deve salientar-se ainda a predisposição dos alunos nas referidas atividades desportivas visto que em todos os torneios obtivemos um número satisfatório de inscrições.

Por último, após cada atividade era efetuado um balanço de cada torneio onde eram evidenciados os aspetos e negativos do mesmo, sendo isto, o ponto de partida para melhorar a organização de futuras atividades.

2.2.3. Desporto Escolar

O Desporto Escolar (DE) está inserido nas atividades da escola onde o núcleo de estágio participou ao longo de todo o ano letivo. Na escola EB 2,3 Diogo Cão existem diferentes modalidades desde futsal, ténis de mesa, natação, andebol, boccia, etc.

O núcleo de estágio do presente ano letivo (2014/2015) participou na modalidade de ténis de mesa juntamente com a professora responsável, Paula Liberal. Assim, participamos ativamente em todas as tarefas inerentes à atividade incluindo a presença em todos os treinos e em todas as competições.

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Os treinos do ténis de mesa tinham a duração de três horas semanais, repartidas por dois treinos por semana. Os treinos decorreram às terças e quintas feiras das 14h05 às 14h50 e das 13h20 às 14h50, respetivamente, no polivalente da escola. Regularmente foram montadas duas mesas onde os alunos participantes executavam jogos individuais e jogos a pares consoante o número de alunos que compareciam aos treinos. A organização /execução de todos os treinos foi concretizada pelos interveninetes da atividade – professora Paula Liberal e professores estagiários.

Para divulgar esta atividade, no início do ano letivo foram elaborados cartazes de divulgação, posteriormente afixados nos pontos estratégicos da escola a fim de todos os alunos tomarem conhecimento da atividade.

O DE destinava-se a todos os alunos da escola que demonstrassem vontade em participar. No entanto, apesar de poder ser participado por qualquer escalão etário, apenas os alunos inseridos no escalão infantil B participavam nas competições.

Para participarem na atividade, os alunos interessados dirigiam-se à professora orientadora ou aos estagiários a fim de efetuar a devida pré-inscrição. A inscrição apenas assumia um caráter definitivo quando no momento de entrega da autorização esta estava devidamente preenchida e assinada pelo respetivo encarregado de educação.

Relativamente à adesão por parte dos alunos a esta modalidade pode considerar-se razoável com um número médio de 7 alunos por treino. Este dado foi calculado através da análise das fichas de presenças que eram preenchidas em todos os treinos.

Nas competições apenas participavam os alunos convocados. Para tal, foram elaboradas convocatórias para cada jogo que seguidamente foram entregues aos alunos e mais tarde devolvidas aos professores com a autorização dos encarregados de educação. Só com a presença desta autorização os alunos podiam participar nas competições.

Ao longo do ano letivo foram realizadas diversas competições com os alunos da escola EB 2/3 Miguel Torga – Sabrosa. Em todos os jogos realizados na escola Diogo Cão, os intervenientes da atividade (organizadores) compareciam antecipadamente com o intuito de preparar todo o material e espaço dedicado à atividade. No decorrer das competições, os estagiários assumiam, sempre que necessário, a função de árbitro. Por sua vez, nos jogos realizados na escola EB 2/3 Miguel Torga, o núcleo de estágio juntamente com a professora orientadora acompanhavam os alunos participantes auxiliando em todas as tarefas necessária.

No decorrer de todo o ano de estágio, o núcleo de estágio participou ativamente em todas as tarefas inerentes ao DE, desde o preenchimento das fichas de presenças, dos

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sumários, da elaboração de justificação de faltas, fichas de inscrição, lecionação de treinos, etc. Toda esta envolvência permitiu ao núcleo de estágio conhecer e vivenciar o modo como a atividade do DE se desenrola ao nível do ensino público o que, consequentemente, favoreceu um enriquecimento e desenvolvimento da nossa prática docente.

2.2.4. Direção de Turma

A assessoria à direção de turma foi outra das tarefas / atividade na qual o núcleo de estágio esteve envolvido. A professora orientadora, Paula Liberal, assumiu ao longo do ano letivo, o cargo de diretora de turma de uma turma do 3º ciclo. Desse modo, os estagiários prestaram toda a sua colaboração nas tarefas que lhe foram permitidas, pois, uma vez que este cargo engloba documentos e informações confidenciais, não nos foi permitido executar nem presenciar certas tarefas / reuniões. No entanto, ao longo do ano executamos diversas tarefas no que diz respeito à direção de turma.

Uma das primeiras tarefas elaboradas por nós em parceria com a professora orientadora foi a caraterização da respetiva turma. Após o preenchimento da ficha sociobiográfica por parte dos alunos efetuamos o tratamento e análise dos dados, que, mais tarde, foi exposto na primeira reunião do conselho de turma com o intuito de dar a conhecer aos professores pertencentes ao conselho de turma da turma em questão, o contexto social e familiar no qual os alunos estão inseridos.

Nas reuniões de conselho de turma, na qual a professora assumui a função de presidente da reunião, os estagiários marcaram a sua presença auxiliando-a em todas as tarefas necessárias.

Selecionar os alunos da turma para o quadro de honra e de excelência foi outra das tarefas que nos foi confiada. Depois de analisar os critérios de seleção, procedemos à análise das avaliações de todos os alunos referentes ao 3º período do ano transato a fim de constatar quais os alunos enquadrados no quadro de excelência e valor.

No que concerne às reuniões do conselho de turma, realizadas no final de cada período e onde foram atribuídas as classificações a cada aluno a cada disciplina, os estagiários também compareceram a fim de justificar, se necessário, as classificações atribuídas aos alunos na discilina de Educação Física.

Nas referidas reuniões também ficavam definidos os alunos propostos pelos docentes ao apoio ao estudo. Para tal, existiu uma ficha de registo onde foram assinalados os alunos

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porpostos, a disciplina à qual o aluno carece de apoio e se é autorizado pelo encarregado de educação a participar nos apoios referidos.

Para proceder à autorização dos encarregados de educação, a diretora de turma reuniu individualmente com os encarregados de educação a fim de dar a conhecer quais os apoios carecidos pelos seus educandos. Nestas reuniões participamos de modo indireto, ou seja, presenciamos apenas as reuniões e auxiliamos naquilo que nos foi solicitado.

Estas reuniões tinham uma hora definida que constava no horário da orientadora (quartas feiras das 10h00 às 11h30). Esta hora era destinada para tratar de assuntos relacionados com a direção de turma e para eventuais reuniões com os encarregados de educação. Neste horário, os estagiários estiveram sempre presentes auxiliando a diretora de turma em todas as tarefas nas quais lhes foi permitido participar.

Foi no horário acima descrito que procedemos à marcação de faltas e respetiva justificação no programa informático “alunos”. Para além disto, também colaborámos com a orientadora na inserção de classificações finais dos alunos no respetivo programa informático.

O cargo de diretor de turma engloba inúmeras e diversas funções. Apesar de não nos ser permitido participar e ter acesso a todas as tarefas inerentes ao cargo, a assessoria à direção de turma permitiu-nos ter um conhecimento geral do papel de grande responsabilidade que o diretor de turma exerce.

3. Reflexão Crítica

O ano de estágio foi, sem dúvida, um ano caraterizado por muito trabalho e e dedicação, mas também pela aquisição de novas aprendizagens no que respeita ao ensino da Educação Física.

De acordo com Miranda (cit. por Marques et al, 2010) o estágio realizado nos cursos de formação de professores é um momento único onde o estagiário tem a oportunidade de interagir com os alunos, de enfrentar os desafios advindos do contexto escolar e de adotar uma postura reflexiva com vista à construção de uma identidade docente.

Deste modo, ao longo do ano de estágio foi notável uma evolução a todos os níveis. O facto de ser um estágio supervisionado contribuiu bastante para tal evolução devido à análise crítica e fundamentada pela professora orientadora no decorrer de todo o ano.

Inicialmente, quando nos deparámos com todo o trabalho teórico inerente ao estágio, a desmotivação fez parte do nosso estado de espírito, pois consideramos ser uma tarefa difícil. No entanto, com o criar de rotinas de trabalho diárias tudo foi concretizado com sucesso. A

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realização de todo o trabalho teórico desde a elaboração de documentos e planificações traduziu-se na aquisição de competências que anteriormente não possuíamos, contribuindo para uma evolução pessoal ao nível do planeamento.

Na intervenção pedagógica, mais concretamente ao nível das instruções das aulas, houve uma melhoria significativa tanto na qualidade das mesmas bem como na sua pertinência. Ao longo do ano, com o avançar das aulas houve um aperfeiçoamento ao nível da duração das instruções que, com a prática foram cada vez mais breves e concisas, resultando consequentemente no aumento do tempo dedicado à atividade motora dos alunos. O recurso ao questionamento durante as aulas foi uma estratégia considerada assertiva na medida em que permitiu acompanhar a aquisição das matérias lecionadas por parte dos alunos.

Na gestão da aula foram postas em prática, sempre que possível, estratégias com vista ao aumento do tempo de atividade motora dos alunos. Nesse sentido, no planeamento das aulas procurou-se criar exercícios com organizações similares e antes no início da aula, enquanto os alunos se equipavam, procedia-se à montagem do material necessário para a aula. Relativamente à avaliação, ao longo do ano também se verificou uma melhoria significativa, pois, incialmente, o processo de observação e avaliação provocava um certo receio na atribuição de classificações justas e reais. No entanto, com a prática realizada e com a supervisão da professora orientadora este processo foi aperfeiçoado. Para além disto, a aquisição de competências inerentes ao sistema de avaliação foi outra aprendizagem adquirida ao longo do ano de estágio.

A capacidade de discursar com os alunos também foi desenvolvida recorrendo sempre a uma linguagem simples, clara e adequada aos alunos de cada turma sem descurar os termos técnicos de cada modalidade.

Para além da aquisição de todas as aprendizagens acima mencionadas, no ano de estágio deparámo-nos com algumas dificuldades. A principal dificuldade incidiu na desmotivação apresentada por alguns alunos das turmas tanto na adesão às aulas como no envolvimento das tarefas. Tal como refere Marante (2008), a desmotivação apresentada pelos alunos é um problema que os professores enfrentam no seu dia-a-dia não apenas em recusar-se a participar nas atividades como também no modo de envolvimento das tarefas.

De modo a aumentar a adesão às aulas por parte dos alunos, elaborou-se um relatório de aula para os alunos que não realizavam aulas práticas onde teriam que colocar o objetivo da aula, as componentes críticas dos conteúdos abordados bem como a descrição dos exercícios. Esta estratégia obrigava os alunos a estarem atentos às aulas contribuindo para que não

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encarassem as aulas de Educação Física como um espaço de lazer. Para além disto, procurou-se, em todas as aulas, criar exercícios dinâmicos, atrativos e diferentes para dispertar o interesse dos alunos. O alerta para a importância de realizar as aulas de Educação Física dado esta disciplina ser de cariz prático foi outra das estratégias impostas. Contudo, a desmotivação por parte dos alunos esteve patente ao longo de todo o ano letivo.

Inicialmente foram sentidas dificuldades em evitar comportamentos desviantes por parte de alguns alunos mas, através da repreensão verbal e atribuição de castigos, os alunos melhoravam o seu comportamento. Para tal, foi necessário, por vezes, adotar uma postura autoritária e frisar o peso do comportamento / disciplina na classificação final.

Durante o planeamento de cada aula a atribuição dos tempos a cada exercício foi uma tarefa que, inicialmente, suscitou algumas dificuldades visto que nem sempre se revelaram os mais ajustados e favoráveis à aprendizagem dos alunos, contudo, ao longo do ano, com a aquisição de mais experiência, esta dificuldade foi ultrapassada.

Relativamnete ao início do estágio pedagógico houve uma melhoria significativa ao nível da intervenção pedagógica, resultando num desenvolvimento profissional ao nível de conhecimentos e de estratégias que consequentemente aumentaram a confiança pessoal.

4. Bibliografia

Aranha, Á. (2007). Observação de aulas de Educação Física: Sistematização da observação:

Sistemas de observação e fichas de registo. UTAD, Vila Real.

Aranha, Á. (2008). Supervisão Pedagógica em Educação Física e Desporto: Parâmetros e

Critérios de Avaliação do Estagiário de Educação Física. UTAD, Vila Real.

Costa, H. S. (2009). O supervisor e o desenvolvimento de uma prática pedagógica partilhada. Universidade Aberta, Funchal.

Galamba, C. (2010). Relatório Final de Estágio Pedagógico. Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Coimbra.

Marante, W. (2008). Motivação e Educação Física Escolar: Uma abordagem

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Marques, M., & Krug, H. (2010). Os aspetos positivos e negativos sentidos pelos acadêmicos de Educação Física do CEFD / UFSM durante a realização do estágio curricular supervisionado. EFDeportes.com, (147).

Miranda, L., Almeida, L. S., Boruchovitch, E., Almeida, A., & Abreu, S. A. (2012). Atribuições causais e nível educativo familiar na compreensão do desempenho escolar em alunos portugueses. Psico-USF, 17 (1), 1–9.

Piletti, C. (2004). Didática Geral (23rd ed.). São Paulo: Editora Ática.

Santos, R., Souza, A., & Barbosa, F. (2013). Estágio Supervisionado I: O desafio da avaliação nas aulas de Educação Física, 16 (2), 320 – 618.

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Capítulo II

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A perspetiva dos alunos do ensino básico acerca da disciplina de Educação

Física

Cátia Silva, Paula Liberal, Paulo Vicente João

Resumo: Com as novas reformas curriculares, a disciplina de Educação Física tem visto a sua

importância diminuída. Nos últimos anos tem havido modificações no modo como os alunos participam e encaram a Educação Física. Neste sentido, o presente estudo pretende analisar a importância atribuída à disciplina de Educação Física pelos alunos do ensino básico de uma escola pública. Para a consecução deste estudo participaram 71 alunos com idades compreendidas entre os 12 e 17 anos, matriculados no 7º e 9º ano de escolaridade na escola EB 2,3 Diogo Cão. Verifica-se ainda que 37 alunos são do género feminino e 34 do género masculino. O instrumento utilizado foi um questionário adaptado por Brandão (2002). Para o tratamento dos dados recorreu-se à análise descritiva - média, desvio padrão, frequência e percentagem e à estatística inferencial – teste do Qui quadrado, utilizando o programa estatístico SPSS versão 22.0. As principais conclusões retiradas com este estudo foram: os alunos, na sua maioria, mencionam gostar muito da disciplina da Educação Física; os alunos indicam a melhoria da condição física e saúde como principais benefícios retirados da realização das aulas de Educação Física; os alunos acham a disciplina de Educação Física igualmente importante face às restantes disciplinas do currículo escolar; consideram a presença da disciplina de Educação Física no currículo como um fator importante na sua formação escolar; caso a disciplina de Educação Física fosse de caráter opcional, a maioria dos alunos, escolheriam frequentar as aulas de Educação Física.

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Abstract: With the new curriculum reforms, the Physical Education discipline has seen its

importance diminished. In the last years there have been changes in the way students participate and face physical education. In this sense, the presented study pretends to analyze the importance assign to the Physical Education discipline given by the elementary students from a public school. For the achievement of this study, participated seventy-one students between the ages of twelve to seventeen years old, enrolled in the seventh and ninth grade at EB 2,3 Diogo Cão school. However, thirty-seven students are female and thirty-four are male. The used instrument was a questionnaire adapted by Brandão (2002). For the data treatment was used the descriptive analysis - average, standard deviation, frequency, percentage and inferential statistics - Chi square test, using the statistical program SPSS version 22.0. The main conclusions taken from this study were: the students, for the most part, mention liking the Physical Education class a lot; the students indicate as the main effects taken by the completion of the Physical Education classes being the health and physical improvement; the students find the Physical Education class as important as the remaining classes in the school curriculum; consider the presence of Physical Education in the curriculum as an important factor in their education; if the discipline of Physical Education was an optional character, most students would choose to attend the Physical Education classes.

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Introdução

A disciplina de Educação Física (EF) enquadrada no sistema educativo português apresenta um papel primordial no desenvolvimento das crianças e jovens uma vez que se encontra presente em vários anos de escolaridade desde o ensino básico ao secundário.

De acordo com o Programa de Educação Física, a disciplina tem como finalidades a melhoria da aptidão física, promover a aprendizagem de conhecimentos relativos às capacidades físicas, assegurar a aprendizagem e o conjunto de matérias inerentes às diversas atividades físicas, promover o gosto pela prática regulas de atividades físicas, assegurar a compreensão da sua importância como fator de saúde e promover a formação de hábitos e atitudes quotidianas saudáveis.

Tendo em conta este conjunto de finalidades, verifica-se que a Educação Física escolar pode promover uma aprendizagem completa, harmoniosa, multilateral e significativa para os alunos. A Educação Física é, portanto, fundamental para a formação do aluno a nível pessoal e social uma vez que através das aulas/jogos o aluno depara-se com situações que exigem decisões rápidas, agilidade e facilidade no contorno de obstáculos. Para além disto, a Educação Física tem como objetivos educar, socializar e motivar os alunos de modo a proporcionar-lhes uma vida saudável (Hauneur, s.d.).

Estando os alunos inseridos na escola, incumbe a esta criar estratégias de desenvolvimento e promoção de atividades físicas relacionadas à educação e à saúde dado que a educação física escolar é um escape para muitas crianças e jovens já que têm nela uma ótima oportunidade de realizar diversas atividades físicas, nomeadamente os alunos pertencentes a classes sociais mais desfavorecidas (Mattos, cit por Carmo et al, 2013).

A vivência de um maior número de atividades físicas durante a infância e adolescência têm um papel preponderante no desenvolvimento de hábitos e atitudes que podem contribuir para a continuidade de um estilo de vida ativo e saudável ao longo da vida adulta (Carmo et al, 2013).

Conjuntamente com a escola, é o professor de educação física que assume um papel fundamental na concretização dos objetivos / finalidades da disciplina. Partilhando a mesma opinião, Machado (cit. por Galvão, 2002) refere que o professor deve possuir um vasto conjunto de conhecimentos que lhe permitam desenvolver aspetos físicos / motores nos alunos sem nunca descurar as componentes sociais, culturais e psicológicas destes, uma vez

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Tabela 1 - Gosto pela EF  Gosto da Educação
Tabela 3 - Importância da EF relativamente às outras disciplinas  Importância da EF
Tabela 4 - Importância da EF na formação escolar  Importância da EF na
Tabela 5 - Escolha da EF se fosse opcional

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