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Traduções Recomendadas Pelo Professor Olavo _ Seminario de Filosofia - Olavo

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O que é o Seminário de Filosofia Olavodecarvalho.org True Outspeak Forum Sapientia Contato Assine Já Renove sua assinatura Posted August 18th, 2012 by Tamas Ribeiro

Muitas vezes quando procuro um livro indicado pelo professor fico perdido em meio às tantas traduções existentes.

Acho que ao listarmos aqui as traduções sugeridas por Olavo, ajudaria bastante os interessados.

Agora consigo me lembrar de duas:

Platão - Obras Completas Tradutor: Carlos Alberto Nunes Editora: UFPA

Bíblia Sagrada

Tradução: padre Figueiredo

Enviado por vcm07 em seg, 03/09/2012 - 18:24. Segue uma lista de traduções recomendadas: Aula 2 - COF, página 36:

"...Mas tomada como simples justaposição de histórias que não têm uma a ver com a outra, e que só se juntam na cabeça do historiador e do leitor, eu recomendaria muito mais a história do Will Durant, que tem uma tradução brasileira muitíssimo boa. A História da Civilização do Will Durant é muito boa."

Aula 4 - COF, página 37:

"Aluno: Professor, qual a sua opinião a respeito dos autores: J. D. Salinger (1919 -)?

Olavo: Adoro Salinger. O Apanhador no Campo de Centeio é um livro maravilhoso. Vocês aí têm sorte de estar no Brasil porque a tradução brasileira do Salinger é tão boa quanto o Salinger. Tradução feita pelo Jório Dauster. Não era uma tradução profissional, ele trabalhava na Petrobrás, mas era um homem de muita cultura. A tradução é maravilhosa."

Aula 5 - COF, página 23:

"...A coisa passava da narrativa para a discussão e daí aquilo que os apóstolos sabiam por experiência transposta em narrativa tinha de passar por uma segunda transposição, transformando-se em argumentação. Foi isto que gerou a doutrina católica, se não ela não existiria.Isso está muito bem explicado num livro do Alois Dempf (que é um macro-historiador, super-historiador, maravilhoso historiador), que tem uma tradução espanhola, publicada pela editora Gredos, chamada La concepción del mundo en la Edad Média (eu não lembro do título em alemão). Mesmo essa edição da Gredos é difícil de achar. Ele mostra como foi se formando a doutrina católica a partir das objeções..." [Nota: A edição é difícil mesmo, tanto na internet quanto fora dela, mas o Leandro Diniz e o Luiz de Carvalho escanearam e disponibilizaram o livro para todos, trabalho que eu e muitos outros agradecem: o link é: http://www.seminariodefilosofia.org/node/2585 e

https://www.4shared.com/office/FP1z0fTi/La-Conception-Del-Mundo-En-La-.h... . Agradeçam eles lá no tópico.]

Aula 7 - COF, página 30:

"Aluno: Professor, você recomenda as traduções de Odorico Mendes?

Olavo: Odorico Mendes é o cara que traduziu para a [Editora] Aguilar várias coisas. Eu gosto

muito das traduções dos clássicos gregos do Carlos Alberto Nunes, inclusive a tradução que ele fez de Platão. Eu acho aquilo uma verdadeira maravilha. Quanto mais eu leio, mais eu gosto. As outras, eu não sei. Mas não precisa ler os clássicos gregos agora, lê o que está ao seu alcance, na sua própria língua. Dedique um ano da sua vida a isso. Eu meti na minha cabeça quando eu era jovem: “Eu vou ler toda a literatura brasileira” — eu acho que eu li praticamente tudo e eu não me arrependo de ter feito isso. Mesmo se for um livro ruim ou deprimente — se não tivesse mais proveito nenhum —, isso te ensinaria a língua e te ensinaria a conhecer a sociedade brasileira.". [Nota: ele comenta antes sobre as línguas e fala sobre o inglês como ótima língua para se encontrar traduções. É melhor ler a página toda]

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"Aluno: Em quais livros Goethe fala sobre essa ética do trabalho que o senhor comenta nas aulas? Olavo: Ele fala disso no seu livro de memórias, Poesia e Verdade, e nas Conversações com Eckermann, escrito por seu secretário, que teve a prudência de anotar os diálogos que tinha com Goethe nas

conversações do dia-a-dia e que eram jóias. Existe uma tradução parcial das Conversações com Eckermann feita pelo nosso Mário Ferreira dos Santos, publicada pela antiga Editora Globo do Rio Grande do Sul — que depois foi comprada pelas Organizações Globo e virou uma porcaria, mas a antiga Editora Globo era uma maravilha. " [Nota: existem outros comentários que envolvem o tópico tradução, como por ex. sobre a imitação dos escritores em tradução e etc. (página 20). Recomendo ler o resto.]

Aula 8 - COF, página 32:

"Aluno: Qual a melhor edição do Dostoiévski em português?

Olavo: As obras de ficção completas de Dostoiévski, em dez volumes, publicadas pela José Olympio. Alguns grandes escritores fizeram as traduções, como José Geraldo Vieira e Rachel de Queiroz. Essas traduções são muito melhores do que as que saíram pela Editora Aguilar. Acho uma edição muito valorosa. Elas ainda se encontram por preços relativamente baratos em sebos. Procure no site: www.estantevirtual.com.br. Eu mesmo comprei um ou outro livro, porque eu já comprei essa coleção mais de dez vezes. Elas acabaram sumindo, perdendo-se nas mudanças, ou a gente dá para alguém ou vende para o sebo e depois compra de novo. Eu já vendi tanto livro para sebos, que uma vez me trouxeram um livro de volta. Era um livro em que o autor dizia algumas bobagens sobre o Ortega y Gasset e eu tinha escrito na página, com lápis: “isso é um filho da puta!” — alguma coisa assim. Um amigo meu, Alcides Lemos, achou aquilo num sebo, leu e pensou: “Isso só pode ser coisa do Olavo!” — Comprou o livro e me trouxe de volta."

Aula 10 - COF, página 20:

"...Quando Bruno examinou aquela tradução que Augusto de Campos fez de um poema de Dylan Thomas, mostrou que não é que ele não tenha entendido Dylan Thomas, ele não sabia inglês. E se não sabia a língua, por que é que foi traduzir a partir dela?"

Aula 10 - COF, página 21:

"Aluno: Esse livro do Lavelle está online e em português. (...) Olavo: Mas precisa ver se a tradução é boa, hein?

Aluno: (…) É. O tradutor é Américo Pereira. (...)

Olavo: É uma tradução portuguesa ou brasileira? Se é portuguesa, geralmente é confiável; se é brasileira, fuja.

Aluno: (…) Acho que é portuguesa. O site é lusosofia.

Olavo: Ah, então é tradução portuguesa. Pode ter alguma dificuldade de leitura mas traduções portuguesas geralmente são muito sérias." [Nota: o livro é: A Presença Total de Louis Lavelle.] Aula 10 - COF, página 29:

"Aluno: Sobre um comentário feito em aula passada, eu gostaria de dizer que a Editora 34 está publicando a obra de Dostoievski e apresentando o trabalho como a primeira tradução direta do original para a língua portuguesa.

Olavo: Isso é mentira. Teve vários tradutores: Paulo Rónai falava russo de trás para diante, Boris

Schnaiderman era russo, e tudo isso está na edição da José Olympio. Eu não sei se todas as traduções que estão na coleção da José Olympio são direto do original, mas algumas eu tenho certeza que são. E esse Paulo Bezerra [tradutor das edições da Editora 34], eu não sei se ele é bom como tradutor, eu não li essas traduções, mas me mostraram uma vez uma introdução que ele fez, e era um besteirol atroz. "

Aula 11 - COF, página 19:

"Eu sugiro esse livro do Adolphe Tanquerey: Compêndio de Teologia Ascética e Mística, do qual há uma tradução portuguesa antiga. Se não a encontrarem não se preocupem, pois em breve nós a colocaremos em circulação, ou ao menos este trecho, seja sob forma impressa ou como arquivo PDF."

Aula 11 - COF, página 33:

"Aluno: Tenho duas perguntas sobre literatura. Primeira: o senhor recomenda a edição brasileira da Comédia Humana, de Balzac? Qual das duas é melhor? A dos anos 50 ou a dos anos 90?

Olavo: Essa edição brasileira da Comédia Humana organizada pelo Paulo Rónai é a melhor edição de Balzac que existe no mundo! Não há nada que se compare com isto! Claro que são traduções e às vezes alguém pode ser mais preciosista e querer ler no original. Mas as longas introduções e as notas que tem ali são uma verdadeira maravilha. E depois a Editora Globo foi comprada pelas Organizações Globo, que transformou tudo aquilo lá em uma palhaçada. A Editora Globo era uma editora altamente respeitada, só publicava coisas boas, edições excelentes, e depois que os Marinho compraram aquilo começou uma imitação. Então eles reeditaram essa série, mas amputada, cortada, diminuída. Se você puder, compra a original.

Aluno: Segunda: o senhor conhece a tradução da Cartuxa de Parma feita pelo José Geraldo Vieira? É boa?

Olavo: Eu não li essa tradução, eu li a Cartuxa de Parma no original, que é uma delícia. Mas qualquer coisa que seja feita pelo José Geraldo Vieira é bem feita. Ele é um grande escritor,

um homem de uma sensibilidade imensa e eu não acredito que ele não fosse capaz de retransmitir o encanto do Stendhal de maneira perfeita. Pode ler."

Aula 11 - COF, página 35:

"...Se você entendeu me explica, não complica! Porque o livro é complicado o suficiente, mas você fez uma introdução que é mais difícil de ler do que o livro. É como a tradução que o ministro Viegas fez da Nova Ciência da Política do Voegelin, que para entender você precisa retraduzir mentalmente para o inglês, então você lê em inglês direto. Se não pode ajudar, não atrapalhe."

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"Uma coisa que eu recomendo muito é ler Ortega y Gasset. Mesmo quando ele está errado como filósofo, e o que ele está dizendo não é tão importante, é o maior prosador da língua espanhola e da península Ibérica ao longo de cinco séculos, pelo menos. Ninguém escreve como Ortega y Gasset. Ele é um mágico do idioma. Mas leia em espanhol. Não leia a tradução, não."

e na mesma página:

"Existe um único livro dele [Szondi] traduzido em português pelo Dr. Juan Alfredo César Muller, chamado Introdução à Psicologia do Destino. Por incrível que pareça às vezes se encontra ainda

alguns exemplares publicados pela editora Manole. Existe uma tradução espanhola pela editorial Nuova de Buenos Aires do Tratado do diagnóstico experimental das pulsões, tradução feita pelo Dr. Soto Yarritu, que era um dos grandes estudiosos do Szondi. Mas esse livro é somente dedicado ao teste, ao diagnóstico do Szondi e não à parte teórica. Na parte teórica, a obra inteira que se chama Schicksalsanalyse — Análise do Destino — que só existe em alemão. Alemão é uma língua desgraçada."

Aula 13 - COF, página 29:

"Aluno: Agradeço muito pelas aulas e os exercícios propostos. Sobre o livro para a leitura lenta e análise essencial, estou lendo a Metafísica, de Aristóteles, que Giovanni Reale traduziu. O próprio tradutor enfatiza que ele traduziu e interpretou em larga medida, pois o texto original em grego é muito denso e assume um aspecto de notas de aula.

Olavo: Isso é a pura verdade. O aluno aqui pergunta se a tradução do Reale é fidedigna. Sim, a

tradução é maximamente fidedigna. É verdade que o texto grego é muito rico, porém, os assuntos dos quais eles estão falando são infinitamente mais ricos..." [Nota: na página 30 e 35 ele faz observações importantes sobre leitura em traduções, mas que se afastam do tópico aqui de apenas listar boas indicações de traduções de livros]

Aula 13 - COF, página 37:

"Olavo: Vou dar duas dicas de alimentos que eu tirei de um livro do Robert Tocquet, Cultivez votre Cerveau (Cultive seu cérebro). Acho que há uma tradução brasileira. 1) Oleaginosas — amendoim, castanhas, essas coisas todas; 2) Certos tipos de queijos — queijos mais fortes, tipo camembert ou limburger. Comam isso e lhes fará muito bem. Cereais também, todos os cereais, mas especialmente as oleaginosas."

Aula 13 - COF, página 39:

"E Ortega y Gasset pode servir para duas coisas. Se você imitar o estilo dele, você estará imitando o estilo do maior prosador da língua espanhola. Mas leia em espanhol, e não as traduções. As traduções brasileiras, por mais caprichadas que sejam, não dá."

Aula 17 - COF, página 14:

"Você pode dizer: “Ah, eu vou ler a Bíblia.” Bom, qual é o seu nível de compreensão da língua portuguesa? Você tem sensibilidade para a língua portuguesa? Vamos supor que você leia a mais bela tradução da Bíblia que já houve que é a do Padre Figueiredo, feita no século XVIII em Portugal. Uma obra-prima da língua portuguesa. Vamos supor que, na melhor das hipóteses, você leia esta obra. Se o seu nível de sensibilidade para a língua é pequeno, você não entende nem notícia de jornal, quanto mais a língua do Padre Figueiredo. Sabendo que o Padre Figueiredo traduziu do latim, que por sua vez foi traduzido do original grego, hebraico, aramaico etc. Quantas pessoas eu não conheço, sobretudo no meio protestante, onde elas gostam muito de ler no original grego, hebraico, aramaico, para ter certeza, e no entanto, a compreensão que elas têm da sua própria língua é deficiente. Portanto, não adianta, se você não tem sensibilidade para a sua própria língua, a erudição hebraica ou grega não vai resolver nada. Porque é a mesma coisa que você pegar um monte de cocô e colocar um diamante em cima. Não vai melhorar em nada a sua situação."

Aula 19 - COF, página, 29:

"Aluno: Traduzindo o comentário A ética, por São Tomás...

Olavo: Atenção, antes que eu me esqueça, tem um sujeito em São Paulo chamado Antônio Donato, ele traduziu quase todos esses comentários. Tá tudo meio fragmentário e meio desorgonizado, mas se eu fosse empreender um comentário, trabalharia mais ou menos em associação com ele porque ele já fez uma parte do trabalho e é uma pena jogar tudo isso fora. Então, o Luís Filidis, que é um dos webmasters aqui do site do Seminário, tem contato com o Antônio Donato. Escreva para o

Luís e ele lhe colocará em contato com ele. Isto é uma coisa que nós queremos editar aqui pelo Seminário de Filosofia, então mantenha-se em contato conosco porque este trabalho não vai ficar só no papel não. Vamos publicar isso."

Aula 29 - COF, página 9:

"Por exemplo, quando vocês lêem aí no livro do Hugo de São Vítor, Didascalicon, esse é um grande livro da Idade Média. Existe uma tradução brasileira muito boa feita por um sujeito chamado Antonio Marchionni, que é um italiano que se doutorou, que estudou filosofia e teologia em Roma e depois mudou para o Brasil e, você veja, se tornou assessor do MST... Saída de leão, chegada de cão. Mas este serviço aqui está muito bem feito, é um desperdício botar esse cara no MST, [mas] onde ele pôde arrumar emprego foi ali. Então eu recomendo muito essa tradução dele, as notas... é claro que é um homem muito sério. Politicamente deve ser de uma ingenuidade patológica."

Aula 30 - COF, página 30:

"...Vejam, quando se fundou o Instituto Liberal Brasileiro, começou alto: quem fundou foi Donald Stewart Jr., um amigo, já falecido, autor da melhor tradução que eu li em língua portuguesa d’A Ação Humana, de Ludwig von Mises. Eu o conhecia bem, conversava com ele, era um homem de altíssima inteligência..."

Aula 33 - COF, página 17:

"...desta coisa maravilhosa que eu li no livro “A história como pensamento e ação” do Benedetto Croce — cuja tradução linda, belíssima, foi feita pelo poeta Darcy Damasceno em 1962 e publicada pela editora Zahar. Eu nem sei se isso se encontra ainda. Mas quando se lê uma tradução brasileira que dá gosto, “eu tenho um orgasmo”, como dizia o Gilberto Amato, porque é uma coisa rara. Em geral, a tradução brasileira é tão difícil

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que você tem de repensar a coisa no original, caso conheça a língua, para poder tornar aquilo inteligível. Eu, por exemplo, só entendi a tradução que o ex-ministro Viegas fez do livro “A nova ciência da política” do Eric Voegelin porque sabia um pouco de inglês, senão não entenderia jamais. Conhecendo mais inglês você entende mais ainda profundamente a tradução do Veiga. O Benedetto Croce é um dos grandes escritores do século XX. Ele escreve de uma maneira tão

maravilhosa, e ao mesmo tempo um pouco barroca, que fica difícil traduzi-lo. Mas o Darcy Damasceno conseguiu."

Aula 37 - COF, página 37:

"O que você tem de fazer é o seguinte: tem de ler primeiro a Poética, depois a Retórica, depois os Tópicos, que é o livro da Dialética; daí você tem de parar. Antes de passar para os Analíticos, que são os livros da Lógica, você tem de ler o livro Das Categorias e da Interpretação, e daí entrar nos Analíticas e depois os Elencos Sofísticos. Existe uma tradução portuguesa muito boa disso, feita pelo Jesué Pinharanda Gomes, que é um grande erudito aristotélico português. Eu acho que é por aí".

Aula 38 - COF, página 14:

"Li um livro maravilhoso, que anos atrás eu recomendei ao Edson Oliveira da É Realizações e que eu vejo que agora foi publicado em tradução de um aluno (acho que ele é aluno deste seminário, ao menos foi meu aluno durante muitos anos), do Elpídio e da esposa dele, Cristina Manesco – a qual é romena. É uma obra prima da literatura romena, um dos grandes livros e chama-se O Diário da Felicidade, e o autor é Nicolae Steinhardt, um judeu que era um inimigo do regime Ceausescu, fez lá alguma coisa e foi parar na cadeia por motivos políticos."

Aula 38 - COF, página 23:

"Aluno: Saudações, o curso está sendo bastante produtivo. Minha questão é: existe algum livro introdutório à poesia ou à linguagem poética?

Olavo: Sim. Eu recomendo o livro de um autor que se chama Johannes Pfeiffer, e o livro é Introdução à Poesia. É um livro de cem paginas que saiu pela Edições de Europa-América, de Portugal, há muito tempo. Talvez você o encontre num sebo, no original em alemão ou em traduções – inglesa, francesa – através do site www.bookfinder.com. O livro é uma maravilha."

Aula 41 - COF, página 20:

"Estava eu fazendo essas observações quando chega o meu vizinho, Antônio Donato, que é o homem mais santo que eu conheci no Brasil, e disse: “você já reparou que na Suma Teológica (ele era um tradutor de Sto. Tomás de Aquino, ele estava traduzindo todos os comentários dele e Aristóteles) tem isso?” Eu falei: “Ó raios, eu estava vendo isso agora mesmo.” E ele, por sua vez, havia percebido isso através de outro autor

escolástico que é o Hugo de São Vítor." Aula 41 - COF, página 39:

"Aluno: (...) Há algum livro que possa me dar uma introdução pedagógica do assunto? Olavo: Recomendo urgentemente o livro do Jean Borella, que se chama A Crise do Simbolismo Religioso, escrito em francês e, que eu saiba, não há traduções. E o livro do Jean Hani, que eu

mencionei, importantíssimo para isso. Desse, existe uma tradução portuguesa daquelas Edições 70. Não sei se isso ainda está nas livrarias, mas, procure e você vai achar, O simbolismo do Tempo Cristão. E saiu recentemente um livro, cujo autor eu esqueci o nome, que é muito interessante e muito didático, talvez seja o primeiro para ler sobre essa coisa. Ele se chama Como Ler uma Igreja, How to Read a Church. Hoje em dia os livros sobre isso são muitos, mas esses aqui são o começo da história. Richard Taylor (exatamente, o Alexandre aqui me socorreu), How to Read a Church. E, evidentemente, mais tarde, o próprio livro do René Guénon, Símbolos da Ciência Sagrada, com muito cuidado quando o camarada começar a puxar a coisa para a Tradição Primordial e iniciações secretas, etc., porque aí entra na fantasia ou na mentira. Sem nenhum desdouro intelectual pelo René Guénon. Tenho o maior respeito pelo camarada, sou grato por tudo que aprendi com ele, isso nunca vai apagar, mas, o homem,

como agente de uma determinada organização, está puxando a brasa para sardinha dele." [Nota: recomenda-se ler a pergunta completa do aluno, que é sobre simbolismo]

Aula 42 - COF, página 10:

"Eu tenho um amigo, o Antônio Donato, que ficou anos estudando filosofia escolástica e traduziu os Comentários de Santo Tomás de Aquino a Aristóteles. Quando estava na Faculdade de Educação, ele decidiu fazer uma tese de mestrado chamada A Educação segundo a Filosofia Perene, isto é, segundo a escolástica, especialmente Santo Tomás de Aquino. Ele fez uma tese de mil páginas com uma bibliografia de trezentas, quando uma tese de mestrado possui em média 80 ou 90 páginas, não passando de 150. Ele colocou aquele tijolo na frente dos professores, que ficaram aterrorizados e o aprovaram sem ler o trabalho. Eles não tinham condição de julgar aquilo; precisariam de uma vida inteira de estudos para fazê-lo. Assim, por via das dúvidas, aprovaram sentindo-se esmagados."

Aula 42 - COF, página 23:

"Aluno: Gostaria de saber que importância o senhor dá a Eça de Queiroz como romancista.

Olavo: Como romancista eu não dou tanto valor, mas ele é um grande artista da língua portuguesa em tudo o que escreve. O Eça de Queiroz tem essa característica de ser igualmente perfeito estilisticamente tanto nos romances quanto em artigos de jornal, em crônicas e até na tradução que ele faz do As minas do Rei Salomão. Então, eu acho que ler muito Eça de Queiroz é indispensável para aprender a escrever. "[Nota: na página 9 desta mesma aula ele faz considerações importantes sobre as obras literárias, sonoridade na escrita e cita que esta transposição é um dos grandes problemas da tradução. Recomenda-se rever toda esta parte.] Aula 43 - COF, página 30:

"Olavo: A tradução brasileira do The Human Action é uma glória. Foi feita por um sujeito que

nunca foi tradutor profissional, que foi o meu falecido amigo Donald Stewart, e é a melhor tradução que eu li no Brasil. É a melhor tradução de qualquer coisa."

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"Existe o grande livro do Jan Huizinga, Nas Sombras do Amanhã, teve uma tradução americana,

evidentemente, The Shadow of Tomorrow, mas também uma tradução de uma editora portuguesa, chamada Armênio Amado, de Coimbra, uma edição já antiga, que fala muito sobre este problema da infantilização. Está piorando cada vez mais, sobretudo, na medida em que a administração estatal tenta fazer as pessoas se sentirem protegidas contra tudo, vacinando as pessoas contra a própria realidade."

Aula 52 - COF, página 17:

"Vou relacionar essa pergunta com uma do aluno Bernardo Camargo, que fez uma tradução das confissões de Al-Ghazali, o teólogo muçulmano. A tradução está ótima e acho que se você

la fará um grande bem para muita gente. Mas eu considero o Al-Ghazali um autor extremamente perigoso, é um dos pensadores que eu mais detesto no mundo. Você não pode esquecer que ele estava dentro de um meio social específico e usa as palavras nas acepções que valem para aquele meio. Por exemplo, ele diz que há vários tipos de buscadores de conhecimento: (a) os filósofos que seguiam pela lógica formal; (b) os teólogos dogmáticos que seguiam pelas escrituras; (c) os sufi ou sábios, entre os quais ele mesmo modestamente se incluía, que sabiam as coisas por inspiração divina direta."

Aula 56 - COF, páginas 46/47:

"Olavo, (Adriano Leite pergunta se) você indica ou contra-indica alguma das várias edições das Confissões de Santo Agostinho?

Eu não sei, porque (. . .) eu li naquela edição dos Great Books, em inglês. Me parece uma boa tradução. Tem uma outra que está em português, Editora das Américas, antiga, eu nunca li. Eu posso averiguar isso aí, posso tentar averiguar se tem alguma edição que seja muito boa. Mas todas as traduções dos Great Books geralmente são boas."

Aula 57 - COF, página 24:

"Aluno: Fui comprar as Confissões de Santo Agostinho, pensei que seria difícil de encontrar, mas é bem fácil, aliás, pelo contrário, há mil e uma edições. Há uma da coleção Os Pensadores e outra da editora Martin Claret.

Olavo: Olha, eu não sei. Eu li as Confissões na edição do Great Books da Enciclopédia Britânica, cujas edições são confiabilíssimas. Eu não li todas as traduções, não posso opinar sobre todas. Em caso de dúvida você pega a do Great Books da Enciclopédia Britânica mesmo. Ou uma outra edição que seja a mesma, que foi editado por outra casa editora, mas com o mesmo tradutor, sendo a mesma tradução. Se falhar tudo, existe um negócio na internet que chama coleção Perseus, que tem os textos clássicos da antiguidade em versões confiabilíssimas, você não vai pagar nada."

Aula 58 - COF, página 30:

"Eu não consigo ler traduções brasileiras de mais nada, porque eu vejo que as palavras não evocam mais as coisas. Fica parecendo que é tudo verbalismo. Não é verbalismo, se você prestar um pouco de atenção, não é. Mas as palavras não têm mais aquela contundência que tinham antigamente. Por que? Porque acabou a tradição literária. Então, isso é absolutamente necessário recuperar."

Aula 59 - COF, página 13:

"Eu vejo, por exemplo, que cada vez mais, traduzir uma coisa do inglês para o português está se tornando difícil: não conseguem encontrar as palavras para transpor a experiência de um país para o outro. A exportação de cultura está ficando uma coisa impossível: transportam-se somente simulacros; só o que já é padronizado. Mas o verdadeiro intercâmbio está cada vez mais difícil."[Nota: recomendo ouvir o resto da explicação pela sua importancia.]

Aula 60 - COF, página 29:

"E essa questão das várias traduções. Por exemplo: existem certos livros cuja história das suas traduções já é todo um drama peculiar. Você vê as traduções da Bíblia! Se você lê a história das traduções da Bíblia, das suas múltiplas divergências, das disputas teológicas etc., é um drama inabarcável. Então, aí você adquire uma noção, ou pelo menos um sentimento, de até que ponto nós, nesses estudos, dependemos da confiabilidade de outras pessoas...como posso eu confiar numa tradução se eu não conheço as outras e eu não sei as críticas que foram feitas a esta? Eu vou ter de confiar na autoridade daquele sujeito até segunda ordem. Então, isso aí não tem uma solução definitiva. Você vai passar o resto da sua vida com esse drama, sempre procurando aprimorar. Em alguns casos, não é tão difícil você resolver. Por exemplo: você pega as obras de Platão e Aristóteles. Há certo número de edições que se tornaram, por assim dizer, padronizadas. E as novas edições que

são feitas, geralmente se baseiam naquelas. Por exemplo: a famosa edição do texto de Platão e Aristóteles pela Academia de Berlim ? que, até hoje, você pode comprar se quiser;

custam os olhos da cara! Mas supõe-se que as demais edições se basearam naquele texto, porque estava muito bem feito; então, marcou uma época. Bom, mas e se o texto da Academia de Berlim estiver errado? Aí, meu filho, ferrou...Então, isso aí pode acontecer em qualquer texto. Mas não espere ter a solução disto. Você vivenciar este problema é uma das coisas apaixonantes da vida de estudos, porque você vai ter de novo, e de novo, e de novo a experiência da fragilidade da vida humana; a experiência da incerteza e a experiência da necessidade desesperada que os seres humanos têm de se ajudar uns aos outros para poder chegar a alguma coisa."[Nota: intercalei a citação, e retirei um exemplo para encurtar. Recomendo ler a página inteira pela sua importancia.]

Aula 61 - COF, página 21:

"Vou parar com as perguntas e colocar a segunda nota de rodapé, que se refere a coisas explicadas aulas atrás, sobre a função social das letras. Ela é tirada de um ensaio de Ezra Pound chamado “How to read”, “Como ler”. Existe uma tradução brasileira desse texto; de qualquer modo, vou sugerir à professora Margarita Noyes que use esse texto na aula de inglês. Vou fazer uma tradução meio capenga, mas suficiente para que vocês entendam."

Aula 63 - COF, página 11:

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modelou o universo e atua sobre ele é muitíssimo anterior a qualquer concepção do sujeito humano como agente autônomo. Esta última concepção só surge na Grécia, como está abundantemente

documentado na obra-prima do Bruno Snell, um livro chamado A descoberta do espírito, às vezes traduzido como A descoberta do eu."

Aula 65 - COF, página 19:

"Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao André Marc, que enviou uma tradução da conferência que Eric Voegelin deu na Alemanha, em 1981, sob o título A origem meditativa do conhecimento filosófico da ordem. É uma conferência da maior importância, que iremos disponibilizar na página do Seminário. A tradução está excelente, mas estou fazendo algumas pequenas correções. Acho que alguns pontos deveriam ser mudados."

Aula 66 - COF, página 28:

"Pedem para eu repetir o nome do autor do livro francês que eu citei. Jean Ladrière. Les enjeux de la rationalité. Enjeu não tem tradução. Jeu é jogo, mas enjeu é aquilo que está em jogo. Não há a palavra mas todo mundo está entendendo do que se trata. Les enjeux de la rationalité. Le défi de la science et de la technologie aux cultures – o desafio da ciência e da tecnologia às culturas. Publicado pelas edições Aubier, em 1977." [Nota: o prof. fala cita uma parte do livro de Jean Ladrière na página 12 desta aula. Na página 7, 22 e 23, o aluno André Marc fala sobre várias traduções que estava fazendo do Eric Voegelin. Não me lembro ao certo, mas acho que ele não publicou as traduções no site do Seminário.]

Aula 67 - COF, página 6:

"A respeito do Saussure até recomendo o livro do Malcolm Bradbury que se chama “Mensonge”, que é a vida e obra do filósofo francês Henri Mensonge, que jamais publicou uma só linha, jamais foi visto em parte alguma, mas nós o conhecemos pela diferença entre ele e os outros filósofos. É uma paródia do Ferdinand Saussure. Você lê o Mensonge e você nunca mais consegue levar uma linha do Ferdinand Saussure a sério. E, no entanto, nós estamos sofrendo hoje consequências que começaram com esse curso do Ferdinand Saussure, que, aliás, é também um livro, que também não existe... Esse livro do Bradbury eu acho uma verdadeira obra prima, É uma pena que não esteja traduzido para o português. É um livrinho pequeno: tem umas noventa páginas. Vale a pena!"

Aula 70 - COF, página 2:

"Se acompanharmos a utilização desse método — originalmente desenvolvido por Hegel — em duas escalas menores: a da Filosofia Atual, tal como abordada por Scavino, e a da Filosofia Moderna, tal como abordada por Soloviev, isso nos servirá de excelente introdução ao método do próprio Hegel, que tem a desvantagem de estar escrito de maneira clara apenas no original em alemão. Leio pessimamente alemão, mas percebo que nesta língua Hegel não é tão obscuro quanto fica nas traduções, já que escreve em frases curtas. Se compararmos com Schelling, que escreve aqueles períodos de quarenta e três linhas sem um miserável ponto-e-vírgula no meio, Hegel fica até relativamente simples de ler, bastando ter um bom dicionário de alemão ao lado. Mas nas traduções o negócio fica realmente desesperador. Por isso Hegel é um autor que é tanto mais influente quanto menos lido. É influente justamente por ser lido apenas por uma elite que propaga as ideias dele e, por isso, tais ideias vêm com uma autoridade avassaladora, pois ninguém pode ir até à fonte para discuti-las. É como se víssemos tudo através de uma cortina de fumaça."[Nota: Apesar de não

mencionar traduções específicas, o professor dá uma dica importantíssima sobre ler Hegel nas traduções. Colocado na lista por causa desta dica.]

Aula 70 - COF, página 19:

"Olavo: Ibn Khaldun já foi introduzido por meu falecido professor de língua árabe, José Curi, que fez uma tradução absolutamente majestosa da introdução do livro de Ibn Khaldun. A introdução tem três volumes de 700 páginas, e José Curi, que era um erudito fabuloso, traduziu tudo aquilo e foi publicado, se não me engano, pelo Instituto Brasileiro de Filosofia. Ainda tenho esses três exemplares aqui. Foi justamente através do livro de Ibn Khaldun, que eu achei por um acaso em um sebo, que

vim depois a contactar o José Curi." Aula 73 - COF, página 17:

"Agora estou relendo o livro do Wolfgang Smith, O Enigma Quântico – que foi muito bem traduzido por um aluno nosso, o Rafael de Paula, ao qual estamos todos gratíssimos por isso – , e observo que os físicos sabem muita coisa através das partículas, mas não sabem o que elas são."

Aula 74 - COF, página 27:

"Aluno: Qual seria um bom livro para o estudo da lógica clássica?

Olavo: "Eléments de Logique Classique", de François Chenique. Se você não sabe francês, aprenda. Não tem tradução disso. Se alguma alma caridosa que sabe bastante francês quiser traduzir este livro, eu arrumarei um editor."

Aula 85 - COF, página 19/20:

"A destruição da língua portuguesa no Brasil, a destruição da alta cultura é uma coisa que não tem efeitos só em volta de vocês, vocês são vítimas disso internamente. Vocês simplesmente não foram adestrados para. O Bruno Tolentino dizia: perdeu o ouvido. Vejam aquelas análises críticas que o Bruno fez das traduções dos irmãos Campos – Haroldo e Augusto de Campos – e notem que aqueles camaradas que tinham um enorme prestígio universitário eram umas pessoas de um mau gosto horroroso. Eles viviam procurando trocadilhos só para arranhar ouvidos. Não tinham realmente o senso da linguagem poética. Nenhum, nenhum, nenhum." Aula 85 - COF, página 20:

"Aluno: O senhor poderia indicar livros sobre a universidade medieval, a ratio estudiorum?

Olavo: Posso. Em primeiro lugar, tem o livro do Jacques Le Goff, Os intelectuais na Idade Média; e em segundo lugar, os volumes referentes ao período medieval na História da Educação do Ruy Afonso da Costa Nunes. A partir desses dois, você vai pegar bastante coisa. Também nos escritos do Ernest Robert Curtius sobre o período. Inclusive, existe uma tradução em português, do Instituto Nacional do Livro, da obra principal dele sobre literatura medieval. É uma coisa que talvez seja difícil de encontrar. Talvez possa ser encontrada

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em sebos. Chama-se Literatura Européia e Idade Média Latina. Esse é um clássico." Aula 91 - COF, página 15:

"Vamos então ao texto do Bertrand Russel. O Alessandro disse que já leu o texto e pode então nos traduzir. Esse texto é do livro O impacto da ciência na sociedade. Existe inclusive uma tradução brasileira deste livro publicada pela Companhia Editora Nacional há muitos anos atrás, mas eu acho que em sebo ainda se encontra."

Aula 94 - COF, página 15:

"...vai ser lançado pela Vide Editorial o livro O enigma quântico, do professor Wolfgang Smith, que tem uma introdução minha...A tradução é do Rafael de Paola, aliás muito boa."

Aula 95 - COF, página 13:

"O que aconteceu foi o que é descrito aqui, pelo Paul Feyerabend, que é um livro do qual existe tradução brasileira, que é o livro Contra o método. Agora no caminho eu estava tentando encontrar esse trecho na tradução brasileira, mas não achei, então eu vou ter que improvisar uma tradução."

Aula 97 - COF, página 9:

"Então procurem lá Petre Tutea, vocês vão ver. Tem um que foi recentemente traduzido pelo Tudor Monteano e que foi gravado quando Tutea já estava às portas da morte. E existe outro

em que Tutea é entrevistado sobre os anos em que ele passou na prisão..."[Nota: Aqui é um vídeo traduzido. O professor recomenda buscar no Youtube pelo filósofo Petre Tutea. Recomendo ler a página inteira.] Aula 97 - COF, página 14:

"Naturalmente, vai surgir o problema de em que versão você vai ler essas coisas. Onde houver textos em português, dê preferência ao texto em português. Quer dizer, se você vai ler uma tradução, dê preferência a uma tradução que é feita para o seu próprio idioma e não a que é feita para um terceiro idioma porque você tem duas traduções na cabeça. Se não houver, por exemplo, eu creio que do livro de Schelling não há tradução em português, mas há uma edição francesa maravilhosa e deve haver edições em inglês. Eu vou dar a sugestão de algumas edições para vocês, espero fazer isto até a próxima semana."[Nota: Antes de fazer este comentário, nas páginas anteriores ele dá uma lista de livros fundamentais. Recomendo ler estas páginas]

Aula 100 - COF, página 1:

"Aluna: Entrei em contato com uma livraria, como o senhor pode ver abaixo, e o livro Apologia de Sócrates, tradução de Carlos Alberto Nunes, está esgotado e temos apenas um mês para ambas as leituras. Gostaria de saber se podemos começar pela leitura do Fédon? Seria interessante que alguém

digitalizasse a Apologia de Sócrates em formato PDF e a disponibilizasse no site do Seminário. Olavo: Não sei se isso é possível por haver aí problemas de direitos autorais. A não ser que exista alguma tradução mais antiga na qual não haja direitos autorais. Mas, em todo o caso, eu verifiquei na página www.estantevirtual.com.br e existem ali algumas centena de cópias da Apologia de Sócrates, muitas delas com a tradução de Carlos Alberto Nunes, não editada pela Universidade do

Pará, mas numa edição muito anterior da Ediouro. É um livrinho de bolso cuja tradução era a mesma de Carlos Alberto Nunes, que depois foi editada pela Universidade do Pará. Se vocês procurarem edições da Ediouro datadas de 1960 até 1970, eu tenho a impressão que ainda é a tradução de Carlos Alberto Nunes. Existe uma outra tradução de um tal de André Malta que eu não sei se é boa, mas em último caso, se não houver outra alternativa, vocês podem ler esta mesma."

Aula 116 - COF, página 9:

"...Para fazer isso, precisei do auxílio de todos os grandes estudiosos de Maquiavel ao longo do tempo. O único que faltou foi Sir Isaiah. Veja como são as coisas: embora eu tivesse esse livro na prateleira, estava com medo de lê-lo — é que tenho horror de ler traduções brasileiras do que quer que seja, porque é sempre um risco formidável que se corre. Lembro-me, por exemplo, que quando li a tradução brasileira da Nova Ciência da Política, de Eric Voegelin, feita pelo ministro Viegas, tinha de tentar retraduzir mentalmente aquilo para o inglês para ver se entendia alguma coisa —. Eu tinha a edição de Sir Isaiah em português e não sabia que havia ali coisas tão importantes sobre Maquiavel. Só que, quando li, percebi que para o estudo que fiz aquilo já não influía nem contribuía porque a pergunta que ele lançava era completamente alheia à minha. A leitura só valeu depois como superfície de contraste."

Aula 122 - COF, página 8:

"Essa versão que eu dei para vocês é a tradução do Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. Infelizmente não tenho este livro [As Meditações de Descartes] em português. Eu o copiei do 4shared e lá eles não colocaram a folha de rosto, mas pela aparência gráfica eu reconheci imediatamente; e pelo teor das notas que o tradutor insere, reconheci imediatamente que era a antiga edição feita pela Difusão Européia do Livro e depois foi publicada pela Abril Cultural sem data de publicação. Os dados da ficha para esse livro são: “Tradução: Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior, São Paulo, Abril Cultural, s/d.”"[Nota: o professor já fez comentários sobre esta tradução na aula 133, página 2, preferindo a edição em frânces ou em latim. Diz ele: "Nós não podemos esquecer que o treinamento de René Descartes não foi um treinamento literário, foi um treinamento filosófico, embora Descartes seja um grande escritor. É até lamentável ter que ler nessa tradução, porque no original francês essa coisa é tão bonita, tão elegante, tão bem montadinha, que nós vemos a desgraça que os caras fizeram aqui. Não que esteja inexato, não está inexato, mas não soa bem, não tem a música, que é um elemento importante da narrativa. Para aqueles que lêem em francês, eu sugiro que leiam no original se puderem. E os que puderem ler em latim, melhor ainda. O domínio que esse homem tem do latim é absolutamente extraordinário, o que não era incomum na época dele." ]

Aula 125 - COF, página 15:

"...deve-se ler o livro Crise das Ciências Européias, que é onde Husserl tira conclusões filosóficas, históricas e culturais de maior alcance, e, embora seja a culminação da obra dele, é o livro mais fácil de ler, mais bem escrito. Husserl nunca se preocupou com escrever de uma maneira literariamente adequada, agradável, comunicativa; o que ele queria era anotar os pensamentos para não perdê-los. Só quem tem muito interesse

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nessas questões é que consegue lê-los. Existe também o livro Meditações Cartesianas, que é transcrição duma conferência que Husserl fez em Paris e que é um resumo do método fenomenológico. Pela ordem você tem: As investigações lógicas, As Idéias para uma fenomenologia pura, depois Meditações Cartesianas, e, por fim, A Crise das ciências européias. Não que você tenha de ler nesta ordem. Se quiser ler A crise das ciências européias desde logo, vai ter mais facilidade. Não sei como andam as traduções desses livros. Até o momento em que eu estava no Brasil não havia uma tradução brasileira ou portuguesa de A Crise das ciências européias. Havia uma tradução francesa de que eu não gostava muito e uma italiana maravilhosa, uma edição cuidada pelo Enzo Paci, que é um gigante, um homem de alta capacidade."

Aula 127 - COF, página 13:

"Um livro fundamental para a compreensão do período é este de Edmund Husserl: “A Crise das Ciências Européias e a Fenomenologia Transcendental”. Eu li na tradução italiana, mas existe uma tradução francesa, e existe uma tradução inglesa — que eu saiba — e deve existir uma tradução espanhola, também, para quem não lê alemão. Não se preocupem muito com esse livro porque no Seminário nós vamos ler, mais tarde, a segunda parte, da Crise das Ciências Européias, que é “A origem do contraste moderno entre objetivismo fisicalista e subjetivismo transcendental”, uma coisa que dá mais ou menos umas cem páginas. Eu pretendo que isso entre no curso de leituras que nós estamos fazendo, mas não sei ainda como vamos fazer porque não temos tradução portuguesa, então vamos ter de usar alguma outra."

Aula 146 - COF, página 1 e 2:

"Porém, neste encontro de Sócrates com Górgias não é nada disso que se está discutindo. A pergunta é a seguinte: Quem é você? Em muitas traduções essa pergunta aparece como O que é ele? A expressão grega ostin pode querer dizer “que” ou pode querer dizer “quem”. Eric Voegelin preferiu “quem”, e acho que isto é mais adequado à situação, porque a pergunta “que” poderia ser respondida apenas com um nome de profissão, como de fato é: Górgias diz ser um retórico, mas Sócrates não se satifaz com essa resposta, ele quer saber qual é a substância da retórica, em que consiste essa atividade mesmo, ou seja, ele está procurando a identidade verdadeira de Górgias por trás do nome da profissão. Portanto, acho que a tradução “quem” cabe muito bem no caso. Eu não sou especialista em lingua grega, mas me parece que esse termo ostin, admitindo as duas traduções, dá margem a esta tradução que Voegelin escolheu." [Nota: recomendo ler as páginas inteiras. Colocado na lista por causa da dica sobre as várias traduções.]

Aula 148 - COF, página 1:

"Gostaria antes de tudo agradecer ao Ronald Pinheiro por traduzir o livro de Ernesto Laclau

Hegemonia e estratégia socialista, livro extremamente importante para entendermos a presente fase da revolução mundial. Evidentemente é um livro que nós não iremos divulgar, mas que para nosso conhecimento é muito importante. Para divulgar não faltam editores prestimosos no Brasil."

Aulas que não foram checadas e motivos: 72(link não funciona), 75(não tem no site do Seminário), 76(não tem no site do Seminário), 79(não tem no site do Seminário), 88(não tem no site do Seminário), 89(não tem no site do Seminário), 90(não tem no site do Seminário), 102(não tem no site do Seminário), 104(não tem no site do Seminário), 105(não tem no site do Seminário), 106(não tem no site do Seminário), 109(não tem no site do Seminário), 126(link não funciona), 129(não tem no site do Seminário), 136(não tem no site do Seminário), 137(não tem no site do Seminário), 139(não tem no site do Seminário), 140(não tem no site do Seminário), 141(não tem no site do Seminário), 143(não tem no site do Seminário), 145(não tem no site do Seminário), 147(não tem no site do Seminário). Todas as aulas a partir da 148; as transcrições ainda não foram colocadas no site do Seminário.

Método utilizado:

Esta lista é um exercício que fiz de um método simples de busca rápida nos diversos PDF's e que passa despercebido por muitos. O método para pesquisar rapidamente nos PDF's tem duas maneiras: 1-direto no leitor de PDF. 2-usando um software especializado.

Todos os leitores de PDF possuem esta opção. No leitor Adobe Reader basta ir em Editar -->Buscar e depois selecionar "Todos os pdfs em" e selecionar a pasta com todos os pdfs das transcrições e digitar o termo a ser buscado. No leitor Foxitreader basta ir em Editar -->Busca --> Todos os PDFs em --> Selecionar a pasta com as transcrições e digitar o termo.

Nos softwares especializados, um que é recomendado e que busca tanto PDF's quanto arquivos em Word(.doc) é o File Locator Pro http://www.mythicsoft.com/Page.aspx?type=filelocatorpro&page=home . O File Locator Pro é um software pago mas possui opções avançadas de busca dentro dos arquivos. Existe uma versão gratuita na página deles chamada Agent Ransack, mas ela tem menos opções. Outra opção recomendada para busca tanto em PDF quanto em .doc é um dos vários softwares gerenciadores de referências. O mais usado nos meios acadêmicos é o Zotero(www.zotero.org/) mas existe uma lista em:

http://en.wikipedia.org/wiki/Comparison_of_reference_management_software

Usando esta dica vocês podem montar rapidamente índices de qualquer assunto/coisa que esteja nas transcrições ou ainda montar listas específicas de livros. É ótimo como ajuda na revisão das aulas. Tabela:

Segue abaixo a lista em formato de tabela. Nesta tabela removi as dicas sobre traduções, removi várias repetições, as notas, e as traduções que o professor não recomenda. Esta tabela também não tem tudo o que tem na lista acima, e só constam os livros que o professor indica diretamente uma tradução, e fiz rapidamente (sem checar as edições com mais cuidado) então a meu ver a tabela está grosseira. A listagem acima com as citações ainda é melhor para uma consulta em ordem. O ideal mesmo é que os interessados compilem suas próprias listas e esta tabela está aqui mais para exemplificar como vocês podem fazer suas listas a partir das transcrições.

Autor Título Tradutor citado Editora Aula

Will Durant História da

Civilização Aula 2 p.36

J. D. Salinger

O Apanhador no Campo de

(9)

Alois Dempf

La concepción

del mundo en la Edad Média Gredos Aula 5 p23

Platão Vários Carlos Alberto Nunes Aula 7 p.30

Goethe Conversações com Eckermann Mário Ferreira dos Santos Editora Globo do

Rio Grande do Sul Aula 8 p.16

Dostoiévski Vários José Geraldo Vieira e

Rachel de Queiroz José Olympio Aula 8 p.32 Louis

Lavelle A Presença Total Américo Pereira Aula 10 p.21

Adolphe Tanquerey

Compêndio de Teologia Ascética e Mística

tradução portuguesa

antiga Aula 11 p.19

Balzac Comédia Humana (edição anos 50)

Paulo Rónai(Editor),

Vários(tradutores) Editora Globo Aula 11 p.33

Stendhal Cartuxa de Parma José Geraldo Vieira Aula 11 p.33

Ortega y

Gasset Vários

Recomendação para ler em espanhol e não em tradução Aula 12 p.28 Lipot Szondi Introdução à Psicologia do Destino

Dr. Juan Alfredo César

Muller Manole Aula 12 p.28

Lipot Szondi

Tratado do diagnóstico

experimental das pulsões Dr. Soto Yarritu

editorial Nuova de

Buenos Aires Aula 12 p.28

Aristóteles Metafísica Giovanni Reale Aula 13 p.29

Robert Tocquet

Cultivez votre Cerveau (Cultive

seu cérebro) Menção Aula 13 p.37

Deus/Vários Biblia Padre Antônio Pereira de

Figueiredo Aula 17 p.14

São Tomás

de Aquino Comentários A ética a Nicômano Antônio Donato Aula 19 p.29

Hugo de

São Vítor Didascalicon Antonio Marchionni Aula 29 p.9

Ludwig von

Mises A Ação Humana Donald Stewart Jr Aula 30 p.30

Benedetto Croce

A história como pensamento e

ação Darcy Damasceno

editora Zahar

(1962) Aula 33 p.17

Aristóteles Organon Jesué Pinharanda Gomes Guimarães

Editores Aula 37 p.37

Nicolae

Steinhardt O Diário da Felicidade Elpídio/Cristina Manesco É-Realizações Aula 38 p.14 Johannes

Pfeiffer Introdução à Poesia

Edições de

Europa-América Aula 38 p.23

Jean Hani O simbolismo do Tempo Cristão Edições 70 Aula 41 p.39

Henry Rider Haggard

As minas do Rei Salomão Eça de Queiroz Aula 42 p.23

Jan

Huizinga Nas Sombras do Amanhã

Armênio Amado

Coimbra Aula 49 p.28

Al-Ghazali Confissões Bernardo Camargo Aula 52 p.17

Sto.

Agostinho Confissões Edição dos Great Books

Aula 56 p.46/47

Ezra Pound Como ler Aula 61 p.21

Bruno Snell A descoberta do espírito / A

descoberta do eu Aula 63 p.11 Eric Voegelin Conferência: A origem meditativa do conhecimento filosófico da ordem

André Marc Aula 65 p.19

Ibn Khaldun Muqaddimah – Os

prolegômenos (tomo I, II, III) José Khoury

Instituto Brasileiro de Filosofia, 1958-1960

Aula 70 p.19

Wolfgang

Smith O Enigma Quântico Rafael de Paula Vide Editorial

Aula 73 p.17 e Aula 94 p.15 Ernest

Robert Literatura Européia e Idade Média Latina

Instituto Nacional

(10)

Sapientiam Autem Non Vincit Malitia Curtius Bertrand Russel O impacto da ciência na sociedade Companhia Editora Nacional Aula 91 p.15 Paul

FeyerabendContra o método Aula 95 p.13

Petre Tutea Vídeos no YT traduzidos Tudor Monteano Aula 97 p.09

Platão Apologia de Sócrates Carlos Alberto Nunes Ediouro Aula 100

p.01 Edmund

Husserl Crise das Ciências Européias Enzo Paci

Aula 125 p.15 Ernesto

Laclau

Hegemonia e estratégia

socialista Ronald Pinheiro

Aula 148 p.01

Vitor Cotti Milhomens

Enviado por EDOL em seg, 10/09/2012 - 21:04. Vitor,

muito obrigado por sua catalogação e discriminação... obrigado mesmo. Érico de Oliveira Lima

responder

Referências

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