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Corte de salários na Função Pública para conter défice P6

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Século Desportivo

Todas as equipas

portuguesas

eliminadas da

Liga Europa

Coronavirus: Portugal não está imune!

-

Cuidados a ter

P10

Marcelo celebrou Entrudo Chocalheiro

P16

"O risco para as

classificações

de crédito da

África do Sul

tornou-se mais

pronunciado"

- Tito Mboweni

Depois de 35 anos de sólida experiência, oferecemos:

Soluções legais e avançadas na sua vida comercial;

Controle e racionalização da massa trabalhadora; Reacção rápida e eficiente em circunstâncias traumáticas - disputas matrimoniais, falecimento de ente queridos, acidentes

de percurso, e ataques cerrados de Autoridades Reguladoras

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Bedfordview * Tel: +27 11 622 0960 * 072 881 3970 * 010 023 0824

Cell: +27 (0) 72 153 6760 * E-mail: tavio@roxolaw.co.za

Brexit

Xenofobia e discriminação

contra portugueses

P5

Entrevista

Paula

Caetano

fala sobre

o presente

e futuro

do Século

Cardeal D. Tolentino

Mendonça no

Conselho Pontifício

da Cultura

P5

Orçamento de Estado sul-africano

Corte de salários na Função

Pública para conter défice

P6

Director: F. Eduardo Ouana * Sub-directora: Maria João Silveira

Contactos: 011 496 1650/7 * seculo@oseculo.co.za SEGUNDA-FEIRA, 2 DE MARÇO DE 2020

P12/13

(2)

PÁGINA 2 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 2 DE MARÇO DE 2020

VIDA RELIGIOSA

HORÁRIOS DAS MISSAS EM PORTUGUÊS

JOANESBURGO

Crown Mines - St Anthony Catholic Church

Morada: Church Street, Crown Mines, 2025, Johannesburg, South Africa

Pároco: Pe Miguel de Lemos CM;

Ernesto Zunguze

Horário das Missas e Confissões em Português:

Domingo: 06:00 e 10:00; terça-feira: 19:30; quarta-feira:

09:30; quinta-feira, sexta-feira e sábado: 19:30 ; Confissões todos dos dias de missas, meia hora antes da Eucaristia; também por pedido telefónico.

Contactos +(27) 011 837 2739

crownmines.stanthony@catholicjhb.org.za

Brentwood Park - Our Lady

of Fatima Catholic Church

Morada: 54 Great North Road, Brentwood Park, 1505,

Johannesburg, South Africa

Pároco: Pe Malcolm Mclaren

Horário das Missas em Português: Terça-feira / Sexta-feira: 08.30 Domingo: 10.00

Contactos: +(27) 082 576 3260

brentwood@catholicjhb.org.za ; insf@ananzi.co.za

La Rochelle - St Patrick Catholic Church Morada: 9 Fifth Street, La Rochelle, 2197,

Jo-hannesburg, South Africa

Párocos: Pe Jorge Guerra CS /

Pe Ivaldo Bettin CS

Horário das Missas e Confissões em Português: Domingo: 08:00; terça-feira: 09:00; Confissões: sábado 19:00 Contactos: +(27) 011 435 0393 larochelle.stpatrick@catholicjhb.org.za stparick.larochelle@gmail.com

Belgravia - St Anne Catholic Church Morada: 65 Boom Street, Belgravia, 2094,

Johannesburg, South Africa

Pároco: Pe Ronald Houreld OMI Horário das Missas e Confissões em Português:

Domingo: 10:00; Confissões

por marcação prévia. 011 837 2739

Contactos: +(27) 011 618 9011

belgravia.stanne@catholicjhb.org.za; office@saintannes.co.za

Malvern - Blessed Sacrament Catholic Chucrh

Morada: 15 Mullins Road cnr Pandora Rd,

Malvern East, Germiston, 1401, Gauteng, South Africa

Pároco: Pe Tony Daniels OMI Horário das Missas em Português: Domingo: 08:15, 10:00, 11:45, 17:30;

segunda, quarta e quinta: 06:25, 09:00; terça: 09:00; sexta: 06:25, 08:00

Contactos: +(27) 011 616 4008

malvern.blessedsacrament@catholicjhb.org.za parishoffice@blessedsacrament.org.za

Bez-Valley

- Holy Angels Catholic Church Morada: 32 Kitchener Avenue,

Kensington, 2094, Johannes-burg, South Africa

Pároco: Pe Arnaldo Nyathi Horário das Missas e Confissões em Português: Domingo: 08:15; terça: 08:30; Confissões: sábado 16:30. Contactos: +(27) 011 614 3183 bezvalley.holyangels@catholicjhb.org.za holyangels@iburst.co.za

Primrose - St Joseph Church Morada: 7 Gumtree Road, Primrose,

1401, Johannesburg, South Africa

Pároco: Pe. Laszlo Karpati

Horário das missas em Português: Sábado: 18:30 e quinta-feira: 09:30. Contactos: +(27) 011 828 1782,

072 041 3914 (padre) kalaszlo57@gmail.com

Rosebank - Immaculate Conception Catholic Church

Morada: 16 Keyes Avenue,

Rosebank, 2196, Johannesburg, South Africa

Pároco: Pe António Nunes Horário das Missas e Confissões em Português:

Sábado: 19:30; Confissões: segunda,

quarta, quinta e sexta 18:30

Contactos: +(27) 011 788 5226

rosebank.immaculateconception@catholicjhb.org.za info@rosebankcatholicchurch.org.za

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We specialise in Road Accident Fund work. If you have been injured in an

accident kindly contact us in order to ascertain whether you have a claim.

Somos especializados no Fundo de Acidentes Rodoviários. Se foi ferido em um

acidente, entre em contacto connosco para verificar se possui uma reivindicação.

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20517

VIDA ASSOCIATIVA

APF DE VANDERBIJLPARK - O presidente interino da

Mesa da Assembleia-Geral, Quintino Valente, faz saber que vai ter lugar uma assembleia ordinária na sede desta Associação, no sábado dia 7 de Março de 2020, às 19:30, para apresentação de corpos gerentes para as seguintes tarefas:

1. Mesa da Assembleia, 2. Conselho Fiscal e

3. Proposta para aumento de quotas.

Pede-se a comparência de todos os sócios da Colectividade com as devidas quotas em dia e podendo fazer o mesmo até meia hora antes do início da assem-bleia. Se não houver número suficiente de sócios a reu-nião iniciará com o número de presentes meia hora de-pois.

Quintino Valente - Presidente Interino da Mesa da Assembleia Geral da APF Vanderbijlpark (083 6266 550).

ACADEMIA DA FERRUGEM - 27º Aniversário a 18 de

Abril 2020 com jantar comemorativo, no salão nobre do Núcleo de Arte e Cultura, pelas 19.00 horas, que contará com a presença de entidades oficiais.

Ementa: Sopa de vegetais, feijoada de marisco, galinha frita à NAC, carne de Porco assada com batatinha, arroz e salada. Sobremesa e cafe

A noite vai ser abrilhantada pelo conjunto SHABADAB Contactar Rogério Nascimento, 071 874 4246 ouTiago 082 636 6942.

GRUPO MAFIOSOS DE CARIDADE - “Os Mafiosos de

Caridade” realizam todas as segundas-feiras, pelas 13h00, o seu almoço semanal, no qual todos são bem-vindos.

Para mais informações contactar José Ferreira - 064 032 5250

TERTÚLIA SANTO E PECADORES - Todas as

terças-feiras, com início às 13 horas, no Restaurante Adega, de Bedfordview, realiza-se a confraternização semanal sob a liderança do presidente José Santos.

ACADEMIA DO BACALHAU DE JOANESBURGO

-Todas as quintas-feiras a partir das 13 horas, convívio semanal. Para mais informações: Analiza: 084 615 5005 Whatsapp; João Carreira : 082 453 1880 Whatsapp.

CONVÍVIO DOS AMIGOS UNIONISTAS ÀS QUARTAS-FEIRAS - Informa-se que todas as quartas-feiras,

real-iza-se o Almoço dos Amigos Unionistas, que começa às 13 horas com pratos típicos portugueses. Para mar-cações contactar o restaurante, 011 434 4769.

Começo por dizer que continuo hoje – e cada vez mais – a ser benfiquista de corpo e alma. Mas, dito isto, sou o primeiro a criti-car o meu clube e a dizer que não estão a jogar um caracol! Contra isso bata-tas!

Parece que há seis jogos para cá, os jogadores pura e simplesmente deixaram de saber jogar à bola! É la-mentável, porque os adep-tos não deixaram de saber apoiar. Não deixaram de comprar camisolas e ca-checóis, bilhetes e viajar para apoiar a equipa fora.

Culpa-se o treinador por-que substituir um treinador e a sua equipa técnica é muito mais fácil e barato do que correr com 23 joga-dores. Pela cara do treina-dor que gesticula e brada, vê-se que não é só ele.

Não digo que esteja isen-to de culpas no cartório e não concordo sempre com as escolhas dele, mas estou aqui a falar na condi-ção de adepto e apaixona-do apaixona-do meu clube. E isto serve para adeptos de outros clubes também, que por certo sentirão a mesma coisa.

Há trinta anos que todas as equipas portuguesas presentes nas competi-ções europeias não eram eliminadas na mesma jor-nada e isso – mais do que para as próprias equipas lusas – é um desprestigio para Portugal. Este ano SL Benfica, Sporting CP, FC Porto e Sporting de Braga foram todas eliminadas ao mesmo tempo. A agravar este facto, está que tanto o Benfica como o Porto fo-ram eliminadas antes da Liga dos Campeões.

Ora, nós temos uma Se-lecção brilhante com joga-dores fantásticos e temos, a meu ver, o melhor joga-dor do Mundo. Mas a Se-lecção não reflecte o cam-peonato português, até porque 90% dos seleccio-nados jogam fora de Por-tugal.

A Liga reflecte a falta de visão dos clubes que pas-sam mais tempo em tricas do que a trabalharem jun-tos para termos uma Liga mais competitiva a nível internacional. E gerida de forma mais profissional.

Admite-se clubes com or-denados em atraso? Com “relvados” que mais pare-cem campos lavrados? E sem motivação, porque não competimos pelos

maiores títulos europeus, para cativar e manter jo-gadores.

O Benfica ganhou a Taça dos Campeões Europeus em 1960/61 e 1962/62; o Porto em 1986/87 e 2003/04. O Sporting tem uma Taça das Taças em 1964 e a última final euro-peia que disputou foi em

2005 da Taça UEFA (agora Liga Europa).

Isso não reflecte em nada a grandeza dos jogadores que Portugal já deu ao Mundo, muito menos a for-ça da nossa Selecção. Reflecte sim que quanto mais fraca é a mentalida-de, mais fraco é o colecti-vo.

Grandeza internacional

face à pequenez nacional

O Meu Aparo!

por Michael Gillbee

A Casa do Benfica, em Pretória, tem or-ganizado para o próximo sábado, 7 de Março, o seu almoço mensal de convívio, a iniciar pelas 13h30, desta vez com entrada de moelas e fígados de galinha, e os pratos principais de caldeirada de cabrito, filetes der peixe e frango assado, com os respectivos acompanhamentos, salada e sobremesa, a que todos serão bem-vindos.

Com esta aliciante ementa, agradece-se às famílias ou grupos de amigos que nele venham a participar, que façam quanto antes as suas inscrições, com a indicação de quantas pessoas se fazem acompa-nhar, a fim de em estimativa se saber para quantos se deverá cozinhar e assim nada venha a faltar a ninguém.

Para o efeito contactar José Brunido pelo telemóvel 082 568 8923; Augusto Rosa 082 451 1473; e Fernando Santos 082 553 4862.

Almoço mensal na Casa

do Benfica de Pretória

no próximo sábado

(3)

2 DE MARÇO DE 2020 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 3

Com a reduzida assistên-cia de vinte e cinco pre-senças, coisa que há mui-to não acontecia, entre as quais o comendador Silvé-rio Silva, e pela ACPP o presidente honorário Ma-nuel José, o da Direcção Tony Oliveira, e os ex-lí-deres do executivo, Mário Jorge e Américo Pimentel, foi realizado na tarde de quarta-feira última, 26 de Fevereiro, novamente no restaurante da ACPP, o convívio mensal da Acade-mia do Bacalhau de Pretó-ria.

Devido à ausência em Portugal do presidente desta Academia, Tony Bar-bosa, foram as actividades conduzidas naquela tarde

pelo vice-presidente, Aní-bal de Freitas, que a abrir o convívio saudou e agra-deceu a presença de cada um, após o que deu aberta a refeição.

A canja foi servida à

me-sa, seguida dos aperitivos em rissóis de camarão e pastéis de bacalhau, com o prato principal do fiel amigo e respectivos acom-panhamentos, e o pão ca-seiro novamente oferecido

por Lino Faria, confeccio-nado na sua Meyerspark Bakery, e mais tarde a so-bremesa.

Finda a qual foi por Tony Oliveira procedido ao lei-lão de alguma bebida, e de seguida como “carrasco” no bom sentido da palavra, à aplicação de multas da praxe, típicas nestes almo-ços, finalizado com o tradi-cional gavião do penacho.

Habituados que estáva-mos a constantes enchen-tes, foi na verdade em pre-senças dos mais pobres a que temos assistido, espe-rando-se que não tenha passado de qualquer anor-malidade, onde qualquer coisa terá falhado, como por exemplo, se é que aconteceu, falta de comu-nicação, o futuro o dirá. Oferecido por João da

Cruz de Jesus, teve lugar na tarde de terça-feira últi-ma, 25 de Fevereiro, no New Market Restaurant, de que são proprietários José Dias Roda e esposa Bernardete, onde por sinal são disputadas as jorna-das mensais do torneio de bisca do Mercado, compe-tição em que participa o ofertante deste almoço, destinado a homenagear o ex-presidente desta Casa do Benfica em Pretória e seu amigo pessoal José Gaspar Dias, que há mais de vinte anos radicado em Portugal, se deslocou à África do Sul para visita aos familiares e muitos

amigos que aqui deixou, e ao mesmo tempo assistir ao casamento de seu neto Victor Xavier.

Com o prato principal de Kingklip grelhado, com os respectivos acompanha-mentos, e sobremesa de salada de fruta, vinho branco e tinto à descrição pelas mesas, a juntar ao café e digestivo de boa marca de conhaque, tudo uma fartura, pela quali-dade a deixar satisfeitos quantos a saborearam.

Além do comendador Ivo de Sousa, participaram o actual líder José Brunido, os ex-presidentes desta Casa do Benfica, a come-çar por Fernando Vieira o homem que muito contri-buiu para que esta repre-sentação benfiquista pas-sasse a 27 de Julho de 1989 de tertúlia, à catego-ria de casa, seguindo-se Jaime de Caires, José Gaspar Dias, João da Cruz de Jesus, António Edmun-do da Silva, José Lobo

poder partilhar do agradá-vel ambiente, que se lem-bre até hoje único do gé-nero a que com prazer e alegria lhe era dado assis-tir.

Embora simpatizante das cores leoninas, elogiar a união, o respeito e amiza-de amiza-demonstrada por ex-presidentes da Casa do Benfica, uma representa-ção afecta ao “glorioso” na capital, na qual vem mar-cando presença sempre que lhe é possível, nos al-moços mensais que nela são promovidos.

A finalizar o convívio, o seu patrocinador João da Cruz de Jesus ofereceu a José Gaspar Dias uma garrafa de whisky conten-do no seu rótulo o emble-ma do Benfica e em des-taque o nome do homena-geado, que certamente guardará como relíquia na garrafeira da sua residên-cia na cidade do Fundão.

Também recebeu uma ca-misola do Benfica que tan-to ele como seu sobrinho por afinidade, Jerome Cantagrel, que da França e acompanhado de sua esposa Sónia, aqui se des-locou para assistir ao ca-samento de seu primo Vic-tor Xavier, dias antes rea-lizado nas proximidades de Pretória, sendo visível a satisfação de ambos pela distinção de que foram al-vos.

Agradecido à deferência do convívio e respectivas lembranças recebidas, Jo-sé Gaspar Dias sentindo-se radiante por ver a Casa do Benfica que no passa-do liderou, em actividade e de boa saúde rumo ao fu-turo, enquanto outras do género vivem com dificul-dade para além de amea-çadas, poderem vir a ficar pelo caminho, fazendo vo-tos para que o seu pro-gresso e engrandecimento sejam uma constante e o nome do “glorioso” sempre enaltecido.

Sabe-se que é a primeira vez que tal acontece, sen-do caso para felicitar o or-ganizador, João da Cruz de Jesus, e quem se asso-ciou à iniciativa, demons-trando com isso continua-rem solidários aos ideais do seu clube do coração, o Sport Lisboa e Benfica, que tem por lema, “um por todos e todos por um”. Vieira, Elídio Cardoso, e

Hermínio Rodrigues. No convívio, usaram da palavra, o organizador do convívio João da Cruz de Jesus, para agradecer a todos a sua comparência neste encontro, o primeiro do género, esperando que como referiu outros iguais se sigam no futuro, para bem desta família ben-fiquista.

Realçou a amizade que o ligava a Gaspar Dias e respeito que lhe merece, para depois de se mostrar radiante à presença de todos aqueles ex-líderes directivos benfiquistas da capital, dar de seguida a palavra ao actual líder

desta mesma Casa dos encarnados, José Brunido. O presidente começou por felicitar João da Cruz de Jesus por esta feliz iniciati-va de reunir ex-presiden-tes, esperando que este exemplo tenha continui-dade no futuro, e com isso contribuir para o bem no-me da representação do “glorioso” na cidade de Pretória, finalizando a sua intervenção com a ale-gação de, pela maneira como a recebeu, se tornar fácil a sua tarefa de como presidente lhe dar conti-nuidade, apenas pedindo para o efeito a colabora-ção que todos lhe possam continuar a dar futuramen-te, nas actividades que ali venha a promover.

Também o comendador Ivo de Sousa fez questão de agradecer o convite para, como particular ami-go tanto do ofertante do convívio, João da Cruz de Jesus, como do homena-geado José Gaspar Dias,

Há tradições que pelo su-cesso à maneira como eram vividas, nem o amon-toar dos anos apagam da memória quem os organi-zou, com eles colaborou, apoiou, acompanhou e vi-veu na década noventa, nas colectividades lusas de Pretória, mais propria-mente nos bons velhos tempos em que na altura tudo era fácil em organiza-ção, contando-se de ante-mão com casas cheias para assistir aos eventos levados a efeito na comu-nidade, nas nossas agre-miações.

Com o andar dos tempos tudo se foi transformando, infelizmente para pior, e dos eventos que com re-gularidade eram promovi-dos em cada fim-de-sema-na nos nossos clubes,

passou-se a um de tem-pos-a-tempos, isto para os poucos que ainda os vão levando a efeito, dado para alguns, por razões sobejamente conhecidas, foram caindo no esqueci-mento, daí até já não sa-bendo há anos o que é promover, não diremos uma festa, mas um sim-ples convívio ou diversão, tudo caindo no esqueci-mento, apenas existindo no nome, sendo caso para dizer “e tudo o tempo foi levando”.

Nesse capítulo, recorda-mos a propósito um even-to promovido no passado, ao entrar-se na Quaresma, na ACP de Pretória, intitu-lado “baile da pinhata”, em que a então comissão de festas, apoiada por outros entusiastas, alguns dos

quais infelizmente já não fazendo parte dos vivos, e pelo seu empenho recor-dados com saudade, pri-mava levar a efeito, e para além da diversão em si, deixava no aspecto mone-tário os seus dividendos, de modo a encorajar quem

os planeava, e olhando ao seu carisma em que a ale-gria era sempre conta-giante, de maneira a entu-siasmar os que neles par-ticipavam, e senão veja-mos mediante o que a se-guir reproduzimos,

publi-Convívio entre o actual e ex-presidentes

da Casa do Benfica em Pretória

Convívio mensal da Academia do Bacalhau de Pretória

HABITUAIS FREQUENTADORES

MESA PRINCIPAL NORMALMENTE RESERVADA AOS DIRECTORES DA ACADEMIA

Baile da Pinhata chegou

a ser na ACP

de Pretória um dos

principais atractivos

ao entrar-se na Quaresma

JOSÉ BRUNIDO ENTREGOU UMA LEMBRANÇA A JOSÉ GASPAR DIAS

JOÃO DA CRUZ DE JESUS ENTRE JOSÉ GASPAR DIAS E O FRANCÊS JEROME CANTAGREL A QUEM OFERECEU

CAMISOLAS DO BENFICA

ASPECTO DA MESA NO CONVÍVIO ENCARNADO O ACTUAL E EX-PRESIDENTES DA CASA DO BENFICA, EM PRETORIA, QUE MARCARAM PRESENÇA NO CONVÍVIO ERA ASSIM QUE ERAM VIVIDOS OS BAILES DA PINHATA

NA ACP DE PRETÓRIA

(cont. na pag. seguinte)

Textos e fotos

de Vicente Dias

S

COMUNIDADE -

PRETÓRIA

(4)

PÁGINA 4 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 2 DE MARÇO DE 2020

O grupo de amigos “Ma-fiosos de Caridade” reu-niu-se na segunda-feira dia 24 de Fevereiro, no restaurante “Castelo” em Glenanda, sul de Joanes-burgo, no almoço sema-nal, para angariar fundos com o fim de ajudar os mais necessitados.

Foi angariado durante o convívio a quantia de 6.700 randes, graças ao patrocinador Joe de Frei-tas, que pagou a quantia total do almoço, tendo este recebido uma grande

sal-va de palmas de todos presentes.

Os proprietários do res-taurante Castelo apresen-taram um almoço que foi elogiado por todos e termi-nou num convívio muito amigável.

José Ferreira, apresentou o seu convidado, José Branco, de 62 anos, que se encontra numa situação financeira muito precária, precisando de um empre-go e de acomodação.

Em seguida, Orlando Mar-ques, pediu a todos os

membros do grupo de ami-gos para, se puderem, es-tarem presentes nos almo-ços da Academia do Ba-calhau, às quintas-feiras ,a fim de apoiar também aquele grupo de bem fa-zer.

Terminou assim o almoço semanal dos “Mafiosos de Caridade” que continuam a somar no seu cofre e a seguir para a frente, para bem dos mais necessita-dos.

Luis Peixoto

EM PRIMEIRO PLANO, JOSÉ RODRIGUES, JOE DE FREITAS E ORLANDO MARQUES (D)

O PATROCINADOR DO ALMOÇO JOE DE FREITAS

PRESIDENTE DO EXECUTIVO DA SPB, COMPADRE HENRIQUE PEREIRA, E O COMPADRE JOSÉ CONTENTE

ZÉ FERREIRA LADEADO POR LUIS GUERREIRO (E) E JOSÉ BRANCO (D)

ASPECTO GERAL DO ALMOÇO

MANNY FERNANDES (E) DANNY DE FREITAS

“Mafiosos de Caridade” somam e seguem

cado neste nosso jornal, na sua edição de 30 de Março de 1992:

“Abrilhantado pelo conjun-to musical “Zardos”, a ACP de Pretoria levou a efeito no penúltimo domingo, 22 de Março, na sua sede so-cial, o tradicional baile da pinhata.

A surpresa da noite residia num objecto em forma de pinha, pendurado ao cen-tro da pista de dança, don-de os foliões puxavam as fitas que saiam de dentro do mesmo e correspon-dente às importâncias que haviam pago para poder entrar no concurso, duas das quais com direito aos prémios contidos no reci-piente.

Com esta agradável brin-cadeira, algo fora do nor-mal, própria da quadra car-navalesca, a criar boa dis-posição entre os presen-tes, foi respeitada mais uma das nossas tradi-ções”.

Mas ao que sabemos o baile da pinhata, realizado em diferentes localidades de Portugal, difere no en-tanto no sistema e datas em que na Quaresma é le-vado a efeito, como por exemplo em certos locais os pares entram na

com-petição de olhos venda-dos, daí a dificuldades de se apoderarem do pendão de fitas caídas do invólu-cro.

Ao consegui-lo vão puxan-do cada qual uma das fi-tas, até que por um dos participantes ao consegui-lo, caiem do recipiente, em forma de pinha, toda a diferente doçaria nele con-tida, e aí é dada por finda a competição, com a en-trega do prémio estipulado ao vencedor do concurso, prosseguindo depois o bai-larico aberto gratuitamente a todos quantos nele quei-ram participar.

Além deste, foram ficando pelo caminho, entre outros, eventos como eleição de rainhas, festas de carna-val, Natal da criança, mar-chas populares, e concur-sos de “Marrabenta”, isto para não falar da festa dos finalistas, diga-se elegante e de grande pompa, quan-do existia a escola de ensi-no de Português nesta ACPP.

Leccionaram professores de reconhecida competên-cia, entre os quais a dra. Maria Emília Rodrigues e Barros Viana, ambos infe-lizmente já falecidos, a dra. Vera Nazareth e a co-mendadora Manuela

Ro-sa, e por quem a devia apoiar, pode-se dizer nes-te âmbito a nível oficial, acabou como todos se de-vem recordar, por contri-buir fortemente para o seu encerramento.

Não queremos com isto culpar apenas as Direc-ções que por ela têm pas-sado, cada qual certamen-te fazendo o melhor ao seu alcance, mas sem o apoio que por direito lhes devia ser dado, traduzido no afastamento das pes-soas aos seus eventos.

Aqui com destaque para a nossa juventude, que com o encerramento das enco-las da ACPP, deixou na sua maior parte de falar português, uma vez que em suas casas, salvo algu-mas excepções só se falar hoje o inglês, dai por não dominarem a língua de Camões, evitarem fre-quentar as nossas colec-tividades por elas pouco ou nada lhes dizer, não se sentirem bem, as quais com as reduzidas verbas que vão conseguindo, se verem algumas delas, não só de Pretória, mas prova-velmente outras da nossa comunidade por toda esta imensa África do Sul, afli-tas para satisfazer os seus habituais compromissos.

Baile da Pinhata

(cont. da 1.ª pag.)

MOMENTO DE ANIMAÇÃO DURANTE O BAILE DA PINHATA NA ACPP MOMENTO DO GAVIÃO DE PENACHO NO ALMOÇO SEMANAL DA ACADEMIA DO BACALHAU DE JOANESBURGO Na quinta-feira 27 de

Feve-reiro reuniram-se no salão Fernando Pessoa, o salão nobre da União Portuguesa em Turffontein, Joanesburgo, 14 membros da Academia-Mãe do Bacalhau.

Nesta reunião semanal, o compadre José Contente en-tregou em nome do presiden-te honorário da Academia do Porto, César Pina, uma impor-tância de três mil euros desti-nada à Sociedade Portuguesa de Beneficência (SPB).

A entrega foi feita ao presi-dente do executivo da SPB, o compadre Henrique Pereira. Foi-lhe entregue um envelope com a documentação referen-te à transferência e à corres-pondência electrónica entre o presidente César Pina e o compadre Contente.

A transferência do dinheiro, ao câmbio actual, resultou em 48 mil randes, o compadre Contente arredondou o valor para 50 mil randes. Uma transferência já feita para a conta da SPB. Um momento que mereceu uma forte ova-ção de todos os presentes.

No almoço esteve também esteve presente o cônsul-geral de Portugal em Joanes-burgo, o compadre Francisco-Xavier de Meireles, que fez questão de estar presente para assinalar e saudar a to-mada de posse do compadre Contente como novo presi-dente da União Portuguesa.

Durante o convívio o compa-dre honorário Victor Salazar levantou a questão sobre a data das eleições para a pre-sidência da tertúlia. O presi-dente Manuel de Arede res-pondeu que se iriam realizar apenas em finais de Junho, após a vinda do presidente da república portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta afirmação foi contestada pelos presentes pois vai con-tra o estipulado nas normas de funcionamento e regras da Academia-Mãe do Bacalhau.

O repasto foi aberto pelas 13h40, com o presidente Ma-nuel de Arede a pedir ao com-padre José Contente que des-se o “tom” do Gavião de Pe-nacho. A escolha do

presiden-te para “carrasco” da tarde re-caiu no compadre José Vieira, escolha que foi do agrado dos presentes em torno da mesa. O primeiro prato foi servido, a sopa de caldo-verde que se seguiu às entradas de petinga frita e chouriço assado. O prato do “fiel amigo” foi assa-do no formo acompanhaassa-do de batata cozida, pimentos e ce-bola. O bacalhau estava de-molhado e assado na perfei-ção e foi elogiado por todos. A sobremesa que o compadre Michael de Carvalho serviu, o gerente do restaurante do clu-be, foi pudim de ovos.

Após o repasto, o presidente soou o badalo e deu a palavra ao compadre José Contente. “Boa tarde a todos, em pri-meiro lugar quero agradecer à Academia-Mãe por continuar aqui na União Portuguesa. Um sitio que tem olhado pela Academia e eu agora como presidente desta instituição, quero agradecer a permanên-cia de vários meses.”

O compadre Contente pros-seguiu ao afirmar “quero agra-decer também ao cônsul-geral por ter vindo ao almoço e con-vidá-lo a vir em qualquer altu-ra, para vir às quartas-feiras ao almoço dos amigos unio-nistas.”

“Queria aproveitar para dizer que desde Janeiro, que o compadre César Pina, presi-dente honorário da Academia do Porto, me tem tentado con-tactar. Ele confirmou-me que vai deixar a Academia do Porto, vai sair da presidência isto é.

Tem lá fundos que ele distri-buiu por acções de beneme-rência e quando cá esteve no Congresso Mundial dos 50 anos, ficou maravilhado com o trabalho que nós fazemos e nas condições do Lar Santa Isabel.

Ficou também maravilhado com o trabalho da Academia de Maputo com a Casa do Gaiato em Maputo. Assim sendo, é de vontade dele atri-buir três mil euros à Benefi-cência.

Ele deu-me o dinheiro em Portugal e eu fiz a transferên-cia para cá, que ao câmbio

deu qualquer coisa como 48 mil randes. Eu aqui ainda ar-redondei para 50 mil randes.”

Este anúncio valeu uma forte salva de palmas. O compadre Contente leu depois a corres-pondência entre ele o compa-dre César Pina onde o presi-dente da Academia do Porto requisitou comprovativos de transferências, fotografias a comprovar a entrega do di-nheiro, uma carta de agrade-cimento por parte do presi-dente da SPB e se possível uma cópia do jornal O Século com a notícia.

O compadre Henrique Perei-ra agPerei-radeceu a doação e as-segurou ao compadre Con-tente que não só iria escrever a carta mas como iria tentar telefonar ao compadre Pina. O presidente da SPB elencou depois algumas transforma-ções e algumas mudanças feitas no Lar Santa Isabel du-rante o seu mandato.

O compadre honorário João Carreira, a propósito do dona-tivo, propôs um “Gavião de Penacho” ao compadre César Pina, o que foi prontamente aceite.

O compadre Victor Salazar levantou a questão ao presi-dente Manuel de Arede da data para a assembleia-geral da tertúlia, onde se realizarão eleições para a direcção da tertúlia.

O presidente De Arede res-pondeu que “eu tomei posse em finais de Março princípios de Abril. Não vou fazer menos

de um ano de mandato e por isso, farei eleições depois dis-so. Como eu comecei uma coisa chamada Misericórdias, este projecto quero vê-lo até ao fim e por isso, quando vier cá a equipa novamente de Lisboa, quero dar uma con-tinuidade ao assunto. Por-tanto, farei eleições só depois da visita do presidente Mar-celo Rebelo de Sousa em Ju-nho”.

A afirmação foi muito contes-tada pelos presentes e a justi-ficação não foi aceite pelos compadres, mas não houve mais discussão sobre o as-sunto.

A intervenção do cônsul-geral foi relativa à nova presidência da União e motivo pelo qual veio participar no almoço se-manal da tertúlia. Desejou ao compadre Contente todos os sucessos nesta nova etapa da colectividade.

A palavra final da tarde foi da-da ao “carrasco”, que atribuiu um “castigo” de R50 a todos e uma “multa” de uma garrafa de whiskey ao presidente De Arede.

O almoço foi encerrado com o “Gavião de Penacho”. Na semana de 2 de Março, o al-moço será igualmente na União Portuguesa.

Academia do Bacalhau do Porto entregou à Beneficência 3000 Euros

* Questionada data para eleições da Tertúlia

Texto de

Michael Gillbee

e fotos de

Carlos Silva

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2 DE MARÇO DE 2020 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 5

O centro de dia “Coração de Maria” festejou na pas-sada quinta-feira, dia 27 de Março, o Carnaval, no salão de festas do Núcleo de Arte e Cultura.

O presidente do Núcleo de Arte e Cultura, Joaquim Coimbra, esteve presente ao desfile dos

mascara-dos, (organizado por Cân-dida da Silva) que decor-reu durante a tarde, após o almoço.

Muita música e dança completaram a festa do Carnaval destes jovens com mais de 60 anos de idade.

Luis Peixoto

OS MASCARADOS NO PALCO ASPECTO GERAL NO SALÃO

MIRITA PEREIRA, A RESPONSÁVEL PELO CENTRO DE DIA, COM O SEU PARCEIRO DE DANÇA

SR. VIEIRA MASCAROU-SE À ÍNDIO PARTE DA ASSISTÊNCIA

Carnaval do Centro de Dia

“Coração de Maria” no NAC

ALMOÇO MENSAL DA

ACADEMIA DA FERRUGEM

Sábado dia 7 de Março 2020

pelas 13:00 horas

no Restaurante

O VICENTE

16 Sovereign Street - Bedfordview

Ementa:

Petingas, Chouriço, Morcela,

Rancho, Bacalhau à Brás

Sobremesa: Molotof, pudim e Café

Para mais informações contactar

Rogério Nascimento

071 874 4246

ou Tiago 082 636 6942

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2441

DIRIGENTES ASSOCIATIVOS ESTIVERAM REUNIDOS NA SEMANA PASSADA NO CONSULADO-GERAL DE PORTUGAL EM JOANESBURGO PARA DISCUTIREM A ELEIÇÃO DE UMA COMISSÃO REPRESENTATIVA PARA A VISITA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, MARCELO

REBE-LO DE SOUSA, A TER EFEITO EM JUNHO. ORIENTOU O ENCONTRO O CÔNSUL-GERAL FRANCISCO-XAVIER DE MEIRELES. A PRÓXIMA REUNIÃO TERÁ LUGAR NA QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO, ÀS 18H30, NA ACP DE PRETÓRIA

Vários emigrantes portu-gueses no Reino Unido estão a ser afectados por "xenofobia e discrimina-ção" relacionada com o ‘Brexit', de acordo com o relatado na sexta-feira pelos conselheiros em ter-ritório britânico, junto do Conselho Regional da Europa (CRE).

À Lusa, a presidente de-missionária do CRE das Comunidades Portugue-sas, Luísa Semedo, afir-mou que os conselheiros eleitos pelo Reino Unido relataram que há portu-gueses que estão a ser afectados por "xenofobia e discriminação", impulsio-nada pela saída da União Europeia.

"São casos mesmo muito graves. Estamos a falar de portugueses que têm me-do de falar português na rua, porque podem ser, de alguma forma, agredidos verbalmente, pelo menos

-e isso é gravíssimo", diss-e Luísa Semedo, num balan-ço final da reunião de dois dias que reuniu conse-lheiros de países europeus no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Luísa Semedo referiu estes temas têm na géne-se "um crescimento da extrema-direita", que "tam-bém está presente em Portugal".

"Não nos podemos es-quecer que lá fora somos estrangeiros, é assim que nós somos tratados e, por-tanto, todo este cresci-mento da extrema-direita é muito perigoso para nós", acrescentou.

A secretária de Estado das Comunidades Portu-guesas, Berta Nunes, con-siderou que "é evidente" que a presença de discur-sos nacionalistas pode possibilitar o surgimento de "um discurso xenófobo e racista um bocado com

mais força", acrescentan-do que Portugal "não está imune" a discursos xenófo-bos.

"Da parte da Secretaria de Estado das Comunidades, nós, sempre que tenha-mos conhecimento de al-guma espécie de abuso ou de algum tipo de situação em que consideremos que devamos intervir, certa-mente o faremos", garan-tiu Berta Nunes, advogan-do que perante estes dis-cursos "a tolerância deve ser zero".

Berta Nunes fez um ba-lanço positivo da reunião com o CRE das Comuni-dades Portuguesas, o pri-meiro em que participou desde que assumiu a pas-ta de secretária de Espas-tado, em outubro do ano passa-do.

"Considero que o papel dos conselheiros é impor-tante, são uma voz autor-izada porque são eleitos

com legitimidade eleitoral -embora muitos não sejam eleitos por muitos portu-gueses - (...) e eles são uma voz das nossas co-munidades que temos de ouvir", vincou a governan-te, apelando ao voto dos emigrantes nos seus re-presentantes.

No encontro entre a se-cretária de Estado e os conselheiros europeus de-bateram-se também alte-rações à Lei do Conselho das Comunidades Portu-guesas, o ensino da língua e "questões sociais" como o envelhecimento de emi-grantes.

"Ficou combinado criar-mos um grupo de trabalho e iniciarmos o mais breve possível esse trabalho para fazer alterações à legislação. Há várias pro-postas que o Conselho das Comunidades tem fei-to em relação à legisla-ção", referiu Berta Nunes.

A secretária de Estado sa-lientou que há também dis-cussões sobre a realiza-ção das eleições para os conselheiros, previstas para Outubro deste ano.

Luísa Semedo destacou a presença do ministro de Estado e dos Negócios Es-trangeiros, Augusto San-tos Silva, no encontro, ten-do siten-do a primeira presen-ça do chefe da diplomacia numa reunião do CRE no atual mandato.

Durante o encontro, que terminou na sexta-feira no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o conselheiro eleito para o Conselho Regional da Europa (CRE) das Comu-nidades Portuguesas pela Bélgica, Pedro Rupio, foi eleito para a presidência do órgão, substituindo Luí-sa Semedo, que apresen-tou recentemente a sua demissão deste órgão.

Xenofobia e discriminação depois do Brexit

contra portugueses no Reino Unido

* Conselheiro pela Bélgica é o novo presidente do Conselho Regional da Europa

O cardeal português D. José Tolentino Mendonça foi nomeado pelo Papa Francisco como membro do Conselho Pontifício da Cultura, informou a Santa Sé.

D. Tolentino Mendonça, investido cardeal em 05 de Outubro de 2019, é o actual responsável pelo Arquivo Apostólico Vatica-no.

Segundo uma nota publi-cada no ‘site’ do Conselho Nacional da Pastoral da Cultura, é lembrado que José Tolentino Mendonça “regressa ao Conselho Pontifício da Cultura, de que foi consultor até ser nomeado arquivista e bi-bliotecário da Santa Sé, onde vai reencontrar, na qualidade de delegado, o bispo português D. Carlos

Azevedo”.

“Os membros do Conse-lho Pontifício da Cultura, cardeais, bispos, eclesiás-ticos e leigos, são ‘perso-nalidades relevantes da Igreja e do mundo da cul-tura’, nomeados pelo Papa durante cinco anos’, acres-centa o texto publicado na página da Pastoral da Cul-tura na internet.

O Conselho Pontifício da Cultura é presidido pelo cardeal Gianfranco Rava-si, de 77 anos.

Cardeal D. Tolentino

Mendonça no

Conselho Pontifício

da Cultura

O Século de

Joanesburgo

Jornal em língua

portuguesa

de maior

divulgação

em África

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PÁGINA 6 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 2 DE MARÇO DE 2020

O Governo sul-africano anunciou um corte de salá-rios na função pública para conter o galopante défice orçamental, devido a um fraco desempenho da eco-nomia do país nos últimos dois anos e ao constante resgate financeiro das em-presas estatais, afirmou no parlamento o ministro das Finanças, Tito Mboweni.

Sob a liderança do presi-dente Cyril Ramaphosa, nomeado para o cargo em 2018, quando prometeu reformas económicas abrangentes, a África do Sul tem demonstrado difi-culdade em reerguer-se da crise económica.

Ao decidir não aumentar a actual carga fiscal, o minis-tro das Finanças sul-afri-cano anunciou a redução da despesa pública sem juros nos próximos três anos, incluindo um corte de 160,2 biliões de rands nos salários da função pú-blica.

A África do Sul gasta cer-ca de um terço do OGE com os salários de 1.2 mi-lhões de funcionários pú-blicos, incluindo as autori-dades nacionais e provin-ciais, médicos, professo-res e agentes da policias, segundo a Reuters.

No ano fiscal que termina no próximo mês, o gover-no sul-africagover-no gastará cerca de 629 biliões de randes em salários na fun-ção pública, uma verba que aumentará progressi-vamente para 697 biliões de randes até 2022/23, de acordo com os dados di-vulgados na quarta-feira pelo Tesouro citados pela agência financeira britâni-ca.

Face à promessa anun-ciada pelo governante, a moeda nacional sul-afri-cana, o rande, valorizou, algo que os analistas fi-nanceiros há muito que so-licitavam tendo em conta as severas restrições fis-cais, adiantou a agência fi-nanceira Reuters.

“Os sindicatos sabem muito bem em que situa-ção estamos, fizeram pro-postas construtivas sobre uma série de questões”, disse o ministro das Finan-ças, Tito Mboweni, na apresentação ao parla-mento do Orçaparla-mento Ge-ral do Estado (OGE) para o actual exercício, acres-centando que “o governo negociará com os sindi-catos a redução dos cortes salariais”.

O governante disse tam-bém que agora vê o défice orçamental a atingir 6,8% do Produto Interno Bruto

(PIB) no ano fiscal de 2020/21, que começa em Abril, comparativamente à estimativa anterior de 6,5%.

Segundo a Reuters, a es-timativa do défice será a mais elevada desde o or-çamento consolidado em 2002/03.

O Tesouro alertou que “a dívida não deve estabilizar nos próximos três anos”, sendo que a dívida bruta irá ascender a 71,6% do PIB em 2022/23, com os custos do serviço da mes-ma a acompanhar signi-ficativamente a trajectória ascendente.

A economia sul-africana deverá crescer 0,9% este ano, uma revisão em baixa do valor previsto no ano passado, de 1,2%, anun-ciou o ministro, durante a apresentação do OGE.

"O risco para as classifica-ções de crédito da África do Sul tornou-se mais pro-nunciado", afirmou Mbo-weni.

A Moody's será a última das três principais agên-cias de notação financeira internacionais a avaliar em Março a dívida do país ao nível do investimento.

Tito Mboweni considerou ainda que a epidemia do coronavírus Covid-19, que já infectou mais de 80.000 pessoas, é uma fonte de incerteza para o cresci-mento económico no mun-do.

Durante a audiência, o mi-nistro anunciou também um reforço adicional de 3,5 biliões de dólares para a energética Eskom e para a transportadora aérea

South African Airways (SAA) nos próximos três anos, empresas estatais em forte crise.

A África do Sul enfrenta di-ficuldades económicas e sociais, com a taxa de de-semprego a chegar aos 29% no ano passado.

AUMENTOS NA SEGURANÇA SOCIAL

Relativamente à Seguran-ça Social, o ministro das Finanças anunciou que o governo vai aumentar os subsídios sociais no próxi-mo exercício fiscal entre 4 e 4,7% de acordo com a inflação.

O orçamento entregue pelo ministro, no Parla-mento, prevê que o núme-ro de beneficiários de sub-sídios sociais aumentará em quase um milhão no médio prazo, para cerca de 19 milhões em 2022/23, segundo a agência noticio-sa governamental.

Nesse sentido, os subsí-dios de pensões por ve-lhice e invalidez vão aumentar 4,5%, de 1.780 rands para 1.860 rands.

Pessoas com mais de 75 anos e veteranos de guer-ra vão passar a receber agora 1.880 randes, de 1.800 rands.

A assistência social aumentará de 1.000 ran-des para 1.080 ranran-des, o subsídio por dependência de cuidados aumentará de 1.780 randes para 1.860 randes, enquanto que o subsídio para crianças passa de 425 randes para 445 rands.

“Os fundos que totalizam

406,2 milhões de randes em 2020/21, 517,3 mi-lhões de randes em 2021/22 e 626 milhões de randes em 2022/23 são realocados, nomeada-mente para o Subsídio Condicional para o Desen-volvimento na Primeira Infância”, indica o docu-mento orçamental citado pela agência noticiosa go-vernamental.

Como resultado, a taxa de subsídio por criança aumentará 23,8%, de 15 rands em 2019/20 para 18.57 randes em 2022/23. "Até 2022/23, o governo estima fornecer acesso a serviços de Desenvolvi-mento Infantil a cerca de 700.000 crianças menores de quatro anos", refere o Tesouro.

A médio prazo, o Tesouro Nacional disse que vai ca-nalizar 714 milhões de ran-des do Departamento de Desenvolvimento Social para os ministérios provin-ciais para financiar progra-mas de prevenção do HIV-SIDA, abuso de substân-cias e violência do género. Combate ao crime e cor-rupção

O Tesouro Nacional alo-cou 2,4 biliões de rands para capacitar o Ministério Público (NPA, na sigla em inglês), a Unidade Espe-cial de Investigação (SIU) e os Hawks, no combate ao crime e à corrupção.

O ministro das Finanças, Tito Mboweni, disse que os fundos vão permitir a contratação de cerca de 800 investigadores e 277 promotores públicos.

O Ministério da Justiça e

Desenvolvimento Consti-tucional vai receber 1,8 bi-liões de randes, nomeada-mente para reforçar a ca-pacidade de acusação no seio do NPA, incluindo a unidade de ofensas se-xuais e assuntos comuni-tários criada para lidar com a violência do género con-tra mulheres e crianças.

"Além disso, 985 milhões de randes são alocados para a Directoria de Inves-tigação Prioritária de Cri-mes para contratar mais investigadores, principal-mente para tratar de casos de corrupção pendentes", revelou.

Os ministérios da Defesa e do Interior se beneficiar de uma verba de 831 mi-lhões de randes da polícia para proteger as fronteiras

do país.

O ministro disse que o go-verno vai realocar 255 mi-lhões de randes para a Comissão Eleitoral Inde-pendente em 2020/21 para adquirir 38.000 disposi-tivos de registo de eleito-res.

GOVERNO PROMETE BILIÕES PARA MODERNIZAR REDE ESCOLAR

Tito Mboweni, disse que a despesa no sector da Edu-cação atingirá 434,2 bi-liões de randes em três anos.

O Tesouro referiu que a despesa no sector ascen-deu a 385,6 biliões de ran-des no ano financeiro de 2019/20.

No médio prazo, o execu-tivo alocou 35 biliões de randes para construir, manter e modernizar as in-fraestruturas de ensino es-colar.

"Dessa alocação, 2,8 bi-liões estão reservados para o fornecimento de instalações sanitárias ade-quadas, o que representa uma taxa média anual de crescimento de 15,3% re-ferente a esse tipo de des-pesa”, salientou.

Segundo o executivo, o programa nacional de nu-trição escolar vai receber 24,3 biliões de randes nos próximos três anos para fornecer refeições a nove milhões de alunos em cer-ca de 20.000 escolas po-bres e escolas especiais.

África do Sul anuncia corte de salários

na função pública para conter défice

MINISTRO DAS FINANÇAS TITO MBOWENI

MINISTRO DAS FINANÇAS SUL-AFRICANO, TITO MBOWENI, DISCURSANDO NO PARLAMENTO NA CIDADE DO CABO, SOBRE O ORÇAMENTO DE 2020

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2 DE MARÇO DE 2020 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 7

A organização agrícola TLU SA considerou positi-vo o discurso sobre o orça-mento do ministro das Fi-nanças, Tito Mboweni, apesar da “pequena mar-gem de manobra que tem para manobrar”.

“O ministro confirmou que o aumento dos salários do

governo, a corrupção e os gastos desnecessários dos fundos estatais são uma prioridade que deve ser controlada para chegar ao ponto em que o gover-no pode contratar funcio-nários adequadamente qualificados”, disse a orga-nização em comunicado.

"Estamos muito satisfeitos que o ministro tenha de-monstrado seriedade em equilibrar as despesas e as receitas [públicas]", adiantou Louis Meintjes, presidente da TLU SA.

Todavia, afirmou o dirigen-te, os anúncios feitos por Mboweni devem ser anali-sados “em contexto”, expli-cando que a África do Sul “encontra-se envolvida em políticas incertas” que não podem garantir o cresci-mento económico.

“A expropriação sem com-pensação financeira e a pressão pela transforma-ção em detrimento da con-tratação de funcionários

qualificados são exemplos flagrantes”, salientou.

A TLU SA considera que a alocação de 10 biliões de randes a três anos, no de-senvolvimento de infraes-truturas, “é um passo na direcção certa”, acrescen-tando que “é bom ver que o governo se comprome-teu em garantir um fornec-imento estável de electrici-dade, reestruturando o sector”.

“Condições estritas de-vem, no entanto, estar li-gadas a mais apoio finan-ceiro”, afirmou Meintjes, acrescentando que "essas condições devem garantir que o dinheiro dos contri-buintes não chegue a um poço sem fundo - como é o caso da SAA e de outras entidades estatais", refe-riu.

Louis Meintjes disse que o aumento de 25 cêntimos por litro na taxa de com-bustível é sempre um “duro golpe” para os mem-bros da TLU SA e a

indús-tria agrícola que “também terá um impacto significati-vo na economia”.

Segundo o comunicado, a TLU SA mostrou-se satis-feita com a alocação de 495 milhões de randes na melhoria dos padrões de conformidade da biosse-gurança e no apoio às ex-portações agrícolas.

“Mas estamos apreensi-vos com os 500 milhões alocados para a conclusão dos processos de reivindi-cação da posse de terras. É evidente que o governo não está a considerar apli-car a expropriação com compensação financeira de terras”, salientou.

“À luz das verbas eleva-das na educação, a TLU SA insta o governo a tomar medidas estritas contra os estudantes que danificam infraestruturas por meio de protestos violentos”, refere o comunicado, acrescen-tando que “os responsá-veis devem perder o privi-légio de estudar imediata-mente”.

“A polícia deve tomar me-didas firmes contra qual-quer pessoa, nomeada-mente os sindicatos, que tentam alcançar o que querem, através do sa-que”, concluiu.

Pelo menos 48 mulheres seropositivas foram esteri-lizadas sem consentimen-to em hospitais da África do Sul, de acordo com um inquérito que dá conta de várias violações dos direi-tos humanos e apela a uma intervenção governa-mental.

O inquérito foi lançado em 2015 na sequência de duas denúncias de duas organizações de defesa dos direitos das mulheres, que apresentaram à Co-missão para a Igualdade de Género (CGE, na sigla em inglês) na África do Sul 48 casos documentados de esterilização forçada.

A CGE reuniu então os testemunhos sob juramen-to das queixosas, que re-lataram a forma como fo-ram submetidas à esterili-zação não consentida.

“Todas as mulheres que apresentaram queixa eram mulheres negras, que na maioria eram portadoras do vírus da imunodeficiên-cia adquirida (VIH)”, decla-rou a líder da CGE, Keket-so Maema, citada pela

agência France-Presse, que teve acesso ao relató-rio publicado recentemen-te.

"Quando estavam prestes a dar à luz (...) foram força-das ou coagiforça-das a assinar formulários que mais tarde souberam ser documentos de consentimento que per-mitiam ao hospital esteri-lizá-las por vários meios", de acordo com o docu-mento.

Os investigadores desco-briram ainda que o pessoal hospitalar ameaçou negar às mulheres em causa as-sistência médica, caso não assinassem os formulá-rios.

Algumas queixosas, de acordo com o relatório, afirmaram ter recebido esses formulários durante momentos de "dor extre-ma", quando não conse-guiam entender completa-mente o conteúdo dos do-cumentos e o que assina-vam.

A comissão concluiu que essas mulheres foram submetidas a graves vio-lações dos direitos

huma-nos e sofreram "tratamen-tos degradantes". Por outro lado, a comissão acusa o pessoal hospitalar envolvido de não cumprir o respetivo "dever de cuida-do".

O relatório foi entregue ao Ministério da Saúde sul-africano, que se recusou a comentar.

O número total de pes-soas infectadas com o VIH na África do Sul aumentou de aproximadamente 4,64 milhões em 2002 para 7,97 milhões em 2019, de acordo com as estatísticas governamentais.

Em 2019, 13,5% da popu-lação total da África do Sul era seropositiva.

O governo de Mpumalan-ga vai construir sete novas escolas em cinco cidades de rápido crescimento na-quela região do norte do país, para além de mais duas unidades hospita-lares, e dar prioridade ao desenvolvimento de secto-res como a agricultura, mi-neração e petroquímicos.

O anúncio foi feito pelo governador de Mpumalan-ga, Refilwe Mtsweni-Tsipa-ne, na Assembleia Munici-pal, onde afirmou que as escolas serão construídas em Mbombela, Secunda, Ermelo, Lydenburg e eMa-lahleni.

Segundo o governador, o executivo provincial tam-bém pretende construir uma escola para crianças surdas, no município de Mbombela.

No seu discurso, Refilwe Mtsweni-Tsipane disse também que "o desen-volvimento de um currículo para introduzir o ensino de competências digitais, em codificação e robótica, está em estágio final".

“O currículo de codifica-ção e robótica irá desen-volver a capacidade dos alunos em resolver proble-mas, pensar criticamente, trabalhar de forma colabo-rativa e criativa, funcionar

num mundo digital e orien-tado pela informação, apli-car conhecimentos de tec-nologia digital e de infor-mação e comunicação (TIC) e transferir essas competências para resol-ver problemas do quotidi-ano”, declarou.

O governante disse que programa será introduzido em 100 escolas daquela província sul-africana no ano académico de 2021.

A iniciativa conta com o patrocínio da estatal Sa-sol, na formação de pro-fessores “como leitores mestres em robótica e co-dificação na província”, disse o governante.

“Um dos maiores desafios de desenvolvimento em Mpumalanga, e na África do Sul em geral, é o eleva-do número de crianças que não aprende a ler nos primeiros anos de escolari-dade”, salientou.

"Para garantir que as nos-sas crianças de 10 anos leiam, vamos expandir a estratégia de intervenção de leitura precoce em mais de 300 escolas, em colab-oração com académicos de várias universidades e organizações internacio-nais de doadores", afirmou o governador acrescentan-do que os materiais de

lei-tura “estão disponíveis gratuitamente online”.

Por outro lado, o gover-nante revelou que o exe-cutivo provincial de Mpu-malanga enviou 281 alu-nos para estudar na Rús-sia. no sentido de colmatar a escassez de competên-cias no ensino local.

Além disso, acrescentou, a Autoridade de Educação e Formação do Sector de Manufactura, Engenharia e Serviços Relacionados (merSETA) assinou uma parceria com o governo provincial para o financia-mento de 81 bolsas de estudo no estrangeiro. “O programa de bolsas de estudo ajudou mais de 334 alunos, em várias áreas, como medicina, veteriná-ria, tecnologias da infor-mação, aeronáutica, mate-mática, ciências e enge-nharia”, salientou.

O governador de Mpuma-langa disse também que o programa de formação de artesãos, criado pelo exe-cutivo provincial em parce-ria com uma empresa local no âmbito do Plano Nacio-nal de Desenvolvimento, formou 2.950 artesãos, em soldadura, tubagem e fa-brico de caleiras, entre outros.

"O programa contribuiu

imensamente para mudar a vida dos jovens que, de outra forma, teriam um fu-turo muito sombrio", sa-lientou Mtsweni.

INVESTIMENTO NA SAÚDE

“O novo hospital distrital de Middelburg será con-cluído em breve. Também

estamos em estágio avan-çado com a modernização do Hospital Distrital de Be-thal e do Hospital Distrital de Mmmetlhake”, declarou o governador, dando tam-bém conta que a constru-ção do Hospital Regional de Mapulaneng, e do CHC de Kanyamazane, já ar-rancou.

"Vamos também adquirir

67 novas ambulâncias para melhorar a capacida-de capacida-de resposta e equipar todas as que foram adqui-ridas recentemente com o equipamento necessário para salvar vidas", disse Mtsweni.

Na tentativa de industria-lizar a província, será im-plementado o Plano de Desenvolvimento

Indus-trial de Mpumalanga, des-tinado a promover o de-senvolvimento e o estabe-lecimento de Parques Tecnológicos Industriais, avançou o governador, Refilwe Mtsweni-Tsipane.

“Esse plano dá prioridade às áreas com foco princi-pal na agricultura e silvicul-tura, mineração, metais e petroquímicos”, concluiu.

Mpumalanga vai construir

escolas, hospitais

e industrializar província

VISTA PARCIAL DE NELSPRUIT CAPITAL DE MPUMALANGA

Indústria agrícola considera

positivo medidas orçamentais

Meia centena de mulheres

seropositivas foram esterilizadas

sem consentimento na África do Sul

A ORGANIZAÇÃO AGRÍCOLA TLU SA CONSIDEROU POSITIVO O DISCURSO SOBRE O ORÇAMENTO DO MINISTRO DAS FINANÇAS, TITO MBOWENI, APESAR DA “PEQUENA MARGEM DE MANOBRA QUE TEM PARA MANOBRAR”

O Século de

Joanesburgo

está situado na

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S

ÁFRICA DO SUL

(8)

PÁGINA 8 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . 2 DE MARÇO DE 2020

Portugal vai desenvolver novas acções

de cooperação no âmbito da língua e

cul-tura durante o ano de 2020 na África do

Sul, onde a rede Camões abrange quatro

instituições de ensino superior e 55

es-colas ao nível do ensino básico e

se-cundário, num investimento global anual

de 1,5 milhões de euros (24,3 milhões de

rands). Nesta entrevista ao Século de

Joanesburgo, João Neves, vogal do

Con-selho Directivo do Camões – Instituto da

Cooperação e da Língua, destaca a

reno-vação da parceria com a Universidade

Wits, em Joanesburgo; a criação de

estu-dos pós-graduaestu-dos na Universidade do

Cabo, a formação de altos quadros do

Ministério dos Negócios Estrangeiros e a

integração curricular do português no

âmbito do sistema educativo da África do

Sul, entre as oportunidades que se

le-vantam para a expansão da Língua

Por-tuguesa no sul do continente africano.

SJ - Qual é o balanço da recente visita à Áfri-ca do Sul?

JN - Esta visita permitiu confirmar aquilo que

era a nossa percepção sobre o alargamento que se apresenta e as perspectivas muito positivas que se apresentam para a língua portuguesa na África do Sul e ao mesmo tempo perceber que temos ainda uma margem significativa de cami-nho a percorrer e de oportunidades que se levan-tam.

Nós temos neste momento colaboração com quatro instituições de ensino superior na África do Sul e nas duas que tivemos oportunidade de visitar, recebemos mensagens de muita abertura por parte das instituições e o nosso objectivo é que a esta nível, a nível do ensino superior, os estudos portugueses ganhem um estatuto acrescido, isto é, que não fiquemos pelos estu-dos graduaestu-dos mas que possamos também avançar para os estudos pós-graduados, na perspectiva de que a constituição de um grupo sólido e um grupo formado qualificado de do-centes, de investigadores na área dos estudos portugueses, não apenas da língua mas dos es-tudos culturais, é essencial a qualquer estratégia de alargamento do ensino da língua portuguesa e salientamos isso nessa essas instituições, que elas próprias têm um papel a desempenhar na-quilo que será a formação de docentes para aquilo que perspectivamos venha a ser o alarga-mento da língua portuguesa nos outros níveis.

Ao nível do ensino básico e secundário, onde acreditamos que num futuro próximo podemos chegar a um entendimento relativamente à inte-gração do português em mais escolas do que as 55 onde actualmente é fornecida, e também a nível da oferta do português para áreas específi-cas de actividade económica. E isto leva-me a uma segunda questão. É que percebemos tam-bém, que a África do Sul reconhece na língua portuguesa uma língua de oportunidade, isto é, percebe-se que nas estratégias do próprio país, a posse da língua portuguesa em vários sectores

dos seus cidadãos qualificados constitui uma mais valia na sua relação, nomeadamente como países na região, mas também no comércio internacional, nas relações internacionais.

É engraçado que em várias das instituições, ti-vemos alunos que estão a frequentar português e que desejam a diplomacia, e consideram nessa sua opção pela carreira diplomática que ter por-tuguês é muito importante, e a isto não é obvia-mente alheia o enquadramento geoestratégico da África do Sul, mas tivemos também estu-dantes de aeronáutica, estuestu-dantes que são das áreas de direito, estudantes que estão a fazer português em complemento ás formações cientí-ficas que não têm a ver com a área das huma-nidades até, em alguns casos, mas que reco-nhecem também nessas áreas tecnológicas, nas áreas da inovação, do conhecimento científico, da ciência, que hoje em dia estas são áreas onde também a língua portuguesa tem vindo a ganhar terreno e protagonismo.

E, portanto, deste ponto de vista o balanço é francamente positivo. A renovação do protocolo com a [Universidade] Wits traduz este empenho das duas instituições, é a única instituição e a mais antiga na África do Sul com a qual temos programas de promoção dos estudos portugue-ses e dos estudos graduados e pós-graduados,

falámos também na Universidade do Cabo onde tivémos também uma abertura para se equa-cionar a criação de estudos pós-graduados e temos em perspectiva a assinatura desse proto-colo que vem formalizar uma cooperação que já no terreno está a decorrer para a formação de funcionários e diplomatas do ministério dos Ne-gócios Estrangeiros da República da África do Sul em língua portuguesa, o que é para nós um sinal também muito positivo.

SJ - Qual é o investimento global na África do Sul?

JN - O programa com a [Universidade] Wits têm

para mim um significado especial porque estive precisamente há vinte anos na criação deste Centro de Língua, onde temos um leitor, temos um segundo docente da rede EPE do Camões, consignamos também bolsas de apoio ao próprio funcionamento dos cursos de ‘major’ e de ‘honor’ e este bolo global de investimento na África do Sul é que é, do nosso ponto de vista, o mais significativo, dentro daquilo que é a rede EPE do Camões e que se situa em 1,5 milhões de euros por ano.

A rede EPE cobre desde o ensino básico e se-cundário até ao ensino superior, e relativamente ao ensino básico e secundário, sublinho que estamos profundamente envolvidos através da nossa coordenação e dos nossos docentes num processo de revisão curricular. Isto é, estamos a colaborar com as autoridades sul-africanas na definição de um quadro de referência da língua portuguesa como ‘First Aditional Language’, ‘Se-cond Aditional Language’ e ‘Home Language’.

Para nós, esta revisão curricular é essencial porque, se pretendemos como pretendemos que

cada vez mais o português tenha uma integração curricular no âmbito do sistema educativo sul-africano, a criação e o desenvolvimento de ins-trumentos de referência de padrões de quali-dade, é essencial como orientação para os pró-prios docentes, como forma de reconhecimento das habilitações e das certificações por parte do próprio sistema educativo que têm de estar alin-hado com o resto do sistema e este passo, que diria que é quase invisível, que não se vê, mas é um passo fundamental, que nos vai permitir de facto o reconhecimento e a valorização do esta-tuto da língua portuguesa como língua curricular dentro das instituições de ensino sul-africanas, onde já temos um número significativo de alunos, cerca de 400 que funcionam num sistema de regime integrado, ou seja, que é uma disciplina curricular, mas é um número que nós gostaría-mos que pudesse avançar e esta revisão é uma peça muito importante.

SJ - Quais são os objectivos que têm defini-dos e as estimativas de crescimento?

JN - Relativamente aos dois países de língua

portuguesa, que são vizinhos e que são grandes potências regionais também a par da própria África do Sul, nós temos estratégias muito claras de cooperação com as instituições locais.

O reforço dessas instituições para serem moto-res de desenvolvimento, encaixa-se numa estra-tégia e numa visão que temos para a língua por-tuguesa como uma língua pluricêntrica. Isto é, a promoção da língua portuguesa é feita por todos os países que estão reunidos no seio da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] e que têm eles próprios estratégias regionais que nós apoiamos e que cooperamos no sentido de fortalecer esse estatuto e essa ação desses países. Parece-nos que é um trabalho comum, é assim que o discutimos no âmbito da CPLP e, portanto, desenvolvemos fortes programas de cooperação quer com Moçambique, quer com Angola, na formação de docentes, na criação de cátedras como centros de investigação para a língua portuguesa, etc.

Relativamente à África do Sul, e estamos a fi-xar-nos na zona sul do continente, reconhecendo também o papel da África do Sul como potência económica, como potência política, entendemos que este interesse e esta abertura à língua por-tuguesa se traduzirá num efeito multiplicador e, portanto, é para nós também um parceiro essen-cial nesta estratégia.

SJ - Qual é a estratégia comunicacional do Camões na promoção da valorização da lín-gua portuguesa na África do Sul?

JN - A Comunicação Social é um dos pilares

daquilo que nós consideramos numa estratégia de promoção de Portugal; o grande elemento de ‘soft power’ de que Portugal dispõe é a sua lín-gua e, também, obviamente, a sua cultura; o outro [pilar] é a questão dessa promoção de ima-gens de Portugal que valorizem aquilo que é a percepção relativamente a Portugal, aos por-tugueses, a toda a cultura e expressão portugue-sa.

Nós temos as nossas estruturas, temos a nossa embaixada, as nossas missões diplomáticas que anualmente submetem o seu plano de

activida-des junto e, em articulação, com a nossa coorde-nação e com os nossos docentes, ou seja, tudo o que é rede externa do MNE [Ministério dos Negócios Estrangeiros] e rede Camões trabal-ham de forma muito articulada para a construção de uma plano integrado, que deve manter um diálogo muito forte com as estruturas associati-vas, por forma a envolver também as próprias estruturas associativas na realização destes eventos que esta comunidade avalia como mais importantes, e, obviamente, nesta estratégia concertada deve também estar presente aquilo que é a Comunicação Social que nós estimulam-os que localmente seja feita através uma ques-tão de proximidade, isto é, mais do que nós, em Lisboa, no Camões, que temos os nossos meios próprios de divulgação dos nossos eventos e da nossa acção para cada um dos contextos, uma estratégia de proximidade com a Comunicação Social em cada um dos contextos onde desen-volvemos, e só para lhe dar uma nota, o senhor ministro dos Negócios Estrangeiros e a senhora ministra da Cultura acabaram de apresentar o Plano de Ação Cultural Externa de Portugal, em Lisboa, em que Portugal vai desenvolver cerca de 1.600 acções durante o ano de 2020 em 84 países, e portanto é difícil ter um instrumento que cubra tudo isto, e o que nós fomentamos é que localmente a apresentação do plano resulte de um diálogo articulado com as forças que concor-rem para esta promoção de Portugal e, entre elas, obviamente a Comunicação Social.

S

ENTREVISTA: João Neves, Vogal do Conselho Directivo do Instituto Camões

Texto de Carlos Henriques

e fotos de Carlos Silva

JOÃO NEVES (INSTITUTO CAMÕES), ACOMPANHADO POR MARTA CAMPOS (HEAD OF DEPARTMENT, PORTUGUESE STUDIES, SCHOOL OF LITERATURE, LANGUAGE AND MEDIA, UNIVERSITY OF WITWATERSRANDS) E PELO PROFESSOR DAN OJWANG (HEAD OF SCHOOL OF LITERATURE,

LANGUAGE AND MEDIA, UNIVERSITY OF WITWATERSRAND)

JOÃO NEVES, VOGAL DO CONSELHO DIRECTIVO DO CAMÕES – INSTITUTO DA COOPERAÇÃO E DA

LÍNGUA DE PORTUGAL

CAMÕES RENOVA COOPERAÇÃO COM UNIVERSIDADE WITS

África do Sul reconhece na Língua

(9)

2 DE MARÇO DE 2020 . O SÉCULO DE JOANESBURGO . PÁGINA 9

S

COMUNIDADE

Teve lugar ontem, no salão de festas do Núcleo de Arte e Cultura, o almo-ço para celebrar o trigési-mo quinto aniversário do

grupo de Folclore Troyevil-le/Núcleo de Arte e Cultu-ra, com a presença do cônsul geral de Portugal em Joanesburgo,

Francis-co-Xavier de Meireles; pre-sidente do Folclore na Áfri-ca do Sul, José Ferreira e sua esposa Júlia; presi-dente da Academia da

Ferrugem, Rogério de Nascimento e sua esposa Sandra; presidente da Di-recção da União Cultural, Recreativa e Desportiva Portuguesa, José Con-ten-te e sua esposa Adelai-de, bem como 330 pessoas da nossa comunidade que encheram o salão desta colectividade.

O mestre-de-cerimónias foi Alexandre Santos que agradeceu a presença de todos, dando em seguida a

palavra ao cônsul geral de Portugal, que felicitou o 35º aniversário do Ran-cho, sendo um orgulho para toda a comunidade.

Focou em seguida que, devido à crise mundial do Coronavirus, resolveu es-crever alguns dados sobre este virus no Facebook do Consulado Geral de Portu-gal, alertando a comunida-de, sem criar pânico, mas simplesmente para terem o cuidado com a higiene e

outros conselhos sobre os sintomas.

Em seguida o presidente do Folclore na África do Sul, José Ferreira, felicitou também o 35º aniversário daquele rancho, pedindo a colaboração dos mais jo-vens da nossa comunida-de, aderirem aos vários ranchos portugueses na África do Sul, para que a nossa cultura e tradições se mantenham por mais 35 anos.

Foram convidados para dançar o Grupo de Folclo-re da Casa dos Poveiros, os quais foram muito aplaudidos.

Depois da actuação do rancho aniversariante, houve muita música e dança durante toda a tar-de.

Trigésimo quinto aniversário do

Rancho Folclórico Troyeville/NAC

CÔNSUL GERAL DE PORTUGAL, FRANCISCO-XAVIER DE MEIRELES

RANCHO FOLCLÓRICO DA CASA DOS POVEIROS

PRESIDENTE DO FOLCLORE PORTUGUÊS

NA ÁFRICA DO SUL, JOSÉ FERREIRA RANCHO FOLCLóRICO DE TROYEVILLE/NAC.

ASPECTO GERAL DO ALMOÇO

Texto de

Luis Peixoto

e fotos de

Carlos Silva

Referências

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