• Nenhum resultado encontrado

Laboratório, embriões, mães, médicos e éticas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Laboratório, embriões, mães, médicos e éticas"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

Laboratório, embriões, mães, médicos e éticas Marlene Tamanini

Universidade Federal do Paraná Embrião; laboratório; mães; éticas.

ST 37 - Aborto e tecnologias reprodutivas conceptivas: reprodução humana e sua interface com as dinâmicas sociais

Introdução

Desde há algum tempo venho pensado sobre como mudam as éticas quando se trata do uso de embriões para diferentes fins e se nessa mudança estaria em questão a maternidade ou a natureza do embrião, ou se seria uma falsa questão? Em geral, quando se fala de aborto, utilizam-se argumentos tanto a favor como contra o ato e, no interstício, com esta ordem simbólica, muitos se recusam a discutir sua descriminalização. Os últimos baseiam-se em pressupostos construídos sobre os dilemas da origem da vida, do pecado, e por vezes, do crime. Os primeiros discutem a autonomia da vontade da mulher e a morte das mulheres e nesse caso, o assunto é introduzido nos parâmetros do que deveria reger a saúde pública no Brasil, porque embora, raramente se morra por aborto, seguramente, morre-se em conseqüência de seqüelas de aborto, realizado em condições de risco de todas as ordens, com recortes geracionais, de classe, de gênero importantes, nessa relação com a morte, e que necessitam serem visibilizados com bancos de dados e registros claros, nacionais, para de fato poder-se estabelecer a magnitude do problema, e desfocar os critérios regionais, que estão gerando os processos atuais referidos a estimativas, vinculadas aos centros onde se tem algum tipo de estudo ou dado e carecendo de expansão.

Os problemas também mudam sua natureza quando se trata do embrião nidado no útero de uma mulher e concebido por relação sexual, a partir do encontro entre óvulo e espermatozóide no interstício da ordem reprodutiva sexual, e quando se trata do embrião em processos de reprodução assistida em laboratórios, ou do uso dos embriões para pesquisa, cujo apriori já é sua construção fora do corpo, com células potencialmente reprodutivas: óvulos e espermatozóides, ou células matrizes utilizadas em processos de clonagem.

Ao tratar-se da sua nidação no útero, o foco dos argumentos pro e contra a descriminalização são com freqüência sobre a concepção e sobre a potencialidade da pessoa, sobretudo, esses, aparecem sempre referidos a possibilidade da continuidade da vida, situação que se viabiliza somente se o embrião for transferido para um útero, se nidar em um útero, e encontrar as condições de trocas biológicas para chegar a termo. Isso depende exclusivamente de um outro

(2)

corpo, o da mulher que o sustenta e lhe dá o suporte e que deseja ou não, vir a ser mãe. No conjunto desse processo que não é meramente natural, mas que envolve questões de decisão da vontade, sobre seguir com o concepto, pressupõe-se a autonomia da escolha e as condições de decisão. Não haverá transformação em futuro feto, em futuro bebê e em futura criança se isto não for um ato deliberado da mulher que recebeu uma quantidade de células germinativas, os espermatozóides, que se uniram aos seus óvulos, e que compõe um ovo. Agora nidado no útero, representa uma quantidade de células embrionárias humanas, material humano reprodutivo que poderia seguir se desenvolvendo naturalmente, ou não, já que muitos óvulos fecundados são expelidos sem que ninguém se dê conta disso. Mas que uma vez nidados, em se tratando de gravidez para fins de feto, bebê, filho, criança, precisa da decisão e do desejo atuante da mulher no processo das escolhas, embrião sem útero não se transforma em vida. Desse ponto de vista, a fertilização em laboratório não é nada por si só. O zigoto não tem potencialidade para criar um ciclo vital sem um útero. Os processos estão todos separados do corpo da mulher, e o embrião ganha outro lugar em relação ao corpo. Pode ser criopreservado e escrutinado, escaneado de todos os modos, por interesses outros, referidos a processos de pesquisa, os mais diversos. O embrião é um material humano que pode vir a ser, ou servir para muitos fins, tanto reprodutivos, quanto para produzir células, outros órgãos, ou para bases em pesquisas experimentais, embora, como é resultado de um processo que envolveu gametas de homens e de mulheres, ou de mulheres, ele está enredado em uma questão de direito que exige um ato de cessão, já que não se pode tirar de um casal o direito sobre os embriões, e que não se pode servir à fins de comercialização nem de eugenia.

Existem, portanto, diferentes posicionamentos e possibilidades de discussões éticas e de direitos quando se trata das diferentes naturezas dos assuntos, incluindo-se o aborto legal por razões de estupro, de risco de vida da mãe e de mal formação que não é objeto desta minha reflexão. Nesse caso, há necessidade de implantação, capacitação e expansão da rede de serviços de atendimento nos hospitais, no sistema público de saúde, conforme rege nossa constituição federal. O Estado tem que prover o serviço, isso precisa deixar de ser crime na ordem prática e ser normatizado com regulamentação legal e serviços médicos, portanto, estão em questão parâmetros de assistência, segurança, e regulamentação, contratação de médicos para os serviços e representação junto ao Ministério Público quando isso não se cumpre, além da divulgação sobre esse direito.

Além desses aspectos, há que se pensar como se inserem noções sobre o estatuto da vida e da pessoa, tomados muitas vezes como um apriori. Situação sobre a qual irá se referir o Ministro Cezar Peluso, diante da corte de julgamento sobre o uso das células tronco em seu voto recente, no dia 28 de maio de 2008, ao dizer: “a potencialidade do zigoto de criar um ciclo vital não basta para se identificar uma vida ou reivindicar a aplicação do Estatuto Ético da vida”, disse: “É difícil que

(3)

um óvulo ou um espermatozóide tenha capacidade, por si só de criar uma vida”1. Ou como se referiu um médico que entrevistei quando da ocasião do campo de minha tese em 2001, dizia: nós somos absurdamente hipócritas em relação ao aborto, veja só, se eu derrubar uma pipeta com um embrião dentro dela. E esse embrião se perder no ralo, ou no chão. Quem abortou? Fui eu? Foi a pipeta? Foi a mãe que me entregou o embrião? Resguardadas as naturezas dos embriões e as proporções que cada contexto, o do útero e o do laboratório trazem, e a necessária discussão sobre os valores que estamos protegendo ou não. Essas situações nos levam, conforme já me referi para lugares argumentativos diferentes. No caso do embrião do útero da mãe, seguramente nos levam para um campo teórico e de ética prática focado sobre a visão concepcional e evolutiva. Na visão concepcional a vida humana tem início tanto ontologicamente como eticamente no momento da concepção, originando-se o ser humano enquanto pessoa. Esse é o posicionamento que encontramos na teoria oficial da Igreja Católica, cujos pressupostos se baseiam na potencialidade e no conceito de pessoa. Na verdade, nesse caso, a potencialidade é reduzida em favor da idéia essencializada do zigoto como pessoa. Na visão evolutiva, a vida humana teria seu começo, e seu status moral, através do surgimento de algum traço morfológico ou evolutivo do embrião, ou em determinado momento do processo de gestação.

No caso do laboratório a matéria é remodelada, a noção de embrião com o algo pronto, potencialidade de vida, parece não existir. O natural é um corpo fértil e é nesse sentido que se desenvolverão todos os esforços, não importando, se sobre ovários, útero, ou embrião, tudo é tomado como matéria passível de ser trabalhada para um determinado fim. Nesse contexto, entram em questão argumentos éticos de cunho relacional me apropriando das reflexões do bioeticista Miguel Kottow2. A teoria relacional correlaciona o início da vida humana com a autonomia da gestante em aceitar ou não a gravidez como desejada para os fins do útero. Mas como o começo da vida não é um acontecimento biológico unicamente enfocado no zigoto e quando referido a mulher ele está inserido na dinâmica da aceitação. No laboratório, eu diria, que se insere na dinâmica de um vir a ser, a partir de todo um aparato tecnológico e de responsabilidades e pesquisas de especialistas, que decidem sobre, e como fazer esse material reprodutivo. Nesse ponto recolocam-se algumas questões de ordem ética como diz Peluso3: “ Não se encontra fundamento algum para tirar do casal o direito sobre os embriões”, de modo, que se essa colocação está no contexto do uso das células tronco ela também serve para o contexto da doação embrionária ou do descarte. Os argumentos da autonomia da vontade e sobre a decisão, tão utilizados para a defesa da descriminalização do aborto, entram no contexto da reprodução assistida de modo invertido, insere-se a autonomia da vontade e da decisão para fazer embriões que são manipulados de todas as formas, para a busca de filhos em laboratório. Se o filho é um investimento do desejo e do amor, o embrião está a esse serviço, entra na ordem simbólica, e política como possibilidade de intervenção

(4)

também por razões de eugenia, ou de sexagem, ou de diagnóstico pré-implantacional, ultimamente no uso de células tronco para pesquisa.

Nesses diferentes processos as óticas se conectam de outro modo, no laboratório, a divisão celular marca o movimento de uma matéria em direção a algo que precisa ainda ser definido em termos do fim a que se destina e que necessita ser conquistado pelas condições do laboratório, dos processos de intervenção, da escolha dos gametas, da sua capacitação e performance. Envolve as decisões de muitos agentes, desde sobre o que fazer com o material reprodutivo, como em processos de transferência e da nidação em um útero. A continuidade dependerá por vezes, de medicamentos disponíveis, do dinheiro, das condições desse endométrio, das condições da família e sobretudo, do processo das mulheres que ai se encontram. Nem a sacralidade da vida, e nem a culpabilização da mulher se confrontam nesse lugar. Situação que por espelhamento, pode jogar matizes importantes na discussão sobre o aborto a partir de ditames éticos compreendidos desde outras metáforas sobre reprodução, gênero e ciência.

Embrião matéria de outra natureza?

Dadas às circunstâncias que nos fazem pensar essas questões acreditamos que cada vez mais se faça necessário esclarecer com precisão os contextos de nossas falas, precisar os conceitos que nelas utilizamos, sob pena de que se não o fizermos estaremos misturando muitas dinâmicas, com conteúdos éticos, morais, sociais, laboratoriais e biológicos diferentes no interior de argumentos amorfos e homogêneos que em nada esclarecem as lutas políticas, mas igualmente, não esclarecem as possibilidades de tomadas de decisão éticas. Deste ponto de vista carece-se de uma linguagem e de uma terminologia precisa para avaliar os problemas do campo reprodutivo.

Hoje no contexto laboratorial pode-se falar em processos absolutamente separados em se tratando de confeccionar o embrião, transferir para o útero, de nidação e desenvolvimento da gestação. Também se pode separar a mãe biológica, da mãe genética, e ainda a mãe uterina, o que exporia o embrião como um material reprodutivo, a graus muito diferentes de intervenções. A concepção vinculada ao ato sexual que fez parte das muitas discussões do passado, hoje não encontra fundamento no contexto do laboratório. Fora dele, as pessoas que se opõem à realização do aborto afirmam que a gravidez se inicia com a fecundação, e que toda intervenção que tenha como objetivo a eliminação do óvulo fecundado caracterizará o aborto. Na constituição a caracterização do crime de aborto tem como pressuposto necessário a preexistência de vida intra-uterina, isto é, gravidez, pois a gestação é circunstância elementar do tipo penal (artigo 124 e ss.do Código Penal). No caso, do laboratório abstraindo-se a questão de que o embrião contém capacidade de divisão celular se não for criopreservado, descartado ou utilizado para outros fins,

(5)

não há como estabelecer relações com aborto porque se trata de outra ordem de coisas. De outra natureza, não há gestante a priori. Diz Peruso: quem seria a gestante na hipótese das pesquisas? Os tanques de nitrogênio líquido? 4 Nesse caso, as discussões sobre pessoa, não existem, as discussões sobre potencialidade somente em circunstâncias relacionadas aos fins, que podem ser outros, que não um feto, ou a confusão ainda maior com a idéia de filho congelado que também encontrei em campo. Pesquisar embriões, insentos das noções de pessoa, de vida humana e inseridos na potencialidade de um material reprodutivo é o que está permitindo ações sobre esse material genético em laboratório, seja ele para reprodução assistida ou para outros fins. Segundo Argumento de Peruzo do qual me aproprio mais uma vez: No aborto temos uma vida no útero que só será interrompida por intervenção humana, enquanto que, no embrião congelado, não há vida se não houver intervenção humana. É preciso haver intervenção humana para a formação do embrião, porque aquele casal não conseguiu ter um embrião por fertilização natural, e também para inserir no útero. As ordens parecem ser diferentes para a referência embrião congelado, embrião implantado e o feto, o ser humano e a criança ou adulto, que no caso é portador da noção de pessoa humana.

Em estudo recente, que realizamos a partir das análises de resumos de artigos da área biomédica, coletados de 11 sites, onde a informação se encontrava completa e acessível, dentre as 57 clínicas brasileiras que aparecem filiadas a Rede Latino-americana de Reprodução Assistida1. Referidos a profissionais especialistas, por vezes, aos alunos que integram equipes desses centros e/ou clínicas. Constamos o imaginário, a curiosidade, os testes, os prognósticos, os resfriamentos, os descongelamentos e os escaneamentos dos materiais genéticos reprodutivos e sobre embriões como parte constituiva de qualquer ação de especialistas hoje em reprodução. O embrião entra no campo como um material de pesquisa para esses estudos e em ordem de hierarquia pelo significado de sua dimensão, (15.02% dos 193 resumos ), ele ocupa a terceira posição na enorme quantidade de temas espalhados sob muitos pontos. Como espermatozóide e sêmen que ocupam 34.71%, dos temas vindo em primeiro lugar, 67 vezes, no ranque das composições totais dos 193 resumos. Seguido de uma multiplicidade de enfoques ligados aos produtos como resultados das interações com o corpo feminino, como os hormônios que merece destaque por ocupar a primeira posição quando é referido a mulher e a segunda posição dentre os temas gerais, vindo na seqüência dos espermatozóides, e antes dos óvulos que representam (9.84%). Problemas com útero ocupam

1 Para isso indentificou-se quais eram as clinicas filiadas, trabalho que foi realizado pelo bolsista de iniciação científica

Diógenes Parzianello. Essa busca concretizou-se pelo acesso ao site da rede, em idioma português, durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2007, identificou-se o número de 134 centros a ela pertencentes. A partir desse dado, fez-se uma primeira entrada nos sites de cada clínica, de modo a identificar o que eles permitiriam retirar para fins de atender a objetivos mais amplos, que ultrapassavam as preocupações com este artigo e sistematizou-se o material que pode-se eocntrar nesse texto que está referido apenas aos resumos dos trabalhos dessas equipes publicados em jornais, revistas, congressos e/ou em forma de teses e dissertações.

(6)

(7.7%), endometriose (2.07%), ultrassom (1.5%), problemas com gestação (1.03%), quase sempre exclusivamente femininos, ou aos produtos, e medicamentos que interagem com o corpo feminino. A técnica com laser (1%), merece destaque porque está diretamente envolvida com uma tecnologia que pode ser utilizada para o melhorando do procedimento sobre embriões e conseqüentemente nos resultados nas taxas de fertilização, clivagens de embriões e de gravidez.

O embrião pode ser destacado fora do corpo da mulher está quase sempre referido a procedimentos executados sobre ele, como: a avaliação da eficácia de laser terapia sobre a zona pelúcida de embriões criopreservados, as falhas de implantação depois da FIV ou ICSI e metodologias de hatching (romper a couraça) para adelgar, afinar a zona pelúdica do embrião e facilitar sua implantação. Comparação entre a criopreservação de embriões humanos obtidos depois da ICSI com lento refrigeramento e procedimentos rápidos de refrigeramento. Avaliação dos lugares de implantação do embrião depois da transferência para a zona central da cavidade uterina. Estudos comparando culturas de embriões com produtos mercadológicos diferentes. Seleção de embriões por parâmetros de clivagens entre 25 e 27 horas depois da ICSI. Estudos sobre controle da poluição do ar em reprodução assistida em laboratório e nas áreas adjacentes que influenciam sobre o desenvolvimento e formação dos embriões e a freqüência das taxas e diminuição dos abortos. Estudos sobre as vantagens de múltiplos congelamentos de embrião em programas de transferência, avaliação da morfologia pronuclear com subsequente avaliação da morfologia do embrião e a relação com aumento de taxas de implantação. Doação de embriões para pesquisa com interferência da mídia na decisão do casal, e outros temas aparecem em menor volume, como o que fazer com os embriões excedentes e com as baixas escolhas dos casais depois da reprodução assistida. Temas como doação de gametas, embriões in vitro, e cessão temporária de útero, aparecem em dois estudos dos 15,02% referidos ao assunto embrião e são considerados ferramentas que por questões morais, de ética e de direito estão fora do comércio.

Os temas ligados a questões de ambiente, comportamento e disposições estruturais aparecem em 5.18% dos 193 artigos. Esses estudos são comparações e controles sobre tóxicos voláteis e componentes orgânicos e químicos (partículas), que podem enfraquecer o desenvolvimento do embrião e as taxas de gestação. Eles avaliam o impacto de padrões de medidas para o controle da qualidade do ar no interior do laboratório de FIV e áreas adjacentes a fertilização, ao preparo e desenvolvimento do embrião, gravidez e taxas de fracassos em ciclos de ICSI com severos fatores de infertilidade em homens.

A intervenção médica cotidiana parte do pressuposto de que há necessidade de ajudar a natureza, devolvendo-lhe sua capacidade, que é entendida como uma “capacidade reprodutiva” e que está lá, em algum lugar, precisando ser acordada e ajudada pela ciência. A fixação do olhar sobre a performatividade desse embrião permite observar que ele tem uma falha: não pode procriar.

(7)

Essa natureza corporal necessita ser capacitada pela medicina, que tratará de transformar o seu potencial “infértil”, dando-lhe uma condição que lhe permita manifestar fertilidade.

A questão colocada é se essa intervenção médica, ao modificar o embrião como um corpo a “capacitar”, não estaria já remodelando a matéria, isso é intervenção no processo de fazer a vida, contudo é aceito.

A questão é: gera-se embrião ou instrumento técnico? Se o ponto de partida for o embrião, se ele mesmo constituir a condição que falta ao corpo para que o útero engravide, então o embrião pode ser o instrumento técnico fundamental à gravidez. Se o embrião for considerado como a natureza que precisa de um lugar para se desenvolver, então o corpo é o instrumento para o desenvolvimento dessa vida “natural”, em latência como ser. Isso confunde natureza e técnica e permite colocar um ou outro em perspectiva, a depender do foco e do que interessa escolher. É a possibilidade de escolhas que está dada, segundo Strathern (1991).

Referências

MORI, Maurizio. A moralidade do aborto: sacralidade da vida e o novo papel da mulher. Tradução de Fermin Roland Schramm. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

STRATHERN, Marilyn. Reproducing the future: ensays on anthropology, kinship and the new reproductive technologies. Oxford Road, Manchester University Press, New York: Routledge, 1992.

KOTTOW, Miguel. Bioética del comienzo de la vida. Cuántas veces comienza la vida humana?

Revista de Bioética e Ética Médica publicada pelo Conselho Federal de Medicina. Brasília Vol. 9, nº 02, p. 25-41, 2001.

TAMANINI, Marlene; PARZIANELLO, Diógenes. Da critica à medicalização tecnológica reprodutiva às tecnologias sem corpo. In: II Seminário Internacional Enfoques Feministas e o Século XXI: Feminismo e Universidade na América Latina; VI Encontro da Rede Brasileira de Estudos e Pesquisas Feministas – REDEFEM; II Encontro Internacional Política e Feminismo, 2008. Anais... Belo Horizonte. GT09: COSTA, Suely Gomes; DINIZ, Débora, Direitos Reprodutivos e Bioética, REDEFEM, 2008. 1 CD ROM

SINGER, Peter. Ética prática. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2002

1 PELUSO, Cezar. VOTO. Disponível em: <http://conjur.estadao.com.br/static/text/66801?display_mode=print>.

Acesso em: 19 jun. 2008.

2 KOTTOW, Miguel, 2001. 3 Op.cit.

Referências

Documentos relacionados

Embora o momento ideal para obtenção de sementes de alta qualidade, seja logo após a maturidade fisiológica, a alta umidade da semente e da própria planta, associada ao

À Deus pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos. A minha mãe, pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do curso de pós-graduação e

Derivaram de ações capazes de interferir no dimensionamento desta unidade, especialmente que atuassem sobre as vazões e qualidades de água a demandar e

“...é a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Os resultados revelam que os estudantes apresentaram dificuldades na elaboração dos mapas conceituais devido a não utilização deste instrumento no processo de ensino, porém

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

Se pensarmos nesse compromisso de engajamento como fator primordial para o exercício de ativismo pelas narrativas artísticas, a proposta de divisão dos conceitos