Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017
ATA Nº 7/2014
4ª Sessão Extraordinária
15 de Maio de 2014
I – ABERTURA --- ---Local: Auditório Municipal dos Paços do Concelho --- ---Hora: 20h00m ---**************
II – PRESENÇAS --- --- Mesa da Assembleia: --- Presidente – Joaquim Moreira Raposo --- --- Primeiro Secretário – Luís Miguel Rodrigues Costa --- --- Segundo Secretário – António Miguel S. Figueiredo Lourenço--- --- Membros da Assembleia presentes: Todos, com exceção do Senhor Carlos José Duarte Almeida e nos termos do documento anexo à presente ata. --- --- --- Membros da Câmara Municipal --- --- Presidente: Carla Maria Nunes Tavares --- --- Vereadores: Gabriel Alexandre Martins Lorena Oliveira --- --- Francisco José Santana Nunes dos Santos --- --- Carlos Manuel dos Santos Silva --- --- Rita Mafalda Nobre Borges Madeira --- --- Eduardo Amadeu da Silva Rosa --- --- Sónia Cristina Catarino Baptista --- --- Cristina Maria Rico Farinha Ferreira --- --- Martinho Joaquim Mendonça Caetano --- --- António José da Silva Moreira --- --- José Agostinho Marques --- --- Pelo senhor Presidente da Assembleia foi verificada a existência de Quórum. ---
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III – SUSPENSÃO, REPRESENTAÇÕES E SUBSTITUIÇÕES --- --- ---SUSPENSÃO --- O senhor Presidente da Assembleia informou que o senhor António Calvino, membro da Assembleia, eleito pela CDU, requereu a suspensão do seu mandato, pelo período de 12 de maio a 20 de junho de 2014. Desta forma, o senhor Presidente da Assembleia colocou à apreciação da Assembleia o referido pedido, (ao abrigo do Artigo 79º da Lei n.º. 169/99, de 18 de setembro, na sua atual redação), após o que concedeu as funções de membro da Assembleia, à senhora Ágata Sofia Mateus Pereira. Os documentos atrás referenciados encontram-se anexos à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- ---REPRESENTAÇÃO--- O senhor Presidente da Assembleia informou de que a Presidente da Junta da de Freguesia de Alfragide, Senhora Beatriz Noronha, ao abrigo da alínea c) do nº 1 do Artigo 18º da Lei nº 75/2013 de 12 de Setembro, se faz representar pelo seu substituto legal e por si designado, o senhor Luís Festas. --- ---SUBSTITUIÇÃO --- O senhor Presidente da Assembleia informou de que, ao abrigo do nº 1 do artigo 78º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual redação, solicitou a sua substituição, nesta Sessão, a senhora Sandra João e o senhor João Paulo Castanheira, pelo CDS-PP, o senhor Tiago Dores pela CDU e a senhora Patrícia Ferreira, pelo PSD de acordo com os documentos anexos à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- De seguida, o Senhor Presidente da Assembleia informou de que, e nos termos e para os efeitos do artigo 78º da Lei nº 169/99 de 18 de Setembro na sua atual redação, os membros substitutos são respetivamente, pelo CDS-PP, os senhores Luis Chiti Dias e Isaías Afonso, pela CDU o senhor José Fernandes, e pelo PSD o senhor Daniel Rodrigues, nos termos do documento anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- ---
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IV – CORRESPONDÊNCIA --- O Senhor Presidente da Assembleia informou de que no início da Sessão, foi distribuída aos Representantes de cada Grupo Municipal, a relação do expediente,
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 conforme o estipulado no n.º 2 do Artigo 30.º do Regimento, cujo documento se encontra anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. ---
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V – APROVAÇÃO DA ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia deu conhecimento dos assuntos constantes da Ordem do Dia, estabelecida pela Mesa, e consultados os representantes das forças políticas, em sede de conferência dos líderes e nos termos do documento anexo à presente ata, dela constituindo parte integrante. --- ---
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VI – ATAS --- O senhor Presidente da Assembleia informou de que foram distribuídas aos senhores membros da Assembleia, as atas nºs 4/2014 e 5/2014. --- Não havendo intervenções sobre as mesmas, foram aquelas colocadas a votação, nos seguintes termos: --- Ata nº 4/2014 – Aprovada por maioria com 32 votos a favor (17 PS, 6 CDU, 4 PSD, 3 CDS e 2 BE) e 2 abstenções (1 CDU, 1 PSD) --- Ata nº 5/2014 – Aprovada por maioria com 31 votos a favor, (16 PS, 6 CDU, 4 PSD, 3 CDS e 2 BE) e 3 abstenções (1 PS, 1 CDU, 1 PSD). --- Não se encontravam presentes na votação, a senhora Ana Venâncio e os senhores Jaime Garcia, Luís Costa e Armando Paulino do PS. ---
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VII – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --- O senhor Presidente da Assembleia explicou as normas regimentais pelas quais se deve reger a intervenção do público, tendo de seguida admitindo a inscrição do Senhor José Clemente, o qual interveio, nos termos do documento que se encontra anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. ---
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 VIII – PERIODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia informou
que
neste período são abordados assuntos gerais e de interesse para a autarquia, com a duração de 1h, improrrogável, distribuído nos termos do artigo 33.º do Regimento da AMA. --- Iniciou este período, informando que foram apresentados dois votos de pesar, pelo falecimento de José Veiga Simão e de Vasco Graça Moura, respetivamente pelo PS e pelo PSD, os quais serão objeto de apreciação e votação, nos termos da alínea c) do nº 1 do art. 31º do Regimento. --- --- O senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao representante do grupo municipal do PS para a apresentação do voto de pesar pelo falecimento de José Veiga Simão. --- --- O senhor Rui Medeiros procedeu à leitura do voto de pesar, nos termos do documento que se encontra anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante, após o que, o senhor Presidente da Assembleia abriu as inscrições, tendo intervindo os seguintes membros nos termos que se enuncia: --- --- Pela senhora Cecília Neves: --- “Boa noite. Comemorámos há bem pouco tempo os 40 anos do 25 de Abril, gostaríamos aqui de recordar Veiga Simão, foi Ministro da Educação Nacional, entre 1970 até à Revolução dos Cravos, em nome da memória de estudantes que foram punidos e vigiados pelos designados gorilas que ele instituiu nas universidades, por todos os jovens que foram mandados para as colónias, que lutavam contra um regime tão opressor, não podemos, em boa consciência, independentemente dos méritos académico-científicos de Veiga Simão, não podemos em boa consciência, iremos votar contra este voto de pesar.” --- --- Pelo senhor António Ramos Preto: --- “Senhor Presidente da Assembleia Municipal da Amadora, senhora Presidente da Câmara, senhores Vereadores, caros colegas. --- Nós apresentamos este voto de pesar do professor Veiga Simão, que foi, efetivamente, um homem que no quadro do regime anterior aceitou ser Ministro da Educação, e queAta n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 promoveu a maior reforma de democratização do ensino deste país, que permitiu que milhares de portugueses passassem a poder frequentar o ensino, e essa foi a possibilidade de poder frequentar o ensino público, foi o melhor processo de promoção de igualdade neste país. Depois queria só dizer-lhe, senhor Presidente, e para ficar registado, que há uma grande diferença entre as posições que o PCP tem assumido na Assembleia da República e hoje aqui neste voto, e a grandeza da NC, de Nelson Mandela, que promoveu que a Universidade Witwatersrand, conferisse ao professor Veiga Simão, o doutoramento Honoris Causa, o PCP devia aprender alguma coisa com a NC. Obrigado.” --- --- Pelo senhor José Talento Marques: --- “Senhor Presidente da Assembleia, digníssima Mesa, senhora Presidente da Câmara, senhores Vereadores, colegas Deputados, excelentíssimo público. --- Venho aqui, realmente, dizer, principalmente, que a bancada do CDS se associa a este voto de pesar pela morte do professor Veiga Simão, mas já agora, se me permitem, o voto de pesar está feito de uma tal forma, que eu queria dar os parabéns aos colegas do Partido Socialista, que realmente não fazia nada em contrário se o CDS também fizesse uma coisa semelhante, por isso, não tenho nada a dizer acerca dessa matéria, tenho sim a dizer um pouco acerca do professor Veiga Simão, o professor Veiga Simão fez o favor de ser amigo da minha família, por isso além do vulto que o professor foi para este país, por tudo aquilo que ele representou, também gostaria de deixar uma palavra em relação à pessoa do professor Veiga Simão porque eu tive o privilégio de o conhecer. Realmente era uma pessoa de um caráter muito, muito grande, infelizmente pessoas que atualmente já não existem muitas vivas, de uma outra geração provavelmente, onde questões mais de educação eram privilegiadas em relação a outras questões menores, e ficava por aí, e por isso acho que é de todo a justiça e dever, nós, realmente, darmos a homenagem de vida a um vulto do país como era o professor Veiga Simão. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor João Camargo: --- “Boa noite senhor Presidente, senhora Presidente, senhores Vereadores, caros colegas, excelentíssimos membros do público. --- O Bloco de Esquerda não repetirá aquilo que o Partido Comunista disse, os méritos do Dr. Veiga Simão não podem ser desmentidos, mas a procura do consenso pela omissão
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 do que as pessoas fizeram na sua vida, não é suficiente para nós, e nesse sentido o Bloco de Esquerda vai-se abster desta votação. Obrigado.” --- --- Pelo senhor Isaías Afonso: --- “Senhor Presidente da Mesa, senhora Presidente da Câmara, senhores Deputados, caros colegas, minhas senhoras e meus senhores. --- Venho aqui apenas e só, agradecer ao professor Veiga Simão, o facto de eu ter sido professor de história, e digo isto porquê? Porque em 1972, encontrava-me em Angola, tinha feito o curso complementar no Liceu Salvador Correia em Luanda, e com a alínea e), que dava acesso a direito, não havia direito em Angola, mas havia história, e como eu tinha feito essa alínea e), foi por permitido através da reforma do professor Veiga Simão que tivesse aceitado a língua que eu aprendi, alemão, em vez do grego, dava acesso à Faculdade de História, e portanto, eu agradeço a reforma do Dr. Veiga Simão pela possibilidade que me deu de ter sido professor de história. Muito obrigado.” --- --- Não se tendo registado mais intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia colocou o voto de pesar a votação, sendo este aprovado por maioria com 28 votos a favor (20 PS, 5 PSD e 3 CDS), 6 votos contra (CDU) e 3 abstenções (2 BE e 1 CDU), não tendo participado na mesma o senhor Jaime Garcia do PS. O voto de pesar ora aprovado encontra-se em anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- --- O senhor Presidente da Assembleia deu a palavra ao representante do grupo municipal do PSD para a apresentação do voto de pesar pelo falecimento de Vasco Graça Moura. --- --- A senhora Vanda Caires procedeu à leitura do pesar, nos termos do documento que se encontra anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- --- De seguida o senhor Presidente da Assembleia abriu as inscrições, tendo intervindo os seguintes membros nos termos que se enuncia: --- --- Pelo senhor João Camargo: ---
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 “Senhor Presidente, senhora Presidente, senhores Vereadores, caros Deputados, senhores membros do público. --- Bem, eu queria dizer que aqui no meio do texto está uma série de referências sobre as quais tenho as maiores dúvidas, há uma que parece-me bastante esquisita, dizer que enquanto era Deputado Europeu foi o maior premiado escritor português vivo, esquecendo-se do outro senhor que os senhores suecos preferiram dar-lhe o Nobel, mas, pronto, há uma série de coisas muito dúbias no meio do texto, mas isso é aceitável e podem ser diferenças políticas. Agora o que não é aceitável é a qualidade deste texto, os erros ortográficos, os erros de construção frásica, os erros de confusão gramatical, as faltas de vírgulas, as faltas de acentos, bem, este senhor, consta que era escritor, e consta que era um bom escritor, se a homenagem que o seu partido lhe faz é produzir um documento que não tem dignidade para ser aprovado num exame da escola secundária, o Bloco de Esquerda, se este documento não for alterado e voltado a trazer a esta Assembleia em português correto, votará contra.” --- --- Pela senhora Vanda Caires: --- “Obrigado senhor Presidente. Relativamente aos votos de pesar pelo falecimento de pessoas que de uma forma ou de outra foram notabilizadas na sociedade, vem sendo hábito transformar uma guerrilha política nesta Assembleia, como se de um vivo se trata-se. É uma opção das pessoas, obviamente, eu sou cristã católica-apostólica, e é uma opção minha, talvez por isso, eu consiga diferenciar que as pessoas podem ser muito macho, ou segundo a opinião de alguns, mas estão mortas, estão mortas! Talvez eu acredite nisso porque tenho fé, com fé ou sem fé, o mínimo que se pode fazer pelo respeito de um ser humano que faleceu, é não ser incorreto, não ser sarcástico e não ser sobretudo mal-educado. Obrigada.” --- --- Pelo senhor José Talento Marques: --- “Senhor Presidente. Vou começar por dizer que o grupo do CDS, muito obrigado, e fico contente em saber que o PS está-se a aproximar das ideias do CDS, muito obrigado. Bom, mas continuando o que eu estava a dizer, queria dizer então que a bancada do CDS também, acerca deste voto de pesar, se associa, realmente, ao mesmo, logicamente que o Dr. Vasco Graça Moura é uma figura fundamentalmente da cultura portuguesa moderna, se é que podemos dizê-lo, e realmente, figuras dessas acho que devem ser homenageadas em relação àquilo que elas representam, e àquilo que
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 continuaram a representar para este país. No entanto, gostava também de aproveitar, eu ter vindo aqui falar acerca dos votos de pesar, tanto do anterior como do atual, no sentido de aproveitar para dar os meus parabéns aos preponentes dos dois votos de pesar, pelo facto de saberem apresentarem votos de pesar, que tem como objetivo, realmente, dotar o pesar que existe pelo desaparecimento das figuras, e não aproveitarem-se para isso, para chicana política ou guerrilha política. Muito obrigado.” -- --- Pelo senhor António Ramos Preto: --- “Senhor Presidente da Assembleia, senhora Presidente da Câmara, caros colegas. --- O grupo parlamentar do Partido Socialista, votará favoravelmente este voto de pesar, e relembro aqui também que o Dr. Vasco Graça Moura, foi um dos homens que traduziu para Portugal, dos mais belos poemas da literatura mundial, e eu sei que há uma expressão que é muito comum na literatura, que é: traduttore-traditore portanto, o tradutor é um traidor, porque uma coisa é o original, outra coisa é a tradução. Mas o Dante não pode ser acusado de não ter produzido uma excelente obra de literatura, se o Vasco Graça Moura tivesse sido traidor da mensagem da obra, ao traduzi-la, não se podia acusar a obra de ser menor, pela circunstância do tradutor a ter traduzido mal, e portanto eu acho que a circunstância do texto ter os erros que aqui o colega do Bloco de Esquerda disse que tinha, não tem nada a ver com a obra, o homem e aquilo que nós estamos a homenagear, e portanto, parece-me que o que é essencial aqui é, reconhecemos ou não reconhecemos o valor deste nosso cidadão, deste nosso concidadão, deste grande português que fez uma obra, independentemente das divergências políticas que temos com ele. Isto é que é a questão, e acho que aqui temos que ser grandes. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor João Camargo: --- “Muito obrigado. Bem, eu não sei como hei-de expressar isto de outra maneira, nós não estamos a criticar, aliás, temos dúvidas quanto ao conteúdo, mas não é essa a questão, nós estamos aqui perante uma Assembleia que é um organismo que tem que produzir documentação escrita em português, e não numa linguagem fabricada, bem, há frases aqui que não têm verbo. “Ao longo da sua vida um verdadeiro Embaixador de Portugal,
da Cultura portuguesa e da nossa língua.” Isto não é uma frase, é um slogan, quanto
muito que está aqui introduzido num texto, o que nós estamos a pedir é que haja a reescrita deste documento para que ele tenha a dignidade necessária para se um voto
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 de pesar, que seja, e que aí se possam discutir coisas a sério, claro, e votar favoravelmente, contra, etc., mas não estar a discutir, não estar aqui a discutir, que na verdade este documento padece de designidade, não tem dignidade para ser, é uma desonra para o próprio visado, porque o senhor fazia das letras e da escrita a sua vida, fazerem-lhe uma homenagem desta qualidade, é uma desonra.” --- --- Pelo senhor Miguel Vidigal: --- “Muito boa noite, senhor Presidente da Assembleia Municipal, senhora Presidente da Câmara, demais Deputados, senhores membros do executivo, caríssimo público. --- Não vou, obviamente, entrar neste debate, sobre a composição deste voto de pesar, de facto, entendemos também que poderia ter sido melhorado, mas o que nós discutimos aqui é uma outra coisa, e sobre o homem que aqui discutimos, não há nenhum de nós que não possa reconhecer que é um dos maiores vultos da cultura portuguesa do século XX, que é alguém que se caracterizou por ter uma opinião muito vincada sobre um conjunto muito grande de matérias, e nós queríamos justamente vincar isso, ou seja, para além de todo o acervo cultural que ele nos deixa, queríamos vincar justamente uma parte que julgamos muito importante e interessante, no momento em que no país se fazem apelos a consensos mais ou menos espúrios no sentido de se levar este país ainda mais longe num caminho que não será o mais correto, Vasco Graça Moura foi sempre tudo menos um homem consensual. Foi um homem que, realmente, pela sua opinião vincada, defendeu sempre aquilo em que acreditava e concordando nós, com ele ou não, encontramos vários exemplos, em que opiniões deles iriam contra aquela que seria a sua bancada de escolha que também foi algo que foi sempre alguma aproximação dele e não propriamente o ser aquela ideia de um partido, ele nunca foi a ideia de um partido, ele foi um homem que levou ideias para junto de intervenções, e portanto queríamos marcar essa posição, marcar também uma outra posição, é que Vasco Graça Moura num dos últimos anos, uma das suas intervenções mais marcantes e a sua posição mais marcante foi justamente em relação a um acordo ortográfico que nos merece as maiores críticas e contra o qual ele sempre se bateu, contra o qual ele sempre se entreviu, naturalmente, independentemente de podermos achar que um texto está melhor ou está pior aqui, obviamente que vamos associar-nos à homenagem a Vasco Graça Moura.” --- ---
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 Não se tendo registado mais intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia colocou o voto de pesar a votação, sendo este aprovado por maioria com 36 votos a favor (21 PS, 7 CDU, 5 PSD e 3 CDS), e 2 votos contra (BE). O voto de pesar ora aprovado encontra-se em anexo à presente ata, dela fazendo parte integrante. --- --- Após a votação dos votos de pesar, o senhor Presidente da Assembleia solicitou um minuto de silêncio. --- --- Em seguida, o senhor Presidente da Assembleia procede à abertura das inscrições para o PAOD, tendo-se inscrito os seguintes membros nos termos que se enuncia: --- --- Pelo senhor João Camargo: --- “Senhor Presidente, senhora Presidente, caros Vereadores, caros colegas, excelentíssimos membros do público. --- Uma vez mais a Câmara Municipal da Amadora voltou a declarar guerra aos mais pobres. Na semana passada mandou mais uma vez demolir o teto de várias famílias do bairro de Sta. Filomena, atiradas para a rua, com uma mão à frente e uma mão atrás. Mas estas pessoas, o sal da terra, não aceitaram a proposta da Câmara, liderada pela Presidente Carla Tavares, e Partido Socialista…” --- --- Pelo senhor Presidente da Assembleia. --- “Senhor Deputado, posso interromper só um minuto? Eu penso que não sei se perceberam, que na questão da apresentação dos votos de pesar, só não conta a parte do proponente da apresentação o tempo, todo o resto do tempo conta em relação ao período, é descontado, não sei se tinha essa noção? Ok! obrigado.” --- --- Retoma o Orador: --- “Não, não tinha, vou ser muito rápido. E perante uma vez mais serem expostos às inevitabilidades, reagiram, reagiram para se defenderem, porque quem não se sente não é filho de boa gente, e isto é boa gente. Mas a pergunta a fazer é: o que interessa na Amadora? A gente? A boa gente? A má gente? Ou até os fundo imobiliários, porque não? Interessa mais defender o interesse da população mais frágil, mais pobre, desempregada? Ou os fundos fechados do Milénio BCP? Interessa mais a vida e o direito
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 à proteção das populações que mais sofrem com a crise? Ou a proteção dos interesses da especulação imobiliária de uma das empresas com maior cotação na bolsa, que engordou com esta crise, cujos gestores estão em tribunal por burlas e fraudes? O Bloco de Esquerda sabe a resposta, a criminalização não é uma questão de lei, é uma questão de classe, e nós precisamos de defender quem precisa de ser defendido.” --- --- Pelo senhor Presidente da Assembleia. --- “Muito obrigado. Há aqui uma pequena nota também que vou referir, que é em relação ao Deputado Isaías que já não tem tempo, utilizando o mesmo princípio, há ali uma possibilidade, não sei se o PSD está disposto, dado que estão numa coligação ou não, acho que ainda estão, se pode ceder um ou dois minutos… ok… então primeiro o Daniel, obrigado.” --- --- Pelo senhor Daniel Rodrigues: --- “Antes de mais gostaria de cumprimentar o senhor Presidente da Assembleia Municipal, excelentíssima senhora Presidente de Câmara, mais Vereadores, excelentíssimos senhores Deputados Municipais e demais concidadãos. --- O que me traz aqui hoje, no Período Antes da Ordem do Dia, é relativamente às comemorações do 25 de Abril, dos 40 anos, e ao discurso da excelentíssima senhora Presidente da Câmara, que já tive oportunidade no próprio dia de felicitar relativamente ao ponto em que coloca a juventude na parte central desse discurso. Foi com ânimo, foi com alegria, e uma vez mais não queria deixar passar esta oportunidade de referir o que foi dito por si nessas ditas comemorações. Em segundo lugar gostaria também de apresentar aqui a disponibilidade da JSD da Amadora, está disponível, de uma forma responsável elevada, de uma forma digna, colaborar sempre com o executivo socialista e com as demais forças partidárias também, no que diz respeito à tentativa de encontrar políticas de juventude compatíveis e que se consigam arranjar soluções para a juventude da Amadora. Por último, e uma vez mais, ainda bem que assim foi, tenho pena que ainda não pudéssemos chegar a um consenso relativamente a certas questões, relativamente a isto, eu gostaria de lembrar que ainda ontem foi aprovado em reunião de Câmara do Montijo, a criação do Conselho Municipal da Juventude, curiosamente que me foi comunicado por um colega meu, que é da juventude socialista, e que foi aprovado com os votos favoráveis dos Vereadores do PS e do PSD. Sabendo também que a excelentíssima senhora Presidente de Câmara passou, e ainda bem que assim foi,
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 das palavras aos atos, eu tomei conhecimento que no passado dia 9 de maio houve uma reunião com estudantes do concelho da Amadora, de algumas escolas do concelho da Amadora, eu gostaria de questionar a senhora Presidente de Câmara relativamente à natureza destas reuniões, à periodicidade com que pretende fazer estas reuniões, e em terceiro lugar qual a relação destas reuniões com a posição assumida pelo executivo e pelo Partido Socialista no que diz respeito ao chumbo do conselho municipal da juventude, há dois meses nesta Assembleia Municipal, e se porventura não estará a repensar a sua posição no que diz respeito ao conselho municipal da juventude, e se no futuro poderemos contar com a criação desse órgão na Amadora. Muito obrigado.” --- --- Pelo senhor Isaías Afonso: --- “Senhor Presidente, os meus agradecimentos pela sugestão, os meus agradecimentos ao PSD pela conceção deste tempo, realmente há pouco dizia o Presidente da Mesa da Junta de Freguesia da Venteira que tinha saudades da Junta de Freguesia, porque não havia limite de tempo neste período. --- Direi então que o Dia Internacional da Família é celebrado normalmente a 15 de maio. A data foi escolhida pela Assembleia Geral da ONU, que proclamou o 15 de maio como o Dia Internacional da Família, a celebração do Dia Internacional da Família visa, entre outros objetivos, destacar a importância da família na estrutura do núcleo familiar, e o seu relevo na base da educação infantil, visa também reforçar a mensagem de união, amor, respeito e compreensão necessárias para o bom relacionamento de todos os elementos que compõem a família, e visa ainda chamar à atenção da população para a importância da família como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades desta, visa também sensibilizar e promover o conhecimento relacionado com as questões sociais, económicas e demográficas que afetam a família. O primeiro dia internacional da família foi celebrado em 1994. Rapidamente, em tempos recentes, certas forças políticas consideraram a trilogia salazarista de Fátima, futebol e fado, com o tal ope que adormecia o povo. Costuma dizer-se que pela boca morre o peixe, e hoje a trilogia tão acintosamente criticada, é uma das componentes da cultura portuguesa, no recente dia 13 de maio, mais de 275 mil pessoas, juntaram-se no santuário de Fátima, para comemorações, independentemente dos milhares que pela televisão ou pela rádio, e depois pela imprensa escrita, assistiram e tiveram conhecimento de tais cerimónias numa verdadeira manifestação de fé religiosa que nem os ateus militantes, ou os agnósticos podem ficar indiferentes. Ontem, o entusiasmo
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 transbordou a normalidade com a presença de uma equipa portuguesa, e mais uma vez, no final de uma competição europeia, de prestígio desportivo, a juntar à presença de outra equipas nacionais, em edições anteriores, esta nossa presença que arrebata multidões, tornando-se um caso social, e ao mesmo tempo cultural, provoca invejas a estrangeiros, nomeadamente a dirigentes da FIFA e da UEFA. Estão em jogo verbas de milhões de euros, além do prestígio desportivo, e há sempre franceses com origens italianas, que não ficam na sombra destes acontecimentos, ou não tivessem situações em Itália, que podem fazer parte do seu ADN. Não é por mero acaso, a nomeação de certos árbitros que provavelmente são convenientemente míopes, com valores acrescidos de dioptrias, para não divisarem certas faltas que podem alterar desfechos, não é por mero acaso, que se expulsam de um jogo atletas de gabarito, para enfraquecer a equipa que mete inveja, também não é por acaso que se antecipa uma reunião do órgão dirigente do futebol association para analisar a possibilidade de uma punição e um outro atleta para enfraquecer ainda mais a equipa invejada, não é por mero acaso, que se louva um atleta de uma equipa para condicionar a escolha de um português para ser o melhor do mundo, também não é por acaso que se imita maldosamente os gestos desse mesmo atleta. A inveja alarga-se a treinadores, com valores confirmados que são campeões europeus, ou até chegam a selecionadores de nações estrangeiras. Portugal foi sempre vítima de invejosos, hoje somos invejados no domínio do futebol, a tal componente da trilogia, porque temos valores como outrora fomos invejados, por possuirmos um império que nos colocava no âmbito de uma…” ---
(A partir deste momento e em virtude de se verificar ausência de qualquer registo audível das intervenções efetuadas, não foram as mesmas reportadas na presente ata até ao final da sessão) ---
--- No decurso deste período intervieram ainda: --- O senhor Ramos Preto pelo PS.--- A senhora Presidente da Câmara --- O senhor Ricardo do Carmo do PSD, com um pedido de esclarecimento. --- A senhora Presidente da Câmara em resposta ao pedido de esclarecimento do PSD --- --- Não havendo mais intervenções, o Presidente da Assembleia, deu por encerrado o Período de Antes da Ordem do Dia. ---
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 **************
IX– PERÍODO DA ORDEM DO DIA --- O senhor Presidente da Assembleia apresentou o único ponto da Ordem do Dia, colocando o mesmo à apreciação da Assembleia Municipal, nos termos que de seguida se enuncia: --- --- 1- Apreciação e votação, nos termos e ao abrigo da alínea c) do artigo 17º do Regulamento de Organização dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento dos Municípios de Oeiras e Amadora (SIMAS), da proposta da C.M.A. relativa a “Relatório e Contas dos SIMAS de Oeiras e Amadora de 2013 (Proposta n.º 183/2014)”;
--- O senhor Presidente da Assembleia informou que, e de acordo com o que ficou estabelecido em conferência de representantes, foi definido um período de 60 minutos para a discussão da presente e que foi dispensada a análise da proposta pela Comissão Permanente --- --- O Senhor Presidente da Assembleia deu a palavra à senhora Presidente da Câmara para apresentação da proposta, após o que procedeu à abertura das inscrições e intervieram os seguintes membros: --- --- O senhor Ricardo do Carmo do PSD. --- O senhor José Talento Marques do CDS/PP. --- O senhor Rui Lourenço do PS. --- O senhor Miguel Vidigal da CDU. --- O senhor João Matos do PS. --- --- O senhor Presidente da Assembleia deu a palavra à senhora Presidente da Câmara para as respostas tidas por conveniente. --- --- Não se tendo registado intervenções por parte dos membros da Assembleia Municipal, o senhor Presidente da Assembleia submeteu a proposta a votação, sendo esta
Ata n.º 07/2014, de 15 de maio de 2014 Quadriénio 2013/2017 aprovada por maioria com 29 votos a favor (21 PS, 5 PSD e 3 CDS), 6 votos contra (CDU) e 2 abstenções (CDU e BE) anexando-se à presente ata, dela constituindo parte integrante, o documento ora aprovado. Não se encontrava presente na votação, o senhor João Camargo, do BE. ---
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Antes de dar por encerrados os trabalhos e tendo em vista a eficácia externa, as minutas de deliberação da Ordem do Dia foram aprovadas, nos termos do nº 3 do art. 57º da Lei nº 75/13 de 12 de setembro, na sua atual redação, por unanimidade dos 37 membros presentes. --- --- O senhor Presidente da Assembleia deu por encerrada a sessão pelas 22h20, da qual foi lavrada a presente ata, que, depois de aprovada, será assinada por si e pelo 1º Secretário, Luís Miguel Rodrigues Costa, que a redigiu. ---
O Presidente da Assembleia Joaquim Moreira Raposo
O Primeiro-Secretário Luís Miguel Rodrigues Costa
Auscultada e Datilografada de acordo com o novo acordo ortográfico por: Isabel Alves e Preciosa Carvalho Ata aprovada na Sessão Ordinária de Junho
