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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTES DNIT

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO DA COMISSÃO DE LICITAÇÃO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTES – DNIT

Pregão Eletrônico: 51/2011

SUL AMÉRICA PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º 01.424.685/0001-66, com sede em Cuiabá (MT), na Rua da Fé, n.º 567, Jardim Primavera, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, na forma do item 4 do ato convocatório do certamente, apresentar IMPUGNAÇÃO AO EDITAL e PEDIR ESCLARECIMENTOS, nos seguintes termos:

1. A despeito do Edital do Pregão Eletrônico em

epígrafe disciplinar detalhadamente vários aspectos da licitação para “(...)

prestação de serviços de limpeza e conservação (...)”, houve algumas

omissões e divergências em face da legislação aplicável, assim como algumas obscuridades, razão pela qual se faz necessária a análise desta impugnação.

1.2. Dentre as várias divergências legais e

obscuridades do Edital, destacam-se as seguintes:

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1.2.1. ALVARÁ DA VIGILÂNCIA SANITARIA.

O art. 27, II da Lei 8.666/93 exige para a habilitação da empresa licitação, a devida qualificação técnica, especificando em seu art. 30, II que a qualificação técnica será objeto de “(...) comprovação de aptidão

para desempenho de atividade pertinente e compatível (...)”, obviamente,

submetendo-se às regras legislativas aplicáveis ao objeto da execução contratada, conforme prescreve o art. 37, caput, da CF/88.

E o art. 24, XII da CF/88 estabelece que é

competência concorrente da União Federal, Estados e Municípios legislar sobre a proteção e defesa à saúde.

Nesse sentido, o art. 13, I, § 2º da Lei Estadual 7.110/1999 (Código Sanitário Estadual), estabelece que todo serviço de

limpeza é estabelecimento de interesse à saúde e sujeito ao controle sanitário,

conforme observado pela Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária, no ofício nº 0483/COVSAN/SVS/SES/MT.

Isto se deve ao fato dos serviços de limpeza

manusearem saneantes domissanitários, tal como, inclusive, é reconhecido,

por exemplo, no item 7.2.1.1., “e” do Anexo I do Edital (página 22), quando ao estabelecer as obrigações da contratada, afirma que deverá: “(...) proceder a

lavagem de bacias, assentos e pias dos sanitários com saneante domissanitário desinfetante, duas vezes ao dia (...)”.

O Município de Cuiabá, por sua vez, no art. 331 da Lei Complementar Municipal 04/1992 (Código Sanitário Municipal) estabelece que:

(...) Art. 331. As atividades que pretendam se localizar ou funcionar no Município do Cuiabá, ficam obrigadas ao prévio licenciamento pela Prefeitura.

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§ 1º. Incluem-se dentre as atividades obrigadas ao licenciamento, (...) as de prestação de serviços em geral (...)

(...)

§7º. Para a concessão de licença, Alvará de Funcionamento e Alvará Sanitário, será necessária a vistoria comprobatória das exigências desta Lei Complementar, quando for o caso.

E o art. 2º da Lei Complementar Municipal nº 083/2002, estabelece que “(...) Contribuinte da Taxa de Fiscalização de

Vigilância Sanitária são todas as pessoas físicas ou jurídicas, instaladas ou exercendo as atividades citadas no art. 331, da Lei complementar nº 004/92, no Município de Cuiabá. (...)”.

Mais especificamente no art. 3º, III, da Lei Complementar Municipal nº 083/2002, prescreve que a manipulação de agentes domissanitários obriga o prévio licenciamento sanitário:

(...) Art. 3º. A Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária será devida, anualmente, pelas fiscalizações realizadas de modo Sistemático, Periódico e Dirigido, valorada conforme as dimensões do que está sendo fiscalizado e a complexidade da fiscalização, sendo exigida em data e forma definidas por Decreto, como a seguir especificado:

(...) III - Estabelecimentos, unidades ou atividades que produzem, comercializam ou manipulam produtos, embalagens, equipamentos e utensílios que executam ações de média complexidade: (...) aplicadores de produtos saneantes domissanitários, (...) [destacou-se]

Fruto da competência concorrente prevista no art. 24, XII da CF/88, a Legislação Municipal de Cuiabá – arts. 331, §§ 1º e 7º da

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Lei Complementar Municipal 004/1992 e arts. 2º e 3º, III, da Lei Complementar Municipal 083/2002 – atendendo à regra estabelecida pelo art. 13, I, §2º da Lei

Estadual 7.110/199, obrigam o prévio licenciamento sanitário à todas as empresas que prestem serviços de limpeza com utilização de agentes domissanitários.

E a Coordenação de Vigilância Sanitária do Município de Cuiabá detém a competência para tal fiscalização ex vi do art. 1º da Lei Federal 9.782/99.

Além do mais, o próprio art. 8º, §1º, IV da Lei Federal 9.782/99 considera sujeito ao controle sanitário o manuseio de agentes

domissanitários, objeto da execução dos serviços de limpeza, ainda que em ambientes domiciliares ou coletivos comuns, não se restringindo a ambientes

hospitalares.

Neste sentido, em consulta formulada à Agência Estadual de Vigilância Sanitária de Mato Grosso, nos foi respondido que “(...)

Todo estabelecimento de prestação de serviço de limpeza é classificado como estabelecimento de interesse á saúde e está sujeito ao controle sanitário (...) Diante disso o citado estabelecimento deverá ter alvará sanitário para executar as atividades a que se propõe (...)”.

Por fim, a própria Justiça Federal reconheceu em pregão para limpeza predial do Fórum local, que “(...) toda empresa que

presta os serviços se pretende contratar nessa licitação precisa justamente ter um alvará sanitário, sem o que não pode funcionar (...)” [Doc. Incluso]

Portanto, é necessário retificar o edital para incluir a exigência do Alvará Sanitário para as empresas licitantes.

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1.2.2. IMPOSSIBILIDADE DE EMPRESA OPTANTE DO SIMPLES PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS QUE ENVOLVAM A LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA.

Embora o Edital mencione a possibilidade de participação de Micro e Empresa de Pequeno Porte na licitação, não restringe a impossibilidade de OPTANTES DO SIMPLES participarem da licitação, que naturalmente envolve a locação de mão-de-obra para a prestação dos serviços elencados no edital.

O Edital, tal como redigido, viola o disposto no art. 17, XII da LC 123/2006, que assim prescreve:

Art. 17. Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte:

(...)

XII – que realize cessão ou locação de mão-de-obra

Os serviços objeto da licitação só podem ser prestados mediante locação ou cessão de mão-de-obra, pois é fruto de

terceirização da mão-de-obra.

Portanto, é ILEGAL a possibilidade de uma empresa optante do SIMPLES prestar os referidos serviços licitados, devendo tal vedação estar expressamente prevista.

1.2.3. PLANILHAS INDIVIDUAIS PARA CADA LOCALIZAÇÃO?

Deverão ser elaboradas planilhas individuais por cada cidade mencionada na tabela de item 7.1. na página 21 do Edital,

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mencionadas para execução dos serviços?

Deverá ser cotado o ISS de cada município, já que pode haver variação na alíquota local?

As Notas Fiscais serão enviadas por cada unidade, ou, globalmente? Se o envio for global, como tratar a distinção de ISS de cada município?

E os custos de vale-transporte, deverão ser cotados pelo valor cobrado em cada município, ou, deverá ser utilizado o parâmetro geral de Cuiabá?

Na página 47, II valor mensal dos serviços demonstra a tabela da metragem TOTAL, diferente da página 21, item 7.1.1 que demonstra a metragem de cada cidade separadamente.

Sendo assim, Qual o quadro final a ser adotado? O quadro da página 47 onde a metragem é total, ou o quadro da página 21? É importante lembrar que há diferença no número de funcionário dependendo do quadro final a ser utilizado.

1.2.4. ENCARREGADO OU LÍDER DE EQUIPE?

Observando a quantidade de área para prestação dos serviços de limpeza objeto da tabela do item 7.1.1. da página 21 do Edital, segundo o índice de produtividade da IN 02/2008 do MPOG, observa-se que no total (em todas as cidades) serão necessários pouco mais de 11 funcionários, ao passo que nas demais cidades à exceção de Cuiabá, serão necessários apenas 1 funcionário para a prestação dos serviços.

A Convenção Coletiva só exige Encarregado para supervisão de no mínimo 30 funcionários, sendo que em quantidades inferiores haverá apenas um Líder de Equipe, com remuneração proporcional à

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quantidade de funcionários supervisionada.

Questiona-se:

1) Cotaremos encarregado ou Líder de Equipe? 2) Será necessário apenas para Cuiabá, ou,

deveremos considerar para todas os municípios do interior envolvidos na prestação dos serviços? 3) E as despesas com locação do encarregado ou

líder de equipe, para os municípios do interior, como serão cotadas?

1.2.4. PLANILHA DE MATERIAIS.

A planilha de materiais solicitados na página 33 do Edital, apresenta dois tipos não passíveis de cotação.

1º) A soda cáustica é proibida de manipulação pela Vigilância Sanitária;

2º) Inseticida, ainda que comum, só pode ser utilizado por empresa habilitação para dedetização, que não coincide com a

limpeza predial, segundo normas da Vigilância Sanitária.

Questiona-se:

I – Será excluída a soda cáustica dos materiais exigidos?

II – Quando houver necessidade de manipulação de inseticidade, poderá ser subcontratado empresa para dedetização? Como será cotado o custo?

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1.2.5. COTAÇÃO DOS MATERIAIS E INEXEQUIBILIDADE DO ORÇAMENTO PROPOSTO.

A planilha de preço estimado da licitação – página 48 do Edital – não é exequível se for incluído os custos reais dos materiais, conforme orçamento incluso.

Sendo assim, questiona-se:

1º) O valor estimado da página 48 do Edital, exclui o custo dos materiais?

2º) Em caso negativo, poderá ser desconsiderado para exeqüibilidade da proposta?

1.2.6. SERVIÇOS DE JARDINAGEM.

No item 7.2.3.3. da página 24 do Edital, exige-se a

capina mensal, assim como na página 32 do Edital, são exigidos equipamentos

para jardinagem, tais como: roçadeira, motosserras, etc.

O serviço de jardinagem é exclusivo de Jardineiro, conforme prevê a Convenção Coletiva em vigor, não podendo ser realizada por servente de limpeza.

Questiona-se:

1º) Como cotar os serviços de jardinagem, atendendo às regras da Convenção Coletiva em vigor?

2º) Que tipo de equipamentos deverão ser disponibilizados para esses serviços? Que tipo de motosserra, por exemplo?

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3º) Onde deverão ser computados os custos com estes equipamentos?

1.2.7. QUANTIDADE DE CESTO DE LIXO?

No item 9.19 da página 27 do Edital, exige-se a o fornecimento de sacos e cestos de lixo na execução dos serviços.

Questiona-se:

1º) Quantas cestas de lixo serão necessárias?

2º) Onde cotar esse custo?

1.2.8. HORAS-EXTRAS DEVERÃO SER INDENIZADAS.

No item 2.1.3. da página 65, a minuta do contrato obriga que a empresa contratada arque sem ônus da Contratante com o pagamento de Horas-Extras que se fizerem necessárias.

Contudo, tal cláusula implica em violação do disposto no art. 10 da IN 02/2008 do MPOG, vez que autoriza a ingerência da Contratante na fixação da jornada, e, ainda elimina a contrapartida do pagamento.

Indispensável, portanto, sua exclusão do edital, por flagrante ilegalidade.

2. Ante o exposto, respeitosamente REQUER o

CONHECIMENTO desta impugnação e o seu PROVIMENTO para o fim de prestar os esclarecimentos e retificações ao edital necessárias em resposta aos questionamentos enumerados no item 1.2 e seus subitens acima.

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Pede Deferimento.

Cuiabá (MT), 04 de abril 2011.

SUL AMÉRICA PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA Representante Legal

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