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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

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AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DAS PRÓTESES AUDITIVAS EM

IDOSOS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR

BEATRIZ DAMASCENO AVARIA

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AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DAS PRÓTESES AUDITIVAS EM

IDOSOS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

BEATRIZ DAMASCENO AVARIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas como requisito à obtenção do grau de Bacharel em Fonoaudiologia. Orientadora: Profa. Emileine Cristine Mathias Rosa.

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BEATRIZ DAMASCENO AVARIA

AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DAS PRÓTESES AUDITIVAS EM

IDOSOS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Fonoaudiologia.

Aprovado em: ___ / ____ / ____ Conceito: ___ / ____ / ____

Banca Examinadora

Prof. Especialista Emileine Cristine Mathias Rosa Orientador

Prof. Especialista Aline Josiane Acordi Mertz Peixoto

Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas

Prof. Especialista Wanya Maria Bulhões Viante Chaise de Freitas Docente do Curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário Dinâmica das

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AVARIA, Beatriz D.; ROSA, Emileine C.M.

Avaliação do benefício das próteses auditivas em idosos da cidade de Foz do Iguaçu-PR. Beatriz D. Avaria. Foz do Iguaçu: Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, 2017.

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RESUMO

A privação sensorial auditiva afeta a capacidade de compreender adequadamente as informações sonoras e o modo de se relacionar com seu meio. Para diminuir os efeitos causados pela perda auditiva foram criados sistemas de amplificação sonora individual. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o benefício das próteses auditivas nos idosos da cidade de Foz do Iguaçu utilizando o APHAB, um questionário de auto avaliação com 24 questões dividido em 4 subescalas sendo: Facilidade de comunicação (FC), Reverberação (RV), Ruído ambiental (RA) e Aversão a sons (AS). O estudo é do tipo descritivo exploratório com natureza quantitativa. Foram selecionados nove idosos do Centro Municipal de Reabilitação Auditiva com perda auditiva sensorioneural adaptados em 2017. Os dados calculados pelo Phonak iPFG 2.6 e comparados entre as respostas dos indivíduos sem prótese e com prótese verificou que dos nove indivíduos estudados, oito alcançaram o valor exigido e um indivíduo não obteve benefício. A subescala FC teve o benefício com o valor de 71%, a subescala RV 63% e a RA 44%. A subescala FC foi a que obteve maior benefício. Isso mostra que o uso da prótese auditiva melhora o desempenho do indivíduo reduzindo sua dificuldade de comunicação.

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ABSTRACT

The sensory deprivation of hearing affects the ability to properly comprehend the sound information and the way they relate with their environment. To decrease the effects caused by the hearing loss were created systems of individual sound amplification. This research had as objective to evaluate the benefit of hearing aids in the elderly of the city of Foz do Iguaçu using the APHAB, a self-assessment questionnaire with 24 questions divided into 4 subscales being: Ease of Communication (EC), Reverberation (RV), Background Noise (BN) and Aversiveness (AV). The study type is descriptive exploratory with quantitative nature. Were selected nine seniors of the Municipal Center of Hearing Rehabilitation with sensorineural hearing loss adapted in 2017. The data calculated by the Phonak iPFG 2.6 and compared between the responses of individuals without prosthesis and with the prosthesis it was found that of the nine individuals studied, eight have reached the required value, and an individual has not obtained the benefit. The subscale EC had the benefit with a value of 71%, the subscale RV 63%, and the BN 44%. The subscale EC got the most benefit. This shows that the use of hearing aids improves the performance of the individual by reducing their communication difficulty.

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LISTAS DE FIGURAS

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: MÉDIA DOS VALORES DE ANÁLISE DO BENEFÍCIO DA SUBESCALA FACILIDADE DE COMUNICAÇÃO (FC) ... 16 TABELA 2: MÉDIA DOS VALORES DE ANÁLISE DO BENEFÍCIO DA SUBESCALA RUÍDO REVERBERANTE (RV) ... 17 TABELA 3: MÉDIA DOS VALORES DE ANÁLISE DO BENEFÍCIO DA SUBESCALA RUÍDO AMBIENTAL (RA) ... 18 TABELA 4: MÉDIA DOS VALORES DE ANÁLISE DO BENEFÍCIO DA SUBESCALA AVERSÃO A SONS (AV) ... 19

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LISTA DE ABREVIATURAS

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SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ... 11 2.0 METODOLOGIA ... 13 3.0 RESULTADOS ... 15 4.0 DISCUSSÃO ... 20 5.0 CONCLUSÃO... 23 6.0 APÊNDICE A ... 24 7.0 ANEXO A – AUTORIZAÇÃO ... 25

8.0 ANEXO B – PROTOCOLO APHAB ... 26

9.0 ANEXO C – PROGRAMA IPFG 8.6 ... 28

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1.0 INTRODUÇÃO

A audição é um fator muito importante para a comunicação humana e o bem-estar do indivíduo, pois através dela se consegue ouvir e relatar as emoções. Um déficit nessa função pode acarretar o isolamento e a piora na qualidade de vida do sujeito. De acordo com Teixeira et.al., (2008) a deficiência auditiva atinge principalmente a população idosa devido ao envelhecimento, em que há perda natural da audição.

Há três tipos de perda auditiva e uma delas é a perda auditiva sensorioneural que compromete as células ciliadas da orelha interna e/ou o nervo auditivo causando uma alteração na qualidade do som. Algumas perdas auditivas tem inicialmente acometimento nas frequências agudas e uma das características mais marcantes nesse tipo de perda é relatar que escuta mas não entende o que foi dito (CAMPIOTTO, 2013). Por esse motivo apresentam dificuldades para se comunicar em lugares ruidosos.

A privação sensorial auditiva na vida de um indivíduo afeta sua capacidade de compreender adequadamente as informações sonoras e principalmente o modo de se relacionar com seu meio e sua cultura provocando consequências biológicas, psicológicas e sociais (SILMAN et.al., 2004).

De acordo com Chisolm, Willot e Lister (2001) os efeitos da idade no sistema auditivo periférico e central interagem com mudanças na diminuição do suporte cognitivo, diminuição da percepção e redução da compreensão de fala no ruído e em ambientes reverberantes.

Para diminuir os efeitos causados pela perda auditiva foram criados sistemas de amplificação sonora individual como fim de melhorar a qualidade da comunicação do indivíduo. A prótese auditiva tem como principal função amplificar os sons da maneira mais adequada e satisfatória possível (KOZLOWSKI, MOZELLI E RIBAS, 2013).

O fonoaudiólogo tem um papel muito importante na fase de adaptação, pois deve explicar não só ao indivíduo, mas também a sua família de como

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será esse processo, a função da prótese e os cuidados que devem ser tomados. Segundo Pereira (2015) próteses auditivas confortavelmente adaptadas facilitam o dia-a-dia, porém pode não permitir ao usuário ter um ótimo aproveitamento em todas as situações e ambientes por melhor que esteja adaptado.

Em relação a adaptação no idoso deve se levar em consideração a sua saúde geral. De acordo ainda com Pereira (2015) para ser feita a escolha do modelo da prótese deve-se observar se o idoso tem alguma dificuldade como deficiência visual e problema com destreza manual e posteriormente a escolha do tipo de processamento de sinal dependerá das características audiológicas do indivíduo.

O questionário de auto avaliação é um método de fácil compreensão, confiabilidade, rápido e eficaz para ponderar a situação vivida de um indivíduo. O protocolo APHAB é importante para validar a adaptação e verificar o benefício da prótese auditiva.

Sendo assim, Silman et.al., (2004) relata que o protocolo PHAB (Profile Hearing Aid Benefit) foi elaborado por Cox e Riviera em 1992. Já Kozlowski, Mozelli e Ribas (2013) dizem que o APHAB (Abbreviated Profile of Hearing Aid Benefit) é um questionário reduzido desenvolvido por Cox e Alexander em 1995 e adaptado ao português por Almeida, Gordo, Iorio e Scharlac no ano de 1997 onde apresenta 24 itens divididos em 4 subescalas sendo elas: Facilidade de comunicação, Reverberação, Ruído ambiental e Aversão a sons.

Este estudo teve como objetivo avaliar o benefício das próteses auditivas em idosos de um Centro de Reabilitação Auditiva da cidade de Foz do Iguaçu no ano de 2017 através do questionário de auto avaliação APHAB antes e após a adaptação.

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2.0 METODOLOGIA

Este estudo é de cunho descritivo exploratório de natureza quantitativa e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa mediante protocolo (nº 2.308.973/2017) e devidamente autorizada pela instituição de origem não oferecendo riscos à saúde e integridade dos indivíduos e incluiu somente os sujeitos que tinham o termo de consentimento assinado. Nesta pesquisa cumpriu-se todos os preceitos de anonimato e respeito na pesquisa envolvendo seres humanos adotados pela Resolução 446/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Foram selecionados vinte e dois idosos do Centro Municipal de Reabilitação Auditiva da Cidade de Foz do Iguaçu-PR, e nove compareceram sendo sete do sexo masculino e dois do feminino com idade de 60 a 75 anos.

O Centro de Reabilitação Auditiva tem alguns critérios de adaptação da prótese auditiva, seguindo de acordo com as portarias do Ministério de Saúde sendo elas: Portaria nº 587, de 07 de outubro de 2004, Portaria nº 589, de 08 de outubro de 2004, Portaria nº 2.073 de 28 de setembro de 2004, Portaria nº 389 de 03 de março de 2008 e Portaria nº 793 de 24 de abril de 2012. Os idosos selecionados nesta pesquisaobtinham próteses auditivas intracanais e retroauriculares.

Os critérios de inclusão para composição desta pesquisa foram sujeitos adaptados no ano de 2017 com faixa etária de 60 a 75 anos que usassem com frequência mínima de 6 horas por dia a prótese auditiva, com diagnóstico de perda auditiva sensorioneural bilateral e que tinham capacidade de compreensão para responder ao questionário. Sendo assim foram excluídos candidatos com outros tipos de perdas auditivas, que não tinham capacidade de compreensão ou que estivessem fora da faixa etária selecionada.

A pesquisadora entrou em contato via telefone convidando a participar da pesquisa 22 candidatos conforme critérios de inclusão. Desse total, 9 compareceram. Os idosos compareceram no Centro de Reabilitação Auditiva

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de Foz do Iguaçu em dias e horários combinados onde assinaram o TCLE e responderam ao questionário APHAB.

Os equipamentos e instrumentos utilizados nas fases de desenvolvimento da pesquisa foram o TCLE, Termo de autorização da pesquisa e o protocolo APHAB.

Os idosos foram instruídos a relatar qual frequência a situação proposta ocorre com e sem a prótese auditiva e em seguida marcar uma das alternativas sendo: A. sempre (99%), B. quase sempre (87%), C. geralmente (75%), D. metade das vezes (50%), E. às vezes (25%), F. raramente (12%) e G. nunca (1%).

Após a coleta, os dados foram analisados e calculados com o auxílio de um programa Phonak iPFG 8.6 que realiza a avaliação das características dos sistemas da audição e sua adaptação, assim sendo feita a comparação entre as respostas dos indivíduos sem prótese e com prótese. Os dados foram apresentados por meio de médias e porcentagens.

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3.0 RESULTADOS

O APHAB é um questionário de auto avaliação que verifica a dificuldade que o indivíduo experimenta em várias situações de comunicação. É um teste padronizado que avalia o impacto e a incapacidade frente a perda auditiva com 24 questões dividido em 4 subescalas sendo: Facilidade de comunicação (FC), Reverberação (RV), Ruído ambiental (RA) e Aversão a sons (AS). Os resultados do APHAB servem para orientar as respostas oferecidas pelos indivíduos. Avalia a porcentagem do problema em cada subescalas, quanto maior a porcentagem maior a dificuldade. A diferença de cada valor com e sem aparelho foi obtida através do programa iPFG 2.6 bem como o benefício. Os valores foram transformados em tabelas e gráfico.

Foram adaptados 59 indivíduos no período de janeiro a agosto de 2017. Conforme critérios de exclusão, 37 indivíduos não compuseram a amostra.

Dos participantes selecionados para a pesquisa, todos tinham perda auditiva sensorioneural bilateral de grau moderado a profundo, estavam adaptados no período de três a oito meses do ano de 2017 e após esse período foi feita a aplicação do questionário. Conforme critérios de inclusão totalizou 22 indivíduos sendo a amostra composta por 9 tendo uma representatividade de 41%.

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No gráfico 1 apresentam-se os valores percentuais da análise do benefício obtido através da aplicação do APHAB com e sem a prótese auditiva nas subescalas FC, RV e RA.

Realizou-se a análise dos dados obtidos em relação ao indivíduo sem prótese e com prótese e verificou-se que há uma diferença significativa entre as duas situações.

Indivíduo Análise do benefício

Sem Com Benefício

1 99% 17% 82% 2 99% 1% 98% 3 99% 1% 98% 4 45% 1% 44% 5 97% 13% 84% 6 99% 39% 60% 7 4% 4% 0% 8 99% 13% 86% 9 86% 1% 85% Médias 81% 10% 71%

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o valor de 71% da amostra, já a subescala RV 63% e a RA 44%. Estes resultados constatam que quase todos os idosos tiveram benefício com a adaptação da prótese auditiva (gráfico 1).

Indivíduo Análise do benefício

Sem Com Benefício

1 84% 17% 67% 2 99% 1% 98% 3 99% 2% 97% 4 17% 5% 12% 5 80% 6% 74% 6 99% 50% 49% 7 35% 35% 0% 8 99% 25% 74% 9 99% 1% 98% Médias 79% 16% 63%

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Indivíduo Análise do benefício

Sem Com Benefício

1 84% 17% 67% 2 99% 1% 98% 3 99% 2% 97% 4 17% 5% 12% 5 80% 6% 74% 6 99% 50% 49% 7 35% 35% 0% 8 99% 25% 74% 9 99% 1% 98% Médias 76% 32% 44%

Tabela 3 média dos valores de análise do benefício da subescala Ruído Ambiental (RA)

No resultado geral entre as situações sem e com prótese, nas subescalas FC, RA e RV, foi encontrada significativa diferença entre as subescalas mostrando o benefício do uso da prótese auditiva.

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Sem Com Benefício 1 17% 54% -37% 2 1% 82% -81% 3 1% 99% -98% 4 33% 66% -33% 5 2% 1% 1% 6 1% 1% 0% 7 50% 82% -32% 8 1% 29% -28% 9 1% 17% -16% Médias 11,89% 47,89% -36%

Tabela 4 média dos valores de análise do benefício da subescala Aversão a Sons (AS)

Na última subescala de aversão aos sons (AS) foi verificado que nenhum idoso teve benefício e sim uma piora após a colocação da prótese auditiva (tabela 4). Dentre todas as subescalas verificou-se que a subescala FC foi a que obteve maior benefício, seguida da subescala RV e RA.

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4.0 DISCUSSÃO

Os idosos com perda auditiva além de relatar não ouvir bem o que está sendo dito também relatam que os sons em algumas situações são muito intensos. Isso deve se ao recrutamento que segundo Batista et.al., (2006) é o aumento da sensação da intensidade sonora. Por esse motivo após a adaptação da prótese o idoso além de relatar a melhora na qualidade de comunicação pode ainda se sentir desconfortável frente alguns sons.

Desta maneira o fonoaudiólogo pode adotar algumas medidas a serem tomadas pode ser na escolha da prótese auditiva decorrente da tecnologia de cada e na orientação aos familiares informando que não basta falar alto para que o idoso possa entender o que está sendo dito e sim falar de forma pausada e precisa, pois, o tom elevado pode algumas vezes ser um problema.

O processo de adaptação da prótese auditiva engloba a adaptação, regulagem e aplicação de questionários que avaliem a satisfação e o benefício da prótese. Por esse motivo, nesta pesquisa foi utilizado o protocolo APHAB, pois é de fácil aplicabilidade, válido como instrumento clinico, utilizado para quantificar a dificuldade causada pela perda auditiva e a redução dessa dificuldade através do uso da prótese auditiva avaliando e comparando o benefício antes e após adaptação (PEREIRA, 2015).

O APHAB foi utilizado na pesquisa de Kozlowski, Mozelli e Ribas (2013) onde avaliaram o benefício da prótese em indivíduos com todos os tipos de perda auditiva de grau moderado a severo. Rodrigues et.al., (2013) usou o questionário APHAB em 18 idosos com idade entre 60 e 82 anos de idade da cidade de Porto Velho - RS. Foi observado na pesquisa de Flores e Iório (2012) por meio do APHAB que os idosos avaliados apresentaram uma melhora significativa nas situações antes e após adaptação da prótese.

O índice de 10% de benefício geral nas subescalas FC, RV e RA é a base para concluir que a prótese auditiva está melhorando o desempenho do indivíduo como referido nas pesquisas de Rodrigues et.al., (2013) e Kozlowski, Mozelli e Ribas (2013). Nas três subescalas (FC, RV e RA) verificou-se que dos nove indivíduos estudados, oito alcançaram o valor exigido e um indivíduo

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ou seja, 88,8% dos indivíduos tiveram uma melhora na sua qualidade de vida. Isso mostra que o uso da prótese auditiva melhora o desempenho do indivíduo reduzindo sua dificuldade de comunicação.

No estudo de Assayag e Russo (2006) verificaram que nenhum dos sujeitos avaliados apresentou piora nos resultados, como encontrado em 28,6% dos sujeitos. Já no estudo de Rodrigues et.al., (2013) verificou-se que 88% dos indivíduos pesquisados tiveram diferença mínima de 22% em pelo menos três subescalas sendo elas FC, RV e RA.

De acordo com o tempo de utilização das próteses todos os pacientes pesquisados relataram fazer o uso delas num período maior que 6 horas por dia. Desses, oito relataram que dependiam da prótese para uma comunicação de qualidade.

Nas pesquisas de Flores e Iório (2012) e Rodrigues et.al., (2013), os indivíduos tiveram melhora significativa após a adaptação da prótese auditiva com média geral de 25,5%. Kozlowski, Mozelli e Ribas (2013) utilizaram o APHAB e verificaram que a adaptação trouxe benefícios que influenciaram na qualidade da audição e na compreensão da fala nas diversas situações de comunicação.

Nessa pesquisa a subescala FC foi a que obteve maior benefício comparando com as subescalas RA e RV, compatível com o estudo de Kozlowski, Mozelli e Ribas (2013) e Rodrigues et.al., (2013).

A subescala AS é a única que não obtém benefício após a adaptação, como também encontrado em outras pesquisas (KOZLOWSKI, MOZELLI e RIBAS, 2013), pois esta subescala se refere aversão a sons em que a prótese auditiva proporciona um aumento dos sons intensos. Resultados de análise estatística de outros estudos como no de Flores e Iório (2012) não mostraram diferenças significantes, assim como nessa pesquisa. De acordo com Costa, Sampaio e Oliveira (2007), a subescala AS é a única que não avalia o benefício e sim a aversão do indivíduo aos sons.

Uma das queixas principais dos indivíduos principalmente os idosos com perda auditiva é a dificuldade de se comunicar oralmente e mesmo após a

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adaptação da prótese auditiva pode continuar a apresentar essa dificuldade (PRATES e IÓRIO, 2006).

O processo de aclimatização é a melhora significativa nas habilidades de fala após um certo tempo de adaptação, sendo este também um fator importante a ser considerado para complementar a avaliação do benefício das próteses auditivas.Como visto na pesquisa de Amorim e Almeida (2007) foi observado uma diminuição significante na aversão a sons após 4 semanas de adaptação, o que mostra que os indivíduos se aclimatizaram aos sons amplificados e que sons que antes provocavam desconforto acabaram tornando se mais confortáveis. Neste estudo, provavelmente a aclimatização ainda estava em processo, por esse motivo os dados do AS não foram tão significativos.

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5.0 CONCLUSÃO

Levando em consideração os dados apresentados este estudo, que não pretende esgotar o assunto aqui, mostrou a importância da aplicação de um questionário de avaliação após a adaptação da prótese auditiva. Questionários de auto avaliação mostram de forma quantitativa o benefício da mesma, empodera o indivíduo e também demonstra a valia essencial do acompanhamento fonoaudiológico no curso da adaptação.

Após o período de três a oito meses de adaptação, os indivíduos mesmo não tendo benefício em todas as subescalas, mostraram que a prótese auditiva trouxe um real benefício e uma melhora significativa na sua habilidade comunicativa.

Desta maneira, o resultado satisfatório conseguiu dar uma devolutiva não só do benefício da prótese auditiva mas também da qualidade de serviço prestado pelos fonoaudiólogos que atendem no Centro Municipal de Reabilitação Auditiva de Foz do Iguaçu.

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6.0 APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

Título do Projeto:AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DAS PRÓTESES AUDITIVAS EM IDOSOS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR.

Beatriz Damasceno Avaria(45)999836101 Emileine Cristine Mathias Rosa (45) 998408877

Prezado(a) Colaborador(a), Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “AVALIAÇÃO DO BENEFÍCIO DAS PRÓTESES AUDITIVAS EM IDOSOS DA CIDADE DE FOZ DO IGUAÇU-PR”.

Espera-se, com este estudo,avaliar o benefício da prótese auditiva. A coleta de dados ocorrerá em sala de atendimento clínico do Centro Municipal de Reabilitação Auditiva. Durante a coleta de dados estima-se que não haja riscos físicos ou psicológicos aos participantes, porém podem se recusar para tal caso haja algum constrangimento. Em caso de desconforto, poderão comunicar a pesquisadora para que o procedimento seja interrompido. Ressalta-se o sigilo das informações no levantamento de dados. Em eventual necessidade de cuidados médicos o SIATE ou SAMU poderão ser acionados.

Ao final você poderá solicitar qualquer informação adicional a respeito da pesquisa. Sua identidade não será publicada e seus dados serão tratados com sigilo e para fins científicos. Você também não pagará nem receberá para participar do estudo. Além disso, você poderá cancelar sua participação na pesquisa a qualquer momento. No caso de dúvidas ou da necessidade de relatar algum acontecimento, você pode contatar os pesquisadores pelos telefones mencionados acima ou o Comitê de Ética pelo número 3220-3272.

Este documento será assinado em duas vias, sendo uma delas entregue ao sujeito da pesquisa.

Declaro estar ciente do exposto e desejo participar do projeto.

________________________________ (Assinatura do Participante) ________________________________ (Nome do Participante) Eu, ________________________________, declaro que forneci todas as informações do projeto ao participante e/ou responsável.

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8.0 ANEXO B

APHAB – Abbreviated Profile of Hearing Aid Benefit

Avaliação do Benefício das Próteses Auditivas

Instruções: Por favor, circule as respostas que mais se aproximam de seu dia a dia. Note que cada escolha inclui uma porcentagem. Você pode usar isto para decidir a sua resposta. Por exemplo se um item for verdadeiro por volta de 75% das vezes, circule a letra C. Se você não tiver experenciado a situação descrita, tente pensar em uma situação similar a esta. Se você não tiver ideia, deixe o item em branco.

A) Sempre 99%

B) Quase sempre 87% C) Geralmente 75% D) Metade das vezes 50% E) Às vezes 25% F) Raramente 12% G) Nunca 1% Com a Prótese Sem a Prótese 1. Quando estou no supermercado, conversando

com o caixa, eu posso seguir a conversa.

A B C D E F G A B C D E F G

2. Eu perco informação quando estou ouvindo alguém lendo em voz alta.

A B C D E F G A B C D E F G

3. Sons inesperados, como o alarme de um carro, são desconfortáveis.

A B C D E F G A B C D E F G

4. Eu tenho dificuldade em ouvir a conversa com um dos meus familiares em casa

A B C D E F G A B C D E F G

5. Tenho dificuldade para entender um diálogo no cinema ou no teatro

A B C D E F G A B C D E F G

6. Quando estou ouvindo as notícias no rádio do carro e os membros da família estão falando, tenho

dificuldade para entender as notícias A B C D E F G A B C D E F G 7. Quando estou em uma mesa de jantar com várias

pessoas e estou tentando conversar com uma delas,

é difícil compreender a fala A B C D E F G A B C D E F G 8. O ruído do trânsito é muito forte

A B C D E F G A B C D E F G

9. Quando estou conversando com alguém em uma sala grande vazia, eu entendo as palavras

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entrevistando alguém ou respondendo perguntas,

tenho dificuldade para seguir a conversa. A B C D E F G A B C D E F G 11. Quando estou em um teatro assistindo a uma

peça ou no cinema e as pessoas ao meu redor estão sussurrando ou amassando papéis de bala, eu ainda posso entender o diálogo.

A B C D E F G A B C D E F G

12. Quando estou conversando baixinho com alguém tenho dificuldade de compreensão.

A B C D E F G A B C D E F G

13. Os sons da água corrente, como na pia da cozinha, no banheiro ou no chuveiro são fortes e

desconfortáveis. A B C D E F G A B C D E F G

14. Quando um falante se dirige a um pequeno grupo e todos estão ouvindo silenciosamente, tenho que

me esforçar para compreender. A B C D E F G A B C D E F G 15. Quando estou conversando com meu médico na

sala de exame, é difícil acompanhar a conversa.

A B C D E F G A B C D E F G

16. Eu posso entender a conversa mesmo quando árias pessoas estão falando ao mesmo tempo.

A B C D E F G A B C D E F G

17. Os barulhos de uma construção são altos e incomodam.

A B C D E F G A B C D E F G

18. É difícil para eu entender o que é dito em palestras ou em igrejas.

A B C D E F G A B C D E F G

19. Eu posso me comunicar com os outros quando estou no meio da multidão.

A B C D E F G A B C D E F G

20. O som de uma sirene próxima é tão alto que preciso cobrir minhas orelhas.

A B C D E F G A B C D E F G

21. Eu posso seguir as palavras de um sermão em uma missa ou culto religioso.

A B C D E F G A B C D E F G

22. O som de uma brecada de carro é alto e incômodo.

A B C D E F G A B C D E F G

23. Numa conversa entre duas pessoas em uma sala silenciosa, tenho que pedir para repetirem o que foi

dito. A B C D E F G A B C D E F G

24. Tenho dificuldade para compreender o que os outros dizem quando o ar-condicionado ou ventilador

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10.0 REFERÊNCIAS

AMORIM, Raquel Martins da Costa; ALMEIDA, Katia. Estudo do benefício e da aclimatização em novos usuários de próteses auditivas. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, 2007, 19.1.

ASSAYAG, Fernanda Helena de Macedo; RUSSO, Iêda Chaves Pacheco. Avaliação subjetiva do benefício e dos efeitos proporcionados pelo uso de amplificação sonora em indivíduos idosos. Distúrbios da Comunicação. ISSN 2176-2724, 2006, 18.3.

BATISTA, Francielle Pinheiro, et al. Análise comparativa do índice de reconhecimento de fala (IRF) em pacientes presbiacúsicos com e sem recrutamento. Revista CEFAC, 2006, 8.2.

CAMPIOTTO, Alcione et al. Novo tratado de fonoaudiologia. 3.ed. São Paulo: Manole Ltda, 2013.

CHISOLM, Theresa Hnath; WILLOTT, James F.; LISTER, Jennifer J. The aging auditory system: anatomic and physiologic changes and implications for rehabilitation. International Journal of Audiology, 2003, 42: 2S3-2S10. Disponível em: < http://www.isa-audiology.org/periodicals/2002-2004_International_Journal_of_Audiology/IJA,%20%202003,%20%20Vol.%204

2/Supplement%20No.%202%20(S3-S101)/Chisolm%20Willott%20Lister,%20%20IJA,%20%202003.pdf> Acesso

em: 20 jul. 2017.

COSTA, Maria Helena Pinho; SAMPAIO, André Luiz Lopes; OLIVEIRA, C. A. C. P. Avaliação do benefício da prótese auditiva digital e da percepção da

desvantagem auditiva ou “handicap” em idosos não

(30)

em: <http://www.arquivosdeorl.org.br/conteudo/pdfforl/419.pdf> Acesso em: 23 out. 2017.

FLORES, Nayyara Glícia C.; IÓRIO, Maria Cecília M. Limitação de atividades em idosos: estudo em novos usuários de próteses auditivas por meio do questionário APHAB. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2012, 17.1.

KOZLOWSKI, Lorena; MOZELLI, Milene Gandolfo; RIBAS, Ângela. Aplicação do questionário APHAB para análise do benefício da prótese auditiva,

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Referências

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