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A Gestão industrial atraves do metodo das unidades de esforço de produção (UEP's)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇXO E SISTEMAS PROGRAMA DE PóS-GRADUAÇXQ EM ENGENHARIA DE PRODUÇXO

GESTXO INDUSTRIAL ATRAVÉS DO MÉTODO DAS UNIDADES DE ESFORÇO DE PRODUÇXO CUEP'e)

ISSERTAÇXO SUBMETIDA Ã UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PARA A OBTENÇXO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA.

ALFREDO IAROZINSKI NETO rt­ f'-oo <N Tf r* FLORIANÓPOLIS, JANEIRO DE 1989 SANTA CATARINA - BRASIL

(2)

ii

A G E S T X O INDUSTRIAL ATRAVÉS DO MÉTODO DAS UNIDADES DE E S F O R Ç O DE PRODUÇÃO < UEP's)

A LF R E D O IAROZINSK1 NETO

Essa d i s s e r t a ç ã o foi julgada adequada para obtenção do título de

"MESTRE EM E N G E N H A R I A ’

Es p e c i a l i d a d e E n g en h a r i a de Produçlo e aprovada em sua forma final pelo Programa de P ó s - G r a d u a ç ã o .

P r o f . Ri cardo niranda Barci a, P h .D ., Coordenador do P rograma

Banca Examinadora:

Prof. Alvaro G. Rojas Lezana, M.Eng.

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iv A G R A D E C I M E N T O S A m i n h a f a m í l i a . A o s c o l e g a s C e z a r , J u n i c o e G u i l h e r m e p e l a s c r í t i c a s e a g r a d á v e l c o n v i v ê n c i a . A o p r o f e s s o r K l i e m a n n p e l a s u a o r i e n t a ç S o e a m i z a d e . A C A P E S e a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S a n t a C a t a r i n a , p e l o a p o i o r e c e b i d o . A o s m e m b r o s d a b a n c a e x a m i n a d o r a p o r s u a s s u g e s t S e s e i n t e r e s s e d e m o n s t r a d o p e l o t r a b a l h o . A o s a l u n o s , p r o f e s s o r e s e f u n c i o n á r i o s d o P r o g r a m a d e P ó s - G r a d u a ç ã o e m E n g e n h a r i a d e P r o d u ç S o e S i s t e m a s d a U F S C , p e l o a p o i o e c o l a b o r a ç ã o p r e s t a d o s .

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V R E S U M O P a r a as i n d ú s t r i a s d e t r a n s f o r m a ç ã o m o n o p r o d u t o r a s os p r o c e d i m e n t o s d e g e s t ã o i n d u s t r i a l s ã o b a s t a n t e s i m p l e s , j á q u e t o d a s as s u a s a t i v i d a d e s e s t ã o r e l a c i o n a d a s a a p e n a s u m p r o d u t o . P a r a o c a s o d a f a b r i c a ç ã o s i m u l t â n e a d e v á r i o s p r o d u t o s , q u e é a s i t u a ç ã o m a i s c o m u m n a i n d ú s t r i a d e t r a n s f o r m a ç ã o , a c o m p l e x i d a d e d a s a t i v i d a d e s f a b r i s a u m e n t a p r o p o r c i o n a l m e n t e ao n ú m e r o d e p r o d u t o s f a b r i c a d o s . P a r a s i m p l i f i c a r o p r o c e s s o d e g e s t ã o , u t i l i z a - s e n e s t e t r a b a l h o o s c o n c e i t o s d a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o a t r a v é s d o M é t o d o d a s U n i d a d e s d e E s f o r ç o d e P r o d u ç ã o . E s t e p r o c e d i m e n t o p o s s i b i l i t a d o t a r a e m p r e s a m u 11 i p r o d u t o r a d e u m s i s t e m a d e g e s t ã o s i m p l i f i c a d o , q u e o f e r e c e u m a g r a n d e q u a n t i d a d e d e i n f o r m a ç S e s c o m r a p i d e z e p r e c i s ã o , i n g r e d i e n t e s i m p o r t a n t e s p a r a u m a g e s t ã o i n d u s t r i a l s e g u r a e e f i c i e n t e .

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vi A B S T R A C T T o t h e m o n o p r o d u c t e r s t r a n s f o r m a t i o n i n d u s t r i e s t h e p r o c e d u r e of i n d u s t r i a l a d m i n i s t r a t i o n a r e v e r y s i m p l e , s o t h a t all t h e i r a c t i v i t i e s a r e r e l a t e d t o o n l y o n e p r o d u c t . F o r c a s e s t h a t m a n u f a c t u r e o f m a n y p r o d u c t s is s i m u l t a n e o u s , t h a t is t h e m o s t c o m m o n s i t u a t i o n in t h e t r a n s f o r m a t i o n i n d u s t r y , t h e c o m p l e x i t y o f i n d u s t r i a l a c t i v i t i e s i n c r e a s e s p r o p o r c i o n a 1 y w i t h t h e n u m b e r o f m a n u f a c t u r e p r o d u c t s . In t h i s w o r k is u s e d t h e c o n c e p t i o n o f u n i f i c a t i o n o f p r o d u c t i o n t o s i m p l i f y t h e p r o c e s s o f a d m i n i s t r a t i o n t h r o u g h t h e U n i t E f f o r t P r o d u c t i o n M e t h o d . T h i s p r o c e d u r e e n a b l e t o d o t t h e m u l t i p r o d u c t e r e n t e r p r i s e of a s i m p l i f y a d m i n i s t r a t i o n si s t e m , t h a t o f f e r s a b i g q u a n t i t y o f i n f o r m a t i o n w i t h r a p i d i t y a n d e x a c t n e s s , i m p o r t a n t i n g r e d i e n t s t o a s e c u r e a n d e f f i c i e n t i n d u s t r i a l a d m i n i s t r a t i o n .

(7)

v i i A G E S T X O I N D U S T R I A L A T R A V É S D O M É T O D O D A S U N I D A D E S D E E S F O R Ç O D E P R O D U Ç X O (UEP ' s ) S U M Â R I O 1 . I N T R O D U Ç X O ... ... 1 1.1 O r i g e m d o t r a b a l h o ... ...1 1. 2 O b j e t i v o s d o t r a b a l h o ... 2 1. 3 I m p o r t â n c i a d o t r a b a l h o . ... 3 1.4 M e t o d o l o g i a d o t r a b a l h o ... 4 1 .5 E s t r u t u r a d o t r a b a l h o ...5 1.6 L i m i t a ç S e s d o t r a b a l h o ...6 2. A G E S T X O I N D U S T R I A L ... 7 2.1 I n t r o d u ç ã o ... 7 2 . 2 A s p e c t o s b á s i c o s d a T e o r i a Geral d e S i s t e m a s ... 8 2 . 2 . 1 S i s t e m a s ... 8 2 . 2 . 2 E n t r a d a s , s a í d a s , v a r i á v e i s d e a ç ã o e v a r i á v e i s e s s e n c i a i s ...11 2 . 2 . 3 P r o c e s s o ... 13 2 . 2 . 4 C o n t r o l e e r e g u l a ç ã o ... ... 13 2 . 2 . 5 V a r i a b i l i d a d e d o s s i s t e m a s . ... 19 2 . 2 . 6 S i s t e m a f í s i c o e s i s t e m a d e g e s t ã o ... 2 0

(8)

v i i i 2 . 3 A p l i c a ç ã o d a T e o r i a G e r a l d e S i s t e m a s p a r a a g e s t ã o e m p r e s a r i a l ... 22 2 . 3 . 1 R e p r e s e n t a ç ã o d a e m p r e s a e m r e d e ... 23 2 . 3 . 2 R e p r e s e n t a ç ã o d a e m p r e s a e m n í v e i s ... 2 5 2 . 4 F o r m u l a ç ã o d e um m o d e l o d e g e s t ã o e m p r e s a r i a l ... 30 2 . 5 A g e s t ã o i n d u s t r i a l ...3 6 0 2 . 5 . 1 C o n t e x t u a i i z a ç ã o d a g e s t ã o i n d u s t r i a l d e n t r o d o s s i s t e m a s e m p r e s a r i a i s ... 36 2 . 5 . 2 As d i f i c u l d a d e s d a g e s t ã o i n d u s t r i a l ... 37 2 . 5 . 3 A u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o c o m o f e r r a m e n t a d e g e s t ã o i n d u s t r i a 1 ...3g 2 . 5 . 4 0 m é t o d o d a s U n i d a d e s d e E s f o r ç o d e P r o d u ç ã o ( U E P ' s ) . . 4 0 3. A P R E S E N T A Ç X O D O M É T O D O D A S U N I D A D E S D E E S F O R Ç O D E P R 0 D U Ç X 0 C U E P s ) ... 42 3.1 I n t r o d u ç ã o ... ... 42 3 . 2 A s p e c t o s h i s t ó r i c o s ... 42 3 . 3 0 " e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o " c o m o e l e m e n t o u n i f i c a d o r d a p r o d u ç ã o . 44 3 .4 O s p r i n c í p i o s f u n d a m e n t a i s d o m é t o d o d a s u n i d a d e s d e . e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o < U E P ' s ) ... 4 5 3 . 4 . 1 P r i n c í p i o d o v a l o r a g r e g a d o ...46 3 . 4 . 2 P r i n c í p i o d a s r e l a ç S e s c o n s t a n t e s ... 4 8 3 . 4 . 3 P r i n c í p i o d a s e s t r a t i f i c a ç õ e s ... ... 55 3 . 5 R o t e i r o g e r a l p a r a a i m p l a n t a ç ã o d a M é t o d o d a s u n i d a d e s d e e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o ( U E P ' s ) ... 60 3 . 5 . 1 A n á l i s e d a e s t r u t u r a p r o d u t i v a ...60 3 . 5 . 2 A v a l i a ç ã o d a p r e c i s ã o d a u n i d a d e ... 62 3 . 5 . 3 D e t e r m i n a ç ã o d o s p o s t o s o p e r a t i v o s ...63

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ix 3 . 5 . 4 D e f i n i ç ã o d o s p a r â m e t r o s d e c a p a c i d a d e ... 64 3 . 5 . 5 D e f i n i ç S o d o s ite n s d e c o n t a q u e c o m p õ e m o c u s t o t é c n i c o d o p o s t o o p e r a t i v o ...66 3 . 5 . 6 C o l e t a d e d a d o s ... 67 3 . 5 . 7 C á l c u l o d o s f o t o - í n d i c e s d o s p o s t o s o p e r a t i v o s ...67 3 . 5 . 8 D e f i n i ç ã o d o p r o d u t o - b a s e ... 81 3 . 5 . 9 G a m a d e o p e r a ç S e s d o p r o d u t o - b a s e ... 8 2 3 . 5 . 1 0 C á l c u l o d o f o t o - c u s t o d o p r o d u t o - b a s e ... 82 3 . 5 . 1 1 C á l c u l o d o s p o t e n c i a i s p r o d u t i v o s d o s p o s t o s o p e r at i v o s (U E P / u n i d a d e d e c a p a c i d a d e ) ... 83 / 3 . 6 C o n s í d e r a ç S e s f i n a i s s o b r e o m é t o d o d a s U E P ' s e a g e s t ã o i n d u s t r i a l ... 83 4. P L A N E J A M E N T O I N D U S T R I A L ... 86 4.1 0 p l a n e j a m e n t o e m p r e s a r i a l ... 86 4 . 2 A m o d e l i z a ç ã o d o p l a n e j a m e n t o i n d u s t r i a l a t r a v é s d o m é t o d o d a s U E P ' s ... 91 4 . 3 P l a n e j a m e n t o d e p r o d u t o s ...94 4 . 3 . 1 A d e f i n i ç ã o d e u m a U E P - p r o d u t o ... 97 4 . 3 . 2 0 m é t o d o d a s U E P ' s e a a n á l i s e d e v a l o r ... 10 0 4 . 4 P l a n e j a m e n t o d o p r o c e s s o p r o d u t i v o ... 102 4 . 5 M e d i ç ã o d a p r o d u ç ã o ... 105 4 . 6 D e f i n i ç ã o d a c a p a c i d a d e f a b r i l ... 110 4 . 7 . 1 C a p a c i d a d e d e t r a n s f o r m a ç ã o t o t a l ... 112 4 . 7 . 2 C a p a c i d a d e t é c n i c a ... 115 4 . 7 . 3 C a p a c i d a d e e c o n ô m i c a ... 116 4 . 7 . 4 í n d i c e s d e a d e q u a ç ã o ... 118 4 . 7 . 5 E x e m p l o i l u s t r a t i v o ... 121

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X 4 . 7 P l a n e j a m e n t o a g r e g a d o ... 127 4 . 7 . 1 P l a n e j a m e n t o d a c a p a c i d a d e ... * ...129 4 . 7 . 2 P l a n e j a m e n t o d a a l o c a ç ã o d a m ã o - d e - o b r a e d o s p o s t o s o p e r a t i v o s ... 4 . 7 . 3 P l a n e j a m e n t o d e m a t e r i a i s ...1 3 5 4 . 8 E s c o l h a p a r a o u s o d o s p o s t o s o p e r a t i v o s ... 136 0 4 . 9 P r o g r a m a ç ã o d a p r o d u ç ã o ...13 8 5. C O N T R O L E I N D U S T R I A L ... 140 5.1 I n t r o d u ç ã o ... 140 5 . 2 C u s t o i n d i v i d u a l d o s p r o d u t o s c o m o i n s t r u m e n t o d e g e s t ã o e c o n t r o l e ...1 4 3 5 . 2 . 1 C u s t o i n d i v i d u a l d o s p r o d u t o s p e l o m é t o d o d a s U E P ' s ... 1 4 5 5 . 2 . 2 0 m é t o d o d a s r o t a ç õ e s ... 152 5 . 2 . 3 F o r m a ç ã o d o p r e ç o d e v e n d a d o s p r o d u t o s ... 1 55 5 . 2 . 4 F o r m a ç ã o d o l u c r o d o s p r o d u t o s ... 159 5 . 2 . 5 F o r m a ç ã o d e o r ç a m e n t o s p a r a p r o d u ç ã o s o b e n c o m e n d a ...161 5 . 3 A c o m p a n h a m e n t o d a p r o d u ç ã o ... 163 5 . 4 í n d i c e s d e g e s t ã o ... •... 16 5 5 . 4 . 1 0 v a l o r m o n e t á r i o d a U E P c o m o i n s t r u m e n t o d e g e s t ã o ... 165 5 . 4 . 2 P r o d u t i v i d a d e ...1 67 5 . 4 . 3 E f i c i ê n c i a e e f i c á c i a ... 170 5 . 4 . 4 E x e m p l o i l u s t r a t i v o ... 171 5 . 5 I n t e r a ç ã o c o m o u t r o s s u b s i s t e m a s ... 174

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5 . 5 . 1 S u b s i s t e m a d e d i r e ç ã o e m p r e s a r i a l ... 17 5 5 . 5 . 2 S u b s i s t e m a c o m e r c i a l ...1 7 7 5 . 5 . 3 S u b s i s t e m a d e p r o d u ç ã o ... 178 5 . 6 O u t r a s a p l i c a ç õ e s d o m é t o d o d a s U E P ' s n o c o n t r o l e e m p r e s a r i a 1 ... 1 7 8 5 . 6 . 1 C o n t r o l e d e r e f u g o s ... 178 5 . 6 . 2 Vai idade-díi u t i l i z a ç ã o d e h o r a s e x t r a s ...179 5 . 6 . 3 A u x i l i o ao c o n t r o l e d o s n í v e i s d e e s t o q u e ... 181 6. C 0 N C L U S 8 E S E R E C O M E N D A Ç Õ E S ... 183 6. 1 C o n c l u s õ e s . ... ... 183 6 . 2 R e c o m e n d a ç õ e s p a r a f u t u r a s p e s q u i s a s ... 184 7. B I B L I O G R A F I A . ... ... 186 7.1 B i b l i o g r a f i a b á s i c a ... 186 7 . 2 B i b l i o g r a f i a c o m p l e m e n t a r . : ... 188 xi

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x i i L I S T A D A S F I G U R A S F I G U R A 1 - R e p r e s e n t a ç ã o g e n é r i c a d e u m s i s t e m a a p a r t i r d e s e u s p a r â m e t r o s s i g n i f i c a t i v o s ...1 0 F I G U R A 2 - R e p r e s e n t a ç ã o d e u m s i s t e m a a p a r t i r d e s u a s v a r i á v e i s ... . F I G U R A 3 - C o n t r o l e d e um s i s t e m a ... 15 F I G U R A 4 - I n f l u ê n c i a d o m e i o - a m b i e n t e n o c o n t r o l e d o s i s t e m a . . . 16 F I G U R A 5 - C o n t r o l e e r e g u l a ç ã o e m u m s i s t e m a c om i n f l u ê n c i a s a m b i e n t a i s ... 17 F I G U R A 6 - S i s t e m a u 1 t r a - e s t á v e 1 ...18 F I G U R A 7 - M o d e l o c o n c e i t u a i e m r e d e d e u m a e m p r e s a i n d u s t r i a 1... ...24 F I G U R A 8 - R e p r e s e n t a ç ã o u n i d i m e n s i o n a l d o m o d e l o e m p r e s a r i a l e m n í v e i s ... ... ... 26 F I G U R A 9 - R e p r e s e n t a ç ã o t r i d i m e n s i o n a l d o m o d e l o e m p r e s a r i a l e m n í v e i s ...31 F I G U R A 10 - M o d e l o d e g e s t ã o e m p r e s a r i a l ... ... 34 F I G U R A 11 - G r á f i c o i l u s t r a t i v o d o p r i n c í p i o d a s e s t r a t i f i c a ç õ e s ... 5 8 F I G U R A 12 - R o t e i r o g e r a l p a r a a i m p l a n t a ç ã o d o m é t o d o d a s U E P ' s ...61 F I G U R A 13 - D a d o s e i n f o r m a ç õ e s n e c e s s á r i a s à i m p l a n t a ç ã o d o m é t o d o d a s U E P ' s ...6 8 F I G U R A 14 - O s n í v e i s d e p l a n e j a m e n t o e m p r e s a r i a l e s u a s p r i n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s ... 90 F I G U R A 15 - P r i n c i p a i s a p l i c a ç õ e s d o m é t o d o d a s U E P ' s n o p 1 a n e j a m e n t o i n d u s t r i a 1...9 3 F I G U R A 16 - P r i n c i p a i s a t i v i d a d e s d o p r o c e s s o d e p l a n e j a m e n t o d e p r o d u t o s ...9 5 F I G U R A 17 - C u r v a d o c i c l o d e v i d a d o p r o d u t o ... 96 F I G U R A 18 - E t a p a s g e r a i s d o p l a n e j a m e n t o d e p r o c e s s o s p r o d u t i v o s ... 103 F I G U R A 19 - F o l h a d e p r o c e s s o ... ... 108

(13)

F I G U R A F I G U R A F I G U R A F I G U R A F I G U R A F I G U R A x i i i 2 0 - P l a n e j a m e n t o d a c a p a c i d a d e ... 130 21 - G r á f i c o U E P v a r i á v e l X q u a n t i d a d e p r o d u z i d a ...137 2 2 - 0 c o n t r o l e c o m o e l e m e n t o d e r e g u l a ç ã o e e s t a b i l i d a d e d o s i s t e m a . . . . ... 141 2 3 - C a r a c t e r í s t i c a s d o c o n t r o l e n o s d i v e r s o s n í v e i s e m p r e s a r i a i s ...1 4 3 2 4 - E t a p a s r e l a t i v a s ao c u s t e i o d o s p r o d u t o s p e l o m é t o d o d a s U E P ' s ... 1 4 9 2 5 - U t i l i z a ç ã o d o m é t o d o d a s U E P ' s n o p r o c e s s o o r ç a m e n t á r i o ... 162

(14)

x i v

Q U A D R O 1

L I S T A D E Q U A D R O S

- Q u a d r o i l u s t r a t i v o d o p r i n c í p i o d a s

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C A P Í T U L O 1 - I N T R O D U Ç X O 1.1 O r i g e m d o t r a b a l h o S e é q u e p o d e - s e d i z e r q u e A d a m S m i t h e Karl M a r x c o n c o r d a m em a l g u m p o n t o , e s t e p o n t o é q u a n t o ao v a l o r d o s p r o d u t o s . A m b o s c o n c o r ­ d a m q u e o v a l o r d e u m p r o d u t o só p o d e s e r o b t i d o l e v a n d o - s e e m c o n t a o t r a b a l h o n e l e a g r e g a d o . E n t r e t a n t o , n e n h u m d o s d o i s p r o p ô s u m a m a n e i r a p r e c i s a d e s e e s t a b e l e c e r o v a l o r " t r a b a l h o " d o s p r o d u t o s . N a d é c a d a d e 5 0 o e n g e n h e i r o f r a n c ê s G e o r g e s P e r r i n d e s e n v o l v e u u m a m e t o d o l o g i a c o m o o b j e t i v o d e q u a n t i f i c a r o v a l o r d o t r a b a l h o e m p r e g a d o n a c o n f e c ç ã o d e p r o d u t o s n a s i n d ú s t r i a s d e t r a n s f o r m a ç ã o m u 11 i p r o d u t o r a s . S e u m é t o d o , d e n o m i n a d o m é t o d o GP, foi i m p l a n t a d o em v á r i a s e m p r e s a s f r a n c e s a s c o m o i n s t r u m e n t o d e g e s t ã o i n d u s t r i a l . C o m o f a l e c i m e n t o p r e m a t u r o d e P e r r i n o m é t o d o c a i u n o e s q u e c i m e n t o . H á a l g u n s a n o s a t r á s o m é t o d o r e s s u r g i u n o B r a s i l a t r a v é s d o e n ­ g e n h e i r o F r a n z A l l o r a , q u e foi c o l a b o r a d o r d e P e r r i n . 0 m é t o d o , a g o r a d e n o m i n a d o m é t o d o d a s U n i d a d e s d e E s f o r ç o d e P r o d u ç ã o ( U E P ' s ) , a p r e ­ s e n t a - s e c o m a l g u m a s a l t e r a ç õ e s , m a s m a n t é m as l i n h a s g e r a i s t r a ç a d a s p o r P e r r i n .

(16)

Q q u e c o n v é m d e s t a c a r n ã o s ã o a p e n a s o s m é r i t o s d e s t e m é t o d o , m a s s i m t o d a a f i l o s o f i a q u e o e n v o l v e . A e m p r e s a é v i s u a l i z a d a c o m o u m a o r g a n i z a ç ã o q u e f a z a g e s t ã o d o t r a b a l h o ( e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o ) c om o b j e t i v o d e t r a n s f o r m a r a m a t é r i a - p r i m a e m p r o d u t o s a c a b a d o s . E s t e e n ­ f o q u e n ã o é a l g o n o v o , m a s m a n t é m - s e i m p l í c i t o n a g e s t ã o d a s e m p r e s a s d e t r a n s f o r m a ç ã o . ü m a i s i m p o r t a n t e d i s s o t u d o é a u t i l i z a ç ã o d o v a l o r t r a b a l h o c o m o i n s t r u m e n t o d e u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o , s i m p l i f i c a n d o e m e l h o r a n d o os p r o c e s s o s d e g e s t ã o . S e m d ú v i d a , is t o é a l g o n o v o e, a l é m d o m a i s , v e m d e m o n s t r a n d o ó t i m o s r e s u l t a d o s n a s e m p r e s a s q u e u t i ­ l i z a m e s t a f e r r a m e n t a . E n t r e t a n t o , a l i t e r a t u r a d i s p o n í v e l s o b r e o a s s u n t o c a r e c e d e m a i o r e s a p r o f u n d a m e n t o s s o b r e a u t i l i z a ç ã o d o m é t o d o d a s U E P ' s p a r a a g e s t ã o i n d u s t r i a l , f a t o e s s e q u e o r i g i n o u a r e a l i z a ç ã o d e s t e t r a b a l h o . 1 . 2 O b j e t i v o s d o t r a b a l h o 0 p r i n c i p a l o b j e t i v o d o p r e s e n t e t r a b a l h o é e x p l o r a r as v a n t a g e n s o f e r e c i d a s p e l a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o n a g e s t ã o i n d u s t r i a l . M a i s e s p e c i f i c a m e n t e , o t r a b a l h o e n f o c a a u t i l i z a ç ã o d o m é t o d o d a s U n i d a d e s d e E s f o r ç o d e P r o d u ç ã o c o m o t é c n i c a d e u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o e, daí, d e g e s t ã o i n d u s t r i a l . C o m o o b j e t i v o s c o m p l e m e n t a r e s p o d e - s e d e s t a c a r : D i s c u t i r d e t a l h a d a m e n t e o q u e v e m a s e r a g e s t ã o i n d u s t r i a l .

(17)

P r o c u r a r a d a p t a r m e l h o r a m e t o d o l o g i a d a s u n i d a d e s d e e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o à g e s t ã o i n d u s t r i a l , d e m o d o a a g i l i z a r e f a c i l i t a r su a u t i l i z a ç ã o n e s s a i m p o r t a n t e e v a s t a á r e a d e c o n h e c i m e n t o . D e s e n v o l v e r a l g u m a s a p l i c a ç õ e s e s p e c í f i c a s d o m é t o d o d a s U E P 's p a r a a g e s t ã o i n d u s t r i a l . 0 1.3 I m p o r t â n c i a d o t r a b a l h o F a c e ao c o n t e x t o d e r á p i d o s d e s e n v o l v i m e n t o s t e c n o l ó g i c o s e de i n s t a b i l i d a d e e c o n ô m i c a à qua l e s t ã o i n s e r i d a s as o r g a n i z a ç õ e s e m p r e s a r i a i s , é m i s t e r q u e s e d e s e n v o l v a m s i s t e m a s d e g e s t ã o q u e o f e r e ç a m r e s p o s t a s r á p i d a s e p r e c i s a s às m u d a n ç a s a m b i e n t a i s a q u e t a i s o r g a n i z a ç õ e s e s t ã o s u j e i t a s . P a r a q u e e s t a s c o n d i ç õ e s s e j a m s a t i s f e i t a s , é p r e c i s o s i m p l i f i c a r o s s i s t e m a s d e g e s t ã o . À p r i m e i r a v i s t a ist o n ã o p a r e c e u m a t a r e f a f á ci l , j á q u e t e m - s e v i v e n c i a d o n o s ú l t i m o s a n o s u m a u m e n t o c r e s c e n t e d a c o m p l e x i d a d e d a s o r g a n i z a ç õ e s . U m a m a n e i r a d e c o n t o r n a r e s t a s d i f i c u l d a d e s é a u n i f i c a ç ã o da p r o d u ç ã o . A t r a v é s d e l a é p o s s í v e l r e p r e s e n t a r a e m p r e s a c o m u m m o d e l o s i m p l i f i c a d o e ao m e s m o t e m p o c o n f i á v e l . A m a n i p u l a ç ã o a d e q u a d a d e s t e m o d e l o f o r n e c e u m a s é r i e d e v a n t a g e n s e f a c i l i d a d e s n o q u e d i z r e s p e i t o à g e s t ã o d a e m p r e s a . A t u a l m e n t e , a u t i l i z a ç ã o d a u n i f i c a ç ã o da p r o d u ç ã o n a g e s t ã o i n d u s t r i a l é b a s t a n t e r e s t r i t a , l i m i t a n d o - s e n a m a i o r i a d a s v e z e s a a p l i c a ç õ e s r e l a t i v a s ao c u s t e i o d e p r o d u t o s . E s t e t r a b a l h o se p r o p õ e a

(18)

e x p l o r a r as p o t e n c i a l i d a d e s q u e a u n i f i c a ç ã o o f e r e c e e m t e r m o s de g e s t ã o , e n c o n t r a n d o - s e aí s ua m a i o r i m p o r t â n c i a . 1.4 M e t o d o l o g i a d o t r a b a l h o A m e t o d o l o g i a e m p r e g a d a n a c o n s e c u ç ã o d o p r e s e n t e t r a b a l h o , p a r a s e r m e l h o r c o m p r e e n d i d a , p o d e s e r d i v i d i d a d i d a t i c a m e n t e e m 5 e t a p a s , d e s c r i t a s a s e g u i r : Et-apa 1 - E s t u d o e m g ru p o , c om os o b j e t i v o s d e e n t e n d e r a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o e as m e t o d o l o g i a s c o r r e l a t a s , e s t u d a r s e u s p r i n c í p i o s , a v e r i g u a r s u a a p l i c a b i l i d a d e e a v a l i a r s u a s p o n t e n c i a 1 i d a d e s . E s s e s e s t u d o s f o r a m f e i t o s d e n t r o d e um g r u p o d e p e s q u i s a s o b r e o m é t o d o d a s U E P ' s , e x i s t e n t e n o P r o g r a m a d e P ó s - G r a d u a ç ã o e m E n g e n h a r i a d e P r o d u ç ã o d a U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e S a n t a C a t a r i n a , d o qual o m e s t r a n d o f a z p a r t e . E t a p a 2 - V i s i t a s a e m p r e s a s q u e a p l i c a m o m é t o d o d a s u n i d a d e s d e e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o CUEP ' s ) e m s u a s f á b r i c a s . E t a p a 3 - E s t u d o s e s p e c í f i c o s a r e s p e i t o d a g e s t ã o i n d u s t r i a l . E t a p a 4 - A p l i c a ç ã o p r á t i c a d a m e t o d o l o g i a d a s u n i d a d e s d e e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o , b u s c a n d o o s p r o v e i t o s i n d i s c u t í v e i s d e u m a real v i v ê n c i a d o p r o b l e m a . E t a p a 5 - D e s e n v o l v i m e n t o e r e d a ç ã o final da d i s s e r t a ç ã o .

(19)

1 . 5 E s t r u t u r a d o t r a b a l h o 0 p r e s e n t e t r a b a l h o é c o m p o s t o d e 7 c a p í t u l o s . N e s t e p r i m e i r o c a p í t u l o s ã o a p r e s e n t a d o s o s a s p e c t o s g e r a i s d o t r a b a l h o , t a i s c o m o a s u a o r i g e m , s e u s o b j e t i v o s , s u a i m p o r t â n c i a , a m e t o d o l o g i a u t i l i z a d a , s u a e s t r u t u r a e, f i n a l m e n t e , s u a s l i m i t a ç õ e s . 0 N o s e g u n d o c a p í t u l o s ã o d i s c u t i d o s os a s p e c t o s q u e e n v o l v e m a q u e s t ã o d a g e s t ã o i n d u s t r i a l . É t a m b é m p r e o c u p a ç ã o d e s t e c a p í t u l o c o n t e x t u a l izar p r e c i s a m e n t e o q u e v e m a s e r a g e s t ã o i n d u s t r i a l , e n e s t e c o n t e x t o s i t u a r a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o N o t e r c e i r o c a p í t u l o f a z - s e a a p r e s e n t a ç ã o d o m é t o d o d a s u n i d a d e s d e e s f o r ç o d e p r o d u ç ã o , r e s s a l t a n d o as d i v e r s a s e t a p a s r e q u e r i d a s à i m p l a n t a ç ã o d a r e f e r i d a m e t o d o l o g i a , c o m e n t a n d o - s e a l g u n s a s p e c t o s r e l a t i v o s à u t i l i z a ç ã o d o m é t o d o n a g e s t ã o i n d u s t r i a l . 0 q u a r t o c a p í t u l o a p r e s e n t a a u t i l i z a ç ã o d o m é t o d o d a s U E P ' s p a r a o p l a n e j a m e n t o i n d u s t r i a l , f i c a n d o p a r a o q u i n t o c a p í t u l o a d i s c u s s ã o s o b r e o s a s p e c t o s r e l a t i v o s ao e m p r e g o d o m é t o d o d a s U E P ' s p a r a o c o n t r o l e g l o b a l d o p r o c e s s o d e g e s t ã o i n d u s t r i a l . F i n a l m e n t e , as c o n c l u s õ e s e r e c o m e n d a ç õ e s p a r a t r a b a l h o s p o s t e r i o r e s s ã o a p r e s e n t a d a s n o c a p í t u l o sei s. P o r ú l t i m o a p r e s e n t a m - s e as b i b l i o g r a f i a s b á s i c a e c o m p l e m e n t a r .

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6 1. 6 L i m i t a ç õ e s d o t r a b a l h o A s l i m i t a ç õ e s p r i n c i p a i s d o t r a b a l h o s ã o r e l a t i v a s à p r ó p r i a a b r a n g ê n c i a d a " g e s t ã o i n d u s t r i a l " , o u s e j a , n ã o é p o s s f v e l d e t a l h a r t o d a s as a p l i c a ç õ e s o r i u n d a s d a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o n a g e s t ã o , j á q u e p o t e n c i a l m e n t e e s t a s s ã o m u i t o n u m e r o s a ç . S e n d o a s s i m , e s t e t r a b a l h o l i m i t a - s e a d i s c u t i r a q u e l a s a p l i c a ç õ e s j u l g a d a s m a i s r e l e v a n t e s . D e n t r e as a t i v i d a d e s v i n c u l a d a s à g e s t ã o i n d u s t r i a l , o t r a b a l h o c o n c e n t r a - s e p r i n c i p a l m e n t e n a q u e l a s o n d e h a j a t r a n s f o r m a ç ã o , i s t o é, a g r e g a ç ã o d e v a l o r . T o d o s o s o u t r o s a s p e c t o s r e l a t i v o s à g e s t ã o s ã o a b o r d a d o s s u s c i n t a m e n t e , 1 i m i t a n d o — s e a p e n a s a e l u c i d a r s u a e v e n t u a l i n t e r a ç ã o c o m u m s i s t e m a g e s t o r b a s e a d o n a u n i f i c a ç ã o d a p r o d u ç ã o .

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C A P Í T U L O 2 - A G E S T X O I N D U S T R I A L 2. 1 I n t r o d u ç ã o A e x p r e s s ã o " g e s t ã o ” é e m p r e g a d a f r e q u e n t e m e n t e d e f o r m a a m p l a e i n d i s c r i m i n a d a . M a s qua l s e u s i g n i f i c a d o e x a t o ? P o u c o s a u t o r e s se a v e n t u r a m a u m a a b o r d a g e m m a i s o b j e t i v a s o b r e o s i g n i f i c a d o d o t e r m o . N a s u a m a i o r i a e l e s s e a b s t ê m d a d i s c u s s ã o , o r i e n t a n d o - s e p ó r u m a n o ­ ç ã o i n t u i t i v a d e g e s t ã o . I s t o d e c o r r e p r i n c i p a l m e n t e d o f a t o q u e o s e n t i d o p r e c i s o d o q u e v e m a s e r g e s t ã o n ã o p o d e s e r e x p r e s s o e m p o u c a s p a l a v r a s o u a t r a v é s d e u m s i m p l e s c o n c e i t o , t a m a n h a é a s u a a b r a n g ê n c i a e a c o m p l e x i d a d e q u e e n v o l v e as s i t u a ç õ e s e m q u e a g e s t ã o e s t á p r e s e n t e . A s s i m , p a r a f a c i l i t a r a c o m p r e e n s ã o d o q u e r e a l m e n t e v e n h a a s e r g e s t ã o i n d u s ­ t r i a l , b e m c o m o p a r a m e l h o r d e l i m i t a r s e u c a m p o d e a t u a ç ã o , u m i n s t r u ­ m e n t o m u i t o ú t i l é o d a T e o r i a Ge r a l d e S i s t e m a s . A T e o r i a G e r a l d o s S i s t e m a s é u m a t e o r i a q u e t e m c o m o o b j e t i v o a u x i l i a r a c o m p r e e n s ã o d o s v a r i a d o s c a m p o s d o c o n h e c i m e n t o h u m a n o . E l a n ã o b u s c a s o l u c i o n a r p r o b l e m a s e s p e c í f i c o s , m a s s i m c r i a r t e o r i a s e a u x i l i a r a c o m p r e e n s ã o d e f e n ô m e n o s c o m p l e x o s , a t r a v é s d a f o r m u l a ç ã o d e m o d e l o s c o n c e i t u a i s q u e p o s s a m r e p r e s e n t a r as s i t u a ç õ e s q u e s e a p r e s e n t a m n a r e a l i d a d e e m p í r i c a .

(22)

8 A t r a v é s d a T e o r i a G e r a l d o s S i s t e m a s t o r n a - s e m a i s f á c i l e s t a b e ­ l e c e r u m m o d e l o c o n c e i t u a i d o q u e v e m a s e r a g e s t ã o , f a c i l i t a n d o e n o r m e m e n t e s u a c o m p r e e n s ã o e e n t e n d i m e n t o . 2 . 2 A s p e c t o s b á s i c o s d a T e o r i a G e r a l d e S i s t e m a s 2 .2 . 1 Si s t e m a s A u t i l i z a ç ã o d a n o ç ã o d e s i s t e m a s t e m s e u e m p r e g o g e n e r a l i z a d o e n t r e as c i ê n c i a s e a t é m e s m o n o n o s s o d i a - a - d i a . S u a u t i l i z a ç ã o t o r ­ n o u - s e t ã o i n t u i t i v a q u e n e m s e p e r c e b e s u a i m p o r t â n c i a n o e n t e n d i m e n ­ t o d o m e i o - a r a b i e n t e o n d e s e e s t á i n s c e r i d o . D e a c o r d o c o m C H I A V E N A T O ^ ^ e K É L È S E ^ ^ u m s i s t e m a p o d e s e r d e f i ­ n i d o c o m o s e n d o u m c o n j u n t o d e e l e m e n t o s o u u n i d a d e s r e c í p r o c a e d i n a ­ m i c a m e n t e r e l a c i o n a d a s , e q u e p o s s u e m e m c o n j u n t o a l g u m o b j e t i v o c o ­ m um. A e x i s t ê n c i a d e o b j e t i v o s c o m u n s c a r a c t e r i z a e ao m e s m o t e m p o in­ d i v i d u a l i z a o s i s t e m a . U m c o n j u n t o d e e l e m e n t o s o n d e n ã o h a j a u n i c i d a ­ d e d e o b j e t i v o s n ã o p o d e s e r c o n s i d e r a d o u m s i s t e m a . P o r t a n t o , e s t a é u m a d a s p r i n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s d o s s i s t e m a s . A l é m d e s t a , o s s i s t e ­ m a s c a r a c t e r i z a m - s e p e l o s e u g l o b a l i s m o , d e c o r r e n t e d a i n t e r a ç ã o o u i n t e r d e p e n d ê n c i a d e s e u s e l e m e n t o s . 0 g l o b a l i s m o d o s s i s t e m a s c o n s i s t e e m que , d a d a u m a m u d a n ç a o u e s t í m u l o e m u m d e s e u s e l e m e n t o s c o m p o n e n t e s , t o d o s o s o u t r o s e l e m e n ­ t o s d o s i s t e m a s e r ã o a f e t a d o s . D o g l o b a l i s m o d o s s i s t e m a s d e r i v a m d u a s o u t r a s c a r a c t e r í s t i c a s : a e n t r o p i a e a h o m e o s t a s i a .

(23)

9 A e n t r o p i a r e s u m e - s e n a t e n d ê n c i a q u e o s s i s t e m a s t ê m à d e s o r g a ­ n i z a ç ã o e ao d e s g a s t e c o m o p a s s a r d o t e m p o . À m e d i d a q u e a u m e n t a a e n t r o p i a , o s i s t e m a s e d e s i n t e g r a e m e s t a d o s m a i s s i m p l e s . A e n t r o p i a d o s s i s t e m a s o r g a n i z a c i o n a i s r e d u z - s e p r o p o r c i o n a l m e n t e ao a u m e n t o da i n f o r m a ç ã o , o u s e j a , c o m a r e d u ç ã o d e s u a e n t r o p i a o s s i s t e m a s p a s s a m d e u m n í v e l d e m a i o r a 1e a t o r i e d a d e p a r a u m n í v e l d e m a i o r c e r t e z a . A h o m e o s t a s i a o u a u t o - o r g a n i z a ç ã o r e p r e s e n t a a t e n d ê n c i a d o s s i s t e m a s a s e a d a p t a r e m a f i m d e a l c a n ç a r e m u m e q u i l í b r i o i n t e r n o f a c e às m u d a n ç a s e x t e r n a s . F i n a l m e n t e , o s i s t e m a a s er e s t u d a d o é d e f i n i d o e l i m i t a d o p o r s u a s f r o n t e i r a s . A d e m a r c a ç ã o d e s t a s f r o n t e i r a s é a r b i t r á r i a e a s u a d e f i n i ç ã o vai d e p e n d e r d o f e n ô m e n o a s e r a n a l i s a d o , d a s v a r i á v e i s q u e o i n f l u e n c i a m e d o g r a u d e e n t e n d i m e n t o e p r e c i s ã o d e s e j a d o s . A f r o n ­ t e i r a d o s i s t e m a d e f i n e as v a r i á v e i s q u e p e r t e n c e m ao s i s t e m a e as q u e p e r t e n c e m ao s e u m e i o - a m b i e n t e . É a t r a v é s d e l a q u e o s i s t e m a i n t e r a g e c o m s e u m e i o - a m b i e n t e , t r o c a n d o m a t e r i a l , e n e r g i a e i n f o r m a ç ã o . P a r a q u e i s t o o c o r r a a f r o n t e i r a d o s i s t e m a d e v e t e r c e r t a p e r m e a b i l i d a d e . N e s t e c a s o o s i s t e m a é d i t o a b e r t o . P a r a o s c a s o s o n d e a f r o n t e i r a é i m p e r m e á v e l , o u s e ja , n ã o p e r m i t e t r o c a s e n t r e o s i s t e m a e s e u m e i o - a m b i e n t e , e l e é d i t o f e c h a d o . A u t i l i z a ç ã o d o c o n c e i t o d e f r o n t e i r a p e r m i t e d e f i n i r q u a l q u e r p r o c e s s o o u f e n ô m e n o c o m o u m s i s t e m a . Tal / c on c e i t o p e r m i t e a i n d a c o n -\ t e m p l a r o f e n ô m e n o c o m o u m t o d o o u a p e n a s c o n s i d e r a r s u a s p a r t e s ( s u b ­ s i s t e m a s ) . D e s s a f o r m a , u m a o r g a n i z a ç ã o p o d e r á s e r e n t e n d i d a c o m o um s i s t e m a o u s u b s i s t e m a o u a i n d a u m s u p e r s i s t e m a , - d e p e n d e n d o d a a n á l i s e

(24)

q u e s e q u e i r a f a z e r (o s i s t e m a t e m u m g r a u d e a u t o n o m i a m a i o r d o q u e o s u b s i s t e m a e m e n o r q u e o s u p e r s i s t e m a ) . A s d i f e r e n ç a s se c o n c e n t r a r ã o , p o r t a n t o , n a s n e c e s s i d a d e s d e a n á l i s e e d e t a l h a m e n t o d a s i t u a ç ã o e s t u ­ d a d a . A s s i m s e n d o , é p o s s í v e l e x p a n d i r o s i s t e m a p a r a u m r a i o d e a ç ã o d e p e r s p e c t i v a m a i s a m p l a , s e n d o t a m b é m p o s s í v e l s i m p l i f i c a r o s i s t e m a p a r a u m a v e r s ã o m e n o r . S i m p1i f i c a d a m e n t e , p o d e - s e r e p r e s e n t a r u m m o d e l o g e n é r i c o d e s i s ­ t e m a a p a r t i r d e s e u s p a r â m e t r o s s i g n i f i c a t i v o s , d a s e g u i n t e m a n e i r a (f i g u r a 1): ENTRADAS SAIDAS CONTROLE F I G U R A 1 - R e p r e s e n t a ç ã o g e n é r i c a d e u m s i s t e m a a p a r t i r de s e u s p a r â m e t r o s s i g n i f i c a t i v o s

(25)

a oldelra, oós os ramos.

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(26)

2 . 2 . 2 E n t r a d a s , s a í d a s , v a r i á v e i s d e a ç ã o e v a r i á v e i s e s s e n c i a i s . A s e n t r a d a s d o s i s t e m a é t u d o a q u i l o q u e v ê m d e f o r a d e s u a s f r o n t e i r a s , o u s e j a , d o s e u m e i o - a m b i e n t e . Q u a n d o e s t a s e n t r a d a s s ã o m a n i p u l a d a s i n t e n c i o n a l m e n t e c om o b j e t i v o d e i n f l u i r n o f u n c i o n a m e n t o d o s i s t e m a , e l a s s ã o d e n o m i n a d a s d e v a r i á v e i s o u e n t r a d a s d e ação. A t r a v é s d a s v a r i á v e i s d e a ç ã o é p o s s í v e l i n t e r v i r n o p r o c e s s o d e m o d o a m o d i f i c á - l o . Q u a n d o d e s e j a - s e u m a r á p i d a m u d a n ç a n o s p a d r õ e s d e s a í d a , u m a m a n i p u l a ç ã o a d e q u a d a d a s e n t r a d a s ( v a r i á v e i s d e ação) p o d e s e r e f i c a z , j á q u e o p r o c e s s o p o s s u e u m a i n é r c i a m a i o r d o q u e a q u e l a d a s e n t r a d a s . E n t r e t a n t o , e s t a m a n i p u l a ç ã o é l i m i t a d a e p o d e n ã o c o r ­ r e s p o n d e r a o s n o v o s p a d r õ e s d e s a í d a d e s e j a d o s . N e s t e c a s o , a a l t e r n a ­ t i v a q u e s e i m p õ e é u m a m u d a n ç a n a e s t r u t u r a e n a o r g a n i z a ç ã o d o s e l e ­ m e n t o s q u e c o m p õ e m o p r o c e s s o , o q u e p o s s i b i l i t a r á m a i o r e s a l t e r a ç õ e s n o s p a d r õ e s d e s aí d a . A s e n t r a d a s o r i u n d a s d o m e i o - a m b i e n t e q u e o c o r r e m d e m a n e i r a a l e a t ó r i a e / o u n ã o p r e v i s t a s ã o d e n o m i n a d a s d e p e r t u r b a ç õ e s . S ã o e n ­ t r a d a s q u e n o r m a l m e n t e p r e j u d i c a m o e q u i l í b r i o d o s i s t e m a e, p a r a c o m ­ b a t e r s e u s e f e i t o s n e g a t i v o s , o s m e c a n i s m o s d e r e g u l a ç ã o e c o n t r o l e t e n t a m a m o r t e c ê - l a s d e m o d o a r e d u z i r s e u i m p a c t o s o b r e a e s t r u t u r a d o s i s t e m a . A s s a í d a s s ã o a q u i l o q u e o s i s t e m a l i b e r a a l é m d e s u a s f r o n t e i ­ r a s c o m o r e s u l t a d o d e s e u f u n c i o n a m e n t o ( p r o c e s s o ) . N o r m a l m e n t e , as s a í d a s e s t ã o d i r e t a m e n t e r e l a c i o n a d a s c o m o s o b j e t i v o s p a r a o s q u a i s

(27)

foi c o n s t i t u í d o o s i s t e m a . D e n t r e a i n f i n i d a d e d e s a í d a s p o s s í v e i s d e u m s i s t e m a , d e s t a c a m - s e a q u e l a s a t r a v é s d a s q u a i s é p o s s í v e l a v a l i a r s e u d e s e m p e n h o n o q u e d i z r e s p e i t o a o c u m p r i m e n t o d e s e u s o b j e t i v o s . E s t a s s a í d a s s ã o d e n o ­ m i n a d a s d e v a r i á v e i s e s s e n c i a i s . A s v a r i á v e i s e s s e n c i a i s p e r m i t e m a v a ­ lia r o s p a d r õ e s d e s a í d a q u e r e f l e t e m o c o m p o r t a m e n t o d o p r o c e s s o e x ­ p r e s s o e m s u a s c a r a c t e r í s t i c a s , o u s e j a , as v a r i á v e i s e s s e n c i a i s " m e ­ d e m " o g r a u d e c o n s e c u ç ã o d o s o b j e t i v o s d o s i s t e m a . C o m o s e l e m e n t o s a c i m a e x p o s t o s p o d e — s e c o n s t r u i r a s e g u i n t e r e p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a p a r a u m s i s t e m a ( f i g u r a 2): MANIPULADOR VAR. DE AÇAO VAR. ESSENCIAIS MEIO-AMBIENTE F I G U R A 2 - R e p r e s e n t a ç ã o d e u m s i s t e m a a p a r t i r d e s u a s v a r i á v e i s A d a p t a d o d e K É L È S E ( 9 ) , J a c q u e s . P á g i n a 195.

(28)

í 3 2 . 2 . 3 P r o c e s s o 0 p r o c e s s o c a r a c t e r i z a a a ç ã o d o s i s t e m a n o s e n t i d o d e c u m p r i r s e u s o b j e t i v o s . E l e r e p r e s e n t a a p r ó p r i a f u n ç ã o p a r a qua l foi c o n s t i ­ t u í d o o s i s t e m a . Q u a l q u e r s i s t e m a o p e r a um p r o c e s s a m e n t o d e e n t r a d a s e m s a í d a s ; p o r e x e m p l o , o s i s t e m a p r o d u t i v o d e u m a e m p r e s a t r a n s f o r m a as m a t é r i a s - p r i m a s ( e n t r a d a s ) e m p r o d u t o s ( s a í d a s ) . U m p r o c e s s o p o d e s e r d i t o d e t e r m i n a d o q u a n d o o v a l o r d a s e n t r a ­ d a s p e r m i t e p r e d i z e r c o m c e r t e z a o v a l o r d a s s a í d a s . E m u m s i s t e m a i n ­ d e t e r m i n a d o n ã o é p o s s í v e l e s t a b e l e c e r a p r i o r i , a p a r t i r d o s v a l o r e s d a s e n t r a d a s , q u a i s s e r ã o as c o r r e s p o n d e n t e s s a í d a s . E n t r e o s s i s t e m a s d e t e r m i n a d o s e i n d e t e r m i n a d o s e x i s t e u m a g a m a d e s i s t e m a s e m p o s i ç ã o i n t e r m e d i á r i a , o u s e j a , s i s t e m a s q u e p o s s u e m s i m u l t a n e a m e n t e u m c e r t o g r a u d e d e t e r m i n a ç ã o e d e i n d e t e r m i n a ç ã o . N a p r á t i c a é aí q u e s i t u a - s e a m a i o r i a d o s s i s t e m a s e m p r e s a r i a i s . A n o ç ã o d e d e t e r m i n a ç ã o t e r á g r a n d e i m p o r t â n c i a p r á t i c a n a c o n c e p ç ã o d o c o n t r o l e e d a r e g u l a ç ã o d o s s i s t e m a s . 2 . 2 . 4 C o n t r o l e e r e g u l a ç ã o A t r a v é s d o c o n t r o l e e d a r e g u l a ç ã o é p o s s í v e l d i r i g i r u m s i s t e ­ ma, o u s e ja , " t e r e m m ã o s s u a e v o l u ç ã o ^ * " . 0 c o n t r o l e e a r e g u l a ç ã o e s t ã o r e l a c i o n a d o s ao c o n c e i t o d e r e - t r o a ç ã o o u f e e d b a c k . A r e t r o a ç ã o é o f e n ô m e n o q u e p o s s i b i l i t a q u e as s a í d a s d e u m s i s t e m a i n f l u e n c i e m as s u a s e n t r a d a s . E l a é d e e x t r e m a

(29)

14 u t i l i d a d e p a r a q u e se p o s s a f a z e r a c o m p a r a ç ã o e n t r e o f u n c i o n a m e n t o real d o s i s t e m a e o p a d r ã o n o qual o s i s t e m a d e v e f u n c i o n a r . Q u a n d o o c o r r e u m d e s v i o , a r e t r o a ç ã o se i n c u m b e d e a l t e r a r a e n t r a d a d o s i s ­ t e m a a t é q u e o s p r a d r õ e s d e s a í d a v o l t e m a u m e s t a d o d e e q u i l í b r i o t i ­ d o c o m o n o r m a l . A r e t r o a ç ã o é, e n t ã o , f u n d a m e n t a l p a r a f a z e r f r e n t e às p e r t u r b a ç õ e s d o m e i o - a m b i e n t e e m q u e o s i s t e m a e s t á i n s e r i d o , a g i n d o d e m a n e i r a a m a n t e r o e q u i l í b r i o n e c e s s á r i o ao f u n c i o n a m e n t o d o m e s m o . P o d e - s e i d e n t i f i c a r d o i s t i p o s d e r e t r o a ç ã o : a r e t r o a ç ã o p o s i t i ­ v a e a r e t r o a ç ã o n e g a t i v a . A r e t r o a ç ã o p o s i t i v a é a ç ã o e s t i m u l a d o r a d a s a í d a q u e a t u a s o b r e a e n t r a d a . A o c o n t r á r i o , a r e t r o a ç ã o n e g a t i v a é a a ç ã o i n i b i d o r a d a s a í d a q u e a ge s o b r e a e n t r a d a d o s i s t e m a . N o t a - se, a ss i m , q u e a b a s e d o f e n ô m e n o d e r e t r o a ç ã o é a c o m u n i c a ç ã o q u e t r a n s m i t e a r e t r o a ç ã o p o s i t i v a o u n e g a t i v a . U m s i s t e m a e s t á s o b c o n t r o l e q u a n d o s e u s o b j e t i v o s s ã o a d e q u a d o s às f i n a l i d a d e s p a r a q u e foi c o n c e b i d o e s a b e — s e c o m o a t i n g i r e s t e s o b ­ j e t i v o s , S e g u n d o M E L E S E u m s i s t e m a e s t á p r e c i s a m e n t e s o b c o n t r o l e q u a n d o s a b e - s e . -s e l e c i o n a r a-s v a r i á v e i -s e -s -s e n c i a i -s (ou c r i t é r i o -s ) q u e r e p r e ­ s e n t a m o s o b j e t i v o s d o s i s t e m a ( q u a l i t a t i v o s e q u a n t i t a t i v o s ) ; - d e t e r m i n a r a f a i x a d e v a l o r e s a d m i s s í v e i s p a r a e s t a s v a r i á ­ v e i s ; s e l e c i o n a r as v a r i á v e i s d e ação; - f i x a r o s v a l o r e s d e s t a s v a r i á v e i s , o s q u a i s p e r m i t i r ã o a d m i ­ n i s t r a r as v a r i á v e i s e s s e n c i a i s e m a n t ê - l a s n a f a i x a e s c o l h i d a .

(30)

Todas estas ações ocorrem de uma maneira dinâmica e interativa, em cadência adequada à evolução do sistema.

Com base nos pressupostos descritos acima poder-se-ia concluir que o sistema mostrado na figura 3 está sob controle.

FIGURA 3 - Controle de um sistema

Adaptado de M Ê L È S E ^ ^ , Jacques, Página 203.

0 caso r e p r e sentado pela figura 3 é um caso particular. Na p r á ­ tica, os sistemas recebem ação do meio-ambiente no qual estão inseri­ dos. 0 m e io-ambiente influencia o sistema através de perturbações e outras formas de entradas. Esta situação esta representada na

(31)

figu-FIGURA 4 - Influência do meio-ambiente no controle do sistema Adaptado de M É L E S E (^ , Jacques. Página 204.

Nesta configuração, não se poderá mais manter o sistema sob c on­ trole; com efeito, o controle fixa os objetivos e seleciona o valor das variáveis de ação, mas o ambiente injeta no sistema perturbações que vão desviá-lo e farão com que as variáveis essenciais sejam leva­ das para fora da faixa escolhida.

Para que se possa contornar este problema é preciso introduzir um elemento novo, o regulador, que faz a interface entre o sistema e o meio-ambiente (figura 5).

Nesta nova configuração, o controle fixa os objetivos e selecio­ na parte dos parâmetros de entrada do regulador. A outra parte das e n ­ tradas do regulador são oriundas do meio-ambiente. Isto permite intro­ duzir no sistema variáveis de ação capazes de enfrentar estas p e r t u r ­ bações, e ao mesmo tempo atingir os objetivos do sistema.

(32)

5

Q)

FIGURA 5 - Controle e regulação em um sistema com influências ambientais

Adaptado de M É L È S E ^ ^ , Jacques. Página 204.

Se a intensidade das perturbações for demasiada, o regulador não terá condições de fazer frente a elas. Através do modelo do sistema ultra-estével de Ashby (figura 6) é possível contornar esta di f i c u l d a ­ de .

No sistema representado na figura & cabe ao controle fixar os objetivos e selecionar os parâmetros reguladores. Desde que o r e g u l a ­ dor mantenha as variáveis essenciais dentro da faixa escolhida, o con­ trole não intervém no processo. Caso as variáveis essenciais saiam fo­ ra da faixa determinada, o controle entra em ação ajustando o r e g u l a ­ dor até que a situação se normalize. 0 controle agirá novamente quando as ações do regulador não permitam, sozinhas, normalizar o processo.

(33)

meio-ambiente

FIGURA 6 - Sistema u 1t r a - e s t á v e 1

Fonte: M É L È S E ^ \ Jacques. Página 205.

"0 sistema se chama u 1tra-estáveI porque possue dois níveis de estabilidade e dois sistemas de direção: o primeiro nível é o r e g u l a ­ dor, que assegura a estabilidade, seguindo o ritmo das perturbações exteriores; o segundo é o controle que , em ritmo mais lento, confere ao sistema um segundo grau de estabilidade, modificando a ajustagem do r e g u 1ador (9) "

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2.2.5 Variabilidade dos sistemas

Um sistema pode assumir diversos estados, cada qual exatamente determinado pelo valor das entradas e pelo valor correspondente das saídas. Quanto maior for o número de estados possíveis, tanto mais o sistema será complexo, difícil de conhecer e controlar. A varia b i l i d a ­ de de um sistema é, portanto, uma medida de sua complexidade.

A variabilidade de um sistema pode ser definida como o número de estados diferentes que ele pode tomar. Assim, quanto maior a v a r i a b i ­

lidade de um sistema, maior será sua riqueza em termos de conbinações entre entradas e saídas.

A lei que relaciona a variabilidade e a possibilidade de cont r o ­ le dos sistemas pode ser enunciada da seguinte maneira:

Um sistema genérico qualquer X não poderá ser totalmente c o ntro­ lado por outro sistema, se a variabilidade deste último não for, pelo menos, igual à variabilidade de X; r?m outras palavras, o sistema de controle e de regulação deve ser tão rico em possibilidades como o sistema a ser controlado.

Na prática é difícil de se aplicar rigorosamente esta lei, pois para se ter o total controle do sistema necessitar-se-ia de um sistema de controle que fosse semelhante em complexidade ao sistema a ser c o n ­ trolado.,Na maioria das situações o controle total, além de d i s p e n d i o ­ so, é desnecessário. ± preciso, pois, encontrar o equilíbrio entre as necessidades de controle e os custos do sistema utilizado para tal

(35)

fim.

2.2.6 Sistema físico e sistema de gestão

D e n o m i n a - se sistema físico ao conjunto de elementos que se quer gerir e que normalmente realizam as tarefas que constituem a f inalida­ de do sistema global considerado. Por exemplo, o sistema físico em uma empresa é representado por suas máquinas, materiais, ferramentas, ins­ talações, recursos humanos, etc.

0 sistema de getão pode ser definido como um conjunto de regras, de procedimentos e de meios que permitem aplicar métodos a um conjunto de elementos (sistema físico) para a consecução de determinados o b j e ­ tivos. C o n t rariamente ao sistema físico, o sistema de gestão é um s i s ­ tema abstrato, ou seja, é composto por um conjunto de conceitos, p l a ­ nos e idéias.

0 sistema de gestão se superpõe ao sistema físico através de uma rede de percepção, controle e regulação, destinada a gerir o processo para o qual o sistema foi constituído.

De fato, o termo "sistema físico" nem sempre corresponde p e r f e i ­ tamente à realidade, já que a gestão pode referir-se a um processo c u ­ jos elementos se compõem de unidades não físicas (por exemplo os p r o ­ cessos administrativos).

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De uma forma geral, pode-se dizer que o sistema físico é o s is­ tema a ser gerido e o sistema de gestão é naturalmente o sistema g e s ­ tor (ou o sistema regulador).

E para compreender melhor os sistemas físicos e de gestão, é n e ­ cessário definir-se detalhadamente os conceitos de métodos, regras, meios e procedimentos.

a- Métodos e regras

Os métodos definem a maneira de operar os fatores do sistema fí­ sico de forma a atingir seus objetivos. As regras exprimem as m o d a l i ­ dades de aplicação dos métodos.

é de fundamental importância identificar bem os métodos, pois eles refletem os objetivos do sistema. Assim, o método de custeio deve cumprir a finalidade para a qual foi estabelecido, que pode ser a de controle, referir-se às necessidades fiscais, contribuir para formação do preço de venda, etc.

0 fato de existir um sistema jamais será garantia de eficácia ou eficiência por si só, pois a ele pode aplicar-se quaisquer métodos, adequados ou não às necessidades reais do sistema.

b- Meios e procedimentos

Os meios de um sistema de gestão são todos os elementos u t i l i z a ­ dos para o tratamento das informações.

(37)

A informação pode ser definida como o conhecimento disponível para uso imediato e que permite reduzir a incerteza. Para compreender melhor o que vem a ser informação é preciso ter em mente dois outros conceitos: o de dados e o de comunicação. Dado é um reqi etro ou anota­ ção a respeito de determinado evento ou ocorrência. A comunicação nada mais é do que a transmissão da informação. A comunicação é a base da

integração entre o sistema de gestão e o sistema físico.

Oe meios de gestão têm por função coletar dados, transformá-los em informação, e daí tratá-la e difundí-la através das comunicações. Estes meios são representados pelos homens, máquinas e meios materiais

(planilhas, f o r m u 1á r i o s ,e t c ).

Qs procedimentos de um sistema de gestão representam o conjunto de ações para tratar, pelos meios do sistema, os dados e as informa- ç S e s .

2.3 Aplicação da Teoria Geral de Sistemas para a gestão empresar i a 1

□ interesse da concepção sistêmica da empresa está na definição de caracterfsticas comuns a todos os sistemas ou subsistemas, sejam quais forem sua natureza, seu porte ou localização na empresa.

"Penear em uma empresa como um sistema é reconhecer que todo o r ­ ganismo se compõe de múltiplas partes, interligadas de modo complexo e em evolução sob ação do universo exterior, e que deve ser orientado

(38)

para a realização de objetivos globais não raro em contradição com os objetivos locais, que traduzem a tendência à auto-organ i zaçSo dos d i ­ versos s i s t e m a s ^ ^ " .

À empresa, quando visualizada através da ótica sistêmica, apre­ senta-se como um sistema grande, complexo e de difícil controle e e n ­ tendimento. -sto e x p 1 í ca-se pelo grande número de elementos em jogo, e pelo fato de que o sistema sofre transformações numerosas e repetidas, sob influência das conexões internas e das influências externas. Â v a ­ riabilidade de todo o sistema desse gênero, embora limitado a uma p a r ­ te da empresa, é considerável. Além do mais, modifica-se continuamente pelo aparecimento de novos produtos, novos equipamentos, etc. P o r t a n ­ to, ter-se-á que enfrentar grandes sistemas, raramente determinados e de grande variabilidade.

2.3.1 R e presentação da empresa em rede

Todo sistema se compõe de mútiplas partes que estão em constante interação, influindo e sendo i nf1uenciadas a cada instante. Estas in­ terações se manifestam por fluxos de materiais, energia, informação, capitais, pessoas, etc. São esses fluxos que ligam os diversos e l e m e n ­ tos que compõem o sistema global.

0 sistema global apresenta-se na forma de uma rede de trocas que permite a interação de todos os elementos que dela participa. Cada elemento é um subsistema do sistema global, e tal como este apresenta- se, também, sob a forma de uma rede de trocas entre os seus elementos.

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Deeea forma, a estrutura de um subsistema não difere, em nada, da e s ­ trutura do sistema global a que pertence. Estes elementos normalmente são representados por blocos. 0 bloco é uma representação conceituai de um processo no qual despreza-se os detalhes do seu funcionamento, caracterizando-o, apenas, por suas entradas e saídas. A figura 7 apre­ senta uma r e presentação em rede, entre muitas possíveis, de uma e m p r e ­ sa i ndustr i a 1.

FIGURA 7 - Modelo conceituai em rede de uma empresa Industrial Fonte: MACKNESS, John. "Apostila de Diagnóstico E m p r e s a r i a l ” ,

UFSC, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção Florianópolis, 1980.

(40)

2.3.2 Representação da empresa em nivele

A r e presentação da empresa em rede não é suficiente para a com­ preensão do complexo sistema empresarial. Através de um modelo em n í ­ veis é p o s e í ve 1 entender melhor como atuam as variáveis tempo e as perturbações oriundas do m e io-am b i e n t e . Este tipo de representação permite explicar as funções dos diversos níveis e sua relação com a estrutura e os objetivos do sistema.

A figura 8 esquematiza, segundo uma representação concêntrica, os três níveis que circundam o núcleo representado pelo sistema físi­ co. São eles: o nível operacional, o nível de gestão e o nível insti­ tue 1 ona i .

a- Nível operacional

Seu papel é garantir o aproveitamento dos fatores do sistema f í ­ sico para realizar as tarefas determinadas pelo nível superior:'a g e s ­ tão. Os seus objetivos estão relacionados à execução cotidiana e e f i ­ ciente das tarefas de operação da empresa, e é orientado quase que exclusivamente para as exigências impostas pela natureza das tarefas técnicas a serem executadas. £ o nível onde as tarefas são realizadas e as operações executadas: envolve a trabalho básico relacionado com a fabricação dos produtos e serviços da empresa.

(41)

Meio-ambiente

FIGURA 8 - Representação unidimensional do modelo empresarial em níveis

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0 nível operacional é geralmente composto pelas áreas e n c a r r e g a ­ das de programar e executar as tarefas e operações básicas da empresa. É nele que estão as máquinas e equipamentos, as instalações físicas, as linhas de montagem, os escritórios, etc, cujo funcionamento deve atender determinadas rotinas e procedimentos programados dentro de uma regularidade e continuidade que assegurem a utilização plena dos r e ­ cursos disponíveis e a máxima eficiência das operações.

Ü nível operacional funciona em tempo real, isto é, no mesmo ritmo que os fenômenos industriais e comerciais que controla.

b- Nível de gestão

0 nível de gestão cuida da articulação interna entre os dois n í ­ veis que r e spectivamente são colocados no topo e na base da o r g a n i z a ­ ção empresarial: o nível institucional e o nível operacional, r e sp e c ­ tivamente. Cuida também da escolha e captação dos recursos n e c e s s á ­ rios, bem como da distribuição e colocação do que foi produzido pela empresa nos diversos segmentos de mercado. É o nível que lida com os problemas de adequação das decisões tomadas ao nível institucional com as ações realizadas no nível operacional. Portanto, seu papel é fixar, para o nível operacional, objetivos realizáveis, isto é, compatíveis com os meios que se dispõe, e controlar sua execução. Assim, quando ocorrências fortuitas ou fatores não considerados venham a perturbar o nível de operação, e quando este não tenha capacidade suficiente para transpor essas perturbações sozinho, o nível de gestão deverá adaptar os objetivos à nova realidade (e isto se faz a partir da definição conveniente das variáveis de ação).

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