• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ AMABILE CAMILA ZAMPIERI BUENO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ AMABILE CAMILA ZAMPIERI BUENO"

Copied!
51
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

AMABILE CAMILA ZAMPIERI BUENO

ABATE E INSPEÇÃO DE BOVINOS E BUBALINOS

CURITIBA

2015

(2)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

AMABILE CAMILA ZAMPIERI BUENO

ABATE E INSPEÇÃO DE BOVINOS E BUBALINOS

Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito parcial para a obtenção do grau de Médico Veterinário.

Orientador Acadêmico: Profa. Anderlise Borsoi Orientador Profissional: Med. Vet. Lilian Toffanetto

CURITIBA

2015

(3)

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

REITOR

Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos

PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

Carlos Eduardo Rangel Santos

PRÓ-REITORA ACADÊMICA

Prof. Dra. Carmen Luiza da Silva

DIRETOR DE GRADUAÇÃO

Prof. Dr. João Henrique Faryniuk

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Prof. Dr. Welington Hartmann

COORDENADOR DE ESTÁGIO CURRICULAR

(4)

TERMO DE APROVAÇÃO

AMABILE CAMILA ZAMPIERI BUENO

ABATE E INSPEÇÃO DE BOVINOS E BUBALINOS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para

obtenção do título de Médico (a) Veterinário (a) pela Comissão

Examinadora do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti

do Paraná.

Comissão Examinadora:

Presidente: Professora Dra. Anderlise Borsoi

Professora Msc. Elza Ciffoni

Professor Dr. Welington Hartmann

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus pela sabedoria e proteção

durante toda a jornada acadêmica. Dando-me forças para superar todos

os obstáculos, sem a minha fé nada seria possível.

À minha família, principalmente aos meus pais Antonio e Eliane

por todo o esforço que fizeram, e pelo incentivo que me foi dado, meu

irmão e cunhada por todo o apoio. A vocês que fizeram do meu sonho o

de vocês também. Dedico a vocês!

Ao meu namorado, Bruno por toda parceria e compreensão nos

momentos mais difíceis, e por estar ao meu lado sempre me apoiando

na realização do meu sonho não me permitindo desistir nunca.

Aos meus animais, foi para retribuir o amor de vocês que fiz essa

escolha, para ajudar sempre todo e qualquer animal que necessite.

Aos mestres da Faculdade Evangélica por todo aprendizado,

serei eternamente grata a vocês.

À Universidade Tuiuti, pelo acolhimento na fase mais conturbada

dos acadêmicos e aos professores da mesma pelo acolhimento.

Às minhas colegas de estágio curricular, Karina, Marcelle e

Nayara e a minha supervisora de estágio Lilian, tudo o que aprendi com

vocês levarei por toda a vida profissional e pessoal obrigada por

transmitirem a mim o conhecimento de vocês. Serei sempre grata.

Ao frigorifico Argus, pela oportunidade de estágio na empresa.

Aos funcionários, por toda contribuição à confecção deste trabalho, sem

a ajuda de vocês não seria possível.

Às minhas amigas, Tami e Nathalia sempre presentes que nunca

mediram esforços para me ajudar e aconselhar. E as minhas sempre

amigas, Danielle, Pâmela e Michelle dispostas a ouvir meus desabafos a

qualquer momento.

(6)

A um grande amigo, que esteve presente durante todo o meu

crescimento e infelizmente não está mais dividindo essa realização ao

meu lado, mas estará sempre em meu coração, Luis Felipe dos Santos

Pinheiro.

À minha orientadora, Professora Anderlise Borsoi por toda a

paciência e conselhos dados durante o período de estágio Por ser

sempre receptiva a todas as minhas duvidas, e aos meus desabafos e

me acalmar, muito, quando precisei. Minha grande admiração por você!

E todos aqueles que de certa forma estiveram presentes e não

mencionei aqui, o carinho de todos foi muito importante para esta

conquista.

(7)

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ... 9

LISTA DE TABELAS ... 10

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ... 11

RESUMO... 12

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 DADOS SOBRE O ESTÁGIO ... 14

2.1 ORIENTADOR ACADÊMICO ... 14

2.2 ORIENTADOR PROFISSIONAL ... 14

2.3 HORAS DE ESTÁGIO ... 14

2.4 DADOS SOBRE O LOCAL DE ESTÁGIO ... 14

2.5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 15

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 16

3.1 CARNE BOVINA NO BRASIL ... 16

3.2 INSPEÇÃO VETERINÁRIA NO ABATE DE BOVINOS ... 17

3.3 PRINCIPAIS ZOONOSES DE IMPORTÂNCIA NO ABATE DE BOVINOS .. 19

3.4 CONDENAÇÃO DE VISCERAS ... 21 3.5 FÍGADO ... 21 3.5.1 Abscesso hepático ... 22 3.5.2 Teleangiectasia ... 23 3.5.3 Fascíola ... 24 3.6 RINS ... 27 3.6.1 Uronefrose ... 28 3.6.2 Nefrite ... 29 3.7 CORAÇÃO ... 29 3.7.1 Cisticercose ... 30 3.7.2 Pericardite ... 32

4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 34

4.1 Recepção e Abate de Bovinos ... 34

(8)

4.3 Miúdos, Bucharia, Triparia e Graxaria ... 36

4.4 Controle de Qualidade ... 37

4.5 Documentação dos achados ... 37

5 ESTUDO DE CASUISTICA ... 39

6 CONCLUSÃO ... 45

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 46

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Vista Aérea do Frigorifico Argus ... 15

Figura 2 - Abate de Bovinos por Trimestre ... 17

Figura 3 - Fígado bovino com nódulos caracteristicos de tuberculose ... 19

Figura 4 - Abcesso Hepático rompido em fígado bovino ... 23

Figura 5 - Fígado Bovino com focos de teleangiectasia ... 24

Figura 6 - Fascíola viva em fígado bovino ... 25

Figura 7 - Lesões caracteristicas da migração de fascíola em fígado bovino ... 26

Figura 8 - Rim Bovino ... 28

Figura 9 - Uronefrose bilateral em rim bovino ... 29

Figura 10 - Cisticercose viva em coração bovino ... 31

Figura 11 - Cisticercose calcificada em coração bovino ... 32

Figura 12 - Cisticercose calcificada em coração bovino indicada pelo "gancho 4" ... 32

Figura 13 - Focos de pericardite em coração bovino ... 33

Figura 14 - Currais de descanso de bovinos e bubalinos ... 35

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Linha de Inspeção pós morten. ... 18 Tabela 2 - Tempo de permanência em horas em cada setor do frigorifico. ... 34 Tabela 3 - Ocorrência de condenações de vísceras (coração, fígado e rins) de bovinos ocorridas durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 2015. ... 39 Tabela 4 - Ocorrência de condenações de vísceras ( rins e coração) no abate de bubalinos ocorridas durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 2015. ... 40 Tabela 5 - Número de condenações por lesões no período de 1º de julho a 31 de julho de 2015. ... 40 Tabela 6 - Número de condenações por lesões no período de 3 de agosto a 31 de agosto de 2015. ... 41 Tabela 7 - - Número de condenações por lesões no período de 1º de setembro a 30 de setembro de 2015. ... 42 Tabela 8 - Médias de ocorrência de condenações por achados de cisticercose (cistos calcificados ou vivos), fasciolose, e tuberculose em animais de diferentes regiões no período de Julho, Agosto e Setembro de 2015. ... 43

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS LTDA Limitada KM Quilômetros (s) M² Metro (s) quadrado (s) % Porcentagem KG Quilograma (s)

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MM Milímetro (s)

RIISPOA Regulamento de Inspeção Industrial de Produtos de Origem Animal

D.I. F Departamento de Inspeção Final

S.I. F Serviço de Inspeção Federal

APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle

PCC Pontos Críticos de Controle

BPF Boas Práticas de Fabricação

PSPO Procedimentos Sanitários Pré-Operacionais

PPHO Procedimento Padrão de Higiene Operacional

GTA Guia de Trânsito Animal

VAR Variância

P.P. M Partes por minuto

INPA Instituto de Pesquisa da Amazônia

(12)

RESUMO

O presente relatório trata das atividades desenvolvidas durante estágio curricular obrigatório realizado como requisito parcial para obtenção do titulo de Médico Veterinário. Foi realizado o acompanhamento das atividades no abate de bovinos e bubalinos, com analise de quantificação de condenação de vísceras de bovinos abatidos no frigorifico Argus no período de 1 de julho a 30 de setembro de 2015 provenientes de diferentes regiões do Paraná. O objetivo do presente trabalho foi de analisar as principais causas de condenação de vísceras e conhecer se havia relação com a região de origem dos animais e o período do ano na incidência de condenações. O estudo foi realizado a partir da coleta de dados contidos em Guias de Trânsito Animal e em relatórios de condenações mensais atualizados pelo Serviço de Inspeção Federal. Foi possível observar que a ocorrência de condenações por Fasciolose foi estatisticamente maior em animais provenientes da região Sul do Paraná, onde a região litorânea também estava incluída, e as condenações por cisticercose com cistos calcificados foi estatisticamente maior para a região Centro Oriental do Paraná, para esta região ainda detectou-se a maior ocorrência de condenações por tuberculose.

(13)

1 INTRODUÇÃO

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro semestre de 2015 foram abatidos 7,732 milhões de cabeças de bovinos sob inspeção sanitária.

Até o mês de maio de 2015, o sistema de inspeção era subdividido em três níveis, eram eles: Inspeção Municipal, Inspeção Estadual e Inspeção Federal. Segundo os decretos 8.444 e 8.445 ambos de 6 de Maio de 2015, a descentralização do sistema de inspeção em um sistema único de inspeção.

A inspeção ante mortem dos animais destinados ao abate consiste na avaliação visual do animal em duas etapas, a primeira na chegada dos animais no curral, e uma hora antes do abate do animal. A inspeção pós mortem é realizada em linhas de inspeção onde são analisadas vísceras e carcaça.

Segundo dados emitidos pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as regiões do Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil detém a maior parte do rebanho de bubalinos do país, que conta com cerca de 1,15 milhões de animais. São animais rústicos de fácil adaptação às regiões secas e alagadas, seu manejo é semelhante ao de bovinos. O consumo dos subprodutos dos bubalinos vem crescendo, uma vez que a carne conta com menores índices de gorduras e colesterol e o leite tem maior rendimento, cerca de 50% a 80% maior, quando comparado ao de vaca.

O presente relatório trata das atividades desenvolvidas durante o estágio curricular obrigatório realizado como requisito parcial para obtenção do título de Medico Veterinário. Foi realizado o acompanhamento das atividades no abate de bovinos e bubalinos, com análise de quantificação de condenação de vísceras de bovinos abatidos no frigorifico Argus no período de 1 de julho a 30 de setembro de 2015 provenientes de diferentes regiões do Paraná.

(14)

2 DADOS SOBRE O ESTÁGIO

As atividades do estágio curricular, no Frigorifico Argus LTDA envolveram o setor de controle de qualidade nas áreas de abate, miúdos e expedição.

2.1 ORIENTADOR ACADÊMICO

A orientação durante o estágio curricular foi realizada pela Professora Dra. Anderlise Borsoi, Médica Veterinária, responsável pela disciplina de Inspeção de Produtos de Origem Animal, do curso de Medicina Veterinária na Universidade Tuiuti do Paraná.

2.2 ORIENTADOR PROFISSIONAL

O estágio foi orientado pela Médica Veterinária Dra. Lilian Toffanetto, responsável pelo controle de qualidade do Frigorifico Argus.

2.3 HORAS DE ESTÁGIO

O período de estágio no estabelecimento foi de 27 de Julho a 5 de Outubro de 2015, com 40 horas semanais totalizando um período de 400 horas.

2.4 DADOS SOBRE O LOCAL DE ESTÁGIO

O Frigorifico Argus (Figura 1), está localizado no município de São José dos Pinhais no Estado do Paraná no KM 621 da rodovia 376 - Miriguava.

Foi fundado em meados de 1953, abate em média 5 mil bovinos ao mês, e 4 mil suínos. Sua área construída é de 12.000m² e as atividades desenvolvidas são abate, desossa e subprodutos. Sua linha de produtos conta com cortes resfriados e congelados com ou sem osso, miúdos congelados e refrigerados, farinha de carne e ossos, farinha de sangue, envoltório natural salgado, além de sebo.

Tem como Responsável Técnico o Médico Veterinário Ângelo Setin, proprietário da empresa. Conta com um Serviço de Inspeção Federal, número 1710, que exerce as funções de inspeção em toda a linha de produção.

(15)

Figura 1 - Vista Aérea do Frigorifico Argus

Fonte – Frigorifico Argus (2012).

2.5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Durante o período de estágio curricular obrigatório foi possível participar do acompanhamento do processo de abate de bovinos, bubalinos e suínos no período de 27 de julho a 5 de outubro, desde a observação dos animais nos currais de chegada até a produção de miúdos e expedição de carnes. O objetivo do trabalho foi à investigação da causa do descarte de vísceras (fígado, coração e rins) condenadas pela linha de inspeção, para auxilio na definição no momento da aquisição dos animais quanto a melhor região de procedência dos mesmos.

(16)

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 CARNE BOVINA NO BRASIL

A produção brasileira de carne bovina suína e aves, em 2010 destinou 75% para consumo interno. Visto que neste ano o consumo per capita de carne aumento para 37,4 kg de carne bovina, 43,9 kg para carnes de aves, e 14,1 kg para carne suína (BRASIL, 2011).

A variedade dos sistemas de criação existentes no país possibilita uma abrangência maior de compradores, podendo atender mercados de cortes nobres e até mesmo de carnes de menor valor, carnes com mais ou menos gordura, e etc. (ABIEC, 2011).

Devido à diversidade do clima brasileiro há a possibilidade de criação de diversas raças. No Sul do país, que apresenta um clima mais frio e pastos de maior valor nutritivo podemos observar a criação de animais de raças taurinas (Bos taurus) que se adaptam mais facilmente ao clima da região, são eles o Aberdeen Angus, Red Angus, Hereford, Simental, entre outros. Porém, cerca de 80% dos animais criados em território brasileiros são de raças zebuínas, e seu principal representante é o Nelore, animais rústicos e de boa adaptação ao sistema de produção quanto ao ambiente (ABIEC, 2011).

Segundo dados do IBGE, no primeiro semestre de 2015 foram abatidos 7,732 milhões de cabeças de bovinos sob inspeção sanitária (Figura 2). Este número está 7,7% menor que o registrado no primeiro semestre de 2014 (IBGE, 2015).

Em fevereiro de 2015 foram registrados US$ 432 milhões movimentados pelo mercado de carne bovina, o equivalente a 98 mil toneladas de carne. Países como a Venezuela e o Irã apresentaram o maior crescimento, tanto em faturamento quanto em volume, entre os países que compram carne brasileira. Apesar do crescimento da importação de produtos industrializados, a carne in natura foi o produto mais importado em todo o mundo, resultando em um faturamento de US$ 327 milhões (LEAL, 2002).

(17)

Figura 2 - Abate de Bovinos por Trimestre

Fonte – IBGE (2015).

3.2 INSPEÇÃO VETERINÁRIA NO ABATE DE BOVINOS

Com a criação do Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA) em 29 de março de 1952, foram padronizadas todas as condições higiênico-sanitárias para produtos como carnes, ovos, leite, pescados, mel, aves e cera de abelha (BRASIL, 1952).

Até o mês de Maio de 2015, o sistema de inspeção era subdividido em três níveis, eram eles: Inspeção Municipal, Inspeção Estadual e Inspeção Federal. Segundo os decretos 8.444 e 8.445 ambos de 6 de Maio de 2015, a descentralização do sistema de inspeção em um sistema único de inspeção. Cujo decreto informa que o RIISPOA aprovado em 29 de Março de 1952 passa a vigorar com as alterações seguintes “Art.11. A inspeção federal será instalada em caráter permanente nos estabelecimentos de carnes e derivados que abatem as diferentes espécies de açougue e de caça. Parágrafo único. Nos demais estabelecimentos previstos neste Regulamento, a Inspeção Federal será instalada em caráter periódico, observado o disposto no parágrafo 8 do artigo. 130 do Anexo ao Decreto n. 5,741, de 30 de março de 2006.

A inspeção ante mortem consiste na avaliação visual do animal em duas etapas, a primeira na chegada dos animais no curral, e uma hora antes do abate do animal. É visualizada qualquer manifestação comportamental anormal do animal ou

(18)

lote por completo, quando essas manifestações são visualizadas faz-se o sequestro do animal para o curral especifico onde será feito o exame clinico do mesmo para posterior destino seja ele abate de emergência ou abate normal (KINDLEIN, 2014).

A inspeção pós mortem é feita em linhas de inspeção e são atribuídas a ela letras para identificação de cada órgão inspecionado em seu devido lugar, variando de A - J. Na tabela 1 mostra-se cada órgão inspecionado em sua devida linha e o tipo de lesão que será buscada no mesmo.

Tabela 1 - Linha de Inspeção pós morten.

Linha Região inspecionado Lesão

A Mocotó Brucelose

B Conjunto Cabeça - Língua Cisticercose,

Actinobacilose,

Actinomicose, abcesso, tuberculose, etc.

C Dentes Idade do Animal

D Gastrointestinal, Baço,

Pâncreas, Bexiga e Útero.

Actinobacilose e Tuberculose

E Fígado Parasitose, Cirrose,

Abcesso, etc.

F Pulmão e Coração Pneumonia, Tuberculose,

etc.

Cisticercose, Calcificação, Pericardite, etc.

G Rins Congestão, Isquemia,

nefrite, etc.

H Caudal da Carcaça Contaminação, Abcesso,

Mastite, Tuberculose, etc.

I Cranial da Carcaça Brucelose, Oncocercose,

etc.

(19)

Figura 3 - Fígado bovino com nódulos caracteristicos de tuberculose

3.3 PRINCIPAIS ZOONOSES DE IMPORTÂNCIA NO ABATE DE BOVINOS

Sabe-se que o grande problema que o consumo de carne clandestina traz são de grande importância para a saúde publica, as chamadas zoonoses. Transmitidas de animais para o humano gerando graves problemas de saúde, precisam ter notificação ao órgão responsável além de que a carcaça que esteja contaminada deverá sofrer o fim correto, muitas vezes o descarte sem chegar ao consumidor final. Dentre as principais zoonoses de importância para saúde publica temos a tuberculose, brucelose, complexo teníase-cisticercose, e a fasciolose.

(20)

A teníase está presente apenas no homem em fase final do parasita, e a cisticercose é o estágio larval da Taenia saginata que está presente em bovinos e suínos (GANC et al., 2004). Sua grande existência se dá pelas baixas condições sanitárias, uma vez que a contaminação acontece pela ingestão de carne crua/mal passada ou de alimentos contaminados por fezes dos animais ou humanos portadores do parasita. O Cysticercus cellulosae que tem como hospedeiro intermediário o suíno e o Cysticercus bovis, o bovino (PARDI, 1995). O local de instalação da teníase no homem é o intestino e da cisticercose pode ser o sistema nervoso central ou no globo ocular (FUNASA, 2000). Quanto às medidas de prevenção do complexo, o principal objetivo é fazer o saneamento ambiental, educar a população quanto à importância de lavar adequadamente as verduras, assim como as mãos e a importância em não se comer carne crua e mal passada. Quanto às perdas geradas ao produtor de bovinos, pode ser retirado até 15 kg do animal quando diagnosticado com cisticercose, isso reduz no valor pago pelo boi quando este leva em conta o peso do animal morto, pode gerar morte dos animais na propriedade além da resistência dos frigoríficos na compra de animais (SILVA, 2011). Dados todas as características de infestação dos bovinos, nota-se que animais em sistema de criação em confinamento sejam menos acometidos.

As cepas de Brucella abortus, B. melitensis, B. suis e B. canis são as bactérias causadoras da Brucelose, zoonose responsável principalmente por problemas de origem articular nos humanos. O método de contaminação se dá pela ingestão de cerne e subprodutos de animais contaminados, assim como contato direto com a saliva e conteúdo genital dos mesmos. Além de ser uma zoonose, a brucelose gera uma diminuição na produção de carne estimada em 15%, deficiência no período entre partos, aumento na reposição dos animais, além da queda na produção de leite (PAULIN, 2002). Em trabalho realizado por Palmquist, 2001 em propriedades o estado do Paraná, observou-se que a maior incidência foi encontrada no Norte do estado em animais que recebem alimentação de pastos artificiais.

A tuberculose pode gerar lesões designadas de tubérculo, de aspecto granulomatoso e nodular em qualquer órgão ou região, e causada pelo

Mycobacterium bovis acomete bovinos e bubalinos além de ser uma zoonose

(RIISPOA, 1952). O foco primário da tuberculose no animal é o parênquima pulmonar, causando lesões caseosas e supurativas, disseminando-se para outros

(21)

órgãos (ABRAHÃO, 1999). A contaminação é semelhante ao da brucelose, através da ingestão de subprodutos originados de animais contaminados e pelo contato direto com saliva, fezes, urina, conteúdo fetal e etc. A perda econômica referente à tuberculose gira em torno de 10% na produção de leite e 20% na produção de carne bovina (PINTO et al., 2002).

As regiões brasileiras com maior incidência de fasciolose são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os moluscos, que são os hospedeiros intermediários da fascíola hepática sendo necessária para o ciclo da mesma, são encontrados em situações adversas coo riachos, córregos de agua limpa e sem correnteza, canais de irrigação, além de lodos. A população de moluscos aumenta em estações de chuvas, e reduz quando se tem temperaturas baixas e clima seco (OLIVEIRA, 2009). A contaminação de bovinos e bubalinos se da pela ingestão da metacercária presa na vegetação. A infestação de bovinos justifica-se pelo pastejo em pequenas áreas próximas a córregos, e banhados além de muitas vezes sua pastagem ser irrigada. Áreas que sofrem alagamento são também potenciais de risco para a infestação.

3.4 CONDENAÇÃO DE VISCERAS

As vísceras são destinadas ao consumo in natura ou como matéria-prima para processamento de outros produtos (TOLDRÁ et al., 2012). No exame post

mortem as vísceras e a carcaça são inspecionadas, e caso sejam observadas

alterações são encaminhadas para o Departamento de Inspeção Final para que seu destino seja definido (SOUZA et al., 2007). Segundo a literatura, os órgãos condenados em maior escala são o fígado, rins e coração.

3.5 FÍGADO

Órgão de localização privilegiada para metabolizar e acumular nutrientes, além de neutralizar o efeito de substâncias tóxicas (JUNQUEIRA et al., 2011).

O fígado é um órgão amplamente consumido, pois tem boa disponibilidade de nutrientes como aminoácidos, vitaminas e sais minerais. Sua condenação é de grande importância, visto que está ligada às zoonoses e problemas de saúde publica (MELLO, 2005).

(22)

Em alguns estudos, autores relataram que o fígado é um dos órgãos com maior índice de condenação nos matadouros-frigorifico; com percentuais que variavam de 3,46% a 21,12% (FAUSTINO et al., 2003). Segundo Cullen et al., 2001 as condenações de fígados ocorrem por dois princípios básicos, o primeiro deles é porque o sangue que chega até este órgão através da veia porta, veia que drena o trato intestinal e a segunda, devido à capacidade do fígado em metabolizar endo e exotoxinas para removê-las do organismo animal.

A doença hepática se dá pela ação de bactérias residentes e parasitas que estão localizadas na área absortiva do intestino, além de condições metabólicas (KELLY, 2003). Dentre as condições relacionadas aos fígados, relata-se a hidatiose, teleangiectasia, peri-hepatite, fasciolose, abscesso e tuberculose (HERENDA, 1994). 3.5.1 Abscesso hepático

Animais criados em sistema de confinamento são comumente destinados a abate visto que tem maior deposição de gordura na carcaça, aumentam o ganho de peso além de ter uma conversão alimentar melhor. Porém, a oferta de alimentos concentrados, ou seja, dietas à base de grãos pode ser prejudicial ao animal causando o aparecimento de abscessos hepáticos (Figura 4), ruminites e acidose ruminal (VECHIATO et al., 2011).

Os abscessos são comuns após quadros de ruminites, isso se dá pelo rompimento das barreiras físicas da parede ruminal facilitando a entrada de algumas bactérias provenientes do rúmen, principalmente a Fusobacterium necrophorum. Após a invasão, as bactérias caem na circulação através da veia porta, chegam ao fígado inflamando-o e posteriormente levando a formação de abcessos (NAGARAJA et al., 2007). Porém, também foram isoladas bactérias do gênero Corynebacterium

pyogenes, Sthaphylococcus sp. e Streptococcus sp. (VECHIATO et al., 2011).

O autor ao analisar a condenação de fígados entre 1992 e 2002 concluiu que esta ocorre em maior frequência no período entressafra concentrando-se no período de inverno (VECHIATO et al., 2011).

(23)

Figura 4 - Abcesso Hepático rompido em fígado bovino

3.5.2 Teleangiectasia

A teleangiectasia (Figura 5) é definida por áreas lesionadas onde os sinusóides, arteríolas ou vênulas estão dilatados e repletos de sangue, a região da lesão fica com coloração escura, seu tamanho pode variar até 5mm (MENDES, 2006).

Quando a lesão é segmentada, apresenta-se bem delimitada, nota-se que o sangue estagnou-se e há pouco estroma ao seu redor (STALKER, 2008). A área afetada pela lesão é caracterizada por uma depressão e regiões irregulares (RIBEIRO, 2011).

Cullen (2001) cita algumas causas da teleangiectasia, são elas a deficiência de vitamina E e o Selênio, isquemia por êmbolo bacteriano, altas concentrações de sulfito de hidrogênio e doenças imunomediadas. Na microscopia, indica que é decorrente de uma necrose esporádica, e não causa nenhuma lesão ao fígado como cicatriz ou necrose hepatocelular.

Um estudo guiado por Stotland et al. (2001), detectou e isolou algumas bactérias presentes em 50 fígados condenados por teleangiectasia, são elas a

Escherichia coli que esteve presente em 6 fígados, Streptococcus sp. D que esteve

(24)

Figura 5 - Fígado Bovino com focos de teleangiectasia

3.5.3 Fascíola

Comum em regiões de alagados, lagos ou irrigações de arroz devido ao ambiente ideal para o hospedeiro intermediário que é o molusco Lymneae columela (MATTOS et al., 1997). As regiões mais acometidas no Brasil são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Paraná (CUNHA et al., 2007).

A fasciolose é uma enfermidade que proporciona grandes perdas econômicas para a indústria, causando redução na produção de carne e leite, altos índices de condenação de fígado, e diminuição no ganho de peso dos animais (SILVA, 2011).

Quando o hospedeiro definitivo elimina fezes em ambientes elimina juntamente os ovos do parasita que leva cerca de 10 a 14 dias até atingir a forma de miracídio que é a forma infectante e será eliminada do ovo buscando o hospedeiro intermediário, caso não o encontre morrerá em até 8 horas. Ao encontrar o caramujo

(25)

ele completa formando-se cercaria deixando seu hospedeiro intermediário depositando-se nas vegetações tomando a forma de metacercária, e podem permanecer vivos em ambientes aquáticos durante dois meses. Da fase de miracidios até a de metacercária o parasita leva em torno de 45 a 60dias. Já no hospedeiro definitivo, as formas imaturas migram dentro do fígado durante 35 e 45 dias e atingirão a maturidade sexual ao atingir os ductos biliares, completando 60dias de infecção inicia-se a postura dos ovos que serão eliminados com as fezes. (MENDES, 2006). Após seu desenvolvimento, deixa o caramujo e adere-se aos vegetais nas margens de lagos até ser ingerido pelo seu hospedeiro definitivo. Ao alcançar o intestino delgado, atravessa a sua parede caindo na circulação e aloja-se no fígado e ductos biliares (MERIAL, 2007).

A fascíola (Figura 6) se alimenta do conteúdo biliar, além de conteúdos inflamatórios e necróticos do seu hospedeiro. A zoonose normalmente será encontrada durante a inspeção post morten no frigorifico (ARALDI et al., 2011).

Figura 6 - Fascíola viva em fígado bovino

(26)

Nos bovinos a patologia acontece por duas vias, pela migração do parasita no fígado, ou pela patologia do ducto biliar (GERTRUD, 2001). As lesões presentes no fígado são decorrentes da migração dos parasitas no parênquima (Figura 7).

(27)

3.6 RINS

Os rins dos bovinos tem uma anatomia diferente das outras espécies, é representado por uma estrutura externa composta por vários “lóbulos” enquanto que cães, gatos e pequenos ruminantes tem o órgão em forma de “feijão" (FIGURA, 8) (DYCE, 2010).

Dentre várias funções, a mais importante e que possivelmente justifique um alto índice de condenação, é que ele é responsável por excretar substâncias e resíduos que não sejam convenientes ao organismo. Assim como regulam o pH do sangue, a pressão arterial, a glicose no sangue, liberam hormônios, além de filtrar o sangue e formar a urina (KONIG, 2004).

A correta inspeção do órgão é necessária, uma vez que o mesmo é lesionado devido a doenças tóxico-septicêmico que se alojam nele. Porém, observam-se erros durante a inspeção o que acarreta em grandes prejuízos para a indústria, à solução para este problema é um melhor treinamento à equipe responsável para a identificação de lesões.

(28)

Figura 8 - Rim Bovino

Segundo Mendes (2009) as principais causas de descarte dos rins nas indústrias são respectivamente: cistos, pontos claros, áreas claras, infarto, áreas escuras, e superfície irregular,

Quanto as principais lesões encontradas nos rins condenados são: 36,84% Uronefrose, 21,88% nefrite, 20,94% congestão e 20,34% isquemia (CASTRO, 2010).

3.6.1 Uronefrose

Acontece pela obstrução do fluxo de urina nos ureteres, formando uma bolsa que pode ser uni ou bilateral (FIGURA 9). Quando a lesão é unilateral é descartada durante a própria linha de inspeção, porém quando é bilateral é desviada até o D.I. F (CASTRO, 2010).

(29)

Figura 9 - Uronefrose bilateral em rim bovino

Fonte – Souza (2011).

3.6.2 Nefrite

Nos casos de nefrite, os rins são condenados na linha de inspeção. A lesão se caracteriza por deixar a superfície do órgão toda enrugada, quando esta é na forma crônica. Já na forma aguda apresenta-se em forma de áreas esbranquiçadas e irregulares (CASTRO, 2010).

A nefrite acontece por septicemias de natureza bacteriana ou viral, cujos agentes infectam o órgão e resultam em uma resposta inflamatória no interstício. Em animais domésticos, a principal causa de nefrite intersticial é por ação da Leptospira

interrogans (CARLTON et al., 1998).

Já em equinos, observou-se no exame pós morten, que a nefrite é uma evolução de uma nefrose tubular aguda (RADOSTITIS et al., 2002).

3.7 CORAÇÃO

As válvulas do pericárdio do bovino são utilizadas para a produção de válvulas cardíacas biológicas e atualmente passam por processos para aumentar sua durabilidade e diminuir sua rejeição pelos receptores humanos.

(30)

As lesões localizadas no coração, a maioria das vezes, são de caráter infeccioso, e quando são observadas lesões como cicatrizes são provenientes de abcessos ou posterior uma lesão parasitaria (JONES et al., 2000).

No ábaco da linha de inspeção de bovinos, as lesões de coração descritas são: cisticercose viva e contaminada, contaminação, linfadenite, miocardite, pericardite e sarcoesporodiose.

3.7.1 Cisticercose

A contaminação dos bovinos ocorre pela ingestão de pastos e/ou água contaminadas com ovo do parasita. O órgão afetado depende do “trajeto” seguido pelo embrião no organismo do animal e após o desenvolvimento do parasita a

Taenia solium ou a Taenia saginata ficam abrigas no musculo e através do consumo

humano da carne crua ou má cozida há a contaminação dos mesmos, caso a contaminação se dê pela ingestão de água ou alimento contaminado há a contaminação pelos ovos da Taenia solium apenas (BRASIL, 1996).

Quanto às características macroscópicas, o cisticerco vivo (FIGURA 10) é cístico e tem parede translúcida, e o cisticerco calcificado (FIGURA 11 e 12) tem aspecto caseoso parecendo uma “pedrinha” sendo um infiltrado inflamatório discreto.

(31)

Figura 10 - Cisticercose viva em coração bovino

Caso seja encontrado um cisticerco calcificado a carcaça é liberada e o cisticerco é retirado, quando se encontra um cisticerco vivo a carcaça é submetida ao tratamento pelo frio ou salga e então liberada, a cada dois cistos calcificados considera-se um cisto vivo, porém se são encontrados mais de três cistos é considerada generalizada e a carcaça é condenada. E em casos de exportação, a presença de apenas um cisto já não é permitida a exportação da carcaça (RIISPOA, 1952).

(32)

Figura 11 - Cisticercose calcificada em coração bovino

Figura 12 - Cisticercose calcificada em coração bovino indicada pelo "gancho 4"

3.7.2 Pericardite

A definição de pericardite (FIGURA 13) se dá por inflamação do pericárdio onde há o acúmulo de liquido no saco pericárdico e exsudação. As lesões encontradas no pericárdio dificilmente são isoladas, decorrente de lesões sistêmicas ou de outros tecidos (COTRAN et al., 1999).

Em bovinos, a pericardite de característica fibrinosa é a mais comumente observada, e ocorre por decorrência de pasteurelose, contaminação por coliformes, encefalomielite, entre outras (FERRANS et al., 1995).

(33)
(34)

4 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Na tabela 2 está apresentado o período de permanência durante o período do estágio em cada setor do Frigorifico, sendo eles Abate Expedição, Desossa Miúdos e Graxaria, além da leitura da teoria abordada pelo controle de qualidade dentro do Frigorifico.

Tabela 2 - Tempo de permanência em horas em cada setor do frigorifico.

Atividade Tempo %

Appcc, Bpf, Pspo, Ppho, etc. 40 horas 10%

Abate 160 horas 40%

Expedição e Desossa 100 horas 25%

Miúdos, Graxaria, Bucharia e Triparia. 100 horas 25%

Total 400 horas 100%

4.1 Recepção e Abate de Bovinos

Os caminhões boiadeiros chegavam ao frigorifico e eram pesados na balança e então conduzido a rampa de descarregamento. Os animais eram conduzidos aos currais de descanso (FIGURA 14) por ordem de chegada, para não permanecerem mais de 24 horas em jejum, lembrando que o tempo de jejum utilizado no frigorifico fica em torno de 12 a 16horas e os animais recebiam a oferta de água desde a sua chegada até o momento do abate. Os animais eram encaminhados para o chuveiro de aspersão (FIGURA 15) que segundo o manual de padronização de técnicas, instalações e equipamentos desenvolvido pelo MAPA, o mesmo deverá ter uma pressão de 3 atm. e hipercloração a 15 partes por minuto (p.p.m), e então eram conduzidos para o corredor da insensibilização.

(35)

Figura 14 - Currais de descanso de bovinos e bubalinos

Fonte – Frigorifico Argus (2012).

Figura 15 - Chuveiro de aspersão de bovinos e bubalinos

Fonte – Frigorifico Argus (2012).

No frigorifico, a insensibilização era feita com a pistola de dardo cativo penetrante por meio de um disparo acionando o gatilho onde o dardo se desloca perfurando o crânio do bovino. O animal fica inconsciente até o momento da sangria, que é precedida pela abertura da barbela e então feita à secção da veia jugular. Após a sangria, fazia-se a retirada das patas dianteiras os chifres juntamente com a desarticulação da cabeça e então eram retiradas as patas traseiras, a esfola dianteira e traseira e então a esfola da cabeça, e feita então à esfola do dorso do rabo e então oclusão do reto. Ainda na zona suja é feita a aberturado peito e por fim o rolete para retirada do couro.

(36)

Na zona limpa, eram feitas a retirada e lavagem da cabeça, as eviscerações e a serragem da meia carcaça. É na zona limpa que acontece a linha de inspeção dos órgãos, em uma mesa. A cabeça, depois de lavada segue para a inspeção e para sala de cabeças, onde é separada a mandíbula da maxila, retirada a carne da bochecha e a nunquinha e então é serrada ao meio retirando encéfalo e olhos que seguiam para a sala de condenados. Seguindo, após a abertura da carcaça, é feita a carimbagem contendo o numero do animal o lote e a data do abate, após a carimbagem era feita a inspeção dos rins e retirada dos mesmos. Posteriormente ia para o toalete dos membros posteriores e a retirada do ligamento nucal e da sangria e então a carimbagem do peito, da costela e do membro traseiro, seguindo então para a toalete do dianteiro, e na ultima plataforma eram feitos os pontos críticos de controle (PCC), ou seja, fazia-se a retirada de qualquer resquício de contaminação, por pelo couro, e fezes. A carcaça era pesada e encaminhada para a lavagem seguindo o processo de resfriamento.

4.2 Resfriamento e Desossa

As carcaças eram enviadas para resfriamento em câmaras altas, e após 24 horas eram segmentadas no quarteio seguindo para o setor da desossa onde se fazia os cortes específicos que eram acondicionados em embalagens próprias com suas identificações de nome do corte, data de processamento e data de validade e após serem acondicionadas em caixas eram encaminhadas para as câmaras para posterior transporte, que era feito de maneira própria com os caminhões da empresa.

4.3 Miúdos, Bucharia, Triparia e Graxaria.

A graxaria do frigorifico contava com um programa atualizado para o aproveitamento máximo dos subprodutos dos animais abatidos. Contando com a produção do sebo, da farinha de carne e ossos e farinha de sangue. Se preocupando sempre com o tratamento dos efluentes e dos gases emitidos ao ambiente.

A triparia do frigorifico era terceirizada, mas era observada e ajustada pelo controle de qualidade do local. Funcionava com numero pequeno de funcionários,

(37)

em média 6 a 8 deles. As tripas eram lavadas, separadas conforme o diâmetro em cores pré-estabelecidas por eles, sofrem a salga e são colocadas em bombas para o transporte. Já bucharia, funciona com um maior numero de funcionários em relação à triparia.

A recepção dos miúdos no setor ocorria através de chutes que destinavam o material para a mesa de cada funcionário, onde eram feitos os toaletes nos miúdos, limpeza e devida estocagem dos mesmos em câmaras de resfriamento.

4.4 Controle de Qualidade

O controle de qualidade do Frigorifico contava com 4 veterinárias. Três delas responsáveis cada uma pelo seu setor, sendo eles o abate, expedição e desossa miúdos e graxaria, e uma delas era a encarregada que supervisionava todos os setores feitos pelas demais. A supervisão do processo era sempre muito intensa, através do preenchimento de planilhas, relatando todos os problemas observados e a solução dos mesmos pelos encarregados do setor.

As checagens diárias eram compostas por aferição da temperatura das câmaras, assim como a temperatura dos cortes e das carcaças, além da temperatura das pias de esterilização de cada setor. Mensalmente enviava-se amostras para um laboratório, credenciado no MAPA, de miúdos selecionados, da água que chegava até as pias que seriam usadas para a esterilização das facas, assim como amostras da água das estações de tratamento.

4.5 Documentação dos achados

Os órgãos (rins, coração, fígado) foram fotografados durante duas semanas periodicamente para obtenção de quantidade necessária de imagens para o trabalho.

As informações das guias de trânsito animal foram fotografadas e documentadas em forma de planilhas separando apenas os dados principais, propriedade de onde os animais vieram e localização da propriedade. Após a coleta dos dados da Guia de Trânsito Animal (GTA) foram documentadas as condenações

(38)

mensais dos três órgãos escolhidos para estudo, com numero total de abate no mês, número de condenação total mensal por órgão, e motivo da condenação.

Após a documentação de todos esses dados, foram separados em planilhas e escolhidas iniciais para representar a causa de condenação e a frequência da condenação, sendo uma planilha para bovinos e uma para bubalinos. Outra tabela foi utilizada para separar as cidades em regiões (Norte, Sul, Oeste, Sudeste, Noroeste, Centro Oriental e Centro Sul) de onde os animais eram provenientes e a frequência de condenações (Cisticercose, Fasciolose e Tuberculose) de acordo com cada região.

A análise estatística dos dados foi realizada com o software Biostat 2010 Software Analyst (Soft Inc., Alexandria, VA, USA), utilizando ANOVA.

(39)

5 ESTUDO DE CASUISTICA

Foram coletados os dados de condenação de órgãos como fígado, coração e rins de 16.639 bovinos e 151 bubalinos. No período de 1 de julho de 2015 a 30 de setembro de 2015.

Durante o período de estágio realizado foi possível acompanhar e coletar dados referentes a condenações de bovinos e bubalinos. A Tabela 3 apresenta o percentual de ocorrência de condenações em bovinos nas diferentes épocas do ano. Para a o período de 1° de julho a 31 de julho as principais causas de condenações em bovinos que compuseram o percentual apresentado foram: Uronefrose, Nefrite, Infarto em rins, e Congestão em rins; para o período de 3 de agosto a 31 de agosto as causas foram: Uronefrose, Congestão em rins, Lesão Supurativa, e Teleangiectasia e para o período de 1° de setembro a 30 de setembro as causas foram: Congestão em rins, Uronefrose, Nefrite, e Infarto renal.

Tabela 3 - Ocorrência de condenações de vísceras (coração, fígado e rins) de bovinos ocorridas durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 2015.

Período do

Ano

Número de animais abatidos

Média de vísceras condenadas (%) ± desvio padrão

Julho 4510 3,90 ± 3,13 a

Agosto 4747 6,30 ± 3,7 a

Setembro 7382 5,70 ± 2,4 a

a: letras iguais significam ausência de diferença estatística. p>0,05

Na Tabela 4 estão apresentados os percentuais de ocorrência de condenações em bubalinos nas diferentes épocas do ano. Nas tabelas 5,6 e 7 estão expressos os números de condenações por órgão referente aos três meses acompanhados, visto que para o período de 1° de julho á 31 de julho as principais causas de condenações em bubalinos que compuseram o percentual apresentado foram: Congestão Renal, Teleangiectasia, Uronefrose, e Perihepatite; para o período de 3 de agosto a 31 de agosto as causas foram: Congestão renal, Perihepatite, Congestão hepática, Teleangiectasia e Uronefrose e para o período de 1° de setembro a 30 de setembro causas foram: Fasciolose, Congestão Renal, Nefrite, Congestão, Contaminação, Uronefrose e Pericardite.

(40)

Tabela 4 - Ocorrência de condenações de vísceras (rins e coração) no abate de bubalinos ocorridas durante os meses de Julho, Agosto e Setembro de 2015.

Período do Ano Número de animais abatidos Média de vísceras condenadas (%)

± desvio padrão Julho 63 18,00 ± 11,80a Agosto Setembro 40 48 21,00 ± 8,73 a 23,80 ± 7,81 a

a: letras iguais significam ausência de diferença estatística. p>0,05

Tabela 5 - Número de condenações por lesões no período de 1º de julho a 31 de julho de 2015.

Causa Número de condenações em % %

Cirrose 95 2,10%

Congestão – Fígado 95 2,10%

Contaminação – Fígado 99 2,19%

Fasciolose 13 0,28%

Lesão Supurativa – Fígado 251 5,56%

Perihepatite 246 5,45% Teleangiectasia 327 7,25% Maculosa 0 0 Tuberculose 5 0,11% Congestão – Rim 502 11,1% Brucelose – Rim 0 0 Infarto – Rim 374 8,29% Nefrite 386 8,55% Tuberculose – Rim 10 0,22% Uronefrose 624 13,83% Brucelose - Coração 0 0 Cisticercose 47 1,04% Contaminação - Coração 3 0,06% Pericardite 22 0,48% Tuberculose – Coração 5 0,11% Congestão – Coração 0 0

(41)

Tabela 6 - Número de condenações por lesões no período de 3 de agosto a 31 de agosto de 2015.

Causas Número de condenações %

Cirrose 43 0,90%

Congestão – Fígado 117 2,46%

Contaminação – Fígado 56 1,17%

Fasciolose 2 0,04%

Lesão Supurativa – Fígado 246 5,18%

Perihepatite 204 4,29% Teleangiectasia 214 4,50% Maculosa 0 0 Tuberculose 2 0,04% Congestão – Rim 608 12,80% Brucelose – Rim 0 0 Infarto – Rim 151 3,18% Nefrite 577 12,15% Tuberculose – Rim 4 0,08% Uronefrose 766 16,13% Brucelose - Coração 0 0 Cisticercose 75 1,57% Contaminação - Coração 12 0,25% Pericardite 39 0,82% Tuberculose – Coração 2 0,04% Congestão – Coração 0 0

(42)

Tabela 7 - - Número de condenações por lesões no período de 1º de setembro a 30 de setembro de 2015.

Causa Número de condenações %

Cirrose 67 0,90%

Congestão – Fígado 155 2,09%

Contaminação – Fígado 52 0,70%

Fasciolose 70 0,94%

Lesão Supurativa – Fígado 295 3,99%

Perihepatite 378 5,12% Teleangiectasia 210 2,84% Maculosa 0 0 Tuberculose 9 0,12% Congestão – Rim 850 11,5% Brucelose – Rim 4 0,05% Infarto – Rim 412 5,58% Nefrite 534 7,23% Tuberculose – Rim 18 0,24% Uronefrose 652 8,83% Brucelose - Coração 2 0,02% Cisticercose 114 1,54% Contaminação - Coração 31 0,41% Pericardite 28 0,37% Tuberculose – Coração 9 0,12% Congestão – Coração 0 0

Não houve diferença estatística, em bovinos e bubalinos, para os períodos do ano analisados frente ao total de condenações.

Foi realizada classificação dos animais por região geográfica de origem a fim de buscar possível correlação de condenações com a respectiva origem. As origens foram assim distribuídas em Sul que foi unida com as cidades da região metropolitana (Cerro Azul, Araucária, Campo Largo, Lapa, Adrianópolis, Balsa Nova, General Carneiro, São José dos Pinhais, e Tijucas do Sul).

A região Norte resultou da fusão do Norte Pioneiro e Norte Central (Uniflor, Siqueira Campos, Salto do Itararé, Ribeirão Claro, Novo Itacolomi, Manoel Ribas, Ibaiti, Astorga, Sapopema, São João do Ivaí, Rio Bom, Carlópolis, Bandeirantes, Sertanópolis, Joaquim Távora, Ivaiporã, Curiúva).

(43)

A região Oeste foi unida às cidades do Sudoeste (Boa Vista da Parecida, Cascavel, e Mangueirinha), Centro Oriental (Ventania, Tibagi, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Palmeira, Jaguariaíva, Castro, Arapoti, Tibagi, e Reserva), Centro Sul (Candói, Foz do Jordão, Guarapuava, Porto Barreiro, Turvo, Campina do Simão, Cantagalo, Honório Serpa, Marquinho, Nova Laranjeiras, Palmas, Pinhão, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Santa Maria do Oeste, Boa Ventura de São Roque, Laranjal, Laranjeiras do Sul), Noroeste (Terra Rica, São João do Caiuá, Paranavaí, Loanda, Santa Monica, Santa Isabel do Ivaí, Nova Esperança, Nova Aliança do Ivaí, Guairaça, Planaltina do Paraná, e Cianorte), e, por fim, Sudeste (Ivaí, Prudentópolis, Fernandes Pinheiro, e Guamiranga).

Na Tabela 8 estão apresentados os dados coletados e analisados estatisticamente de condenações ao abate de bovinos durante o período do estágio.

Tabela 8 - Médias de ocorrência de condenações por achados de cisticercose (cistos calcificados ou vivos), fasciolose, e tuberculose em animais de diferentes regiões no período de Julho, Agosto e Setembro de 2015.

Região do Paraná Cisticercose calcificado Var Cisticercose vivo

Var Fasciolose Var Tuberculose

Centro oriental 26a 2.730 1,33 6 5 b 131 11 Centro sul 23 ab 1691 2 4 4,6b 90 1 Noroeste 6,33 ab 125 0 7 b 49 1 Norte 15,33ab 734 2 18 2 b 10 3 Oeste 4 ab 16 1 1 0 0 Sudeste 2b 10 1 1 1 b 1 0 Sudoeste 1,5b 5 0 0 0 Sul 10,33 ab 651 1 4 42a 1764 0

Var: variância. a. b, c: letras diferentes significam diferença estatística entre os dados com p<0,05.

Ainda foram encontrados: 1 caso de condenação por caquexia de animal proveniente da região Centro Sul, 1 caso de condenação por linfadenite em animal na região Sul e 2 casos de condenação por brucelose em animais da região Centro Oriental.

Através da análise, pode-se notar que condenações por cisticercose calcificada foi estatisticamente (p<0,05) maior para região Centro Oriental, quando comparada ás regiões Sudeste e Sudoeste. Ainda pode notar que as condenações por fasciolose foram estatisticamente (p<0,05) maior para animais com origem na região Sul, frente às demais regiões. Devido à alta variância nos dados, provavelmente um levantamento com um numero maior de achados tornaria a

(44)

estatística relevante para outras condenações versus regiões de origem dos animais.

Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), o segundo semestre de 2015 até o mês de setembro apresentou uma porcentagem alta de chuva nas regiões Centro-oriental e Sul do Paraná, o que poderia ter influenciado o aparecimento de fascíola nos animais provenientes da região sul e cisticercose nos animais provindos da região centro oriental (INPA, 2015).

Já a presença de tuberculose poderia ter relação com o manejo dos animais, sendo o tipo prevalente de criação da região o confinamento, além da ingestão de água contaminada de açudes, outro fato que poderia influenciar os resultados (EMBRAPA, 2015).

(45)

6 CONCLUSÕES

A análise dos dados de condenações de vísceras apresentou maior prevalência de fascíola em bovinos provenientes da região Sul do Paraná, cujo litoral paranaense também foi agregado.

As condenações por cisticercose calcificada em vísceras foi maior em bovinos provenientes região Centro Oriental do Paraná. Não foi possível a análise estatística para os dados de condenações por tuberculose, porém notou-se alto numero de condenações em bovinos provenientes também provenientes desta região Sul.

A análise de dados das condenações estabelecidas pelo presente trabalho torna possível usá-la como ferramenta no momento de adquirir bovinos a serem abatidos posteriormente, evitando regiões endêmicas.

(46)

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todas as atividades desenvolvidas durante o período de estágio curricular no Frigorifico Argus foram de grande relevância para a formação acadêmica, com a possibilidade de acompanhamento da prática diária do abate, miúdos, graxaria, e expedição de toda a empresa, visto que a inspeção dos setores do frigorifico é tarefa exclusiva de Médicos Veterinários.

Além do acesso as teorias abordadas pelo controle de qualidade da empresa, vivência em cada setor e abordagem de problemas jamais vistos durante a teoria na graduação. Podendo fotografar e esclarecer duvidas em alterações patológicas presentes nas carcaças, e o contato diário com a prática do abate.

(47)

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, R. M. C. M. Tuberculose humana causada pelo Mycobacterium bovis: considerações gerais e a importância dos reservatórios animais. Archives it Veterinary Science. v. 4, n. 1, p. 5-15, 1999.

ARALDI, D. F.; PINZON, P. W.; SANTOS, A. V.; IEIRA, A.; DE SOUZA, J.; SECCHI, L. L.; RIETJENS, L.H. Fascíola hepática em bovinos: diagnóstico e medidas preventivas. XVI Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Unicruz, 2011.

ARGUS, Frigorifico. Institucional Argus 20121121. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=JHD5NzPoSQo > Acesso em: 16 de Set. de 2015.

ABIEC. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE

CARNE. Pecuária Brasileira. Disponível em:

<http://www.abiec.com.br/3_pecuaria.asp> Acesso em: 10 de Ag. de 2015.

BONFIM, L.M. Artigo Técnico: Abate Clandestino, até quando? . Rehagro. 2004. Disponível em:

<http://rehagro.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=523> Acesso em: 01 de Nov. de 2015.

EMPRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tuberculose. Disponível em: <http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPAF-RO-2010/12232/1/folder-tuberculosebovina.pdf> .Acesso em: 11 de Nov. de 2015.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Animais abatidos e peso total

das carcaças no

1º Trimestre, 2015. Disponível em:

<http://ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/producaoagropecuaria/ abate-leite-couro-ovos_201501_1.shtm > . Acesso em: 15 de Ag. de 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Bovinos e Bubalinos. Disponível em: < http://www.agricultura.gov.br/animal/especies/bovinos-e-bubalinos >. Acessado em: 12 de Nov. de 2015.

BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Instalações e Equipamentos relacionados com a técnica da inspeção “Ante – Mortem” e

“Post-Mortem”. Disponível em: <

http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/Qualidade%20dos%20alimentos /instalacoes%20pos%20ante%20e%20pos%20mortem.pdf> Acessado em: 24 de Ag. de 2015.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) . Mercado Interno. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/animal/mercado-interno>. Acessado em: 10 de Ag. de 2015.

(48)

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Disponível em:

<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Aniamal/MercadoInterno/Requisitos/Re gulamentoInspecaoIndustrial.pdf >

CARLTON, W. W; MACGAVIN, M. D. Patologia Veterinária Especial de Thomson. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, p250-256, 1998.

CASTRO, R.V; MOREIRA , M.D. Ocorrências Patológicas Encontradas de Rins e Fígados Bovinos em Matadouro Frigorifico do Triangulo Mineiro. Caderno de Pós- Graduação da FAZU. v.1. 2010

COTRAN, R.S.; KUMAR, V.K.; COLLINS, T. Pathologic basis of disease. 6. ed. W.B. Saunders. Philadelphia. 1999.

CULLEN, J. M.; MACLACHLAN, N. J. Liver, Biliary System, and Exocrine Pancreas. In: MCGAVIN, M. D.; CARLTON, W. W.; ZACHARY, J. F. Thomson’s Special Veterinary Pathology. 3ª ed. Missouri: Mosby, 2001. 755p. p. 81-124.

CUNHA, F. O. V. ; Prevalência de Fascíola hepática em ovinos no Rio Grande do Sul, Brasil. Parasitologia Latino-Americana, v. 62, p. 188-191, 2007.

DYCE, K. M; SACK, W.O; WENSING, C.J.G. Tratado de anatomia veterinária. 4. Ed. Elsevier, 2010.

FOSTER, L.; WOOD, W. R. Liver losses in finishing cattle. Lincoln: Nebraska beef cattle report, University of Nebraska. p. 2-4, 1970.

FUNASA. Fundação Nacional da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Aspectos clínicos, vigilância epidemiologia e medidas de controle. 220 p. p. 181 . 2ª. Ed, 2000. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/GBDIP001_total.pdf > .Acesso em: 01 de Nov. de 2015.

GANC, A. J; CORTEZ, T. L.; VELOSO, P. P. A. A Carne Suína e Suas Implicações no Complexo Teníase-Cisticercose, 2004.

HERENDA, D. Manual on meat inspection for developing countries. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Roma, Italia, p. 357, 1994.

INPA. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia. Previsão Climática para o trimestre Julho, Agosto e Setembro. 2015.Disponivel em: < http://infoclima.cptec.inpe.br/ > . Acesso em: 11 de Nov. de 2015.

INPA. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia. Climatologia de Precipitação e Temperatura no Brasil no trimestre de Julho, Agosto e Setembro. 2015. Disponível em:

<http://infoclima1.cptec.inpe.br/~rinfo/infoclima/climatologia.shtml#JAS> . Acesso em: 11 de Nov. de 2015.

(49)

JONES, T.C.; HUNT, R.D.; KING, N.W. Patologia veterinária. 1 .ed., São Paulo: Manole. p .1415, 2000.

JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11. ed. p. 524. Rio de Janeiro: GUANABARA KOOGAN, 2011.

KELLY, W. R. The Liver and Biliary System. In: Pathology it Domestic Animals. 4. ed. v. 2, p. 319-406. New York: Academic Press, 1993.

KINDLEIN, L.; LASSEN, P.; FERREIRA, T. Z. Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal com Enfoque em Concursos Públicos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014.

KONIG, H. E. Anatomia dos animais domésticos: Texto e Atlas colorido. v. 2. ARTMED, 2004.

LEAL, C. M. INSPEÇÃO DE CARNE BOVINA. Revista eletrônica Beef Point. Disponível: <http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/sic/inspecao-de-carne-bovina-5421/ , 2002.> Acesso em: 13 de Ag. de 2015.

MATTOS, M.J.T.; UENO, H.; GONÇALVES, P.C.; ALMEIDA, J. E. M. Ocorrência estacional e bioecologia de Lymnaea columella em habitat natural no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Medicina Veterinária. p. 248-52, 1997.

MELLO, F.A.M.FERNANDEZ, A.T.; FREDERICO, F.R.; OLIVEIRA, A.J. Ocorrência de condenações de órgão comestíveis de bovinos, em matadouro sob regime de Inspeção Estadual e Federal no estado do Rio de Janeiro, RJ. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v.19, n.137, p. 56, 2005.

MENDES, R. E. Estudo anatomopatológico de fígado de bovinos abatidos em frigoríficos industriais sob inspeção estadual do planalto e oeste catarinense. Dissertação de Mestrado. Lages, Santa Catarina, 2006.

MENDES, E. A. Comportamento e desenvolvimento de Fascíola hepática(Linnaeus, 1758) de bovinos naturalmente infectados em sagüi (Callithrix penicillata) e gerbil (Meriones unguiculatus). Universidade Federal de Minas Geral. Belo Horizonte, MG, 2006.

MERIAL. Fascíola hepática, que ataca o fígado dos bovinos, causa cada vez mais condenações nos frigoríficos. 2007. Disponível em:

<http://www.merial.com.br/imprensa/imprensa_interna.asp?noticiaId=%7B40B02CB3 -2C7D-49F0-8E1D-1849EF434D4F%7D&idiomaId=PO>. Acesso em: 25 de Set. 2015.

MONGÉLOS, K. Comunicação pessoal. Imagem de fascíola hepática cedida.

NAGARAJA, T. G.; LECHTENBERG, K. F. Liver abscess in feedlot cattle. Veterinary Clinics Food Animal, v. 23, n. 2, p.351-369, 2007.

(50)

OLIVEIRA, S.M; SPÓSITO, E.F. Divulgação Técnica: Fasciolose Hepática. Instituto Biológico de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal. São Paulo. v.71, n.1, p.5-7, 2009.

PALMQUIST, O.K. Contribuição ao conhecimento da incidência da brucelose no Estado do Paraná ; Instituto de Biologia e Pesquisas Tecnológicas. Curitiba – PR. 2001. Disponível em:

< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-89132001000500014 >. Acesso em: 28 de Out. de 2015.

PARDI, M.C.; et al. Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne. 1. Ed, v. 1. Goiania-GO: Ed. UFG, p. 374-376.

PAULIN, L. M.; NETO, J. S. F. A experiência brasileira no combate à brucelose bovina. Arquivos do Instituto Biológico. v. 69, n. 2, p. 105-112, 2002.

PINTO, P. S. A.; FARIA, J. E.; VILORIA, M. I. V.; BEVILACQUA, P. D. Exame microbiológico da tuberculose como subsídio à inspeção post-mortem de bovinos.

Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal. v. 3, n. 1, p. 10-15, 2002.

RADOSTITS, O. M.; GAY, C. C; BLOOD, D. C; HINCHCLIFF, K. W.

Clínica Veterinária: Um Tratado de Doenças dos Bovinos, Ovinos, Caprinos e Equinos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 9. ed. p . 437, 2002.

RIBEIRO, D.B. Estudo anatomo e histopatológico de fígados bovinos e bubalinos criados na ilha de Marajó, estado do Pará, condenados pelo serviço de inspeção estadual. Universidade Federal Fluminense. Niterói - RJ, 2011.

SILVA, A. S. Helmintoses em Ruminantes. Apostila de Doenças Parasitárias. UNICRUZ, 2011.

SOUZA, M. A. P. Cisticercose Bovina em Matadouro de Inspeção Federal do Mato Grosso do Sul em 2010. Universidade Federal do Paraná, 2011.

SOUZA, V.K.; SILVA, M.C.P.; KOWALCZUK, M.; MARTY,S.; SOCCOL, V.T. Regiões anatômicas de maior ocorrência de Cysticercus bovis em bovinos submetidos à inspeção federal em matadouro-frigorífico no município de São José dos Pinhais - PR de julho a dezembro de 2000. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 16, n. 2, p. 92-96, 2007.

STALKER, M. J.; HAYES, M. A. Liver and Biliary system. In: Pathology of domestic animals. 5. Ed. Philadelphia: Sounders Elsevier . v. 2. p. 297- 388, 2007.

SILVA, R. C. Prevalência da Cisticercose em diferentes Regiões brasileiras. Campo Grande: Instituto Qualittas, 2008.

STOTLAND, E. I.; EDWARDS, J. F.; ROUSSEL, A. J.; SIMPSON, R. B. Bacterial microflora of normal and telangiectatic livers in cattle. Journal of the American Veterinary Medical Association, n. 219, n. 1, p. 36-39, Jul. 2001.

(51)

TOLDRÁ, F.; ARISTOY, M.C.; REIG, M.; MORA, L. Inovations in value-addition of edible meat by-products. Meat Science, v. 92, n.3, p. 290-296, 2012.

VECHIATO, T. A. F.; MASCHIO, W.; BOM, L. C.; LOPES, P. D.; ORTOLANI, E.L... Estudo retrospectivo de abcessos hepáticos em bovinos abatidos em um frigorifico paulista. Universidade de São Paulo. São Paulo – SP, 2011.

Referências

Documentos relacionados

Desse modo, este trabalho teve como objetivo ana- lisar as principais causas de condenações (total e parcial) na inspeção post mortem de carcaças de frangos de corte de um

Estudos sobre o Quaternário do Estado do Paraná foram realizados até o momento na região litorânea, calha do rio Paraná, Campos Gerais, região de Londrina, baixo e médio

Às Coordenadoras da Educação do Campo e professores das escolas públicas localizadas no campo do município de Araucária pelo cuidado em responder aos

Enquanto a filosofia e a sociologia são a base da tese com conceitos-chave de leitura sobre a felicidade e a sociedade atual, a comunicação é apresentada por

a) O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar as narrativas, e contextualizar os registros fotográficos de educadores sociais sobre suas práticas numa

Eu, Angélica Baumgarten Gebert aluna de Pós Graduação - Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná, na linha de pesquisa: Práticas Pedagógicas e Elementos

O presente trabalho teve como principal objetivo desenvolver um programa computacional do Modelo de Tanque, que seja adequado para as Bacias Marumbi e Nhundiaquara pertencentes

O Estado do Paraná presente na Região Sul do Brasil, apresenta o maior PIB da região Sul e encontra-se na 4º posição no ranking brasileiro, segundo os dados do IBGE (2015), mesmo