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«Papagaio Colorido?»; Bola Saltitante?»; «Construtor de Pontes?»: Como é que os professores de línguas descrevem o seu papel em contextos multilingues e multiculturais?

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(1)

“Papagaio Colorido?”; “Bola

Saltitante?”; “Construtor de

Pontes?”

Como é que os professores de línguas descrevem o seu papel

em contextos multilingues e multiculturais?

Mónica Bastos

(Camões Instituto - Universidade Pedagógica da Beira / CIDTFF - Universidade de Aveiro) Mª Helena de Araújo e Sá

(CIDTFF – Universidade de Aveiro) VI JORNADAS DE LÍNGUA PORTUGUESA

O Ensino da Língua Portuguesa em

Contextos Multiculturais e Multilingues Centro de Línguas – UP Sede

(2)

Pressupostos

Complexidade crescente do mundo

actual, do ponto de vista linguístico,

cultural e social

Mundo = Aldeia Global:

“diverse people, ideas, products, cultures, faiths and languages are being transmitted to every part of the globe.” (Leo, 2010: 6)

Mundo = Aldeia Global:

“diverse people, ideas, products, cultures, faiths and languages are being transmitted to every part of the globe.” (Leo, 2010: 6)

CASO DE PORTUGAL

Reconhecimento de 3 línguas oficiais

(Língua Portuguesa, com as suas variedades regionais; Mirandês; e Língua Gestual Portuguesa);

Sociedade tendencialmente de

emigrantes  sociedade tendencialmente de imigrantes (Barreto, 2009; Ataíde & Dias, 2011);

Presença de outras línguas e culturas

(comunidades de estrangeiros a residir em Portugal; emigrantes portugueses que entretanto regressaram ao país de origem; turistas e estudantes em Erasmus).

CASO DE PORTUGAL

Reconhecimento de 3 línguas oficiais

(Língua Portuguesa, com as suas variedades regionais; Mirandês; e Língua Gestual Portuguesa);

Sociedade tendencialmente de

emigrantes  sociedade tendencialmente de imigrantes (Barreto, 2009; Ataíde & Dias, 2011);

Presença de outras línguas e culturas

(comunidades de estrangeiros a residir em Portugal; emigrantes portugueses que entretanto regressaram ao país de origem; turistas e estudantes em Erasmus).

CASO DE MOÇAMBIQUE

Reconhecimento da Língua

Portuguesa como língua oficial e de 23 línguas como línguas autóctones (Firmino, 2006: 49); “As línguas autóctones não só comunicam mensagens como também identidades étnicas.” (Firmino, 2006: 67);

Presença de outras línguas e

culturas (comunidades de estrangeiros a residir em Moçambique; turistas e voluntários em missões de cooperação).

CASO DE MOÇAMBIQUE

Reconhecimento da Língua

Portuguesa como língua oficial e de 23 línguas como línguas autóctones (Firmino, 2006: 49); “As línguas autóctones não só comunicam mensagens como também identidades étnicas.” (Firmino, 2006: 67);

 Presença de outras línguas e culturas (comunidades de estrangeiros a residir em Moçambique; turistas e voluntários em missões de cooperação).

(3)

Pressupostos

Sociedades cada vez mais multilingues e multiculturais:

pluralidade tradicional

Indivíduos cada vez mais plurilingues e pluriculturais

(Cavalli et al, 2009):

pluralidade individual

(Coste, 2010; Morin,

1999)

ou pós-moderna

(Byram, 2009 b; Byram et al, 2009)

Crescente mestiçagem das línguas, das

culturas, das identidades…

“WE all are diverse”

(Dervin, 2010: 4)

Todo e qualquer acto de comunicação

é exolingue e intercultural

(Beacco 2005,

2008; Byram, 2009 b; Byram et al, 2009; Coste, 2010;

Melo, 2006)

(4)

Implicações

Intenso

esforço político-educativo

para implementar uma educação

plurilingue e intercultural;

Mudanças paradigmáticas no campo

epistemológico da Didáctica de

Línguas (DL).

(5)

Orientações políticas

linguístico--educativas das Nações Unidas

Declara -ção Univers al dos Direitos do Homem (1948) Declara -ção Univers al dos Direitos do Homem (1948) Conven-ção contra a Discrimi -nação na Educaç ão (1962) Conven-ção contra a Discrimi -nação na Educaç ão (1962) Conven-ção sobre os Direitos da Criança (1989) Conven-ção sobre os Direitos da Criança (1989) Declara -ção dos Direitos das Pessoas perten-centes a Minoria s Naciona is, Étnicas, Religios as e Linguíst i-cas (1992) Declara -ção dos Direitos das Pessoas perten-centes a Minoria s Naciona is, Étnicas, Religios as e Linguíst i-cas (1992) Declara -ção Univers al dos Direitos Linguíst i-cos (1996) Declara -ção Univers al dos Direitos Linguíst i-cos (1996) Relatóri o da Comiss ão Interna-cional sobre Educaç ão para o Século XXI (1996) Relatóri o da Comiss ão Interna-cional sobre Educaç ão para o Século XXI (1996) Declara -ção Univers al sobre a Diversi-dade Cultural (2001) Declara -ção Univers al sobre a Diversi-dade Cultural (2001)

A

resp

onsa

bilid

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ãos

para

vive

r nes

te m

undo

cad

a ve

z ma

is

com

plex

o

é atr

ibuíd

a à e

scola

.

(6)

Orientações políticas

linguístico--educativas das Nações Unidas

Espaço curricular = Espaço de relação entre:

das línguas

- o Eu e o Outro;

- o Semelhante e o Diferente;

- o Próximo e o Longínquo.

“apprendre une autre langue ouvre l’accès à d’autres

systèmes de valeurs et à d’autres modes d’interprétation

du monde, tout en encourageant la compréhension

interculturelle et en contribuant à faire reculer la

xénophobie” (King, 2003: 18)

Possibilita o desenvolvimento de competências

que ultrapassam o domínio meramente

(7)

Implicações

Intenso esforço político-educativo

para implementar uma educação

plurilingue e intercultural;

Mudanças paradigmáticas

no campo

epistemológico da

Didáctica de

Línguas

(DL).

(8)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

Mudanças no paradigma da DL

:

Didáctica

Instrumenta

l

Didáctica

Específica

Didáctica

das Línguas

/ do

Plurilinguis

mo

(Andrade & Araújo e Sá, 2001; Melo, 2006)

(9)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

Vigorou

até aos anos 70

do séc. XX;

Concepção estruturalista e instrumentalista da

língua;

Objectivo:

‘fabricar’ locutores poliglotas

,

portadores de

competências linguísticas em

várias línguas, mas compartimentadas;

Ensino/aprendizagem

centrado no professor

;

DL = disciplina ‘receituário’, fortemente

(10)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

Entre a década de 70 e a de 90

do séc. XX;

Complexificação da noção de língua

= mais do que

um conjunto estruturado de regras gramaticais, passa

a ser encarada como

instrumento de comunicação

;

Objectivo:

desenvolvimento de competências

comunicativas

;

Ensino/aprendizagem

centrado no aluno

;

As competências adquiridas nas diferentes

línguas

continuavam a ser encaradas como

estanques e

independentes.

(11)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

A partir dos anos 90

do séc. XX;

Concepção de

língua

: “la langue n’est plus (ou

plus seulement) un instrument de communication,

mais un

instrument d’action sociale

” (Puren, 2004:

7)

É dado um

maior protagonismo ao aluno

no seu

processo de aprendizagem linguística:

‘aprender a

fazer, fazendo’

;

Papel do professor

=

guia

,

orientador do aluno

no

processo de construção do seu repertório

plurilingue e intercultural individual;

(12)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

Adopção gradual de uma

visão coordenada e integrada

do trabalho de todos os professores de línguas

,

independentemente da sua especialidade;

Refocalização dos objectivos do ensino / aprendizagem

de línguas:

educar ‘actores sociais’ detentores de competências

transversais em línguas, de carácter plurilingue e intercultural;

preparar os alunos para viverem uma cidadania activa, à

escala global, num mundo de pluralidade;

Carácter interventivo e transformador da DL

=

(13)

Repercussões epistemológicas

na Didáctica de Línguas

(14)

Desafios colocados à formação

de professores (de línguas)

Papé

is

Papé

is

Facilitad or / Guia Facilitad or / Guia Mediado r / Actor social Mediado r / Actor social Investig a-dor Investig a-dor Gestor Gestor Colabor a-dor Colabor a-dor Avaliado r Avaliado r

(Adaptado de: Camilleri Grima & Ftizpatrick, 2003; Pinho, 2008) Dimensão interventivo-curricular Dimensão político-social Dimensão pessoal

Científica

Crítica

Intercultural

Linguístico-comunicativa

Digital

Pedagógico--didáctica

Pessoal /

Interpessoal

(15)

Desafios colocados à formação

de professores (de línguas)

A educação intercultural ainda não é uma prática

efectiva no terreno educativo.

Importa

investir fortemente na formação

(inicial e

contínua)

de professores

, nomeadamente no

desenvolvimento de competências pessoais e

profissionais que lhes permitam desempenhar com

sucesso os papéis que lhes são atribuídos

(Bastos e

Araújo e Sá, 2008; Capucho, 2008; Chardenet, 2007)

Implicações na

identidade profissional

docente

(16)

Desafios colocados à formação

de professores (de línguas)

Identidade Profissional Docente The Ought Self The Ought Self The Actual, Situation al Self The Actual, Situation al Self The Ideal Self The Ideal Self

Auto-representações:

“these concepts or images of self strongly determine the way teachers teach, the way they develop as teachers, and their attitudes toward educational changes.” (Beijaard

et al, 2004: 108)

Hetero-representações:

“the influence of the conceptions and

expectations of other people, including

broadly accepted images in society

about what a teacher should know and do.” (Beijaard et al, 2004: 108)

(Adaptado de:

Lauriala & Kukkonen, 2003)

(17)

O nosso estudo…

Objectivos de

investigação

investigação

Questões de

Identificação de

divergências /

convergências

entre os

sujeitos

professores de

LP como LM

e os

sujeitos

professores de

LE.

Em que medida

as

representações dos

sujeitos diferem

consoante sejam

professores de LM ou de

LE

?

Explicitação das

representações dos

sujeitos

relativamente à

identidade profissional

docente

em contextos

multilingues e

multiculturais.

Que papéis e competências

associam os sujeitos a um

professor de línguas em

contextos multilingues e

multiculturais?

(18)

O nosso estudo…

Contexto de Recolha dos Dados:

O Professor Intercultural

Curso de Formação

Oficina de Formação

25h

40h + 10h

- Informativo;

- Experiencial;

- Foco: aprofundamento

- Foco: inovação de

de questões teóricas;

práticas profissionais.

-

Participantes: 12 profs.

- Participantes: 7 profs.

NB: 3 participantes frequentaram o plano de formação na íntegra, pelo que os sujeitos do estudo são efectivamente 16

.

(19)

O nosso estudo…

Sujeitos do estudo

: caracterização

Habilitaçõ

es

académica

s

Níveis de

Ensino

Línguas

Profission

Categoria

al

Escalão

Profission

al

Licenciatura: 12; Pós-Graduação (Gestão Curricular): 1; Mestrado (Didáctica de Línguas): 2; Mestrado (Literatura Portuguesa): 1. 3º Ciclo: 2; Secundário: 6; 3º Ciclo e Secundário: 8. Inglês: 11; Português: 9; Alemão: 6; Francês: 4; Latim: 2; Grego: 2. Nomeação definitiva em Quadro de Escola: 16. 6º escalão: 1; 7º escalão: 3; 8º escalão: 3; 9º escalão: 7; 10º escalão: 2.

(20)

O nosso estudo…

Sujeitos do estudo

: organização da

amostra

TOTAL: 6TOTAL: 6 Português + Inglês: 4 Português + Inglês: 4 Português + Latim + Grego: 2 Português + Latim + Grego: 2 Profs. de PLM Profs. de PLM TOTAL: 10 TOTAL: 10 Português + Francês: 3 Português + Francês: 3 Inglês + Alemão: 6 Inglês + Alemão: 6 Inglês + Francês: 1 Inglês + Francês: 1 Profs. de LE Profs. de LE

(21)

O nosso estudo…

Instrumentos de Recolha de Dados

:

Duas entradas da secção “O Meu Perfil

Profissional” do Portefólio Profissional

dos sujeitos:

Para mim, ser professor de línguas é…

Uma boa metáfora para definir um professor

de línguas seria…

“The ought self”

(22)

O nosso estudo…

Técnica de análise dos dados:

análise de

conteúdo

Macro-categorias:

Dimensões da identidade profissional docentes (pessoal,

político-social, interventivo-curricular – Pinho, 2008)

Categorias:

Papéis dos professores de línguas;

Competências dos professores de línguas.

Metodologia de investigação:

estudo de caso

;

Paradigma de investigação:

qualitativo

.

(23)

As vozes dos sujeitos

0 2 4 6 8 10 12 0 4 0 0 7 7 0 1 5 0 2 1 1 2 4 0 0 4 Profs PLM Profs LE

Papéis atribuídos aos professores de línguas no

contexto actual:

Dimensão

pessoal Dimensão interventivo--curricular

Dimensão político-social

(24)

As vozes dos sujeitos

GESTOR:

“ser professor de línguas é… É ser um pouco ‘actor’, representar ‘mil’ faces, imitar ‘mil’ vozes.” [OF4] “Fina lmente há ta mbém aque les para quem o profe ssor de língu as é com o um bom chocolate “Um (bom ) professor de línguas se ria um papag aio colorido” [CF9]

“Um professor de línguas é como… uma bola saltitante salta… salta… salta…” [CF4] “Deveria ser como

um perfume suave, que sendo utilizado de forma diária e discreta seria sempre agradável e nunca cansaria.” [CF3] “Um cesto de frutas variadas que permite uma boa salada ou somente uma peça de fruta.” [PI1]

Dimensão

interventivo--curricular

(25)

As vozes dos sujeitos

FACILITADOR / GUIA:

“Ele é o f acilitador de ambient es propícios à aprendiza gem” [CF2] “Um trilh o de terra batida” [OF4] “Há a inda aqueles p ara quem o profe ssor de língu as é com o um passa porte [CF8] “o profess or de línguas é como um dicionário [CF8] “Uma porta entreabert a para o mundo” [PI3] “o professor de línguas também é o guardião da chave que abre as portas e

janelas do mundo aos seus alunos” [OF3]

Dimensão

(26)

As vozes dos sujeitos

MEDIADOR / ACTOR SOCIAL:

“Um professor de línguas é um passaporte para o mundo.” [CF2]] “ser o prom otor da es cola plurilingu e e intercultu ra l” [CF2] “Compara r um professor de línguas a uma ponte faz sentido” [ CF7]

“Um professor de línguas é como… uma bola saltitante salta… salta… salta…” [CF4] “Ser professor de línguas é… poder

estender pontes para outras margens, dotar os meus alunos das ferramentas que lhes permitam abrir

caminhos para outras culturas, outras maneiras de ser e de pensar” [CF5] “Uma porta entreaberta para o mundo” [PI3]

Dimensão

político--social

(27)

As vozes dos sujeitos

INVESTIGADOR:

“O profes sor de LE é também u m ‘eterno’ aprenden te” [CF2] “Esta pon te está continuam ent e em obras” [CF7] “É um ‘ling uista’ em cons trução e sem pre em evolu ção.” [OF4] “um professo r -investigad or” [OF3] “O professor de línguas é um

cientista que ensaia no seu laboratório as substâncias mais adequadas a determinada experiência de aprendizagem” [OF3]

“ser itinerante no processo de auto-formação” [OF3]

Dimensão

pessoal

(28)

0 5 10 15 20 25 30 35 0 0 7 32 4 1 6 0 0 6 14 1 9 2

As vozes dos sujeitos

Competências dos professores de línguas no

contexto actual:

(29)

As vozes dos sujeitos

Competência

pedagógico-didáctica

Profs de LE Profs de LM Total Promoção do desenvolvimento de competências plurilingues e interculturais

10

2

12

Colaboração com o aluno no processo de construção de conhecimento

6

5

11

Capacidade de estimulação /

motivação

6

1

7

Gestão de cenários pedagógicos

diversificados 3

2

5

Ênfase na comunicação 4 --- 4 Gestão da relação pedagógica 2 --- 2 Abertura a inovações

pedagógico--didácticas ---

2

2

Capacidade de transmissão de

conhecimento 1 --- 1

Flexibilidade / Capacidade de

adaptação --- 1 1

Abertura da sala de aula à

(30)

“transmitir aos alunos a sua visão sobre o mundo, dando-lhes

autonomia suficiente para construírem a sua própria visão” [OF3]

As vozes dos sujeitos

Competências pedagógico-didácticas:

“ser profe ssor de línguas é… levar os alunos a perspectiv arem-se como cida dãos de u m mundo cad a vez mais multicultu ral” [PI2] “criar condições de

aprendizagem que permitam o conhecimento e o confronto com culturas várias” [OF3]

Papéis:

Gestor

+

Mediador /

actor social

“Ensinar uma língua (… ) é ensinar a refectir, é ensinar o aluno a ser progressi vamente autónomo na aprendiza gem das línguas…” [OF2]

Papel:

Facilitador /

guia

“promover e instigar a a uto-confiança dos alunos mais resistentes à aprendizagem” [OF3] “ensinar u ma língua é também ensinar os alunos a adoptar, a desenvolver aptidões, atitudes e disponibilidade afectiva para a aprendizagem da língua” [OF2]

Papel:

Facilitador /

guia

(31)

As vozes dos sujeitos

Competência pessoal /

interpessoal

Profs de LE Profs de LM Total

Gosto pela descoberta de saber

2

2

4

Gosto pela comunicação

2

1

3

Espírito de equipa 1 1

2

Dinamismo 1 --- 1

Saber ser 1 --- 1

Audácia --- 1 1

(32)

As vozes dos sujeitos

Competência pessoal / interpessoal:

“Em ens ino de lín guas nada é de finitivo, tudo se e nsaia e s e testa. H á uma reformu lação constant e de mét odos e estraté gias de aprendiz agem” [O F3] “A aventura consiste em descobertas contínuas de novos mundos e na satisfação da comunicação conseguida” [CF2]

Papéis:

Investigador

+

Mediador /

actor social

“ser professor de línguas é… gostar de comunicar” [CF7] “sentir prazer em partilhar os seus conhecimentos e experiências com os jovens” [CF3]

Papel:

Comunicado

r

“colabora com outro s cole gas na partilha d e sabe res, no sentid o de se enriq uecer profi ssion almente e com o pessoa” [CF2] “partic ipar em grupos de troca de conhec imento e de experiê ncia” [O F3]

Papel:

Colaborador

(33)

As vozes dos sujeitos

Competência intercultural

Profs de LE Profs de LM Total Competência de comunicação intercultural ---

6

6

Hetero-conhecimento ---

3

3

Gestão de conflitos 1 --- 1 “Ser profess or de língua s é, para mim, interag ir comunicativa mente e culturalmen te com o out ro, levando-o a p erceber a funcionalida de da mesm a [língua] e a sua importân cia num mundo em qu e a comunic ação é um pilar ess encial na co nstrução das sociedad es actuais e m permanente mudança” [ PI3] “O Professor de línguas

lembra a bola que salta

repetidamente, tal como ela deve (…) ‘saltar’ para

diferentes realidades linguísticas” [CF4]

Papéis:

Comunicado

r

+

Mediador /

actor social

“Deve, tam bém, conhecer o contexto cultural das mesmas [línguas], p or forma a compreend er as especificida des de cad a realidade li nguística” [CF4] “Uma porta aberta porque a aprendizagem permite a passagem para outros mundos” [CF4]

Papéis:

Investigador

+

Facilitador /

guia

(34)

As vozes dos sujeitos

Competência científica

Profs de LE Profs de LM Total Conhecimentos actualizados

5

---

5

Conhecimentos linguísticos aprofundados 1

2

3

“o ‘outro lado’ está sempre a m

udar e essas mudanças

obrigam a uma manutenção / intervençã o, recorrendo a novas ‘fe rramentas’” [OF3] “As língua s rejuvenes cem , o profe ssor de língu as, tem, igualm ente , que rejuvenes cer, acom panh ar a mud ança.” [O F4]

Papel:

Investigador

“conhecimento profundo da língua” [CF4] “recorrem a ele [ao professor] para saber como é que se diz isto ou aquilo o u como é que se pro nuncia determinad o som…” [CF8]

Papéis:

Investigador

+

Facilitador /

guia

(35)

Apontamentos finais…

Sobrevalorização da dimensão

interventivo--curricular

:

21 UC relativas aos papéis de gestor e de

facilitador/guia (num total de 39 UC);

46 UC relativas à competência

pedagógico--didáctica.

* Visão do professor de línguas ainda muito

tradicional e redutora

(quase que

(36)

Apontamentos finais…

Referências implícitas, nas concepções

relativas às competências, a papéis fulcrais

que não foram tão preconizados nas

representações explícitas

:

Mediador / actor social

(competências pedagógico-didáctica,

pessoal / interpessoal, intercultural)

;

Investigador

(competências pessoal / interpessoal, intercultural,

científica)

.

* Visão difusa destes papéis

(dificuldade em os

definir e, como tal, em os assumir)

;

* Reconhecimento da complexidade implícita à

profissão

(transversalidade das competências)

.

(37)

Apontamentos finais…

Emergência de um papel não contemplado

na literatura enquadradora do estudo

:

Comunicador

1 referência explícita nas concepções relativas aos papéis (prof. de LM)

2 referências implícitas nas concepções relativas às competências mais valorizadas pelos sujeitos

* Valorização da abordagem comunicativa nas

concepções dos professores e da concepção de

língua como instrumento de comunicação

(38)

Apontamentos finais…

Não referência a papéis fulcrais

:

Colaborador

(algumas referências implícitas nas competências atribuídas aos professores)

;

* Visão ‘solitária’ da profissão

(dificuldade em

trabalhar em equipa com outros professores)

;

Avaliador

(inexistência de qualquer referência)

.

* Papel dado como adquirido

e, por isso,

esquecido?

(39)

Apontamentos finais…

Desvalorização de competências fulcrais

:

Crítica

(2 UC referentes a espírito crítico, feitas pelo mesmo

sujeito)

;

* Visão do profissão como ‘executor’ acrítico

das directrizes emanadas do Ministério da

Educação;

Digital

(2 UC referentes ao domínio e utilização das TIC, feitas pelo mesmo sujeito)

.

* Resistências ao recurso às TIC na sua acção

profissional.

(40)

Apontamentos finais…

Convergências entre profs de LE e de LM

:

Representações relativas à dimensão pessoal

bastante equilibradas, embora pouco

valorizadas

* 4 UC relativas ao papel de investigador da

parte de profs de LE e 3 da parte de profs de

LM;

Ambos os grupos de profs

desvalorizam a

dimensão pessoal da identidade profissional

(41)

Apontamentos finais…

Divergências entre profs de LE e de LM

:

Profs de LE enfatizam fortemente a

dimensão interventivo-curricular

* 15 UC explícitas relativas aos papéis de gestor e de

facilitador / guia (contra 6 UC dos de LM);

* 35 UC relativas à competência pedagógico-didáctica

(contra 14 UC dos de LM).

Ênfase da concepção tradicional do professor

de línguas e da língua como objecto de

(42)

Apontamentos finais…

Divergências entre profs de LE e de LM

:

Profs de LM atribuem maior importância à dimensão

político-social do que os de LE

* 6 UC explícitas relativas aos papéis mediador / actor social (contra 4 UC dos profs de LE);

* 9 UC relativas à competência intercultural (contra 1 UC dos profs de LE).

Maior consciência do papel político / ético que lhes é

atribuído;

Maior reconhecimento da língua como instrumento

político e de acção social.

(43)

Sugestões…

para a formação de

professores…

Maior investimento na formação de

professores para a educação

intercultural:

Concepção de

percursos de formação mais

equilibrados do ponto de vista das 3 dimensões

da identidade profissional docente

: pessoal;

interventivo-curricular; político-social

(visão mais

complexa e holística do que é ser professor de línguas

hoje)

;

Promoção de

momentos de reflexão e de

discussão acerca das políticas linguísticas e

educativas

(promoção da competência crítica)

;

(44)

Sugestões…

para a formação de

professores…

Envolvimento dos professores

em equipas de investigação

e

em

momentos de reflexão e de discussão acerca dos

resultados das investigações em DL

(promoção da competência

científica e de uma maior interacção entre a investigação e as práticas de sala de aula)

;

Promoção do trabalho em equipa

, não só

entre professores

das mesmas línguas

, mas

entre professores de línguas

diferentes

(promoção do trabalho colaborativo e de uma visão mais

integrada e integradora do ensino/aprendizagem de línguas)

;

Proporcionar oportunidades de

desenvolvimento das

competências plurilingues e interculturais dos próprios

professores

(não se pode ensinar aquilo que não se sabe, não se tem,

(45)

Obrigada pela vossa

atenção!

Mónica Bastos monica.bastos@instituto-camoes.pt mbastos@ua.pt Mª Helena de Araújo e Sá helenasa@ua.pt

Referências

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