Resumo do Livro “Manifesto do Partido Comunista”
Karl Marx e Friedrich Engels começam o Manifesto do partido comunista introduzindo que em toda a história conhecida em que existem sociedades, sempre há uma divisão, entre opressores e oprimidos, um que manda e outro que obedece, e isto vai evoluindo, de acordo com as classes que vão se sobrepondo as outras, porém a sociedade burguesa não suprimiu a oposição de classes, e sim a aumentou, substituindo antigas classes por novas, novos tipos de opressão, seja ela física, mental, oral ou psicilógica, e como consequência novas formas de luta.
O que distingue nossa época das outras é que a briga que sempre houve nas sociedades antigas era parcialmente velada, e agora não, são brigas diretas, em que a burguesia rica e dona dos meios de produção manda nos trabalhadores, que se não obedecerem e trabalharem ficam cada vez piores em seu meio, uma sociedade praticamente sem capacidade de mudança de classes.
Esses burgueses esquecem porém de onde surgiram, pequenos servos que iam se tornando artesãos ou vendedores, que criaram Guildas de comércio e foram enriquecendo, e a partir deste e das colonizações européias dos continentes Africano e Americano levaram ainda mais a um salto da burguesia comerciante.
Os mestres artesãos foram desalojados e substituídos pela classe média industrial, que trabalhavam em grandes manufaturas que produziam em larguíssima escala para suprir os novos mercados consumidores, foi implantado o modelo de trabalho por divisões que aceleravam o processo de produção porém, como Marx descreve em sua obra “O Capital”, cria um efeito nos manufatureiros de alienação de seu trabalho.
O mercado sempre crescente exigia mais do que a manufatura, então as indústrias começaram a se valer de tecnologia a vapor e maquinismo, para acelerar e aumentar ainda mais a produção, dando espaço a indústria
Estudante: Gabriel de Carvalho FerreiraTurma: 23a
moderna, a classe média industrial deu origem aos milionários da indústria, chefes de verdadeiros contingentes de trabalhadores, chamados por Marx de Burgueses modernos.
A burguesia desempenhou um papel fundamental da história, fim dos Feudos, criação de Nações, substituição da Monarquia por democracias (não tão democratas), crescimento da produção e aumento da velocidade das comunicações.
A burguesia destruiu todos os laços feudais, laços familiares ainda estão sendo destruídos onde tudo foi trocado pelo Dinheiro, unicamente o dinheiro acima de tudo, uma exploração do trabalho agora bruta, direta e aberta, o que não acontecia anteriormente.
Esta não pode existir sem estar constantemente revolucionando os meios de produção, e juntamente com os meios de produção, os meios de comunicação e todo um conjunto de relações sociais, seu único e verdadeiro objetivo é lucrar e para isso se espalha como uma praga por todo o mundo. Com essa exploração do mercado mundial a burguesia tornou o consumo algo necessário para as pessoas, se valendo do Fetiche da mercadoria (outro conceito de Marx) em que cria-se uma falsa necessidade de consumo para as pessoas consumirem cada vez mais produtos que não precisam e movimentar a economia, que se mantém produzindo.
Todo os sistemas porém entram em crise ou colapsos, a burguesia supera as crises através de demissões em massa ou pela conquista de novos mercados ou maior exploração dos mercados já conquistados, preparando estas crises e reduzindo os meios para previni-las a fim de se manterem no poder.
O desenvolvimento da burguesia é acompanhado do desenvolvimento do proletariado, que sobrevivem à medida que encontram trabalho, e só encontram trabalho à medida que seu trabalho aumenta o capital. Os trabalhadores são considerados como qualquer outro artigo de comércio pela burguesia, sendo susceptíveis a qualquer problema no mercado.
Diferença de sexos ou idades não importam mais aos grandes produtores, sendo que homens perdem seus postos de trabalho para mulheres
e crianças que trabalham apenas com outros tipos de ferramenta e desempenham papéis semelhantes, e já depois de ser explorado com seu trabalho para que lhe paguem seu salário - um salário feito para a subsistência da pessoa - é explorado também através da compra de bens de consumo, como comida, roupas e outras coisas básicas para se manter trabalhando.
O movimento dos trabalhadores tem que crescer unido e forte, começando por partições, depois uma fábrica, depois uma cidade, depois um estado, depois um país, até uma liga de trabalhadores de todos os países.
O Comunismo não é um partido como os outros, é uma fração dos proletários de todos os países, mais mobilizadora e mais decidida, tem uma visão mais clara das condições, da marcha e dos resultados gerais do movimento proletário.
O objetivo imediado dos comunistas é a formação do proletariado em classe, derrubada da dominação burguesa e conquista do poder político.
Todas as relações de propriedade foram submetidas à contínua mudança da história mundial e sua contínua transformação, e continuaram mudando com o passar do tempo.
O que distingue o comunismo não é a supressão da propriedade em geral, mas a supressão da propriedade burguesa, já que são os que mais exploram o resto das pessoas para adquirirem bens. A propriedade é algo que é fruto de um trabalho assalariado e, o capital gerado nestre trabalho, que será gasto para comprar algo, ou seja, um círculo vicioso de trabalho e produção para adquirir bens.
O Capital não é uma força pessoal, e sim social, é fruto do trabalho de várias pessoas, uma coletividade, que gera um trabalho com sentido, que será usado por algo/alguém.
Quando o capital é transformado em uma propriedade coletiva, ou seja, pertencendo a todos os membros da sociedade, não é uma propriedade pessoal que se transforma em propriedade social. É apenas o caráter social da propriedade que se transforma. Esta perde seu caráter de classe.
Na sociedade burguesa, o trabalho vivo é apenas um meio de multiplicar o trabalho acumulado, já na sociedade burguesa, o trabalho acumulado é
apenas um meio para aumentar, enriquecer, fazer avançar a existência dos operários.
O Comunismo foi altamente recriminado pela burguesia, por quererem uma educação social, quererem a igualdade de todos, sendo tudo de todos, e quererem suprimir a pátria, já que trabalhadores não tem nacionalidade, porém a educação particular ensinada aos jovens burgueses é determinada pela sociedade e acaba sendo social, e a burguesia alegava também que com a igualdade de todos se instauraria a preguiça coletiva, e ninguém mais trabalharia, já que teria a mesma condição do que os outros e nunca poderia mudar de vida, passar a um nível melhor, o que seria possível no mundo capitalista com muito esforço, trabalho e estudo.
As pátrias cada vez mais se enfraquecem ante ao livre comércio, com o mercado mundial, com a uniformização da produção industrial e com as condições de vida correspondentes, e com a supremacia dos proletários, isso tenderia a acontecer ainda mais depressa, já que quando se suprime a exploração de um indivíduo por outro, suprime-se a exploração de uma nação por outra.
O fato de a burguesia ser amplamente defendida por religiões é algo a ser pensado, a religião apóia o sistema vigente de dominação, na Grécia, o paganismo, na Roma antiga, também o paganismo, e com o declínio optaram pela Igreja Católica, que foi dividida juntamente com a Roma Ocidental e Oriental durante a Cisma, 1600 anos depois a Igreja Católica Romana perdeu força para os ideias dos Iluministas e Protestantes, e hoje perde cada vez mais força para as milhares de religiões modernas.
Fala-se também da literatura socialista pré existente:
O socialismo feudal que defendia alguns direitos das pessoas e criticavam a burguesia por terem engendrado um proletariado revolucionário, porém sem fundamentação específica e muito vago, e era divulgado através da fala e alguns panfletos;
o Socialismo pequeno-burguês que eram os pequenos burgueses que foram “esquecidos” durante o crescimento da burguesia e ficavam cada vez mais fadados ao fim, se comparados a burguesia moderna industrial. Foi um
socialismo que analisou mais as contradições da produção, mostrou de maneira escancarada os efeitos destrutivos do maquinismo e da divisão do trabalho, a concentração de capitais e da propriedade fundiária, superprodução, crises e o declínio inevitável dos pequenos burgueses e camponeses, além da miséria do proletariado;
O socialismo alemão, literatura com base nas escrituras francesas, geradas sob opressão da burguesia alemã, introduzida na Alemanha no momento em que a burguesia lutava contra o absolutismo feudal, que teve ampla participação de filósofos, semifilósofors e outros intelectuais, que se apropriaram desse conhecimento e o adaptaram para a sociedade alemã. Que adotou as “verdades eternas” escritas nos livros, o que fez aumentar o escoamento de sua mercadoria para o público que apoiava o movimento contra os senhores feudais.
Além disso, existem outros tipos de socialismo, como o socialismo conservador, formado por alguns intelectuais que não apoiam revoluções, e sim reformas para melhorar a vida do proletariado através de um processo aceitável que não interfira muito no lucro dos grandes capitalistas, porém foram chamados de tolos pelos socialistas crítico-utópicos, que tentam impor seus ideias, através de reivindicações, manifestos, greves entre outros.
O sistema Comunista e o sistema Socialista foram criados por Saint-Simon, Fourier, Owen e outros, e surgiram no período inicial da luta entre proletários e burgueses. Dizem que a atividade social deve dar lugar à sua atividade inventiva pessoal, além de uma organização progressiva do proletariado em uma única classe em uma organização mentada por eles próprios. Estão convictos em defender seus planos principalmente o interesse da classe trabalhadora enquanto classe mais sofredora no sistema capitalista de produção e sociedade.
Essa sociedade apela constantemente para uma sociedade sem distinção, e de preferência à classe dominante. Com base nisso, é possível imaginar o plano para alcançar esses objetivos, eis por que rejeitam toda ação política e ações de cunho revolucionário. Querem atingir seus objetivos por meio de vias pacíficas sem conflitos, e tentam por meio de exemplos mostrar
como o socialismo deve progredir, e Marx diz que evidentemente estão fadadas ao fracasso.
O partido comunista já age em vários países e busca o bem maior dos trabalhadores, na França apóiam os social-democratas contra a burguesia conservadora e radical; na Suíça, apóiam os radicais, formados por social-democratas e burgueses radicais; na Polônia, levaram a insurreição da Cracóvia; na Alemanha, o Partido Comunista luta junto da burguesia revolucionária contra a monarquia absoluta.
Os comunistas apoiávam qualquer movimento revolucionário contra as ordens sociais e políticas estabelecidas que ferice os seus direitos. Trabalham em toda parte pela união e pelo entendimento dos países democráticos de todos os países para o bem geral dos proletários.
Como diria Marx “Os proletários nada têm a perder, exceto seus grilhões. Têm um mundo a ganhar”.
