COMUNICAÇÃO QUÍMICA DE PARASITOIDES
(HYMENOPTERA)
Dr. Josué Sant’Ana Brasília, outubro/2014(HYMENOPTERA)
INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICASInimigos naturais
• Predadores
• Patógenos
• Parasitoides
• Parasitas
2Inseto que se desenvolve, durante o estágio
larval, em um hospedeiro, alimentando-se
Parasitoide
larval, em um hospedeiro, alimentando-se
do mesmo e obrigatoriamente causando
sua morte
Vinson, 1976; Strand, 1986
Diachasmimorpha longicaudata Trichopoda pennipes (Diptera:
Adultos Larvas ufl.edu dirceugassen.com biocontrol.entomology.cornell.edu Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae)
Nasonia vitripennis (Hymenoptera:
Pteromalidae)
Trissolcus basalis (Hymenoptera:
Platygastridae)
Trichopoda pennipes (Diptera:
Tachinidae)
Ovos Pupas
4
espécies parasitoides:
HYMENOPTERA
5
DIPTERA
(reprodução)
Determinação do sexo é HAPLO-DIPLÓIDE
– as fêmeas são capazes de se reproduzir sem
acasalamento, mas isto irá gerar apenas macho
– a cópula, por sua vez, resulta na descendência de
ambos os sexos
COMPARATIVO COMPORTAMENTAL
Fêmeas de vespas parasitoides são geralmente “monândricas”
Machos copulam diversas
Acasalam “geralmente” com um
Param a produção de seu próprio feromônio após a cópula / Não são mais atrativas
Respondem a feromônios de
machos apenas quando são virgens
Machos copulam diversas vezes (poligínicos)
Acasalam “geralmente” com um macho durante um determinado período
9
A produção de feromônio não é afetada pelo status de
♂
11
Feromônio
FEROMÔNIOS ENVOLVIDOS EM TRÊS NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO SEXUAL EM PARASITOIDES (HYMENOPTERA)
1. Compostos voláteis de machos ou fêmeas (sem estabelecer contato direto com a fonte feromonal) / “long-range” or “short-range”
2. Feromônios de contato (menos voláteis) estão envolvidos no reconhecimento / “short-range”
3. Feromônios afrodisíacos liberados por machos tornam as fêmeas mais “receptivas”/ “short-range"
FEROMÔNIOS IDENTIFICADOS EM HYMENOPTERA
10 FAMÍLIAS
1310 FAMÍLIAS
26 ESPÉCIES
(Ruther, 2013)FEROMÔNIOS IDENTIFICADOS EM HYMENOPTERA Bethylidae Cephalonomia tarsalis Cephalonomia stephanoderis Goniozus legneri Braconidae Ascogaster quadridentata Ascogaster reticulatus Cardiochiles nigriceps Dendrocerus carpenteri Ichneumonidae Itoplectis conquisitor Syndipnus rubiginosus Pteromoalidae Dibrachys cavus Lariophagus distinguendus Chalcididae Brachymeria intermedia Dendrocerus carpenteri Spathius agrili Encyrtidae Oencyrtus kuvanae Eulophidae Diglyphus isaea Melittobia digitata Eurytomidae Eurytoma amygdali Figitidae Leptopilina heterotoma Platygastridae Trissolcus brochymenae Lariophagus distinguendus Nasonia giraulti Nazonia longicornis Nazonia vitripennis Roptrocerus xylophagorum Spalangia endius Trichomalopsis sarcophagae 14 (Ruther, 2013)
Glândulas mandibulares Glândulas tibiais
Glândula de dufour
LOCAL DE PRODUÇÃO DOS FEROMÔNIOS
Ovários Glândula cefálica Glândula antenal Vesícula retal Cutícula 15
QUAL É O SEXO EMISSOR E RECEPTOR DE
FEROMÔNIOS EM PARASITOIDES
HIMENÓPTEROS?
Na maioria das espécies os feromônios são liberados por fêmeas, mas os machos também podem ser emissores. Em
alguns casos ambos podem ser emissores.
COMPOSTOS VOLÁTEIS: longo e curto alcance COMPOSTOS VOLÁTEIS: longo e curto alcance
Comportamento de arraste e batimento de asas de machos
•Produzem feromônio na glândula mandibular •Experimentos: túnel de vento e campo
biologie.uni
Leptopilina heterotoma (Hym.: Figitidae)
•Experimentos: túnel de vento e campo
Fêmeas virgens atraem machos coespecíficos
Fêmeas copuladas não são atrativas
(Fauvergue et al. 1999)
• Os machos de Nasonia vitripennis (Hymenoptera:
Pteromalidae) atraem fêmeas virgens por meio do feromônio
sexual (4R, 5R) – e (4R, 5S) -5-hidroxi-4-decanolide (HDL)
• O feromônio é biossintetizados na vesícula retal do macho
• O feromônio é depositado no substrato e atrai fêmeas a
distância de até 5 cm
FEROMÔNIOS DE CONTATO FEROMÔNIOS DE CONTATO
•Envolvidos, principalmente, nos comportamentos de acasalamento e corte
BATIMENTO DE ASAS
MONTA
BATIMENTO DE ANTENAS
POSTURA DO CORPO
Feromônios de contato (short-range)
Originam-se de glândulas exócrinas associadas com a cutícula
HIDROCARBONETOS CUTICULARES
Reconhecimento
São pouco voláteis
Machos evitam fêmeas tratadas com extratos de machos Compostos específicos macho/fêmea
Reconhecimento e atratividade
roberttisserand.com
podem diferir de acordo
com o hospedeiro?
Fêmeas parasitoides eram criadas por várias gerações em
Lariophagus distinguentus (Hym.: Pteromalidae)
Após passarem uma única geração em
Mudaram o “perfil” de compostos cuticulares
viarural.com.ar
Sitophilus granarius (Col.: Curculionidae)
carruncho-do-trigo
Após passarem uma única geração em
Stegobium paniceum (Col.: Anobiidae)
gorgulho da farinha
(Kuhbandner et al. 2012)
Problema?
Compostos dependem da espécie hospedeira
Compostos podem variar de acordo com a espécie hospedeira
Problema?
Comportamento de acasalamento precisa ser melhor estudado É uma barreira reprodutiva
FEROMÔNIOS AFRODIZÍACOS FEROMÔNIOS AFRODIZÍACOS
autores, provavelmente atua como um feromônio afrodisíaco que o macho libera durante o
afrodisíaco que o macho libera durante o
Para comunicação intra e interespecífica
FEROMÔNIO DE MARCAÇÃO FEROMÔNIO DE MARCAÇÃO
Para comunicação intra e interespecífica
Atua na comunicação intraespecífica, ocasionando
dispersão
FEROMÔNIO DE ALARME
Liberados, normalmente, por Glândulas
extratos de partes de fêmeas coespecíficas
diferentes quantidades de skatole
Atua na comunicação intraespecífica, atraindo
machos e fêmeas
FEROMÔNIO DE AGREGAÇÃO
O composto responsável pela agregação foi o
Compostos não feromonais
Tempo de arraste de Lariophagus distinguendus frente aos odores de fezes de
Sitophilus granarius
Fezes de larvas do gorgulho atraem machos e fêmeas do
parasitoide
COMUNICAÇÃO INTRAESPECÍFICA DE PARASITOIDES
De que forma o conhecimento a respeito dos feromônios de parasitoides poderia auxiliar no manejo de pragas?
Por que ainda são tão poucos os estudos relacionados a comunicação química intraespecífica em parasitoides?
Ainda há muito o que explorar nesta linha de pesquisa,
principalmente com parasitoides de importantes pragas no Brasil
Cotesia flavipes (Hym.: Braconidae) X Diatrea saccharalis (Lep.: Crambidae)
Cana-de-açúcar Cana-de-açúcar
Spodoptera frugiperda (Lep.: Noctuidae) Helicoverpa armigera (Lep.: Noctuidae) Anticarsi gemmatalis(Lep.: Noctuidae) Tuta absoluta (Lep.: Gelechiidae)
Trichogramma galloi
Trichogramma pretiosum (Hym.: Trichogrammatidae)
Soja, feijão, tomate e milho
Diachasmimorpha longicaudata Diachasmimorpha longicaudata
Trissolcus basalis
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Dr. Josué Sant’ Ana
josue.santana@ufrgs.br