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Risco, Ciência e Sociedade: Zonas de interrogação, Interfaces disciplinares

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Academic year: 2021

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Cristiana Bastos

Risco, Ciência e Sociedade:

Corpos de saber,

Corpos de saber,

Zonas de interrogação,

Interfaces disciplinares

Ciência 2008 - Encontro com a Ciência em Portugal Promovido pelos Laboratórios Associados

(2)

Caso 1:

(3)
(4)
(5)

Scientific American Oct. 1988 “What Science knows

(6)

Zona de interrogação

Zona de interrogação

(7)
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(10)

Investigação biomédica

– um retrovírus, com variantes

Clínica

– uma síndrome, com algumas variantes

Epidemiologia

Padrão I , EUA - definido em torno de Padrão I , EUA - definido em torno de

comportamentos individuais; recorte de grupos de risco em função de comportamentos individuais

Padrão II , Africa - definido residualmente e a partir de

fora; sublinha a transmissão heterossexual e a

distribuição igualitária homens/mulheres (uma deriva cognitiva tornou “africanos” categoria de risco)

(11)

Ciências sociais

(a) estudos por encomenda sobre

percepções e comportamentos

individuais relativos ao risco

pré-definido pelas outras disciplinas

(b) novo desafio: estudar a articulação

ciência/sociedade/poder na definição

de risco

(12)

QUESTÕES DE PESQUISA:

– Que lugar há para uma epidemiologia social (categorias de vulnerabilidade colectiva)?

- Como são geridas as categorias de risco em contextos “periféricos” no sistema mundial de contextos “periféricos” no sistema mundial de produção de ciência?

– Que canais de comunicação permitem, impedem ou condicionam o desenvolvimento e circulação de

novas estratégias de conhecimento na definição de risco e vulnerabilidade e subsequentes políticas

(13)

• Investigação

• (1) nos Estados Unidos, junto de grupos de activistas com

intervenção em políticas sanitárias, protocolos clínicos e desenho de pesquisa clínica, laboratorial e social

(2) no Brasil, com trabalho de campo junto de (2) no Brasil, com trabalho de campo junto de

epidemiologistas, activistas, grupos de pacientes, profissionais de saúde, cientistas e políticos

• (3) nos países africanos, através de acompanhamento atento da literatura

• (4) nas situações de comunicação global, através da participação em conferencias internacionais e do acompanhamento de

(14)

• resultados de pesquisa

• Algumas transformações na representação e nas práticas – decorrentes do trabalho conjugado (nem sempre pacífico) entre actores sociais de sectores diferentes; com (a) efeitos positivos, incluindo o

re-enquadramento da vulnerabilidade e exposição ao risco; definição de políticas sanitárias mais eficazes; (b) efeitos negativos, incluindo a políticas sanitárias mais eficazes; (b) efeitos negativos, incluindo a negação da vulnerabilidade e denúncia de complot ocidental contra o continente africano

(15)

• O que esperava encontrar no Brasil e

não encontrei:

• Corrente de Epidemiologia social

com capacidade negocial na definição

com capacidade negocial na definição

de risco e vulnerabilidade

(16)

• O que não previa e encontrei:

• Importância da especialidade de Doenças

Infecciosas e Parasitárias e a sua lógica na

abordagem terapêutica e sanitária -- que hoje

interpreto como central para o sucesso do

programa brasileiro de AIDS

• Importância histórica da Medicina Tropical no

Brasil e seu entrosamento na constituição da

nação ..

(17)

Caso 2:

Medicina Tropical e

Medicina Tropical e

(18)

O desenvolvimento da medicina tropical no contexto da colonização europeia

* vulnerabilidade europeia nos trópicos

* biopolítica como parte da politica de colonização * biopolítica como parte da politica de colonização -da protecção dos europeus ao controle -das

pestilências, das incertezas, das epidemias, dos agentes infecciosos, das populações, da cidade indígena, etc.

• Hipótese: trânsito entre o regime militarizado de exercício da medicina colonial e os modelos

militarizados da medicina tropical e da infecciologia e imunologia

(19)

• Literatura predominantemente anglófona e sobre a Índia de colonização britânica;

• quase inexistência de literatura analítica sobre medicina colonial portuguesa

• Pesquisa: formação de equipa, levantamento de fontes primárias; estudo sistemático das fontes de Goa (Escola Médica);

• Estudo das respostas às epidemias e endemias nas colónias da Ásia e África

(20)

• Desenvolvimento de interlocução com dois eixos internacionais:

(a) pesquisadores de história da medicina tropical no Brasil (FIOCRUZ)

(b) pesquisadores de história da medicina e império (U.K. e India)

(21)

Difusão de resultados em peer-reviewed journals Bastos, Cristiana 1998 Germ Theories in a Colonial Setting: Medical theories and Military

Practices in Late Nineteenth Century Goa, India EASST Review 17 (4):9-12

_____2001 Doctors for the Empire: The Medical School of Goa and its Narratives. Identities Vol 8(4): 517-548;

_____2002 The inverted mirror: dreams of imperial glory and tales of subalternity from the Medical School of Goa. Special Issue “Mirrors of Empire”, Etnográfica VI (2):59-76;

_____2004 O ensino da medicina na Índia colonial portuguesa: fundação e primeiras décadas da Escola Médico-Cirúrgica de Nova Goa. História, Ciência Saúde -- Manguinhos 11 (1): da Escola Médico-Cirúrgica de Nova Goa. História, Ciência Saúde -- Manguinhos 11 (1): 11-39;

_____2005 Race, medicine and the late Portuguese empire: the role of Goan colonial physicians. Journal of Romance Studies 5(1):23-35 ;

_____2007a Medicina, império e processos locais em Goa, século XIX. Análise Social XLII (182): 99-122;

_____2007b Medical hybridisms and social boundaries: aspects of Portuguese colonialism in 19th century Asia and Africa, Journal of Southern African Studies 33(4):767-782.

Roque, Ricardo 2003 The Razor’s Edge: Portuguese Imperial Vulnerability in Colonial Moxico, Angola. The International Journal of African Historical Studies 36 (1): 105-124

_____2004 Sementes contra a varíola: Joaquim Vás e a tradução científica das pevides de bananeira brava em Goa, Índia (1894-1930)” Manguinhos - História, Ciências, Saúde 11(1): Saavedra, Mónica 2004 Percursos da vacina na Índia Portuguesa – séculos XIX e XX. História

(22)

Caso 3:

Caso 3:

(23)

Integrou-se num programa mais amplo, em

interlocução com colegas dos estudos sociais da ciência e da sociologia do ambiente :

(24)

Caso 4:

(25)

• No ambiente de estímulo aos trabalhos

transversais e interdisciplinares no ICS

criámos o GET, Grupo de Estudos de

Tecnociência

Tecnociência

• Ana Delicado (sociologia)

• Cristiana Bastos (antropologia)

• Tiago Saraiva (história)

(26)

Cristiana Bastos - Risco, Ciência e Sociedade

Caso 5:

O que é um alimento?

O que é um alimento?

(27)

• o que é um alimento: alimentos

fabricados, animais manipulados,

gostos domesticados e riscos envolvidos

• Projecto a desenvolver como parte de

um programa sobre estudo social e

cultural da alimentação, envolvendo

outros investigadores do ICS e

(28)

Referências

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