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Se não mudarmos de direção é provável que acabemos no local para onde nos dirigimos.

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Desafios no combate a IF: Segurança carlos.g.rossa@gmail.com Desafios no combate a IF: Segurança carlos.g.rossa@gmail.com

Desafios no combate a incêndios florestais

Desafios no combate a incêndios florestais

-- Segurança

Segurança

--Carlos G. Rossa,

CITAB – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Famalicão da Serra

25/Mai/2013

VII Jornada de análise do Incêndio de Famalicão da Serra

VII Jornada de análise do Incêndio de Famalicão da Serra

“Se não mudarmos de direção é

provável que acabemos no local

para onde nos dirigimos”.

Provérbio Chinês

1. Motivação e desafios para combater IF em

condições de segurança

2. Nota histórica sobre o desenvolvimento de

regras para um combate seguro

3. O protocolo MARCA

Estrutura

Estrutura da

da apresentação

apresentação

4. Conclusão

11.. Motivação

Motivação ee desafios

desafios para

para combater

combater IF

IF

em

em condições

condições de

de segurança

segurança

Motivação

- Anualmente os IF são responsáveis por prejuízos

económicos consideráveis (floresta, outros).

- Mas pior flagelo causado é a perda de vidas humanas.

Desafios

- Lidar com potência térmica elevada e em simultâneo

salvaguardar integridade física.

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1. Motivação e desafios para combater IF em

condições de segurança

5

2. Nota histórica sobre o desenvolvimento de

regras para um combate seguro

Desafios no combate a IF: Segurança carlos.g.rossa@gmail.com Desafios no combate a IF: Segurança carlos.g.rossa@gmail.com

3. O protocolo MARCA

4. Conclusão

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Enquadramento

Enquadramento

- Nos EUA são elaborados relatórios de análise de

acidentes há várias décadas (1939/Rock Creek, 5 vit).

- Em Portugal apenas recentemente se iniciou a

elaboração de tais relatórios (Mortágua/Fev2005, 4

vit.; Famalicão da Serra/Jul2006, 6 vit.).

- Estes documentos são de importância fundamental

para evitar acidentes no futuro.

- Minizar a perigosidade a que os combatentes estão

expostos mas permitir efectuar supressão eficaz.

- Regra pode ser excelente em teoria mas pouco viável

de implementar no terreno.

- Se quem lida com o fogo não consegue integrar

regras com operacionalidade:

=> fracasso (regra não é cumprida)

A

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- Protocolos de actuação são desenvolvidos para serem

usados por pessoas.

- Por essa razão não as podemos ignorar durante o

processo da sua elaboração.

- O ser humano tem grande dificuldade em seguir um

determinado procedimento se o considerar inútil,

pouco operacional ou errado.

Comportamento

Comportamento humano

humano

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Princípio de Pareto: um nº reduzido de causas é

responsável

por

uma

grande

parte

dos

problemas.

Vilfredo Pareto (Economista, 1848-1923)

(Imagem: www.vertex42.com)

Denominadores

Denominadores comuns

comuns em

em acidentes

acidentes

- Análise de 100 acident. (1926-1990 nos EUA, 400 vít.)

concluiu que número reduzido de situações é

responsável pela maioria das fatalidades.

- Este estudo identificou quatro denominadores comuns

em fatalidades (NWCG, 1996).

Denominadores

Denominadores comuns

comuns em

em acidentes

acidentes

1. Maioria dos incidentes ocorre em incêndios pequenos

ou em secções isoladas de grandes incêndios.

=>

Subestimação da situação

2. Aumentos bruscos na intensidade do incêndio

ocorrem normalmente em combustíveis ligeiros (ex:

herbáceas).

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Denominadores

Denominadores comuns

comuns em

em acidentes

acidentes

3. Maioria dos incêndios não aparenta perigo até ao

aumento repentino da sua intensidade (ex: mudanças na

intensidade e/ou direção do vento, aceleração do fogo).

=>

Condições favorecem alteração fogo

4. Maioria dos acidentes em incêndios ocorre em

desfiladeiros ou em encostas muito inclinadas.

=>

Efeito sistemático da topografia

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Regras

Regras//procedimentos

procedimentos com

com origem

origem

nos

nos EUA e

EUA e usadas

usadas noutros

noutros países

países::

-

Ordens standard de combate

10

10

-

Situações que gritam cuidado

18

18

-

LACES

55

10

10 Ordens

Ordens standard

standard de

de combate

combate

- Desenvolvidas em 1957 por grupo de trabalho criado

pelo chefe Serviços Florestais EUA Richard McArdle.

- Análise de 16 acidentes com vit. (1937-1956, EUA).

- Baseadas nas “Ordens Gerais" usadas pelas Forças

Armadas EUA.

- Organizadas de forma sequencial para serem

aplicadas de forma sistemática.

As “10 Ordens Standard de Combate ao Fogo”

I. Comportamento do fogo

1. Conhecer as condições meteorológicas presentes e obter previsões.

2. Estar sempre ao corrente da evolução do incêndio.

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As “10 Ordens Standard de Combate ao Fogo”

II. Segurança

4. Identificar áreas de segurança e rotas de fuga, assegurando que

toda a gente as conhece.

5. Colocar vigias em situações potencialmente perigosas.

6. Estar alerta, manter a calma, pensar de forma clara e atuar de

forma decidida.

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As “10 Ordens Standard de Combate ao Fogo”

III. Organização

7. Manter a comunicação com membros de equipa, supervisor e

restantes forças no terreno.

8. Dar instruções claras e assegurar que foram compreendidas.

9. Manter o controlo individual e daqueles a quem dá instruções.

Se 1 a 9 foram cumpridas:

10. Combater o fogo de forma agressiva depois de assegurar as

condições de segurança.

18

18 Situações

Situações que

que gritam

gritam cuidado

cuidado

- Surgem no final da década de 1960 como 13

situações potencialmente perigosas.

- Em 1987 foram adicionados 5 itens.

- Existe alguma redundância entre elas.

- Quando ocorrem acidentes, normalmente mais do

que uma destas situações ocorre.

As “18 Situações que gritam cuidado”

1. O incêndio não foi reconhecido nem avaliado.

2. Combate feito à noite em terreno que não foi visto à luz do dia.

3. Áreas de segurança e rotas de fuga não identificadas.

4. Não estar informado acerca da meteorologia e dos factores

locais que influenciem o comportamento do fogo.

5. Não estar informado acerca da estratégia, táctica e perigos.

6. As instruções e tarefas atribuídas não foram claras.

7. Não existe comunicação com os membros ou com o chefe de

equipa.

8. Construção de aceiro sem um ponto de ancoragem seguro.

9. Construção de aceiro a descer uma encosta com fogo por baixo.

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10. Combater do incêndio pela cabeça.

11. Combustível por arder entre você e o fogo.

12. Não consegue ver o incêndio principal e não está em contacto

com alguém que consiga.

13. Posicionamento numa encosta onde existe material em

combustão que pode rolar e igniciar a vegetação mais em baixo.

14. O ar está a ficar mais quente e seco.

15. O vento aumenta e/ou muda de direcção.

16. Ignição frequente de focos secundários à frente da linha de fogo.

17. O terreno e combustíveis tornam difícil a fuga para áreas de

segurança.

18. Descansar numa zona por arder junto ao incêndio.

As “18 Situações que gritam cuidado”

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Reflexão

Reflexão sobre

sobre as

as regras

regras//procedimentos

procedimentos

- Estudo (Putnam, 1995) refere que face a determinada

situação a mente humana apenas consegue lidar com

7 fatores (em stress nº pode ser menor).

- Existe alternativa para garantir segurança?

10 Ordens Standard de Combate

+18 Situações que gritam cuidado

= 28 diretrizes para memorizar/aplicar

O

O protocolo

protocolo LACES

LACES

- Proposto como LCES em 1991 por Paul Gleason,

Superintendente de equipas de Hotshots nos EUA.

- Posteriormente foi acrescentado um A :

L

ookouts (Vigias)

A

nchor points (Pontos de ancoragem)

C

omunications (Comunicações)

E

scape routes (Rotas de fuga)

S

azety zones (Zonas de segurança)

1. Motivação e desafios para combater IF em

condições de segurança

2. Nota histórica sobre o desenvolvimento de

regras para um combate seguro

3. O protocolo MARCA

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Reflexão

Reflexão sobre

sobre o

o protocolo

protocolo LACES

LACES

- Em Inglês LACES significa atacadores e

por isso é fácil de memorizar

(para quem fala Inglês!)

Vigias

Pontos de ancoragem

Comunicações

Rotas de fuga

Zonas de segurança

VPCRZ

Em Português:

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O

O protocolo

protocolo

MARCA

MARCA

(Rossa,

(Rossa, 2011

2011))

Monitorização

Ancoragem

Rotas de fuga

Comunicações

Áreas de segurança

- Mais abrangente que Vigias => implica avaliação do fogo.

- Não é para principiante. Necessário interpretar e prever

comportamento do fogo.

Monitorização

- Supressão a partir de ponto onde fogo não possa rodar e

encurralar.

- Impossibilidade de ancoragem física: Ancoragem “visual”.

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- De preferência mais do que uma, com pouco combustível

e fáceis de percorrer.

Rotas de fuga

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- Presencial ou por walkie-talkies. Usar termos simples, dar

informação relevante mas sem excesso de detalhe que

dificulte imagem mental da situação.

- Garantir que mensagem foi passada.

Comunicações

- Destino das Rotas de fuga. Fundamentais para fazer face a

situações perigosas durante o combate.

- Incombustíveis e adequadas ao nº pessoas. Na

extremidade do incêndio a Área de segurança mais evidente

é a zona queimada.

Áreas de segurança

Reflexão

Reflexão sobre

sobre garantir

garantir segurança

segurança no

no combate

combate

- É

mais

fácil

comprar

material

que

mudar

comportamentos (luvas no carro não protegem mãos!).

- É necessário mudar mentalidades, reconhecer o valor

desses procedimentos e aplicá-los:

Regras num livro não previnem acidentes!

- Existe um nº reduzido de

procedimentos que previne a

maioria dos acidentes:

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Reflexão

Reflexão sobre

sobre garantir

garantir segurança

segurança no

no combate

combate

- Desde 2005 tem havido grandes melhorias na

organização da supressão dos IF e na formação dos

combatentes.

- Mas ainda há muito a fazer para evitar abordagens de

combate arriscadas e suscetíveis de causar acidentes.

- Formação deve ser objetiva e pragmática e com forte

componente prática. Treinar é fundamental!

“Eu ouço e esqueço,

eu vejo e lembro-me,

eu faço e compreendo”.

Provérbio Chinês

1. Motivação e desafios para combater IF em

condições de segurança

2. Nota histórica sobre o desenvolvimento de

regras para um combate seguro

3. O protocolo MARCA

4. Conclusão

- Pior flagelo dos IF é a perda de vidas humanas.

- Procedimentos adequados são fundamentais para

combate seguro mas temos dificuldade em lidar com

muitos fatores (>7).

- Um nº reduzido de procedimentos pode evitar maioria

dos acidentes: protocolo

MARCA

MARCA.

- Formação eficaz: é preciso aprender e treinar.

Conclusão

Conclusão

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Agradecimento

Agradecimento

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VII Jornada de análise do Incêndio de Famalicão da Serra

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