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ANGOLA
30 DIAS
AGOSTO 2018
Research
ATLANTICO
Índice
Sumário executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Notícias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.
Sumário
Executivo
• A base monetária em moeda nacional reduziu 2,6% ao
longo do mês de Julho, após ter diminuído cerca de 4,6% no mês de Junho. A tendência da base monetária suportou a decisão do BNA de reduzir a Taxa BNA de 18% para 16,5%.
• O mercado monetário interbancário, em 2018,
experimenta o melhor período dos últimos 3 anos. O volume médio transaccionado nos primeiros sete meses do ano corrente situou-se em 837,33 mil milhões AOA.
• A taxa de inflação homóloga, tendo como referência
Luanda, atingiu 19,51%, em Julho. A variação é
suportada pelo aumento do preço dos bens alimentares em 15,05% e dos não-alimentares em 20,72%.
• As vendas de divisas no mês de Julho registaram uma
redução de 29% face ao mês anterior, ao situar-se em 991,263 milhões EUR.
• A taxa de câmbio média do euro situou-se em 300,99
AOA e a taxa do dólar fixou-se em 256,98 AOA.
• As Reservas Internacionais Líquidas situaram-se em
13,68 mil milhões USD, que corresponde a um
incremento de 3,17% face ao período anterior.
• O Governo angolano tem demonstrado grande
empenho em encontrar fontes alternativas de
financiamento das suas despesas, com a captação de recursos financeiros no exterior.
• Para o efeito, beneficiou de uma linha de crédito do
Governo alemão avaliada em 500 milhões USD para o financiamento de infra-estruturas e aquisição de bens de capital.
• Por outro lado, decidiu recorrer ao Programa de
financiamento do FMI – Extended Fund Facility com o
intuito principal de suportar a reforma económica em vigor, em que o país beneficiará de um montante total de 4,5 mil milhões USD.
• O financiamento será disponibilizado em 3 tranches
anuais de 1,5 mil milhões USD, durante 3 anos, sendo
que a taxa de juro deverá se situar em
aproximadamente 2%, com uma taxa de compromisso
de 60 b.p. (basis points) ou 0,6 p.p. (percent point)
(devolvidas na totalidade caso o país utilize o montante total acordado) e uma taxa de serviço de 50 b.p. ou 0,5 p.p. aplicado em cada tranche disponibilizada. Ou seja, financiar-se pelo FMI permitirá reduzir o custo de financiamento do Governo, sendo que a taxa básica de
juro do FMI situa-se em 1,964%, um quarto do que
custaria se recorresse a emissão deEurobonds.
• O prazo para o reembolso do financiamento deve
rondar os 4½ anos e 10 anos.
• O facto da dívida indexada à taxa de câmbio ainda ter
um peso relevante sobre a dívida total (com o Kwanza ainda a depreciar-se) e a produção petrolífera contrair mais de 10% em 2018, sendo o arauto de uma possível contracção do PIB real, o rácio da dívida pode passar
para níveis muito superiores a 77%, levantando
novamente a questão da sustentabilidade da dívida.
• Entretanto, o acordo confere credibilidade internacional
ao país, demonstrando o compromisso com as reformas anunciadas e potencial para melhorar o bem-estar social angolano no futuro.
• Outra reforma relevante empreendida pelo Governo é a
reestruturação da Sonangol, maior empresa do país, que se deverá desagregar em Sonangol e Agência Nacional de Petróleo e Gás.
• A actividade económica de 2018 está a ser marcada
pela queda da produção petrolífera. A produção
petrolífera de Angola situou-se em 1,456 milhões
barris/dia em Julho, muito abaixo da produção em 2017, de cerca de 1,637 milhões barris/dia. Ou seja, caso não hajam novos investimentos no sector e a tendência se mantenha, o PIB petrolífero deverá contrair mais de 10% - sem precedentes, o que resultaria na contracção do PIB no ano corrente.
• Os países africanos, na sua maioria, experimentam um
período de défices fiscais, quedas dos níveis de
investimento, pressão sobre a taxa de câmbio e
necessidade de estímulos à actividade económica, que os pressiona a adoptar um conjunto de medidas e reformas com o intuito de retomarem à trajectória de crescimento que vigoravam no passado.
• Por exemplo, a África do Sul aposta no programa de
redistribuição de terras, assente na expropriação sem compensação de terrenos sub-utilizados, de forma a garantir a estabilidade social e económica no país e dar
sequência ao processo de transformação e
desenvolvimento necessário. A expropriação sem
compensação possui como principal handicap o facto
de que uma das partes não é compensada pelas perda de propriedade.
02.
Mercado
Monetário
• Em Agosto, não se verificaram alterações significativas
das medidas de política monetária, sendo que o Comité de Política Monetária (CPM) do BNA deverá reunir apenas no dia 24 de Setembro.
• A base monetária em moeda nacional, referência para
as decisões de política monetária do BNA, reduziu 2,6% durante o mês de Julho, que representa a segunda contracção consecutiva, após ter diminuído 4,6% em Junho. A tendência da base monetária suportou a decisão de reduzir a Taxa BNA de 18% para 16,5%.
• As taxas de juro LUIBOR diminuíram entre 2,69 p.p. e
5,56 p.p., de Junho a Julho. A LUIBOROvernight
situou-se em 16,38%, inferior em 5,56 p.p. que o registo no mês transacto, e o segundo nível mais baixo dos últimos 20 meses, sendo superado apenas pelo registo de 16,14% de Novembro de 2017.
• A LUIBOR a 1 mês registou a menor contracção, tendo
evoluído de 19,24% em Junho a 16,55% em Julho. No mês de Julho, as demais taxas situaram-se em 17,14% (3 meses), 17,82% (6 meses), 18,28% (9 meses) e 18,88% (12 meses), inferiores a 20,02%, 21,01%, 21,96% e 22,87%, respectivamente, níveis apurados em Junho.
• O mercado monetário interbancário (MMI), em 2018,
experimenta o melhor período dos últimos 3 anos, ou seja, desde o inicio da crise. O volume médio de liquidez transaccionada no MMI, nos 7 primeiros meses de 2018, atingiu 837,33 mil milhões AOA, 4 vezes o nível anual médio verificado durante o ano de 2017 (196,15 mil milhões AOA), quase 8 vezes em relação a 2016 (107,18 mil milhões AOA) e mais 60% relativamente ao nível médio de 2015 (513,55 mil milhões AOA).
• O MMI tem beneficiado de um conjunto de medidas de
política monetária adoptadas pelo BNA desde o início do ano, e da dinâmica do mercado cambial.
• Entretanto, o volume médio transaccionado em
Operações de Mercado Aberto (OMA) de absorção atingiu 165,57 mil milhões AOA, que é o máximo desde o início da série histórica, em 2011, que demonstra um aumento da absorção de liquidez com recurso a este instrumento.
• As reservas livres em moeda nacional atingiram o
máximo desde Novembro de 2017, ao situarem-se em 212,39 mil milhões AOA em Julho, segundo os dados preliminares divulgados pelo BNA.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Transacção de Liquidez Interbancária
Taxas de Juro do BNA
14 18 22
ago/16 fev/17 ago/17 fev/18 ago/18
Taxa BNA Redesconto Cedência O/N
% 5% 10% 15% 20% 25% 0 300 600 900 1200
jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18
Transacções Interbancárias Luibor Overnight Luibor 3 meses Mil Milhões AOA
03.
Inflação
• A taxa de inflação homóloga, tendo como referência a
capital do país – Luanda, situou-se em 19,51%, em Julho, fixando-se abaixo de 20% pela primeira vez desde Janeiro de 2016.
• A variação do nível geral de preços resulta do aumento
dos preços dos bens alimentares em 15,05% e dos não-alimentares em 20,72%. Desde Abril de 2017 que os
preços dos bens não-alimentares crescem mais
comparativamente aos preços dos bens alimentares, invertendo a tendência anterior, de maior crescimento dos preços dos bens alimentares que caracterizava o período mais intenso da crise (anos 2015 e 2016).
• Ainda em relação à inflação de Julho, o preço dos bens
transaccionáveis apresentaram um aumento de 19,32% face ao período homólogo, que compara aos 20,29% de Junho, enquanto o preço dos bens não-transaccionáveis cresceu 16,19%, o que supera os 15,98% de Junho.
• A taxa de inflação mensal de Luanda situou-se em 1,23%,
superior à taxa de 1,16% apurada no mês anterior, que
contribui para que a inflação acumulada atingisse 8,97%.
• Em relação ao nível geral de preços nacional, o índice
apresentou uma variação mensal de 1,25% e homóloga de 19,01% no mês de Julho, que compara à variação mensal de 1,26% e homóloga de 19,52% registada em Junho.
• As províncias que registaram as maiores variações dos
preços ao longo do mês de Julho foram Malanje com
3,11%, Bengo com 1,89% e Cunene com 1,75%. As
províncias com menor variação foram Lunda-sul com 0,76%, Cuando Cubango com 0,81% e Cabinda com 0,88.
• O Índice de Preços Grossista (IPG) apresentou uma
variação mensal de 1,34% em Julho, inferior em 0,02 p.p. face ao mês anterior. Em termos homólogos, a variação foi 16,19%, o que supera a variação de 15,95% em Junho.
• A tendência dos preços é suportada pelo incremento do
volume de moeda estrangeira disponibilizado pelo Banco Central, a regularidade das vendas, recuperação das importações e o consequente aumento da oferta de bens na economia .
FONTE: INE FONTE: INE
Variação mensal da Taxa de Inflação
por província (%), Junho
Taxa de Inflação
(%)
1,5 1,7 1,4 1,2 1,4 1,7 2,9 1,6 1,4 1,4 1,0 1,9 1,3 1,2 1,2 1,9 1,2 1,7 5 15 25 35 45
jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17 jan/18 jul/18 Bens alimentares Bens não-alimentares
04.
Mercado
Cambial
• As vendas de divisas no mês de Julho registaram uma
redução de 29% face ao mês anterior, ao situar-se em
991,263 milhões EUR. Em comparação ao período
homólogo, verificou-se um incremento de 17%.
• Em relação à taxa de câmbio, continua em vigor o
processo de depreciação da moeda nacional e redução do gap entre a taxa de câmbio formal e paralela, sendo que a taxa de câmbio no mercado formal atingiu máximos históricos desde a extinção dos kwanzas reajustados (AOR), no fim do segundo milénio, substituído pelo actual “Kwanza (AOA)”.
• A taxa de câmbio média do euro no mercado primário,
referente ao mês de Julho, situou-se em 300,99 AOA por cada unidade da moeda única, que representa uma depreciação acumulada de 62% desde o início do ano, ao passo que em relação ao dólar atingiu 256,98 AOA, acumulando 55% de depreciação.
• As medidas adoptadas pelo Banco Central continuam a
apresentar resultados positivos. O desempenho no
mercado paralelo demonstra que a moeda nacional registou uma apreciação de, aproximadamente, 14% e 12%
face ao euro e ao dólar, tendo atingido em Julho uma cotação de 380 e 440 AOA por unidade da moeda europeia e norte-americana, respectivamente.
• O diferencial entre as taxas de câmbio no mercado formal
e informal tem sido encurtado.
• O último relatório da Economist Intelligence Unit (EIU),
Country Forecast, estima que até o final do ano corrente, a cotação de cada unidade de dólar e euro atingirá 259,55 AOA e 307,56 AOA, respectivamente.
• Actualmente (altura em que este relatório foi escrito - 28
de Agosto de 2018), o Kwanza já cotava a 272,38 AOA em relação ao dólar e 317,67 AOA em relação ao euro, ou
seja, em Agosto, o país já ultrapassou as actuais
projecções da EIU.
• Durante o mês de Julho, as Reservas Internacionais
Líquidas situaram-se em 13,68 mil milhões USD, que corresponde a um incremento de 3,17% face ao período anterior, mas uma redução de 22% em relação ao período
homólogo. Destaca-se que a variação homóloga se
mantém em terreno negativo desde o início de 2014.
FONTE: BNA, Recolha própria FONTE: BNA
Reservas Internacionais Líquidas
(milhões USD)
Venda de divisas – Taxa de câmbio
100 300 500 700 250 750 1.250 1.750 2.250
mar/17 jul/17 nov/17 mar/18 jul/18
Venda de divisas (esq.) câmbio formal câmbio informal
Milhões EUR EUR/AOA
12.000 17.000 22.000 27.000
05.
Finanças
Públicas
FONTE: Bloomberg FONTE: PAE 2018
Yield Eurobond- Angola (%)
Desembolsos por tipo de
credor-402,82 mil milhões AOA
• O Governo angolano tem demonstrado grande empenho
no processo de encontrar fontes alternativas de
financiamento das suas despesas com a captação de recursos financeiros no exterior.
• Para o efeito, em Agosto, foi assinado um acordo para a
abertura de uma nova linha de crédito para Angola, pelo Banco alemão Commerzbank, com garantias do Estado
alemão, para o financiamento de infra-estruturas e
aquisição de bens de capital, no valor de 500 milhões USD. O acordo procedeu a visita do Presidente da República de Angola, João Lourenço, à Alemanha, e está em linha com as promessas da campanha eleitoral de encontrar novos parceiros comerciais para Angola, com destaque para economias fortes como o Reino Unido, a Alemanha e a França para a novo ciclo do País.
• O Governo de Angola decidiu também recorrer ao
Programa de Financiamento do FMI – Extended Fund
Facility com o intuito principal de suportar as reformas económicas em vigor, conferindo as ferramentas para a
correcção dos desequilíbrios das contas públicas e
externas, de forma sustentável - a médio e longo prazo.
• Para o efeito, o país beneficiará de um montante total de
4,5 mil milhões USD, aproximadamente um terço do nível actual das Reservas Internacionais Líquidas, que em
Julho ascendia 13 mil milhões USD. O limite de
financiamento ao abrigo do EFF é de 435% da quota do país em Special Drawning Right (SDR), que no caso de Angola se situa em 740,1 milhões SDR. Ou seja, Angola poderá financiar-se em até 3.219,44 milhões SDR que, a taxa de câmbio de Agosto de 2018 (1SDR=1,4031 USD), corresponde a 4.517,19 milhões USD.
• O financiamento será disponibilizado em 3 tranches
anuais de 1,5 mil milhões USD, durante 3 anos, a taxa de juro deverá se situar em aproximadamente 2%, com uma
taxa de compromisso de 60 b.p. (basis points) ou 0,6
p.p. (percent point) (devolvidas na totalidade caso o país
utilize o montante total acordado) e uma taxa de serviço
de 50 b.p. ou 0,5% aplicado em cada tranche
disponibilizada.
• O financiamento acima dos predefinidos pelo programa,
prazos mais longos e atrasos ou incumprimentos no reembolso devem levar ao agravamento dos custos de
financiamento. O prazo para o reembolso do
financiamento deve rondar os 4 ½ anos e 10 anos. Ou
seja, financiar-se pelo FMI permitirá reduzir o custo de financiamento do Governo, sendo que a taxa básica de juro do FMI situa-se em 1,964%, um quarto do que custaria se recorresse a emissão de Eurobonds, cuja a taxa de juro situa-se em 7,99% (dados de 24 de Agosto dos Eurobonds angolanos a 10 anos).
27%
52% 11%
10%
Bilateral Comercial Fornecedores Multilateral
7,0 7,5 8,0 8,5 9,0 9,5 10,0 2048 2028
05.
Finanças
Públicas
FONTE: FMI, Art. IV
Indicadores macroeconómicos
• O Extended Fund Facility, programa do FMI que Angola adere, distingue-se pelas condições exigidas pelo Fundo que são mais profundas, e têm como foco a reforma estrutural no sentido de fortalecer as instituições, em particular, e a economia em geral, em linha com os
programas do Governo - Plano Desenvolvimento
Nacional (PDN) 2018-22 e Plano de Estabilização
Macroeconómica.
• O acordo confere credibilidade internacional ao país,
demonstrando o compromisso com as reformas
anunciadas e potencial para melhorar o bem-estar social angolano no futuro.
• Entretanto, importa destacar que as dívidas acumulam-se
e os serviços de dívida tornam-se mais pesados com o seu aumento. A dívida pública bruta, segundo o FMI (consultas ao abrigo do artigo IV de Junho de 2018), situa-se em 72,9% do PIB em 2018, o equivalente a 86,82 mil milhões USD.
• A linha de crédito de 500 milhões USD e o financiamento
do FMI em 4,5 mil milhões USD, apenas, elevam a dívida pública para 77% do PIB, considerando o facto de que a dívida indexada à taxa de câmbio ainda ter um peso relevante sobre a dívida total (com o Kwanza ainda a depreciar-se) e que a produção petrolífera já contraiu mais de 10% em 2018, sendo o arauto de uma possível
contracção do PIB real, o rácio da dívida pode passar para níveis muito superiores, levantando novamente a questão da sustentabilidade da dívida.
• Outra reforma relevante empreendida pelo Governo é a
reestruturação da Sonangol, maior empresa do país, que se deverá desagregar em Sonangol e Agência Nacional de Petróleo e Gás, num processo que encerrará em 2020. A primeira deverá focar a sua acção nas actividades
fundamentais do sector petrolífero, nomeadamente,
pesquisa, produção, refinação e distribuição, devendo-se, para o efeito, assegurar a efectivação do processo de alienação ou privatização dos negócios não nucleares. A Agência, por sua vez, será a concessionária nacional.
• Apesar da melhoria das condições do mercado
petrolífero internacional, a mesma ainda não se reflectiu de forma plena no actual estado da economia, sendo o aumento das receitas fiscais petrolíferas para máximos históricos, um efeito essencialmente cambial, gerado pela
depreciação do kwanza. O Governo anunciou, por
exemplo, que o pagamento dos subsídios de Natal de 2018 serão realizados em 4 prestações mensais, com inicio em Agosto, uma medida adoptada durante o período mais profundos da crise no mercado petrolífero,
que permite ao Executivo honrar com os seus
compromissos e suavizar as pressões de tesouraria.
Indicadores 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Pro duto Interno Bruto ( mil milhõ es US D) 113,9 124,9 126,7 102,6 95,3 124,5 119,1 121,0
Go verno Centra l ( % PIB)
Receitas totais 46,5 40,2 35,3 27,3 18,6 15,8 18,2 18,1 D/q: Petrolífera 37,7 30,1 23,8 15,4 8,8 8,4 11,7 10,8 D/q: não-petrolífera 6,6 8,1 9,1 9,3 7,9 5,8 5,6 6,4 Despesas totais 41,8 40,5 41,9 30,6 23,4 21,8 20,2 20,5 Despesas correntes 29,4 28,5 29,4 24,7 19,2 16,2 16,2 15,6 Despesas de capital 12,5 12,0 12,5 6,0 4,1 5,5 4,0 5,0
Saldo orçamental global 4,6 -0,3 -6,6 -3,3 -4,8 -6,0 -2,0 -2,4
Saldo orçamental primário não petrolífero -29,5 -28,2 -28,1 -15,9 -10,2 -10,8 -8,8 -8,3
Saldo orçamental primário não petrolífero (% do PIB não petrolifero) -54,5 -47,0 -42,9 -20,8 -12,8 -13,4 -11,8 -10,8
Dívida ( % PIB)
Total da dívida (bruta) do sector público 29,9 32,9 40,7 64,6 79,8 64,1 72,9 69,9
D/q: Sonangol 7,9 10,9 12,5 14,2 9,9 3,9 4,5 4,2
Petró leo
Produção de petróleo (milhões de barris/dia) 1,730 1,716 1,672 1,780 1,744 1,757 1,798 1,800
Exportações de petróleo e gás (mil milhões USD) 69,7 66,9 57,6 31,9 26,2 31,2 38,3 36,0
06.
Economia
Real
• A actividade económica de 2018 está a ser marcada
pela queda da produção petrolífera. O Governo, no início do ano, antecipava um crescimento do sector petrolífero de 3,1%, como resultado da expectativa de que a produção atinja 1.698,6 mil barris/dia, e do não petrolífero em 4,4%, em 2018.
• A produção petrolífera de Angola, em Julho, situou-se
em 1,456 milhões barris/dia, muito abaixo da produção em 2017, de cerca de 1,637 milhões barris/dia. Ou seja, caso não hajam novos investimentos no sector e a
tendência se mantenha, o PIB petrolífero deverá
contrair mais de 10% - sem precedentes, o que resultaria na contracção do PIB no ano corrente.
• Os desinvestimentos no sector petrolífero durante o
período de baixa do preço do petróleo, o excesso de
burocracia e constrangimentos no processo de
realização de novas licitações de blocos são as
principais razões para a queda produtiva no sector.
• A influência do sector petrolífero sobre o resto da
economia é significativa, sendo esperado que, caso a tendência da produção petrolífera se mantenha, o sector não-petrolífero também cresça menos do que o
esperado.
• O INE actualizou os dados referentes à população e o
mercado de trabalho angolano no Relatório dos
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável,
Indicadores de Linha de Base, 2018. No relatório
constata-se que a população residente em Angola, em 2018, se situa em aproximadamente 29,25 milhões de habitantes, sendo a idade mediana de 16,5 anos, com uma taxa de crescimento anual de 3,3%. As mulheres constituem 51% da população, com uma esperança de vida de 63 anos, 2 anos mais que os homens.
• A taxa de desemprego se situa em aproximadamente
20%. A taxa de desemprego na área urbana é de 25%, cerca de três vezes superior à taxa na área rural, que se situa em 9%. A taxa de desemprego atinge o valor mais alto na população com a idade compreendida entre 15 e 24 anos, cerca de 38%.
• Um pouco mais da metade da população (53%) reside
em apenas 5 províncias do país, nomeadamente,
Luanda, Huíla, Benguela, Huambo e Cuanza Sul. A densidade da população a nível nacional é de 23 pessoas por quilómetro quadrado.
FONTE: OPEP FONTE: INE, Relatório sobre emprego, Setembro 2017
Produção Petrolífera
(milhões barris/dia)
Taxa de desemprego (%)
1,615 1,639 1,595 1,692 1,609 1,665 1,646 1,596 1,576 1,523 1,511 1,516 1,444 1,456 1,673
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho
2017 2018 Quota 20 25 9 18 22 9 22 28 10
Angola Urbana Rural
07.
Economia
Regional
• Os países africanos, na sua maioria, experimentam um
período de défices fiscais, quedas dos níveis de
investimento, pressão sobre a taxa de câmbio e
necessidade de estímulos à actividade económica. Ou seja, os países do continente estão obrigados a adoptar um conjunto de medidas e reformas com o intuito de retomarem à trajectória de crescimento que vigoravam no passado.
• África do Sul: O Governo aposta no programa de
redistribuição de terras, assente na expropriação sem compensação de terrenos sub-utilizados, de forma a garantir a estabilidade social e económica no país e dar
sequência ao processo de transformação e
desenvolvimento necessário. A expropriação sem
compensação possui como principal handicap o facto
de que uma das partes não é compensada pelas perda de propriedade.
• O Banco central (SARB) manteve as taxas de juro em
6,5% em final de Julho, a decisão foi considerada apropriada e acomodatícia pelos analistas, apesar dos receios que a inflação aumente no futuro, devido a contracções da oferta. A inflação situou-se em 5,1%.
• Etiópia: O Banco Central desde que, em Outubro do
ano de 2017, aumentou a taxa de juro em 200 b.p., situando-se em 7%, e desvalorizou a moeda (o Birr) em 15%, que tem mantido a taxa de juro estável.
• O novo Governo, que tomou posse em Abril, anunciou
uma série de mudanças económicas e políticas. O Governo chegou a um acordo com o Banco Mundial para que este último financie directamente o orçamento público nos próximos meses, um montante que deverá atingir 1.000 milhões USD.
• Egipto: O Banco Central manteve a taxa básica de juros
em 16,75% em 16 de Agosto de 2018, como amplamente esperado. Os formuladores de políticas disseram que a decisão continua coerente com a meta de inflação de 13% (+/- 3 p.p.), sendo esperado que chegue a atingir um dígito. A taxa de inflação anual diminuiu para 13,5% em Julho de 2018, de 14,0% em Junho, período em que o impacto dos cortes aos subsídios de energia impostos pelo empréstimo do FMI se fizeram sentir na economia.
Enquanto isso, observou-se que a inflação core
decresceu, situando-se em 8,5% no mês de Julho, a taxa mais baixa em mais de dois anos.
FONTE: Banco Centrais, Bloomberg, TRADING ECONOMICS FONTE: Banco Centrais, Bloomberg, TRADING ECONOMICS
Taxas de juro de Referência (%)
Taxa de Inflação (%)
18,0 9,5 16,8 17,0 6,8 14,0 7,0 16,50 6,50 9 Angola África do SulQuênia Egipto Gana Namíbia Nigéria Etiópia
Junho Julho 19,5 4,6 4,3 14,4 10,0 4,0 11,2 14,7 19,0 5,1 4,4 13,5 9,6 4,5 11,1 14,0 Angola África do Sul
Quênia Egipto Gana Namíbia Nigéria Etiópia
08.
Cobertura
de Notícias
• O nível de dolarização da economia atingiu 41% no mês
de Junho. O nível de dolarização da economia, medido pelo rácio dos depósitos em moeda estrangeira sobre o total dos depósitos, atingiu 41% em Junho, um aumento de 1 p.p. face ao mês anterior. A variação apurada
durante o período em análise poderá reflectir,
essencialmente, o aumento dos depósitos em moeda externa, em 3,4% que situou-se em 2.886,23 mil milhões
AOA, enquanto os depósitos totais apresentaram
incremento de 0,9%, para 7.000,8 mil milhões AOA. Importa ressaltar que a variação dos depósitos em moeda externa poderá reflectir a desvalorização cambial e não o aumento efectivo do depósito em moeda externa, sendo que a moeda nacional registou uma depreciação acumulada de 55,8% face ao euro até ao
mês de Junho. Destaca-se que o rácio verificado
representa o maior nível desde Dezembro de 2013, e
pode condicionar a eficiência da política de
desdolarização da economia.
• A Agência Nacional de Petróleo e Gás deverá substituir
a Sonangol como concessionária Nacional do sector petrolífero. O grupo de trabalho que foi criado para
apresentar soluções ligadas aos actuais constrangimentos do sector petrolífero, coordenado pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, aprovou a criação da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANG), que deverá substituir a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) na função de Concessionária Nacional.
• O Fundo Monetário Internacional (FMI) deu nota positiva
às reformas de estabilização macroeconómica do
Executivo. O Governo de Angola, por meio de uma nota de imprensa do Ministério das Finanças, confirmada pelo Vice-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) no site oficial da instituição a 21 de Agosto, fez saber que o país deverá começar o processo de negociações com o FMI, em Outubro próximo, de forma a obter um
apoio Financeiro ao abrigo do Programa de
Financiamento Ampliado (EFF –Extended Fund Facility)
de 2 anos, e que pode ser estendido em mais 1 ano, caso se mostre necessário. A intenção do Executivo surge após o Governo ter solicitado, em Abril, um apoio técnico ao abrigo do Instrumento de Coordenação de Políticas (PCI).
• A yield dos Eurobonds com maturidade em 2025
reduziu no dia 21 de Agosto, influenciada pela
divulgação do apoio financeiro solicitado ao Fundo
Monetário Internacional. A solicitação de coordenação ao FMI poderá ser entendida como o compromisso do
Governo em prosseguir com as reformas fiscais,
monetárias e cambiais que se culmina no
restabelecimento da estabilidade macroeconómica e na necessidade de restabelecimento dos anteriores níveis
de crescimento económico. Assim sendo, a yield dos
Eurobonds com maturidade em 2025 reduziu 29,7 p.b. no dia 21 de Agosto, a maior queda diária desde 16 de Novembro de 2017.
• A taxa de juro dos Bilhetes de Tesouro (BT) na
maturidade de 182 dias fixou-se em 16,77% em Maio. A taxa representa uma redução de 3,48 p.p., face a taxa apurada no mês de Abril. A redução da taxa de juro poderá reflectir a intenção do Executivo de reduzir as
taxas de juro para níveis abaixo das taxas de
crescimento do Produto Interno Bruto do país, a fim de assegurar a sustentabilidade da dívida pública e, que o investimento seja direcionado ao sector privado em detrimento do sector público. Por outro lado, o aumento da arrecadação fiscal, em consequência do incremento dos preços do petróleo e da depreciação do kwanza, a desaceleração da inflação nacional homóloga em 12,74 p.p. para 19,84% em Maio, em comparação ao mesmo período de 2017, e a necessidade de alteração do perfil de vencimento da dívida pública poderão justificar o comportamento das taxas de juro. Destaca-se que o registo da taxa de juro dos BT’s a 182 dias representa a menor taxa desde Setembro de 2016, quando se fixou em 16,70%.
• As notas e moedas em poder do público reduziram 8%
em Junho. As notas e moedas em poder do público referente ao mês de Junho registaram redução de 8% face ao mês anterior, situando-se em 321,56 mil milhões AOA. O montante apurado em Junho representa uma redução homóloga de 2,6%, desempenho que poderá reflectir o ajustamento entre a necessidade de notas e moedas em poder do público e a actividade económica,
em conformidade com a política monetária
contraccionista do BNA de redução da liquidez na economia de formas a controlar a pressão sobre as taxas de câmbio e a inflação. Por outro lado, o aumento do nível de bancarização, literacia financeira e aumento de transacções bancárias poderão ter contribuído para a redução da necessidade de notas e moedas em poder do público. Importa ressaltar que o nível verificado representa o menor registado desde Setembro de 2015.
09.
Tabela de
Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 2017 2018 ANGOLA 28,2 0,7 2,2 124,2 119,4 4.407,7 4.114,5 16,5 18,4 22,0 20,1 62,3 73,0 -4,5 -2,2 26,26 24,59 ÁFRICA DO SUL 56,5 1,3 1,5 349,3 370,9 6.179,9 6.459,2 28,4 29,0 32,9 33,2 52,7 54,9 -2,3 -2,9 4,72 5,63 BOTSWANA 2,2 2,2 4,6 17,2 18,6 7.877,0 8.443,1 32,7 30,5 32,3 31,8 15,6 14,9 10,8 8,3 2,95 3,50 CAMARÕES 24,3 3,2 4,0 34,0 39,1 1.400,7 1.570,2 14,9 15,7 19,2 17,9 30,4 30,6 -2,5 -2,5 0,79 1,14 CONGO 4,3 -4,6 0,7 8,5 10,5 1.958,2 2.349,7 23,1 27,7 30,3 23,9 119,1 110,4 -12,7 3,0 1,79 1,76
REP. DEM. CONGO 86,7 3,4 3,8 41,4 42,6 478,2 477,8 10,4 11,2 12,9 11,1 15,7 14,5 -0,5 0,3 55,00 29,50
GANA 28,3 8,4 6,3 47,0 51,6 1.663,2 1.779,9 17,5 17,9 22,5 23,0 65,3 63,0 -4,5 -4,1 11,82 8,00 MAURÍCIA 1,3 3,9 3,9 12,4 13,3 9.794,1 10.437,1 24,0 24,0 27,3 27,3 60,2 59,9 -6,0 -7,4 4,21 5,88 MOÇAMBIQUE 29,5 3,0 3,0 12,7 14,3 429,3 472,0 26,6 23,4 32,1 30,9 102,2 110,1 -16,1 -16,9 7,16 6,50 NAMÍBIA 2,3 -1,2 1,2 12,7 13,3 5.413,1 5.627,1 33,6 32,4 39,8 40,1 43,6 50,2 -1,4 -3,6 5,17 5,75 NIGÉRIA 188,7 0,8 2,1 376,3 408,6 1.994,2 2.107,6 6,0 7,6 11,7 12,4 19,6 23,7 2,5 0,5 15,37 14,50 TANZÂNIA 50,0 6,0 6,4 51,7 56,7 1.033,6 1.110,1 15,9 15,8 18,6 20,2 38,2 39,3 -3,8 -5,4 3,97 5,00 QUÉNIA 46,7 4,8 5,5 79,5 88,3 1.701,6 1.837,7 18,7 19,0 27,2 26,5 50,4 53,7 -6,4 -6,2 4,50 5,06 ZÂMBIA 17,2 3,6 4,0 25,5 26,2 1.479,5 1.475,7 17,9 18,8 25,2 26,6 56,3 61,3 -3,3 -2,6 6,09 8,00 ZIMBABWE 14,9 3,0 2,4 17,5 19,4 1.175,7 1.270,7 22,5 23,0 32,1 26,2 78,4 75,2 -2,6 -2,7 3,50 7,90 DÍVIDA PÚBLICA (%PIB) BALANÇA CORRENTE (%PIB) INFLAÇÃO (%)
PIB ( %) PIB NOMINAL (USD )
PIB PER CAPITA (USD) RECEITA PÚBLICA (%PIB) DESPESA PÚBLICA (%PIB) POPULAÇÃO 2 015
dez/15 Dez Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun TA XA D E CÂ M BIO (M ÉD IA ) AOA/USD 135,3 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 206,9 214,9 214,6 225,8 238,2 248,3 AOA/EUR 147,1 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 257,7 262,0 264,4 272,9 277,8 288,9 TA XA D E JURO CRÉD ITO (181 D A 1 A N O. %) EM PRESA S MOEDA NACIONAL 15,11 15,26 15,58 15,39 15,51 15,41 15,43 15,44 16,12 17,9 21,33 21,72 22,60 22,88 22,31 MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 8,50 9,59 8,40 8,45 8,45 8,45 8,45 8,45 8,45 n.d 9,00 n.d n.d n.d PA RTICULA RES MOEDA NACIONAL 10,14 15,25 17,11 16,57 17,82 17,38 17,52 18,34 17,7 18,06 16,15 20,15 17,21 20,76 20,28 MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 9 7,36 9,67 8,15 10,24 10,76 9,8 10,48 8,64 14,00 n.d n.d n.d n.d TA XA D E D EPÓSITOS (181 D A 1 A N O. %) MOEDA NACIONAL 4,21 3,90 4,13 3,96 4,02 4,01 4,09 4,11 4,28 7,49 9,25 7,68 8,87 9,40 8,06 MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 3,10 2,83 3,02 3,12 2,88 2,82 2,76 2,51 2,40 2,39 2,33 2,16 2,32 2,37 A G REG A D OS M ON ETÁ RIOS (USD )
M1 3.412,4 3.807,8 3.663,5 3.650,2 3.743,5 3.755,9 3.577,5 3.624,9 3.732,1 3.743,4 3.821,7 3.870,2 3.691,5 3.847,4 3.808,1 M2 5.703,7 6.446,7 6.357,6 6.312,2 6.421,0 6.391,5 6.314,3 6.387,9 6.517,6 6.901,1 6.961,8 6.981,1 7.030,6 7.285,4 7.322,4 M3 5.711,8 6.450,5 6.360,9 6.315,6 6.425,6 6.396,3 6.318,7 6.391,9 6.521,7 6.906,2 6.966,7 6.985,5 7.035,2 7.290,3 7.327,5 TA XA LUIBOR (FIM D E PERÍOD O, %)
O/N 11,31 23,35 22,4 22,35 22 19,7 17,36 16,14 17,77 19,45 19,99 20,12 20,05 21,02 21,94 30 DIAS 11,44 17,41 18,57 18,63 18,19 18,01 18,14 17,5 18,27 18,65 18,87 18,92 19,1 19,89 19,24 90 DIAS 11,88 18,23 20,15 19,99 18,94 18,81 19,1 18,58 18,92 19,82 19,87 19,89 19,79 19,83 20,02 180 DIAS 12,21 18,30 21,65 21,36 20,42 19,45 20,03 19,59 20,16 20,93 21,20 21,23 21,30 20,67 21,01 270 DIAS 12,56 19,65 22,89 22,43 21,43 20,9 21,95 21,73 21,9 22,51 22,37 22,44 22,59 21,68 21,96 360 DIAS 12,84 20,17 24,44 23,9 22,54 21,97 23,05 22,7 23,08 23,47 23,67 23,74 23,87 22,69 22,87 TA XA BÁ SICA (FIM -D E-PERÍOD O, %) 11 16 16 16 16 16 16 18 18 18 18 18 18 18 18 TA XA IN FLA ÇÃ O (FIM -D E-PERÍOD O, Y/ Y, %) 14,27 41,95 31,89 29,01 26,95 27,46 28,96 27,56 26,26 25,15 23,36 22,32 21,32 20,65 20,16 RESERVA S IN TERN A CION A IS (USD ) 24.265,8 21.399,3 16.768,2 17.491,6 15.647,6 15.156,9 15.266,3 14.245,7 13.343,4 13.059,6 12.813,3 13.077,6 12.954,7 14.614,5 13.256,0 PROD UÇÃ O D E PETRÓLEO (M B/ D ) 1,85 1,72 1,67 1,06 1,64 1,64 1,71 1,58 1,63 1,62 1,61 1,52 1,52 1,58 1,43
IN D ICA D ORES 2 016 2 017 2 018
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