• Nenhum resultado encontrado

Via Laietana, 14, 4a Barcelona Tel Fax

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Via Laietana, 14, 4a Barcelona Tel Fax"

Copied!
29
0
0

Texto

(1)

Via Laietana, 14, 4a 08003 Barcelona Tel. 93 554 54 00 Fax 93 554 78 05 1 RESOLUÇÃO

PRE/1073/2015, 21 de maio, pela qual se aprovam as bases reguladoras gerais para a concessão de subsídios destinados a dar apoio a projetos de desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ação humanitária com uma apresentação integrada de enfoque de género e baseada em direitos humanos, de acordo com o Plano diretor de cooperação para o desenvolvimento 2015-2018.

O objetivo destas bases é a colaboração económica da ACCD com atores de cooperação sem ânimo de lucro, que impulsionem projetos de desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ação humanitária, com uma proposta integrada de enfoque de género e baseada em direitos humanos no âmbito determinado pelas bases específicas e pela convocatória correspondente, de acordo com o Plano diretor de cooperação para o desenvolvimento 2015-2018.

O enfoque de género e baseado em direitos humanos (daqui em diante, EGiBDH) incorpora uma perspetiva que procura materializar os Direitos Humanos para todas as pessoas, coletivos e povos, com uma atenção particular para aqueles cujos direitos são potencialmente vulneráveis, com especial atenção às mulheres, uma vez que sofrem uma discriminação estrutural naturalizada que requer medidas específicas.

Também procura transformar as relações desiguais de poder em todos os âmbitos, incluindo a esfera privada, abordando as relações desiguais de género, que são mantidas pelas estruturas sociais, económicas, políticas e culturais. Neste sentido, o seu objetivo é contribuir para mudanças e para transformações em situações de vulneração de direitos, e conseguir resultados para gerar processos de mudança, procurando o empoderamento das pessoas para que sejam capazes de incidir nos recursos e nas decisões que afetam as suas vidas de maneira livre e autónoma.

Neste sentido, o EGiBDH implica que a política de cooperação catalã tenta tornar os direitos humanos realidade, dando uma ênfase especial aos direitos das mulheres e aos direitos coletivos dos povos; aos processos impulsionados e guiados pelas normas e princípios dos direitos humanos, aos direitos das mulheres e aos compromissos com a igualdade de Género; e às iniciativas centradas nos e nas titulares de direitos e deveres, e às suas capacidades para reclamar e cumprir com as obrigações relacionadas com os direitos humanos e com os direitos das mulheres.

O enfoque EGiBDH fundamenta-se nos seguintes elementos:

1) O género não é um acrescento. Os princípios da igualdade e da não discriminação são pilares fundamentais dos Direitos Humanos, o que implica necessariamente ter em consideração as desigualdades de género em todas as atuações. De acordo com a Convenção sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW), convém explicar a perspetiva de género de maneira específica, com o objetivo de que não fique subterrada sob princípios mais genéricos de não discriminação e igualdade,

(2)

2/29 como aconteceu historicamente. Para isso, o EGiBDH irá dar uma ênfase especial às desigualdades de género, tendo em conta a sua intersecção com outras variáveis de desigualdade (classe social, etnia, diversidades, etc.).

2) O EGiBDH procura a transformação e parte das causas estruturais que provocam a desigualdade, como a pobreza, os conflitos, a violência e o analfabetismo, entre outros. Inclui a análise das relações de poder e de género e das estruturas que as sustentam, que dão lugar às desigualdades e às discriminações entre homens e mulheres nas sociedades. 3) As atuações centram-se especialmente nos grupos marginados e excluídos ou em coletivos potencialmente vulneráveis. E dentro destes grupos, considera-se o coletivo das mulheres como o de sujeitos especialmente discriminados dentro dos próprios grupos desfavorecidos.

4) As pessoas ou grupos meta deixam de ser beneficiários da ajuda para se tornarem titulares de direitos. As necessidades das pessoas são interpretadas em chave de direitos, e reconhece-se a pessoa como sujeito ativo dos seus processos e decisões.

5) O EGiBDH requer uma participação alta e substancial, especialmente no processo de tomada de decisões. Isso implica que os atores de desenvolvimento devem proporcionar mecanismos e espaços de participação para que os coletivos tradicionalmente excluídos possam elevar a sua voz e as suas petições, participando nos processos de desenvolvimento, adaptando a informação ao seu idioma e proporcionando também as estratégias necessárias para que homens e mulheres possam participar em igualdade de condições. Entender a participação como um dos princípios dos direitos humanos implica uma exigência para qualquer organização, seja governamental ou não, uma vez que é através da participação que os coletivos transcendem a sua posição de beneficiários e acedem à consciência de serem sujeitos de direitos.

6) O empoderamento de titulares de direitos e titulares de obrigações é essencial para tomar decisões e participar ativamente na gestão das suas vidas e na resolução de conflitos. Este empoderamento requer um processo gradual que começa com o conhecimento crítico do conteúdo dos direitos e das funções e responsabilidades diferenciados que cada um tem na sua realização, com especial atenção aos coletivos tradicionalmente excluídos.

7) O empoderamento tem uma dimensão individual (pessoal) e uma dimensão coletiva (política, social, económica e cultural), ao mesmo tempo que implica transformar o conceito de poder tradicional em novas aceções do poder mais horizontal, democrático e participativo.

8) A prestação de contas torna-se prioritária. É necessário avaliar se o processo resultante gerou empoderamento, e se permitiu medir os resultados e impactos obtidos, de acordo com os direitos humanos e a igualdade de género.

(3)

3/29 9) Prestar atenção aos processos, avaliando a maneira pela qual se conseguem os resultados. Os processos implementados na procura dos objetivos de desenvolvimento devem materializar em si próprios os princípios dos direitos humanos, incluindo o princípio da igualdade e da não discriminação, aplicando os direitos das mulheres.

10) Tudo isso requer alianças estratégicas e corresponsabilidade de todos os atores e do conjunto da sociedade, e em particular dos homens, na transformação. Neste sentido, o diálogo social e o diálogo de políticas serão essenciais.

A adoção deste enfoque ao Plano Diretor tem inúmeras implicações para a política de cooperação do Governo, das quais as mais destacadas são as seguintes:

- Prioriza-se o acompanhamento de processos de mudança em detrimento da provisão direta de serviços. Os processos impulsionados devem guiar-se pelas normas e princípios dos direitos humanos e pelos compromissos com a igualdade de género.

- Parte-se de uma análise da desigualdade e vulneração no exercício dos direitos que inclua as relações de poder e de género e as estruturas que as sustentam. A partir desta análise, as iniciativas devem ser orientadas para a transformação, com especial atenção às pessoas e grupos marginados e excluídos.

- Consideram-se as pessoas como titulares de direitos e as administrações como titulares de obrigações. Desde esta perspetiva, reforçam-se as capacidades das pessoas para reclamar e incidir nas decisões que as afetam e das administrações para cumprir com as suas obrigações.

- A materialização dos direitos passa pelo empoderamento dos titulares de direitos e dos titulares de obrigações. Trata-se de um processo gradual que deve ser parte de todas as iniciativas e que, para ser efetivo, precisa de dois princípios dos direitos humanos: a participação e a prestação de contas.

- Prevê-se uma participação alta e substancial dos titulares em todas as fases e muito especialmente nos processos de tomada de decisões. Contemplam-se mecanismos que asseguram a participação em igualdade de condições de todos os grupos e pessoas, com especial atenção às desigualdades de género que possa haver e à interseção destas desigualdades com outras variáveis de exclusão.

- Promove-se a prestação de contas, a transparência e a avaliação para incrementar as capacidades de incidência e transformação das pessoas e coletivos titulares de direitos. A avaliação dos processos e a gestão deste conhecimento contribui para o processo de transformação social porque empodera as pessoas como titulares de direitos e proporciona ferramentas para a exigibilidade. Por este motivo, dirigem-se à cidadania catalã mas também, e muito especialmente, à cidadania dos países do sul e mostram os efeitos e os impactos das atuações sobre as relações de poder e as brechas de género.

- O EGiBDH trabalha desde uma perspetiva que enfatiza o potencial transformador dos direitos humanos, exigência que não se esgota no reconhecimento formal do direito, devendo ser garantidas todas as dimensões (disponibilidade, acessibilidade, qualidade,

(4)

4/29 aceitabilidade, acessibilidade e sustentabilidade no tempo) e os princípios (não discriminação, acesso à informação e prestação de contas).

Atendendo ao disposto no artigo 29.2.c) da Lei 26/2001, de 31 de dezembro, de cooperação para o desenvolvimento e à secção décima sexta do capítulo IX do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha, aprovado pelo Decreto legislativo 3/2002, de 24 de dezembro;

Atendendo às normas básicas que estabelecidas pela Lei 38/2003, de 17 de novembro, geral de subsídios e pelo decreto Real 887/2006, de 21 de julho, mediante o qual se aprova o Regulamento.

Atendendo a que o Conselho de Administração de ACCD, na sua sessão com data de 29 de abril de 2015, aprovou as linhas mestras das bases reguladoras gerais para a concessão de subsídios destinados a dar apoio a projetos de desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ação humanitária com uma apresentação integrada de enfoque de género e baseado em direitos humanos;

De acordo com o disposto no artigo 3.2.a) do Decreto 236/2003, de 8 de outubro, pelo qual se aprovam os Estatutos da ACCD e em virtude da delegação do Conselho de Administração da ACCD de data 16 de março de 2007, na pessoa titular da direção da Agência conforme se autoriza o estabelecimento das bases reguladoras de subsídios da ACCD e a realização da convocatória correspondente, bem como a resolver a sua concessão;

Em uso das atribuições conferidas pela legislação vigente, Decido:

1- Aprovar as bases reguladoras gerais do procedimento para a concessão de subsídios destinados a dar apoio a projetos de desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ação humanitária, com uma apresentação integrada de enfoque de género e baseada em direitos humanos, de acordo com o Plano diretor de cooperação para o desenvolvimento 2015-2018, os quais figuram como anexo a esta Resolução.

2- Esta Resolução entrará em vigor no mesmo dia da sua publicação no Diário Oficial da Generalitat da Catalunha.

3- Contra esta Resolução ou as suas bases, que coloca fim à via administrativa, as pessoas interessadas poderão interpor, com caráter potestativo, recurso de reposição perante o mesmo órgão que a ditou, de acordo com o artigo 77 da Lei 26/2010, de 3 de agosto, de regime jurídico e de procedimento das administrações públicas da Catalunha e com o disposto nos artigos 116 e 117 da Lei 30/1992, de 26 de novembro, de regime jurídico das

(5)

5/29 administrações públicas e do procedimento administrativo comum, no prazo de um mês a contar a partir do dia seguinte à data de publicação no DOGC, ou poderá interpor-se recurso contencioso administrativo diretamente perante os tribunais contenciosos administrativos, em conformidade com o estabelecido no artigo 8.3 e 46.1 da Lei 29/1998, de 13 de julho, de jurisdição contenciosa administrativa, no prazo de dois meses, a contar a partir do dia seguinte à data da publicação da Resolução no DOGC.

Barcelona, 21 de maio de 2015

P.S. (Resolução PRE/328/2014, DOGC de 20.2.2014) Marta Macias Quesada

Diretora-geral de Cooperação para o Desenvolvimento Anexo

Bases reguladoras gerais - 1 Objeto e finalidade

1.1 Estas bases gerais têm por objetivo regular a concessão de subsídios, em regime de concorrência competitiva, a projetos realizados por atores de cooperação sem ânimo de lucro que impulsionem atividades de desenvolvimento, educação para o desenvolvimento e ação humanitária com uma perspetiva integrada de enfoque de género e com base em direitos humanos, de acordo com o estabelecido pelo Plano diretor de cooperação para o desenvolvimento 2015-2018 (daqui em diante, Plano diretor).

1.2 A finalidade destes subsídios é colaborar economicamente com as iniciativas dos atores de cooperação para o cumprimento dos objetivos estratégicos definidos pelo Plano diretor, mediante o aprofundamento e a concreção nos objetivos específicos do Plano diretor, estabelecidos pelas respetivas bases reguladoras específicas de subsídios. A aplicação dos conteúdos do enfoque de género e baseado em direitos humanos (EGiBDH) comporta estabelecer nestas bases reguladoras dois eixos principais de atuação, nos quais se deverão situar os projetos objeto de subsídio, de acordo com as respetivas bases reguladoras específicas de todas as linhas e modalidades de subsídios:

- O empoderamento e o fortalecimento de capacidades, tanto dos titulares de direitos, de obrigações e de responsabilidades, com o objetivo de garantir o acesso e o usufruto dos direitos, dando uma ênfase especial aos coletivos mais vulneráveis.

- A promoção da igualdade e a não discriminação, trabalhando para erradicar as causas, incluindo as estruturais, que dificultam o pleno usufruto e exercício dos direitos humanos com especial atenção às discriminações de que as mulheres e os povos menorizados são objeto.

(6)

6/29 a) As atuações exclusivamente focalizadas na promoção dos atores de cooperação solicitantes, como sejam as relativas ao fomento do voluntariado, à recolha de fundos, à captação de sócios e sócias e no âmbito de publicidade e na difusão das ações da organização que não tenham a ver com o projeto que se pretende subsidiar.

b) Atuações de adoção e apadrinhamento.

c) As propostas de incluam ações de proselitismo religioso e político-partidário.

d) Atividades que deem apoio a partidos políticos ou a entidades legalmente vinculadas aos mesmos.

e) Brigadas ou estadias solidárias.

f) Atuações de ação humanitária de emergência, que irão contar com instrumentos específicos de apoio.

- 2 Prioridades

2.1 As bases reguladoras específicas das respetivas linhas e modalidades de subsídios irão concretizar os objetivos específicos do Plano diretor, e que serão tidas em conta para avaliar os respetivos projetos objeto de subsídio.

2.2 Com caráter geral, os projetos objeto de subsídio deverão tentar cumprir, como mínimo, um dos objetivos estratégicos do Plano diretor e incidir num ou mais objetivos específicos que se preveem para cada um, nos termos seguintes:

Objetivo estratégico 1. Contribuir para a defesa, garantia e exercício dos direitos humanos das mulheres que permitam a transformação das estruturas que perpetuam as desigualdades entre homens e mulheres.

Objetivos específicos relativamente aos direitos civis e políticos.

1.1 Impulsionar o empoderamento político das mulheres para aumentar a sua capacidade de exigir os seus direitos e para combater a sua exclusão, tanto a nível local como global. 1.2 Fomentar os processos de concertação política e social que permitam a participação das mulheres, na elaboração, implementação, seguimento e avaliação das políticas públicas socialmente justas e orientadas para os objetivos de desenvolvimento.

Objetivos específicos relativamente aos direitos económicos, sociais e culturais.

1.3 Impulsionar os direitos económicos das mulheres centrados no seu empoderamento e autonomia económica.

1.4 Impulsionar o direito à saúde e, em especial, o direito ao próprio corpo, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos assim como o direito à cura, à sanação e à auto cura. 1.5 Impulsionar o direito à educação pública e de qualidade das mulheres e da infância, em todas as etapas educativas, a partir de uma perspetiva coeducativa e de prevenção.

1.6 Defender o direito ao trabalho produtivo em condições laborais dignas de igualdade entre mulheres e homens e promover o diálogo social, com uma atenção especial à

(7)

7/29 população jovem e às situações laborais que necessitem de uma proteção especial (gravidez, parto, pós-parto e maternidade).

1.7 Promover a corresponsabilidade no trabalho reprodutivo e comunitário entre homens e mulheres, valorizando a sua importância para o funcionamento das sociedades.

Objetivos específicos relativamente ao direito à paz e ao direito a uma vida livre de violências.

1.8 Prevenir os conflitos violentos, dando especial atenção à análise e transformação das suas causas vinculadas à desigualdade, aos interesses económicos e políticos e ao acesso, controlo e uso dos recursos naturais, incluindo os conflitos de longa duração e os conflitos esquecidos.

1.9 Contribuir para a solução pacífica, dialogada, justa e duradoura dos conflitos violentos, dando apoio a processos inclusivos de diálogo e de negociação e de paz, e velar pela proteção e defesa dos direitos humanos e do direito humanitário internacional.

1.10 Promover os direitos das vítimas, partindo das suas necessidades práticas e interesses estratégicos que incluem a reabilitação humanitária, a reconstrução do tecido psicossocial e as ações relacionadas com a justiça transicional (verdade, justiça, reparação e memória histórica).

1.11 Contribuir para a reabilitação pós-conflito e reforçar as capacidades locais para transformar os conflitos violentos.

1.12 Promover a intervenção plena das mulheres na transformação dos conflitos e na construção de paz, integrando as ferramentas de sensibilidade ao conflito na cooperação para o desenvolvimento.

1.13 Contribuir para a prevenção, a deteção e a erradicação da violência machista em todas as suas formas (física, sexual, psicológica, económica e institucional) e em todos os âmbitos (conjugal, familiar, laboral, social e/ou comunitário), dando uma ênfase especial às situações de conflitos armados ou violentos.

Objetivos específicos relativamente à sustentabilidade ambiental.

1.14 Acesso, controlo e uso sustentável, inclusivo e equitativo dos recursos naturais e dos seus benefícios (em especial da água).

1.15 Promover o direito à soberania alimentar nos países sócios, entendida como o direito dos povos a determinar as políticas agrícolas e alimentares que os afetam, no marco do desenvolvimento sustentável e equitativo.

1.16 Contribuir para incrementar a resiliência perante desastres de origem natural ou sócio natural, mediante a adoção de estratégias de DDR (prevenção, preparação, mitigação).

(8)

8/29 1.17 Contribuir para a redução dos impactos e riscos ambientais dos países sócios, dando uma ênfase especial às alterações climáticas e promover a educação para o desenvolvimento sustentável.

1.18 Contribuir para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e manutenção dos ecossistemas e dos seus bens e serviços.

1.19 Promover o direito à cidade a partir das políticas públicas de sustentabilidade ambiental, impulsionando a planificação de recursos energéticos e naturais, com ênfase especial no acesso aos serviços e aos recursos, ao abastecimento e saneamento de água para as comunidades e ao tratamento de resíduos.

1.20 Contribuir para o cumprimento do direito à cidade, como refúgio das comunidades expulsas do seu meio rural, promovendo atuações para contribuir a garantir o direito a uma casa e a bairros dignos, a uma mobilidade acessível e sustentável, a uma cidade, em resumo, mais justa, equitativa e segura, que facilite a inclusão e a participação social.

Objetivos específicos relativamente aos desafios globais do desenvolvimento sustentável. 1.21 Promover a participação ativa das redes de mulheres e movimentos feministas nas agendas internacionais vinculadas aos desafios globais de desenvolvimento sustentável. 1.22 Promover ativamente a construção de parcerias globais para enfrentar os desafios globais de desenvolvimento sustentável.

Objetivo estratégico 2. Contribuir para a governança democrática mediante o respeito, a proteção e o exercício efetivo dos direitos coletivos dos povos para decidir sobre o seu futuro e promover a língua e a cultura que lhes são próprias.

Objetivos específicos relativamente aos direitos linguísticos e culturais dos povos

2.1 Contribuir para melhorar as capacidades legislativas e executivas das autoridades responsáveis por garantir o direito à educação de qualidade com pertinência cultural, que inclui a própria língua como elemento básico de transmissão cultural.

2.2 Empoderar a sociedade civil organizada, com especial atenção à participação das mulheres, para a defesa, reconhecimento, revalorização e desenvolvimento das culturas e línguas menorizadas.

2.3 Proteger os direitos das mulheres nas situações em que são as principais portadoras de valores culturais e linguísticos dos povos, pela sua menor assimilação à cultura dominante. Objetivos específicos relativamente ao direito dos povos a decidir o seu futuro através da participação democrática.

2.4 Dar apoio às organizações e movimentos sociais na exigibilidade e usufruto efetivo dos direitos coletivos dos povos, no que se refere à capacidade de decidir o seu futuro e gerir os seus recursos, garantindo a plena participação das mulheres.

(9)

9/29 2.5 Promover políticas públicas orientadas ao aprofundamento democrático a partir do reconhecimento dos direitos coletivos dos povos e da abertura de espaços de participação e da incorporação de modelos de desenvolvimento coerentes com os seus valores e propostas.

2.6 Fortalecer as organizações, os movimentos e as autoridades indígenas para garantir a sua participação plena nos processos e nas instâncias de tomada de decisões e na defesa do seu próprio modelo de desenvolvimento.

- 3 Atores de cooperação beneficiários

3.1 Podem aceder à condição de beneficiários dos subsídios que se concedam ao abrigo destas bases reguladoras gerais, e das respetivas bases reguladoras específicas, as pessoas jurídicas sem ânimo de lucro que determinem as bases reguladoras específicas e que podem ser as seguintes:

-a) Organizações não-governamentais de desenvolvimento e/ou ação humanitária. -b) Pessoas jurídicas privadas nacionais e/ou estrangeiras.

-c) Pessoas jurídicas públicas nacionais e/ou estrangeiras.

3.2 Também poderão aceder à condição de beneficiários dos subsídios concedidos ao abrigo destas bases gerais, se assim o preverem as bases reguladoras específicas, as agrupações de ONGD, de pessoas jurídicas privadas ou públicas, sem personalidade jurídica diferenciada, que cumpram os seguintes requisitos:

a) Somente um ator de cooperação poderá participar como líder da agrupação, sem prejuízo de poder participar noutras agrupações que concorram à mesma convocatória. Os atores de cooperação que apresentem projetos em agrupação devem cumprir, individualmente, os requisitos e as restantes condições estabelecidas nas correspondentes bases específicas para poderem ser beneficiários dos subsídios e não devem estar incluídos nas causas de proibição previstas no artigo 13 da Lei 38/2003, de 17 de novembro, geral de subsídios. b) Será necessário que os atores de cooperação em agrupação comprovem o cumprimento dos requisitos mediante declarações responsáveis que serão incorporadas ao formulário normalizado que as bases específicas correspondentes definam, e que formalizem um acordo de vontades no qual será designada uma pessoa representante ou empoderada única da agrupação com poderes suficientes para solicitar, gerir e receber os subsídios correspondentes e cumprir as obrigações como beneficiária da agrupação. Este acordo irá também definir os compromissos de execução assumidos por cada membro da agrupação, o montante de subsídio a aplicar por cada um dos atores em concertação e também o compromisso de não se dissolver como agrupação enquanto não tiver desenvolvido o projeto e não tenham passado os prazos de prescrição previstos no artigo 4 do artigo 100 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha e no artigo 65 da Lei geral de subsídios.

(10)

10/29 3.3 É estabelecida a categoria de entidades colaboradoras para as alianças de pessoas jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras que participem no projeto que apresenta um ator de cooperação que cumpra os requisitos para ser beneficiário de uma convocatória. Estas entidades colaboradoras não têm a consideração de beneficiário nem gerem economicamente o eventual subsídio que se solicita financiar à ACCD, mas a sua participação é avaliada positivamente. Será necessário que, para avaliar a colaboração, as entidades em aliança tenham um acordo de vontades com o ator de cooperação que apresente o pedido de subsídio. Este acordo irá concretizar os compromissos assumidos por cada membro da aliança e também o compromisso de não se dissolver como aliança enquanto o projeto não tiver sido desenvolvido. No caso de não ser apresentado o referido acordo de vontades, será considerado que a entidade apresenta o projeto a título individual. 3.4 O número máximo de projetos a apresentar por ator de cooperação será determinado nas bases específicas da convocatória correspondente.

- 4. Requisitos e incompatibilidades

4.1 Para obterem a condição de beneficiário dos subsídios, os atores de cooperação deverão cumprir os requisitos e condições determinados pelas bases reguladoras específicas correspondentes.

4.2 Estes subsídios são compatíveis com outros subsídios ou ajudas concedidos para a mesma finalidade. O conjunto de ajudas, rendimentos ou recursos não poderá exceder o custo total da atividade. As bases específicas poderão estabelecer um regime próprio de compatibilidade.

- 5 Quantia

5.1 Os subsídios consistem numa dotação económica, até à percentagem máxima para cada projeto, que determinem as bases específicas correspondentes.

5.2 A quantidade máxima a receber por ator de cooperação será concretizada nas bases específicas correspondentes.

5.3 A despesa mínima realizada e justificada do projeto subsidiado deve ser, em qualquer caso, de 50% do custo da atividade subsidiada com o objetivo de poder considerar cumprido o objetivo e a finalidade para a qual o subsídio foi outorgado. O incumprimento desta despesa mínima irá comportar a revogação da totalidade do subsídio outorgado.

5.4 Da mesma forma, e salvo que as bases específicas disponham outra coisa, será admitida uma percentagem máxima de desvio orçamental de 20% máximo entre o custo inicialmente orçamentado para a atuação subsidiada e o custo final justificado que não irá comportar redução da quantia do subsídio outorgado, sempre que se tenha completado o objetivo e a finalidade do subsídio. No suposto que a percentagem do desvio orçamental referido seja superior a 20% e inferior a 50%, será reduzida, na mesma proporção, a quantia

(11)

11/29 do subsídio outorgado, sempre que se tenha cumprido com o objetivo e a finalidade do subsídio outorgado.

5.5 Os critérios que devem ser tidos em conta para determinar a quantia dos subsídios são o custo do projeto, as outras ajudas recebidas, a pontuação obtida pelos critérios de avaliação e as disponibilidades orçamentais, sem prejuízo que as bases específicas possam estabelecer critérios adicionais.

5.6 De qualquer forma, o montante do subsídio não pode ser de uma quantia que, isoladamente ou em concorrência com subsídios de outras entidades, ajudas, rendimentos ou recursos, supere o custo da atividade a desenvolver pelo ator de cooperação beneficiário.

- 6 Despesas passíveis de subsídio

6.1 Consideram-se despesas passíveis de receber subsídio as que tenham uma relação direta com a atuação subsidiada, que sejam estritamente necessárias e que se realizem durante o período de execução do projeto.

6.2 As bases específicas podem limitar os conceitos passíveis de subsídio.

6.3 Considera-se despesa passível de subsídio o IVA na parte que o beneficiário não possa deduzir.

6.4 Salvo que as bases específicas disponham outra coisa, será admitida como parte do custo do projeto proporcionado por parte do ator beneficiário ou da contraparte local, a avaliação do trabalho voluntário, bem como outras despesas derivadas deste trabalho voluntário, como sejam as apólices de seguro e doença e de responsabilidade civil subscritas a favor do pessoal voluntário que participe no projeto subsidiado e na parte proporcional ao tempo dedicado. Não será possível imputar nenhuma retribuição em conceito de avaliação do trabalho voluntário e as avaliações devem poder ser comprovadas, estar intrinsecamente vinculadas aos projetos e podem ser objeto de controlo, tal como as restantes contribuições monetárias. Em nenhum caso o montante do subsídio concedido poderá superar o custo total do projeto, uma vez descontada esta avaliação.

6.5 A tipologia e as percentagens admitidas de despesas diretas e indiretas, e a aplicação do tipo de alteração, são desenvolvidas nos formulários normalizados de petição de subsídio da convocatória correspondente, os quais deverão ser considerados como parte integrante das bases reguladoras específicas.

- 7 Duração dos projetos

Relativamente à duração das atuações objeto de subsídio, os projetos subsidiados podem ser anuais ou plurianuais. As anualidades não irão corresponder necessariamente a anos naturais e as bases reguladoras específicas irão estabelecer a modalidade de projetos

(12)

12/29 passíveis de subsídio e a duração concreta das atuações.

Os projetos anuais terão uma duração máxima inicial de 12 meses, prorrogável nos termos previstos no apartado 5 do artigo 108 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha.

Os projetos plurianuais terão uma duração inicial superior a 12 meses e como máximo de 36 meses, prorrogável nos termos previstos no apartado 5 do artigo 108 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha.

- 8 Petições e tramitação telemática

8.1 Os procedimentos para a concessão destes subsídios vão requerer, como regra geral, a apresentação de duas petições, configuradas como procedimentos com uma dupla fase de avaliação, salvo que as respetivas bases reguladoras específicas prevejam a apresentação de uma única petição, configurando-se como procedimentos com uma única fase de avaliação. No primeiro suposto, as pessoas interessadas irão apresentar uma petição de Nota conceptual e, no caso de superarem esta primeira fase eliminatória de seleção, irão apresentar uma petição de Nota ampliada, para a segunda fase de avaliação.

8.2. Os prazos para apresentar as respetivas petições de Nota conceptual, de Nota ampliada ou as petições únicas, serão definidos nas convocatórias correspondentes.

Não obstante, o prazo para apresentar as petições de Nota Conceptual ou as petições únicas referidas não poderá ser inferior a 15 dias úteis a contar a partir do dia seguinte à data de publicação da respetiva convocatória. Ao mesmo tempo, o prazo para apresentar a petição de Nota Ampliada estabelecido na respetiva convocatória não poderá ser inferior a 20 dias úteis a contar a partir do dia seguinte à data de publicação no Cartaz eletrónico (tauler.gencat.cat) da respetiva lista de atores de cooperação admitidos e excluídos, de acordo com a base geral.

8.3 Todas as petições devem ser apresentadas de acordo com os formulários normalizados que estarão à disposição das pessoas interessadas na página web de Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat).

8.4 A ACCD irá colocar à disposição das pessoas interessadas o seguinte endereço de correio subvencions.accd.presidencia@gencat.cat para atender consultas derivadas da convocatória correspondente.

8.5 A apresentação de petições deve ser realizada de preferência pelos meios eletrónicos de Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) e no prazo estabelecido pela convocatória correspondente. Da mesma forma, as entidades que não disponham do

(13)

13/29 certificado digital admitido por Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) não poderão apresentar as petições por este meio.

A estes efeitos, as petições efetuadas por meios eletrónicos são consideradas apresentadas perante a Administração da Generalitat da Catalunha quando são registadas no Registo Telemático da Generalitat da Catalunha através de Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) e fique constância do assentamento de entrada dos dados seguintes: número de registo de entrada, data e hora de apresentação, tipo de documento e assunto, identificação da pessoa solicitante ou da pessoa representante, e identificação do órgão ao qual a petição é dirigida.

8.6 Não obstante o previsto nos apartados anteriores, as petições e a restante documentação a proporcionar requerida pelas bases reguladoras específicas podem ser apresentadas em suporte papel de maneira presencial em qualquer um dos locais previstos no artigo 38.4 da Lei 30/1992, de 26 de novembro, de regime jurídico das administrações públicas e do procedimento administrativo comum. Se as petições forem apresentadas nos balcões de correios, deverão estar num envelope aberto para que a petição seja datada e carimbada pelo pessoal funcionário dos correios antes de ser certificada.

As petições poderão ser apresentadas nos registos das representações diplomáticas ou nos balcões consulares do Estado Espanhol. Deverá figurar na petição o carimbo de entrada, que será o que irá determinar a data da apresentação.

8.7 A apresentação do formulário de petição única ou de Nota conceptual significa a plena aceitação destas bases e das bases específicas e tem implícita a prestação do consentimento por parte da pessoa interessada para que a ACCD realize a comprovação do fato que a pessoa solicitante está ao corrente das obrigações tributárias com o Estado, com a Generalitat da Catalunha e com a Segurança Social.

8.8 Se as petições apresentadas, em qualquer uma das três tipologias previstas na base 8.1 apresentarem defeitos destacáveis, se faltar documentação ou se a mesma for defeituosa, será requerido às pessoas interessadas que corrijam os defeitos ou que apresentem a documentação que falta, no prazo e com os efeitos previstos na base 15.2.

- 9 Identificação, autenticação e assinatura eletrónica

No caso de o solicitante optar por apresentar as petições mediante Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) deverá ter em conta o seguinte:

A apresentação eletrónica das petições mediante Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) deve ser efetuada mediante um certificado digital reconhecido de assinatura eletrónica.

(14)

14/29 O portal de Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) aceita os certificados digitais emitidos por todas as entidades de certificação que estejam classificadas pela Agência Catalã de Certificação (CATCert) para permitir aos seus usuários interagir com as administrações catalãs. No caso de não se dispor deste certificado, o trâmite de apresentação eletrónica da petição não está habilitado.

Os certificados digitais que se podem utilizar estão compilados no documento “Lista de entidades classificadas”, publicado na página web do Consórcio de Administração Aberta da Catalunha (www.aoc.cat) e na web ( http://tramits.gencat.cat/ca/sobre-la-oficina/tramitacio-en-linia/certificacio-digital/certificats-acceptats/).

No caso de a pessoa interessada ser uma pessoa jurídica, serão sempre admitidos os sistemas de assinatura eletrónica, com o nível de segurança 3 ou superior, que representem uma pessoa jurídica.

Quando se atue em nome de outro, serão admitidos os sistemas de identificação de pessoa física referidos, acompanhados dos documentos que comprovem a representação com a qual se atua, ou os sistemas de assinatura eletrónica, com o nível de segurança 3 ou superior, que representem uma pessoa vinculada a uma organização com capacidade de representação.

No caso de a petição ser apresentada por uma agrupação de atores de cooperação, a petição deve ser apresentada pelo ator que, no acordo de vontades previsto na base 3.2 b), figure como pessoa representante ou empoderada única da agrupação com poderes suficientes para solicitar, gerir e receber os subsídios correspondentes e cumprir com as obrigações como beneficiária da agrupação.

- 10 Documentação que é necessário apresentar com a petição

10.1 A apresentação da petição de Nota Conceptual não irá requerer a apresentação de mais nenhuma documentação para além do formulário normalizado de petição.

Por outro lado, a petição de Nota Ampliada ou a petição única nos procedimentos com uma única fase de avaliação deverá ser acompanhada da documentação, que segundo o formulário normalizado e sem prejuízo de outra documentação que estabeleçam as respetivas bases reguladoras específicas, se detalha de seguida:

a) Projeto de atuação.

b) Orçamento completo do projeto no qual figuram as despesas e as receitas previstas detalhadas por conceitos de despesa,

o custo total do projeto, a quantia do subsídio que se solicita e - o detalhe das fontes de financiamento, no caso de haver.

(15)

15/29 cópia autenticada do documento identificativo da agrupação estabelecida na base 3.2 b). d) Se o projeto apresentado for realizado em aliança com entidades colaboradoras, original ou cópia autenticada do acordo de vontades nos termos estabelecidos na base 3.3.

Não será avaliada a documentação que não seja pedida nas bases gerais ou nas respetivas bases reguladoras específicas.

10.2 Os meios para a comprovação dos requisitos que as pessoas peticionárias deverão cumprir para serem beneficiárias dos subsídios serão estabelecidos nas respetivas bases reguladoras específicas. A comprovação será realizada mediante as declarações, declarações responsáveis e memórias que serão incorporadas ao respetivo formulário normalizado de petição de Nota ampliada ou de petição única.

A inexatidão, falsidade ou omissão de caráter essencial em quaisquer dados ou documento que acompanhem as declarações irão deixar sem efeito este trâmite, a partir do momento em que se conheçam e prévia audiência da pessoa interessada e, em consequência, irão comportar a inadmissão da petição de subsídio, sem prejuízo que possam ser causa da revogação do subsídio, se forem conhecidos com posterioridade à concessão.

Com a assinatura das declarações responsáveis, a pessoa assinante dá o seu consentimento à realização das verificações oportunas, a partir da finalização do prazo de apresentação das petições de subsídio e até ao cumprimento por parte da pessoa beneficiária da respetiva obrigação de justificação de maneira completa e correta, e manifesta, sob a sua responsabilidade, que cumpre os requisitos e que dispõe da documentação que o comprova.

- 11 Prazos de apresentação das petições

Os prazos de apresentação das respetivas petições de subsídio (seja em procedimento de fase única ou dupla avaliação) serão os estabelecidos na respetiva convocatória.

- 12 Critérios de avaliação

12.1 Os subsídios são avaliados de acordo com os critérios de avaliação estabelecidos pelas bases reguladoras específicas das respetivas linhas de subsídios, salvo que excecionalmente, as bases reguladoras específicas prevejam que se subsidiem todas as petições que cumpram os requisitos exigidos nas respetivas bases e convocatória, mesmo que isso implique distribuir o montante que corresponde a cada uma delas.

12.2 As bases reguladoras específicas irão especificar o detalhe da ponderação dos critérios de avaliação, bem como a pontuação mínima requerida relativamente à máxima possível na avaliação, com o objetivo de poder excluir as petições que não obtenham a pontuação mínima requerida.

12.3 O órgão instrutor de cada convocatória poderá determinar que as petições que obtenham uma pontuação superior à pontuação mínima estabelecida nas bases específicas,

(16)

16/29 mas que não sejam selecionadas por insuficiência de crédito, se possam constituir numa lista de reserva devidamente ordenada pela pontuação obtida de acordo com os referidos critérios, para os efeitos previstos na base 14.2.

- 13 Procedimento de concessão

13.1 O procedimento de concessão dos subsídios é tramitado em regime de concorrência competitiva, salvo que as bases específicas determinem outro regime.

13.2 O órgão instrutor e a composição do órgão colegiado de avaliação, denominado Junta de Avaliação, serão determinados nas respetivas bases reguladoras específicas. O órgão competente para resolver a concessão dos subsídios é a pessoa titular da Direção da ACCD.

A Junta de Avaliação será composta por pessoal da ACCD especialista na matéria objeto de subsídio, será regida pelas disposições aplicáveis aos órgãos colegiados da Administração da Generalitat da Catalunha e poderá convidar participar pessoas especialistas com voz e sem voto.

13.3 As petições são avaliadas pela Junta de Avaliação se a linha de subsídios correspondente tiver critérios de avaliação. Nos procedimentos com dupla fase de avaliação, a Junta irá realizar dois relatórios, um para cada fase de avaliação, enquanto nos procedimentos com uma única fase de avaliação, a Junta de Avaliação irá efetuar um único relatório de todas as petições.

Nos procedimentos com uma dupla fase de avaliação, as primeiras petições apresentadas, segundo o modelo normalizado de Nota Conceptual, serão avaliadas pela Junta de Avaliação de acordo com os requisitos e os critérios de avaliação que, de maneira diferenciada, determinem as respetivas bases reguladoras específicas. Estas bases também irão determinar a pontuação mínima necessária para superar esta fase de pré-seleção, que tem caráter eliminatório.

O órgão instrutor irá elevar a proposta de resolução à Direção da ACCD com a lista de admitidos e de excluídos da fase de pré-seleção, à vista do relatório da Junta de Avaliação, para a sua aprovação, a qual será notificada às entidades interessadas mediante a sua publicação no Cartaz eletrónico da Administração da Generalitat (tauler.gencat.cat). Esta publicação substitui a notificação individual e tem os mesmos efeitos. Contra esta resolução que põe fim à via administrativa, as pessoas interessadas poderão interpor, com caráter potestativo, recurso administrativo de reposição, ou então, diretamente, recurso contencioso administrativo, nos termos estabelecidos na base 15.5.

As entidades que superem a fase de pré-seleção deverão apresentar uma petição denominada Nota Ampliada, as quais serão avaliadas pela Junta de Avaliação, de acordo com os requisitos e os critérios de avaliação estabelecidos, de maneira diferenciada, pelas

(17)

17/29 respetivas bases reguladoras específicas. Estas bases também irão determinar a pontuação mínima necessária para superar esta fase de avaliação.

A pontuação resultante da soma da pontuação obtida na primeira fase de avaliação pelas entidades que tenham superado e da pontuação obtida na segunda fase de avaliação será a nota final de avaliação da entidade.

13.4 À vista do segundo relatório da Junta de Avaliação, nos procedimentos que tiverem uma dupla fase de avaliação, ou do único relatório desta Junta, nos restantes procedimentos, o órgão instrutor irá formular a proposta de resolução provisória de concessão dos subsídios, de acordo com o previsto na base 14.

Posteriormente, e à vista da proposta provisória, das aceitações dos subsídios, da documentação requerida publicada pelas entidades e das comprovações necessárias realizadas de acordo com a base 14.8, o órgão instrutor irá formular a proposta de resolução definitiva de concessão dos subsídios e esta será elevada ao órgão competente para a sua resolução.

- 14 Proposta de resolução provisória de concessão, aceitação do subsídio, reformulação e apresentação de documentação adicional

14.1 O órgão instrutor irá notificar a proposta de resolução provisória de concessão dos subsídios às pessoas interessadas mediante a sua publicação no Cartaz eletrónico da Administração da Generalitat (tauler.gencat.cat). Esta publicação substitui a notificação individual e tem os mesmos efeitos.

14.2 A proposta provisória deve conter a lista das pessoas solicitantes propostas para serem beneficiárias dos subsídios e as pessoas suplentes (lista de reserva), no respetivo relatório da Junta de avaliação, devidamente priorizada em função da pontuação obtida e sempre que tenham atingido a pontuação mínima exigida. Supondo que algum dos atores proposto para ser beneficiário do subsídio não aceite ou desista do subsídio solicitado, é possível outorgar o subsídio aos solicitantes suplentes por ordem de pontuação, sempre que tenha sido autorizado crédito suficiente para atender às petições seguintes com a mesma pontuação.

14.3 A proposta provisória de concessão deve ser fundamentada, de forma ordinária, nos relatórios da Junta de Avaliação. Quando o órgão instrutor não seguir os relatórios referidos, a discrepância deve ser justificada.

14.4 Os atores solicitantes devem apresentar o documento de aceitação do subsídio segundo o formulário normalizado, à disposição das pessoas interessadas no Portal Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) e a documentação que consta na base 14.6, no prazo de 30 dias úteis a contar a partir do dia seguinte à publicação

(18)

18/29 da proposta provisória de concessão no Cartaz da Administração da Generalitat, exceto se nas bases reguladoras específicas for estabelecido um prazo diferente. A proposta provisória deve conter o requerimento da documentação referida.

No mesmo prazo os solicitantes podem apresentar alegações, que serão tidas em conta no momento de resolução.

14.5 Através do documento de aceitação, os solicitantes podem desistir do subsídio proposto ou apresentar a reformulação do projeto e do orçamento se o montante do subsídio da proposta provisória for inferior ao solicitado, para o ajustar ao subsídio outorgável. Em qualquer caso, esta reformulação deve respeitar o objeto, as condições e a finalidade do subsídio, assim como os critérios de avaliação estabelecidos relativamente ao projeto, e em nenhum caso pode implicar uma modificação substancial do projeto. Deve também continuar a cumprir os limites de quantia do subsídio estabelecidos na base 5.1. No documento de aceitação também será necessário indicar a data efetiva de início das atuações.

14.6 Juntamente com o documento de aceitação também é necessário proporcionar a seguinte documentação:

14.6.1 Com caráter geral:

a) Cópia autenticada do documento de identidade da pessoa assinante. Não é necessário proporcionar o documento de identidade se o órgão instrutor o autorizar para que consulte os dados de identidade. Esta autorização deve constar no formulário de petição normalizado.

b) Cópia autenticada dos poderes notariais vigentes ou original ou cópia autenticada da certificação emitida pelo/a secretário/a do ator de cooperação comprovativa da representação com que atua (apenas para os supostos em que o cargo desta pessoa não coincida com o estabelecido nos estatutos como autorizada para este ato).

c) Original ou cópia autenticada do documento de inscrição da sede social ou delegação na Catalunha do ator de cooperação emitido pelo registo competente (apenas é necessário apresentar este documento no caso de a Agência não o poder comprovar porque os atores de cooperação estão inscritos em registos diferentes dos catalães).

d) Original ou cópia autenticada do documento que comprove a composição da junta diretiva ou do órgão de governo (apenas é necessário apresentar este documento se a Agência não o puder comprovar porque os atores de cooperação estão inscritos em registos diferentes dos catalães).

e) No caso de projetos apresentados em agrupação com outros atores de cooperação, será necessário proporcionar o original ou cópia autenticada do acordo assinado entre as partes, onde se concretizem os requisitos estabelecidos na base 3.2.

f) No caso de projetos apresentados em aliança com entidades colaboradoras, será necessário proporcionar original ou cópia autenticada do acordo de vontades assinado entre as entidades em aliança, e que se estabelece na base 3.3.

(19)

19/29 g) Original do impresso normalizado de domiciliação bancária devidamente conformado pela entidade bancária do ator de cooperação solicitante, de acordo com o estabelecido pelo regulamento (CE) 260/2012. Este impresso estará à disposição dos interessados em Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat).

h) A documentação indicada nas bases reguladoras específicas.

14.6.2 No caso de pessoas jurídicas privadas nacionais ou estrangeiras (diferentes das organizações não-governamentais de desenvolvimento e/ou ação humanitária), para além do estabelecido no apartado anterior, é necessário proporcionar:

a) Cópia autenticada dos estatutos sociais.

b) Cópia autenticada do documento comprovativo da inscrição da entidade no registo administrativo competente (legalização).

14.6.3 Não é necessário proporcionar os documentos dos dois apartados anteriores no caso de que o ator de cooperação solicitante os ter apresentado anteriormente à ACCD ou à Administração da Generalitat, sempre que não tenham passado mais de cinco anos desde a apresentação e que não tenham experimentado qualquer modificação. Neste caso, é necessário indicar claramente a data e o órgão ou dependência onde foram apresentados e o procedimento a que faziam referência.

Se o órgão instrutor, por causas alheiras à sua atuação, não conseguir os documentos ou se estes já não estiverem vigentes, deve requerer à pessoa beneficiária que os proporcione no prazo de 10 dias úteis.

14.7 Se a documentação for apresentada por meios telemáticos:

a) Não é necessário apresentar a cópia autenticada do documento de identidade pessoal da pessoa assinante.

b) Não é necessário apresentar a cópia autenticada dos poderes notariais vigentes ou cópia da certificação emitida pelo secretário/a da entidade comprovativa da representação com que se atua, se a assinatura eletrónica comprovar que a pessoa assinante tem poderes suficientes para atuar em nome do ator de cooperação.

c) As pessoas solicitantes podem apresentar cópias digitalizadas dos documentos em substituição das cópias autenticadas, de acordo com o previsto no artigo 35.2 da Lei 11/2007, de 22 de junho, de acesso eletrónico dos cidadãos aos serviços públicos. A sua fidelidade aos originais é garantida mediante o uso da assinatura eletrónica correspondente. 14.8 O órgão instrutor deve comprovar os dados e o cumprimento dos seguintes requisitos: a) Os dados identificativos da pessoa assinante.

b) Os dados relativos à personalidade jurídica e à capacidade de realização da pessoa jurídica nos registos correspondentes.

c) No caso de fundações, que tenham cumprido o dever de apresentação das contas anuais perante o protetorado.

(20)

20/29 d) No caso de fundações ou associações, se for necessário, que tenham adaptado os seus estatutos de acordo com o regime transitório previsto pela Lei 4/2008, de 24 de abril, do livro terceiro do Código Civil da Catalunha.

Se o órgão instrutor, por causas alheias à sua atuação, não puder comprovar os dados e o cumprimento dos requisitos referidos, deve requerer ao ator de cooperação beneficiário, com o objetivo de que proporcione a documentação necessária no prazo de 10 dias úteis. Este requerimento será feito no mesmo trâmite de notificação da proposta provisória e requerimento da restante documentação.

14.9 O órgão instrutor pode pedir aos solicitantes que proporcionem a documentação complementar que considerar necessária para comprovar os dados que figurem na petição. 14.10 Se as pessoas propostas como beneficiárias não apresentarem o documento de aceitação e a restante documentação prevista na base 14.6 e 14.8, no prazo referido na base 14.4, será entendido que desistem da sua petição. No caso de terem apresentado uma reformulação do projeto e do orçamento, a concessão do subsídio implica a aceitação da reformulação.

–15 Inadmissão e desistência

15.1 O incumprimento dos requisitos não referidos ou dos diferentes prazos de apresentação das respetivas petições estabelecidos pelas bases reguladoras específicas, em conformidade com estas bases, comporta a inadmissão da petição.

15.2 A falta de correção das petições apresentadas, nos casos previstos na base 8.8, no prazo de 10 dias úteis e com o requerimento prévio, comporta a desistência da petição. Também comporta a desistência da petição de subsídio a não apresentação do documento de aceitação ou da documentação requerida nos termos previstos na base 14.

15.3 Qualquer ator solicitante pode desistir expressamente da sua petição de subsídio, com anterioridade à sua concessão, apresentando um escrito de desistência e a ACCD terá que o aceitar.

15.4 Previamente à concessão dos subsídios, a direção da ACCD deve resolver sobre a inadmissão ou desistência das petições. Esta resolução de inadmissão ou desistência será notificada às pessoas interessadas mediante a sua publicação no Cartaz eletrónico da Administração da Generalitat (tauler.gencat.cat). Esta publicação substitui a notificação individual e tem os mesmos efeitos.

15.5 Contra esta resolução, que coloca fim à via administrativa, as pessoas interessadas poderão interpor, com caráter potestativo, recurso administrativo de reposição perante o mesmo órgão que a ditou, de acordo com os artigos 116 e 117 da Lei 30/1992, de 26 de

(21)

21/29 novembro, no prazo de um mês a contar a partir do dia seguinte da sua publicação no Cartaz eletrónico (tauler.gencat.cat), o então, diretamente, recurso contencioso administrativo perante os tribunais contenciosos administrativos, no prazo de dois meses, a contar a partir do dia seguinte à sua publicação no Cartaz eletrónico (tauler.gencat.cat). - 16 Resolução e publicação

16.1 A pessoa titular da Direção da ACCD irá resolver a concessão ou denegação dos subsídios, no prazo máximo de 6 meses a contar a partir do dia seguinte à publicação da respetiva convocatória no DOGC. A ACCD irá notificar a resolução final do procedimento às entidades interessadas mediante a sua publicação no Cartaz eletrónico da Administração da Generalitat (tauler.gencat.cat). Esta publicação substitui a notificação individual e tem os mesmos efeitos.

A resolução da Direção da ACCD deve ser fundamentada, de forma ordinária, nos relatórios da Junta de Avaliação. Quando a direção da ACCD não seguir os relatórios referidos, deve motivar a discrepância.

Na publicação da resolução deve constar que a mesma põe fim à via administrativa e que é possível interpor, com caráter potestativo, recurso administrativo de reposição, ou então diretamente recurso contencioso administrativo, nos termos estabelecidos na base 15.5. 16.2 Passado o prazo máximo de seis meses sem que a resolução tenha sido ditada e publicada, as entidades solicitantes podem entender como indeferidas as suas petições por silêncio administrativo.

- 17 Publicidade

Os subsídios concedidos serão também publicados, para conhecimento geral da cidadania, no Diário Oficial da Generalitat da Catalunha, com expressão da convocatória, finalidade do subsídio ou nome do projeto, o crédito orçamental ao qual se imputam, o ator de cooperação beneficiário e a quantidade concedida.

- 18 Pagamento

18.1 O sistema de pagamento do subsídio será definido nas bases reguladoras específicas e será efetuado mediante transferência bancária para a conta indicada pela pessoa beneficiária.

18.2 Previamente a cada um dos pagamentos, a ACCD deve comprovar imediatamente se o ator de cooperação beneficiário está ao corrente das obrigações tributárias e com a Segurança Social. A assinatura da petição de subsídio implica a autorização para que se realize a comprovação.

(22)

22/29 19.1 A conta justificativa irá consistir numa memória técnica e numa memória económica de acordo com as modalidades que se estabeleçam nas bases seguintes.

A apresentação das contas justificativas deve ser apresentada de preferência por meios eletrónicos a Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat). Da mesma forma, as entidades que não disponham do certificado digital admitido por Gestões da Generalitat da Catalunha (http://tramits.gencat.cat) não poderão apresentar as justificações por este meio. Não obstante, a justificação pode ser apresentada em suporte papel de maneira presencial em qualquer um dos locais previstos pelo artigo 38.4 prevê da Lei 30/1992, de 26 de novembro, de regime jurídico das administrações públicas e do procedimento administrativo comum.

Ao mesmo tempo, e se as bases reguladoras específicas o preverem, também se poderá requerer uma avaliação externa final do projeto subsidiado, cujas características serão estabelecidas nas referidas bases.

19.2 A modalidade de conta justificativa simplificada, salvo que as bases específicas disponham de uma outra coisa, será para os subsídios outorgados pela ACCD por um montante inferior ou igual a 60.000 e deverá ser concedido, como máximo, no prazo de três meses após a data de finalização do projeto subsidiado. Esta memória deve incluir: 1. Uma memória técnica do projeto desenvolvida relativamente à finalidade do subsídio, que justifique o cumprimento das condições que exigem estas bases e as bases específicas, com indicação das atividades realizadas e os resultados obtidos.

2. Uma memória económica justificativa da totalidade do custo das atividades realizadas, que inclua:

a) Relação classificada e numerada das despesas da totalidade da atividade subsidiada, com indicação do credor e do número de identificação fiscal, o número da fatura ou justificativo, o montante em euros, a data de emissão e a data de pagamento.

b) Uma relação detalhada e numerada de outras receitas ou subsídios que tenham financiado a atividade subsidiada com indicação do montante e da sua procedência.

c) Quadro comparativo do orçamento por rubricas, aprovado e executado, onde se indiquem os desvios que tenham ocorrido.

d) Documentação justificativa de ter solicitado como mínimo três ofertas e a memória sobre a escolha, se for necessário, de acordo com o estabelecido na base 20.1.i). Se o beneficiário for uma Administração pública ou uma outra entidade de direito público, esta documentação é substituída por uma declaração responsável na qual se constante que se contratou de acordo com a legislação de contratos do setor público.

e) Documentação comprovativa da utilização do logótipo da ACCD nos elementos informativos e de difusão da atividade subsidiada, de acordo com os termos previstos na base 20.1.j).

(23)

23/29 A ACCD irá comprovar a correta aplicação do subsídio solicitante a cada beneficiário, por técnicas de amostragem, mediante uma percentagem de um mínimo de 15% dos justificativos de despesa e pagamento apresentados e os beneficiários deverão proporcionar os justificativos originais das faturas solicitadas pela ACCD, bem como qualquer outra documentação que a ACCD requeira.

19.3 A modalidade de conta justificativa com relatório de auditoria, salvo que as bases específicas estabeleçam uma outra coisa, é para os subsídios outorgados pela ACCD por um montante superior a 60.000 e para os subsídios a projetos plurianuais e deve ser apresentado, o mais tardar, no prazo de seis meses a contar da data de conclusão do projeto financiado. As despesas da auditoria poderão ficar a cargo do subsídio da ACCD, sempre que não ultrapassem o montante de 3% sobre o custo do projeto e até um máximo de 5.000 IVA incluído.

A conta justificativa com relatório de auditor deve conter a seguinte documentação:

1. Memória técnica do projeto desenvolvida relativamente à finalidade do subsídio, que justifique o cumprimento das condições que exigem estas bases e as bases específicas, com indicação das atividades realizadas e dos resultados obtidos.

2. Memória económica abreviada com o seguinte conteúdo: estado representativo das despesas em que se tenha incorrido nas atividades subsidiadas, devidamente agrupadas, e quadro comparativo do orçamento por rubricas, aprovado e executado, no qual se indiquem os desvios que tenham ocorrido.

3. Relatório de auditoria realizado por auditores/as inscritos/as no Registo oficial de auditores de contas, (ROAC) que comprove as despesas e o seu pagamento ou vencimento, assim como o montante e a procedência do financiamento da atividade subsidiada (fundos próprios ou outros subsídios ou recursos).

4) Documentação comprovativa da utilização do logótipo da ACCD nos elementos informativos e de difusão da atividade subsidiada, de acordo com os termos previstos na base 20.1.j).

A modalidade de conta justificativa com relatório de auditores deverá ser ajustada ao conteúdo mínimo estabelecido no apartado 15 do artigo 108 do Texto refundado da Lei de finanças públicas, ao conteúdo destas bases e, se for necessário, às previsões que possam estar estabelecidas nas respetivas bases reguladoras específicas e na Ordem EHA/1434/2007, de 17 de maio, que aprova a norma de atuação dos auditores de contas na realização dos trabalhos de revisão de contas justificativos de subsídios, no âmbito do setor público estatal.

Quando a auditoria for realizada por uma empresa ou pessoa auditora do país onde se desenvolva o projeto de cooperação, será obrigatório um relatório certificado da pessoa auditora que comprove que está habilitada para o exercício da auditoria de contas no país em questão. No caso de não existir um sistema de habilitação para o exercício da profissão naquele país, a auditoria prevista poderá ser realizada por uma pessoa auditora

(24)

24/29 estabelecida no país, sempre que a sua designação seja autorizada expressamente pela ACCD de acordo com critérios técnicos que garantam a qualidade adequada.

No caso de a atividade subsidiada ter sido executada em parte ou no seu todo por uma contraparte local, não será exigível que os documentos justificativos da despesa do subsídio tenham sido demonstrados nos registos contabilísticos do beneficiário.

A justificação das despesas derivadas das auditorias externas será comprovada mediante a apresentação da seguinte documentação:

1) Declaração responsável conforme o beneficiário e, se for necessário, a sua contraparte local, se comprometem a conservar os documentos originais de despesa para a eventual comprovação por amostragem.

2) A documentação comprovativa do custo da auditoria será justificada com a fatura correspondente. Esta fatura poderá estar datada dentro do prazo de apresentação do relatório final, ainda que esta data seja posterior à de finalização da execução do projeto. Também, o beneficiário é obrigado à manutenção do suporte documental da justificação económica de acordo com os prazos estipulados pela lei. A ACCD ou os organismos competentes poderão reclamar a documentação suporte da auditoria. A deteção de irregularidades graves ou de falsidades num relatório que não tenham sido destacadas no relatório de auditoria poderá dar lugar à revisão dos relatórios anteriores, ainda que no seu momento tenham sido dados como válidos para efeitos de justificação. Neste caso, o custo da auditoria não será despesa subsidiável pela ACCD.

19.4 Salvo previsão em contrário nas bases específicas correspondentes, a modalidade de apresentação de estados contabilísticos é o sistema que corresponde aos subsídios outorgados pela ACCD aos comités catalães das agências das Nações Unidas, e às administrações e a outros atores do direito público adscritos a administrações. Este sistema de justificação irá consistir na apresentação da memória técnica de acordo com o previsto na base 19.2.1 e a memória económica irá consistir na apresentação dos estados contabilísticos correspondentes a 100% do custo da atividade subsidiada de acordo com os termos previstos no apartado 8 do artigo 107 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha. O prazo de apresentação da justificação será de um máximo de seis meses a partir da data de finalização do projeto subsidiado.

19.5 No caso de despesas realizadas em países recetores de ajuda oficial para o desenvolvimento serão admitidas, como comprovativos de despesas, as estabelecidas pelo apartado 9 do artigo 108 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha. 19.6 No caso de ocorrência de situações excecionais devidamente comprovadas, como sejam desastres naturais, enfrentamentos armados ou crises humanitárias que dificultem ou até impossibilitem dispor da adequada documentação justificativa da despesa, a ACCD poderá aceitar outras formas de justificação, que serão determinadas nas bases específicas

(25)

25/29 correspondentes, de acordo com o disposto no apartado 17 do artigo 108 do Texto refundado da Lei de finanças públicas da Catalunha.

19.7 Não serão admitidos os comprovativos de pagamento em efetivo quando forem incumpridas as limitações deste tipo de pagamento previstas no artigo 7 da Lei 7/2012, de 29 de outubro, de modificação da normativa tributária e orçamental e de adequação da normativa financeira para a intensificação das atuações na prevenção e luta contra a fraude.

19.8 No caso de subsídios executados no estrangeiro ou por atores estrangeiros, o prazo para emendar defeitos das justificações e para proporcionar a documentação complementar requerida pela ACCD é de quarenta e cinco dias úteis. Quando assim o autorizar a ACCD, será possível proporcionar esta documentação complementar utilizando meios eletrónicos, informáticos ou telemáticos.

19.9 Passado o prazo estabelecido de justificação sem que esta tenha sido apresentada perante o órgão instrutor, este último deve requerer ao ator beneficiário que a apresente no prazo improrrogável de 15 dias úteis. O requerimento é notificado individualmente às pessoas beneficiárias. A falta de apresentação da justificação no prazo estabelecido por este apartado implica a exigência de devolução e outras responsabilidades estabelecidas pela Lei geral de subsídios. A apresentação da justificação no prazo adicional estabelecido neste apartado não exime a pessoa beneficiária das sanções que correspondam, de acordo com a Lei geral de subsídios.

- 20 Outras obrigações dos atores de cooperação beneficiários

20.1 A aceitação dos subsídios por parte dos atores de cooperação beneficiários implica que devem cumprir as obrigações previstas nestas bases, na normativa específica em matéria de subsídios e, em qualquer caso, com as seguintes obrigações:

a) Cumprir o objetivo e finalidade do subsídio realizando o projeto subsidiado de acordo com os termos previstos nestas bases reguladoras e com os das bases específicas.

b) Garantir o uso de uma linguagem não sexista nem androcêntrica em todas as comunicações, publicações e programas, cursos e, no geral, em todos os meios de difusão da atividade subsidiada.

c) Participar nas reuniões e atos que a ACCD convoque, para o qual serão estabelecidos os meios necessários para facilitar a máxima participação.

d) Facilitar as avaliações ou auditorias que a ACCD empreenda ou encarregue.

e) Proporcionar sempre a informação que lhes seja pedida relativamente ao subsídio concedido e submeter as atuações de comprovação e controlo da ACCD, Intervenção Geral da Generalitat, da Sindicatura de Contas e de outros órgãos competentes de acordo com a normativa aplicável.

f) Conservar os documentos justificativos da aplicação dos fundos recebidos, incluindo os documentos eletrónicos, enquanto possam ser objeto das atuações de comprovação e controlo.

Referências

Documentos relacionados

DOCENTE Samori Luiz Carlos Antônio Santana André Amorim Alan Rangel Marilda 8º SEMESTRE.. 17/12 – SEGUNDA 18/12 – TERÇA 19/12 – QUARTA 20/12 – QUINTA 21/12

Aquando de aplicação em áreas explosivas, os parafusos sem cabeça de fixação dos cubos e todos os parafusos de ligação devem ser protegidos adicionalmente contra desaperto

em fundição e usinagem, sua linha de produtos garante qualidade, durabilidade e desempenho superior, destacando-se entre os demais produtos oferecidos pelo mercado de

Frente ao exposto, este trabalho teve por objetivo avaliar discentes da disciplina de Matemática Discreta nos conteúdos de lógica formal, teoria dos conjuntos e

Assim, nesse âmbito, o presente trabalho visa avaliar a biodegradabilidade do lodo de esgoto de descarte de reatores anaeróbios no processo da compostagem, sob aspectos

Conclui-se que existe um enorme número de pessoas fazendo uso inadequado de psicotrópicos, que o uso abusivo dessas drogas traz malefícios na saúde física e

No prazo de 24 horas após a realização do leilão, o arrematante deverá efetuar o pagamento do lance ou do percentual de entrada (venda parcelada), o qual ocorrerá através de

Revista Tecnologias na Educação–Ano 4-Número 1– Julho -2012- http://tecnologiasnaeducacao.pro.br Diante do contexto exposto, foi buscado compreender a relação das