. `
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA CATARINA
O
PROGRAMA
DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
ESTUDO
DE
UMA
EONTE
DE ALIMENTAÇAO,
COM
COMUTAÇAO
SUAVE,
FREQUENCIA'
CONSTANTE,
PARA
ALTAS
POTÊNCIAS
~ \
DISSERTAÇAO
SUBIYIETIDA
A
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
PARA
OBTENÇAO DO GRAU
DE MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELETRICA
CEZAR
ANDRE
PEDERSEN
ll
ESTUDO DE
UMA
FONTE
DE ALIMENTACAO,
COM
COMJJTAÇAO
SUAVE,
FREQUENCIA
CONSTANTE,
PARA
ALTAS POTENCIAS
cÉzAR ANDRÉ
1>1‹:DERsEN
ESTA
DISSERTAÇÃO
FOI
JULGADA PARA
OBTENCÃO DO
TÍTULO
DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA, ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELÉTRICA,
E
APROVADA
NA
SUA
FORMA
FINAL,
PELO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
DA'
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA
CATARINA
QLQ
Prof.
EnioVaImor
Kassick, Dr.Orientador
Qu
íiâízlzzz ~Prof. Roberto de
Souza
lgado,PhD
Coordenador do Curso
dePós-Graduação
.
em
Engenharia ElétricaBANCA
EXAMINADORA:
'Prof. Enio
Valmor
Kassick, Dr.Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing.
~
dá/í
Pro . ari
Bruno
Mohr,
Dr.iii
Aos meus
Pais, Ernani e IedaIV
AGRADECIMENTOS
4
Neste documento de
seu trabalho,o
autornão
poderia deixar de expressar suagratidão
ao
grandenúmero
de pessoas'que
o orientaram, auxiliaram, encorajaram e, de diversas maneiras,marcaram
uma
convivência produtiva.Esperando
não ser injusto, registraespeciais agradecimentos: _
`
-
Aos
técnicodo
LAMEP,
Antônio Luis Schalata Pacheco, Luis MarceliusCoelho
eAdenir
João da
Silva pelo excelente suporte técnico;-
Aos
professores Arnaldo José Perin, DenizarCruz
Martins, HariBruno
Mohr
e JoãoCarlos
dos
Santos Fagundes.Cada
um
deles contribuiu dealguma forma
para os resultados desta pesquisa;-
Ao
Orientador, Prof. EnioValmor
Kassick, pela dedicação, por discussões proveitosas, pelo apoio ecompreensãoem momentos
de maior dificuldadesao
longo damaturação da
pesquisa;-
Ao
Prof. Ivo Barbi pela segura e objetiva co-orientação;_ .
-
Aos
membros
da banca examinadora, pelos comentários e sujestões;-
Ao
amigo
JoséRenes
Pinheiro pelas contribuições e sujestões dadas ao longo de todo trabalho;-
A
Universidade Federal de Santa Catarina e àCAPES,
pelo apoio financeiro; -Aos
meus
colegas -de curso pelo companheirismo durante esse período.sUMÁR1o
Simbologia
... .. ixResumo
... .. xiAbstract
... ..,..xíiIntrodução
... ..xiiiCapítulo
I -Estudo do Conversor
Básico
... ._ 1 1.1- Introdução ... ..21.2 - Análise Qualitativa ... ._3 1.2.1 - Princípio
de Funcionamento
e Etapasde Operação
... ..4
1.2.2 - Principais
Formas
deOnda
... ..91.3 - Análise Quantitativa ... .. 10
1.3.1 -
Equações
Básicasem
Cada
Etapa deFuncionamento
... .. 101.3.2 - Característica
de
Saída ... .. 15. 1.3.3 - Análise
da
Comutação
... .. 161.4-Conclusão
... 18Capítulo
II -Estudo do Conversor
Operando
em
Ampla
Faixa
.deCarga
com
Comutação
Não-Dissipativa
... ... 192.1 - Introdução ... ... .[20
2.2 - Análise Qualitativa ... ... .. 21
2.2.1 - Princípio
de Funcionamento
e Etapas deOperação
... ._ 21 2.2.2 - PrincipaisFormas
deOnda
... ... ..24
2.3.1 -
Equações
Básicasem
Cada
Etapa de Funcionamento
... .. 2.3.2 - Análiseda
Comutação
... ... .. 2.4 -Conclusão
... ..Capítulo
III -Dimensionamento
dos
Elementos
de
Potência
... ..3.l -Introdução ... ... ..; .... .. 3.2 - Cálculo
da
CorrenteEficaz
Máxima
no
Primáriodo
Transformador ... ..3.3 - Cálculo
da
Corrente de Picono
Primáriodo
Transformador ... ..3.4 - Cálculo
da
CorrenteMédia
eEficaz
nasChaves
Principais._ ... ..
3.5 - Cálculo
da
CorrenteMédia
eEficaz
nasChaves
Auxiliares ... ..3.6 -
Conclusão
... ..Capítulo
IV
-Projeto
e
Resultados
de
Simulação
... ..4.1 -Introdução ...
4.2 - Projeto
do
Transformador ... ...4.2.l -
Determinação do
Núcleo
... ..4.2.2 -
Determinação
do
Número
de Espirasdo
Primário ... ..V 4.2.3
-
Determinação
da Relação de Transformação n .....
4.2.4 -
Determinação
do
Número
de Espiras deCada
Secundário ... _.4.2.5 - Cálculo
da
Corrente de4Saídano
Primáriodo
Transformador ... ..42
42
43
4.2.6 - Cálculo
da
Correntede
Picono
Primáriodo
Transformador ... .. 434.2.7 -
Dimensionamento
dos Fios deCada
Secundário ... ..43
4.2.8 -
Dimensionamento
dos Fiosdo
Primário ... ..44
4.2.9.1
-Perdas no
Cobre
... ..4.2.9.2 - Perdas
no Núcleo
... ... ..4.2.9.3 -Elevação
da
Temperaturano Núcleo
do Transformador
'
4.2.10 - Parâmetros
do
Transformador Obtidos Experimentalmente4.3 - Cálculo
da
Indutância RessonanteLr
... .. 4.4 - Cálculodo
Indutor RessonanteLr
... ..4.4.1 - Determinação
do Núcleo
... _.. 4.4.2 - Determinação
do
Número
de Espiras ... ..- 4.4.3 - Determinação
do
Entreferro ..... 4.4.4 - Cálculo
Témiico
... .. 4.5 - Cálculoda
CorrenteMáxima
do
Indutor AuxiliarILamaX
... .. 4.6 - Cálculoda
Indutância Auxiliar deComutação
... .. 4.7 - Cálculodo
Indutor Auxiliar ... .. 4.8 - Cálculo da Indutânciado
Filtrode
SaídaLo
... .. 4.9 - Cálculodo
Indutordo
Filtro de Saída ... ..4.10 - Cálculo
do
Capacitor de Bloqueioem
Sériecomo
Primán`odo
Transformador
Cb
... ... .; ... .. 4.11 - Cálculodo
Capacitordo
Filtro de SaídaCo
... ._4.12 - Cálculo dos
Diodos
Retificadores de Saída ... .. 4.13 - Escolha dosMOSFETS
... ..4.14 - Resultado de Simulação ... _.
4.15 -
Conclusão
... ._Capítulo
V
-Resultados
Experimentais
... _.5.2 -
Fom1as
de
Onda
... .. 5.3 - Eficiência ... .. 5.4 -Conclusão
... ..Conclusão Geral
... ..Referências
Bibliográficas
Apêndice
... ._ ,~ . . . . . . . . . . . . . . . . › - . . . . . - - . . . . - - . . . .z ... ..59 ... ..62 ... ..63 ... ..64 ... ..66 ... ..68 viiiSIMBOLOGIA
Ae
- Áreaefetiva dapema
centraldo
núcleo i~
Aw
-Área da
janelado
núcleocom
carretelBm”
-Máxima
densidade defluxo
magnéticoC,, C2,
C3
eC4
- Capacitâncias intrínsecas dosMOSFETS
Cb
-r Capacitor de bloqueioCcg
- Capacitor degrampeamento
Cd
- Capacitância dos diodos retificadoresde
saídaCeq
- Capacitância equivalente 'Ciss - Capacitância de entrada equivalente
do
MOSFET
Co
- Capacitânciado
filtro de entrada_
~
Coss
- Capacitãncia de saída equivalentedo
MOSFET
D
-Razão
cíclica`
V
Dcg
-Diodo
degrampeamento
D¡, D2,
D3
eD4
-Diodos
intrínsecos dosMOSFETS
Dn
-Diodos
.DH
e D,2 -Diodos
retificadoresE, e
E2
- Fontes de entradafs - Freqüência de chaveamento
IDef - Corrente eficaz
do
MOSFET
IDPK - Corrente de pico repetitiva
do
MOSFET
Ief - Corrente eficazIF - Corrente direta
do
diodoIm
- Corrente de pico repetitivado
diodoIU
- Correnteno
indutor ressonanteIm
- Correnteno
indutor auxiliar decomutação
Io - Corrente média de saída
Iop - Corrente de saída referida ao primário
Ipk - Corrente de pico _
Jmax -
Máxima
densidade de correnteKE
- Coeficiente de perdas por correntes parasitasKH
- Coeficiente de perdas por histereseKp
- Fator de utilizaçãodo
primarioKu
- Fator de utilizaçãodo
núcleoKt
- Fator de topologiaKw
- Fator de enrolamentoLa-
Indutor auxiliar decomutação
lg - Entreferro
do
núcleo `Ld
- Indutância de dispersãodo
transformadorLm
- Indutância de magnetizaçãodo
transformadorLo
- Indutânciado
filtro de saídaLr
- Indutância de ressonância -lt -
Comprimento médio
deuma
espiraN
-Número
de
espirasdo
indutornf -
Número
de
tios associadosem
paraleloNp
-Número
de espirasdo
primáriodo
transformador_
Ns-
Número
de
espiras 'do secundáriodo
transformador _Pcg
- Potência dissipadano
circuito degrampeamento
Pcu
- Perdasno
cobrePn
- Perdasno
núcleoPo
- Potênciamédia
de saídaPt '-
Total
de
perdasno
núcleo VRc
-'Resistência por unidade de
comprimento
_ .Rcg
- Resistência degrampeamento
RDSM,
- Resistência decondução do
MOSFET
Ro
- Resistência de cargaRSE-
Resistência série equivalentedo
capacitorRt
- Resistência térmicado
núcleo paraconvecção
naturalSf -
Área da
secção transversaldo
fio
'Sn
-Chaves
semicondutorasSTS -
Área
total defios no
secundáriodo transfomador
tf-
Tempo
de
bloqueio da chave semicondutoratr -
Tempo
de
entradaem
condução da chave semicondutoratrr -
Tempo
de recuperação reversado
diodoT
- Período de chaveamento -''Vab 4
Tensão
entre os pontos "a" e "b"Vcg
-Tensão de grampeamento
VDS
-Tensão
"Drain-Source" doMOSFET
VF
-Tensão
decondução do
diodoVin
-Tensão média do
barramentoCC
Vn~
Volume
do
núcleoVo
-Tensão média
de saídaVR
-Tensão
reversado
diodowr
- Freqüência angular de ressonânciaZr
- Impedância de ressonância característicaA
- Profundidade de penetração .ABMX
-Excursão
da densidade defluxo
máxima
AD
-Redução
da
razão cíclica . 'i
AIM
- Variação da corrente no indutorLo
ATn
- Elevação de temperatura no núcleoAt" -
Tempo
de cada etapa ' VAVc(mx)
-Máxima
queda de tensão nos capacitores de bloqueio 11 --Rendimentopo
- Permeabilidade magnéticado
arxi
Resumo
O
presente trabalho apresenta o estudo detalhadode
um
conversorcom
topologia
modificada
à partirdo
conversorem
Meia-Ponte,que
apresenta tensãode
saídaem
três niveis distintos,
com
comutação
dos interruptores sob tensão nula.Inicialmente é estudada
uma
topologia básicaque
difereda
estruturaem
Meia-
Ponte convencional pela presença de
uma
'terceira chave,com
o
quese obtém
o
terceiro nívelde tensão. Esta topologia,
no
entanto, apresenta limitação quanto à faixade
carga, dentroda
qual se
tem
garantida a caracteristica decomutação
sob tensão nula.l
Na
seqüência é apresentadoo
estudo referente auma
varianteda
topologiabásica, na qual, devido à inclusão de
um
indutor auxiliar, tem-se acomutação
sob tensão nulapara
uma
ampla
faixa'de
carga.São
apresentados estudos teórico-analíticos, procedimento deprojeto e resultados de simulação
em
computador
digitaldo
funcionamento desta estrutura.Finalmente, são apresentados resultados experimentais, obtidos sobre
um
protótipo
de
laboratóriocom
potência nominal deISOOW,
construído à partirda
topologiavariante.
Os
resultados obtidos possibilitam concluir pela validadedo
estudo teórico realizado e das simulações obtidas.xii
Abstract
~A
detailed studyof
a converter withmodified
topology basedon
the Half-Bridge converter is presented, with three-level output voltage
and
zero-voltage switching.`
The
study began with a basic topology that is differentof
the Half-Bridgeone
by
the presenceof
a third switch, allowing the three-level output voltage.However,
the basictopology achieved the zero-voltage switching just
on
a limited load range. ~On
sequence it is presented the studyof
a variationon
the basic topology, withthe addition
of
an auxiliary inductor, achieving the zero~voltage switchingon
an extended loadrange. Theoretical and analytical studies are presented, with procedures for design and
simulation results
of
the circuiton
a digital computer.On
the end experimental results are presented,from
a laboratory prototypebuild
on
the topology variation, with a nominalpower
ofISOOW. The
laboratory resultsxiii
Introdução
A
Energia Elétrica é obtida pela transformaçãode
uma
outraforma de
energia.Quando
gerada, a sua quase totalidade possui a forma altemada e geralmente é assim transmitida até os grandes centros consumidores.
Com
o
desenvolvimento de aparelhos eletro-eletrônicos cada vez mais sofisticados, aenergia elétrica
em
sua forma comercial praticamente deixoude
ser diretamente utilizável.Então
surgiu. a necessidade de se adaptar esta energia às novas solicitações. Isto é feitode
diversas maneiras, taiscomo:
Correntes e tensões constantes, correntes e tensões altemadascom
freqüência variável, correntes e tensõescom
freqüência e amplitude variáveis, etc...Estas solicitações fizeram surgir os conversores estáticos
de
potência (chaveados), entre os quais se encontram os conversoresCC-CC
"PWM"
(Modulação
porLargura de
Pulso). '
Estes conversores
armazenam
energiaem
capacitores e indutores, isto implicaem
pesoe volume.
A
elevação da freqüência de chaveamento reduz otamanho
destescomponentes
etambém
dos conversores.A
freqüência de chaveamento dos conversoresPWM
CC-CC
é limitada pelasvelocidades
de
suas chaves (semicondutoras).O
progresso nas pesquisas para desenvolvimentode
novas chaves ecom
melhorias nasexistentes,
tomou
possível a elevação da freqüência dechaveamento
devido a diminuição dostempos de
entrada e bloqueio da chave semicondutora.("tr" e "tf' respectivamente).Além
das perdas de comutação, os dois outros problemasque
limitam a elevação dafreqüência
de
operação dos conversoresPWM
são: as sobretensõesno
bloqueio das chaves semicondutoras devido às indutâncias parasitas e o elevado "di/dt" ,na
entradaem
condução,provocado
pela descargado
capacitor intrínseco das chaves semicondutoras.As
perdas decomutação
podem
ser praticamente eliminadas, pela reduçãoda
tensãoou
corrente para zero, durante a comutação.Duas
técnicaspodem
ser utilizadas:comutação
sobcorrente nula
("ZCS
-Zero
Current Switching") ecomutação
sob tensão nula("ZVS
-Zero
Voltage Switching").
Os
conversores ressonantesCC~CC
com
comutação
sob correnteou
tensão nula,tem
sido largamente utilizados para operaçãoem
altas freqüênciasde
chaveamento, por proporcionaram baixas perdas e baixos "stresses" de comutação, baixos dv/dt e di/dt e baixosníveis de interferência eletromagnéticas e de rádio freqüência. V-
No
que
diz respeito a conversoresCC-CC
de potênciaem tomo
de200W,
com
aplicações
como
fontes chaveadas para equipamentos diversos, taiscomo
microcomputadores,videos, televisores, etc, já existem topologias consolidadas.
Já para conversores
em
altas potências, na faixa de1000
a2000W,
os conhecimentossão escassos, não existindo até o presente
uma
topologia consagrada.Estudos recentes [l,2] inspirados
no
inversor três níveis convencional [3],tem
apresentado conversores
CC-CC
com
comutação sob tensão nula (ZVS), a três níveis.Neste
trabalho é apresentadoum
conversorCC-CC
( fonte chaveada ), para potênciade
l500W,
como
uma
altemativa às topologias existentes.Este conversor opera
com
freqüênciafixa
( fs= lOOKHz
), oque
permite a reduçãovolume
pesodos componentes
de potência, disso resultandoum
conversorcom
alta densidadede
potência, apresentando ainda caracteristica decomutação não
dissipativa ( tipoZVS
), paraampla
faixa de carga.V
L
Cápítulo
I
%2
1.1
-
Introdução
'O
conversor proposto é mostrado na figura 1.1 _'Éum
Conversor
CC-CC
Meia
Ponte
(I-Ialf-Bridge)
Modificado,
Modulado
por Largura de Pulso(PWM),
tensão de saída a três níveiscom
comutação não
dissipativa (ZVS).É
composto
por três chaves, duas chaves principais ( S, eS2)
euma
chave auxiliar ( S3 ).Tr
é o transfonnador isolador.Lr
éo
indutorde comutação,
composto
pelo indutorextemo
mais a indutância de dispersãodo
transformador.O
estágiode
saída éformado
pelos retificadores Dr, eDn
e o filtrode
saída écomposto
pelo indutorLo
e pelocapacitor Co.
Ro
representa a resistênciade
carga.E/2
lA
/
_L_
SI\
S3 z Lr ' A ,V _ 1.8 tJ~A.›JTr Drl Dr2 ' 1» . S2\
U2 Ro I Co """'Fig. 1.1 Estrutura Básica do
V Conversor Meia-Ponte PWM-ZVS-Três Níveis
Se
as chaves S¡ , S2 e S3 sãocomandadas
adequadamente, obtem-se entre os pontosA
eB
uma
tensão a Três Níveis (+
E/2 , O , - E/2 ) , mostrada na figura 1.2 .-
win
‹m ,M `
Fig. 1.2 - Comando das Chaves
,_L.__ .--.
_
_L..- 1,
«-3
As
etapas básicas paraum
periodo são 2'a) chave S", 'on
, chaves S2 e S3 off, tensão
VAB
= +
E/2 b) chave S3on
,chaves S, e S2 off , tensãoVAB-=
OV
c) chave S2
on
, chaves -S1 e S3 off , tensãoVAB
=
- E/2 d) chave S3on
, chaves S¡ e S2 off, tensãoVAB
=*O
As
etapas básicas a e c são responsáveis pela transferência de potência das fontes paraa carga
eas
etapasb
e d.constituem inten/aloslede roda-livre,onde
a tensão 'VAB (tensão entreos pontos
A
eB
) é levada à zero.9
1.2
-
Análise
Qualitativa
'_
A
análise qualitativa feita a partir de chaves ideais é bastante simples, portanto
não
apresenta i
grande
utilidade prática, pois a implementação deste conversor irá requerer autilização
de
chaves reais, cujomodelo agrega
ao interruptor ideal, elementos parasitas taiscomo
diodo e capacitâncias intrínsecas. Este conversorpode
ser implementado à partir dechaves
IGBTs
ou
MOSFETs.
No
presente estudo, optou-se pela utilizaçãode
MOSFETs
principalmente pela especificação da freqüência a
que
se quer operar (fs=
1OOKHz)z
Em
virtudeda
chave S3 ser bidirecionalem
corrente, usou-seno
lugar desta chave doisMOSFETs
em
anti-sériecomo
mostra a figura (1.3) , denominadas agora de chaves auxiliares (M3
eM4
).Nesta figura
é representadotambém
os diodos (D3 e D4) e capacitores (C3 e C4)intrínsecos dos
MOSFETs
.V
C3 C4
`
D3 D4
--/-_-:>i,z
M
Fig. 1.3 -Implementação da chave bidirecional
em
correnteNa
figura
1.4 estáo
conversorCC-CC
implementadocom MOSFETs,
os diodos Dl, D2,D3
e4
M1_JE D1 C1 os ` ` E/2 _-_ lil Ezl , líšlW4
Lr rvvY\ z ,Q
'_""' Tr Dr1 Dr2 V D2! C2| RoL
GOT
-."_:-E/'li _ 'Fig. 1.4 Conversor Half-Bridge -
PWM
-ZVS
- Três Níveis1.2.1 -
PRINCÍPIO
E
ETAPAS
DE
OPERAÇÃO
Para simplificar a análise, as seguintes suposições são feitas:
-
O
circuito -está operandoem
regime =permanente. -V -
Todas
as chaves semicondutoras de potência apresentam
tempos
dechaveamento
e quedas resistivas nulas. V V
'
_ e
V A
-
As
capacitâncias intrínsecas de saida dosMOSFETS
são consideradas constantesÚe de
mesmo
valor, incorporando todas as capacitâncias parasitas (transformador, indutor,fiação)
do
circuito. ~' '
- -
A
indutância
do
filtro de saída é suficientemente grande para seraproximada
poruma
fontede
corrente constante ecom
valor igual à corrente de carga Io .A
-
A
correntede
magnetização,do
transformador é desprezível frente à correntede
5
-
As
tensões das fontesCC
de entrada são consideradas' identicas esem
ondulação(ripple)
de
tensão. .. .
s V
~'
Ressalta-se que. as simpliÍicac'ões e suposições realizadas fnãofl alteram
o
comportamento
básicodo
circuito a ser estudado. ' ' A` _
A
figura
1.5 mostra o circuitomodificado
com
as suposições feitas acima,onde
os elementosde
saída estão referidos ao primáriodo
transformador.. _ ,cs cz: _ D1
Mil
r\QJE._š¡_,iÊ¡ E/2ç_'_'_T
1%
%44l
dz -'- › P* ‹ A L'0
B-õ
T
{ › D1 Dó A E/2fz
_:
Fig. 1.5 Conversor Half- Bridge
PWM
-ZVS
SimplificadoA
figura
1.6 mostra as seis (6) etapas topológicas de operação paraum
semi-periodo e a primeira etapa
do
semi-período subseqüente (simétrica a primeira etapa), sendoenegrecidos os
componentes que
estão conduzindo e os caminhos que a_corrente percorre.Na
figura 1.7 estão representadas as formas de
onda
teóricas .A
operaçãoé
descritacomo
segue:a)
Primeira Etapa:
(t0,t1)Y Durante
a primeira etapa a corrente flui através da carga Io, fonte E/2, chave
Ml,
indutor ressonanteLr
e os diodosD5
e D6. Nesta etapa é realizada a maior transferência-6
b)
Segunda Etapa
: (t1,t2)Esta etapainicia
em
tl,quando
é enviadoum
sinal de bloqueio à chaveMl;
establoqueia-se praticamente
em
zero de tensão.O
capacitorC3
se descarrega, variando sua tensãode E/2
(tensãoda
fonte) até zero, peloMOSFET
M4
. Esta etapa finalizano
instante t2,quando
a,tensãoVc3
chegar à zero. ' 'Nesta
etapatambém
há transferência de energiada
fonte para a- carga,porém
em
quantidade muitopequena
devido ao curto período detempo
envolvido. `c)
Terceira
Etapa:
(t2,t3)Esta etapa inicia
no
instante tzquando
a tensãoVc3
atinge zero.Com
isso odiodo
D3
fica
diretamente polarizado ecomeça
conduzir.É
uma
etapa de roda-livre, na qual a correntede
carga flui atravésde
M4
,D3
,Lr
, os diodosD5
eD6
e a carga Io.Durante
estaetapa a tensão
V
AB é constante e apresenta valor nulo.d)
Quarta
Etapa:
(t3,t4)'_
No
instante t3,M4
ébloqueado`em
zero de tensão.A
tensãoem
C4
(Vc,,),cresce
de
zero até a tensão da fonte (E/2) de maneira cossenoidal.Os
diodos da ponte (D5, D6,D7
e D8) entramem
condução
nesta etapa, curto- circuitando a carga. . .Esta etapa finaliza
quando
a tensãoVc4
alcança a tensão da fonte.Para assegurar
comutação
em
zero de tensão (ZVS), a energiaarmazenada no
indutor ressonante Lr, deve ser maiordo que
a .energiaarmazenada
nos capacitores._e)
Quinta Etapa:
(t4,t5)Nesta
etapa, os diodosda
ponte (D5, D6,D7
e D8) ainda estão conduzindo,deixando
a cargaem
Curto-circuito.A
corrente IL, flui através desses diodos decrescendode
forma
linear, pois o indutorLr fica
submetido à tensão constante.7
A
_energiaarmazenada no
indutorde
ressonânciaLr
é devolvida para a fonteatravés
do
diodo.D2
que
entraem
condução
nesta etapa. -' '
Esta etapa finaliza
quando
a correnteIU
se anula.Í)
Sexta
Etapa:
(t5,t5)'
Esta etapa inicia
quando
a corrente IL, atingir valor nulo.A
correnteIU
cresce linearmente,mas
em
sentido oposto â quinta etapa.A
chaveM2
entraem
condução
com
tensão e corrente zero
(ZVS
eaZCS).
A
energia entregue à fonte na etapa anterior, agoraretoma
ao indutorde
ressonância Lr.A
sexta etapatem
seufim
quando
a correnteIU
atingiro
valor (-Io) .
g)
Sétima
etapa: (t6,t7)Esta etapa é simétrica a primeira etapa já descrita.
No
instante que IL, atinge o valorda
corrente de carga Io inicia a sétima (7°)etapa.
Haverá
transferência de energiada
fonte para a carga, enquantoM2
estiver conduzindo,formando
amalha
E/2, D2, Io, D8,Lr
eM2
.'
.
O
comportamento do
circuito durante osegundo
semi-período é simétrico ao›‹-_›@
~ ' , . 'ía
P ¬. . VFW
. D5 D8-
‹ D7 D6 5 l' M§'"| _ 4 ~ Ds os ‹ 4 Ezm
---_
M*-fã.â'Ê.›~LíE
D6"
Mfläššíw
F ' M›_1Mu
M.-_1Mu
EI .._._....__ E2Fig.l.6a - Primeira Etapa Fig. l.6b - Segunda Etapa
¡.__ri.
-_;-'_
-
HTIFW
Em
_
É os os V D8 ‹ D8 ‹~
. nv De ..___._EL D1 os . .___.__Él_ 'MZJ~=:ov
g-_
, ElFig. 1.6c - Terceira Etapa Fig. 1.ó‹1 -
Quznz
Etapa"›
iii
-
WWIW
M'-1%
F M3_`| I"`M4 › os os L; v :Iv v .`l
Í
D1 os.__Ií
. D7 DóE
“P-J=@É=
ns os g EIHÉ'-.-Í'
"'
`- __I E2Fig. l.6e - Quinta Etapa Fig. l.6f - Sexta Etapa
1 P _ .
HQ'-.-1'
WW
FW
› D5 D8 ` D1 Dó ›“flEiš_%
EI -_1__-E-2 A Fig. l.6g ~ Sétima Etapa9
1.2.2 -
Principais
Formas
de
Onda
As
principais formas de ondateóricas estão representadasna figura
1.7.A
primeiraforma
deonda
é a tensão entre os 'pontosA
eB
(VAB). Percebe-seque
a referida tensão esta limitada entre+E/2
e -E/2 .Durante o
intervalo At3 ( t3 - tz) a tensãoentre os pontos
A
eB
é zero. Neste intervalo a carga se encontraem
roda livre.A
segunda forma
deonda
é na tensãona
chaveM,;
cujo valormáximo
é igual àE.
O
mesmo
acontececom
a chave M2. Para as chavesM3
eM4
que fazem
a roda livre a tensãomáxima
sobre elas é E/2, isto é ,metade
da tensão sobre as chavesM1
eM¿.
A
terceiraforma
deonda
apresentada é a correnteno
indutor ressonante Lr.No
instante to tal corrente atinge o valor Io e permanecerá assim atéo
bloqueioda
chaveM4,
quando
entãocomeça
a decrescer; primeiramente sobforma
cossenoidal e depois linearmente,passsando por zero e
chegando
atéo
valor (- Io).As
últimasduas formas deonda
referem-seao
comando
das chaves. Observa-seque
quanto maioro
tempo
em
que
as chavesM3
eM4
permanecerem
fechadasmenor
será atransferência
de
potência para a carga. Consegue-secom
isso controlaro
fluxode
potênciapafa a Carga.
VAB
E/2 E/2 Hz z f
W'
› \ / . 4 tVC]
V U V -E/2E
E/2 E/2 - › ILr H t Io - c A _, I - Io 10 ll t2` 13 t4 IS t6Fig. 1.7 - Principais Formas de Ondas Teóricas
10
1.3
-Análise
Quantitativa
1.3.1 -
Equações
Básicas
em
Cada
Etapa
de
Funcionamento
V
Primeira
Eta-pa: (t0 , t1)Nesta etapa
não
há alteraçãode
correntenem
tensão.-
VAB
permanece
constante (+
E/2
)em
toda etapa ,o
mesmo
acontecendocom
a corrente IL,
que permanece
em
Io . ,Durante esta etapa é transferida a potência da fonte para a carga.
'
Segunda Etapa
: (t1 , tz) ..
A
tensãono
capacitorC3
(Vc3
) é dada pela expressão ( 1.1) :Vc3(t)
=
Vco
+_l-_Íic..dt (l.l) zCeq
onde
-Vco =
E/2 é a tensão inicialno
instante tl -Ceq
é a capacitância equivalente (associaçãoem
paralelo dos capacitoresintrínsecos dos
MOSFETS
M,
,M2
eM4)
.ic é a corrente
no
capacitorC3
Assumindo
que a corrente ic seja igual à corrente da fonte (Io), tem-se então :~ A
Vcz‹f›=§-¿%.‹fz-f.›
‹1.2›fazendo Atz
=
tz -t1 a equação (1.2) fica,V‹z,(z)
=
Ê-áãaz,
(1.3)onde
Atz éiotempo de
descarga deC3
e consequentemente, otempo
de duração desta etapaAssim, fazendo-Vc3
=
O
eisolando Atz tem-se :E.Ceq
.^'2
=
37;?
<“>
A
correnteno
capacitorC3
édada
por:`
iss
=
C3 `¿ÉVcsentão, deiivando aeq-uação (‹1.3) e multiplicando-a por.C3 tem-se a corrente
no
capacitorC3
que
para este intervalo étambém
a corrente na chaveM4.
I,
:
_
Io.C, czCW
‹ ›Terceira Etapa:(t2
, t3) (1.5) 1.6Durante
a terceira etapa acontece a roda-livre, a tensãoV
ABpermanece
constante e igual a zero e a correnteIU permanece
constantecom
valor Io.Quarta Etapa
:(t3 , t4)As
seguintes relações descrevem esta etapa:Vc, -V-Ê:--Vc4
=
OAÍ/c2+Vc4-É-=0
ici +¡c2 +¡c4 "i¡.z
:
O»
d
sabendo
que
ic=
C
.-ãVcaplicando a equação (1. 10) na equação (1.9) temos:
d
d
â
1C, Ez:/‹,~,
+c,
251/C, +c_, E1/cz, -10+-El:/L,.dz_=. ofIsolando
Vc] da
equação (1.7) eVez
da equação (1.8) , tem-seVc; zig-+Vó,, ~
l/czzš-Vc4
(1.7) (1.s) (1.9) (1.10) (l.ll)i (1.l2) (l.l3lSubstituindo
Vcl
e Voz»na
equação (1.l1) e sabendoque
Vc4 = VL;
obtem-se :d
E
iC,-¿(í+V¢_,)+c
--(--V‹z,,)_+c,,ãV¢,,-1z›+Z;J'V¢,, äe. MP1zo
Q.
a partir
da
expressão (1. l4), obtem'-se:I
e
d
V
d
d
_ 1'
C,z?Vc_,+C2-cíVc_,+C,,-¿7Vc4-Io+ílVc_,=0
_vfazendo
C1=
C2, pois osMOSFETS
M,
eM2
são iguais`
i
zi 1 “
rzc,
+c_,)¡¡¡V¢_,-10+í{V¢,,
=
ochamando
deCeq
=
(2.C,+
C4)e derivando a equação (l.16) obtem-se:
d2
1Ceq??-2-Vc4
+EVc,,
=
OA
equação (1. 1 8)tem
a seguinte solução:Vc,,(t)
=
A.cos(wr.t)+
B. sen(wr.t) _wrz
=__1___
Lr.Ceq
Calculando-seos coeficientes
A
eB
da expressão (p1.19) chega-se à:Vc4(t)=%-.sen(wr.t)
»4.
Sabendo
que ic_,=
C4ZÉVC4
=
i¿,CÍICOÍIÍT8-S6 3. COITCÍIÍC FIO ÍHCÍUÍOÍ
iu
=
I0.cos(wr .t) (1.14) (1.1s) (1.1ó) (1.17) (1.1s) (1.19) (1.2o) (1.21) (1.22) (1.23)Para encontrar
o
valorda
corrente ñnal no indutorLr
*chama-se t4o
tempo
finalda
quartaetapa.
Como
sabemos que
esta etapatem
seufim
quando
a tensãoVc4
alcançaE/2
aequação (l.21) fica: 2 C,,.wr isolando t4, tem-se : i 1 _,
E
w,.C4 V Í4=';)-.SenDa
equação
_(l.23) , parao tempo
t4 , tem-seiL, (14)
=
Io.cos(wr.t4) 'substituindo t4
na equação
acima encontra-se:_
E.w,.C
Itf (ta)
=
Io.co{sen
'L-ñz-i)]
a equação acima
pode
ser escrita desta forma2
1L,‹â.›= ,[102 -(___E~W2f~C‹)
O
produtowr.C4
pode
ser escrito desta forma:W
_C
=__Ca_
4 A ' “ ,/L.ceqouainda
C2
-W,.C4= Ii??-
. eqonde
denomina-se a relaçãoz,z._1_i
aw,.C,,
onde Zr
é a impedância de ressonância .Assim
aequação
(1 .28), fica:Vc4(t)
=
E-=
-Z-O-.sen(wr-.t,,) `(1'.24) (li-25) (1.2ó) (1.27) (1.2s) (1.29) (1.so) (1.s1)14
IL, (14)-= J10* -
(1.32)
_
Quinta
etapa: (t4 , t5) : VNa
quinta etapa a correnteno
indutor decresce linearmente até zero, iniciandono
tempo
t4 descrito na quarta etapa.'
`
Sabendo
que a correnteno
indutor édada
por-
1
E
IL,
=
911-Z:._|'-2-.dz (1_33). kz -' r
onde
I, é a correnteno
indutorno
instante t,,,' já calculada na etapa anterior ( I¡¡f(1`t4)zÂ),Vseindoassim a
equação
(1.33) resulta: . f-t I
1L,i(z)="l102~(š%)_
-Lirjšdz
'(1.3¿)1L,(z)z
l1024-(-2%)
--2%-.(z5-z,,)fazendo
IU
=
O
, e isolando At,=
(t5 - t4) , na equação 1.35, tem-se2
L
VE
2 . r Ats=
102-
(l.36)Sexta
Etapa:
(t5,t6) _A
correnteno
indutor é dada por:1
E
` 1
E
IU =
'-id-'.'í.(Í6 -15) 1E
IL,=
-ísífllõ
(1.3s)(139)
onde
At6=
t5 - t5 (1.40)Isolando
Ató
, tem-seo
tempo
desta etapa (descidada
correnteIU
até -Io)'
-A¡6=~'
. '
1.3.2 -
Característica
de Saída
'De
acordocom
as formas de ondas apresentadasna
Fig. 1.7 , e considerandoque
ostempos de comutação
são muito menoresque o
período de chaveamento, a tensãode
saidamédia
Vom
pode
ser expressa por:Vom
=
-E;.-;(t' -t°)2
T/2
_ '
›
Durante o
intervalode
tempo
(O - t0), a corrente IL, é representada por:
.
E/2
ILr(l)
2
'-10+í.Í
No
instante t=
tg, iLr=
Io, assimt °
_2.Lr.Io
E/2
Substituindo as
equações
(l.44)em
(1..42) tem-se: - -E
t, DE 2.Lr.Io
-
Vom
=
f.
-
.2
T/2
2(E/2).(T/2)
dividindo aequação
(1.45) por E/2 VVom
_š5__
4.Lr.IoE/2
«T
(E/2).T
Definindo a razão cíclica
como
T
(1.4.1) (1.42) (1.43) (1.44) (1.4s) (1.4ó) (1.47)16
então a-
equação
(l .46)pode
ser escrita da seguinteforma
K'fi=D-iq'-Il
~(1.4s)
Ep/2
(E/2).T
_ _A
partirda equação
(l .48)› acima pode-se observaro
seguinte: _l -
A
tensãomédia de
saídaVom
dependeidaçcarga ( Io ),, isto é,o
conversorpode
ser visto(pela carga)
como
uma
fontede
tensaoem
sériecom uma
resistência (não fisica) para valoresmédios. -
~
'
2 -
Quanto
maior for a indutância de ressonânciaLr
'maior será a reduçãoda
tensãode
saídaprovocada pela
queda
de tensão reativa.A
seguir émostrado
um
gráfico da tensãomédia
em
funçãoda
corrente,mostrando
que
Vom
depende da
corrente de carga.A
medida que
Ioaumenta
Vom
diminui.100
90J¶~
80\
70L
_ 60 , fÍ
V0m(V) 50~
40 30z 20' l0z 0 "| | | l | | ` 0 5 '10 15 20 25 i x‹›(A) 'Fig. l;8 Tensão de Saída
Vom
versus 'Corrente de Carga Io17
1.3.3
-ANÁLISE
DA
COMUTAÇÃQ
sPela
ordem
das etapas, a segundacomutação
é a mais crítica, a qual ocorre duranteo
intervalo (t3 ,t4),
onde
VC4
cresce de zero até E/2 e,de
modo
inversoVC2
decrescede E/2
àzero volts. '
`
' '
_
V
Se
VC4
não
atingir o valor E/2, acomutação não
dissipativa não é garantida.A
tensãoVC4
édada
pela equação (1.2l)j __ _ _
analisando-a para
o
caso crítico,wt
=
1r/2 , tem-se: I VC4=
Cí??/rf 4. V sabendoque
1=---
1.50W'
( *a equação (1 .49)
pode
ser escritacomo:
L
.C
V¢4=
-rãzilo
(1.51)-ri 4 _
fazendo Io igual à Imin e
em
consequênciaVC4 =
E/2, tem-se:E
iC2
~J
_. _I.
=--.
---44--- . "“" 2Lr.Ceq
(152)
Onde
Imin é amenor
corrente para assegurar que a energiano
indutorLr
sejasuficiente para a
comutação
não dissipativa. Então, para assegurarcomutação
não dissipativa,deve-se garantir
que
Io>
Imin. 'Observando
as equação (l.52) percebe-se que: _u
A
-
Quanto
maior é a largura de faixa de cargacom
comutação
em
zero de tensãoZVS,
'implicando
em
menor
corrente de cargamínima
Imin, tanto maior é o indutor ressonanteLr
e aqueda
de tensão reativa .através deste. _is
1.4
-Conclusão
`
Da
análise efetuada constata-seque
os elementos parasitas doscomponentes,
tais
como
capacitânciade
junção dos semicondutores e indutância de dispersão dostransformadores, estão incorporados
no
processo de funcionamentodo
conversor.Deve-se ter
o
cuidado paranão
super-dimensionar o indutor Lr, pois àmedida
que
a indutânciaLr
aumenta, tem-se maior otempo
para a inversãoda
corrente e,como
foi visto, maior será- a reduçãoda
tensãomédia na
saidado mesmo.
-_
Existe
um
compromisso
entreuma
ampla
faixa de carga e a garantiade
comutação
ZVS.
Foi mostradoque o
conversor necessita deuma
correntemínima
para operarà
ZVS,
podendo
portanto ser utilizadoquando
não se necessitauma
grande variaçãode
carga.Um
requisito básico deste tipo de conversor é o funcionamento sobampla
variação
de
carga, isto é ,desde à vazio até plena carga.O
compromisso
existente entreampla
faixa
de
carga versus indutânciaLr
indica a desvantagem desta topologia básica, a qual aindaque
pemiitaampla
variaçãode
carga, exige para tal,um
elevado valor para a indutância Lr,com
o
consequenteaumento de
reativos circulando causandoum
super-dimensionamento daschaves, elevadas perdas por condução, perda de razão cíclica, péssima regulação de tensão
média de
saida. 'q Para
contomar
este problema, na sequência é proposta a soluçãoque
permitemanter
a característica decomutação
ZVS
paraampla
faixa de carga,sem
a necessidade de elevado valor para a indutância Lr. _ 'cAPíTULo
11
Estudo
do Conversor
Operando
em
Ampla
Faixa
de
Carga
com Comutação
N
ão¬Dissipativa
20
2.1
-Introdução
Este 'capitulo apresenta
uma
alteraçãodo
conversor inicialmente proposto, visando aobtenção de
ampla
faixade
carga, isto é, desde 'à vazio até plena carga,mantendo
todas aschaves semicondutoras
com
comutação
emzero
de tensãoZVS
(Zero-Voltage-Switching). Para conseguir este objetivo,.foi» introduzidogno conversor apresentadono
capítulo anterior,um
indutor-decomutação
auxiliar (La) ,mostrado
na figura 2.1:f _ A E/2
,S.\
íon
T
U
TA
fvvv\ ‹ Í B\
V
Ç
DÊ S2 _ _ Lo E/2 Ro La . f¬rvv\Figura 2.1 - Conversor Half - Bridge
PWM
-ZVS
Três Níveiscom
Indutcr AuxiliarO
indutor auxiliar sefaz necessário para correntesde
cargamenores que
a correntemínima
para garantircomutação
ZVS.
.Para
que
o conversor opere à vazio, a energiaarmazenada no
indutor auxiliar La,u
deverá ser suficiente para
que
se realize acomutação
ZVS.
4Novamente
assume-seque
todos oscomponentes
são ideais eque o
estágiode
saída,21 C3 04
Mflflíš
Cl _ IJ2 i ~qiiiin
_"-"-'-"" os 'ns‹
› il^~
v~
š
w ~“JD
L»_'
Fig. 2 2 - Conversor Half-Bridge
PWM-ZVS
Tres Níveis Operando
em
Ampla faixa de Carga E2.2
-Análise Qualitativa
,
2.2.1-
Princípio e
Etapas de
Operação
_ _Este conversor apresenta doze etapas distintas
em
um
periodo de operação,porém
será apresentadosomente
um
semi-periodo (seis etapas).O
segundo semi-período seprocessa
de
modo
idêntico ao primeiro,como
visto anteriormente, pois o conversor opera demodo
simétrico. p- ” T'a)
Primeira Etapa:
(tg , tl)Durante
a primeira etapa a corrente flui atravésdos
indutoresLa
e Lr.A
correnteno
indutorLr
é considerada constante nesta etapa, passando pelos diodosD5
,D6
, Io e pela fonte. _`
A
correnteno
indutor auxiliar G..a) cresce linearrnente deum
valor negativo passandopor zero e
chegando
aum
valormáximo
(lumax). -Nesta
etapa é realizada a maior transferência de energia da fonte de alimentação paraacarga.
b)
Segunda
Etapa:
(t1 , tz-)Esta etapa inicia'
em
t1,quando
é enviadoum
sinal de bloqueio à chaveM1;
establoqueia-se praticamente
em
zero de tensão.A
tensãoem
Vc3
decresce de E/2 ( tensãoda
fonte) até zero, atravésdo
MOSFET M4
. Esta etapa' finalizano
instante tz,quando
a tensãoVc3
chega
a zero.Durante
esta etapa, considera-se a correnteno
indutor auxiliar U..a) constante._
Nesta
etapatambém
há transferênciade
energiada
fonte para a carga,porém
em
quantidade muito
pequena
devido ao curto intervalo detempo
envolvido. _'
22
c)
Terceira Etapa:
(tz , t3)._
- Esta etapa inicia
no
instante t2quando
a tensão'Vc3 atinge zero.Com
isso
o
diodoD3
fica
diretamente polarizado ecomeça
conduzir.E
uma
etapa de roda livre,na
qual a_ correntede
carga flui através dos elementosM4,
D3,
Lr, os diodosD5, D6,
Io eLa
.Neste
intervalo a tensãoV
AB é igual a zero.d)
Quarta
Etapa:
(t3 , t4) V`
No
instante t3,M4
é bloqueadoem
zero de tensão.A
tensãoem
C4
(Vc4), crescede
zero até a tensão
da
fonte de maneira cossenoidal.'Os diodos
da
ponte.(D5,D5, D7,
D3)
entramem
condução
nesta etapa;com
isso, acarga
fica
curto-circuitada.`
' `
Durante
esta etapa, considera-se a correnteno
indutor auxiliar (La) constante.Esta etapa finaliza
quando
a tensãoVc4
alcança a tensãoda
fonte._
e) .Quinta
Etapa:
(t4 , t5) «Nesta
etapa, os diodos da ponte (D5,D5, D7,
D3)
ainda estão conduzindo, deixando acarga
em
curto-circuito.A
corrente ILr flui através desses diodos decrescendo daforma
linearpassando por zero. _'
A
energiaarmazenada
nos indutores (Lr e La) é devolvida para a fonte atravésdo
diodo
D2
que
entraem
condução
nesta etapa.Devido
a indutânciado
indutor auxiliar (La) ser muito maiordo que
a indutânciado
indutor ressonante (Lr), a corrente deste último decresce rapidamentechegando
aum
valor negativo._ Esta etapa finaliza
quando
IL¡ é igual a ILa.`
i)
Sexta
Etapa:
(t5 ,t6)
Esta etapa inicia
quando
IU
>
ILa; a corrente IL; cresce (negativamente) linearmenteaté atingir a corrente de carga Io,
quando
então esta etapa se finaliza. V-g
A
corrente ILa ainda encontra-se decrescendo. -O MOSFET
Mzentra
em
condução
com
tensão e corrente zero(ZVS
eZCS).
e)
Sétima Etapa:
(t6 , t7)Esta etapa é simétrica a primeira etapa já apresentada.
No
instanteem
que
IU
atinge o valorda
corrente de carga Io inicia a sétima etapa _primeiro. Portanto, será omitida a sua análise. V
SI
O
componamento
do
circuito' durante osegundo
semi-período é.simetnco ao
1..
'PW'
ss'¬ WiSUHE
La _ s1_J . E/2 Em _ __. S2_J-1%
‹ ›%
M
|.--F
_-:__
1 FV
5 e s3_`| Fší os D8 ` DS D8 F 4 _ . _ ‹ U U - ‹ 01 z%
D7 Dó 1» E/2Fig. 2.3a Fig. 2.3b
S'-1%
V s2__¡ s1_J S1__|'Q-.P
'É Í' - . s3_1 ST os ns ‹ U i nv ‹ DóW
F
L"
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1» E/2Fig. 2.3c Fig 2.3a
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U, 4 Il:--.ifl s5¬ Fši D5U
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H
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z- Fig. 2.3c S'1%
Hz - 1*Í
. ss_`IW
V « nv- nóS*-HE
-
"
Fig. 2.3gFig. 2.3 - Etapas de
Operação do Conversor
2.2.2
Principais
Formas
de
Onda
~As
principais formasideonda
teóricas estão representadas abaixo.VAB
+ E/2 ~/_
` ' -E/2 V / an _VC
l E E/2 /2 Io » › _ _Â
72
2
-Io Cma
lLamax3
1 “1
í
1
W1
___ - lLamaxcníu--._--__-2.-.
sz \i
í;
í~
ní
I 1\~
ei
S4 S3Fig. 2.4 - Principais Formas de
Ondas
Teóricasi
25
2.3
-Análise Quantitativa
i 2.3.1 -
Equações
Básicas
em
Cada
Etapa de Funcionamento
Primeira Etapa:
(t0 , t1) _~ “
` '
A
correnteno
indutor auxiliar (La) cresce linearmente_ I] a
VIM:-1a+2!;;{VL,,.dz
q t _ A (2¡1)substituindo
VLa
pela tensão da fonte aque
está submetido (E/2), tem-se:E
a I¡_a(Í)='-Ia-qi--í-L-;.Í¡`
(2.2)
onde
Ia é a corrente inicialno
indutor.'
A
máxima
correnteno
indutor auxiliarLa
é:E
I
Lmax=--.r
l (2.3 )Segunda Etapa
: (t1,t2)`
*
A
tensãoem
C3
(Vc3
) édada
pela expressão (2.4): t.z _ 1 '1 VC3
=
VCO
onde: iVco =
E/2
é a tensão inicialno
instante t1Ceq
é a capacitância equivalenteic3 é a corrente
no
capacitorAssumindo
que a corrente ic3 seja asoma
das correntesem
Lr
e La, (Io e Iarespectivamente), tem-se então 1
~
(za
fazendo Atz
=
tz - t1 a equação (2.5) fica,E
(I+1
›26
onde Atz
éo
tempo
de
descarga deC3
e conseqüentemente,o
tempo
de-duração desta etapaAssim, fazendo
Vc3
=
O e
isolando Atz tem-se :E
.Ceq
At
=
----
_ 2.7 _2
2.(Io`+[q) ' ( )
A
correnteno
capacitorC3
édada
por:.
d
_ _ _ A 'cs=
Cs ãt`Vc3 _ ' (2°8)então, derivando a
equação
(2.6) e multiplicando-apor
C3jtem-se a correnteno
capacitorC3
_. Í I
Ics :_
`~'
C3 '(2-9)
ea
Terceira
Etapa:(tz
, t3)Durante
esta etapanão
hámudança de
tensãoou
corrente.É
uma
etapade
roda livreonde
a tensãoV
AB é igual à zero e a correnteno
indutor auxiliar decomutação
lu
émáxima.
Quarta Etapa
:(t3 , t4)Através da quarta etapa de funcionamento, acha-se as seguintes relações: ' Vc,
--E-VC4
=
O (2.l0)E
V¢,¶+Vc_,,-É
=
o A ‹;2.11) Íc1`l`Íc2 +¡c4 `i1.r `ÍLz=
O (2-12) sabendoque
ic=
C
_ã?Vc A (2.13) aplicando aequação
(2. 13) na equação (2. 12)temos
A
d
d
d
1 "Â
QE:/C,
-QE:/zz,+c_,-¿¡V¢_,-10+3{VL,-1zz=o
(2.14-).
E
Vc, =_E-+Vc,, (2_15)
E
'Vc, =~2-~Vc,,~ 4
(246)
Substituindo'"Vc1 e
Vez
na equação (2. l4)~e sabendoque
Vc4=
VLa
temos:V
_
__
â
E
d
1 '^ .D S: Q. «;›^m +V‹z_,)-c,E(~5-V¢›,,)+c.,¡V‹z,,-1q+Í-r-[Vc4
-1a z
0
(z.17) r, 'fazendo
C1
= C2
pois osMOSFETs
são iguaisd
s "(2.C, +C,,)ã¡V¢,, -(1‹›+1zz)+í1r-ƒV¢4
=
o (2.1s)Í:
chamando
de
Ceq
=
(2.C¡ +.C4) (2,19)e derivando a
equação
(2. 18)temos
-
dz
1
Ceqã¿-Vc4
¬|-E-Vc4=
O(210)
A
equação
(2.20)tem
a- seguinte solução:Vc4(t)
=
A.cos(wr.t)+B.sen(wr.t) (2,21)Vwrz
:
Lr.lCeq
(222)
Calculando-se os valores de
A
eB
de (2.21) resulta:H Vc,,(t)
i
~.sen(wr
.t) (2,23) .d
Sabendo que
zc4=
'C4ã;Vc4
(2.24) temos, › .io, (1)
=
(Io+I
¿,_,,'“ ).cos(wr .t) (2_25) e aequação no
indutor ressonante é: '1Lr (I)