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Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada ISSN: Universidade Federal da Paraíba Brasil

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Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada

ISSN: 1519-0501 apesb@terra.com.br

Universidade Federal da Paraíba Brasil

Passos, Mariana; Santiago, Bianca; Alves, Marcia; Cople Maia, Lucianne

Avaliação clínica preliminar do comportamento de diferentes Materiais Restauradores adesivos utilizados em dentes decíduos

Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, vol. 4, núm. 3, setembro-dezembro, 2004, pp. 191-197

Universidade Federal da Paraíba Paraíba, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63740306

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RESUMO ABSTRACT

DESCRITORES

Materiais dentários; Dente decíduo; Avaliação; Criança.

DESCRIPTORS

Dental materials; Deciduous tooth; Evaluation; Child.

Avaliação Clínica Preliminar do Comportamento de

Diferentes Materiais Restauradores Adesivos

Utilizados em Dentes Decíduos

Preliminary Clinical Evaluation of Different Adhesive

Restorative Materials Used in Deciduous Teeth

* Aluna do Curso de mestrado em Odontopediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

** Mestre em Odontopediatria pela UFRJ. Professora do Curso de Especialização em Odontopediatria ABO RJ. Professora Substituta da Disciplina de Saúde Bucal Coletiva da UERJ.

*** Mestre em Odontopediatria pela UFRJ. Doutora em Odontologia Social pela UFF. Professora Adjunta da Disciplina de Odontopediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O presente estudo teve como objetivo avaliar clinicamente restaurações feitas com TPH, Vitremer e Freedom. Foram avaliadas 101 restaurações em molares decíduos, os preparos foram limitados à remoção de tecido cariado e a confecção de um bisel cavo-superficial de aproximadamente 0,5mm. As restaurações foram observadas clinicamente por 3 avaliadores, utilizando como critérios forma anatômica, adaptação marginal, descoloração do cavo-superficial, contorno axial, contato proximal e cárie secundária , conforme método USPHS, e ainda submetidas à FOTI. As avaliações foram feitas imediatamente após acabamento e polimento e 6 meses após. Os dados foram tratados estatisticamente (qui-quadrado SPSS -11.0) e observadas as alterações nas características das restaurações. As únicas alterações consideradas estatisticamente significante (p<0,05) foram para forma anatômica e para FOTI. Porém descritivamente observou-se que apesar do Vitremer ter apresentado mais alterações, foi o material que teve menor percentual de falha clínica.

*

Mariana PASSOS Bianca SANTIAGO** Marcia ALVES*

Lucianne Cople MAIA***

The aim of the present study was to evaluate clinically restorations of TPH, Vitremer and Freedom. A total of 101 restorations in deciduous molars were evaluated, the prepares were limited to the remotion of carious tissue and to a bevel of 0,5 mm. Restorations were clinically observed for 3 evaluators, using the following criterious: anatomic form, marginal adaptation, discoloration, axial contorn, proximal contact and secondary caries, according with USPHS, and submitted to FOTI. The evaluations were made after finishing and polishing and after 6 months. Data was inserted in SPSS 11.0 and the Chi-Square Test with a significance level of 5% was used for data analyses and observed clinical alterations in the restorations. Statistically significant differences were found only at anatomic form and at FOTI. However it was verified that despite Vitremer presented more alterations, it was the material which had less clinical failure.

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INTRODUÇÃO

A Odontopediatria tem como um de seus objetivos, a preservação dos dentes decíduos em condições anátomo funcionais satisfatórias até a época da esfoliação fisiológica (MCDONALD; AVERY, 2001). Assim os requisitos levados em consideração para seleção de um material restaurador para ser usado na dentição decídua são diferentes daqueles sugeridos para a dentição permanente, haja visto que os dentes decíduos são temporários e, conseqüentemente, suas restaurações têm apenas um período limitado de aproximadamente 8-9 anos de permanência na cavidade bucal (WELBURY et al., 2000).

Partindo deste princípio, alguns autores postulam que os materiais restauradores adesivos, possuem requisitos considerados satisfatórios para este período de tempo (WELBURY et al., 1991; ROETERS; FRANKENMOLEN; BURGERSDIJK, 1998; KNIBBS; PLANT; PEARSON, 1986). Além disto existem outras vantagens associadas à utilização de materiais adesivos em crianças, dentre as quais podem ser citadas: a necessidade de preparos cavitários menos retentivos, e, conseqüentemente, com menor perda de estrutura dentária; a diminuição do tempo clínico e, por fim a capacidade de liberação de fluoreto de alguns materiais adesivos (WELBURY et al., 2000).

A avaliação das restaurações pode ser feita através da observação clínica direta, cujos critérios para classificação foram estabelecidos para o United States Public Health Service (USPHS). Esses critérios avaliam a conservação das restaurações. Tomando-se por base algumas características, tais como: descoloração marginal, presença de cárie secundária, desgaste (forma anatômica), adaptação marginal, contato proximal e contorno axial. Para tal avaliação são atribuídos escores (Alfa, Bravo, Charlie e Delta) para cada uma das categorias analisadas, a fim de considerá-las, qualitativamente, desde ideais até inaceitáveis em graus decrescentes (RYGE, 1980).

O conhecimento do comportamento dos materiais restauradores adesivos, no que diz respeito à integridade ao longo do tempo, poderá constituir um importante fator para a escolha destes materiais na prática clínica, tanto em dentes decíduos como permanentes.

Inúmeros são os estudos laboratoriais que investigam as propriedades dos materiais adesivos em dentes decíduos (SPERB et al., 1993; AL-OBAIDI; SALAMA, 1996; MORABITO; DEFABIANIS, 1997; VIRMANI; TANDON; RAO, 1997; BUSSADORI; MUENCH, 1999; CAVALCANTI; CHELOTTI, 1999; TULUNOGLU et al., 1999; CARRARA; ABDO; SILVA, 2001; TURGUT et al., 2001; CASTRO; FEIGAL, 2002),

porém os estudos de acompanhamento clínico, utilizando apenas dentes decíduos são escassos na literatura (NELSON et al., 1980; VANN; BARKMEIER; MAHLER, 1988; OLDENBURG; VANN; DILLEY, 1995; WELBURY et al., 2000). Estes estudos de comparação de resultados clínicos, contudo são extremamente válidos, uma vez que possibilitam uma informação real da efetividade do tratamento aplicado.

Considerando-se a relevância do tema abordado e a escassez de dados na literatura que abordem avaliações longitudinais em dentes decíduos, o presente estudo, se propõe avaliar longitudinalmente em um período de 6 meses, o comportamento clínico de restaurações feitas em cavidades oclusais e proximais de molares decíduos utilizando- se três diferentes tipos materiais: um compósito (TPH), um cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer) e um compômero (Freedom).

Todos preparos foram realizados por alunos do Curso de Mestrado em Odontopediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para isso todos os pacientes foram anestesiados e receberam isolamento absoluto com lençol de borracha (WILSON et al., 2002).

Preparos tipo classe I: O preparo inicial foi feito com caneta de alta rotação sob refrigeração, para remoção de esmalte desapoiado até aproximadamente a altura da junção amelodentinária. O tecido cariado remanescente foi removido com brocas esféricas em baixa rotação (n 6 ou 8) e/ou colher de dentina. As paredes dentinárias foram alisadas removendo o esmalte desapoiado com caneta de alta rotação. As brocas utilizadas foram de aço carbide e de tamanho apropriado para cada cavidade (MCDONALD; AVERY, 2001).

O formato dos preparos esteve limitado à remoção total de tecido cariado e do esmalte desapoiado (OLDENBURG; VANN; DILLEY, 1985; MASS; GORDON; FUKS, 1999; WELBURY et al., 2000), e à confecção de um bisel no cavo superficial de

O

aproximadamente 0,5mm e ângulo de 45 , realizado com broca diamantada de granulação fina número 2200 (STURDEVANT et al., 1986; LEINFELDER; WILDER; TEIXEIRA, 1986; HILTON; FERRACANE, 1999).

Preparos tipo classe II: Estes preparos foram feitos conforme a descrição para preparos classe I, anteriormente citado, diferindo apenas na confecção da caixa proximal. Para a confecção desta, os dentes foram cunhados, com cunha de madeira antes da confecção do preparo, para adequada confecção da caixa proximal (OLDENBURG; VANN; DILLEY, 1985; LEINFELDER; MATERIAIS E MÉTODOS

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WILDER; TEIXEIRA, 1986; VAN DIJKEN; KIERI; CARLÉN, 1999), o bisel foi feito como os preparos classe I, além de um bisel de aproximadamente 20 na margem gengival (STURDEVANT et al., 1986; LEINFELDER; WILDER; TEIXEIRA, 1986; HILTON; FERRACANE, 1999).

Os dentes em que se constatou necessidade de terapia pulpar, foram excluídos deste estudo, sem, no entanto, comprometer o atendimento dos pacientes na instituição.

Restauração das cavidades: O dente só foi restaurado quando a remoção total de tecido cariado for verificada por um dos dois professores supervisores das atividades clínicas do Mestrado, que foram previamente calibrados e que acompanharam todo o processo de confecção das restaurações.

Após a confecção dos preparos, foram colocadas matriz de poliéster pré- contornada nos dentes que tiverem preparos tipo classe II (OLDENBURG; VANN; DILLEY, 1985; BOKSMAN et al., 1986; L E I N F E L D E R ; W I L D E R ; T E I X E I R A , 1 9 8 6 ; STURDEVANT et al., 1986; VAN DIJKEN; KIERI; CARLÉN, 1999).

Os dentes foram restaurados utilizando-se um dos três materiais descritos a seguir: compósito (TPH®- Dentsply), cimento de ionômero de vidro modificado por resina (Vitremer®- 3M) ou compômero (Freedom®- SDI).

A escolha do material restaurador foi feita aleatoriamente, por meio de sorteio, e a restauração seguiu rigorosamente as recomendações de cada fabricante, no que diz respeito a: condicionamento de esmalte/ dentina, inserção do material na cavidade e tempo de fotopolimerização. Quando o preparo era muito profundo, e o material de escolha era o compósito ou o compômero, foi feita proteção pulpar prévia à inserção do material, utilizando uma fina camada de cimento de hidróxido de cálcio sob à parede pulpar (McDONALD; AVERY, 2001). Após a completa inserção do material na cavidade, foi feita verificação e ajuste da altura da restauração com auxílio de papel carbono.

A confecção da restauração foi sempre no mesmo dia da confecção do preparo, e da mesma forma que este, foi acompanhada por um dos dois professores supervisores que foram previamente calibrados.

Quando o mesmo paciente possuía mais de um dente com cavidade classe I ou II, necessitando de restauração, estes receberam materiais restauradores diferentes, além disto, a mesma criança foi sempre tratada pelo mesmo operador, a fim de que o estudo mantivesse consistência (OLDENBURG; VANN; DILLEY, 1985).

O acabamento e polimento de todas as restaurações de cada paciente foram feitas num único

dia, uma semana após a realização da última restauração incluída neste estudo, utilizando brocas para acabamento de restaurações diamantadas de granulação fina (KG Sorensen) e pontas de silicone para acabamento (Identoflex) (WILSON et al., 2002).

Avaliação das restaurações: Todas as restaurações foram avaliadas por três examinadores.

Avaliação direta: Esta avaliação foi feita através de inspeção clínica visual e tátil, no equipo odontológico, utilizando isolamento relativo do campo com roletes de algodão, sugador de saliva e jatos de ar da seringa tríplice para manter a área seca. O campo estava ainda adequadamente iluminado com o auxílio de foco odontológico. A avaliação foi feita com auxílio de espelho bucal plano número 5, de sonda exploradora, fio dental e de um aparato que permite o afastamento dos dentes na região proximal (afatador de Elliot).

As avaliações foram realizadas no baseline, que foi considerado o dia do acabamento e polimento das restaurações, e após 6 meses (BRAEM et al., 1985).

Foram observadas características clínicas das restaurações e atribuídos escores baseados no critério USPHS, estabelecido por Ryge (RYGE, 1980). A partir de então os escores alfa e bravo foram considerados como clinicamente aceitáveis e os escores charlie e delta como clinicamente inaceitáveis, ou seja, como critérios falhos que levariam à troca da restauração (VAN DIJKEN; KIERI; CARLÈN, 1999).

As características avaliadas foram as seguintes: adaptação marginal, forma anatômica, descoloração do cavosuperficial marginal, contorno axial e contato interproximal.

A sonda exploradora foi passada gentilmente nas margens das restaurações para que a adaptação marginal possa ser observada. O aparato de afastamento foi utilizado para avaliação do contorno axial. Foi utilizado também fio dental no espaço interproximal dos dentes em que houvessem restaurações classe II.

Avaliação de cárie secundária

Esta avaliação foi feita no mesmo intervalo de tempo que a avaliação direta, e utilizou, além do critério clínico (RYGE, 1980), transiluminação por fibra ótica (FOTI) (PEERS et al.,1993), através da aplicação da luz halógena ao dente que foi previamente afastado no contato proximal com aparato apropriado. As restaurações foram classificadas para transiluminação de acordo com os seguintes escores estabelecidos por Ekstrand, Ricketts e Kidd (1997) modificados.

Os dados foram inseridos no programa estatístico SPSS 11.0, e analisados pela distribuição de freqüência de escores e através do teste qui-quadrado,

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considerando nível de significância de 5%. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (protocolo 146/03- memorando 578/03)

RESULTADOS

Foram realizadas 105 restaurações em 41 crianças, sendo 22 meninos e 19 meninas. Do total de crianças, 38 compareceram à consulta de revisão de 6 meses, totalizando assim 101 restaurações avaliadas. Foram perdidas 3 restaurações de TPH® e 1 de Vitremer®, todas do tipo classe I. As restaurações reavaliadas em 6 meses foram divididas conforme o Tabela 1.

Tabela 1 - Distribuição das restaurações por tipo (classe) e material utilizado, após 6 meses de avaliação.

Os resultados foram separados em: alteração clinicamente visível (Tabela 2), que significava alteração no escore de avaliação sem necessariamente ser considerada falha clínica; e falha clínica (Tabela 3), quando um determinado critério era qualificado como charlie ou delta que levaria, consequentemente, à troca da restauração, ou quando houvesse presença de sombra na dentina sob transiluminação por fibra ótica (FOTI).

Tabela 2 - Distribuição de freqüência (%) das alterações clínicas por critérios e materiais restauradores após 6 meses

Critérios Freedom ® TPH ® Valor de p comparativo entre os materiais Adaptação marginal 47,05 45,45 51,72 0,87 Forma Anatômica * 17,64 18,18 48,27 0,0088 Descoloração do cavo-superficial 35,29 21,21 17,24 0,211 Contorno axial 44,44 25 40 0,61 Contato proximal 28,57 27,27 20 0,899 Cárie Secundária 8,82 6,06 3,44 0,67 FOTI * 67,64 90,90 65,05 0,03 Vitremer ®

* Critérios com diferenças estatisticamente significante (p< 0,05) entre os grupos.

Tabela 3 - Distribuição de freqüência (%) de falha clínica por critérios e materiais restauradores após 6 meses.

Critérios Freedom ® TPH ® Vitremer ® Valor de p comparativo entre os materiais

Adaptação marginal 5,88 3,03 6,89 0,77 Forma Anatômica 5,88 3,03 0 0,40 Descoloração do cavo- superficial 8,82 3,03 0 0,20 Contorno axial 11,11 8,33 0 0,58 Contato proximal 14,28 9,09 0 0,50 Cárie Secundária 8,82 6,06 3,44 0,67

FOTI 2,94 3,03 0 0,64

O presente estudo teve por objetivo avaliar por 6 meses restaurações feitas com três tipos de materiais adesivos diferentes. Não foi possível realizar uma distribuição quantitativa homogênea entre o número de restaurações para cada tipo de material, porque as DISCUSSÃO

restaurações eram provenientes da livre demanda da clínica de Mestrado da Odontopediatria da UFRJ, além disto, quando os pacientes tinham necessidade de mais de uma restauração, eram utilizados materiais diferentes.

PASSOS et al. - Avaliação Clínica Preliminar do Comportamento de Diferentes Materiais Restauradores Adesivos

Restaurações Classe I Classe II Total

Freedom 25 10 35 TPH 19 15 37 Vitremer 20 12 33 Total 64 37 101 R R R

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Com relação à alteração clínica das restaurações pode-se observar que só houve diferença estatisticamente significante entre os materiais para os critérios de forma anatômica e FOTI.

No critério forma anatômica pode-se observar uma maior alteração nas restaurações de Vitremer ®, o que pode ser explicado pela baixa resistência ao desgaste do cimento de ionômero de vidro modificado por resina, quando comparado ao compósito e ao compômero (BLACKWELL; KASE, 1996; BRYANT, 1992).

A avaliação por FOTI demonstrou uma maior alteração nas restaurações de TPH ®, e este fenômeno pode ser justificado pelo fato do compósito ser o material, dentre os três avaliados, que possui menor compatibilidade biológica ao tecido dentinário, uma vez que tanto o cimento de ionômero de vidro modificado por resina quanto o compômero têm propriedades típicas d o s c i m e n t o s i o n o m é r i c o s q u e i n c l u i e m a compatibilidade biológica, e consequentente a maior adesividade destes materiais (GARCIA-GODOY, 2000; GROSS et al., 2001; PAPAGIANNOULIS et al., 1999; WILSON, 1996).

De uma maneira geral, o TPH ® foi o material que sofreu menores alterações clínicas, e este achado se deve ao fato de que dentre os três, este material é o que possui maior estabilidade dimensional (BLACKWELL; KASE, 1996; BRYANT, 1992).

Quando observados os resultados relativos às falhas clínicas das restaurações comparados aos resultados das alterações clínicas pode-se observar que o Vitremer ®, apesar de apresentar elevados percentuais de alteração para os critérios de avaliação, é o material que possui menor percentual de falha, o que sugere que apesar deste material ainda apresentar algumas restrições no tangente à suas propriedades físicas (CONCEIÇÃO, 2000; BLACKWELL; KASE, 1996; BRYANT, 1992) ainda se comporta bem, de maneira que suas alterações nem sempre implicam em falhas.

Para o critério cárie secundária, alteração significa necessariamente falha, e também neste critério podemos observar um comportamento mais favorável para o Vitremer ® , que não teve nenhuma restauração comprometida, o que leva a crer, que seja devido à sua capacidade de liberação de fluoreto (DUARTE et al., 1990; PASSOS et al., 2003). Foi encontrado maior número de dentes com cárie secundária naqueles que tinham restauração de TPH ®, que é também o único material do grupo avaliado que não faz liberação de fluoreto, uma vez que o Freedom ® também o faz, embora em menor proporção que o Vitremer ® (BERG, 1998; GROSS et al., 2001; MASS et al., 1999; Mclean et al., 1994; PAPAGIANNOULIS et al., 1999; WILSON, 1996).

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

Os dados do presente estudo levam a uma avaliação preliminar, e apontam para a necessidade de estudos realizados por um período de tempo maior, uma vez que na literatura consultada não foi encontrado nenhum estudo que comparasse o desempenho clínico dos três materiais aqui observados.

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Recebido para publicação: 13/09/2004 Aceito para publicação: 18/10/2004

Correspondência: Lucianne Cople Maia

Rua Gastão Gonçalves, 47/ 501 - Santa Rosa Niterói -RJ CEP: 24240-030 E-mail: rorefa@microlink.com

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