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FNDE - Projeto ProInfância Universidade de Brasília

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Academic year: 2021

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4.1 Arquitetura

4.1.1 Apresentação

O presente projeto destina-se à construção de creches para atendimento de 56 crianças de 4 meses a 6 anos (Projeto A) e creches para atender a 112 crianças de 4 meses a 6 anos (Projeto B), a serem implantadas em todas as regiões do país.

Para o desenvolvimento do projeto, adotou-se como ideal, um terreno retangular de dimensões de 40m de largura por 70m de profundidade declividade máxima de 3%., conforme determinação do FNDE. Porém, devido à grande diversidade de relevo, ou mesmo devido à indisponibilidade, em alguns municípios, de lotes com as referidas condições, a unidade escolar foi projetada em blocos independentes, podendo ser locados no terreno, conforme as características encontradas.

Definiu-se então, conforme a função a que se destinam e interligados por circulação coberta, 06 blocos distintos:

• Bloco de Administração • Bloco de Serviços

• 03 Blocos Pedagógicos: Creche I e II, Creche III e Pré-escola, Multiuso • Pátio coberto

• Anfiteatro • Parquinho

Apresenta-se a seguir a composição de cada um dos blocos acima relacionados.

Bloco Administração

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• Área externa de espera coberta definida entre o pórtico de entrada e a recepção; • Recepção interna; • Secretaria e orientação; • Circulação interna; • Diretoria; • Sala de professores/reunião; • Almoxarifado; • Sanitários; Bloco de Serviços

Localizado junto ao estacionamento, possui entrada independente para fornecedores e serviços. • Entrada de funcionários; • Circulação; • Sanitários de funcionários; • Cozinha o Central GLP;

o Depósito de lixo orgânico e inorgânico; o Área de recepção e pré-lavagem de hortaliças; o Copa de funcionários;

o Bancada de preparo de carnes;

o Bancada de preparo de legumes e verduras; o Bancada de preparo de sucos;

o Cocção;

o Bancada de passagem de alimentos prontos; o Buffet (bancada) integrada ao refeitório;

o Refeitório (preferencialmente integrado ao pátio coberto); o Bancada de recepção de louças sujas;

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o Pia lavagem de panelões. • Lactário

o Área de higienização pessoal e troca de roupa;

o Área de preparo de alimentos (mamadeiras e sopas) e lavagem de utensílios;

o Bancada de entrega de alimentos prontos. • Lavanderia

o Lavagem de roupas com balcão de recebimento e triagem de roupas sujas, tanques e máquinas de lavar;

o Área externa de secagem de roupas (varal); o Passadoria com prateleiras para guarda de roupas; o Balcão de entrega de roupas limpas.

Bloco Creche I e II

Destinado a crianças de 4 meses a 3 anos.

• Recepção • Higiene Pessoal • Atividades • Repouso • Solário • Alimentação

Bloco Creche III e Pré-escola

Destinado a crianças entre 3 e 6 anos.

• Recepção; • Atividades; • Repouso; • Solário

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Bloco Multiuso

• Sala de leitura e multiuso; • Sala de informática;

• 02 sanitários infantis para crianças de 3 a 6 anos;

• 02 sanitários para adultos e portadores de necessidades especiais; • Sala do Rack (apoio à informática);

• Sala Cia de Energia Elétrica; • Sala Cia Telefônica.

Pátio Coberto

Sempre que as condições de relevo e dimensões do terreno permitirem, o pátio coberto deve ser central. É o espaço de integração entre as diversas atividades e diversas faixas etárias. Deve estar integrado ao refeitório e ao anfiteatro. É também um espaço de realização de atividades.

Anfiteatro

Espaço circular com arquibancadas e palco integrado ao pátio descoberto, ao parquinho e, sempre que possível, ao pátio coberto.

Parquinho

Espaço não coberto, integrado ao pátio e anfiteatro, com brinquedos onde as crianças possam desenvolver as atividades lúdicas.

4.1.2 Considerações Gerais

Durante a definição de espaços, materiais, aberturas, levaram-se em consideração os seguintes aspectos:

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• Independência e liberdade de acesso às várias dependências da creche; • Segurança física restringindo o acesso da criança desacompanhada às

áreas que ofereçam risco, tais como: cozinha, lavanderia, central de gás e castelo d’água;

• Respeito à individualidade e as diferenças pessoais. Adoção de piso contínuo, sem degraus ou juntas, rampas, espaço de circulação de no mínimo 80 cm;

• Integração das crianças de diversas faixas etárias no ambiente de solário e pátio;

• Integração com a área externa através do uso de esquadrias baixas colocadas a 50 cm do piso nos ambientes de atividades, bem como, com a definição de aberturas envidraçadas na parte inferior das portas;

• Respeito à escala infantil possibilitando a visão da área externa (dito anteriormente) além da utilização de acessórios como pias, vasos sanitários, bancadas e barras de proteção instalados em altura convenientes à faixa etária a que se destinam.

4.1.3 Sistema Construtivo

Como forma de padronizar e simplificar a execução da obra em todas as regiões do país, o sistema construtivo adotado é o convencional, ou seja:

• Estrutura de concreto para toda a edificação; • Paredes em alvenaria de blocos cerâmicos comuns; • Laje pré-moldada em todos os Blocos;

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4.1.4 Elementos Construtivos

Alguns elementos construtivos foram definidos com o objetivo de evitar custos futuros com manutenção, protegendo as paredes contra infiltrações e reduzindo a área de re-pintura anual, tais como:

• Adoção de beirais com 1,20 de largura;

• Calhas estruturadas em concreto evitando assim infiltrações ocasionadas por rompimento da impermeabilização gerado por fissuras;

• Rufos em concreto colocados junto às telhas;

• Encabeçamento do topo dos pórticos, platibandas e calhas, evitando infiltração vertical entre a parede e o revestimento de cerâmica;

• Pingadeiras, elementos utilizados para evitar manchas verticais ocasionadas pelo acúmulo de resíduos no topo das muretas, detalhadas nas extremidades dos rufos das platibandas e calhas e na base das vigas de bordo das platibandas;

Vergas

As vergas em concreto com 15 cm de altura, salientes 2 cm em relação ao alinhamento da fachada, são contínuas entre pilares constituindo um elemento horizontal de fachada. O espaço entre estas e o fundo da laje será de 30 cm a ser preenchido em alvenaria, blocos de vidro ou esquadrias, conforme o clima da região.

Nas regiões de clima quente, o vão acima das vergas, poderá ser dividido verticalmente com elementos de 10 cm executado em tijolinho de barro “em pé” espaçados a cada 30 cm (conforme detalhe VP- 01 do Caderno de Componentes), formando quadrados vazados protegidos com tela, criando assim, uma área de ventilação permanente e cruzada. O espaço poderá também ser preenchido com tijolo de vidro, aumentando a área de iluminação.

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Contravergas

Contravergas em concreto, com 12cm de espessura embutidas na alvenaria avançando no mínimo 30cm, em relação à largura das janelas.

4.1.5 Acabamentos

Para acabamento, são adotados materiais padronizados, resistentes, de fácil aplicação e que não dependam de mão-de-obra especializada.

4.1.5.1 Paredes externas

As paredes externas receberão pintura acrílica sobre reboco desempenado com desempenadeira de aço executado com areia fina. A base da parede até 50 cm de altura será revestida em cerâmica 10X10 na cor Azul França e assentadas com argamassa industrial indicada para áreas externas, obedecendo rigorosamente a orientação do fabricante quanto à espessura das juntas. O rejunte será o indicado pelo fabricante para áreas externas na cor cinza médio .

Os revestimentos externos das platibandas, oitões, calhas e pórticos será também em cerâmica 10X10. Devem ser tomados os mesmos cuidados indicados para as bases das paredes externas.

4.1.5.2 Paredes internas (áreas secas)

Nas áreas secas, paredes internas recebem, à altura de 1,10m, um friso horizontal de 10cm de largura, em madeira, para fixação de ganchos, quadros, pregos, etc.

Abaixo do friso, onde existe maior necessidade de limpeza, as paredes recebem revestimento em cerâmica e, acima, é utilizada pintura em tinta acrílica lavável sobre massa corrida PVA (conforme padrão do FNDE), reduzindo, assim, o custo inicial de pintura e diminuindo o custo futuro de manutenção.

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4.1.5.3 Paredes internas (áreas molhadas)

As paredes internas da cozinha e área de serviços recebem revestimento de cerâmica 20X20 branco gelo, do piso ao teto.

As paredes internas dos banheiros possuem friso a 1,70 do piso, em madeira com pintura em verniz acetinado natural. Abaixo dele será aplicada cerâmica 20X20 branco gelo e acima, pintura acrílica sobre massa acrílica, conforme esquema de cores definido.

4.5.1.4 Pórticos

São definidos três pórticos:

Um, no bloco da Administração, como marco de entrada da creche, é revestido em cerâmica 10x10 amarela e recebe encabeçamento em concreto;

Dois outros, nas extremidades do pátio coberto, são revestidos em cerâmica 10X10 na cor vermelha e recebem encabeçamento em concreto.

4.1.5.5. Pisos

Estacionamento, rebaixo e entorno do anfiteatro:

Pavimentação em blocos intertravados de concreto;

Rampa de acesso à Administração, àrea de serviços externa, calçadas externas, palco do anfiteatro:

Cimentado desempenado.

Demais áreas internas pavimentadas:

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Soleiras

Granitina nos pisos em granitina;

Granito cinza andorinha nos encontros de pisos de diferentes materiais.

Parquinho

Forração em areia;

Áreas descobertas:

Passarela de acesso à Administração, calçada lateral do bloco multiuso, palco do anfiteatro: cimento desempenado;

Forração em grama;

4.1.5.6 Tetos

Todos os tetos receberão pintura PVA sobre massa corrida PVA branco neve.

4.1.5.7 Bancadas e Rodabancas, Prateleiras, Balcões de Atendimento e Distribuição e Divisórias de Banheiros:

Granito cinza andorinha polido.

4.1.6 Definições de Cores

CORES – referência – catálogo Coralit -CORAL

Externas

Pórtico da Administração: amarelo; Pórticos do Pátio coberto: vermelho;

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Paredes:Branco Gelo;

Vergas sobressalentes: Vermelho;

Moldura das janelas do Bloco de Administração: Azul França; Castelo d’Água: Amarelo com aberturas circulares em azul França;

Parede circular do Bloco de Serviço: Vermelho (externo), Branco Gelo (interno); Portas dos Sanitários: Azul Mar

Portas das Salas de Aula – Amarelo, com baguetes em azul França; Demais portas: Platina;

Alizares: azul França;

Portões em tela metálica: Azul França; Cobogós área de serviço: Vermelho;

Cobogós fachada Administração: Branco gelo;

Cobogós das divisórias dos solários e fechamento frontal: Amarelo. Volume retangular da fachada do Bloco de Serviço: Amarelo; Elementos metálicos:

Esquadrias: Azul Mar;

Portões em tela metálica: Azul França;

Castelo d’Água: tubulação hidráulica externa aparente- Amarela (seguir especificação da tinta constante do Projeto de Instalações Hidrossanitárias). Para as demais tubulações seguir orientação de cores constantes do projeto de Instalações Hidrossanitárias.

Castelo d’Água: escada, guarda-corpo, elementos circulares, grades de proteção: Azul França;

Pilares do Pátio Coberto:

Base: Azul França;

Friso: Amarelo;

Acima de 1,20: Branco Gelo. Teto dos beirais (laje) – Branco Neve

Internas

Tetos: Branco Neve 001; Paredes internas:

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Bases em cerâmica 20x20: Branco Gelo; Frisos de madeira: verniz acetinado natural;

Alvenaria acima de 1,80 nos banheiros: verde água; Alvenaria acima de 1,20 nas áreas secas: marfim;

4.1.7 Particularidades Regionais

4.1.7.1 Orientação da Edificação

A orientação ótima da edificação deve atender tanto a requisitos de conforto ambiental e dinâmica de utilização da creche, quanto à minimização da carga térmica e conseqüente redução do consumo de energia elétrica para refrigeração.

Quando incompatíveis, recomenda-se que prevaleça o critério de utilização dos solários, com as creches I e II voltadas para Leste.

Quanto ao uso dos solários

Os fatores de insolação e ventilação natural devem ser cuidadosamente observados quando da escolha do terreno e, principalmente na definição da orientação do edifício da creche. Uma orientação que permita a entrada do sol nos ambientes internos será favorável à desinfecção da edificação, além de contribuir fortemente para o desenvolvimento das crianças. Sabe-se que o sol, especialmente até as 10hs, da manhã é fonte de vitamina ``D´´, responsável pelo crescimento das crianças. Portanto, é de suma importância a locação, - principalmente dos solários das creches I e II -, de forma a receberem o sol da manhã. Recomenda-se um estudo específico para a localidade, levando-se em conta o direcionamento dos ventos favoráveis, brisas refrescantes e a temperatura média no verão e inverno características de cada Município.

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Diferentes fatores afetam a sensação de conforto térmico nos ambientes ocupados de uma edificação. Entre estes, a orientação da edificação em relação à trajetória seguida pelo Sol entre o nascente e o poente, modificam o sombreamento sobre as paredes externas e induzem cargas térmicas distintas. Dessa forma, sempre que possível é recomendável examinar a condição ótima de orientação que minimiza os ganhos de calor por radiação solar, reduzindo assim a carga térmica dos ambientes ocupados.

Para o conjunto de blocos que compõem o edifício a ser construído no âmbito do projeto Próinfância do FNDE, foi realizada uma simulação computacional da carga térmica com o uso dos softwares Energy Plus1 (2007) e Design Builder2 (2007) (de Farias, 2007). Tal simulação foi efetuada considerando-se três latitudes distintas dentro do território nacional, para três grandes cidades: Boa Vista, Brasília e Florianópolis. A orientação da edificação foi variada de 30 a 360 graus, onde as orientações consideradas são representadas na figura abaixo.

1800 (Norte) 00 900 2700 (Leste) 1

DOE, 2007, Energy Plus, Department of Energy, USA.

2

DesignBuilder, 2007, Building design, simulation and visualisation ... DesignBuilder Software Ltd, Hwww.designbuilder.co.ukH, UK

de Farias, G.H.N., 2007, Definição de soluções de climatização para diferentes regiões climáticas – caso de estudo: Projeto MEC PROINFANCIA. Projeto de Graduação. Departamento de Engenharai Mecânica. Universidade de Brasília, Brasil.

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A Figura a seguir ilustra os resultados da simulação para as três capitais citadas. Como se pode observar, para qualquer localização geográfica, as orientações do edifício entre 60 e 90º (fundos para Oeste) e entre 240 e 270º (frente para Leste) acarretam as menores cargas térmicas, devendo assim ser preferidas.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 Posição [Graus] C a rg a T é rm ica [T R ] Boavista Brasilia Florianópolis

Por outro lado, a orientação do prédio estará também condicionada a outros aspectos. O primeiro e mais limitante refere-se às características do terreno disponível para a construção do edifício que podem não favorecer a adoção das orientações recomendadas. Além disso, a área exposta ao sol pode não ser compatível com a aplicação de solários, onde se deseje uma incidência de radiação solar mais efetiva.

4.1.7.2 Elementos Construtivos de Adaptação Climática

Os fatores climáticos no território nacional são, como se sabe, inúmeros. As particularidades regionais devem ser observadas e as necessidades de conforto espacial e térmico atendidas.

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É, pois, de fundamental importância que o edifício proporcione a seus ocupantes um nível desejável de conforto ambiental, sem, contudo, haver necessidade de se recorrer a meios artificiais de controle de temperatura.

Foram criados durante a execução do projeto arquitetônico, alguns elementos construtivos acessórios e opcionais de controle de ventilação para serem adotados conforme a necessidade climática da região onde se construirá cada unidade de creche.

Elementos de controle de ventilação:

Acima das vergas contínuas e abaixo das lajes, é previsto um espaço de 30 cm a ser vedado de maneiras distintas, conforme a característica climática:

• Tela metálica ou de nylon, possibilitando maior área de ventilação natural e cruzada nas regiões de clima quente;

• Alvenaria de blocos cerâmicos, reboco e pintura, para regiões de clima temperado;

• Alvenaria de blocos de vidro em locais onde se deseje aproveitar o calor do sol no início ou no final da tarde quando os raios incidem perpendicularmente nas fachadas;

• Esquadrias com vidros de abrir, que possibilitem vedação ou ventilação; • Fechamentos mistos, conforme o direcionamento de brisas refrescantes ou

ventos fortes.

Elemento bloqueador de ventilação para as regiões de clima frio:

No pátio coberto, estão definidas esquadrias de vidro laminado a serem instaladas no pórtico acima da mureta do banco nas regiões de clima frio (EF-25).

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As divisórias de tela metálica definidas para favorecer a ventilação do pátio, poderão ser substituídas por fechamentos em alvenaria nas regiões de clima frio.

Referências

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