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MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria da Receita Federal do Brasil

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MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria da Receita Federal do Brasil

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº , DE DE DE 2014.

Dispõe sobre a aplicação dos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária e de exportação temporária.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 355, no parágrafo único do art. 363, no parágrafo único do art. 364, no § 2º do art. 368, no inciso II do caput e inciso I do § 1º do art. 370, no art. 372, no § 4º do art. 373, nos arts. 377, 381 e 432, no § 2º do art. 435, nos arts. 436 e 438, no § 2º do art. 444, e no art. 448 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 (Regulamento Aduaneiro), no art. 15 da Convenção Relativa à Admissão Temporária (Convenção de Istambul), aprovada pelo Decreto Legislativo nº 563, de 6 de agosto de 2010, e promulgada pelo Decreto nº 7.545, de 2 de agosto de 2011, nas Resoluções do Grupo Mercado Comum do MERCOSUL nos 121/1996, 35/2002, e 22/2003, e no art. 13 da Portaria MF nº 675, de 22 de dezembro de 1994.

RESOLVE:

Art. 1º Os regimes aduaneiros especiais de admissão temporária com suspensão total do pagamento de tributos, de admissão temporária para utilização econômica, de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo, de exportação temporária e de exportação temporária para aperfeiçoamento passivo serão aplicados na forma e nas condições estabelecidas nesta Instrução Normativa.

TÍTULO I

DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA CAPÍTULO I

DA ADMISSÃO TEMPORÁRIA COM SUSPENSÃO TOTAL DO PAGAMENTO DE TRIBUTOS

Seção I Do Conceito

Art. 2º O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento de tributos incidentes na importação.

Seção II

Dos Bens a que se Aplica o Regime

Art. 3º Poderão ser submetidos ao regime de admissão temporária com suspensão total do pagamento de tributos incidentes na importação os seguintes bens:

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I - destinados a eventos científicos, técnicos, políticos, educacionais, religiosos, comerciais ou industriais;

II - destinados a manutenção, conserto ou reparo de bens estrangeiros ou nacionalizados, inclusive partes e peças destinadas à substituição;

III - destinados a homologação, ensaios, testes de funcionamento ou resistência, ou ainda a serem utilizados no desenvolvimento de produtos ou protótipos;

IV - destinados a reposição temporária de bens importados, em virtude de garantia;

V - destinados a reprodução de fonogramas e de obras audiovisuais, importados sob a forma de matrizes;

VI - destinados a produção de obra audiovisual ou cobertura jornalística;

VII - destinados a promoção comercial, inclusive amostras sem destinação comercial e mostruários de representantes comerciais;

VIII - animais para exposições, feiras, pastoreio, adestramento, trabalho, cobertura e cuidados da medicina veterinária;

IX - veículos terrestres e embarcações de esporte e recreio, inclusive motos aquáticas, destinados ao uso particular de viajante não residente, transportados ao amparo de conhecimento de carga;

X - acessórios e equipamentos de unidade de carga admitida temporariamente, quando desacompanhados das unidades de carga a que se destinam;

XI - bens reutilizáveis destinados ao transporte, acondicionamento, segurança, localização, preservação, manuseio ou registro de condições de temperatura ou umidade de outros bens; e

XII - autorizados pelo titular da unidade responsável pela concessão do regime, excepcionalmente e em casos justificados, observadas as condições estabelecidas no art. 5º.

§1º O disposto no caput poderá ser aplicado ainda nas seguintes hipóteses, que poderão ser objeto dos procedimentos simplificados estabelecidos nas Subseções II a XI da Seção VI:

I - bens destinados a projetos ou eventos de caráter cultural;

II - bens destinados a competições e exibições desportivas internacionais;

III - bens destinados às atividades de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico aprovadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep);

IV - bens destinados a eventos ou operações militares;

V - bens destinados a atividades clínicas e cirúrgicas prestadas gratuitamente em ação de caráter humanitário aprovada por órgão de saúde da administração pública direta que a promover;

VI - assistência e salvamento em situações que causem dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente;

VII - bens destinados à realização de serviços de manutenção e reparo das usinas termonucleares da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), inclusive máquinas, equipamentos, aparelhos, partes, peças e ferramentas;

VIII - bens destinados à realização de serviços de lançamento de satélites, integração e testes de sistemas, subsistemas e componentes espaciais, previamente autorizados pela Agência Espacial Brasileira (AEB), inclusive máquinas, equipamentos, aparelhos, partes, peças e ferramentas destinados a garantir a operacionalidade do lançamento;

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IX - veículos terrestres, destinados ao uso particular de viajante não residente, salvo nos casos previstos nos incisos VII e VIII do art. 4º,conduzidos:

a) pelo seu proprietário; ou

b) por pessoa autorizada pelo proprietário, desde que ele esteja no veículo;

X - embarcações de esporte e recreio, inclusive motos aquáticas, destinadas ao uso particular de viajante não residente, conduzidos:

a) pelo seu proprietário; ou

b) por pessoa autorizada pelo proprietário, desde que ele esteja na embarcação ou tenha entrado no País, por outro meio de transporte, previamente à chegada da embarcação;

XI - aeronaves civis estrangeiras no transporte aéreo internacional não regular e não remunerado, nos termos do Decreto nº 97.464, de 20 de janeiro de 1989, inclusive no caso de deslocamento para aeródromo sob a jurisdição de outra unidade da RFB para ser submetido a outro despacho aduaneiro.

XII - bens destinados a atividades relacionadas com a intercomparação de padrões metrológicos aprovadas pelo Inmetro;

XIII - bens ao amparo da Convenção de Istambul, internalizada pelo Decreto nº 7.545, de 2 de agosto de 2011;

XIV - bens relacionados com a visita de dignitários estrangeiros; e

XV - aparelhos e equipamentos necessários à utilização do material promocional proveniente de Estados Partes do Mercosul, que o acompanhem.

§2º Para fins de aplicação do disposto no inciso IX do caput e nos incisos IX e X do §1º, todos do art. 3º, considera-se viajante não residente:

I - o turista estrangeiro; e

II - o brasileiro, nato ou naturalizado, que comprove residir no exterior por período superior a 12 (doze) meses consecutivos, em caráter permanente, e que não exerça atividade econômica regular no País.

Art. 4º Serão automaticamente submetidos ao regime de admissão temporária com suspensão total do pagamento dos tributos:

I - os veículos terrestres, aeronaves e embarcações, inclusive em viagem de cruzeiro pela costa brasileira, utilizados exclusivamente no transporte internacional de carga ou passageiro, que ingressem no País exercendo esta atividade;

II - as unidades de carga estrangeiras, seus equipamentos e acessórios, para utilização no transporte, inclusive o doméstico;

III - as embarcações, aeronaves e outros bens destinados à realização de atividades de pesquisa e investigação, na plataforma continental e em águas sob jurisdição brasileira, autorizadas pela Marinha do Brasil, nos termos do Decreto nº 96.000, de 2 de maio de 1998.

IV - as embarcações destinadas à pesca, com autorização para operar nas zonas brasileiras de pesca, nos termos do Decreto nº 4.810, de 19 de agosto de 2003.

V - veículos terrestres, embarcações e aeronaves estrangeiros oficiais ou de uso militar. VI - veículos terrestres matriculados em país integrante do Mercosul, de propriedade de pessoas físicas estrangeiras residentes ou de pessoas jurídicas com sede social em tais países, utilizados em viagem de turismo, observadas as condições previstas na Resolução do Grupo de Mercado Comum

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(GMC) nº 35, de 20 de junho de 2002.

VII - veículo terrestre estrangeiro, de uso particular, matriculado em país limítrofe, desde que sua circulação fique adstrita à zona de vigilância aduaneira.

VIII - os impressos, folhetos, catálogos, softwares e outros materiais relacionados à utilização dos bens admitidos no regime.

Seção III

Das Condições e Dos Prazos

Art. 5º Para a concessão e aplicação do regime deverão ser observadas as seguintes condições:

I - mercadorias de propriedade de pessoa sediada no exterior;

II - importação em caráter temporário, comprovada esta condição por qualquer meio julgado idôneo;

III - importação sem cobertura cambial;

IV - adequação dos bens à finalidade para a qual foram importados;

V - utilização dos bens exclusivamente nos fins previstos, observado o termo final de vigência do regime; e

VI - identificação dos bens.

§ 1º O disposto no inciso VI consiste na descrição completa da mercadoria, com todas as características necessárias à sua classificação fiscal, espécie, marca comercial, modelo, nome comercial ou científico e outros atributos que, à vista do caso concreto, sejam necessários à sua identificação.

§ 2º Quando se tratar de bens cuja importação esteja sujeita à prévia manifestação de outros órgãos da administração pública, a concessão do regime dependerá da satisfação desse requisito.

Art. 6º O regime não se aplica à entrada no território aduaneiro de bens objeto de arrendamento mercantil financeiro, nos termos definidos na legislação específica expedida pelo Banco Central do Brasil, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior.

Art. 7º O regime será concedido a pessoa física ou jurídica que promova a importação do bem.

§ 1º O regime poderá ser concedido também aos seguintes beneficiários: I - entidade promotora do evento a que se destinam os bens;

II - pessoa jurídica contratada como responsável pela logística e despacho aduaneiro dos bens;

III - órgão de saúde da administração pública direta que promover a ação humanitária ou a entidade não governamental por ele autorizada, na hipótese do inciso V do § 1º do art. 3º; ou

IV - tomador de serviços no País.

§ 2º Na hipótese do inciso IV do § 1º, quando o bem for transportado ao amparo de conhecimento de carga consignado a viajante não residente em atividade profissional temporária, deverá ser providenciado seu endosso para o tomador de serviços.

§3º Nas hipóteses previstas nas alíneas b dos incisos IX e X do §1º do art. 3º, o beneficiário do regime será o proprietário do veículo ou da embarcação.

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automaticamente por mais 6 (seis) meses.

Parágrafo único. Caso o bem deva permanecer no País por prazo superior ao previsto no caput, para fins de concessão ou prorrogação do regime deverá ser apresentado o documento previsto no inciso I do § 1º ou no § 2º, todos do art. 15.

Art. 9º O disposto no caput do art. 8º não se aplica nas seguintes hipóteses:

I - bens destinados à homologação, ensaios, testes de funcionamento ou resistência, ou ainda a serem utilizados no desenvolvimento de produtos ou protótipo, cujo prazo de vigência do regime será de até 5 (cinco) anos;

II - bens integrantes de bagagem desacompanhada de estrangeiro que ingressar no País com visto temporário, cujo prazo de vigência do regime será o mesmo concedido para a sua permanência no País;

III - veículos terrestres e embarcações de esporte e recreio, inclusive motos aquáticas, destinados ao uso particular de turista estrangeiro, por ele conduzidos ou transportados ao amparo de conhecimento de carga, cujo prazo de vigência do regime será o mesmo concedido para a sua permanência no País;

IV - veículos terrestres e embarcações de esporte e recreio, inclusive motos aquáticas, destinados ao uso particular de brasileiro não residente, por ele conduzidos ou transportados ao amparo de conhecimento de carga, cujo prazo de vigência do regime será de 90 (noventa) dias, prorrogável automaticamente por igual período; e

V - aeronaves civis estrangeiras mencionadas no inciso XI do § 1º do art. 3º, cujo prazo de vigência será aquele previsto no art. 33

Art. 10. Tratando-se de embarcações de esporte e recreio de turista estrangeiro, o prazo de permanência poderá ser prorrogado por até dois anos, no total, contados da data de admissão da embarcação no regime, se o turista estrangeiro, dentro do prazo de vigência do regime, solicitar a prorrogação em virtude de sua ausência temporária do País.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput, a autoridade aduaneira poderá autorizar a atracação ou o depósito da embarcação em local não alfandegado de uso público, mediante prévia comprovação da comunicação do fato à Capitania dos Portos, ficando vedada sua utilização em qualquer atividade, ainda que prestada a título gratuito.

Seção IV

Do Termo de Responsabilidade

Art.11. O montante dos tributos incidentes na importação, com pagamento suspenso em decorrência da aplicação do regime de admissão temporária será consubstanciado em Termo de Responsabilidade (TR).

§ 1º O TR será constituído na própria declaração de importação ou no documento que servir de base para a admissão no regime.

§ 2º Será dispensada a constituição do TR nas hipóteses previstas nos incisos X, XI e XIII a XV do § 1º do art. 3º e nas hipóteses de concessão automática de que trata o art. 4º.

§ 3º Do TR não constarão valores de penalidades pecuniárias decorrentes da aplicação de multa de ofício, que serão objeto de lançamento específico, no caso de descumprimento do regime pelo beneficiário.

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Seção V Da Garantia

Art. 12. Não será exigida prestação de garantia na admissão temporária com suspensão total do pagamento de tributos.

Seção VI

Da Concessão do Regime Subseção I

Dos Procedimentos Gerais

Art. 13. O importador deverá solicitar a formação de dossiê digital de atendimento e a juntada do Requerimento de Admissão Temporária (RAT), conforme modelo constante do Anexo I a esta Instrução Normativa, previamente ao registro da declaração de importação, em qualquer unidade da RFB.

Parágrafo único. Não será exigida a formação de dossiê digital de atendimento nas hipóteses previstas nos incisos X e XI do caput do art. 3º.

Art. 14. O despacho aduaneiro poderá ser efetuado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI) registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), salvo no caso de despacho antecipado, que deverá ser efetuado com base em Declaração de Importação (DI).

§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos X e XI do caput do art. 3º, o despacho aduaneiro deverá ser efetuado por meio de DI.

§ 2º O Termo de Responsabilidade (TR) e o número do dossiê digital de atendimento deverão constar no campo de informações complementares da declaração de importação.

Art. 15. A análise do cabimento do regime será realizada no curso da conferência aduaneira e sua concessão será efetuada com o desembaraço aduaneiro do bem.

§ 1º A análise a que se refere o caput será iniciada somente após a juntada ao dossiê digital de atendimento referido no art. 13 dos seguintes documentos que instruirão a declaração de importação:

I - cópia do contrato que ampara a importação, quando aplicável;

II - via original do conhecimento de carga ou documento equivalente, quando aplicável; III - documentos que comprovem a adequação do pedido ao enquadramento proposto; e IV - outros documentos exigidos em decorrência de acordos internacionais ou de legislação específica.

§ 2º No caso de inexistência do contrato referido no inciso I do § 1º, o beneficiário deverá apresentar documento que ateste a natureza da importação, identificando os bens a serem admitidos e seus respectivos valores, bem como seu prazo de permanência no País.

§ 3º O documento referido no inciso II do § 1º será substituído pela indicação do Conhecimento Eletrônico (CE) no caso de transporte aquaviário.

Art. 16. O disposto no art. 35 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2 de outubro de 2006 poderá ser aplicado também em outras situações justificadas, a critério do titular da unidade responsável pela concessão do regime.

Art. 17. No caso de indeferimento do pedido de concessão do regime de admissão temporária, o Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) intimará o importador a se manifestar por escrito, no prazo de 10 dias, sobre o novo tratamento a ser dado ao bem ou a apresentar recurso na forma do art. 131.

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Parágrafo único. Somente após a apresentação da manifestação a que se refere o caput será efetuado o cancelamento da declaração de importação.

Subseção II

Dos Procedimentos Simplificados – Regras Gerais

Art. 18. O despacho aduaneiro de admissão temporária nas hipóteses dos incisos I a VIII do § 1º do art. 3º poderá ser efetuado com base na DSI-Formulário de que trata o art. 4º da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006, com formação de dossiê digital de atendimento.

§ 1º A DSI referida no caput poderá ser apresentada previamente à chegada dos bens no País.

§ 2º O formulário Demonstrativo de Cálculo dos Tributos, constante do Anexo IV da Instrução Normativa SRF nº 611, de 2006, poderá ser substituído por relação que contenha descrição, quantidade e valores dos produtos a serem admitidos no regime.

Art. 19. A DSI Formulário somente será registrada após a manifestação favorável da autoridade competente pelo eventual controle específico a que esteja sujeita a mercadoria, efetuada no campo próprio da declaração ou em documento específico por ela emitido.

Art. 20. Nas hipóteses de que tratam os II a VII do § 1º do art. 3º, o regime poderá ser concedido também aos bens consumíveis estritamente vinculados aos eventos e operações, devendo ser promovido o despacho para consumo daqueles que tenham sido consumidos em até 30 (trinta) dias do término do evento ou operação.

Art. 21. O despacho aduaneiro de admissão temporária será efetuado com base em:

I - formulários próprios, anexos a esta Instrução Normativa, nas hipóteses dos incisos XII, XIV e XV do § 1º do art. 3º;

II - documento emitido por entidade autorizada pela RFB, na hipótese do inciso XIII do § 1º do art. 3º;

III - Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), na hipótese do inciso IX do § 1º do art. 3º, ou em Declaração de Bens de Viajante (DBV-formulário), em caso de impossibilidade de utilização da e-DBV, adotando-se os demais procedimentos previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.385, de 15 de agosto de 2013; e

IV - Declaração Eletrônica de Bens de Viajante (e-DBV), nas hipóteses dos incisos X e XI do § 1º do art. 3º.

Parágrafo único. Não será exigida a formação de dossiê digital de atendimento nas hipóteses previstas nos incisos IX a XI, XIII e XIV do § 1º do art. 3º.

Art. 22. Nos casos de verificação da mercadoria em local não alfandegado, nos termos do art. 35 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2006, a concessão do trânsito aduaneiro será efetuada na própria DSI Formulário que servirá de base para a concessão do regime de admissão temporária.

§ 1º Deverão ser aplicados dispositivos de segurança nos volumes ou unidades de carga, para que estes possam ser armazenados em local adequado, no local do evento, aguardando a presença da fiscalização, salvo quando o bem, por sua natureza, característica ou condições de embalagem prescindir dessa cautela.

§ 2º A conclusão do trânsito aduaneiro dar-se-á com o desembaraço da DSI. Subseção III

Bens Destinados a Projetos ou Eventos de Caráter Cultural

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Normativa, as obras de arte, literárias, históricas, fonográficas e audiovisuais, os instrumentos e equipamentos musicais, os cenários, as vestimentas e demais bens necessários à realização de exposição, mostra, espetáculo de dança, teatro ou ópera, concerto ou evento semelhante de caráter notoriamente cultural.

Art. 24. Observado o disposto no art. 38 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2006, a declaração de importação poderá ser desembaraçada sem verificação da mercadoria.

§ 1º A dispensa de verificação poderá ser aplicada, ainda, aos bens importados por instituição de ensino ou pesquisa, pública ou privada, sem fins lucrativos.

§ 2º Os bens dispensados de verificação por ocasião de sua admissão ao regime ficam dispensados dessa formalidade quando de sua reexportação.

Subseção IV

Bens Destinados a Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico

Art. 25. Consideram-se bens destinados a pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, para efeito do disposto nesta Instrução Normativa, as máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem assim suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas, amostras e produtos intermediários, aplicados exclusivamente em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico aprovadas pelo CNPq ou pela Finep.

Art. 26. Poderá ser dispensada a verificação da mercadoria, nos termos do art. 38 da Instrução Normativa SRF nº 680, de 2006, quando os bens forem importados por instituição de ensino ou pesquisa, pública ou privada, e sem fins lucrativos.

Subseção V

Bens Destinados a Manutenção e Reparo na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto Art. 27. A admissão temporária com suspensão total do pagamento dos tributos na hipótese do inciso VII do § 1º do art. 3º será concedida somente à Eletrobrás Termonuclear S.A. (Eletronuclear).

Art. 28. Poderá ser autorizada a conferência e o desembaraço aduaneiro nas usinas termonucleares da CNAAA na ocorrência de situação de calamidade ou de acidente de que decorra dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente em alguma das usinas termonucleares que a compõem.

Art. 29. O despacho aduaneiro de reexportação poderá ser realizado em qualquer das usinas termonucleares da CNAAA, para posterior embarque em lugar alfandegado, cumprindo ao interessado apresentar pedido de realização de despacho na unidade local da RFB que jurisdiciona o estabelecimento com antecedência de dois dias úteis.

Parágrafo único. A unidade local da RFB responsável pelo despacho de reexportação poderá solicitar laudo técnico que comprove a destruição ou a inutilização de bens contaminados por radiação ou que tenham perdido sua serventia.

Subseção VI

Bens Destinados às Atividades de Lançamento de Satélites

Art. 30. A solicitação do regime será apresentada por importador licenciado pela AEB. Art. 31. Os bens que forem lançados ao espaço ou consumidos nas operações de lançamento, integração e testes de sistemas, subsistemas e componentes espaciais serão considerados reexportados, para fins de extinção do regime.

Art. 32. A perícia e emissão de laudo técnico, sempre que necessários, serão efetuados por técnico da AEB, a requerimento da RFB.

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Subseção VII

Aeronaves Civis de Transporte Não Regular

Art. 33. O despacho aduaneiro de admissão de aeronaves civis na hipótese do inciso XI do § 1º do art. 3º será realizado com base no Termo de Concessão de Admissão Temporária (TECAT), emitido e controlado por meio do sistema e-DBV.

§ 1º O despacho aduaneiro poderá ser efetuado com base em Termo de Entrada e Admissão Temporária de Aeronave (TEAT), constante no Anexo II a esta Instrução Normativa, em caso de impossibilidade técnica de emissão de TECAT pelo sistema e-DBV.

§ 2º No caso a que se refere o § 1º, os dados que constam do TEAT deverão ser inseridos pela fiscalização aduaneira no sistema e-DBV em até 24 (vinte e quatro) horas do restabelecimento das condições técnicas.

§ 3º O prazo inicial para permanência de aeronave no território aduaneiro será de 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado por períodos iguais de 45 (quarenta e cinco) dias.

§ 4º A prorrogação do prazo de vigência do regime será concedida em casos devidamente justificados e consignados no TECAT que amparou a entrada do bem no País, devendo ser solicitada com antecedência mínima de 15 (quinze) dias do termo final do prazo de aplicação do regime.

§ 5º O despacho por meio de e-DBV e a consignação no TECAT a que se refere o § 4º não dispensam o registro da informação no Sistema Informatizado da Agência Nacional de Aviação Civil (Siavanac).

§ 6º Devem ser adotados os demais procedimentos previstos na Instrução Normativa RFB nº 1.385, de 15 de agosto de 2013, para fins de aplicação e extinção do regime.

Subseção VIII

Bens Destinados a Atividades Relacionadas com a Intercomparação de Padrões Metrológicos Art. 34. A entrada, a circulação e a saída do País dos bens provenientes de Estado Parte do Mercosul que forem destinados a atividades de intercomparação metrológica, aprovadas pelo Inmetro serão efetuadas com base na Declaração Aduaneira para Ingresso e Circulação de Padrões Metrológicos, constante no Anexo III a esta Instrução Normativa.

Art. 35. A declaração referida no caput será registrada pela unidade da RFB de entrada dos bens no País, utilizando numeração sequencial de acordo com o seguinte formato:

I - dois dígitos alfabéticos relativos ao Brasil (BR) II - dois dígitos numéricos para o ano de registro; e

III - seis dígitos numéricos relativos a operação, conforme numeração local.

Art. 36. Os bens deverão estar amparados por certificação expedida pelo organismo metrológico do país de procedência onde constará as características especiais do bem e sua forma de verificação.

Subseção IX

Bens ao Amparo da Convenção de Istambul

Art. 37. A admissão no regime solicitada ao amparo da Convenção de Istambul, Decreto nº 7.545, de 2011, será efetuada com base em títulos de admissão temporária, que constituem o Carnê ATA.

§ 1º O disposto no caput aplica-se aos seguintes bens, nos termos, condições e prazos estabelecidos nos Anexos B.1, B.2, B.5 e B.6 à Convenção:

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II - material profissional;

III - bens destinados a fins educacionais, científicos ou culturais; e

IV - objetos de uso pessoal dos viajantes e bens destinados a serem por eles utilizados para fins desportivos.

§ 2º Os bens admitidos no regime deverão ser reexportados ao amparo dos mesmos documentos utilizados para sua admissão, salvo se vencido seu prazo de validade.

§ 3º Quando for apresentado título de substituição para prorrogação do prazo de validade do regime, nos termos do art. 14 do Capítulo VI do Anexo A do Decreto nº 7.545, de 2011, caberá à autoridade aduaneira proceder à quitação do título substituído.

Art. 38. Os títulos de admissão temporária contêm garantia válida internacionalmente e sua utilização dispensa a exigência de garantia ou de TR suplementares.

Art. 39. Na hipótese prevista no inciso I do § 1º do art. 37 será concedido o regime, somente:

I - aos bens objeto de exposição ou demonstração, incluídos os relacionados no Anexo B.5 à Convenção;

II - aos bens necessários à apresentação de produtos estrangeiros;

III - ao equipamento, incluindo as instalações de tradução, os aparelhos de gravação de som e de gravação de vídeo, bem como os filmes de caráter educativo, científico ou cultural, a ser utilizado em reuniões, conferências e congressos internacionais.

Art. 40. Consideram-se automaticamente em admissão temporária os produtos resultantes de demonstração de máquinas ou aparelhos admitidos ao amparo do Carnê ATA nos eventos referidos no inciso I, § 1º do art. 37.

Parágrafo único. Para fins de extinção do regime, aplica-se o previsto no art. 61.

Art. 41. Quando solicitada a extinção da aplicação do regime concedido nos termos do art. 37 mediante despacho para consumo, este será processado com isenção dos impostos e contribuições federais devidos na importação, observado o disposto no art. 5º do Anexo B.1 à Convenção, no caso de:

I - amostras comerciais;

II - bens importados unicamente tendo em vista a sua demonstração ou a demonstração de máquinas e aparelhos estrangeiros apresentados no evento, que sejam consumidos ou destruídos no decurso dessas demonstrações;

III - produtos de valor reduzido utilizados para a construção e decoração dos pavilhões provisórios dos expositores estrangeiros presentes no evento e destruídos pelo simples fato de sua utilização; e

IV - documentos a serem utilizados ou distribuídos gratuitamente no decurso do evento. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às bebidas alcoólicas, tabaco e combustíveis.

Art. 42. Na hipótese prevista no inciso II do § 1º do art. 37, a concessão do regime restringe-se aos bens que atenderem às seguintes condições:

I - pertencer a pessoa estabelecida ou residente no exterior;

II - ser importado por pessoa estabelecida ou residente no exterior; e

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própria responsabilidade.

§ 1º O regime aplica-se, ainda, às peças sobressalentes importadas para a reparação de material profissional admitido ao regime.

§ 2º O disposto no inciso III do caput não se aplica ao equipamento importado para a realização de filme, programa de televisão ou obra audiovisual, em razão de contrato de co-produção celebrado por pessoa estabelecida no País e aprovado pelas autoridades competentes do País no âmbito de acordo intergovernamental de co-produção.

§ 3º O equipamento cinematográfico de imprensa, de rádio e de televisão não deve ser objeto de contrato de locação ou de contrato similar celebrado por pessoa estabelecida no País, salvo no caso de realização de programas conjuntos de rádio ou de televisão.

§ 4º O regime não se aplica a veículos se forem utilizados para transportar pessoas ou bens mediante pagamento, mesmo que a título ocasional.

Art. 43. Na hipótese prevista no inciso III do §1º do art. 37, a concessão do regime poderá alcançar ainda:

I - as peças sobressalentes relacionadas ao equipamento científico, ao material didático sujeito ao regime de admissão temporária, bem como às ferramentas especialmente concebidas para a manutenção, teste, calibragem ou reparação do referido material; e

II - o equipamento de bem-estar destinado aos marítimos, nos termos do art. 3º, alínea b do Anexo B.5 à Convenção.

Parágrafo único. A aplicação do regime restringe-se ao bem que atender às seguintes condições:

I - pertencer a pessoa estabelecida no exterior;

II - ser importado por estabelecimentos autorizados, em quantidade compatível com o fim a que se destina; e

III - não ser utilizado para fins comerciais. Subseção X

Bens Relacionados à Visita de Dignitários Estrangeiros

Art. 44. Poderá ser aplicado o regime aduaneiro de admissão temporária, de acordo com os procedimentos estabelecidos nesta Subseção, aos bens de dignitários estrangeiros e de seus acompanhantes e assistentes em visita ao País.

Parágrafo único. O disposto no caput abrange também:

I - os bens destinados às atividades de apoio logístico à referida visita; e

II - os equipamentos de filmagem, gravação e de fotografia de representantes de órgãos de imprensa credenciados para acompanhar a visita, desde que o responsável no País encaminhe à unidade da RFB de entrada, previamente à chegada da comitiva, a declaração de que trata o art. 46.

Art. 45. A aplicação do regime fica condicionada à prévia comunicação do Ministério das Relações Exteriores sobre a visita oficial do dignitário estrangeiro.

Art. 46. O regime será concedido mediante procedimento administrativo sumário, com base em declaração própria, conforme modelo constante do Anexo IV a esta Instrução Normativa, apresentada pelo viajante ou responsável à unidade da RFB com jurisdição sobre o local de entrada no País.

(12)

seguinte destinação:

I - 1ª (primeira) via, viajante ou responsável; e

II - 2ª (segunda) via, unidade da RFB no local de entrada dos bens no País.

§ 1º Os bens cuja importação esteja sujeita à prévia manifestação de outros órgãos da administração pública deverão ser discriminados na declaração referida no caput.

§ 2º Tratando-se de armas de porte e munições trazidas por agente de segurança de dignitário estrangeiro em visita ao País, deverá ser informada a quantidade de munição, o tipo de arma, marca, calibre, número de série, fabricante, nome do dignitário, locais e datas de entrada e de saída do território nacional, bem como a identificação do agente portador.

§ 3º Para fins do disposto no § 2º:

I - as informações poderão ser prestadas pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio de documento apartado da declaração; e

II - a autorização de importação será verificada à vista da apresentação do Porte Federal de Arma, expedido pelo Departamento de Polícia Federal.

§ 4º O desembaraço aduaneiro será averbado nas 2 (duas) vias da declaração.

Art. 48. O viajante ou responsável, quando do retorno dos bens ao exterior, apresentará à autoridade aduaneira do local de saída a 1ª (primeira) via da declaração a qual, depois da averbação do desembaraço, será encaminhadas à unidade da RFB do local de entrada.

Art. 49. A unidade da RFB de entrada dos bens no País deverá encaminhar as informações prestadas pelo viajante ou responsável, nos termos do § 2º do art. 47, ao Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Comando do Exército, da Região Militar com jurisdição sobre o local de entrada dos bens.

§ 1º As informações serão encaminhadas ao órgão do Comando do Exército até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da entrada dos bens no País.

§ 2º No caso de as informações serem prestadas na forma do inciso I do § 3º do art. 47, a unidade da RFB deverá encaminhar ao órgão do Comando do Exército cópia do documento recebido do Ministério das Relações Exteriores, devendo nele estar averbadas as datas do desembaraço aduaneiro de entrada e de saída dos bens.

Art. 50. Serão desembaraçados, sem quaisquer formalidades, os brindes de pequeno valor, alusivos ao evento, trazidos como bagagem acompanhada.

Subseção XI

Material Promocional Proveniente do Mercosul

Art. 51. A entrada, a circulação e a saída de material promocional proveniente de Estado-Parte do Mercosul para ser utilizado ou distribuído gratuitamente na ocasião ou em função da realização de feiras, exposições, congressos, seminários, encontros, workshops ou quaisquer outras atividades similares de caráter turístico, cultural, educativo, desportivo, religioso ou comercial serão efetuadas com base na Declaração Aduaneira de Material Promocional - Mercosul, constante no Anexo V a esta Instrução Normativa.

§ 1º Considera-se material promocional, para os fins a que se refere este artigo:

I – folhetos, panfletos, catálogos, revistas, cartazes, guias, fotografias, mapas ilustrados e outros materiais gráficos similares;

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II – filmes, slides, fitas de vídeo, disquetes e semelhantes, contendo matéria de caráter promocional;

III – brindes e semelhantes, assim consideradas quaisquer mercadorias adequadas a fins estritamente promocionais, observado o limite de valor FOB global de US$ 5,000.00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, por expositor.

§ 2º A Declaração Aduaneira de Material Promocional será preenchida em quatro vias, com a seguinte destinação:

I – 1ª via, à unidade aduaneira de saída do Estado-Parte que efetuar a autorização; II – 2ª via, à unidade aduaneira de entrada no Estado-Parte de destino das mercadorias; III – 3ª via, à unidade aduaneira de saída do Estado-Parte ao qual se destinaram as mercadorias; e

IV – 4ª via, à unidade aduaneira de entrada no Estado-Parte de procedência das mercadorias.

§ 3º Os aparelhos e equipamentos necessários à utilização do material promocional, que o acompanhem, serão considerados em admissão temporária, devendo estar relacionados no quadro Bens em Admissão Temporária da Declaração Aduaneira de Material Promocional.

Art. 52. A unidade da RFB de entrada no País procederá à autorização de ingresso e circulação das mercadorias, com aposição de carimbo, data e assinatura, no campo próprio das três vias do formulário, retendo uma das vias e restituindo 2 vias ao solicitante do regime, após os seguintes procedimentos:

I – verificação se consta, no campo próprio do documento, a necessária autorização aduaneira do país de procedência da mercadoria;

II – confirmação se o solicitante é participante do evento ao qual se destinam os bens; III – exigência da apresentação de anuência do órgão competente, quando se tratar de mercadoria sujeita a controle específico.

Parágrafo único. Quando a autoridade aduaneira constatar o não atendimento ao disposto nos incisos I a III do caput, registrará o fato no verso de todas as vias do documento e exigirá do beneficiário a adoção das providências relativas ao despacho aduaneiro para consumo, trânsito aduaneiro, admissão temporária ou retorno ao exterior, conforme o caso.

Art. 53. Os bens que não retornarem ao exterior:

I - serão considerados despachados para consumo com isenção dos impostos incidentes sobre a importação, independentemente de qualquer outro procedimento administrativo, quando se tratar de material promocional, nos termos do caput e do § 1º do art. 51;

II – deverão ser objeto de despacho para consumo, com pagamento dos impostos incidentes na importação, quando ingressados no País sob o regime de admissão temporária, nos termos do § 3º do art. 51.

Seção VII

Da Prorrogação do Regime

Art. 54. A prorrogação do prazo de vigência do regime será solicitada por meio de Requerimento de Admissão Temporária (RAT), conforme modelo constante do Anexo I a esta Instrução Normativa, na unidade da RFB de concessão do regime ou naquela que jurisdicione o local em que se encontre o bem, que passará a controlar o regime.

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do parágrafo único do art. 8º, poderá ser prorrogado por período não superior, no total, a 5 (cinco) anos. § 2º Em caso de prorrogações sucessivas, o dossiê digital e o controle a que se refere o caput serão transferidos para a unidade da RFB que autorizou a última prorrogação.

§ 3º Na hipótese do inciso XI do § 1º do art. 3º, a prorrogação observará o previsto no art. 33.

§ 4º Não será conhecido o pedido de prorrogação apresentado depois do termo final da vigência do regime ou que não tenha sido instruído com os documentos obrigatórios previstos nesta Instrução Normativa.

§ 5º Na hipótese de indeferimento do pedido de prorrogação deverão ser adotados os procedimentos para extinção da aplicação do regime, previstos no art. 56, no prazo de 30 (trinta) dias contado da data da ciência da decisão definitiva, salvo se superior o período restante fixado para a permanência do bem no País.

Seção VIII

Da Movimentação de Bens Submetidos ao Regime

Art. 55. Os bens admitidos no regime, inclusive suas partes e peças, poderão ser remetidos ao exterior, sem suspensão ou interrupção da contagem do prazo de vigência, para manutenção, reparo, testes ou demonstração.

§ 1º O despacho aduaneiro de exportação poderá ser efetuado por meio de Declaração de Exportação (DE) registrada no Siscomex.

§ 2º O desembaraço dos bens constantes da declaração apresentada nos termos do § 1º configura autorização para movimentação para o exterior conforme dispõe o caput.

§ 3º No caso de aeronaves, poderá ser autorizada movimentação para o exterior, mediante apresentação à unidade da RFB de despacho aduaneiro de cópia da General Declaration e da autorização de saída do País emitida pela Anac.

§ 4º Para fins de controle, o interessado solicitar a juntada da declaração de exportação ao dossiê digital de atendimento.

§ 5º Quando do retorno dos bens, o despacho aduaneiro de importação poderá ser efetuado com base em DI, na qual deverão ser informados os números do dossiê digital de atendimento de concessão do regime e da declaração de exportação que amparou a saída dos bens do País.

§ 6º Considera-se reexportado, para fim de extinção da aplicação do regime de admissão temporária, o bem que, submetido ao procedimento previsto neste artigo, não retornar ao País durante a vigência do regime.

Seção IX

Da Extinção da Aplicação do Regime

Art. 56. Na vigência do regime, deverá ser adotada uma das seguintes providências em relação aos bens, para extinção de sua aplicação:

I - reexportação;

II - entrega à RFB, livres de quaisquer despesas, desde que a autoridade aduaneira concorde em recebê-los;

III - destruição sob controle aduaneiro, às expensas do beneficiário;

IV - transferência para outro regime aduaneiro especial, nos termos da legislação específica; ou

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V - despacho para consumo.

§ 1º A adoção das providências de que trata o caput poderá ser efetuada de forma parcelada e por unidade diversa da que concedeu o regime, para a qual deverá ser movimentado o dossiê digital de atendimento.

§ 2º A extinção da aplicação do regime das partes e peças substituídas, quando não efetuada em conjunto com o bem a que se destinavam, deverá observar os procedimentos gerais de extinção do regime.

§ 3º Na hipótese do § 2º, as partes e peças admitidas em substituição assumirão o lugar das originalmente admitidas no regime, para os efeitos relativos à continuidade do regime.

§ 4º A extinção da aplicação do regime na forma dos incisos II a IV não obriga ao pagamento dos tributos suspensos.

§ 5º O pedido de extinção da aplicação do regime na forma do inciso III deverá ser instruído com o comprovante de recolhimento ou de exoneração do ICMS e com a licença ambiental, quando cabível, conforme legislação específica.

§ 6º Eventual resíduo da destruição, se economicamente utilizável, deverá ser reexportado ou despachado para consumo, como se tivesse sido importado no estado em que se encontre.

Art. 57. Tem-se por tempestiva a providência para extinção da aplicação do regime quando, no prazo de vigência, o beneficiário:

I - em relação à providência prevista no inciso I do art. 56, registrar a DSE e: a) der entrada dos bens em recinto alfandegado; ou

b) apresentar os bens à unidade da RFB de saída;

II - em relação às providências previstas nos incisos II e III do art. 56, requerer, respectivamente, a entrega à RFB ou a destruição e indicar a localização dos bens;

III - em relação à providência prevista no inciso IV do art. 56, registrar no Siscomex a declaração correspondente ao novo regime, observados os procedimentos estabelecidos em norma específica; ou

IV - em relação à providência prevista no inciso V do art. 56:

a) registrar a declaração de despacho para consumo, quando a importação for dispensada de licenciamento; ou

b) registrar o pedido de licença de importação, nos termos da norma específica, quando a importação for sujeita a licenciamento.

Parágrafo único. Na hipótese de que trata a alínea “b” do inciso IV, o beneficiário deverá, no prazo de 10 dias, contados:

I – do deferimento do pedido de licença, registrar a declaração de importação; ou

II – do indeferimento do pedido de licença, adotar uma das providências previstas nos incisos I a IV do art. 56.

Art. 58. O despacho aduaneiro de reexportação dos bens admitidos no regime de admissão temporária será efetuado com base em declaração de exportação correspondente àquela que serviu de base para o despacho aduaneiro de importação para admissão ao regime.

Art. 59. O despacho para consumo será realizado com observância das exigências legais e regulamentares vigentes à data do registro da declaração de importação, inclusive as relativas ao cálculo dos tributos incidentes e ao controle administrativo das importações.

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§ 1º A licença de importação exigida para a concessão do regime não prevalecerá para efeito do despacho para consumo dos bens.

§ 2º A condição do bem, novo ou usado, no momento de sua entrada no País deverá ser indicada na declaração de despacho para consumo.

§ 3º Quando, na vigência do regime, for autorizada a nacionalização dos bens por terceiros, caberá a este promover o despacho para consumo.

Art. 60. A admissão temporária de produto, parte ou componente recebido do exterior para substituição em decorrência de garantia poderá ser extinta mediante exportação de produto equivalente àquele submetido ao regime, nos casos de:

I - partes, peças e componentes de aeronave importada com a isenção prevista na alínea "j" do inciso II do art. 2º da Lei nº 8.032, de 12 de abril de 1990; e

II - produtos nacionais exportados definitivamente, ou suas partes e peças, que retornem ao País, mediante admissão temporária, para substituição em virtude de defeito técnico que exija sua devolução.

§ 1º Poderão ser reconhecidos como equivalentes, para efeitos do caput, os bens: I – classificáveis no mesmo código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM); II – que realizem as mesmas funções;

III – obtidos a partir dos mesmos materiais; e

IV – cujos modelos ou versões sejam de tecnologia equivalente.

§ 2º No requerimento para reconhecimento da equivalência, deverão constar as informações necessárias para comprovação dos quesitos de que trata o §1º, sendo facultado ao AFRFB responsável por sua análise a solicitação de laudo técnico, nos termos da legislação específica.

§ 3º A equivalência entre os bens será reconhecida ainda que exista inovação ou atualização tecnológica, no caso de obsolescência do modelo ou versão do bem admitido no regime.

Art. 61. A extinção da aplicação do regime aos bens admitidos com base no art. 4º será automática, dispensadas as formalidades necessárias ao controle aduaneiro, ao final do prazo de vigência definido.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica quando ficar constatado o descumprimento das condições, requisitos e prazos estabelecidos em legislação específica ou necessários para a aplicação do regime.

Art. 62. Na hipótese de indeferimento de pedido tempestivo das providências a que se referem os incisos II a V do art. 56, o beneficiário, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência da decisão definitiva, salvo se superior o período restante fixado para a permanência dos bens no País, deverá:

I - iniciar o despacho de reexportação; ou

II - requerer modalidade de extinção da aplicação do regime, prevista nos incisos II a V do art. 56, diversa das anteriormente solicitadas.

Seção X

Do Descumprimento do Regime

Art. 63. O beneficiário será intimado a manifestar-se, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o descumprimento total ou parcial do regime nas seguintes hipóteses:

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prorrogação ou adotada uma das providências previstas no art. 56;

II - vencimento do prazo de 30 (trinta) dias do indeferimento do pedido tempestivo de prorrogação, nos termos do § 4º do art. 54, ou do requerimento de modalidade de extinção, nos termos do art. 56, sem que tenha sido promovida a reexportação do bem ou requerida modalidade de extinção do regime diversa das anteriormente solicitadas;

III - não efetivação da providência requerida e autorizada para a extinção da aplicação do regime, na forma ou no prazo determinados pela autoridade aduaneira;

IV - apresentação para as providências de extinção do regime a que se refere o art. 56 de bens que não correspondam aos ingressados no País;

V - utilização dos bens em finalidade diversa da que justificou a concessão do regime; VI - destruição ou perecimento dos bens, por culpa ou dolo do beneficiário; ou

VII – não apresentação dos bens quando solicitada pela autoridade aduaneira.

§ 1º Vencido o prazo de 10 (dez) dias estabelecido no caput, sem atendimento da intimação ou a comprovação do cumprimento do regime, o beneficiário será intimado a promover, no prazo de 30 (trinta) dias, a reexportação ou o despacho para consumo do bem admitido.

§ 2º Em qualquer caso, comprovado o descumprimento do regime, é exigível o recolhimento da multa prevista no inciso I do art. 72 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

§ 3º A reexportação só poderá ser efetuada após o pagamento da multa referida no § 2º. Art. 64. Na hipótese do § 1º do art. 63, quando o beneficiário optar pelo despacho para consumo deverá registrar a declaração de importação, mediante o pagamento dos tributos, acrescidos:

I – de juros de mora, contados a partir da data do registro da declaração que serviu de base para a admissão dos bens no regime; e

II - da multa prevista no § 2º do art. 63.

§ 1º Tratando-se de bem sujeito a emissão de licença de importação, o registro do pedido no Siscomex deverá ser efetuado dentro do prazo de 30 (trinta) dias a que se refere o §1º do art. 63.

§ 2º No prazo de até 10 (dez) dias da manifestação do órgão competente sobre o pedido licença, o beneficiário deverá:

I - registrar a declaração de importação, no caso de deferimento do pedido; ou II - reexportar os bens, no caso de indeferimento do pedido.

§ 3º O crédito tributário eventualmente pago relativo ao TR será utilizado no registro da declaração de que trata o caput.

Art. 65. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da intimação para reexportar ou despachar para consumo, previsto no § 1º do art. 63, e não tendo sido adotada nenhuma das providências previstas, o beneficiário ficará sujeito:

I – à cobrança dos tributos com pagamento suspenso, acrescidos de juros de mora, contados a partir da data do registro da declaração que serviu de base para a admissão dos bens no regime;

II – ao lançamento da multa prevista no art. 44 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996; e

III – ao lançamento da multa prevista no inciso I do art. 72 da Lei nº 10.833, de 2003. § 1º O crédito tributário constituído no TR será exigido nos termos da legislação

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específica.

§ 2º Nos casos de dispensa de formalização de TR de que trata o § 2º do art. 11, o crédito tributário devido será exigido por meio de auto de infração, observado o disposto no § 3º do art.11.

§ 3º Após a realização dos procedimentos previstos nos incisos I a III, a autoridade aduaneira procederá a extinção de ofício do regime por meio do registro da conversão da admissão temporária em importação definitiva no dossiê digital de atendimento de que trata o art. 13.

§ 4º A eventual saída dos bens do País fica condicionada à formalização dos procedimentos de exportação.

Art. 66. Na hipótese prevista no art. 65, se à época da exigência do crédito tributário, a emissão da licença de importação estiver vedada, suspensa ou a permanência definitiva do bem no País não for autorizada pelo órgão competente, a autoridade aduaneira deverá proceder à apreensão dos bens para fins de aplicação da pena de perdimento.

§ 1º Na hipótese prevista no caput, caso o bem não seja localizado, tenha sido consumido ou revendido, o beneficiário ficará sujeito à multa prevista no § 3º do art. 23 do Decreto-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976.

§ 2º O disposto no caput não se aplica no caso em que a licença de importação seja indeferida com fundamento na legislação de proteção ao meio ambiente, saúde, segurança pública ou em atendimento a controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários, caso em que o importador deverá providenciar a devolução ao exterior ou a destruição da mercadoria, nos termos estabelecidos no art. 46 da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012.

Art. 67. As multas de que trata esta Seção não prejudicam a aplicação de outras penalidades cabíveis e a representação fiscal para fins penais, quando for o caso.

CAPÍTULO II

ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA UTILIZAÇÃO ECONÔMICA Seção I

Do Conceito

Art. 68. O regime aduaneiro especial de admissão temporária para utilização econômica é o que permite a importação de bens destinados à prestação de serviços a terceiros ou à produção de outros bens destinados à venda, por prazo fixado, com pagamento dos tributos federais incidentes na importação, proporcionalmente a seu tempo de permanência no território aduaneiro.

§ 1º A proporcionalidade a que se refere o caput será obtida pela aplicação do percentual de um por cento, relativamente a cada mês compreendido no prazo de concessão do regime, sobre o montante dos tributos originalmente devidos.

§ 2º O disposto no caput aplica-se também aos bens destinados a servir de modelo industrial, sob a forma de moldes, matrizes ou chapas e às ferramentas industriais.

§ 3º Fica suspenso o pagamento da diferença entre o total dos tributos que incidiriam no regime comum de importação dos bens e os valores pagos conforme o disposto no caput.

§ 4º O pagamento proporcional previsto no caput não se aplica aos seguintes bens, que serão submetidos ao regime de admissão temporária para utilização econômica com suspensão total do pagamento dos tributos incidentes na importação:

I - para serem utilizados em projetos específicos decorrentes de acordos internacionais firmados pelo Brasil;

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a) destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural, nos termos da norma específica que disciplina o regime aduaneiro especial de Repetro; ou

b) tratar-se de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos e ferramentas, inclusive sobressalentes, destinados às atividades de transporte, movimentação, transferência, armazenamento ou regaseificação de gás natural liquefeito; e

III - até 4 de outubro de 2073, quando destinados à utilização econômica por empresa que se enquadre nas disposições do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, durante o período de sua permanência na Zona Franca de Manaus.

Seção II

Das Condições e Dos Prazos

Art. 69. O regime será concedido a pessoa física ou jurídica que promova a importação do bem.

Art. 70. O prazo de vigência do regime será igual àquele previsto no contrato de arrendamento operacional, de aluguel ou de empréstimo, celebrado entre o importador e a pessoa estrangeira.

§ 1º O prazo máximo de vigência do regime será de 100 (cem) meses.

§ 2º Poderá ser indeferido o pedido de concessão quando o prazo indicado pelo beneficiário no RAT for incompatível com a finalidade para a qual o bem foi importado e com o seu provável período de permanência no País, sem motivo justificado.

Seção III Da Garantia

Art. 71. Será exigida a prestação de garantia em valor equivalente ao montante dos tributos suspensos.

§ 1º A garantia poderá ser prestada, a critério do importador, sob a forma de: I - depósito em dinheiro;

II - fiança idônea; ou III - seguro aduaneiro.

§ 2º Poderá ser constituída garantia global nas hipóteses previstas nos incisos I e II do § 1º do caput.

§ 3º A garantia deverá subsistir até a extinção das obrigações do beneficiário decorrentes da concessão do regime.

§ 4º Será dispensada a garantia:

I - quando o montante dos tributos com pagamento suspenso for inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais); ou

II - quando se tratar de importação realizada por:

a) órgão ou entidade da administração pública direta, autárquica ou fundacional, da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;

b) missão diplomática, repartição consular de caráter permanente ou representação de organismo internacional de que o Brasil seja membro; ou

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§ 5º Na prestação de garantia sob a forma de fiança, será exigido o cumprimento dos requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional para o fornecimento de certidões previstas em Portaria Conjunta específica da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da RFB, considerando-se idônea aquela prestada por:

I - instituição financeira;

II - qualquer outra pessoa jurídica que possua bens imóveis livres de ônus de, no mínimo, cinco vezes o valor da garantia a ser prestada ou superior a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais); ou

III - pessoa física, cuja diferença positiva entre seus bens e direitos e suas dívidas e ônus reais seja, no mínimo, cinco vezes o valor da garantia a ser prestada.

§ 6º Para efeito de aferição das condições estabelecidas nos incisos II e III do § 5º, será considerada a situação patrimonial em 31 de dezembro do ano-calendário imediatamente anterior ao da prestação da garantia.

§ 7º A prestação de garantia sob a forma de depósito em dinheiro será feita de acordo com os procedimentos estabelecidos em ato administrativo específico da RFB.

Seção IV

Da Concessão do Regime

Art. 72. O despacho aduaneiro será efetuado com base em Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex.

§ 1º Os tributos devidos deverão ser recolhidos pelo beneficiário mediante débito automático em conta corrente bancária, conforme disciplinado pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana).

§ 2º A declaração de importação será instruída com cópia do contrato de arrendamento operacional, de aluguel ou de empréstimo, celebrado entre o importador e a pessoa estrangeira.

Art. 73. Na hipótese de partes, peças ou bens para reposição de outros submetidos ao regime, somente será concedida a admissão temporária a bem idêntico àquele a ser substituído, em igual quantidade e valor.

§ 1º O beneficiário deverá comprovar a destruição ou promover a reexportação ou despacho para consumo do bem substituído no prazo de trinta dias, contado da data do desembaraço aduaneiro do bem admitido em substituição.

§ 2º O desembaraço dos bens a que se refere o caput está condicionado à prestação de garantia, salvo se o beneficiário tiver adotado previamente as providências a que se refere o § 1º.

Art. 74. Para fins de concessão do regime, deverão ser observados os demais procedimentos relativos a TR e despacho aduaneiro, estabelecidos nos arts. 11 e 13 a 17, no que couber.

Seção V

Da Prorrogação do Regime

Art. 75. O prazo de vigência do regime poderá ser prorrogado na mesma medida da extensão do prazo estabelecido no contrato, condicionada à prestação, renovação ou manutenção da garantia nas hipóteses em que esta tiver sido exigida para a sua concessão.

Parágrafo único. Poderá ser indeferido o pedido de prorrogação quando o prazo indicado pelo beneficiário no RAT for incompatível com a finalidade para a qual o bem foi importado e com o seu provável período de permanência no País, sem motivo justificado.

Art. 76. Os tributos correspondentes ao período adicional de permanência do bem no País serão calculados conforme o previsto no art. 65, até o prazo final de vigência do regime para o qual foi

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solicitada a prorrogação.

Parágrafo único. O não pagamento dos tributos nos termos do caput implicará cobrança da multa prevista no art. 44 da Lei nº 9.430, de 1996.

Art. 77. Não será concedida prorrogação que resulte em período de vigência do regime maior que 100 (cem) meses.

Art. 78. Para fins de prorrogação do regime deverão ser observados os demais procedimentos estabelecidos no art. 54.

Seção VI

Da Movimentação de Bens Submetidos ao Regime

Art. 79. Os bens admitidos no regime, inclusive suas partes e peças, poderão ser submetidos a manutenção ou reparo no País, sem alteração de enquadramento e sem suspensão ou interrupção da contagem do prazo de vigência.

Art. 80. Os bens admitidos no regime, inclusive suas partes e peças, poderão ser remetidos ao exterior, sem suspensão ou interrupção da contagem do prazo de vigência, para:

I - manutenção, reparo, testes ou demonstração; ou II - prestação de serviços.

§ 1º A movimentação nos termos deste artigo não gera direito à restituição dos tributos que tenham sido pagos proporcionalmente por ocasião da concessão ou prorrogação do prazo de vigência do regime de admissão temporária para utilização econômica.

Art. 81. Para fins de movimentação ao exterior dos bens submetidos ao regime deverão ser observados os demais procedimentos estabelecidos no art. 55.

Seção VII

Da Extinção da Aplicação do Regime

Art. 82. A extinção da aplicação do regime implica a consequente liberação da garantia prestada.

Parágrafo único. A liberação da garantia correspondente poderá, a pedido do interessado, ser efetuada proporcionalmente, na hipótese do § 1º do art. 56.

Art. 83. Caberá restituição dos tributos pagos, relativamente ao período em que o regime houver sido concedido e não gozado, em razão de sua extinção antecipada.

Art. 84. No caso de extinção da aplicação do regime mediante despacho para consumo, os tributos originalmente devidos deverão ser recolhidos deduzido o montante já pago.

Art. 85. Na vigência do regime, será permitida a concessão de nova admissão temporária, que poderá ocorrer sem a necessidade de saída física dos bens do território nacional.

§ 1º Para os fins do previsto no caput, o beneficiário deverá apresentar pedido em que solicita que ao final do prazo de 100 (cem) meses seja extinto o regime vigente e concedido o novo regime, instruído com a documentação que ampare a nova concessão.

§ 2º Deferido o pedido, o beneficiário deverá adotar as providências previstas no art. 72, inclusive quanto ao recolhimento dos tributos devidos proporcionalmente ao novo prazo de permanência dos bens no território aduaneiro.

§ 3º Indeferido o pedido, o beneficiário deverá providenciar a extinção do regime.

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estabelecidos nos arts. 56 a 62, no que couber.

Seção VIII

Do Descumprimento do Regime

Art. 87. Quando houver prestação de garantia, vencido o prazo de 30 (trinta) dias de que trata o art. 62, a exigência do crédito tributário deverá ser efetuada mediante:

I - conversão do depósito em renda da União, na hipótese de prestação de garantia sob a forma de depósito em dinheiro;

II – intimação do fiador para efetuar o pagamento, no prazo de 30 (trinta) dias, na hipótese de garantia sob a forma de fiança idônea; ou

II - intimação da seguradora para efetuar o pagamento, na hipótese de seguro aduaneiro. Art. 88. No caso de descumprimento do regime, deverão ser observados os demais procedimentos estabelecidos nos arts. 63 a 67, no que couber.

CAPÍTULO III

ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA APERFEIÇOAMENTO ATIVO Seção I

Do Conceito

Art. 89 O regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo é o que permite o ingresso, para permanência temporária no País, com suspensão do pagamento de tributos de mercadorias estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas a operações de aperfeiçoamento ativo e posterior reexportação.

Parágrafo único. Poderão ser submetidos ao regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo os bens destinados a seu próprio:

I – beneficiamento, montagem, renovação, recondicionamento, acondicionamento ou reacondicionamento; ou

II – conserto, reparo ou manutenção. Seção II

Das Condições e Dos Prazos

Art. 90. Para a concessão e aplicação do regime, além do disposto no art. 5º, deverão ser observadas as seguintes condições básicas:

I – que o beneficiário seja pessoa jurídica sediada no País; e

II – que a operação esteja prevista em contrato de prestação de serviço.

Art. 91. O prazo de vigência será aquele previsto no contrato de prestação de serviço celebrado entre o importador e a pessoa estrangeira, prorrogável na medida da extensão do prazo estabelecido no contrato.

Seção III Da Garantia

Art. 92. Não será exigida prestação de garantia na admissão temporária para aperfeiçoamento ativo.

(23)

Seção IV

Da Concessão do Regime

Art. 93. O despacho aduaneiro será efetuado com base em DI registrada no Siscomex. Parágrafo único. A declaração de importação será instruída com:

I - cópia do contrato de prestação de serviço, celebrado entre o importador e a pessoa estrangeira; e

II - descrição do processo industrial a ser realizado no País, quando for o caso, bem como da quantificação e qualificação do produto resultante da industrialização.

Art. 94. Para fins de concessão do regime, deverão ser observados os demais procedimentos relativos a TR e despacho aduaneiro, estabelecidos nos arts. 11 e 13 a 17, no que couber.

Seção V

Da Prorrogação do Regime

Art. 95. O regime poderá ser prorrogado na mesma medida da extensão do prazo estabelecido no contrato.

Art. 96. Para fins de prorrogação do regime, deverão ser observados os demais procedimentos estabelecidos no art. 54.

Seção VI

Da Extinção da Aplicação do Regime

Art. 97. Para fins de extinção da aplicação do regime, será observado o disposto nos arts. 56 a 62.

Seção VI

Do Descumprimento do Regime

Art. 98. No caso de descumprimento do regime, deverão ser observados os procedimentos estabelecidos nos arts. 63 a 67, no que couber.

TÍTULO II DA EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA CAPÍTULO I DA EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA Seção I Do Conceito

Art. 99. O regime aduaneiro especial de exportação temporária é o que permite a saída do País, com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de bem nacional ou nacionalizado, condicionado à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado em que foi exportado, na forma e nas condições previstas neste Capítulo.

Seção II

Dos Bens a que se Aplica o Regime

Art. 100. Poderão ser submetidos ao regime de exportação temporária os bens destinados a:

Referências

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