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PALAVRAS-CHAVE: Vogais médias pretônicas; Análise acústica; Português Brasileiro.

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Academic year: 2021

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VOGAIS MÉDIAS PRETÔNICAS NO PORTUGUÊS FALADO EM BELÉM (PA): ANÁLISE QUALITATIVA E ACÚSTICA

Regina CRUZ1 Mara da COSTA2 Ana Carolina SILVA3

RESUMO: O presente estudo tem como objetivo caracterizar acusticamente as vogais orais átonas das variedades estudadas da Amazônia Paraense pela equipe da UFPA vinculada ao PROBRAVO. Abordar-se-ão especificamente os resultados alcançados com a análise acústica das vogais médias pretônicas da variedade do português falada na capital paraense. O corpus original é composto de amostras de fala de 18 (dezoito) informantes nativos de Belém (PA) estratificados socialmente em sexo, faixa etária (15 a 25 anos; 26 a 45 anos e acima de 45 anos) e nível de escolaridade (níveis Fundamental, Médio e Superior), que foram gravados em situação de fala lida. Os mesmos produziram 51 (cinquenta e um) vocábulos contendo as vogais pretônicas alvo, a partir da leitura de um texto sobre futebol. Ao todo o corpus de fala lida compreende 856 ocorrências das vogais médias em posição pretônica. Foram tomadas medidas de média e desvio padrão de F1 e F2 (Hz) das vogais alvo. A análise qualitativa e acústica dos dados tem confirmado a hipótese de harmonia vocálica no caso do alteamento das vogais médias pretônicas no dialeto em questão. Destoando das descrições sociolinguísticas, uma frequência de ocorrências das variantes baixas – [E] e [O] – maior do que as variantes altas - [ i ] e [ u ] - é registrada no corpus de fala lida do presente estudo. De acordo com as variantes identificadas no corpus, os vocábulos foram classificados em invariantes (aqueles que admitem uma única forma) – cab[e]ludo, c[e]rveja; pr[o]cissao, m[O]rador -; totalmente variantes (aqueles que admitem todas as três variantes previstas para as vogais médias pretônicas) – p/e/queno e b/o/rracha – e os vocábulos variantes (aqueles que registraram ocorrência com duas variantes) – s[e]/[i]gundo, c[o]/[u]zinha -; além destes, foram detectados casos de desvozeamento vocálico da pretônica no nível acústico (fut/e/bol, /e/scola; c/o/madre, h/o/spital).

PALAVRAS-CHAVE: Vogais médias pretônicas; Análise acústica; Português Brasileiro.

ABSTRACT: The present study aims to characterize acoustically oral unstressed vowels of linguistic varieties of Brazilian Portuguese spoken in Amazon and studied by the UFPA's team linked to the PROBRAVO project. We approach specifically the results obtained with the acoustic analysis of unstressed (pretonic) middle vowels of the Brazilian Portuguese variety spoken in the Belém (PA). The original corpus is made up of speech samples of 18 (eighteen) Brazilian Portuguese native speakers from Belém (PA). They were socially stratified on gender, age group (15-25 years, 26-45 years and above 45 years) and school levels (Elementary, Middle and Upper). We analyze in this work only the read speech samples of these speakers. They produced 51 (fifty one) words containing unstressed vowels

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Universidade Federal do Pará, regina@ufpa.br, Fulbright Fondation (USA), CAPES e CNPq.

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Universidade Federal do Pará, mara.costa@ilc.ufpa.br, PIBIC CNPq.

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target from reading a text about football. The whole read speech corpus comprises 856 occurrences of middle vowels in unstressed position. We have taken measures of mean and standard deviation of F1 and F2 (Hz) of the target vowels. Qualitative and acoustic analysis have confirmed the hypothesis of vowel harmony in the case of the high vowel realization in this dialect. Diverging sociolinguistic descriptions, a greater frequency of occurrence of low variants – [E] and [O] - than high variants - [ i ] and [ u ] -is recorded in the read speech corpus of the present study. According to variants identified in the corpus, the words were classified as invariant (words that admit only one variant) - cab[e]ludo, c[e]rveja; pr[o]cissao, m[O]rador -; entirely variants (those who admit all three variants planned for the middle unstressed vowels) – p/e/queno and b/o/rracha – and variant words (those who registered occurrence with two variants) – s[e]/[i]gundo, c[o]/[u]zinha -, addition, voiceless unstressed vowel cases were detected in the acoustic level (fut/e/bol, /e/scola; c/o/madre, h/o/spital).

KEY-WORDS: Unstressed mid vowel; Acoustic analysis; Brazilian Portuguese.

1 Introdução

Desde 2009, quando as descrições sociolinguísticas do português falado em cinco localidades paraense – Cametá (RODRIGUES, 2005; COSTA, 2010), Mocajuba (CAMPOS, 2008), Breves (CASSIQUE ET AL 2009; DIAS ET AL, 2007), Breu Branco (MARQUES, 2008; CAMPELO, 2008; COELHO, 2008) e Belém (CRUZ ET AL 2008; SOUSA, 2010) - foram concluídas, apontando para um processo de harmonia vocálica das vogais médias pretônicas, a equipe da UFPA vinculada ao PROBRAVO (Projeto Norte Vogais) decidiu por aprofundar as análises do ponto de vista qualitativo, assim como por proceder a uma investigação acústica do sistema vocálico átono do português falado na Amazônia Paraense (CRUZ, 2012).

Apresentamos, portanto, aqui os resultados preliminares alcançados com as análises acústica e qualitativa das vogais médias pretônicas da variedade do português falada na capital paraense conduzidas pelo Projeto Norte Vogais.

Para uma melhor compreensão da abordagem aqui realizada, relembramos os resultados das descrições sociolinguísticas das vogais médias pretônicas do português falado em Belém (PA) realizadas no seio do PROBRAVO (sessão 2); em seguida descrevemos detalhadamente todos os procedimentos metodológicos adotados (sessão 3); para finalmente apresentarmos os resultados das análises qualitativa (sessão 4) e acústica (sessão 5) das vogais médias pretônicas da variedade investigada.

2 As Vogais Médias Pretônicas na variedade belenense

A decisão de proceder a uma investigação no nível acústico das vogais médias pretônicas da variedade linguística do português falada em Belém (PA) foi motivada pelos resultados de Sousa (2010) e de Cruz et al (2008) que compreendem as únicas descrições sociolinguísticas empreendidas sobre o fenômeno no seio do PROBRAVO. Antes de Sousa (2010) e de Cruz et al (2008), registram-se, na literatura sobre o assunto, três trabalhos sobre a variedade linguística do português falada em Belém (PA): a) o estudo pioneiro de Nina (1991); b) a Dissertação de Mestrado de Santos (2009) e; c) o trabalho de Razky e Santos

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(2010), estes dois últimos tiveram como base os dados do projeto ALIB4. Todas são descrições sociolinguísticas variacionistas.

Interessante assinalar que os resultados das descrições sociolinguísticas de Sousa (2010) e Cruz et al (2008) apresentam resultados muito semelhantes aos do estudo pioneiro Nina (1991) que constatou um equilíbrio entre manutenção, alteamento e abaixamento no falar belenense das vogais médias pretonicas. Outro ponto convergente entre os resultados de Sousa (2010), Cruz et al (2008) e Nina (1991) diz respeito ao fato de que as três variantes possíveis das vogais médias pretônicas – alteamento, manutenção e abaixamento - não constituirem estigma social, como podemos observar nos parágrafos seguintes.

Cruz et al (2008) teve como objetivo investigar a variação das vogais médias pretônicas na parte insular do Município de Belém (PA). O corpus constituiu-se de entrevistas de 24 (vinte e quatro) informantes estratificados em sexo, faixa etária e escolaridade. Os 1496 dados obtidos foram submetidos à análise quantitativa no programa Varbrul que comprovou um predomínio da ausência de alteamento (.53).

Quando ocorre o alteamento das vogais médias pretônicas, o mesmo se dá por um claro processo de harmonização vocálica, uma vez que este será favorecido pela presença de vogal alta /i/ ou /u/ na sílaba tônica (.72 e .73, respectivamente). Quando a presença de vogal alta na sílaba tônica é somada à nasalidade, a probabilidade da ocorrência do fenômeno sobe para valores quase categóricos (.97).

Outro fator favorecedor dos casos de alteamento no falar das ilhas de Belém é a contigüidade da vogal em relação à sílaba tônica, assim como o onset vazio tanto na sílaba da pretônica-alvo quanto na sílaba seguinte. De acordo com Cruz et al (2008), o onset vazio e a consoante labial foram os fatores mais favorecedores de alteamento no falar das ilhas de Belém.

Dos fatores sociais controlados, o programa selecionou a escolaridade e a faixa etária como significantes, já que os resultados de Cruz et al (2008) mostraram que quanto menor a escolaridade do informante, maior a probabilidade de ocorrência do fenômeno. Já o grupo de fatores referente à faixa etária mostrou que os informantes mais velhos tendem a realizar mais alteamentos do que os mais jovens. Assim sendo, Cruz et al (2008) concluiram que o fenômeno do alteamento das médias pretônicas no português falado nas ilhas de Belém (PA) encontra-se estável.

Sousa (2010) também investigou a variação das médias pretônicas no português falado na cidade de Belém (PA). Mais especificamente, Sousa (2010) considerou como variável dependente a variação das vogais médias pretônicas /e/ e /o/ no português falado na zona urbana de Belém e três variantes possíveis: vogal alta, vogal média fechada, vogal média aberta.

Na tentativa de explicar qual das três variantes – alta, média fechada, média aberta - tem maior probabilidade de ocorrência no português falado em Belém (PA), Sousa (2010) elegeu catorze grupos de fatores para compor o arquivo de especificação a ser utilizado no pacote de programas Varbrul, sendo o primeiro deles a variável dependente e os demais sendo dez fatores linguísticos e três fatores extralinguísticos.

Sousa (2010) submeteu ao pacote de programas Varbrul um total de 1.434 dados selecionados na triagem de 48 relatos coletados de informantes pertencentes a uma amostra estratificada na qual foram controladas as variáveis sexo, escolaridade (não-escolarizados, ensino fundamental, médio e superior) e faixa etária 15 a 25 anos, 26 a 45 anos e 46 anos em diante) do banco de dados do Projeto de Pesquisa Vozes da Amazônia. Os resultados

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fornecidos pelo programa mostraram que na área urbana da capital paraense predomina a manutenção das vogais médias fechadas pretônicas (.819). Os grupos de fatores selecionados como favorecedores da manutenção foram os seguintes: a) fonema vocálico da sílaba tônica tanto no caso de pretônica oral quanto nasal ou nasalizada; b) distância da vogal pretônica para a sílaba tônica; c) sufixos; d) consoante do onset; e) peso silábico em relação à sílaba da variável dependente; f) escolaridade do informante e; g) faixa etária.

Os dados demonstraram que a probabilidade de realização da variante média fechada é maior nos vocábulos sem sufixo, nas sílabas com ataque ramificado e nas sílabas pesadas. O papel da sílaba tônica é surpreendente, as vogais fechadas na tônica favorecem a manutenção das pretônicas orais, já no caso das pretônicas nasais serão as vogais baixas que vão favorecer a sua manutenção. Na variedade belenense, quanto mais distante a pretônica estiver da sílaba tônica, maior probabilidade de a mesma se manter média fechada. É na fala dos mais jovens e que estão nos primeiros níveis de escolarização que há maior probabilidade de manutenção das médias pretônicas.

Sousa (2010) verificou que a variação das vogais médias pretônicas no português falado na cidade de Belém (PA) mantém-se igualmente estável como detectado por Nina (1991), porém os dados registram uma probabilidade de manutenção bem maior que a detectada por aquela autora. Confirmaram-se grupos de fatores favorecedores da manutenção, como a distância da vogal pretônica em relação à sílaba tônica, o peso silábico e a faixa etária. Porém, os resultados referentes à escolaridade mostraram-se diferentes: no período estudado por Nina (1991), o nível fundamental favorecia o alteamento das vogais médias pretônicas, enquanto no período estudado pelo presente trabalho os falantes do nível fundamental tendem já à manutenção dessas vogais.

De acordo com os dados de Sousa (2010), o uso de vogais médias fechadas se manteve como índices altíssimos em relação à realização de vogais altas e médias abertas, confirmando a hipétese de Câmara Jr. (1969) de que em posição pretônica prevalecem as vogais médias fechadas, bem como confirma a tese difundida no século XVIII de que “a pronúncia das vogais /e/ e /o/ pretônicas sempre fora realizada como média” (NINA, 1991, p.22).

Os dados de Sousa (2010) e de Cruz et al (2008) reforçam os resultados dos trabalhos realizados pelos pesquisadores do PROBRAVO (Norte) sobre as variedades do português da Amazônia paraense de uma maior tendência à preservação das vogais médias pretônicas em detrimento do alçamento nos dialetos paraenses, conforme mostrado na Fig. 2.1.

Diante do fato de, no caso das vogais médias pretônicas, todos os resultados sobre as variedades do português da Amazônia paraense apontarem para uma tendência dos dialetos paraenses de preferência pela preservação das médias pretônicas em detrimento do alteamento, como se pode verificar na Fig. 2.1, optamos por proceder a uma análise qualitativa dos corpora de Belém, Mocajuba, Cametá e da zona rural de Breves, de modo a precisar se o alteamento das médias pretônicas nessas variedades, quando se dá, é de fato motivado por harmonização vocálica (CRUZ, 2012).

Também nos chamou a atenção o fato de as descrições sociolinguística sobre os dialetos paraenses, e em particular sobre a variedade belense, escopo do presente trabalho, confirmarem que quando ocorre o alteamento das vogais médias pretônicas nos dialetos paraenses, o mesmo se dá motivado por uma clara harmonização vocálica, principalmente condicionada pela vogal da sílaba tônica e pela sílaba imediata, que contempla as hipóteses de Câmara Jr (1969), que afirmava ser o alçamento da pretônica determinado pela altura da vogal da tônica e de Silva Neto (1957) que afirmava ser o alçamento ainda mais favorecido por sílaba com vogal alta contígua e imediata à sílaba da vogal pretônica.

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Fig. 2.1 - Percentual de presença e ausência de alteamento das vogais médias pretônicas segundo os trabalhos realizados pelo Projeto Vozes da Amazônia com inclusão dos dados relativos aos estudos sobre as ilhas (CRUZ ET AL, 2008) e a zona urbana (SOUSA, 2010) de Belém (PA).

Fonte: Adaptado de Cruz (2012, p. 203) Outro resultado relevante que fundamentou nossa decisão foi o fato de os fatores internos serem relevantes para explicar o comportamento variacional das vogais médias nos dialetos da Amazônia Paraense e em particular os fonéticos, como demonstraram os estudos realizados.

A inexpressiva ocorrência de vogais médias baixas nas posições átonas também nos chamou atenção, pois contraria de um lado a divisão dialetal de Antenor Nascente de que os dialetos do Norte do Brasil se caracterizariam por apresentarem uma tendência à realização das vogais médias abertas nas posições átonas, em oposição aos dialetos do Sul do Brasil que prefereriam as vogais médias fechadas, por outro lado reforçaria a hipótese de Silva Neto (1957) de que o Pará compreenderia uma ilha dialetal na classificação de Antenor Nascente entre os dialetos do Norte do Brasil.

Diante da particularidade das vogais da Amazônia paraense, neste panorama, optou-se por proceder a um refinamento nas análises empreendidas e desta vez, por observar mais de perto seus aspectos acústicos.

Por essa razão, atualmente o projeto Norte Vogais está investigando as características acústicas das vogais orais átonas das variedades estudadas da Amazônia Paraense pela equipe da UFPA vinculada ao PROBRAVO.

Detalhamos nas sessões seguintes a metodologia adotada e seus primeiros resultados. 3 Metodologia

Os procedimentos metodológicos adotados foram estabelecidos por Cruz (2011), em seu estágio pós-doutoral no Departamento de Linguística da New York University, no período de setembro de 2010 a março de 2011, quando a autora do presente trabalho obteve uma bolsa Fulbright/Capes pelo Edital DRI/CGCI Nº 027/2009 (processo BEX 1754/10-6) e lá esteve na condição de pesquisadora visitante.

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Com o objetivo principal de analisar acusticamente o sistema vocálico tônico e átono do Português Brasileiro falado na Amazônia Paraense, Cruz (op. cit) formou um corpus com amostras de fala de 18 (dezoito) locutores nativos com a mesma estratificação social adotada para a descrições sociolinguísticas: idade, nível de escolaridade5 e sexo.

Os 18 (dezoito) sujeitos foram induzidos a produzirem vocábulos contendo as vogais alvo a partir da leitura de um texto sobre futebol. Foi dado a cada informante um tempo de 10 minutos para familiarização do mesmo com o tema do texto – futebol – de modo que a leitura fosse a mais natural possível.

O texto foi criado pela equipe de pesquisa e nele foram inseridos 51 (cinquenta e um) vocábulos de maior frequência de ocorrência nos corpora sociolinguísticos já existentes sobre as variedades linguísticas em questão, como 'bebidas', 'cerveja', 'futebol', 'costurar', 'namorados', 'toalha', a título de exemplo. Utilizamos prioritariamente os vocábulos indicados por Bisol (1981) contendo vogais pretônicas em contexto de alta variabilidade como 'formiga', 'fogueira', 'bonita', 'menino'. No quadro abaixo – Tab. 3.1 – estão todos os 51 vocábulos utilizados no protocolo de leitura.

Tab. 3.1 – Lista dos vocábulos contendo as vogais médias alvo presentes no texto utilizado para a coleta de dados de leitura.

/ e / / o /

apos/e/ntado b/e/bidas ap/o/sentado b/o/necas

cab/e/ludos c/e/rvejas c/o/rujas c/o/sturar

c/e/rtificado /e/scravo c/o/mer r/o/cambole

/e/mpregos f/e/chado c/o/mandante d/o/mingo

/e/stante m/e/nino b/o/rracha c/o/légios

fu/te/bol p/e/queno h/o/spitais c/o/zinha

mosqu/e/teiros pr/e/ciso m/o/eda m/o/rador

p/e/scador pr/e/sidente m/o/squeteiros nam/o/rados

pr/e/sente pr/e/sídio p/o/lícia pr/o/fundo

qu/e/rida r/e/médios r/o/donia s/o/brinho

r/e/polhos s/e/gundo t/o/alha t/o/mate

s/e/tenta s/e/nhoras pr/o/cissão

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Como o protocolo experimental prevê etapa de leitura de texto, os sujeitos não escolarizados foram excluídos naturalmente.

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7 t/e/soura t/e/atro

v/e/ado v/e/rgonha

Foram tomadas medidas de F1 e F2 das vogais médias alvo na posição pretônica. As medidas acústicas foram feitas com o auxílio do programa PRAAT.

Concluídas todas as etapas anteriores de coleta de dados, procede-se ao tratamento dos dados que compreende:

1) Segmentação do sinal de áudio de cada informante no programa PRAAT em cinco níveis: enunciado, palavra alvo, duração da palavra alvo, sílaba, vogal e duração da vogal. Para a transcrição fonética, está sendo adotado o alfabeto SAMPA6. A Fig. 3.1 contém uma janela de trabalho do PRAAT com um exemplo da segmentação adotada.

Fig. 3.1 – Janela de trabalho do PRAAT contendo um exemplo da segmentação adotada.

2) Extração dos vocábulos alvos e sua segmentação das gravações originais com o programa PRAAT, seguido de codificação dos mesmos. Os informantes recebem um código que identifica dialeto, sexo, escolaridade e faixa etária de cada um. Adaptou-se para o presente projeto um código muito semelhante ao código fornecido pelo projeto AMPER-POR7. A variedade de Belém é identificada pelo código BE0. Para a identificação do sexo utilizam-se as letras maiúsculas M (sexo masculino) e F (sexo feminino). No caso da faixa etária o código utilizado comprende os algarismo 1 (15 a 25 anos), 2 (26 a 45 anos) e 3 (acima de 46 anos). Por último, o nível de escolaridade é identificado pelas letras maiúsculas A (baixo nível de escolaridade, fundamental), B (nível médio) e C (nível superior de ensino). Para identificação do tipo de protocolo de coleta de dados realizado, utiliza-se a letra Y para identificação dos dados obtidos com a leitura do texto sobre futebol. Uma vez esse código montado, escreve-se a palavra alvo seguida de seu número de ocorrência no corpus gravado.

3) Levantamento das ocorrências das palavras alvo por informante e por tipo de coleta de dados. 6 www.phon.ucl.ac.uk/home/sampa/ 7 http://pfonetica.web.ua.pt/AMPER-POR.htm

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4) Identificação das variantes ocorridas por vocábulo, considerando os dados de cada informante.

5) Organização dos dados obtidos em uma planilha Excel para o registro das medidas acústicas tomadas de cada vogal alvo. Retorna-se ao programa PRAAT para as tomadas de medidas físicas de de F1 e F2 de cada vogal alvo na parte central da vogal alvo, como descrito abaixo.

6) Registro dos valores obtidos na planilha excel. Antes de realizar o tratamento estatístico robusto com o programa PRAAT, realizaram-se tomadas de médias e desvio padrão com os valores em Hz de F1 e F2 para verificar sua relevância.

Ao todo foi analisada 01 hora, 22 minutos e 14 segundos de gravação, como pode ser contatado no quadro – Tab. 3.2 – abaixo.

Tab. 3.2 – Tamanho do corpus analisado, considerando o tempo total dos sinais de áudio gravados com cada informante.

Informante Duração total de cada gravação

BE01MA01 03 min 24seg

BE01MB02 03 min 18seg

BE01MC03 03 min 24seg

BE01FA04 05 min 04seg

BE01FB05 03 min 30seg

BE01FC06 03 min 53seg

BE02MA07 04 min 15 seg

BE02MB08 06 min 38 seg

BE02MC09 03 min 21 seg

BE02FA10 06 min 06 seg

BE02FB11 06 min 29 seg

BE02FC12 03 min 42 seg

BE03MA13 07 min 09 seg

BE03MB14 02 min 59 seg

BE03MC15 03 min 49 seg

BE03FA16 05 min 28 seg

BE03FB17 05 min 56 seg

BE03FC18 05 min 42 seg

Os dados analisados compreendem 856 realizações de vogais médias pretônicas.

Com relação à análise qualitativa, buscou-se identificar qual variante era realizada a vogal alvo. De acordo com as descrições sociolinguísticas (SOUSA, 2010; CRUZ ET AL 2008), as vogais médias pretônicas do português falado em Belém possuem três realizações possíveis: manutenção, alteamento ou abaixamento, como podemos visualizar na Fig. 3.2.

Decidimos, portanto, proceder ao levantamento de cada variante realizada por vocábulo alvo, de forma a verificar se o tipo de vocábulo em si determinava também a ocorrência de uma outra variante prevista.

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Fig. 3.2 – Variantes das vogais médias pretônicas da variedade do português falada em Belém (SOUSA 2010).

4 Análise Qualitativa

De acordo com as variantes detectadas, os vocábulos foram classificados em invariantes - aqueles que admitem uma única forma -, em totalmente variantes - aqueles que admitem as três variantes identificada por Sousa (2010) - e os vocábulos variantes, aqueles que admitem duas variantes possíveis.

4.1 Vocábulos Invariantes

De acordo com o corpus utilizado, 17 (dezessete) dos 51 (cinquenta e um) vocábulos do corpus registraram uma única forma de realização da vogal alvo nas três faixas etárias controladas, em ambos os sexos e nos três níveis de escolaridade considerados. Portanto, os vocábulos apos[e]ntado, cab[e]ludo, c[o]mandante, c[e]rtificado, c[e]rveja, dez[e]sseis, f[e]chado, m[O]rador, nam[O]rado, pr[e]ciso, pr[e]sidente, pr[o]cissão, pr[o]fundo, qu[e]rida, r[e]polho, r[o]ndonia, t[e]soura ocorrem em todo o corpus com uma única forma de vogal média pretônica. Observa-se que nesses vocábulos invariantes, as variantes de maior ocorrência foram a manutenção (15 vocábulos) e o abaixamento (2 vocábulos). Observa-se igualmente que todos os vocábulos com vogais pretônicas anteriores foram realizados com manutenção, assim como os dois únicos casos de abaixamento - m[O]rador, nam[O]rado - são identificados em vocábulos com vogais alvo posteriores.

Identificaram-se também vocábulos invariantes – b[e]bida, c[O]légio, pr[E]sente, pr[e]sídio e s[E]tenta - nas duas faixas etárias da extremidade, nos dados da fala dos mais jovens e dos falantes mais velhos. Registram-se dois dados invariantes na fala dos mais jovens e dos mais velhos com manutenção (b[e]bida, pr[e]sídio) e três vocábulos com abaixamento (c[O]légio, pr[E]sente, e s[E]tenta). Ainda entre os vocábulos invariantes da fala dos mais jovens e mais velhos, as vogais anteriores são as que mais se mantem resistente à variação das médias pretônicas, registrando-se apenas um caso de vocábulo com vogal alvo posterior invariante (c[O]légio).

Os vocábulos ap/o/sentado e c/o/mer também apresentaram vogal alvo invariante nos dados de falantes de faixa etária intermediária (entre 26 e 45 anos) e mais velhos (acima de 45 anos), ambos os vocábulos são realizados apenas com manutenção das vogais médias pretônicas (ap[o]sentado e c[o]mer).

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Os dados dos falantes de faixa etária mais jovem (15 a 25 anos) registraram igualmente dois vocábulos com vogal alvo invariante (fut/e/bol e p/e/queno). No caso do vocábulo fut/e/bol, o mesmo foi realizado apenas com alteamento da média pretônica em todo o corpus dos falantes mais jovens (fut[i]bol). Já o vocábulo p/e/queno foi realizado com a vogal média fechada (p[e]queno).

Os vocábulos c/o/ruja e h/o/spitais também foram realizados apenas com a vogal média pretônica fechada – c[o]ruja e h[o]spitais - nos dados da faixa etária intermediária (de 26 a 45 anos).

O último vocábulo identificado com uma única realização foi o vocábulo s/e/gundo que foi realizado com manutenção – s[e]gundo – na fala dos mais velhos.

4.2 Vocábulos Totalmente Variantes

Identificamos no corpus 7 (sete) vocábulos totalmente variantes, ou seja que admitem as três variantes previstas para as vogais médias pretônicas da variedade linguística da capital paraense (b/o/rracha, m/o/eda, m/o/squeteiro, p/e/queno, t/o/alha, t/o/mate e v/e/ado) de acordo com Sousa (2010).

O vocábulo v/e/ado registrou as três variantes – v[i]ado, v[e]ado e v[E]ado – nos corpora dos falantes mais jovens (de 15 a 25 anos) e dos mais velhos (acima de 45 anos). Da mesma forma, os vocábulos b/o/rracha e m/o/eda também comportaram-se totalmente variantes nos corpora dos falantes de faixa etária intermediária (de 26 a 45 anos) e mais velhos (acima de 45 anos). O vocábulo t/o/alha também registrou as três variantes possíveis – t[u]alha, t[o]alha e t[O]alha - para a vogal média pretônica nos corpora dos falantes mais jovens e dos falantes de faixa etária intermediária (de 26 a 45 anos).

Três outros vocábulos que registraram comportamento totalmente variantes foram t/o/mate, m/o/squeteiro e p/e/queno, entretanto em faixas etárias diferentes. O vocábulo t/o/mate apresenta-se totalmente variante no corpus da primeira faixa etária (de 15 a 25 anos), o vocábulo m/o/squeteiro registra as três variantes possíveis no corpus da segunda faixa etária (de 26 a 45 anos), assim como registra-se ocorrência de m/o/squeteiro com desvozeamento da vogal alvo no nível acústico. O vocábulo p/e/queno ocorre nos dados dos falantes mais velhos admitindo as três variantes possíveis.

4.3 Vocábulos Variantes

Ao todo foram 18 (dezoito) vocábulos com a vogal pretônica anterior e 15 (quinze) vocábulos com a vogal pretônica posterior registraram duas variantes.

No caso de vogal pretônica anterior, os vocábulos /e/mprego, m/e/nina, m/o/squeteiros, p/e/scador, r/e/médio, s/e/nhoras, t/e/atro e v/e/rgonha registraram as mesmas variantes em todo o corpus, com podemos constar na Tab. 4.3.1. No caso de vogal pretônica posterior, foram os vocábulos c/o/sturar, c/o/stureira, c/o/zinha, d/o/mingo e r/o/cambole que registraram as mesmas variantes em todo o corpus analisado, como também podemos constar na Tab. 4.3.1.

Como se pode constatar na Tab. 4.3.1, quando um vocábulo registra mais de uma variante possível para a vogal alvo, a manutenção é sempre uma dessas variantes. Esse quadro é mantido nos demais vocábulos do corpus que registraram mais de uma variante para as vogais alvo, como constataremos nos parágrafos seguintes.

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Tab. 4.3.1 – Lista dos vocábulos com a vogal alvo registrando mais de uma variante em todo o corpus da variedade de Belém (PA).

Vogal / e / Vogal / o /

dado Variante 01 Variante 02 dado Variante 01 Variante 02 /e/mprego [e]mprego [i]mprego c/o/sturar c[o]sturar c[u]sturar m/e/nina m[e]nina m[i]nina c/o/stureira c[o]stureira c[u]stureira mosqu/e/teiro mosqu[e]teiro mosqu[i]teiro c/o/zinha c[o]zinha c[u]zinha p/e/scador p[e]scador p[E]scador d/o/mingo d[o]mingo d[u]mingo r/e/médio r[e]médio r[E]médio r/o/cambole r[o]cambole r[O]cambole s/e/nhoras s[e]nhoras s[i]nhoras

t/e/atro t[e]atro t[i]atro v/e/rgonha v[e]rgonha v[E]rgonha

Os vocábulos /e/scravo, /e/stante, fut/e/bol e p/o/lícia registraram tanto a manutenção – [e]scravo, [e]stante e p[o]lícia - quanto o alteamento - [i]scravo, [i]stante e p[u]lícia - da média pretônica no dados dos falantes da faixa etária intermediária (26 a 45 anos) e nos dados dos falantes mais velhos.

Os vocábulos ap/o/sentado, s/e/gundo e s/o/brinho regitraram manutenção – ap[o]sentado, s[e]gundo e s[o]brinho, alteamento – s[i]gundo e s[u]brinho e abaixamento – ap[O]sentado – nos dados das faixas etárias dos informantes mais jovens (15 a 25 anos) e de idade intermediária (de 26 a 45 anos).

O vocábulo t/o/mate apresenta-se com duas variantes possíveis nos dados dos falantes de faixa etária intermediária e dos falantes mais velhos. A forma com manutenção – t[o]mate - ocorre nas duas faixas etárias, entretanto nos dados da fala dos informantes da faixa etária intermediária a segunda variante possível é o abaixamento - t[O]mate, já no caso dos dados da fala dos informantes mais velhos é o alteamento - t[u]mate - que pode ocorrer secundariamente nos dados.

O vocábulo c/o/mer é registrado com manutenção – c[o]mer – e alteamento – c[u]mer - apenas nos dados dos falantes mais jovens.

Já os vocábulos b/e/bidas, c/o/légio, d/e/zesseis, p/e/queno, pr/e/sente pr/e/sídio e s/e/tenta é registrado com duas variantes na fala dos informantes de faixa etária intermediária (de 26 a 45 anos). Todos podem ocorrer com manutenção da média pretônica - b[e]bidas, c[o]légio, d[e]zesseis, p[e]queno, pr[e]sente e s[e]tenta – mas alguns vão adotar como segunda variante possível o alteamento – b[i]bidas, d[i]zesseis, pr[i]sídio - ou o abaixamento (c[O]légios, p[E]queno, pr[E]sente e s[E]tenta).

O vocábulo b/o/neca tem um comportamento totalmente atípico nos dados, pois ocorre nos dados dos informantes das três faixas etárias controladas como a manutenção como variante mais provável – b[o]neca -, entretanto será realizado com alteamento – b[u]neca – nos dados dos falantes da primeiras faixas etárias (de 15 a 25 anos e de 26 a 45 anos) e na fala dos informantes mais velhos com abaixamento (b[O]neca).

Uma vez concluída uma observação qualitativa de cada variante identificada no corpus, considerando os vocábulos alvo, passemos agora a análise acústica preliminar dessas mesmas variantes.

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12 5 Análise Acústica

As análises dos dados da variedade de Belém (PA) de caráter ainda preliminar tem demonstrado que a variedade do português falada na Amazônia Paraense possui no nível acústico 4 (quatro) variantes para as vogais médias pretônicas: a) alteamento como em fut[i]bol e c[u]madre; b) manutenção como em fut[e]bol e c[o]madre; c) abaixamento como em fut[E]bol e c[O]madre; d) mas há também casos de enfraquecimento das vogais pretônicas ou mesmo de total desvozeamento das mesmas como em fut[Ø]bol e c[Ø]madre.

As análises acústicas têm confirmado os resultados das descrições sociolinguísticas de que a manutenção das médias é a variante de maior ocorrência no português falado na Amazônia Paraense, entretanto, os dados de leitura destoam com relação à segunda variante de maior frequência de ocorrência, no caso dos dados de fala lida, as variantes baixas ocorrem em maior número do que as variantes altas, como se pode constatar na Tab. 5.1 abaixo.

Tab. 5.1 – Número de ocorrências das variantes das vogais médias pretônicas, média e desvio padrão dos valores em Hz de F1 e F2 de cada variante analisada.

A análise acústica preliminar realizada com os dados de fala lida, compreendendo uma tomada de médias dos valores em Hz de F1 e F2 mostra que no caso das vogais anteriores, tanto na fala masculina quanto na fala feminina a variante alta ocupa quase o mesmo espaço acústico que a variante média fechada e ambas apresentam-se bem distantes da variante baixa. Por outro lado, as vogais posteriores apresentam-se bem discriminadas acusticamente tanto na fala masculina quanto feminina, como podemos constatar melhor na Fig. 5.1.

Como já mencionado anteriormente, também detectamos casos de desvozeamento das vogais médias pretônicas no nível acústico. Ao todo detectamos 37 (trinta e sete) casos de vogais médias pretônicas desvozeadas. Registraram-se casos de vogais alvo desvozeadas nos vocábulos d/e/zesseis (8), /e/scravo (11), /e/stante (5), fut/e/bol (3), h/o/spitais (3), m/o/squ/e/teiros (2), s/e/gunda (1) e t/e/atro (4).

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Fig. 5.1 – Médias de valores de Hz de F1 e F2 das três variantes das vogais médias pretônicas dos dados de fala feminina (em rosa) e fala masculina (em azul) do corpus de fala lida da variedade de Belém (BE0).

6 Conclusões

O presente estudo teve como objetivo caracterizar acústica e qualitativamente as vogais orais átonas das variedades estudadas da Amazônia Paraense pela equipe da UFPA vinculada ao PROBRAVO. Apresentaram-se especificamente os resultados preliminares alcançados com as análises qualitativa e acústica das vogais médias pretônicas da variedade do português falada na capital paraense.

O material analisado compreendeu amostras de fala de 18 (dezoito) informantes nativos de Belém (PA) estratificados socialmente em sexo, faixa etária (15 a 25 anos; 26 a 45 anos e acima de 45 anos) e nível de escolaridade (níveis Fundamental, Médio e Superior), que foram gravados em situação de fala lida.

Os mesmos produziram 51 (cinquenta e um) vocábulos contendo as vogais pretônicas alvo, a partir da leitura de um texto sobre futebol. Ao todo analisaram-se 856 ocorrências das vogais médias em posição pretônica.

Com relação à analise acústica especificamente, foram tomadas medidas de média e desvio padrão de F1 e F2 (Hz) das vogais alvo.

No que diz respeito à análise qualitativa, os vocábulos foram classificados em invariantes – cab[e]ludo, c[e]rveja; pr[o]cissão, m[O]rador -; totalmente variantes – p/e/queno e b/o/rracha – e variantes – s[e]/[i]gundo, c[o]/[u]zinha -; além destes, foram detectados casos de desvozeamento vocálico da pretônica no nível acústico (fut/e/bol, /e/scola; c/o/madre, h/o/spital).

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De maneira geral, tanto a análise qualitativa quanto acústica dos dados tem confirmado a hipótese de harmonia vocálica no caso do alteamento das vogais médias pretônicas no dialeto em questão.

Entretanto, destoando das descrições sociolinguísticas, uma frequência de ocorrência das variantes baixas – [E] e [O] – maior do que as variantes altas - [ i ] e [ u ] - é registrada no corpus de fala lida do presente estudo.

Referências

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