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PERCEPÇÃO DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR PARASITAS NOS ALUNOS DE ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. LANA, I.L, De OLIVEIRA, M.A.

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PERCEPÇÃO DE RISCO DE CONTAMINAÇÃO POR PARASITAS NOS ALUNOS DE

ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

LANA, I.L, De OLIVEIRA, M.A.

Universidade do Vale do Paraíba, Instituto de pesquisa e Desenvolvimento, Laboratório de Parasitologia e Biotecnologia, Av. Shishima Hifumi, 2911 – Urbanova – São José dos Campos- SP, 12244-560 –

oliveirama@univap.br

Resumo- As parasitoses, em especial as intestinais, ainda são motivo de preocupação em várias

comunidades espalhadas por todo Brasil, principalmente em regiões onde a falta de conhecimento sobre formas de prevenção e dos principais sintomas no período de manifestação clínica do parasita, bem como as condições de saneamento básico são precárias. O presente estudo foi realizado em quatro escolas, por meio de sorteio realizado pela secretaria municipal de educação, considerando uma por região. A pesquisa pretende diagnosticar o grau de conhecimento dos alunos do ensino fundamental do município de São José dos Campos, sobre parasitose e suas vias de contaminação, por meio de questionários aplicados aos mesmos e seus pais. Por meio das informações pode-se ter conhecimento, que a renda familiar dos participantes varia entre 1 a 4 salários mínimos, o número de moradores entre 2 a 7 integrantes, sendo que 1 a 3 filhos na residência. A formação dos pais, com uma maioria de respondedores cursou até o ensino médio. Com relação aos alunos, podem-se avaliar os hábitos sanitários e o conhecimento do assunto abordado na pesquisa, desta forma podendo junto com as escolas tomar ações corretivas.

Palavras-chave: Diagnosticar. Parasitose. Prevenções

Área do Conhecimento: Ciências Biológicas Introdução

As doenças parasitarias são muito freqüentes em várias regiões do Brasil. A transmissão destas doenças se deve, em parte pela falta de informação e conhecimento sobre as formas de prevenção e tratamento. A oferta de saneamento básico também é um fator determinante nos índices de contaminação em diferentes regiões do Brasil. Os hábitos higiênicos também são importantes no controle das parasitoses e a falta de instalações adequadas nas residências podem criar o cenário adequado à transmissão destes parasitas (NEVES, 2002).

Tomar conhecimento por meio de questionário quanto ao ambiente familiar, sobre as condições sócio-econômicas, distribuição física da residência e população residente, são de grande valia durante uma coleta de dados sendo fundamental para o diagnóstico de possíveis causas de contaminação e transmissão de inúmeras patologias incluindo a parasitaria, durante a pesquisa pode-se verificar as condições de moradia, presença de recursos hídricos, presença de animais e vetores que são responsáveis por diversos casos de contaminação (NEVES, 2002). Em estudo similar realizado no interior de São Paulo foi realizado uma pesquisa sócio-econômica e avaliação coprológica das fezes dos escolares, tendo um resultado positivo de 11,5% de pelo menos um parasita (FERREIRA et al., 2005), já

com o propósito de avaliar índices de crianças contaminadas em (QUADROS et al., 2004) pode-se identificar um numero significativo de positividade nos indivíduos estudados.

A auto contaminação é outro fator de risco importante e a prevenção depende de informação sobre os ciclos biológicos dos parasitas, conhecimento e aplicação de noções básicas de saneamento, condições de moradia e a interação desta comunidade com os resíduos orgânicos e dejetos eliminados pelos moradores são fatores que contribui para uma possível contaminação. Como o estudo realizado na cidade de Campo Florido no Estado de Minas Gerais em crianças de um assentamento de sem terras que dentro da propriedade invadida, sem nenhuma condição de saneamento e água tratada, desta maneira o estudo mostrou que 57,9% da população estavam contaminadas por algum tipo de parasita, com uma prevalência para a Giardia lamblia que 30,5% de casos, entre outros encontrados Entamoeba

coli, Endolimax nana e Ancilostomideos (FERREIRA et al., 2003)

O presente estudo foi realizado em quatro escolas do ensino fundamental da prefeitura de São José dos Campos com uma classe de alunos do 5° ano do ensino fundamental. O objetivo do presente estudo foi avaliar o grau de conhecimento dos alunos do ensino fundamental do município de São José dos Campos, sobre as vias de contaminação parasitaria.

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Metodologia

Para a avaliação do nível de informação, dos escolares do 5º ano do ensino fundamental da cidade de São José dos Campos, quanto ao conhecimento sobre o risco de contaminação por parasitas, aprovado pelo comitê de ética e pesquisa, N° H016/CEP/2009. Foi aplicado questionário contendo perguntas sobre, risco de contaminação, hábitos alimentares, higiene pessoal, abastecimento de água, localização do banheiro e pias para lavagem das mãos, componentes sócio-econômicas e grau de instrução dos pais, selecionadas por meio de sorteio realizado pela secretaria de educação, priorizando todas as regiões do município, sendo escolhida quatro escolas, região central EMEF "Profª Áurea Cantinho Rodrigues", região sul EMEF "Prof. Moacyr Benedicto de Souza", região leste EMEF "Possidônio José de Freitas" e região norte EMEF "Prof Mercedes Rachid Edwards", para apresentação dos resultados as escolas serão representadas por letras, a escola da região central pela letra (A),da região norte pela letra (B), região leste pela letra (C) e da região sul letra (D). Durante a pesquisa obteve-se um total de participantes das escolas de 110 alunos e 79 pais respondedores dos questionários.

Após a aplicação dos questionários foi realizada uma atividade, no qual os alunos simularam a lavagem das mãos com tinta guache. As atividades foram realizadas no pátio das escolas, onde aos alunos foi pedido que simulassem uma lavagem de mãos com os olhos fechados, desta maneira a tinta aplicada nas mãos indicaria onde estava sendo lavado corretamente. Ao abrirem os olhos foram observados os pontos que não havia sido lavado, pois não estava marcado com a tinta. O intuito desta vivência era demonstrar a maneira correta de lavagens das mãos, após a dinâmica, tomando uma ação corretiva para que os alunos possam realizar corretamente a lavagem das mãos.

Resultados

As atividades foram realizadas durante o período de aula, assim podendo contar com o auxilio do professor para realizar as atividades com seus alunos, o questionário foi aplicados na sala de aula durante o horário escolar. Logo a aplicação do questionário a atividade de lavagem das mãos foi realizada próximo às pias da escola, localizadas no pátio. Desta maneira o resultado obtido com a atividade comprova que os alunos não têm o hábito de limpar as unhas durante a lavagem das mãos, tendo um resultado satisfatório na maioria dos alunos considerando que alguns não tinham conhecimento da técnica correta de lavagem. As escolas apresentaram-se dispostas

em participar da realização da pesquisa, oportunizando um ambiente agradável e acolhedor para a realização da pesquisa. Quanto aos pais, houve grande interesse durante todas as etapas da pesquisa, pois os questionários foram enviados pelos alunos e tendo um retorno satisfatório dos respondedores que variou em cada escola.

O resultado obtido através dos questionários aplicados aos pais mostra uma grande heterogeneidade no número de moradores e filhos nas residências das famílias participantes, o grau de escolaridade dos pais e as condições sócio-econômicas e situações de risco de contaminação parasitaria, os dados são apresentados como porcentagens de respostas.

Em relação à renda familiar pode-se avaliar que os participantes das escolas B e D, apresentam uma distribuição semelhante, com renda em torno de um salário mínimo, também é possível observar que os entrevistados da escola D apresentam uma renda de até quatro salários mínimos, no entanto os participantes das outras escolas este valor pode chegar acima de oito salários, demonstrando uma heterogeneidade das rendas das famílias participantes. (Figura 1)

Figura 1- Distribuição da Renda Familiar informada pelos pais entrevistados das escolas, A, B, C e D. SM, salário mínimo; NR, não respondeu. Com o intuito de avaliar o nível de formação dos pais dos alunos da rede municipal de São José dos Campos participante da pesquisa, pode-se avaliar que três das regiões estudadas, as escolas A, B e C tem sua proporção às mães que concluíram até o ensino médio, e a pequena porcentagem de concluintes de ensino superior, enquanto na escola D a maior índice mães que concluíram apenas o ensino fundamental, já os pais, verificou-se que os participantes das escolas

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B, C e D, apresentaram porcentagem similar em relação a ensino fundamental e médio, apenas nas escolas B e D pais que nunca freqüentaram a escola, sendo que nos pais participantes da escola A, apresentou uma porcentagem significativa de concluintes de nível superior. (Figura 2 e 3)

Figura 2- Nível do Grau de Escolaridade das Mães entrevistadas das escolas, A, B, C e D. EF, ensino fundamental; EM, ensino médio; ES, ensino superior; NF, não freqüentou a escola e NR, não respondeu.

Figura 3- Nível do Grau de Escolaridade dos Pais entrevistados das escolas, A, B, C e D. EF, ensino fundamental; EM, ensino médio; ES, ensino superior; NF, não freqüentou a escola e NR, não respondeu.

Com relação ao número de pessoas residentes por domicílio, verificou-se que a predominância era de 2 a 4 pessoas nas escolas A e B e de 5 a 7 pessoas nas escolas C e D, e apenas nos

participantes das escolas B e D, há famílias com mais de 8 integrantes. (Figura 4)

Figura 4- Distribuição de Integrantes por Família informada pelos pais entrevistados das escolas, A, B, C e D. NR, não respondeu.

Com relação ao número de filhos de cada família, verificou-se que as famílias das escolas A, B e C possuíam na sua maioria até dois filhos, Enquanto as famílias da escola D este número era de 3 filhos por família. (Figura 5)

Figura 5- Distribuição de Número de Filhos por Família informada pelos pais entrevistados das escolas, A, B, C e D.

Com relação ao conhecimento dos alunos sobre quais são as possíveis vias de contaminação de doenças parasitaria. As opções mais assinaladas nos grupos A, C e D, foram as unhas em seguida os cabelos e animais de estimação. Em relação aos participantes das escolas B, as mais assinaladas foram os

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brinquedos em seguida das verduras e unhas. Sendo que no grupo B a opção lanche da escola não foi assinalada e no grupo D, a água também não foi assinalada. (figura 6)

Figura 6- Percentual de respostas com relação as possíveis vias de contaminação na interpretação dos alunos participantes das escolas A, B, C e D. U, unha; L, lagoa; V, verdura; B, brinquedo; LE, lanche da escola; CO,cabelo; CE, carne; A, água; AE, animal de estimação.

Para que se possa apontar os possíveis riscos de contaminação parasitaria, pelo questionário aplicado é de suma importância conhecer a dinâmica da casa, como localização do banheiro, lavatório das mãos e abastecimento de água, alguns hábitos alimentares e preparo dos alimentos também são úteis para avaliar os possíveis riscos.

Os resultados mostram que 12% e 5% dos questionários respondido, das escolas B e D, respectivamente, o banheiro se encontrava do lado de fora da casa. Quanto à localização das pias na casa dos alunos entrevistados das escolas B, C e D encontra-se do lado de fora do banheiro. Quanto ao abastecimento de água, os participantes das escolas A e B possuem abastecimento com o caminhão pipa, apenas 4% utiliza água do poço, sendo os outros participantes tendo o abastecimento de água encanada em suas residências.

As famílias de todas as escolas consomem carne bem passada, já com relação a lavagem das verduras, para 27% e 36% dos participantes das escolas A e C, respectivamente, usava-se apenas água para a higienização das verduras. Com relação ao uso de medicações especificas para tratamento de parasitas, a maioria dos alunos, em todas as escolas participantes, já vez uso de medicamentos antiparasitários.

Tabela 1. Distribuição da localização dos banheiros e Hábitos domésticos.

Central (A) Norte (B) Leste ( C ) Sul (D) Localização Do banheiro Dentro da casa Fora da casa 100% - 88% 12% 100% - 95% 5%

Pia dentro do banheiro

Sim Não 100% - 92% 8% 91% 9% 85% 15% Abastecimento de água Encanada Poço Caminhão pipa 82% - 18% 77% 4% 19% 100% - - 100% - -

Lavagem de verduras e legumes

Vinagre Solução de cloro Apenas água Não Respondeu 37% 27% 27% 9 38% 62% - - 46% 18% 36% - 45% 55% - - Preparo de Carne Bem Passada Mal Passada Não Come Carne

100% - - 96% - 4% 100% - - 95% 5% -

Remédios de vermes para os filhos

Sim Não 82% 18% 77% 23% 64% 36% 75% 25%

Algumas questões foram direcionadas com o intuito de obter informações dos hábitos dos alunos, a presença de animais de estimação e corpos de água próximo a residência, que podem contribuir para uma possível contaminação parasitaria. Desta forma foi avaliado pelos entrevistados das escolas A, B e D os alunos tem cachorro na residência e uma pequena porcentagem destes alunos tem aves e gatos, já os alunos da escola C, tem cachorro em casa mas em uma pequena porcentagem, tendo em sua maioria de respondedores que não possuem animal de estimação. A educação sanitária e de grade valia em todas as situações não apenas quando se fala de parasitas, em geral todos os participantes responderam que lavam as mãos quando utilizam o banheiro, o ato de roer as unhas torna-se vias fáceis de contaminação, os alunos das escolas A, C e D, apresentaram resultados de 50% a 63% que tem o habito de roer as unhas. Com o intuito de avaliar a água que os entrevistados utilizam para beber, foi constatado que os entrevistados da escola D, que em sua

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maioria de respondedores não possuem filtro em casa, sendo que a falta do filtro e água em casa não significa que os moradores tomem água não tratada, porém contribui para a pesquisa como um indicador. Com relação à presença de corpos de água próximo a residência apenas a escola D que não possui nenhum, próximo a residência.

Tabela 2. Indicador de possíveis fatores de risco de contaminação parasitaria. Central (A) Norte (B) Leste ( C ) Sul (D) Animal de Estimação Gato Cachorro Aves

Não tem Animal Não Respondeu 9% 72% 10% 9% - 7% 83% 5% 5% - 2% 26% 8% 64% - 10% 58% 9% 19% 4%

Brinca com o Animal

Sim Não Não Respondeu 74% 21% 5% 95% - 5% 36% 18% 46% 26% 74% - Freqüência ao veterinário Sim Não Não Respondeu 70% 21% 9% 62% 33% 5% 36% 18% 46% 48% 30% 22%

Corpos de Água Próximo a Residência

Sim Não 15% 85% 43% 57% 21% 79% - 100%

Lavagem das Mãos Pós uso de Banheiro

Sim Não 97% 3% 95% 5% 100% - 85% 15% Filtro em Casa Sim Não 74% 26% 62% 38% 79% 21% 44% 56% Roer Unhas Sim Não 59% 41% 19% 81% 50% 50% 63% 37% Brincar Descalço Sim Não 68% 32% 43% 57% 71% 29% 26% 74% Discussão

A informação é uma arma muito importante no controle de diversas doenças, dentre elas as causadas por helmintos e protozoários. Analisando as respostas dos entrevistados

podemos verificar que os grupos estudados são bastante heterogêneos no que diz respeito à renda familiar, escolaridade dos pais e o número de filhos por casal. Sobre a renda familiar, escolaridade e quantidade de pessoas na família e números de filhos na residência, obtidas pela pesquisa realizada com as escolas de São José dos Campos demonstra uma heterogeneidade sócio-econômica da região. As informações obtidas junto a Prefeitura de São José dos Campos, quando a renda familiar, forneceram suporte para confrontar os dados coletados neste trabalho. Mostrando-nos semelhança entre as informações apuradas pela prefeitura de São José dos Campos (PMSJC, 2003) e pelos resultados obtidos com este trabalho.

Com relação aos conhecimentos

demonstrados pelos alunos acerca dos meios de contágio, observou-se que as crianças possuem informações suficientes quanto à realização de uma higienização adequada para possíveis prevenções parasitarias, contudo uma pequena parte destas crianças desconhece as informações necessárias para proteger-se em certas situações. Tendo a finalidade de avaliar o conhecimento dos alunos sobre risco de contaminação parasitaria, durante a pesquisa não foi realizada exame coprologico, porém através de dados obtidos por (FERREIRA et al., 2005), em sua pesquisa demonstrando uma faixa de 11,5% de positividade de pelo menos um parasita.

O questionário elaborado e aplicado para os pais, apresentou fatores de risco quanto ao manuseio da lavagem das verduras, á que alguns dos respondedores utilizam apenas água para higienização das hortaliças consumidas pelos integrantes das famílias, em uma dinâmica realizada por (FERREIRA et al., 2005) com o intuito de avaliar a lavagem das verduras, realizadas com os pais dos escolares, obteve-se um resultado satisfatório de apenas 6,2%, com estes resultados e claro a falta de conhecimento e aplicação das técnicas corretas durante o manuseio das verduras, como foi associado em um estudo realizado na cidade de Florianópolis, demonstra uma faixa de (40% a 73,3%) de enteroparasitas encontradas nas amostras, comprovando a importância da higienização das verduras antes do consumo (SOARES et al., 2005).

A água utilizada para o consumo das comunidades estudadas também pode ser um fator de risco, uma pesquisa realizada nas pré-escolas de Sorocaba sobre contaminação das águas e verduras consumidas pelas pré-escolas, demonstra que (0,7%) positivas para enteroparasitas (COELHO et al., 2001), no presente estudo verificou-se que o abastecimento de água da maioria das residências era tratada, comparando com as informações de (CASTRO et

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al., 2005) em seu estudo 98,7% possui o abastecimento de água tratada. O que diminuiu significativamente o risco de infecção de parasitas veiculados pela água, no entanto ainda há pessoas que não utilizam água tratada, a principal fonte era o abastecimento por caminhão pipa, o que pode, em condições inadequadas, transmitir protozoários e helmintos.

O contato direto de animais domésticos e rurais com o ser humano, torna-se um grande fator de risco parasitário, quando medidas preventivas não são tomadas para a saúde do animal, conforme (VASCONCELLOS et al., 2006) 45,6% amostras positivas das fezes dos cães, na cidade do Rio de Janeiro. A proximidade com animais domésticos foi observada na maioria dos participantes, isto pode vir a ser um fator de risco, contudo a maioria dos respondedores levam seus animais ao veterinário o que em parte pode reduzir o risco de transmissão de zoonoses.

Avaliadas as condições sócio-econômicas, um

fator de risco importante na contaminação por parasitas, verificou-se que em todos os grupos estudados há comportamento de risco, isto sugere que o nível de informação, embora considerado como fator importante para evitar-se a transmissão de zoonoses, pode não influir significativamente. Desta forma os hábitos alimentares e condições de saneamento básico e abastecimento de água dos grupos estudados parecem ser fatores mais importantes na prevenção das zoonoses.

Conclusão

O presente estudo permite concluir que:

O nível de informação permite que os alunos previnam-se contra o contágio dos parasitas abordados, já que estes possuem conhecimento da principais vias de contaminação.

As condições mínimas necessárias para que as pessoas possam praticar bons hábitos higiênicos são atendidas em todas as residências.

Outro fator importante avaliado na pesquisa que se torna um grande fator de risco de contaminação parasitaria, é o tipo de abastecimento de água e localização do banheiro e pia de lavagem das mãos da casa. Desta maneira, avaliado as informações, é de suma importância a educação sanitária na rede de ensino e campanhas de preventivas nas escolas.

Referências

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